A batalha é sua
felicidade. Sabe conquistar no fervor das guerras e na arte do amor. È uma divindade muito complexa, que de certa
forma se relaciona com todos os elementos da natureza. OYA esta inicialmente ligada às águas. É a Rainha do rio
Niger (África) e também, a ninfa das águas doces.
○2 anos atrás
ONIRA
É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o
culto de OYA (IANSÃ), por ser uma grande guerreira, também é saudada como
a IANSA, pois existe uma afinidade entre as duas divindades, mas seus cultos
não chegaram um fundirem-se. Seu culto na África era totalmente diferente.
Tem ligação com o culto um Egun, por sua ligação e laços de amizade com
OYA. Também tem laços de amizade com OSUN, pois foi ONIRA quem ensinou
OSUN OPARA um guerrear. É uma Òrìsà muito perigosa por sua ligação e
caminhos com OSOOya Onira
Yansã Onira" -, é uma qualidade de Yansã (Oyá), guerreira, mas que é uma
ninfa das águas doces, com ligação direta com o culto dos Eguns (almas). É a
dona do "atori", uma pequena vara usada no culto de Oxalá para chamar os
mortos na intenção de fazê-los participar da cerimônia. A função do "atori" é a
de, assim que ao ser tocada batida no chão, que se faça o poder de fazer
reinar a paz no local ou na vida de alguém e trazer-lhe abundância. O "atori"
também tem a força de mandar chover regularmente para trazer a
prosperidade."Yansã Onira" deu a Oxaguiã o "atori" e seu poder de exercê-lo,
além de ter lhe ensinado o fundamento e como usá-lo.
Em anos regidos por Oxaguiã, é preciso agradar muito a essa qualidade de
Yansã para que ela permita que, através dela, Oxaguiã traga a paz e a
abundância."Yansã Onira" é a mãe de criação de "Logun-Edé Apanan". Por
isso, toda oferenda para essa orixá, deverá também ser oferecido um agrado a
essa qualidade do orixá Logun-Edé."Yansã Onira" reina no mundo dos mortos e
tem ligação direta com Obaluaiê e Ogum, sendo que sua ligação maior é com
"Oxum Opará", que recebeu dessa qualidade de Yansã os ensinamentos para
lutar e ser guerreira. Foi "Yansã Onira" que ensinou "Oxum Opará" a
lutar."Oxum Opará" ser tornou então, companheira inseparável de "Yansã
Onira", comendo juntas no bambuzal ou nos rios e tendo aprendido os
fundamentos dos Eguns. Sendo assim, essa qualidade de Oxum, também tem
relação direta com os Eguns (almas). Quando "Yansã Onira" e "Oxum Opará"
se juntam, se tornam muito perigosas pois têm em dobro a força e a sabedoria
dos guerreiros
iguais.
SIGNIFICADO DE ONIRA
Qual o significado do nome Onira: "DEUS É INDULGENTE". VÁRIOS FORAM OS
SUMOSSACERDOTES COM ESTE NOME
Iansã, Inhansã (do iorubá Iyà Yánsàn, "mãe de nove"), ou Oiá (de Ọyà, nome iorubá do
rio Níger), Oyá em castelhano, é a orixá dos ventos, das tempestades e do rio Níger, cujas
inundações controla. Foi esposa de Ogum e Xangô e tem um temperamento ardente e
impetuoso. As danças de Iansã são guerreiras e, se Ogum está presente, ela se engaja em
duelo com ele, em lembrança de suas antigas divergências. Seus fiéis a saúdam gritando
Epa Heyi Oya!. Seus ritmo é chamados agó, ilu, ou aguerê de Iansã e de tão rápido,
repicado e dobrado, também é conhecido como "quebra-prato". É o mais rápido ritmo do
candomblé, correspondendo à personalidade agitada, contagiante e sensual desta deusa
guerreira, senhora dos ventos e que tem poder de afastar os espíritos dos mortos (eguns).
Ela evoca, por meio de movimentos sinuosos e rápidos, tempestades e ventos furiosos. No
candomblé, as pessoas dedicadas a Iansã usam colares de contas de cor vermelha ou coral.
A quarta-feira lhe é consagrada, assim como a Xangô. Seus símbolos são os chifres de
búfalo, um alfanje e o iruexim ou iruquerê (espanta-moscas de rabo de búfalo), com o qual
comanda os eguns (espíritos dos mortos). Recebe sacrifícios de cabras e oferendas de
acarajés, ekuru e abará. Ela detesta abóbora e a carne de carneiro lhe é proibida, assim
como a arraia. Na Bahia, é homenageada no dia 4 de dezembro na Festa de Santa Bárbara
(padroeira do Corpo de Bombeiros e dos mercados), evento composto de missa, procissão
feita por católicos e praticantes do Candomblé, além das festas nos terreiros, o caruru de
Iansã, samba de roda e apresentação de grupos de capoeira e maculelê.
Na santería cubana, Oiá é sincretizada com imagens de Nossa Senhora da Candelária,
Nossa Senhora da Anunciação e Santa Teresa.
O arquétipo de Iansã é o das mulheres audaciosas, poderosas e autoritárias. Mulheres que
podem ser fiéis e de lealdade absoluta em certas circunstâncias, mas que, em outros
momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a
manifestações da mais extrema cólera. Mulheres, enfim, cujo temperamento voluptuoso e
sensual pode levá-las a aventuras extraconjugais múltiplas e freqüentes, o que não as
impede de continuarem muito ciumentas de seus maridos, por ela enganados.
•
LENDAS DE IANSÃ EDITAR
• Antes de se tornar mulher de Xangô, Iansã (Oiá) viveu com Ogum.
Lamentando não ter filhos, consultou um Babalaô que a aconselhou
fazer oferendas, entre essas um pano vermelho. Cumprida a obrigação,
tornou-se mãe de nove crianças, o que, em iorubá, se exprime pela
frase Iyá omo mesan, origem de seu nome Iansã.
• Ogum ia abater um imponente búfalo quando viu a pele do animal se
abrir e de dentro sair a bela Oiá! Linda, ricamente vestida e cheia de
ornamentos que valorizavam sua beleza e sensualidade. Ela dobrou a
pele do búfalo e o escondeu num formigueiro, dirigindo-se para a
cidade. Ogum a seguiu e, dominado pela sua beleza, propôs-lhe
casamento, sem ser aceito. Ogum, então voltou, pegou a pele no
esconderijo e a guardou para si, voltando para a cidade. Quando Oiá,
descobriu o roubo da pele, voltou a cidade e encontrando Ogum a sua
espera, acusou-o, exigiu o que era seu e Ogum não admitiu nada. Oiá
percebeu que teria de render-se e aceitar as propostas de Ogum, se
quisesse seus pertences de volta. Mas impôs-lhe três condições:
ninguém nunca poderia dizer-lhe diretamente que era um animal;
ninguém nunca poderia usar cascas de dendê para fazer fogo; e
ninguém nunca poderia rodar um pilão pelo chão da casa. Ogum aceitou
e se casaram. Isso desagradou as demais mulheres de Ogum. Após o
nono filho de Oiá, as demais mulheres, enciumadas, embriagaram Ogum
com vinho de palma e conseguiram que ele lhes contasse o segredo de
Iansã. Elas então acusaram-na de ser um animal e lhe disseram onde
estavam suas pele, chifres e cascos. Oiá fingiu que não era com ela,
mas quando sozinha, correu até o lugar indicado e achou seus
pertences. Vestiu-os e eles se ajustaram perfeitamente, retomou a força
do animal e com raiva atacou as outras mulheres e as matou. Ela
pretendia voltar para a floresta, mas seus filhos a chamavam de volta.
Ela então pegou seus chifres e os deu a eles, dizendo-lhes que se algum
dia dela precisassem, que os tocasse e ela surgiria para defendê-los.
• Oxaguiã estava em uma guerra que não acabava nunca, tão poucas
eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas lentamente.
Oxaguiã pediu urgência, mas o ferreiro já fazia o possível. Oiá, esposa
do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Pôs-se a
soprar o fogo da forja de Ogum e avivou o fogo, que derretia o ferro
mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e Oxaguiã
venceu a guerra. Oxaguiã veio então agradecer a Ogum, mas
enamorou-se de Oiá. Um dia, fugiu com ela, deixando Ogum enfurecido
e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiã voltou à guerra e precisou
de armas, Oiá teve que voltar a avivar a forja. Lá da casa de Oxaguiã,
onde vivia, soprava em direção à forja de Ogum, atravessando toda a
terra que separava a cidade de Oxaguiã da de Ogum. Seu sopro cruzava
os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até
chegar às chamas com furor. O povo se acostumou com o sopro de Oiá
cruzando os ares e logo o chamou de vento. Quanto mais a guerra era
terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oiá a
forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho,
levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo
reconhecia o sopro destrutivo de Oiá e o povo chamava a isso
tempestade.
• Uma vez Oxum passou pela casa de Iansã e a viu na porta. Ela era linda,
atraente, elegante. Oxum então pensou: "Vou me deitar com ela". E
assim, muitas vezes, passou na frente daquela casa. Levava uma
quartinha de água na cabeça, e ia cantando, dançando, proocando. No
começo, Iansã não se deu conta do assédio, mas depois acabou por se
entregar. Mas Oxum logo se dispôs a nova conquista e Iansã a procurou
para castigá-la. Oxum teve que fugir para dentro do rio,lá se escondeu e
lá vive até hoje.
• Oxum teve uma grande paixão por Erinlé, mas na época era casada com
Ogum. Numa das saídas de Ogum para guerrear, Oxum encontrou Erinlé
e dele engravidou. Nove meses depois, quando a criança estava para
nascer, Ogum avisou que estava regressando. Oxum, que não podia
mostrar a ele a criança, deu a luz a um menino, deixou-o em cima de
um lírio e foi embora. Iansã, ao passar, viu a criança que sabia ser de
Oxum, pegou-a e a criou. Seu nome era Logunedé. Iansã o ensinou a
caçar e pescar e viveu com ele por muito tempo.
• Houve uma festa com todos os Orixás presentes, menos Omolu. Ogum
perguntou por que o irmão não vinha e Nanã respondeu que era por
vergonha de suas feridas causadas pelas doenças. Ogum resolveu
ajudá-lo e o levou à floresta, onde lhe teceu uma roupa de palha para
lhe cobrir todo o corpo. Mas muitos viram o que Ogum fez e
continuaram com nojo de Omolu, menos Iansã que, altiva e corajosa,
dançou com ele. Então o vento de Iansã levantou a palha e para espanto
de todos, revelou um homem lindo, sem defeito algum. Todos os Orixás
ficam estupefatos, principalmente Oxum,que se enche de inveja, mas
Omolu, não quer dançar com mais ninguém. Em recompensa pelo gesto
de Iansã, Omolu dá a ela o poder de também reinar sobre os mortos
(eguns).
• Xangô gostava de sentar-se ao lado da forja para ver Ogum trabalhar.
Vez por outra, ele olhava para Iansã. Iansã, também, espiava
furtivamente Xangô. Xangô era vaidoso e cuidava muito da sua
aparência, a ponto de trançar seus cabelos como os de uma mulher. Ele
fizera furos nos lobos de suas orelhas, onde pendurava argolas. Usava
braceletes e colares de contas vermelhas e brancas. Muito
impressionada pela distinção e pelo brilho de Xangô, Iansã fugiu com ele
e tornou-se sua primeira mulher.
• Xangô enviou Iansã em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um
preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas
pela boca e pelo nariz. Oiá, desobedecendo ao marido, experimentou o
preparado e tornou-se também capaz de cuspir fogo, para grande
desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si esse terrível poder.
• Certa vez, Xangô foi visitar o irmão Ogum e conheceu sua mulher Iansã.
Os dois se apaixonaram e Iansã largou Ogum, indo viver com Xangô.
Tempos depois, com saudades, Iansã voltou para Ogum; então Xangô
chamou seu exército e atacou o reino do irmão. Enquanto lutavam,
Ogum mandou Iansã para o reino de Oxóssi. Quando Xangô, vencedor,
foi buscá-la, ela se casara com Oxóssi. Atacou-o, e Oxóssi mandou Iansã
para o reino de Omolu. E a história se repetiu, até que Iansã foi mulher
de todos os Orixás. Mas no final acabou voltando a viver com Xangô, e
de sua união nasceram os gêmeos Ibeji.
• Xangô construiu um palácio de cem colunas de bronze. Ele tinha um
exército de cem mil cavaleiros. Vivia entre suas mulheres e seus filhos.
Iansã, sua primeira mulher, era bonita e ciumenta. Oxum, sua segunda
mulher, era coquete e dengosa. Obá, sua terceira mulher, era robusta e
trabalhadora. Sete anos mais tarde, foi o fim do seu reino: Xangô,
acompanhado de Iansã, subira à colina Igbeti, cuja vista dominava seu
palácio de cem colunas de bronze. Ele queria experimentar uma nova
fórmula que inventara para lançar raios. Bummm!!! A fórmula era tão
boa que destruiu todo o seu palácio! Adeus mulheres, crianças, servos,
riquezas, cavalos, bois e carneiros. Tudo havia desaparecido fulminado,
espalhado e reduzido a cinzas. Xangô, desesperado, seguido apenas por
Iansã, voltou para Tapá. Entretanto, chegando a Kossô, seu coração não
suportou tanta tristeza. Xangô bateu violentamente com os pés no chão
e afundou-se terra adentro. Iansã, solidária, fez o mesmo em Irá. Oxum
e Obá transformaram-se em rios e todos tornaram-se orixás.
OS NOVE FILHOS DE IANSÃ EDITAR
O nome Iansã, como dito acima, significa "mãe de nove" (com Ogum, Oxóssi ou Xangô,
dependendo da versão) e uma versão do mito conta que oito nasceram mudos e o último,
Egun, graças aos sacrificios recomendados por Ifá, nasceu com o poder de falar com voz
estranha e sobrenatural. Algumas tradições especificam os nomes dos nove filhos que,
segundo uma delas, seriam:
1. Imalegã - nasceu no primeiro dia. Foi tirado do ventre de Oiá pelas
Iyami e envolvido em abanos;
2. Iorugã - foi envolvido em palha seca e alimentado com talos de
bananeira. Nasceu com a vaidade de Oiá e é o preferido.
3. Akugã - nasceu do terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras
de bambu. É rebelde. Não se deve tocar o chão do bambuzal.
4. Urugã - alimenta-se das folhas das bananeiras e esconde-se nas
florestas. Faz buracos.
5. Omorugã - alimenta-se do pó do bambu que está caído no chão. Vive
no milharal e fica escondido nos bambuzais observando os seres
humanos.
6. Demó - Oiá cobriu-o de lama para saber os segredos de seus inimigos.
Usa pele de búfalo para acompanhar Oxóssi.
7. Reigá - Acompanha os mortos e ronda os cemitérios. Esconde-se nas
grandes árvores dos cemitérios e ronda as sepulturas à procura de
objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas.
8. Heigá - É violento e vive perseguindo o Ori do ser humano. Propicia
desastres e desordens;
9. Egungun - Oiá preparou-o para combater. Apossa-se do ser humano,
fazendo-o cometer desatinos.
QUALIDADES DE IANSÃ EDITAR
• Ygbalè ou Iybalé: é a deusa dos mortos, ligada diretamente ao culto de
Egun, por isso senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sôbre os
mortos, trazendo consigo uma falange de Eguns que ela controla e
administra , pois todos temem o seu terrível poder. Devido a sua relação
com Egun, é proibido vesti-la de vermelho. Sua vestimenta é branca.
• Furé: usa uma foice na mão esquerda e um aruexim na direita, veste
branco e por cima de suas vestes a palha da costa. Dança como se
estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes
vão pequenas cabaças dependuradas, no tornozelo direito uma pulseira
de aço, tem ligação direta com o culto a morte e aos Eguns e preside a
vida e a morte.
• Odo: ligada as águas , apaixonada carnal e muito louca por amor.
• Iamesan: É a que foi esposa de Oxóssi, meio animal e meio mulher, só
come caça, mãe dos nove filhos. Come com Oxóssi nas matas.
• Onirá: é uma orixá das águas doces cujo culto no Brasil confundiu-se
com o de Iansã por ser uma guerreira. Seu culto na África era
independente. Tem ligação com o culto a Egun e laços de amizade com
Oxum, pois foi Onira quem ensinou Oxum Opará a guerrear. É a dona do
atori, uma pequena vara usada no culto de Oxalá para chamar os
mortos na intenção de fazê-los participar da cerimônia. Também é
usado para fazer reinar a paz no local ou na vida de alguém e trazer-lhe
abundância e tem o poder de mandar chover regularmente para trazer a
prosperidade. Ela deu a Oxaguiã o atori e seu poder de exercê-lo, além
de ter lhe ensinado o fundamento e como usá-lo. É ainda a mãe de
criação de Logunedé Apanan. Por isso, toda oferenda para ela deve ser
acompanhada de um agrado a essa qualidade do orixá Logunedé. É uma
Orixá muito perigosa por sua ligação e caminhos com Oxaguiã, Ogum e
Obaluaiê. Veste o coral e amarelo, contas iguais.
• Yatòpè: tem ligação forte com Xangô. Veste branco.
• Afefe Iku Funã: senhora do fogo e dos ventos da morte. Caminha com
Ogum e Obaluaiê e tem caminhos, também, com Egun e Iku (morte).
Veste branco ou azul-claro.
• Afakarebò: não é feita em seus eleitos, é a verdadeira dona a quem
são entregues todos os ebós. Seus caminhos levam diretamente a Exu e
Egun. Seus rituais são todos feitos no murim, cabaças e porrões.
• Afefe: comanda os ventos. Tem caminhos com Obaluaiê e Egun.Veste
vermelho e branco, usa o coral e o chorão de seu adé é alaranjado .
• Bagan: não tem cabeça. Come com Exu, Ogum e Oxóssi. Tem caminhos
com Egun.
• Petu: ligada aos ventos e as árvores. Esposa de Xangô, que vai sempre
na frente anunciando sua chegada.
• Ogunnita ou Egunitá: ligada ao culto de Egun, seu fundamento mais
forte. É a senhora que caminha com os mortos. Alguns umbandistas
como Rubens Saraceni e Alexandre Cumino tendem a separar esta
manifestação de Iansã das demais, criando assim um orixá feminino
individual. Egunitá nessa visão seria a senhora da espada flamejante, a
mãe ignea associada a Santa Brígida ou mesmo a Santa Sara Kali
dos ciganos.
IANSÃ NA UMBANDA EDITAR
Na umbanda, o símbolo de Iansã é uma taça ou cálice e as contas usadas por seus filhos e
filhas são amarelas. Ela é normalmente sincretizada com Santa Bárbara, mas com Santa
Madalena na qualidade de Oyá Funã, e com Santa Joana D'Arc na de Oyá Iybalé. Na
interpretação mais tradicional, é a líder de uma das falanges da linha de Iemanjá, como
"Cabocla Iansã".
Em outra interpretação, é considerada parte da linha de Xangô. Atua como o pólo ativo da
linha da Justiça, enquanto Xangô é seu aspecto assentado ou imutável.
Chamada também de "A Virgem da Coroa", Iansã é de expressão séria e porte de guerreira,
batalhadora e lutadora. Iansã na umbanda incorpora com expressão altiva e com o braço
direito estendido para cima e com a mão direita a balançar, como se estivesse chamando os
raios. Sua imagem é a de Santa Bárbara, ou seja, uma moça de cabelos claros com uma
túnica vermelha por cima de um vestido amarelo, segurando um ramo ou uma espada. As
cores de Iansã na Umbanda variam conforme a região, o que se reflete nas cores de suas
velas votivas. No centro do país os terreiros usam as cores amarela ou vermelha. Já no Rio
Grande do Sul alguns terreiros usam a cor azul-escura.
REFERÊNCIAS EDITAR
• Pierre Fatumbi Verger, Orixás: deuses iorubás na África e no Novo
Mundo, São Paulo: Corrupio, 1981
• Pierre Fatumbi Verger, Lendas Africanas dos Orixás, São Paulo: Corrupio,
1997.
• Portal Guardiões da Luz: Mãe Iansã [1]
• Logun Edé [2]
• Xangô [3]
• Candomblé: Oyá [4]
Iansa
* Quem é
* Saudação
ê Pa rrêee Oia
ê Pa rrêee Iansã
* Favas
União – Prosperidade – Encanto –
Emburana – Guerra – Cumaru – Deoxum -
Ossum Vermelho - Ossum Amarelo – Ofá –
Aridã – Fortuna - De Seda - Gegê (Fava De
Obara) - Tendão De Exu - Olho De Exu -
Tendão De Legba - Do Fogo - Abre
Caminho - Vence Demanda - De Olho
Grande - Güeto
* Folhas
Saião - De Opium – Fortuna - Para Raio –
Chumbetá - Abranda Fogo – Cambara -
Bambu Verde - Vence Tudo - Adaga
Vermelha - Vence Demanda - Erva Prata -
Peregum Vermelho – Dolar - Adaga De
Iansã - Comigo Ninguém Pode - De
Papoula Vermelha - De Louro - De Rosa
Vermelha - De Pimenteira - De Rosa
Branca - De Cactos - De Rosa Amarela -
Barba De Bode - De Rosa Cor De Rosa -
De Damasco - De Palamas(Todas) - De
Violeta - De Orquidea - Palma De Iansã -
De Cravinia - Do Marisco - De Bromélia -
De Jambo - De Sândalo
* Preceitos
AGUERE PARÃN
Cantiga de Iansã:
Agüe güere irô
Agüe güerre irô
Marabô bo agé
Agüe güerre irô
Basa um majá
Irô güe güeré
Ara irô Orum
Güe güeré
Ke missorum àrá
Balé rum.
* Comidas
1- Iansã Iatopé
Acarajé com cebola ralada fritos no dendê
no najé, 1 najé com pade de dendê com 9
folhas de louro e 1 acaçá no meio, uns bons
acaçás abertos no najé, camarões inteiros
fritos no azeite doce e dendê no najé.
2- Iansã Bamburucema
Acarajé com cebola ralada frito no azeite
doce, pade de mel no najé com 9 folhas de
louro, najé com pade de azeite doce com 9
acaçás e no meio 1 obi aberto.
3- Iansã Balé
4- Iansã Bali
5- Iansã Bagam
Travessa com 7 acaçás, travessa com papa
de acaçá, travessa com pade de água com 1
acaçá com 1 folha da fortuna espetado no
acaçá, 7 bolos de farinha com água, não
come acarajé.
6- Iansã Onira
Acarajé com cebola ralada frito no dendê
ou azeite doce ou com os dois, omolocum
no azeite doce com camarão inteiro sem
ovos com 1 acaçá no meio, pade de mel
com 8 folhas da fortuna, 8 folhas de louro
com 8 maças abertas, pade de mel com uvas
rosadas, 1 saladeira com frutas claras
abertas com 8 tendões de trigo e 8 vinténs
de cobre. Duas quartas só com água.
7- Iansã Oya
9 acarajé com cebola ralada frito no azeite
doce, travessa de barro com canjica com 9
acaçás, travessa de barro com pade de
dendê com camarões inteiros frito no azeite
doce, travessa de barro pade de mel, frutas
uvas rosada, maçã, melancia, ameixa.
8- Iansã Zazã
Travessa de louça com acarajé cebola
ralada e camarão socado sem cabeça e nem
rabo frito no azeite doce, travessa com
canjica 9 rodelas de inhame cozido 4 folhas
da fortuna 9 acaçás, travessa com massa de
acaçá com 1 obi ralado no meio (ou rala um
metade do obi deixa a outra ou rala a
metade das duas partes do obi) 9 bolos de
inhame, travessa com pade de mel com 9
pedaços de maça formando pétalas de uma
flor. 2 quartas de louça (1 com alça e outra
sem alça) só com água.
9- Iansã Basirê
Acarajés fritos no azeite doce, ecurus,
acaçás em grande quantidade. Egum come
papas de arroz, canjica, farinha de mesa,
povilho doce e acaçáse numa taioba com
nabiça e mustarda cozida e socada.
2- Furu Balí
Feijão branco cozido com cebola ralado
com camarão sem rabo e sem cabeça com 1
pouco de dendê, metade feijão fradinho
cozido metade feijão fradinho torrado no
dendê e no meio 1 acaçá, 1 maçã de boi
inteira (e após tira-se e coloca no
acentamento não se despacha)em volta do
milho de galinha cozido com azeite doce,
acaçás e 11 bolos de farinha 1 copo com
água.
3- Ji Balí
Papa de acaçá com 1 obi no meio aberto e 1
pote barro branco com vinho branco ou
licoroso e 1 copo de água com vela de 7
horas. 7 maças vermelhas em um pade de
azeite doce com 7 folhas de saião envolta,
canjica cozida com pétalas de palmas
brancas e 7 acaçás em forma de bolas, 7
ecurus. Não come acarajé.
4- Bukura Balí
Somente acaçás, 1 copo com água e 1 vela
de 3 tempo.
6- Niko Balí
é bolo de farinha com água café num pote,
mingau de fubá. Travessa de louça com
acarajé ( camarão cebola ). Travessa com
pade de azeite doce com frutas vermelhas.
Travessa de louça com abarás ou aberens
ou ecurus. Tigela de louça com massa de
acaça cozida com rapadura ralada ( está
comida se chama Brunhé). Travessa de
louça com xim xim de camarão.
7- Kurundú Balí
Papa de acaçá e de frutas e de fubá. (Sua
comida é levada ao chão sobre uma folha
de bananeira passada no fogo aonde se
deposita as comidas).
8- Bicorú Balí
1 abóbora moranga cozida aberta em cima
tira as sementes e põe dentro pade de dendê
e espeta 4 espiga de milho cozidas.
Alquidar com pade de azeite doce com 8
folhas de saião e no meio uma espiga de
milho cozida. Alquidar com 4 goiabas
vermelhas abertas em quatro com 8 folhas
da fortuna e um acaça ao meio.
9- Niceará Balí
Acaçás, canjica cozida com 10 acarajés
frito no azeite doce sem cebola e sem
camarão. Alquidar com pipoca socada com
um acaça no meio e 7 folhas de saião.
Alquidar com pade de mel com um pouco
de pipoca e 7 ecurus. Alquidar com pade de
azeite doce com 7 tiras de melão pipoca ao
meio e 1 acaça em cima ou 1 folha da
fortuna espetada no acaçá.
NGOLA
ÍNDICE
2.A. ENCANTAMENTOS
2.B. O NÚMERO 7
2.C. UAFU-ZA-KUIZA
2.D. NGOMBO
09. NGUDIA
10. KISABA
11. BENGUÉ
12. SACRAMENTOS
12.B. KESO
12.C. FEITURA
12.C.II. CURAS
16. KUKUANA
17. IPARUBÓ
21. GERAL
1. DOCES CLAROS
2. BÚZIOS
3. IDÉS
4. CANJICA
5. OBI
6. OROGBO
7. MOEDAS CLARAS
Cortar o melão em 6, arrumar sobre a canjica. No centro os doces.
As sementes pode colocar num saquinho atrás da porta, ou pode fazer pó.
1. abóbora
2. acaçás
3. canjica
4. areia
5. idés
6. búzios
7. doces
Obrigação só para rodantes, porque kota (ekedi) e kambondo (ogã) já estão prontos na
feitura.
Em Angola quem passa cargo são os enredos de Oxum. Isto é, não é preciso ser filho de
Oxum, mas é Oxum quem autoriza aquela pessoa a receber o cargo.
Após 7 anos as obrigações se renovarão a cada ano, com rito de obi ou bori, conforme o
caso, repetindo-se as obrigações maiores de 7 em 7 anos para renovar, e conservar o
indivíduo forte, transformando-o em KUKALA NI NGUZU - um ser forte.
1° - KAMOXI
2° - KAIARI
3° - KATATU
4° - KAKUANAM
5° - KAKATUNO
6° - KASSAGULU
7° - KASSAMBÀ
TÍTULOS HIERÁRQUICOS
1. 4. MAMETU NDENGE - mãe pequena (há quem chame de Kota Tororò, mas não há
nenhuma comprovação em dicionário, origem desconhecida)
1. 10. TATA MAVAMBU - ogã ou filho de santo que cuida da casa de Exu (homem.
Zeladora deve ter um, porque mulher não pode cuidar. Mulher só mexe depois que
não menstrua mais).
1. 14. TATA NGANGA MUZAMBÙ - babalawo - pessoa preparada para jogar búzios
1. 17. TATA NUMBI - não rodante que trata de Baba Egun - OJE.
Geral:
MONA MUKI AMASE - (dijina) Mona = filho; muki = força; amase = águas
3. Dofono
4. Dofonitinho
5. Fomo
6. Fomotinho
7. Gamo
8. Gamotinho
9. Vimo
10. Qualquer barco só pode ser de 7. Se houver 8 iyawo, o oitavo é dofono de outro
barco.
16. Numa casa pode ter Hangolo e Hangoloméa. O que não pode ter é do mesmo sexo.
21. Não se despacha Xangô nem Oxalá de filhos mortos. Coloca-se na casa apropriada
junto aos santos dos zeladores já falecidos (igba vira igbó)
22. Quem bola deve ser deitado de bruços com a mão esquerda na terra para absorver
energia e a mão direita para cima.
23. IFURU ou OXOFURU - Qualidade de oxalá que pega outras cores, não se raspa, se
cultua no escuro, à luz de velas, em local com paredes cobertas por panos coloridos.
O barracão da nação Angola recebe dentro do culto o nome de INZO (nzo) (também
SENZALA) - O termo Inzo é oriundo da língua Kimbundu, no dialeto umbundu, e quer
dizer CASA ou TERREIRO.
Divide-se em várias partes rituais e outras litúrgicas, com nomes próprios do culto Angola,
como veremos a seguir:
28.LEMBACI - quarto destinado aos santos do zelador, junto com o santo do primeiro
ogã e da primeira ekeji.
29.KASSIMBA - poço
30.INDEMBURO - runkò
31.INZO JAWÀ - Casa do agbo onde ficam os porrões de agbo dos filhos.
35.INZO KALUNGOME - Casa dos santos de pais de santo mortos, também Oxalá e
Xangô dos filhos. (ILE IGBOSAIN) fica situado em locais mais isolados da roça.
41. Moedas para o culto têm que ter figura humana. É louvada uma figura de egun. É
energizada (antigamente se plantava no chão um cadáver (de inimigo no Angola, de
parente no complexo iorubá)
42. Xangô deve ser alimentado no meio do barracão. Ele é também dono da cumeeira, e
deve pegar as forças de cima e de baixo.
43. Ketu planta Tetun; Jeje, Intoto; Angola, ver na apostila (são 3)
45. O oxu (vulgarmente chamado adôxo) no Ketu = Kuntunda (Angola) = Afexun (Jeje)
46. A comida dos orixás se serve fria, porém a comida de Xangô se serve morna, e a de
Baru quente.
47. Dizer que Xangô abandona o filho quando morre porque tem medo da morte é lenda.
Xangô não gosta de frio, por isso se afasta.
49. Não se coloca santo de cabeça na cumeeira. Se por exemplo for de Xangô com
Yemanjá coloca Oxalá e Oxum. Pelo arquétipo escolhe os santos que vão para a
cumeeira. Por exemplo, se for regido pelos 4, escolhe qualidades diferentes. Pessoa
de Lemba + Danda que carrega Zazi e Kaiala, coloca uma outra qualidade, nos
caminhos de Airá (Osi e Bonã), no Angola Luango e Luvango.
51. chão leva as 16 favas dos orixás, e as demais coisas. No chão comem eguns.
52. As obrigações de chão e cumeeira devem ter uma periodicidade relativa com o
movimento da casa.
53. Entretanto em todo dia de toque deve ser colocada pelo menos uma canjica na
cumeeira. A canjica calçada com quiabos é ótima opção (ver receitas)
54. Quando se raspa um total de 7 filhos deve-se abrir o chão e energizar de novo.
55. No barracão só existe o Bara do zelador. O nosso Bara fica na nossa casa.
59. Existe uma Oxum do poço, mas ela precisa ser assentada num poço à parte, quando
for o caso.
KITEMBU - TEMPO
1. Para assentar Kitembu (Tempo) cava-se um buraco profundo (aprox. 1m) para
enterrar o bambu da bandeira. Quando se planta Tempo alimenta-se a terra. Tem
que colocar os elementos vitais: mel, dendê, azeite doce (óleo de algodão, de
amêndoas), água, sal, favas básicas para a casa (santo da casa, vida,
prosperidade e divina). Não se coloca Aridan, porque apodrece muito rápido e
tem que ser despachada, por isso não deve ser enterrada (se deixar Aridan
bichada sem despachar acaba com a casa).
Copar um frango, tirar as penas e chamuscar no fogo untado com dendê (só
chamuscar, fica cru - a primeira vez tem que ver alguém fazer primeiro). Esse
frango é pendurado num galho da árvore que fica perto de Tempo (de
preferência cajazeiro ou jenipapo). Ele seca, mumifica e não apodrece se tudo
for feito direito.
3. No alto do bambu amarra-se uma cebola com palha da costa (macho ou fêmea
dependendo do sexo do zelador). Dura de 3 semanas a 2 meses amarrada. Só
coloca outra quando trocar a bandeira (de longe parece uma cabaça pequena)
1. O bambu é untado com azeite doce ou dendê de acordo com o orixá da casa.
1. Numa bacia prepara-se o ibosé , que vai para o chão escorrendo pelo bambu. O
frango vai para cima da árvore chamuscado.
1. Todas as vísceras de todas as matanças de uma casa são colocadas num lugar
"ancestre". Não se joga fora.
1. O assentamento de Boiadeiro na Jurema, pode ser feito num tronco, com o chapéu,
um gamela redonda.
ATABAQUES
1. Todas as vezes que o ogã da casa der obrigação, os atabaques devem ir junto.
5. Todas as vezes que se trocar o couro, o velho não vai para o lixo. O de Angola
fica junto a Tempo, os demais vão para a cachoeira. É bom utilizar o couro das
matanças de obrigações feitas na casa para encourar atabaques.
1. O ogã ao pegar no atabaque para bater deve passar omieró nas mãos. (Não é
agbo, é erva fresca: elevante, macaçá, etc.)
1. Era costume colocar uma quartinha com omieró e uma bacia junto aos
atabaques.
1. No chão do Angola estão as energias dos ancestrais (Bukulu ou Akua Ukulu) = Baba
Egun ("energias que comem a carne e devolvem os ossos")
3. Esse local entre a cumeeira e o chão é o melhor lugar para se dar obrigação.
6. Tata Numbi - Tem que ser de Kaiangu, Kavungu, Se não tiver colocar alguém de
Ogun ou Oxossi, que deve ser devidamente preparado, com umbigueira, contra-egun,
fazer obrigações, limpeza etc.)
2. O atabaque fica deitado com o couro para dentro do runkó, coberto de branco.
Acende-se uma vela para cada um, uma quartinha com água para cada um,
comida seca para cada um. Com a mão direita passa ibosé no couro.
1. A casa deve ter 2 conjuntos de atabaques preparados, para evitar surpresas
desagradáveis, se por exemplo o couro rebentar no meio de uma cerimônia.
2. Semanalmente, ou todas as vezes que for ser tocado acende-se uma vela
embaixo do atabaque, ele vai para o sol, recebe banho de ervas, é untado com
azeite, etc.
1. Cores de Zumbá:
azul e branco - das lagoas lodaçais de águas paradas - mais à superfície
pelos movimentos: mais ágil - azul e branco, médio - roxo, mais lentas - lilás
também pelo conjunto: com Oxalá - azul e branco, outros orixás - roxo, com obaluaiye -
lilás.
1. Nanã com Ogum - faz ibosé para Ogun, assenta Oxalá no meio, depois Nanã.
Intercala Oxalá para não dar problema.
PAMBUNJILA
TÍTULO: TATA MUBIKA (Pai Trabalhador) ou NGANGA NJILA (Senhor dos Caminhos)
QUALIDADES:
A cultura Angola é diferente da Iorubá. No Angola um orixá pode responder diferente (ex.
Pessoa de Katubelanguanje (tipo Jagun) pode responder Obaluaiê ou Oxalá.)
MUJILO
TÍTULO: MAMETU MUBIKA (Mãe Trabalhadora) ou YASÓBA NJILA (Mais Velha dos
Caminhos ou Senhora dos Caminhos)
QUALIDADES:
NKOSI
QUALIDADES:
KARIRI
Sinavuru = Felicidade
QUALIDADES:
KATENDE
QUALIDADES:
(*) Todo Ogã que mexe com folhas deve assentar um Marangombe. Por isso ele se
chama Kixikarangombe.
KAVUNGU
TÍTULOS: TATA NGOMA (Pai Senhor) ou TATA MUXINO OXI (Pai Rei da Terra)
QUALIDADES:
KATUBELANGUANGE* KAWUNDEN
* Os KATU - cor clara - preto e branco - têm idade - comem com Lembá
HANGOL'O
(*) ou Maranvaia
HANGOLOMÈA
QUALIDADES:
TUMAZA (**)
(*) ou Goloméa
(**) da água
ZAZI ou KAMBARANGUANGE
QUALIDADES:
KATUBELANCI (*****)
KITEMBU
QUALIDADES:
POLOKUN (*****)
KAIANGU
QUALIDADES:
DANDA ou DANDALUNDA
QUALIDADES:
KAIALA
QUALIDADES:
KAVITÉ SIVITE
QUALIDADES:
ZAMBARANE
ZUMBÁ
ZUMBÁ na cultura Bantu, NANÃ na cultura Iorubá, sendo equiparada à figura da avó
africana. Sendo este nkisi anterior à idade do ferro, esta é a razão da proibição do uso de
ferro ou aço nas suas obrigações. Diz-se que ela não pode VER ferro ou aço. Par
resolver essa quizila deve haver no barracão um outro local onde se coloca mariô em
toda a volta e na porta uma quartinha com uma fava de Ogum dentro. O bicho é cortado
nesse quarto, canta-se para o bicho, não se grita o orixá. Bate o ibosé, leva para o quarto
onde está o orixá já batido. O ibosé faz-se numa bacia de ágata com água, mel, azeite
doce, acaçá, corta-se o bicho, bate-se e só depois se apresenta ao orixá.
OU: os animais usados nas obrigações deste santo devem ser sacrificados com uma faca
de bambu (*), (ou baobá, ou concha tipo shell, chata). A faca de bambu é denominada no
culto de IGUI. Pode ser usada também um instrumento feito da espinha central do peixe
POKUINAN. Esse instrumento é chamado IGUIMOKINAN, devido ao nome do peixe. É
com essa faquinha que se raspa a cabeça quando necessário.
Haja vista que o uso da navalha (POKO NDEMBA = Faca de cabelo) é terminantemente
proibido no ritual de Zumbá. Também as curas. Prepara-se um pó ritualístico e faz-se só
o sinal, sem cortar. Para filhos de Zumbá e Abiku. O primeiro ejé para o otá é das curas,
mas nesse caso os otás são alimentados com a saliva (sangue branco) (**)
Devido à razão de seus princípios, fundamentos e funções este santo acaba sendo
temido pelas pessoas do culto, já que dizem que espalha a morte (erradamente). ZUMBÁ
é ligada saúde, mente, estudos, menos à morte.
Suas cores principais são o branco combinado com o roxo ou com o azul escuro,
demonstrando a situação das cores em relação às qualidades. Este santo domina as
lagoas na sua superfície e também no fundo lodoso.
Dentro do culto do Candomblé (no runkó - ndemburo) ZUMBÁ e NKOSI não habitam o
mesmo ambiente. A junção dessas duas forças num ambiente tem consequências
desastrosas tanto para a pessoa que recebe a obrigação como para a casa.
COMENTÁRIOS:
O mesmo tipo de faca é usado para os Xapanã (Nsumbus). Também não se usa aço nem
ferro, porque eles são anteriores à idade do ferro.
Para Ogum a faca deve ficar envolta no morim, só se mostra na hora do corte, com a
ponta para baixo, para não chamar Ogum para a briga.
(**) Da mesma forma, a primeira água vai com a saliva do pai de santo, tanto no obi
como no Bori.
Para Zumbá e Iku mulher não corta, só em último caso. E deve ficar amarrada.
Pra Egun e Exu mulher só pode cortar se não menstruar mais. Pambunjila e Bara não
gostam de mulher. Mulher só pode cortar para exu de Umbanda.
GERAL:
1. Tempo recebeu o título de Rei do Ngola, sendo um dos jinkisi mais importantes. As
mudanças climáticas eram muito importantes para a vida comunitária. Havia tempo de
pesca, tempo de caça, plantio, de acordo com as estações. As pessoas seguiam o
que indicava a bandeira do Tempo. O povo tornou-se nômade.
2. KAINGU - Este poderoso nkisi está associado ao culto aos numbis e também aos
fundamentos de carrego dos mortos. Também ao culto dos ancestrais. (Corisco -
ventos - chama do fogo)
QUALIDADE:
KIAHELA NGÚSU
QUALIDADE:
MONA LOMÉ
QUALIDADES:
(*) Pescador
(**) Caçador
QUALIDADES:
LEMBA MAFURÀ
Alimento: amalá, acarajé, pupunha (coloca o feijão fradinho de molho, descasca, mói,
cebola ralada, quiabo moído. Bate, faz bolinhos e frita no dendê).
Come em gamelas redondas. É o único nkisi que usa gamela redonda, os outros comem
em gamela oval.
Não tem quizila com nenhum orixá. É lenda. Seu número é 15.
Come quente. Mora nas matas fechadas, traz na mão uma arma de limpar algo, tipo uma
lança de madeira (da palha do coqueiro). Pode colocar um arpão.
Outro que usa lança de madeira de coqueiro, grande, é Jagun. Na outra mão usa xaxará.
Os pés não podem aparecer. A saia deve ser bem comprida e com uma renda cobrindo
os pés.
Não vira em homem, só em mulher. Não usa adê. Usa torso (vermelho, branco, ouro).
É conhecido como Tatetu Dikumbi - Pai do Sol. É cultuado ao amanhecer. Não se corta
para ele de madrugada. Pega o raiar do dia.
É representado pelo sol, e a iniciação é feita com a pessoa virada de frente para o nascer
do sol, que o angolano diz ser a luz da sabedoria.
Este nkisi está ligado ao culto do sol, tendo como cores no panteon angolano o amarelo e
o branco.
PAMBUNJILA
KUKUANA
Se vamos fazer a homenagem num dia determinado, devemos começar as rezas 7 dias
antes. (Sendo dia 16, começa dia 10). NÃO IMPORTA A NAÇÃO, tem que completar os
7 dias.
Kavungu responde no 7, logo ficam 9 búzios fechados. Para resolver a quizila do 9, fazer
um balaio com comidas de Kiala, com 9 acarajés para Kaiangu.
Todos os filhos da casa que sejam de Oluaê devem cortar para o santo no penúltimo dia
(véspera da festa). Pode ser um frango, não precisa bicho grande.
Nos 7 dias que precedem a Kukuana todos os filhos da casa deverão ir ao orô de
Kavungu.
No meio do barracão o zelador arria um balaio de doburu, com um buzanguê com água
ao lado. Cada pessoa da casa chega, toma banho, acende uma vela em volta do balaio e
senta em volta do balaio. Os banhos podem ser de BALAINHO ou CANA DO BREJO ou
CANELA DE VELHO ou JENIPAPO ou BARBA DE VELHO ou ABIU ou SAPOTI (uma
erva só basta, qualquer uma).
Na Goméia e numa casa da Bahia lançou-se o costume de ir visitar 7 casas, uma por
noite, com o balaio na cabeça. Hoje não se faz mais isso.
O zelador senta ao lado do balaio e começa a rezar para o seu santo (da casa). É
fundamental a reza de Kavungu que transcrevemos abaixo.
REZA DE KAVUNGU:
A FAKOTI
EWI EWI
MANUKENUN
TATA KAVUNGU
SINAVURUSY
KE DEMINANGUANGE
ORO KENUN
MANUKENUN
TATA KAMBONDO
TATA KAVUNGU
SINAVURUSSI KE
DEMINANGUANGE
ORO KENUN
Tatetu Kaviungo
Sinavuruce
Ke deminanguange
Oro Kenun)
Após as rezas o zelador passa doburu do cesto em todos os filhos. Cada um toma a
bênção e vai para sua casa.
No final faz-se uma trouxa com o doburu e coloca-se junto a Kitembu até o final da
Kukuana.
RITUAL INTERNO:
O zelador com uma pessoa de confiança faz comida pra: Pambunjila, Nkosi, Ngunsu,
Katende, ZAZI, Hangolô, Kavungu, Kitembu, Telekompensu, Lembá, Kaiangu, Danda,
Kaiala, Zumbá, Mina Lugano, Mina Aganji, Wunji.
Esse ritual fica montado desde o dia da matança. Filho de santo não mexe.
Se for fazer toque, com assistência, na cozinha prepara-se a comida ritual para o povo.
Deve levar tempero. Faz-se de 10 a 16 pratos. Claro que se não houver toque faz só o
ritual interno.
3. feijão preto
4. canjica
5. acarajé
8. camarão
Os filhos de santo entram com as comidas, tudo em alguidar número 4 para ficar mais
bonito, com um ojá estampado amarrado no alguidar. Vão formando a roda. O filho que
carrega a comida de Zazi, ao passar pela porta, sai de fininho e deposita o alguidar em
Kitembu.
As comidas devem ser servidas em folha de mamona BRANCA. Deve ser conversado
com os filhos e os santos deles a tradição de cada casa, os filhos trazem a comida. No
final, na hora d suspender, os santos viram e levam as comidas que sobraram, formando
a mesma roda, cada santo com a comida que a pessoa trouxe.
AÊ SAMBAN GOLÊ
KUKUANA LELÊ
SAMBAN GOLÊ
AÊ SAMBANGOLÊ
KUKUANA LELÊ
SAMBANGOLÊ
DIANDÊ
MAKULÊ
MAKULÉ TÁLA
MULAKO
DIANDÊ MAKULÈ
MAKULE TÁLA
MULAKO
(COM ADJÁ)
AÊ LAGÔ
LAGÔ NILÈ
AÈ LAGÒ
LAGÒ NILÈ
3 - para levantar com a dança ritual, e ir dançando entregar. Se for, por exemplo, de
carro, ao sair do carro para entregar continua a rezar e dançar.
PARA ENCANTAR A COMIDA: (Zelador abaixado, com adjá tocando, repete a reza 3
vezes).
IZA DOBARÁ
MOBIJI BIAMUREXÁ
PARA LEVANTAR: (Pode ser qualquer obrigação (bori, 7, 3, 14), a pessoa recolhida
levanta e vem junto até à porta. Obrigação de 7 coloca na cabeça.)
AÊ JANIPÒPÒ (^)
KÉ MI BAMBOXI
KÉ MI BAMBOXÊ
REZAS (3) PARA OFERECER COMIDA (NA HORA QUE ACABA DE COZINHAR)
(TOBO NO JEJE)
EMBAMBIE Ngunsu
MINIKONGO Ngunsu
TOLA Ngunsu
AMINIBU Danda
TARIULÈ Kavungu
KAMBINDA Kavungu
ARONDI Pambunjila
PALAXO(') Kitembu
Nkosi Kongo Mukongo (ou Kaja Mukongo) Come com Ngunsu Tawà Mugongo e
Kitala Mungongo
GERAL
1. Quando se assenta Oluaê deve-se assentar Nanã; Oxum Pondá - Ogum; Ogum -
Oxossi.
1. Qualidade de santo é um estágio daquele santo próximo ao outro.
2. Lemba Akrizilê - usa cabaça - é perigoso - ligado a Iku - sua comida deve levar acaçá
no fundo da vasilha, e deve ser tratado com todo o cuidado.
1. Para arriar comida para Nkosi no barracão, o cará é sempre descascado, e sempre
colocado em pé. Na rua pode colocar com casca e deitado (para cortar demanda). É
sempre oferecido inteiro e assado. deve ficar cru por dentro (assar ou cozinhar aprox.
10 minutos).
1. Na comida de santo os legumes devem ser cozinhados com casca e depois
descascados.
1. Quando se usam elementos ligados à terra, batata doce, inhame, cará, pode ser
usado também o aipim. Bolinhos de aipim cozido amassado fritos no dendê é comida
de Obaluaiyê.
VOCABULÁRIO
AKAN = OJÁ
OTOZI = DIREITO
IEPE(') = ESQUERDO
AIÓ = ALHO
BAMBI = FRIO
BOTÈS = CHAKRAS
IMBUÁ = CACHORRO
MUÁMBA = CARRETO
MACÁLA = CARVÃO
TUCABÚLU = COELHO
GUÉNDULU = COENTRO
GUIUGUIÁ = COGUMELO
QUIRIRI = COITO
NBURI = CORDEIRO
NGÁNDU = CROCODILO
NVÚLA = CHUVA
MULEMBO = DEDO
NGULUNGÚ = VEADO
KAFUNDANKA = PÓLVORA
GINÁ = PIOLHO
TÚBIA = FOGO
KITTULÚ = FLOR
KITEMBU = VENTO
NZACHI = TROVÃO
KILÚ = SONO
NGULÚ = PORCO
KUFFUÁ = MORRER
MATENA = CAFÉ
MUCHITU = MATO
OCUTANHINHA = LUZ
NGANDÚ = LAGARTO
RITENDE = LAGARTIXA
DENGUE = MINGAU
MA = PLURAL ANGOLA
DI = PLURAL CONGO
DIEMBE(^) = POMBO
DIZANGA = LAGOAS
DIKUMBI = SOL
DIKUTU = UMBIGO
HÔXE = CAVALGADOR
HOMBO = CABRITO
IPARUBÓ = CORTE DE ANIMAIS
NZO = CASA
IKÓ = ACAÇÁ
ITÁRI = AÇO
KIANDÚ = CADEIRA
KIALÚ = BANQUINHO
KAXITÓ = PATO
KAFUÁ = POR-SE
MÈ MÈ MÈ
KONGO DIMBANDÁ
TUDIÁ
(2 VEZES)
KAMBONDO INGURA
HOMBO
KONGO DI MBANDÁ
TUDIÁ
KURUPIRA = IKODIDÉ
KATUJI = BANHEIRO
KIJINGU = CUIA
KUTUNDA = ADOXO
KIXIKARA = TOCAR
NGOMBI = COURO DE BOI
KILÚ = SONO
KALUNGOME = MORTO
KANGULA = TESOURA
KÚKU = AVÔ
KIRINKU = BATATA
KIHUBA = CARRAPATO
KAMOXI = DOFONO
KAIARI = DOFONITINHO
KATATU = FOMO
KAKUANÁ = FOMOTINHO
KAKATUNO = GAMO
KASSANGULU = GAMOTINHO
KASSAMBÁ = VIMO
LAMBURÚ = CHÃO
LUTETELÉ = CANA
LEKRIN = ALECRIM
MULEMBO = DEDO
MUCHITU = MATO
MAJINA = NOME
MAMETU = MÃE
MUJINDA = TEMPESTADE
MUKONGO = CAÇADOR
MUBIKA = TRABALHADOR
MAKWIU = BÊNÇÃO
MAKÉSSO = OBI
MASSANGUÁ = BATISMO
MUNGUÁ = SAL
MUGINHA = ALGODÃO
MUENHO = ALMA
MANDANKU = ARANHA
MUBANKA = BORBOLETA
MAVULÚ = VINHO
MAKANU = BOCA
MAKU = BAÇO
MAKALA = CARVÃO
NBURI = CARNEIRO
NBUÁ = CACHORRO
NGUNDÁ = BRIGA
NANACHE = ABACAXI
NHUKI = ABELHA
NKULOLÓKA = PADRINHO
NZAMBI = DEUS
NZO = CASA
NGANDU = CROCODILO
NVULA = CHUVA
NGULUNDU = VEADO
NGULU = PORCO
NBUTU = NAÇÃO
NHOKA = SERPENTE
NBACHI = TARTARUGA
NDUMBI = INICIADO
NBINDA = CABAÇA
NDEMBURO = RUNCÓ
NZACHI = TROVÃO
NUMBI = EGUN
NSABAS = FOLHAS
OKUTAINHA = LUZ
OTUZI = DIREITO
ORÔLELE = OROGBO
OKUBEZA = ADORADOR
NDEMBA = CABELO
PUEMA = BOM
MUXIMA PUEMA = BOM CORAÇÃO (PESSOA BOA)
PÉNTU = BERIMBAU
RITENDE = LAGARTIXA
RIKUSSUKA = VERMELHO
RUTA = ARRUDA
SANJI = GALINHA
TUBIÁ = FOGO
TATA = PAI
TARIMBA = CAMA
TUKABULU = COELHO
UIKI = SAL
UEMBÁ = SAL
ZATÁLA = ALFACE
ZUMBÁ = ROXO
CURAS - GBERÊ
MONAKONGÊ
DIZUNGU NKISI
PRIMEIRA SAÍDA
O iniciado sairá todo pintado de branco, com uma tinta confeccionada com
menha di jawa e iyefun ralado. A pintura é realizada em forma de pequenas
bolinhas, usando-se para isso a pena de galinha d'angola da primeira matança
do iniciado, com a ponta cortada.
É MUZENZA
MUZENZA E AÔ
É MUZENZA
MUZENZA LÊ KONGO
SEGUNDA SAÍDA
azul - waji
amarelo - yerosun
Esta saída também é realizada com a roupa branca, devendo o santo sair com
uma folha de pelegun verde em cada mão, trazendo no pescoço as contas
brancas, o mokan, e nos braços as impulsas e s senzalas com búzios. Para
santo diala, 7 búzios verticais. Para santo muhatu 8 búzios horizontais.
Nesta segunda saída o santo simplesmente dará uma volta dentro do salão.
Durante este ato é entoada a seguinte cantiga:
EÁ EÁ EAÔ (BIS)
MUZENZA DI LEKONGO E AÔ
TERCEIRA SAÍDA
Logo após esse ato será confeccionada uma mistura na dilonga (fundamento
para soltar a fala do iniciado), composta de: acaçá diluído, vinho moscatel, um
pouco de mel (depende do santo), um pouco do abô da casa, um pouco do
ibosé (há quem coloque obi ralado). Pega um ovo, estala a ponta, abre uma
tampinha, o santo pega o ovo, leva à boca, bebe e bebe também o conteúdo
da dilonga. Aí solta a fala. O santo estará pronto para azuelar (falar).
BEREKETÚ, BEREKINAN E AÔ
EÁ EÁ EAÔ
BEREKETÚ, BEREKINAN E AÔ
Recolhe-se o santo.
QUARTA SAÍDA
Pra esta quarta saída escolhe-se uma das cantigas abaixo, para puxar o santo
para o salão:
É MAWÒ
É FUNJEKE SAKE
2 - A È ZENZE
À È ZENZA
MUZENZA DE LEKONGO
3 - TOTÉ TOTÉ
DI MAIONGA
MAIONGAMBE (^)
TOTÉ TOTÉ
DI MAIONGA
MAIONGOLE (^)
GOLE = ESTAR NO BANHO
RETORNO AO NDEMBURO
Depois que o nkisi é trazido para o meio do sambilê com uma das cantigas
acima, são entoados os cânticos próprios de louvação àquela divindade.
APONGODÈ (^)
UN SEKESSÈ (^)
UN SEKESSÈ (^)
UN SEKESSÈ (^)
NSUMBUÈ! (^)(resposta)
NSUMBUÈ !
Existem 7 cores primitivas, que misturadas entre si formam outras cores, que
são chamadas de secundárias. Essas cores são usadas pelos jinkisi em seus
rituais.
Essas cores são usadas em contas, roupagem dos iniciados, etc. Cores para
identificar e caracterizar, dando origem às suas espécies e qualidades.
VERMELHO
ALARANJADO
Por exemplo, uma grávida com problemas não deve usar cor anil.
VERDE
ANIL
ROXO
BRANCO
Reunião das outras 6 cores primitivas. Indica fluxo espiritual elevado, paz,
sabedoria e harmonia. Sua debilidade é o PRETO, que indica ausência de cor.
Esses pontos devem ser colocados no roncó embaixo da esteira, cobertos com
as folhas.
ICNOGRAFIA
ICONOGRAFIA
JUREMA - a fava serve para socar e colocar dentro do cachimbo. Dizem que a
semente socada é alucinógena. Serve para colocar na bebida e em atin de
caboclos. Serve para Ossain. Colocar dentro do cachimbo.
KABILA - Katende
MUSSAMBÚRA - Zumbá
KONGO NA MUXIMA
O DIMBÊ DIDEÔ
KONGO MONUGANDU
MUIZANGÀ DIDEÒ
2. È MI KAKURUKAJÈ
KAKURUKAJUÈ
KATENDE PÉ PÉ
MANAN OKANDEME
É DI KAKURUKAJE
SAMBORÔ DIZUNGU NKISI KAMBONDO, KOTA
BANDA ATOIZÁ
2. AE(^) SENZE
AE(^) SENZÁ
UN XAUENDÁ
BANDA XAUERÁ, AÈ
BANDA XAUERÁ
BANDA XAUERÁ
AÈ TATETU
BANDA XAUERÁ
BANDA XAUERÁ
AÈ MAMETU
2. KONGO UM GANDU
ORE RE (^)
KAMBONDO È TATA
DA MUXIMA AGÒ
KISABA NKISI
1. AMENDOEIRA
2. ALFACE
3. AIPO
4. AVELÓS
5. QUARANA DE LEITE
6. BAMBU
7. BELDROEGA BRANCA
8. CRAVO ROXO (LILÁS)
9. TAIOBA ROXA
10.AMOREIRA
11.FIGUEIRA DO INFERNO
12.ARREBENTA CAVALO DE ESPINHO
KISABA PAMBUNJILA
KISABA NKOSI
1. AÇOITA CAVALO
2. AMENDOIM
3. ANGICO (DA CASCA FAZ BEBIDA DE BOIADEIRO)
4. AROEIRA
5. BICO DE PAPAGAIO
6. BRIO DE ESTUDANTE (DA RAIZ SE EXTRAI TINTA AZUL COM QUE SE
FABRICA WAJI)
7. CAJAZEIRO
8. CANJERANA
9. CARQUEJA
10.DENDEZEIRO
11.DRACENA VERDE (PAU D'ÁGUA - PELEGUN)
12.ERVA TOSTÃO
13.ESPADA DE OGUM
14.OFICIAL DE SALA
15.EUCALIPTO GRAÚDO (OU MACHO)
16.HELICÔNIA
17.JABOTICABA
18.JAMBO
19.JUCÁ (PAU-FERRO)
20.GUARABÚ
21.PATA DE VACA
22.PINGO DE LACRE
23.PITANGA BRANCA
24.CANDEIA BRANCA
25.INHAME BRANCO
26.SÃO GONÇALINHO
27.TAIOBA BRANCA
28.TRANSAGEM (PARECE UMA ALFACEZINHA, DÁ NO CHÃO)
29.VASSOURINHA DE IGREJA
30.MURICI
31.CANSANÇÃO BRANCO
32.MANGUEIRA (ESPADA)
33.LANÇA D'OGUN
34.PINHÃO BRANCO
35.CALISTÊNIO FÊNICO
KISABA NGUNSU
1. ACACIA JUREMA
2. ALECRIM DE CABOCLO
3. ALFAVACA DO CAMPO
4. ARRUDA MIÚDA
5. BREDO DE SANTO ANTÔNIO (*) (PEGA PINTO - PARECIDO COM CARURU)
6. CAIÇARA
7. CAPIM LIMÃO
8. ERVA CURRALEIRA
9. DESATA NÓ (CURA TOMBO)
10.ERVA MOURA (ANILEIRA)
11.ESPINHO CHEIROSO (*)
12.GOIABEIRA
13.PITANGA (CHÁ PARA GRIPE)
14.GROSELHA
15.GUINÉ PIPIU (PEQUENO)
16.GUAXIMBA ROSA
17.JACUATIRÃO
18.MANACÁ BRANCO
19.RABO DE TATU
20.MALVA ROSA (PARA AFECÇÕES DA BOCA, GENGIVAS, NEVRALGIA)
21.CIRTOPODIUM (SUMARÉ)
22.CAMBARÁ
23.PARIPARÓBA (CAAPEBA)
24.ABRI CAMINHO (COLOCA NO FERRO DE OGUN PARA ENCANTAR COM
OXOSSI)
25.LÍNGUA DE VACA (ENROLA-SE O EFÓ DE ZUMBÁ)
26.PATCHULI
27.PINDOBA
28.ARCO DE PIPA
29.JOÁ
30.TIRA TEIMA
31.DRACENA RAJADA
32.BAUNILHA
33.JIBÓIA
(*) FOLHAS DE FUNDAMENTO - NÃO PODE FALTAR
KISABA KATENDE
1. AMENDOIM (MANDOBI)
2. ANGÉLICA (ENCANTAMENTO, BANHOS P/ PROBLEMAS AMOROSOS,
DIFICULDADES)
3. ANIS
4. AROEIRA
5. BILREIRO (JITÓ) - VERDADEIRA FOLHA DA VIDÊNCIA
6. CAFERANA (ALUMÃ OU BOLDO LISO - LEMBÁ E KAVUNGU)
7. CAJAZEIRO
8. CAFÉ
9. CAROBINHA DO CAMPO
10.CELIDÔNIA (PARA LAVAR OS OLHOS E RECEBER O JOGO)
11.ERVA DE PASSARINHO (EM ÁRVORE E ESPINHO NÃO SERVE, SÓ EM
FRUTÍFERA).
KISABA NKISI
KISABA KATENDE
12.AMENDOIM (MANDOBI)
13.ANGÉLICA (ENCANTAMENTO, BANHOS P/ PROBLEMAS AMOROSOS,
DIFICULDADES)
14.ANIS
15.AROEIRA
16.BILREIRO (JITÓ) - VERDADEIRA FOLHA DA VIDÊNCIA
17.CAFERANA (ALUMÃ OU BOLDO LISO - LEMBÁ E KAVUNGU)
18.CAJAZEIRO
19.CAFÉ
20.CAROBINHA DO CAMPO
21.CELIDÔNIA (PARA LAVAR OS OLHOS E RECEBER O JOGO)
22.ERVA DE PASSARINHO (EM ÁRVORE E ESPINHO NÃO SERVE, SÓ EM
FRUTÍFERA).
23.ERVA DE CABRITO
24.ERVA DE SANTA LUZIA (USADA PARA OS OLHOS)
25.FOLHA DO JUÍZO (OGBÓ)
26.JENJIROBA (FAVA DE SANTO INÁCIO - FAVA DE ASSENTAMENTO QUE
PERTENCE A TODOS OS ORIXÁS - ENTRA NA MASSA)
27.FOLHA DE FUMO (BOA PARA PUXAR FURÚNCULOS)
28.JENIPAPO (FOLHA SAGRADA DE KATENDE)
29.LÁGRIMA DE NOSSA SENHORA
30.FOLHA DE MOBÓ
31.JACINTO (NARCISO - FOLHA DE MAIOR FUNDAMENTO -AGUÉ, KATENDE,
OSANYIN)
32.PITEIRA IMPERIAL (FUNDAMENTO PARA ASSENTAMENTO)
33.PELEGUN VERDE
34.PAU DE COLHER
35.OFERÉ (UMA DAS PRINCIPAIS FOLHAS DE KATENDE)
36.ARAÇÁ (UMA GOIABA PEQUENINA)
37.ABÓBORA D'ANTA
38.ZANGA TEMPO (ANTÚRIO - PARA QUEDA DE CABELO
39.CABACEIRA
1. ALCAPARREIRA
2. ANGELICÓ (CIPÓ MILHOMENS)
3. PAPO DE PERU (CASSAÚ - PARA ERISIPELA)
4. MALELEÔ (ARATICUM)
5. AFOMAN (ERVA DE PASSARINHO)
6. ERVA CAVALINHA
7. ERVA CONDESSA
8. PELEGUM RAJADO
9. ERVA DE SANGUE (OU SANGUE LAVOU)
10.LÍNGUA DE VACA
11.CANA DO BREJO
12.DEDO DE MOÇA
13.GUACO CHEIROSO
14.ERVA DAS SERPENTES (MELÃO DE SÃO CAETANO)
15.GRAVIOLA
16.MALVARISCO
17.INGÁ BRAVO
18.CIPÓ CABELUDO
19.CIPÓ CABEÇA DE PREGO
20.CIPÓ CRAVO
21.CIPÓ CABOCLO
22.GUANDO
23.FOLHA DE CHUCHU
GERAL
1. AGAPANTO
2. ALAMANDA
3. ANDASSÚ
4. COTIEIRA
5. AROEIRA
6. CAJUEIRO
7. CAJAZEIRO
8. CAPIM XIGUI
9. AMOR DO CAMPO
10.COENTRO (Para a casa de Angola)
11.ESPINHEIRA SANTA
12.GAMELEIRA (qualquer uma, preferência a branca)
13.JENIPAPO (folha ritual)
14.JURUBEBA SEM ESPINHO
15.MANGUE CEBOLA
16.MUSGO
17.BARBA DE VELHO
18.PARACARI
19.PITEIRA IMPERIAL
20.PINGO DE LACRE
21.SABUGUEIRO
22.TABACARANA
23.TAPIRIRA (FRUTA DE POMBA)
24.TROMBETA BRANCA
25.MELANCIA
1. ALTÉIA
2. ASSA PEIXE
3. ARAÇÁ
4. AKOKÔ FÊMEA
5. BAMBU
6. BELDROEGA VERMELHA
7. CAMBUCAZEIRO
8. CAMARÁ (quando vemos na mata aquela extensão de árvores com flor
amarela)
9. CAMBUÍ
10.CORDÃO DE FRADE
11.ESPIRRADEIRA VERMELHA (tem flor bonita e cheirosa. É veneno, não pode
por na boca)
12.EUCALIPTO FÊMEA (redondo)
13.FLAMBOIAN
14.FOLHA DE FOGO
15.GENEUNA
16.GERÂNIO
17.GIGOGA VERMELHA (AGUAPÉ)
18.ELEVANTE ROXO
19.DORMIDEIRA
20. ERVA SANTA (NÊGA MINA)
21. LOURO
22.MACASSÁ
23.MANJERICÃO ROXO
24.MARAVILHA ( OU BONINA - VERMELHA, LILÁS, LARANJA)
25.AMOR AGARRADINHO (OU MIMO DE VENTO)
26.MORANGUEIRO
27.ROMÃ (TAMBÉM A FRUTA)
28.PITANGA VERMELHA
29.PAPOULA VERMELHA
30.UMBAÚBA VERMELHA
31.PAPOULA BRANCA
32.ALMEIRÃO
33.VASSOURINHA BRANCA
34.PELEGUN RAJADO
35. PARA RAIO
36. ERVA PRATA
1. ASSAFRÃO (URUCUM)
2. AMOR DO CAMPO
3. AGRIÃO
4. ALAMANDA
5. ALMEIRÃO
6. ALFAVAQUINHA (ORIRI)
7. ALTÉIA
8. ANDUZEIRO (ERVILHA DÁNGOLA - GUANDO)
9. ARAPOCA BRANCA
10. ARNICA
11.AZEDINHA (TREVO COM FLOR AMARELA)
12.CAJÁ MIRIM (SIRIGUELA - CAJAPRIKU)
13.CAMARÁ AMARELO
14.CAMOMILA
15. XIBATÁ
16.CANA FÍSTULA (OU CHUVA DE OURO)
17.ERVA CIDREIRA
18. ERVA DE SANTA LUZIA
19.FOLHA DA COSTA BRANCA (SAIÃO)
20.GIGOGA AMARELA
21.IÚCA
22.DOURADINHA DO CAMPO
23.IPÊ AMARELO
24.MACASSÁ (CATINGA DE MULATA)
25.MÃE BOA
26. MAL-ME-QUER
27.MARCELA
28.MASTRUÇO
29.MATRICÁRIA
30.ERVA DE SANTA MARIA
31.MONSENHOR AMARELO
32. ORIPEPÊ
33.TINHORÃO
34. ABEBÉ DE OXUM
35.JOÁ DE CAPOTE
36. PARIETÁRIA
37. PATCHULI
1. ALTÉIA
2. ANIZ
3. ARATICUM DE BREJO
4. ARAÇÁ
5. COLÔNIA
6. CAVALINHA
7. ERVA DE SANTA MARIA
8. GALEATA (ALCAPARRA)
9. GOLFO
10. GRAVIOLA
11.JASMIM BRANCO
12.JEQUITIBÁ ROSA
13.LÁGRIMA DE NOSSA SENHORA
14.MÃE BOA
15.MUSGO MARINHO
16.MESINHA
17. ALGA MARINHA
18.NENUFAR
19.OLHOS DE SANTA LUZIA
20.PATA DE VACA
21.TRAPOERABA AZUL (MARIANINHA)
22.UNHA DE VACA
23.UMBAÚBA PRATEADA
24. TROMBETA
1. Quando em casa de Angola acontecem barraventos estranhos, para
desmanchar feitiço, quina o coentro, lava o ferro de Kitembu e borrifa o
barracão).
2. dá comida a Oxum na folha de Xibatá. Encontra-se xibatá em torno do
autódromo da Barra, nos canais de Seropédica)
3. Roda de Xangô é um ritual de ketu, do Axé Opo Afonjá, só participam
pessoas com mais de 7 anos, com obrigação feita.
4. Mulher só usa adja. Xeré é para homem.
5. Em casa de Xangô só segura o xeré o dono da casa ou o pai de santo dele.
6. Mesinha é uma erva que serve para curar impotência no início
7. Oripepê só se usa a folha para Oxum. A flor é de Exu - Tem em volta da
Câmara dos Vereadores)
8. Balainho - flor de Nanã, folha de Obaluaiê
9. Trapoeraba azul serve para problemas menstruais e excesso de secreção)
10.Filha de Oxum deve no dia do casamento tomar banho com folha de
monsenhor amarelo
11.Para encantamentos de amor nos caminhos de Kaiangu - amor agarradinho.
(com frutas vermelhas picadas, perfumes, acarajés, mel)
12.Homem depois dos 40 deve tomar amor do campo, bloqueia a próstata,
para não crescer e dar câncer
13.Na melancia usam-se as folhas e as sementes
14.assa peixe cura asma que não seja crônica, como a de criancinhas)
15.Akokô macho tem a folha mais redonda, fêmea tem a folha comprida
16.Akokô pega de galho. Descasca o galho com canivete, deixa a rebarba,
coloca sementes de milho ou alpiste num algodão com água, amarra ali
com um plástico. Ele enraíza
17.Existem diversos tipos de beldroega, chamados às vezes de 11 horas. Onze
horas é uma plantinha de folha comprida, só. As beldroegas têm a folha
redondinha, e flores de cores diversas.
18.Cambuí é folha de fundamento de Kaiangu, usada também para confirmar
Ogã
1. FRUTA DE CONDE
2. FOLHA DE CHUCHU
3. PELEGUM RAJADO
4. BARBA TIMÃO
5. CAMARÁ AMARELO
6. FOLHA DA INDEPENDÊNCIA
7. PARREIRA BRANCA
8. CAMBARÁ AMARELO
9. ANGICO
10. IPÊ AMARELO
11. JUNTA-SE UMA FOLHA DE OXUM E OUTRA DE OXOSSI.
NSABAS MINA LUGANO (OBÁ)
1. RABO DE GALO
2. NA FALTA JUNTA-SE FOLHAS DE KAIANGU E ZAZI
NSABAS ZUMBÁ
1. AGAPANTO LILÁS
2. ALFAVACA ROXA
3. ASSA PEIXE ROXO
4. AVENCA
5. CIPRESTE
6. ERVA CIDREIRA
7. ERVA MACAÉ
8. LÁGRIMAS DE NOSSA SENHORA
9. MACASSÁ
10. MANACÁ ROXO
11.LÍNGUA DE VACA COMPRIDA
12.ANGELIM AMARGO (MORCEGUEIRA)
13. QUARESMA
14. ORELHA DE LEBRE
15. UNHA DE VACA
16.CASUARINA
17.TAIOBA ROXA
18.MOSTARDA
19.SABUGUEIRO
20. ABACATEIRO
21.JITIRAMA
22.TRAPOERABA VERMELH
23.GIGOGA VERMELHA
24. CIPÓ CHUMBO
Primeiro colocar numa praça limpa presente para Iku. Se tiver barracão coloca
atrás do portão.
1. 11 búzios abertos
2. 11 moedas
3. 11 acaçá ou bolas de canjica
4. 1/2 kg feijão fradinho cozido
5. 1 obi rosa
6. flores brancas
7. 1 vela
8. quartinha com água
as bolas em cima.
as moedas idem
MBUNDU
MUSELE
OLUÑANEKA
KWAÑAMA
KIMBUNDU
OMUMBWI
TCHOKWE
LWENA
TYINGANGELA
KIKONGO
NSABAS LEMBA
1. ALECRIM DE CABOCLO
2. ALECRIM DE HORTA
3. ALECRIM DO MATO
4. ALECRIM DO CAMPO
5. ALECRIM DO NORTE
6. ALFAVACA BRANCA
7. ALFAZEMA
8. ALGODOEIRO
9. ANIZ ESTRELADO
10. BARBA DE VELHO (TB JAGUM)
11. BAUNILHA
12. TAPETE (BOLDO)
13. CAAPEBA
14.CAMOMILA
15.COLÔNIA
16.CARNAÚBA
17. CHAPÉU DE COURO
18. CINCO FOLHAS (CINCO CHAGAS)
19.ESPIRRADEIRA BRANCA
20. ESPINHEIRA SANTA
21. FOLHA DA COSTA (SAIÃO)
22.GIRASSOL
23.HORTELÃ DA HORTA (HORTELÃ MIÚDA PARA CULINÁRIA)
24.JASMIM BRANCO
25.ELEVANTA BRANCO
26.LÍRIO DO BREJO
27.MANJERICÃO BRANCO
28.MALVA CHEIROSA
29.MANJERONA
30.NEVE BRANCA
31.PATCHULI
32. POEJO
33. TAMARINDEIRO
34.MONSENHOR BRANCO
35.ERVA CIDREIRA (CAPIM LIMÃO - CAPIM SANTO)
36. DAMA DA NOITE (FOLHA MIÚDA)
NSABAS WUNJI
1. ANIZ DOCE
2. EUCALIPTO MIÚDO
3. GUACO CHEIROSO
4. LARANJEIRA (TODAS)
5. MAL-ME-QUER
6. JASMIM DE CABO (TODAS AS CORES)
7. MARACUJÁ
8. PALMA BRANCA
9. ERVA DOCE
10. MACAÇÁ
FOLHAS DE ORI
1. EUCALIPTO
2. ELEVANTE
3. POEJO
4. BOLDO
5. ALGODÃO
6. MANJERICÃO
7. MACAÇÁ
8. SAIÃO
9. TODAS AS DE OXALÁ E YEMOJÁ
Usa-se:
'AKÜETU SAMBANGOLA
MAMANGUERÓ, MAMANGUELÓ
MANGÀSALE (^)!
R: SALE, SALE
MAMANGUERO, MAMANGUELO"
Quinar - cada um deve quinar suas ervas. Junta a energia, o suor da mão, com
o sangue verde.
Sangue branco humano - saliva. Por isso se põe a água na boca e joga-se no
assentamento.
1. Coloca uma vasilha de barro (oberó) ou ágata (ibéri) com água e um pouco
de sal (para tirar o carrego), uma vela e um copo com água.
2. Começa a lavar os pés, a cabeça, o peito, as costas e o rabo.
3. Só segura e lava os bichos pessoa de santo muhatu.
4. A água é jogada logo na rua.
REZA:
Quando o bicho morre antes da matança colocar 1 acaçá embaixo de cada pata, ou de cada asa,
passa na porta de exu, bate, para poder sair.
Já depois de mortos.
'PAGONAN, PAGONAN, ZAMBE (^)
R: PAGONAN"
Antes da matança os ferros são limpos, passado dendê, depois da matança são
enfeitados com penas.
"ORONI POPO
ORONI POPO"
MÈ, MÈ, MÈ
MÈ, MÈ, MÈ
MÈ, MÈ, MÈ
Corta mas não solta a cabeça. Quando morre segura a cabeça e corta na
vértebra certa. Aí é outra reza:
Nas obrigações de feitura, 7, 14, etc. dá a cabeça na mão do santo para ele
fazer o que deve.
(ESTA REZA SERVE PARA QUANDO O SANTO BEBE SEJA LÁ O QUE FOR, ÁGUA,
ETC.)
NKISI LEKEWÒ!
1. corta-se as patas nas articulações dos joelhos (nas juntas. não pode
quebrar osso), na seguinte ordem:
1. pata dianteira direita
1. Em seguida o rabo.
1. A pele com pelos que será colada nos benguè. Os pelos retirados são
fundamentos.
Tem 3 estágios:
1. Para retirar as penas do pescoço com pokó. Não se corta. Rezar 3 vezes no
mínimo.
2. Para o primeiro corte. Deixa a faca, escorre o sangue pela faca, direciona
POKOIÒ MI KABANDÒ
DENDÈ BURU NANGUÈ
BATULA LA SANJI
BATULA
IÈ (DI) SANJI
BATULA
1. Tem que preparar o bicho. Tem que tapar os olhos com 2 folhas da costa e
enrolar o bicho no ojá branco
2. Proibido o uso de faca
3. Pegou em konkém tem que fazer culto à terra.
4. Primeiro sangue - perigoso - vai para a terra (desperta a ancestralidade, a
menga alimenta)
5. Tem que fazer ibosé - água, ikó, mel, azeite doce ou dendê, batido por
pessoa de santo fêmea
6. Mulher não deve copar, por causa da dureza da força do pescoço do bicho
7. Fica molhando o pescoço no ibosé
DIAN IAN
ETÚ KONKEM
NKISI GUDIÁ
GUDIÁ KONKEM
3. Ibosé em tigela ou vasilha com menha fresca, majudidum, uemba ou uiki,
ikó. Há situações em que se coloca vinu,
AZUN KERERE
KERE, KERE
Angola fêmea - (tô fraco) - testa, nuca, fronte direita, fronte esquerda, tórax,
coração, sétima vértebra, sola dos pés.
Angola macho (grita, não fala tô fraco) - peito, sola do pé direito, e o resto é
igual.
konkém - rajadinha
etu - branca
POKOIO MI KABANDO
DIUM KAXITÓ!
KURUPA UN ABEREWÈ
È UN ABERERÉ
(BIS)
POKOIO MI KABANDO
EMBAKASSE (^)
O sacrifício para este animal oferecido a Zazi só pode ser feito ao amanhecer,
nas primeiras horas da claridade. Jamais poderá ser cortado à noite. Oxalá,
Zazi e Oguiã só estão ali ao amanhecer.
O cágado, como qualquer animal de 4 patas, deverá ser calçado com frangos
da cor correspondente à qualidade do santo. Entretanto receberá para cada
pata um mínimo de 3 frangos, pois o que determina o ato de calçar o cágado
são as unhas.
Quem é d Xangô e tem mais de 7 anos, tem que ter recebido aos 7 anos uma
cabaça com pó de nbachi.
O casco, depois de limpo e lavado com agbo fica próximo ao benguê do santo,
ou pode ser usado para tapar a gamela.
Obs.: Este tipo de animal só pode ser usado de 7 em 7 anos, não podendo ser
usado para feitura de ndumbi (iyawo, alako), só depois de 7 anos.
O DIEMBE SANJE
O DIEMBE,
DIEMBE MAVAMBO }
DIEMBE MAVAM BIE (^) } BIS
DIEMBE DIKOLA
DIKOLA DIEMBE
DIEMBE DIKOLA
RUNDIANDEMBE AMÈ!
Obs.: da mesma forma que o cágado, o pombo requer para seu sacrifício
grande seriedade e profundo conhecimento por parte de quem executa o ato.
Antes de cortar leva ao tempo, mostra ao alto para o lado do nascer do sol
(kutuá kuá luanha), sopra três vezes, pede para morrer tudo de ruim e
nascerem boas perspectivas, ritual para cima (que nasça saúde, nasça coisas
boas), depois volta o pombo para o por do sol (kufuá kuá dikulumbi) soprando
também 3 vezes na direção da cabeça da pessoa, pedindo que morra tudo de
ruim, o sofrimento, morra ali.
Não esquecer de enrolar o pombo com pano branco, 2 folhas de saião nos
olhos, puxar com a mão para a frente.
Prepara o pescoço:
POKOIO MI KAMBANDO
Tem que ter perto de Tempo uma árvore seja tamarindo, jenipapo, iroko,
cajazeiro. O bicho fica ali mesmo. Tem que ser feito com fundamento, porque
vai ficar inteiro e não pode dar bicho. Seca inteiro tipo múmia. O frango fica
pendurado na árvore.
KOKO NI KAMILONGA
(BIS)
Obs.: Como o nkisi Kitembu é o rei da nação Ngola, possui o mesmo cantiga
exclusiva para sacrifícios. Esta reza é para todos os bichos de penas ofertados
a este nkisi.
1. Limpar o pescoço
POKOIO MI KABANDO
2. Sacrificar
È SIMBUÈ (^)
Pegando em navalha para tirar o cabelo não pode deixar de rezar o tempo
todo, até acabar de raspar.
Depois de aberto tocar a cabeça nos 4 cantos com o kesso. Em seguida soprar
o kesso 3 vezes em direção ao nascer do sol e 3 vezes em direção da testa da
pessoa.
Para jogar o kesso usa-se um prato de barro coberto com pemba branca ou
efun ralado.
Quando se juntam zeladores seja para o que for, coloca-se na mesa uma
quartinha com água e um obi. Dá-se para o mais velho. Ele joga ága nos 4
cantos, reza, abre o obi, tira o embrião e joga.
OO OO OO O0 0 0 (O = aberto)
OO 0 0 O 0 0 0 0 0 (0 = fechado)
Essas cantigas devem ser entoadas todas as vezes que se levar comida ao alto
da cabeça. Essas cantigas não são usadas só para obi, mas também para
ervas colocadas na cabeça, em alguns casos banha de ori, e também objetos
(assentamentos, obrigações). Tudo que se leva no alto da cabeça.
Logo depois dos ebós, o futuro(a) sacerdote(isa), ao som das cantigas (oros)
próprias, será recolhido ACORDADO, ao ndemburo, onde passará por rituais
que vão permitir elevar-se a um novo grau.
É uma cuia de cabaça (de preferência que fique em pé), bem grande. É
confeccionada com a metade de baixo de uma cabaça arredondada.
Representação material de céu x terra = duilo x ixi = orun x aiye, levando no
seu interior os apetrechos que o futuro zelador irá usar dali por diante, em rzão
do novo grau aquirido, tais como:
KANGULA - TESOURA
XIMAN - NAVALHA
KESSO - OBI
Dentro pode forrar a cuia com tecido bom ou laise. Em cima vai a urupemba.
Em cima de tudo uma toalha branca, como se fosse um ala (mulele('))
1 - o cabelo não serve para nada. É aquele que levou tinta, henê, essas coisas.
Daí por diante, nas outras obrigações, não mais passará pelo ritual de
raspagem.
1. Katubelanguanje = Jagun
1. Há pessoas que resolvem também cortar para Exu. Normalmente catiço dá
problema. Dá a festa do catiço 12 meses depois, e copa.
KUENHA = QUEBRAR
(Convida-se os padrinhos)
NZAMBI Ê
NZAMBI Ê
KUENHA, KUENHA
KELÊ Ê
KATULANDIRÁ
(BIS)
KOSENZE(^), KATULANDIRÁ
(O certo seria usar a roupa da primeira saída como muzenza, como despedida)
PRIMEIRA SAÍDA
Esta saída inicial retorna a pessoa ao seu tempo de muzenza, sendo este ato a
despedida simbólica desse grau inicial.
O futuro sacerdote(isa) virá vestido com roupa branca, com um akan (atakan =
pano que encobre o peito) da mesma cor, usando o kelê, descalço, com a
cabeça raspada, e acordado.
Como acontece na feitura, a mãe pequena da casa (ou pai pequeno = mametu
ou tatetu ndenge), sairá à frente, trazendouma dixisa forrada, colocando-a na
porta de entrada, centro do barracão (lamburu), e aos pés das ngomas, sendo
que os futuros sacerdotes se deitam na dixisa em cada um desses lugares,
acompanhando o ato com sequÊNCia de paós.
È MUZENZA
MUZENZA KIOBÁ
È MUZENZA
MUZENZA MAKONGO
(ritmo: kongo)
SEGUNDA SAÍDA
(ritmo kongo)
IZA MAKONGO DIAMBURE(^)
Rungebre - é da cultura jeje. Para poder ser usado, nasce da saliva do médium.
Só depois de 7 anos. Coloca na boca, depois põe no pescoço. Quando morre
coloca na boca (jeje).
Embora o rungebre seja da cultura jeje, foi estendido por concessão às outras
nações. Não se pode esquecer que este fio é da vida e da morte. Nasce na
boca do iniciado e vai ao túmulo com ele. É confeccionado com contas
(missangas) terracota, 23 corais, 1 segui azul e uma pequena firma de
terracota.
TERCEIRA SAÍDA
As cantigas entoadas nesta saída são relativas ao novo grau adquirido, por
santos com mais de 7 anos.
KATENDEÒ SIMBENGANGA
KATENDEÒ SIMBENGANGA
EÁ TATETU/MAMETU ALUIZÔ
DI MAMETU/TATETU KEUANDÀ
ABASSALÀ DI NGOLÁ
SALÈ, LEMAN
(NKISI) TARUANDÈ(^)
SAMBANGOLÈ(^)
SALE, LEMAN
TARUANDE(^)
SAMBANGOLÁ
QUARTA SAÍDA
Na ocasião são cantadas cantigas que falam de suas lendas, de sua louvação,
e agradecimento por sua presença.
Depois de realizado todo o batukajé, retira-se mais uma vez o santo para o
ndemburo, cantando-se cantiga própria.
Cantiga 1:
È DI È È È
SALE, LEMAN È DI È È Á
Cantiga 2:
Cantiga 3 certa:
GUIENU NZAMBI
APONGO DÈ(^) È, DI È È È
UN SEKESSE(^), UM SEKESSE(^) È, DI È È A
UN SEKESSE(^) (bis)
TATA MANEPÁ
ORIEXÁ
A sacerdotisa se apresentará com saia própria para o evento, de bata para fora
da saia, tobosso branco, com uma alça para cima do lado direito se o santo for
masculino, e duas alças para cima se o santo for feminino, usando também as
contas do grau recebido, pano de cintura e chinelos ou sandálias de salto.
Durante o ato de sua saída são entoadas também cantigas relativas ao cargo,
momentos em que receberão homenagem, e dançarão.
Jogar com maçã, em 4 sem tirar sementes, colocar os 4 pedaços virados, como
uma flor, no meio do padê.
ERRADO:
EGBOMI UN KAIANGO
MAMETU/TATETU/TATA UN KAIANGO
ERRADO:
EGBOMI UN KAIANGO
EGBOMI UN KAIANGO
2. CERTO:
Ò XIKIME (^) KURIÁ GAMBE (^)
MAMETU/TATETU/TATA UN KAIANGO
MAMETU/TATETU/TATA UN KAIANGO
ERRADO:
EGBOMI È, È, È,
4. CERTO:
MAMETU/TATETU È, È, È,
INDO (^) IÁ IA
MAMETU TARAMENSÒ
ERRADO:
MAMETU TARAMENSÒ
Como a nação de Angola é rica em rezas, o ato de sentar-se pela primeira vez
na cadeira como zelador é precedido por uma cantiga de louvação. O pai de
santo faz o ato de sentar a pessoa 3 vezes, até que senta.
Terminada a reza e o ato de sentar, será entoada uma nova reza referente à
troca de bênçãos com os novos zeladores. Enquanto troca bênçãos reza:
AÈ MAKWIU TATETU/MAMETU
KERE, KERE
KE BANDA ATOIZÁ
BANDA KE AMÈ
(bis)
KAJA NKISI
KE AMÈ
KAJA NKISI
GANGA RUN
BENGUÉ
KAIANGU
Básico:
okuta - de cachoeira
o resto é enfeite.
KAVUNGU
ARIDAN - é perigoso. Tem que cortar, tirar a semente, jogar fora num lugar
bem longe
NGUNZU
idés
osun
NKOSI (3 ou 7)
moedas búzios
elevante roxo
BENGUÉ
IGBA COMPLETO
OKUTÁ - OTÁ BRANCO, DE FORMA OVAL ALONGADA
9 CONCHAS
9 BÚZIOS ABERTOS
9 MOEDAS PRATA
9 ESPELHOS
1 IBASIN (CORRENTE)
9 PEIXES DE METAL BRANCO
1 KESSO
1 OROLELE
9 COLHERES DE PAU
FAVA
ZUMBÁ (ZUMBARANDÁ)
FVA DE CIPRESTE
FAVA DIVINA
COLHERES DE PAU - 1 OU 13
10VINTÉNS
10 FAVAS
1 PEDAÇO DE MARFIM
CRISTAL DE ROCHA
10 COLHERES DE PAU
1 DIVINO
1 KESSO
KITEMBU (7)
FERRAMENTA
TABATINGA DE POÇO
ERVAS DO SANTO
FAVAS DO SANTO
7 BÚZIOS
7 MOEDAS
VINTÉNS
ÍMÃS
7 QUALIDADES DE BEBIDA
SEMENTES QUE NÃO PODEM FALTAR NA MASSA:
MELANCIA E AROEIRA
IBEJI OU ERÊ
(DEVE SER ASSENTADO DESDE A FEITURA)
FAVA DIVINA
FAVA DE GENGIROBA
FAVA DE LEMBÁ
OROLELÊ RALADO
DANDÁ RALADO
MOEDAS
HANGOL'O - MÉA
2 OTÁS
FOLHAS NO ASSENTAMENTO:
GUACO CHEIROSO
CALEDÔNIA
DEDO DE DEUS
AFOMÃ
CIPÓ CRAVO
14 MOEDAS
14 IDÉS DE FERRO
1 CASAL DE MARRECOS OU
SE CORTAR CABRITOS,
BENGUÉ PAMBUNJILA
VULTO - ENCANTADO
BÚZIOS
OKUTÁS
MOEDAS
CABAÇAS
FAVAS DA ORIGEM
IMÃ(S)
MASSA: COMO EXU É ÚNICA, A MASSA NÃO TEM CAMADAS. USA-SE ALGUIDAR,
BACIA, PRATÃO.
TABATINGA CLARA
KESSO
OROLELE
SAL
KURUPIRA (EKODIDÉ)
PAMBUNJILA
1. PAMBUNJILA JÀ MUKONGUÈ
IÀ IÀ ORERE
PAMBUNJILA JÀ MUKONGUÈ
IÀ IÀ ORERE.
2. PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA JÀ MUKONGUÈ
PAMBUNJILA AÈ
3. PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA A NGANGA
PAMBUNJILA JÁ KONGUÈ
INVOCAÇÃO
1. SINGANGA GANGAIÔ
GANGAIÔ LEKUE
PAMBUNJILÈ
SINGANGA GANGA IÔ
GANGAIÔ LEKUE
PAMBUNJILA
2. SINGANGARA AÈ
SINGANGARA AÈ
SINGANGARA À (N)GNGA
SINGNGARA JÀ KONGUÊ
3. TENDA TENDA Ò
TENDA IÒ
INDO RERE EÀ
4. AÈ PAMBUNJILÈ
AÈ PAMBUNJILÁ
AÈ PAMBUNJILÈ
PAMBUNJILÈ, PAMBUNJILÁ
QUALIDADE: MAVILE
1. MAVILE, MAVAMBO
2. MAVILEMALEMBE
NKOMPENSOÈ
NKOMPENSOA
3. MAVILE MUNGANGA
O KIRANDA È
O KIRANDA E Ò
4. MAVILE MAVAMBO
REKENKENSOE,
HA HA HA
REKENKENSOE
E DE MI DE MANAKO
E DE MI DE MALAGO
SISSA RUKAIA
SISSA RUKAIA
KIBANDA RUAKANJE
CANTIGAS CONTINUAÇÃO
(Toque: muzenza)
KANJANJA
KANJANJA DE KAKAMENE
DE KAMUJIRE, KANJANJA
KANJANJA DE KAKAMENE
DE KAMURENDE KANJANJA
MAVU, TIBIRIRI
TIBIRIRI, TIBIRIRI
MONA IXI
TIBIRIRI TIBIRIRI
MONA IZO
(Kongo)
O INGRETALA TANDÈ(^)
MALUNGUN NZAMBÈ(^)
RESP: MBELÈ(^)
MAIONGÈ(^) MONÁ
WELÉ
RESP: MAIONGÈ(^)
FÁIA MALOKO
(3 VEZES)
MAVAMBU E MAVU
MUKUMBI É MAVU
AÈ AÈ MAVAMBU É
KATULAMBÍ KATULAMBO(^)
AÈ AÈ MUKUMBI È
(bis)
Para acordar exu para o jogo, para colocar uma bebida na porteira,
para roda, etc.
È À ZEKURIÁ
TELEKOMPENSU MUANZA È
MUTONI KAMONA TELEKUMPENSU
ZAZI NZAZI È
A KU MENEKENE USOBA NZAZI
HANGOL'O HONGOL'O È
NGANA HONGOL'O KIAMBOTE
WUNJI NVUNJI È
NVUNJI KUKALA PAFUNDI
ZUMBA NZUMBA È
MAMETU IXI KUZULA
PEMBÈ(^), PEMBÁ
MONA MONA
AUE(^) PEMBE(^)
PEMBA(ê) DI TAMANANGUÁ
PEMBE(^) PEMBÁ
PEMBE(^) PEMBÁ
LEUI LEUI
6. O KE PEMBE
IZA DI ANGOLA
PEMBA RUIM
Pemba ruim, notícia ruim. Soprar a pemba para fora. Todos balançam as mãos
para a frente. A mãe de santo vai até à porta.
KE PEMBO È(^)
SAIOZAN
MONA(^) SALE(^)
FOGO
Quando se mexe com fogo tem que tomar cuidado. Serve para limpar a casa,
devolver demanda. Quando se acende tuia não deve ser em papel, deve ser
em algodão, e nunca sozinha, sempre com outra coisa (açúcar, sal, carvão),
dependendo da finalidade.
O fogo (para ebó também) é precedido por 3 cantigas do fogo. No Angola
Kaiangu é associada diretamente ao fogo. Ao cantar juntam-se os 2 dedos
indicadores, para juntar as polaridades.
1. EZO MATAMBA NGOLA
SAMBA NGOLA
KREZO(BIS)
È DE TERE(^) KALUNGA
3. GANGA KATÚMBA È
1. NKOSI, MUKUMBI
É NTABALA (N)JO
KOSENZÁ NKOSI
NKOSI TANO LÈ
KONGO TALANDE(^)
É DE TÁRA KOLE(^)
AÈ AÈ ME KAJÁ MUGONGO
E MINIKONGO
SAMBANGOLÁ
SAMBANGOLÈ(^)
1. OLO BRANGUANJE
TAWAMIN A È TAWAMIN
KASSANGUANJE MUZAMBE(^)
LANDANGUANJE DE LUANDA È
3. (ANTIGA) NO KAUNDÉ
A KOKE GONGOBILA
AO IZA KUTALA
MAKUO(^) SUBAÈ(')
KEMIN FAREWÀ
TAWAMIN
KEMIN FAREWÀ
AO IZA KUTALA
15. TAWAMIN TAWAMIN
KAIZA KURA
NGUNSU E MUTALAMBO
AI AI, AI AI
(bis)
(dá a volta na cantiga para encher
barracão)
GERAL:
(BIS)
5. KATENDE NLANDEJINA
MUTALAMBO - SEMELHANTE A IBO -
EMPALHADO LUANDE(^)
NKATENDE(^), NLANDEJINA
KUTALA - HERDEIRO
6. PANZO, PANZO
NZAMBI, È (^)
CANTIGAS DE KATENDE
CANTIGAS DE HANGOLÓ
2. KAMUKEM KEBOIAMIN
3. MBUKÉ KEBOIAMIN
2. (Kongo)
PIKINININ KAFILEKÒ
AI, AI, AI, VULAIO(^)
VULAIO KONGO ASA SIMBENGANGA HANGOLOMÉA
IÁ SAMBANGOLÈ(^)
4. Ligada a Danda
E A BANDA KOKODO(^)
KOSENZALA
6. HANGOLÒ ASUA
NO KAINDÈ(^) KAFUNGÈ(^)
KUENDA KUENDA
O LEMBA DILÈ(^)
TATETU TARAMESSÓ
KATULEMBO RÀSINI
CANTIGAS DE KAIANGU
4. NDAMBURE, NDAMBURE
MAVANJU
Para Kaiangu de qualquer idade
NDAMBURE MAVANJU
ELESIKÒ, MAVANJU
1. EÀ MATAMBA È
TATA EME
EÀ MATAMBA È
5. E NSIMBE, IE IE
TATA EME
A È BAMBURUSENA
É NSIMBE IE IE
2. EÀ DA MUIGANGA
(bis)
È TATA EME
(pode cantar KISIMBI IE IE)
EÀ EÀ MATAMBA
È TATA EME
6. NDAMBURE, NDAMBURE
AVANJU E À DINDAIÁ
9. ERRADA:
MATOU BOADI
INDO IO IO
EMALÁ
CANTIGAS DE DANDA
(bis)
8. MONA MONA
KISSIMBI MONA ME
KISSIMBI MONA ME
5. DANDALUNDA KISSIMBI È
TAKUMBIRA KENAN
7. TELEKOMPENSUE
12. (Kongo) AXOKE(^), AXOKE(QUÊ) (BIS)
AXOKE(^), DANDALUNDA
KAUELE SUZI
5. AI, AI, AI
VUNJI MONA ME
KABILA DINGOMA
ATOIZA O NGANGA
VUNJI NAVULÔ
4. SAMBA NARUÊ
AME KAIA
AME
E A TUNDE RENÈ
E A TUNDE RANAHN
MIKAIA
O MIKAIA È (bis)
SEGINGOMA (bis)
8. AÈ KONKUETO
AÈ KONKUETO OIÔ 4. AÈ MUKONGO
EKOMPENSULE
TELEKOMPENSU E (^)
O KUABA, OKUABÁ
MULÉLE E (^)
MAZA, MAZA,KULOESSA
9. È È KISSIMBI (Mãe Pondá)
È È KUTALA (Pai Ibolama)) Ò LEMBÀ
7. SIGANGA E
CANTIGAS DE LEMBA
SIGANGA EMAN
GANGA KAMENEMENEN
1. O NGANGA MOXI, LEMBA
GANGA JIOKA
O NGANGA MOXI, Ò
(BIS)
9. AE, AE, KASUTE, LEMAN
KASUTE LEMBÁ
4. LEMBÁ, LEMBÁ DILE
KASUTE LEMAN
LEMBÁ EDI KANAMBURA
IA VEODI IAIÀ
10. EDI, IE, E, E,
EDI, IE E A,
5. MANAUE O LEMBÈ
TATA MONAPÁ
SEREPEPE NFI È È AGANJI È
MONA LOMÉ
KALUNGA
r: AÈ MAMETU
KIAHELA, NGUSU, È
LELE AGANJI
EMALA
(bis)
6. NSEKESSE AGANJI, È
JAMUKANGE
CANTIGAS DE KITEMBU
1. KITEMBU È E DA MURAXÒ
(bis) E DA MURAXÒ XO XO
EÀ KISIMBI PE PE PE E DA MURAXO, AI AI
E À MAIONGA E DA MURAXÒ AI AI
KITEMBU È
6. È A KITEMBU E A LAMBADA
7. KITEMBU D'ANGOLÈ
LEMBA È
KASANJE EAZILÈ
4. KITEMBU MAVULU
EKISIKO
1. ARUE GANGA È
GANGA E MSANGANGA
NO BOIAMIN
GANGÁ 7. O ZAZI È
O ZAZI A
2. SINGANGA È O ZAZI È
È LUANGO MNHANGOLE
SINGANGA È MANHANGOLÁ
È LUANGO
8. ZAZI
ZAZI MALAKAIA AÈ AÈ
(bis) Ò ZAZI È
ASANGANGA VALELE
MIKARIOLÉ LELE
LUÁ
ZAZI
KOMBELA ZAZI
KOMBELA ANGOLA
GERAL:
NUM BORI DESSE SANTO VAI SE FAZER UM BALAIO PARA EGUN. BATE 3
VEZES DO LADO DE FORA E LEVA PARA A RUA - NO CAMINHO OU NO
BAMBUZAL
KATENDENGANGA = KAVUNGU
GANGAMIN = PAMBUNJILA
KAFILEKONGO = NKOSI
GANGATAMBESI = ZAZI
GANGAFUN = KAIANGU
ASSENTAMENTO DE DANDA
BÚZIOS ABERTOS
CONCHAS DE RIO
MOEDAS AMARELAS
IDÉS ABERTOS (amarelos, exceto se vier pelo 10 que serão de prata, alpaca
ou inox)
1 de cada:
1 PEIXE DE METAL
1 KÉSO e 1 OROLELÊ
KATUBELANSI = KAVUNGU
ZAMBARÁ = ZUMBÁ
LUANGO = LEMBÁ
MAKUDIANDEMBU = KITEMBU
ZAZI NGUELE = NKOSI, ZAZI (LEVA 2 OTÁS, COME COM ELE MESMO)
Nkosi Ngó = qualidade de Nkosi complicada. Come com Katende Maun. Usa
verde, o fio de contas azul deve ser fechado ou enfeitado com firma verde.
Angola Bantu
Quando se oferece frutas para Exu deixa-se sempre os caroços. Para Orixá
tira-se os caroços.
Não se pode descascar o cará para Ogun com ferro nem aço. Só metal. Não
se usa faca. Pode descascar com colher ou com uma moeda.
CARÁ = karamunan
(Quando o filho faz 7 anos leva seu santo, e aí a casa pode ter outro filho
feito daquele santo. Os que vêm de fora já feitos, tudo bem. O Bará só pode
ter o da casa. Dos filhos coloca-se apenas o otá, e quando ele abrir a sua
casa o zelador leva o otá e assenta o Bará.
Não pode ser segundo santo de ninguém: OYÁ ONIRA - OXUMARÊ - LOGUN -
OBÁ - OGIYAN (é meji com OGUN ALAGBEDÉ). OLUFON pode, porque ele
sempre age como segundo.
O cará para Ogun - presente é colocado em pé, ligação aiye - orun. Deitado
é para guerrear, demanda, etc.
Livro bom sobre Bantu - Real Gabinete Português de Leitura - estante 22
prateleira S, volume 27 - José Redinha
nsabas zambiri
KATTA = AXÉ
KATENDE - OSONYIN
Cada folha é tirada de um jeito. Folhas quentes demais têm que ser
arrancadas.
O pelegun usado nas saídas de Iyawo, na mão do iyawo, deve ser colhido ao
amanhecer.
OGBÓ, MOBÓ, OBI, AKOKO, MULUNGU, LOKO = ao serem colhidas as folhas
devem descansar ao pé da árvore antes de ir para a roça. Coloca-se num
cesto, respinga-se água e cobre-se de branco. Deixa de um dia para o outro.
O akoko não deve ser colocado no bolso ou bolsa, porque não deve deixar
esfarelar.
O cará para Ogun deve ser pouco assado, o interior deve ficar sempre semi-
cru.
Camarão seco com sal não serve para Oxalá e Iansã. (assar no forno sem
sal, com a porta aberta.
Para secar camarão - no forno, sem tempero, com a porta aberta. Há quem
faça com louro.
Toda a comida de Xangô deve ser forrada com acaçá, mingau de farinha ou
canjica.
Comida de Xangô - quiabo com ponta para cima = livrar de pemba, etc.
Ao fazer comida para Xangô ninguém em volta deve brincar, nem conversar
fiado.
Toda pessoa canhota não deve cortar para orixá. É excelente para cortar
para Exu.
Para KAIALA (Yemojá) - feijão inteiro, por cima um peixe cioba ou olho de
cão.
2. NGUDIA PAMBUNJILA
(para Exu de LEMBA e KAIALA (ou KAITUMBA) = Oxalá e Yemojá - Ori, povo
das águas
3. NGUDIA PAMBUNJILA
4. NGUDIA PAMBUNJILA
5. NGUDIA PAMBUNJILA
6. NGUDIA PAMBUNJILA
Fazer um padê completo: farinha, azeite, mel, dendê, sal. Colocar as pétalas
por cima.
7. NGUDIA PAMBUNJILA
1. NGUDIA NKOSI
2. NGUDIA NKOSI
4. NGUDIA NKOSI
Num alguidar forrado, encher com canjica branca bem cozida e colocar no
centro um cará assado, descascado, enfeitado com fibra de mariwo. (7 - 14 -
21) serve para todas as qualidades de Ogun.
5. NGUDIA NKOSI
Bolas de inhame chinês, recheadas de camarão frito e cebola ralada (do
tamanho de bolas de ping-pong). Serve para servir em festa, para o orixá
trazer no cesto e dar a todos.
6. NGUDIA NKOSI
7. NGUDIA NKOSI
1. NGUDIA NGUNSÚ
2. NGUDIA NGUNSÚ
Um alguidar forrado, milho cozido e amendoim cozido.
3. NGUDIA NGUNSÚ
4. NGUDIA NGUNSÚ
Alguidar forrado (pode ser com a palha do milho) cheio de mingau de acaçá
duro. enfiar 6 espigas cruas descascadas em pé no acaçá.
5. NGUDIA NGUNSÚ
6. NGUDIA NGUNSÚ
1. NGUDIA KATENDE
Alguidar forrado, cheio de mingau de acaçá. Por cima bastante fumo de rolo
picado (Rachando ao meio os pedaços de fumo, na vertical, fica umas
cobrinhas muito bonitas).
2. NGUDIA KATENDE
3. NGUDIA KATENDE
Alguidar forrado, acaçá, por cima 14 bolas de batata doce cozida amassada.
(Pode enfeitar as bolas com pedacinhos de fumo)
4. NGUDIA KATENDE
Alguidar forrado. Dentro bastante batata doce cozida e amassada. Por cima
doburu.
6. NGUDIA KATENDE
7. NGUDIA KATENDE
Tigela branca com mel, azeite doce, dendê, oti, fumo de rolo picado e
moedas.
1. NGUDIA ZAZI
2. NGUDIA ZAZI
3. NGUDIA ZAZI
Quiabos (24) cortados sem cabeça e sem rabo. 1 copo pequeno de água. 1
pouco de açúcar cristal ou mascavo. Bater com energia com a mão ou
colher de pau, até formar uma papa uniforme (não vai ao fogo)
4. NGUDIA ZAZI
KADRAKÁ - comida Jeje.
12 quiabos inteiros
5. NGUDIA ZAZI
NGUDIA KAVUNGU
1. NGUDIA KAVUNGU
3. NGUDIA KAVUNGU
Alguidar forrado, bastante purê de batata doce, colocar popr cima doburu,
no centro uma bandeira branca de morim.
4. NGUDIA KAVUNGU
Alguidar forrado, mingau de acaçá e doburu. Enfeitar com elos de coco sem
pele.
6. NGUDIA KAVUNGU
2. NGUDIA KITEMBÚ
Alguidar forrado, mingau de acaçá com milho bem cozido por cima (colocar
pedacinhos de mamão verde para o milho cozinhar bem).
3. NGUDIA KITEMBÚ
Alguidar forrado, mingau de acaçá, cobrir com feijão fradinho cozido.
5. NGUDIA KITEMBÚ
Alguidar forrado, colocar doburu enfeitado com fatias de coco sem casca.
Uma louça forrada (ou alguidar), 7 bolas de fubá, 7 bolas de tapioca (para
cada pacote um copo de requeijão de água - não vai ao fogo), 7 bolas de
arroz, Arrumar intercalado. Pode enfeitar com frutas doces.
1. NGUDIA HANGOLO
2. NGUDIA HANGOLO
Em alguidar forrado colocar milho de galinha bem cozido. Por cima coloacr
14 fatias de batata doce crua.
3. NGUDIA HANGOLO
4. NGUDIA HANGOLO
Num alguidar forrado colocar feijão preto cozido só na água (pouco cozido -
20 min.) misturado com milho de galinha cozido.
5. NGUDIA HANGOLO
6. NGUDIA HANGOLO
Num alguidar forrado colocar 14 bolas de batata doce com 1(ou mais)
doburu enfiado enfeitando.
7. NGUDIA HANGOLO
Num alguidar forrado colocar canjica branca bem cozida enfeitada com 14
folhas de louro.
1. NGUDIA DANDA
Numa vasilha de louça forrada espalhar feijão fradinho cozido bem socado
ou moído (fazer uma pasta), temperado com cebola e camarão. Colocar por
cima 5 ovos em pé (de bico para cima).
2. NGUDIA DANDA
Numa louça limpa forrada colocar pasta de feijão fradinho. Temperar com
cebola ralada e camarão e colocar 8 ovos em pé.
3. NGUDIA DANDA
Numa louça limpa e forrada colocar pasta de feijão fradinho temperado com
cebola e camarão, 16 ovos cozidos em pé. Pode ser ovos de tartaruga.
Serve para Iya Omin - grande enredo com Orunmilá. Só para zeladores de
Oxum ligados a Orunmilá.
Numa vasilha de louça forrada colocar canjica branca cozida, jogando por
cima refogado de cebola e camarão no azeite doce.
5. NGUDIA DANDA
Tem gente que diz que obi é ligado à vida e orogbo é ligado à morte
.x.x.x.
Yewa Aganji ou
Minaganji
Oba Minalugamo
1. NGUDIA KAIANGU
Numa tigela forrada coloque feijão fradinho cozido inteiro. Por cima 9 ovos
cozidos de ponta para cima. Tempere com refogado de cebola e camarão
feito em azeite doce ou dendê. Pode colocar gengibre, louro, canela, dandá
ralado.
2. NGUDIA KAIANGU
3. NGUDIA KAIANGU
Numa vasilha forrada coloque canjica cozida. Por cima uma espiga de milho
crua, cortada em 9 gomos.
6. NGUDIA KAIANGU
Numa vasilha forrada coloque mingau de acaçá. Por cima feijão fradinho
cozido inteiro.
Deixar de molho uma boa quantidade de feijão fradinho cru. No dia seguinte
descascá-lo. Socar no pilão ou moer em máquina. Ralar cebola e gengibre.
Misturar tudo batendo bem com colher de pau, até formar bolhas, utilizando
rezas próprias. Fritar em azeite de dendê bem quente, tendo dentro a
metade de cima de uma cebola e um pequeno pedaço de carvão. Como
Kaiangu é santo de tempo o acarajé deve ser batido ao tempo. Não leva
água, só o líquido da própria cebola e do feijão. A metade de baixo da
cebola é colocada numa tigela para Tempo. Com o dendê e o carvãozinho
fazer um padê para Exu de Oyá.
Geral:
Comida de santo não leva sal. Faz-se a comida e quando é para oferecer
para o povo, coloca-se sal.
Toda a comida de santo pode levar tempero a gosto, de cordo com o sant:
dandá ralado, noz moscada, louro, canela, gengibre, etc.
Numa frigideira colocar bastante azeite doce. Quando estiver bem quente
APAGA O FOGO e passa o peixe dos dois lados.
Cravo da Índia deve ser retirada a bolinha. Na casa de santo, dá pra Exu.
Em casa, joga no lixo.
Batata doce, inhame, etc. para santo: CozInha com casca, depois descasca.
O milho que sobra do doburu deve ser guardado, pois serve para comida de
Nanã (D'jacuba)
Para recolher alguém que carrega Nanã, como fazer para não colocar o 13
no roncó? Faz a comida com os elementos normais, em numero de 13. No
bori pega 1 elemento de todos os que levaram 13, e entrega a Tempo. Lá
dentro ficam 12, e quebra a quizila.
1. NGUDIA TELEKOMPENSU
Em alguidar ou tigela forrada colocar feijão fradinho bem cozido junto com
amendoim cozido. Temperar com azeite doce e cebola ralada.
2. NGUDIA TELEKOMPENSU
Feijão fradinho bem cozido, socado. Formar 8 bolas e intercalar com 8 ovos
cozidos. Temperar com azeite doce.
5. NGUDIA TELEKOMPENSU
6 espigas de milho cruas, bem raladas (ralo novo ou de plástico, para não
mudar a cor da papa), misturar a papa com canjica cozida. Temperar com
açúcar mascavo ou açúcar cristal ou rapadura ralada.
7. NGUDIA TELEKOMPENSU
1. NGUDIA KAIALA
Numa tijela forrada colocar canjica cozida, temperada com azeite doce,
camarão e cebola ralada.
2. NGUDIA KAIALA
3. NGUDIA KAIALA
Arroz branco cozido, por cima 9 fatias de inhame cozido, descascado.
4. NGUDIA KAIALA
Canjica bem cozida (escorrer e passar água para tirar a goma). Em cima 9
fatias de inhame cozido descascado.
5. NGUDIA KAIALA
6. NGUDIA KAIALA
Uma travessa forrada com arroz cozido. Em volta flores brancas. No meio
um peixe cioba. Temperar com azeite doce, cebola e camarão. (Ver como se
prepara o peixe)
1. NGUDIA ZUMBÁ
2. NGUDIA ZUMBÁ
3. NGUDIA ZUMBÁ
4. NGUDIA ZUMBÁ
Num alguidar grande colocar 13 folhas e repolho roxo cru, em forma e
concha. Dentro de cada folha colocar um punhado de doburu. PREENcher o
centro com doburu.
5. NGUDIA ZUMBÁ
6. NGUDIA ZUMBÁ
Torrar amendoim, milho alho, farinha de mesa, e moer. Colocar uma pitada
de sal outra de açúcar. Misturar tudo e oferecer a Kaiala.
NGUDIA WUNJI
1. NGUDIA WUNJI
Numa tigela ou alguidar colocar arroz branco bem cozido, temperado com
açúcar cristal, leite de coco e canela.
2. NGUDIA WUNJI
Mingau de milho verde ralado, misturado com coco ralado, açúcar cristal e
cravo sem cabeça.
3. NGUDIA WUNJI
4. NGUDIA WUNJI
Banana prata, uvas verdes, maçã, pêra, goiaba - cortadas, sem casca e sem
semente. Servir em forma de salada de frutas, com açúcar cristal por cima.
5. NGUDIA WUNJI
Numa vasilha forrada com folhas de maracujá (uma das folhas rituais de
wunji), colocar canjica cozida temperada com mel.
6. NGUDIA WUNJI
Numa vasilha forrada, colocar farinha de acaçá cozida com leite de coco e
açúcar cristal, em forma de mingau.
7. NGUDIA WUNJI
Numa vasilha forrada, colocar feijão fradinho bem cozido, temperado com
azeite, cebola ralada e camarão fresco. Em volta enfeitar com folhas de
louro.
1. NGUDIA LEMBA
Em travessa, tigela, cabaça, etc. Colocar canjica bem cozida coberta com 10
folhas perfeitas de saião.
2. NGUDIA LEMBA
Em travessa, tigela, cabaça, etc. Colocar canjica bem cozida com 10 bolas
de arroz por cima.
3. NGUDIA LEMBA
4. NGUDIA LEMBA
Em travessa, tigela, cabaça, etc. Colocar mingau de tapioca com coco
ralado sem pele por cima. Pode colocar mel, açúcar, azeite doce, óleo de
algodão ou óleo de palma.
5. NGUDIA LEMBA
Em travessa, tigela, cabaça, etc. Colocar canjica bem cozida coberta com 10
bolas de sagu.
7. NGUDIA LEMBA
Em travessa, tigela, cabaça, etc. Colocar arroz branco bem cozido com leite
de coco, açúcar e gengibre ralado.
E B Ó DE CAMINHO
(PARA LIMPEZA E PREPARAÇÃO)
1. 1m morim preto
2. 1m morim vermelho
3. 2m morim branco (1m para cobrir a pessoa)
4. 1 alguidar grande, número 8
5. 11 velas brancas
6. 1 pemba branca
7. 1 caxixi (ou maraca pequena)
8. 1 padê pequeno de dendê
9. 1 padê pequeno de oti
10.1 padê pequeno de mel (se for o caso)
11.1 padê pequeno de água
12.7 ovos de cor
13.1 copinho de feijão preto
1. 1 copinho de feijão roxo
2. 1 copinho de feijão fradinho
3. 1 copinho de amendoim cru
4. 1 copinho de milho de galinha
5. 1 copinho de arroz branco
6. 1 copinho de semente de girassol
(as sementes são levemente torradas)
1. Doburu de dendê
2. Canjica branca cozida
3. 7 buchas de pólvora com algodào, sal e açúcar.
4. 7 gotas de azougue (mercúrio metálico)
5. 1 vassourinha de piaçava (ou vassourinha de relógio amarrada)
6. 7 folhas grandes de mamona roxa (+- 2 palmos)
7. 7 fios compridos de palha da costa
Modo de Fazer:
1ª cabeça
7ª cabeça
Enquanto o ebó estiver sendo entregue na rua, a pessoa que passou o ebó
deverá tomar banho da cabeça aos pés com sabão da costa e com jawa =
agbo, em seguida colocar roupas claras e descansar.
Material:
1. 1m de morim branco
2. 4 velas brancas
3. 1 padê pequeno de dendê
4. 1 padê pequeno de mel (para filhos de Oxossi, açúcar, melado ou Karo)
5. 1 padê pequeno de água
6. 1 padê pequeno de água de flor de laranja (pode ferver a flor, ou
cidreira, ou capim limão, ou água de melissa)
7. 7 ovos brancos
8. 1 pedacinho de fumo de rolo desfiado
9. doburu de dendê
1. 7 acaçás amarelos (canjica vermelha - cozinha a canjica e mói)
2. 7 acaçás brancos (na Bahia se faz acaçá com maizena)
Enrolar os acaçás em folha nova de bananeira (queimar antes)
Modo de fazer:
Ao chegar na entrada da mata, no lado esquerdo de quem entra, arriar os
padês. Sobre os padês colocar 21 moedas correntes. Acender uma vela e
oferecer aos guardiões da entrada da mata.
Passa-se o ebó da cabeça aos pés na frente e nas costas. Por último passar
o pombo. Pegar só pelos pé. Rezar (toda vez que falar "Tata" roda o pombo
na cabeça). Pedir para a pessoa cuspir 3 vezes no bico do pombo. Soltar o
pombo para o interior da mata.
Dar uma volta com a linha desfiada, junta, ao redor da cintura (o chakra
umbilical é que desembaraça tudo. Desenrolar as linhas na frente, aos pés
da pessoa. Ir pedindo caminhos abertos, paz, progresso, etc.
ALUÁ
1/2 KG DE CANJICA
5L DE ÁGUA
4 RAÍZES DE GENGIBRE RALADAS
jawa = agbo
Nos ebós, em vez de cobrir a pessoa com morim, pode-se usar mamona.
Para pessoas da linhagem de Lemba, trocar tudo que levar dendê por azeite
doce, nos ebós.
Orixá não gosta de sal, Exu gosta. Deve-se temperar sempre o padê com
sal.
Para rasgar pano em ebó deve ser usado o pokó para dar o primeiro talho, e
as mãos para rasgar.
Quem é feito deve evitar comer os axés (na feijoada, por exemplo.)
Material:
1. 1m morim branco
2. 1 broa de milho (substituir por fruta pão)
3. 6 acaçás brancos
4. 6 acaçás amarelos (todos os acaçás enrolados em folha de bananeira)
5. 6 ekuru
6. 6 bolas de inhame cozido
7. 6 bolas de farinha de mesa crua
8. 6 ovos brancos
9. 1 padê de dendê (todos os padês em pequena quantidade - 1 copinho)
10.1 padê de mel
11.1 padê de vinho branco (ou vinho de palma)
12.1 padê de água
13.6 palmas brancs
14.1 pouco de doburu em areia de rio
15.canjica branca cozida
16.5 patinhos novos, claros
17.1 pombo pintado claro
Modo de fazer:
Pegar os patinhos pelos pés, com as asas livres, passar na aura da pessoa e
soltar nas águas. Passar as palmas.
Tirar a pessoa para a margem do rio, de costas para o rio. Passar o pombo
no corpo, da cabeça aos pés. Se a pessoa estiver virada entregar o pombo
na mão da divindade, que irá soltá-lo. Se não, a pessoa cospe no bico do
pombo e ele será solto.
Modo de fazer:
Enrolar no lençol para trocar de roupa. Tem que haver critério. Se for mãe
de santo passando ebó num homem, levar alguém para passar, e vice-
versa.
A roupa que passou pelo ebó será rasgada e jogada nas águas. Enxugar-se
na toalha virgem e vestir roupas limpas.
cachoeira - Osun
Vela de cera pode ser usada em tudo, menos para Oxossi. Não tem nada a
ver com egun.
1 vela chega para todos os orixás no quarto de santo. Não é preciso uma
infinidade de velas.
A faca virgem dos ebós quando é para iyawo - levar de volta, lavar e
guardar para cortar para os exus da pessoa. Se não for iyawo lavar e dar
para a pessoa guardar. Não se deve jogar fora para não inquizilar Ogum.
Padê para filhos de Oxalá colocar azeite doce, óleo de palma, algodão ou
amêndoa)
Os legumes dos ebós devem levar um pouco de farinha ou fubá para tirar a
resina, que é quizila do ebó.
Azougue em quantidade
Material:
1. 1m morim branco
2. 9 acaçás brancos
3. 9 acaçás amarelos (todos os acaçás enrolados em folha de bananeira)
4. 1 manjar com leite de coco e açúcar
5. 9 bananas prata
6. 9 pêras
7. 9 maçãs verdes (ou outras frutas, menos jaca e carambola)
8. 9 goiabas (branca ou rosa)
9. 1 mamão pequeno
10.9 moedas correntes
11.pipoca leve (sem dendê - com areia, pura ou azeite doce)
12.9 palmas brancas
13.canjica branca cozida
14.1 faca virgem
15.9 velas brancas
Modo de fazer:
Colocar a pessoa de frente para o mar (mar calmo) bem próximo à água.
Acender as 9 velas por trás da pessoa. Cobrir a cabeça da pessoa com
morim ou mamona. Passar da cabeça aos pés os acaçás (passa, desenrola,
despacha); o doburu; dividir o manjar em 9 e passar (sujando mesmo);
passar as moedas 1 por 1 despachando e fazendo um pedido bom para a
pessoa (9 pedidos ou 9 vezes um pedido); com a faca cortar as frutas em
pedaços e passar na pessoa; a faca não se joga fora. É lavada de acordo
com o caso (ver); passar a canjica; passar as 9 palmas e jogar no mar,
oferecendo a Kaiala.
Limpar a pessoa toda, por cima do ori opede coisas boas. Rasgar o morim
(ou mamona) em 9 com o auxílio da faca. Jogar no mar, pedindo sempre.
A pessoa que passou pelo ebó deve evitar ir ao mar por 9 meses.
Material:
1. 1m morim preto
2. 1m morim vermelho
3. 2m morim branco
4. 1 alguidar grande (10)
5. 11 velas brancas
6. 7 buchas de pólvora
7. 7 bonequinhos de pano preto (identificar o sexo dos bonecos de acordo
com o sexo da pessoa)
8. 7 facas pequenas, com cabo de madeira, sem serra
9. 7 amarradinhos de vassourinha ( ou 7 piassavas)
10.1 pemba branca
11.1 padê de dendê (Lemba: azeite doce, óleo de algodão, palma ou
amêndoas)
12.1 padê de cachaça
13.1 padê de vinho tinto ou rosé
14.1 padê de vinagre
15.1 padê de cebola (ralada)
16.1 padê de mel (Oxossi - melado de cana)
17.7 ovos brancos
18.7 efurás enrolados em mamona (bolas de feijão fradinho)
19.7 bolas de farinha com olhos de carvão
20.1 miolo de boi
21.1 língua de boi
22.1 rim de boi
23.1 bife de fígado de boi
24.1 pedaço de bofe de boi
25.1 coração de boi inteiro
26.1 costela de boi cortada em 7 sem separar os pedaços
27.7 sardinhas inteiras
28.7 qualidades de legumes picados com um pouco de fubá ou farinha
(Kaiangu evitar abóbora)
29.7 qualidades de verduras (Ogun evitar couve)
30.7 qualidades de feijão cru (1 copinho)
31.1 copinho de sal grosso
32.1 copinho de arroz com casca
33.1 copinho de amendoim
34.1 copinho de girassol
35.1 copinho de alpiste
36.1 copinho de milho de galinha cozido
37.pipoca de dendê (menos Lemba)
38.7 acaçás amarelos
39.7 acaçás brancos (todos enrolados em folha de mamona)
40.1 pouco de arroz branco cozido
41.50g canjica branca cozida
42.1 casal de frangos brancos
43.7 gotas de azougue
44.roupa suada da pessoa
Modo de fazer:
Enredo de entrega:
Começa com o do mesmo sexo da pessoa. Faz a reza de axé dos bichos.
Passa na cabeça, lados, bate de leve no chão, frente, costas (bate de leve -
não é para matar o bicho) Copar - a menga cai no alguidar.
Filhos de Oya
1. MELÃO
2. PÊSSEGO EM CALDA
3. DOCES CLAROS
4. BÚZIOS
5. IDÉS
6. CANJICA
7. OBI
8. OROGBO
9. MOEDAS CLARAS
As sementes pode colocar num saquinho atrás da porta, ou pode fazer pó.
1. abóbora
2. acaçás
3. canjica
4. areia
5. idés
6. búzios
7. doces
7° CAMINHO DE EBÓ - BRANCO
(Para Iyawo - pode também usar para Lemba)
Obrigação só para rodantes, porque kota (ekedi) e kambondo (ogã) já estão prontos
na feitura.
Em Angola quem passa cargo são os enredos de Oxum. Isto é, não é preciso ser filho
de Oxum, mas é Oxum quem autoriza aquela pessoa a receber o cargo.
Após 7 anos as obrigações se renovarão a cada ano, com rito de obi ou bori, conforme
o caso, repetindo-se as obrigações maiores de 7 em 7 anos para renovar, e conservar
o indivíduo forte, transformando-o em KUKALA NI NGUZU - um ser forte.
1° - KAMOXI
2° - KAIARI
3° - KATATU
4° - KAKUANAM
5° - KAKATUNO
6° - KASSAGULU
7° - KASSAMBÀ
TÍTULOS HIERÁRQUICOS
1. 4. MAMETU NDENGE - mãe pequena (há quem chame de Kota Tororò, mas não
há nenhuma comprovação em dicionário, origem desconhecida)
1. 5. TATA NGANGA LUMBIDO - Ogã guardião das chaves da casa
1. 6. KAMBONDOS - ogãs
1. 10. TATA MAVAMBU - ogã ou filho de santo que cuida da casa de Exu (homem.
Zeladora deve ter um, porque mulher não pode cuidar. Mulher só mexe depois que
não menstrua mais).
1. 14. TATA NGANGA MUZAMBÙ - babalawo - pessoa preparada para jogar búzios
1. 17. TATA NUMBI - não rodante que trata de Baba Egun - OJE.
Geral:
MONA MUKI AMASE - (dijina) Mona = filho; muki = força; amase = águas
ORIGEM DO CULTO
CULTO BANTU
Os negros Bantú no Brasil - foram trazidos em grande número para o Rio de Janeiro,
e em menor número para Recife, Espírito Santo e São Paulo.
O negro escravizado, sofrido, não tinha como cultuar suas tradições, nem livros para
perpetuar seus mistérios e filosofia, que aos poucos foram se perdendo. Tudo era
passado de boca para ouvido, de pai para filho, e perdeu-se muita coisa. Toda essa
dificuldade que o negro Bantú - como nenhum outro - passou, permitiu que muitas
raízes fossem destruídas e ocasionou interpretações tortuosas do culto. E para
dificultar mais ainda, os senhores de escravos forçavam a conversão ao catolicismo,
sincretizando e deturpando grande parte da tradição.
Formavam tribos distintas na cultura Bantú: Congo, Angola, Zâmbia, Zimbabwe, etc.,
que estiveram durante muito tempo sob o domínio de povos da Europa. Essas tribos,
de diversas regiões diferentes, têm como exemplo as tribos de Angola, Angolão,
Angola Paketá, Angola Moketão, Congo Angola, Congo, Muxicongo, Benguela,
Cambinda, Aruanda, Luanda, Makúa, Kassange, Eassange, Munjolo, Rebolo, Anjico, e
povos menores de diversas tribos da contra-costa, formando assim cultos diferentes
que permitem uma prática variada e diversificada entre as nações Bantú.
Além disso não podemos esquecer que além da língua mãe, que é o KIMBUNDU,
existem ainda cerca de 274 dialetos diferentes.
Mesmo com todas essas dificuldades o negro Bantú influenciou a cultura brasileira,
deixando herança na mitologia, religião, culinária, música e dança. Colaboraram em
grande parte com o ritual folclórico brasileiro, como o congo de ouro, a congada (que
lembra a rainha Ginga de Angola), o maculelê, a capoeira, o maracatu, o samba, e
ainda artes manuais dos hábeis Bantús.
Grande parte da cultura Bantú e seu acervo foi destruída quando o ministro Rui
Barbosa queimou s obras dos arquivos que falavam dos Bantú, obras escritas pelos
Apelegís (sacerdotes) da cultura Bantú, discriminando a raça, que ainda nos dias
atuais é criticada pelos herdeiros de outras nações de candomblé, esquecendo-se que
a cultura Bantú é a portadora dos grandes segredos da força da natureza: é a cultura
Bantú a dona dos segredos das KISABA ZAMBIRI (Folhas sagradas).
NOÇÕES DE ANGOLA
Ao redor do IXI existem nove centros universais paralelos, divididos em três camadas:
quatro centros superiores onde habitam os ancestrais e os destinos; quatro centros
inferiores onde habitam as forças elementares que se comunicam com os seres -
forças essas chamadas no culto Ngola de NKISI; e uma camada intermediária
responsável pela união das outras duas, ligada à encarnação do ser humano na Terra
e seu carma a ser cumprido.
(((( ( ((((
Em razão dos nove centros universais paralelos que se situam ao redor do globo
terrestre, chamados de ANGOMI DUÍLO, o número 9 passa a ter uma importância
fundamental para o culto Ngola, haja vista que todo culto africano é altamente
cabalístico (sem estudo acadêmico), baseando-se de certa maneira na numerologia
representando os fenômenos divinos.
Podemos citar que o próprio período de gestação sofre influência direta do ANGOMI
DUÍLO (centros universais paralelos) , pois esse período obedece normalmente a 9
fases lunares iguais, ou seja 9 meses, e justamente no 45º dia de gestação ocorre a
implantação do ser espiritual ao feto e à mãe, ocasião em que o PAMBUNJILA (exu
ancestral - Yombe = Yangi = 1º Exu) será também acoplado ao novo ser, trazendo
para ele um direcionamento na face da Terra (IXI), desde o seu surgimento até sua
morte física, fazendo cumprir seu destino.
O IADALIN é representado pelo eixo da coluna vertebral que vai da cabeça ao cóccix -
perto do ânus. Ao redor da coluna vertebral existem correntes magnéticas que se
movimentam em direções opostas, de cima para baixo e de baixo para cima,
chamadas de Ida e Pingala, que movimentam os centros magnéticos que se acham
localizados no MUKÚTU-TOBO - perispírito, o duplo etérico.
GERAL
O bebê está determinado no Duílo. Fica um dublê lá em cima, e tudo que afeta o de
baixo afeta o de cima. No aborto, como houve interrupção, ele vai ser mandado de
novo, vai retornar. Com o bebê não há nenhum problema. Foi criado sim um enredo
para aquela barriga. Tornou-se uma barriga IKU, que traz os enredos da morte. O
próximo filho não deve nunca ser raspado. A mulher deve usar um tratamento na
próxima gravidez. Na Angola usa-se uma cabacinha com pós pendurada na cintura.
O OXU é como uma rolha ritual. Ao morrer abre-se tudo, oxu e curas. Se não a
energia não se liberta, fica presa, e fica ruim. As almas começam a voltar como outras
coisas.
KISABA ZAMBIRI
As nsabas vão sendo colhidas, e durante a colheita não pode haver conversas entre
os participantes. Só homens podem participar. Durante todo o tempo devem ser
entoadas cantigas em louvor de Katende.
O Tata Kisaba levará nas mãos um POKÓ (facão) utilizado somente para essa
finalidade. Umas nsabas são cortadas, outras devem ter os galhos quebrados, outras
ainda são arrancadas.
1. As terapêuticas - são as que servem para fazer remédios para curas físicas.
ASSUNTOS GERAIS - DICAS
Geral:
1. Comida de santo não leva sal. Faz-se a comida e quando é para oferecer para o
povo, coloca-se sal.
2. verdadeiro azeite para o santo é o óleo de caroço de algodão. Como é difícil de
encontrar coloca-se azeite doce.
3. Toda a comida de santo pode levar tempero a gosto, de cordo com o santo: dandá
ralado, noz moscada, louro, canela, gengibre, etc.
4. Oxossi (Ngunsu) e Oyá (Kaiangu) aceitam espiga de milho.
5. abará (receita de Kaiangu) também serve para Obá e Xangô.
6. Comidas como Ipeté e Acarajé só se faz em dia de festa. No dia-a-dia existem
diversas comidas, como as que apresentamos aqui.
7. Ao fazer o acarajé para Kaiangu, fazer 7 acarajés pequenos para entregar aos pés
do santo.
Numa frigideira colocar bastante azeite doce. Quando estiver bem quente APAGA O
FOGO e passa o peixe dos dois lados.
9. peixe para santo é INTEIRO. Nada de mandar limpar, aparar as barbatanas, etc.
1. Em qualquer comida de Kaiala (Yemojá), o tempero: Pó de sândalo e pó de cravo
da Índia (sem bolinha), mistura, põe na mão e sopra na comida.
2. Cravo da Índia deve ser retirada a bolinha. Na casa de santo, dá pra Exu. Em
casa, joga no lixo.
3. Batata doce, inhame, etc. para santo: CozInha com casca, depois descasca.
4. milho que sobra do doburu deve ser guardado, pois serve para comida de Nanã
(D'jacuba)
5. Como cortar o repolho para as folhas ficarem em forma de concha? Cortar por
trás, tirando o miolo. As folhas se soltam em concha sem estragar.
6. Para recolher alguém que carrega Nanã, como fazer para não colocar o 13 no
roncó? Faz a comida com os elementos normais, em numero de 13. No bori pega
1 elemento de todos os que levaram 13, e entrega a Tempo. Lá dentro ficam 12, e
quebra a quizila.
7. Canjica vermelha com leite de coco = comida de Obá.
8. Pokó ndemba = obé = navalha = ximan (Congo)
9. É bom ralar efun e soprar por cima de todas as comidas de Lemba.
10. com folhas de maracujá (uma das folhas rituais de wunji)
1. Nos ebós, em vez de cobrir a pessoa com morim, pode-se usar mamona.
2. Para pessoas da linhagem de Lemba, trocar tudo que levar dendê por azeite doce,
nos ebós.
3. Ao passar ebó andar sempre em círculo, no sentido horário. Se voltar desanda o
ebó.
4. Ao assentar Kitembu assentar junto Katendê e Angorô. Tem que haver conexão
com o chão. A forma da grelha não é importante.
5. Para rasgar pano em ebó deve ser usado o pokó para dar o primeiro talho, e as
mãos para rasgar.
6. Se no meio do ebó o santo virar, deixa-se, e continua o ebó. Só não pode ficar
virado no caso de ebó com ponto de fogo e ebó iku.
7. Para enrolar acaçá não se usa folha de banana figo.
8. Couve é quizila de Ogun.
9. Alface só se dá para Oyá e Egún
1. A faca virgem dos ebós quando é para iyawo - levar de volta, lavar e guardar para
cortar para os exus da pessoa. Se não for iyawo lavar e dar para a pessoa
guardar. Não se deve jogar fora para não inquizilar Ogum.
2. Idés, moedas, búzios, obi, orogbo, de presentes não se despacham. Os búzios
guardar para outros presentes, e vai energizando. Moedas servem de talismã. obi,
orogbo, ralar e fazer pó. Sementes idem.
3. Padê para filhos de Oxalá colocar azeite doce, óleo de palma, algodão ou
amêndoa)
4. Os legumes dos ebós devem levar um pouco de farinha ou fubá para tirar a resina,
que é quizila do ebó.
5. Abóbora é quizila de Kaiangu e couve é quizila de Ogun.
6. Azougue em quantidade vende na B. Herzog - R. Miguel Couto.
1. Muzenza - dança do iniciado
2. Uma das modificações quando o santo muda de grau é a posição das mãos.
Quando é novo coloca as mãos do lado direito (santo homem) ou do lado
esquerdo (santa mulher). Com 3 anos coloca as mãos para trás abaixo da cintura,
e depois coloca as mãos para trás acima da cintura.
3. MONA MUKI AMASE - (dijina) Mona = filho; muki = força; amase = águas
REZAS E
CANTIGAS
1. SAMBORÔ PARA TEMPERAR OS BENGUÈ (ASSENTAMENTOS)
Usa-se: sal - dendê - mel - acaçá - bebido - azeite doce - água
'AKÜETU SAMBANGOLA
Quando for a água (menha), põe-se na boca (do zelador e da pessoa) e vai da boca
para o assentamento.
MAMANGUERÓ, MAMANGUELÓ
MAMANGUERO, MAMANGUELO"
-1-
1. Para retirar as penas do pescoço com pokó. Não se corta. Rezar 3 vezes no
mínimo.
2. Para o primeiro corte. Deixa a faca, escorre o sangue pela faca, direciona PARA O
CHÃO E DEPOIS OS BENGUÉ. No chão vai atrair o bakulu (egun) .
POKOIÒ MI KABANDÒ
BATULA LA SANJI
BATULA
IÈ (DI) SANJI
BATULA
-2-
MÈ, MÈ, MÈ
MÈ, MÈ, MÈ
DIAN IAN
ETÚ KONKEM
2. Para verter a menga para a ancestralidade e benguès (alimentar os benguè)
NKISI GUDIÁ
(GU)DIÁ KONKEM
-3-
3. Ibosé em tigela ou vasilha com menha fresca, vai mergulhando o pescoço para
esfriar a menga. (Cruza toda a cabeça da pessoa, pingar no acaçá que está na cabeça
da pessoa). Canta enquanto o bicho estiver vivo. Não se deixa bicho vivo no chão.
AZUN KERERE
KERE, KERE
POKOIO MI KABANDO
Abre os dedos do pé do bicho com faca virgem. Pato: chão, Yemojá, Egun, Hangoló
em alguns casos.
Hangolô - ganso, marreco ou pato. Corta pelo bico. Em Congo põe palha na boca, e
corta no pescoço.
DIUM KAXITÓ!
DIUM KAXITÓ!
-4-
Bichos de penas para Kavungu devem passar por culto à terra. Também quando se
oferece bichos de penas ao chão (senão o ancestre não recebe). Só participam
pessoas antigas no santo.
KURUPÀ UN ABEREWÈ
È UM ABERERE
(BIS)
È TUKABULÚ
KONGO DI NBANDA
KURIÀ
(BIS)
-5-
10. SAMBORO IPARUBO NBACHI (CÁGADO)
1. Prepara o pescoço, amarrando com palha da costa. Reza para preparar o pescoço:
POKOIO MI KABANDO
(3 vezes no mínimo)
NBACHI È (BIS)
NGULÙ
KONGO DI 'MBANDÀ
TUDIÀ
(bis)
-6-
(Pombos diversos, branco ou de cor, menos pomba rola) Katende também usa
diembe. Usa akan e saião nos olhos. Cruza a cabeça da pessoa, o peito e todas as
curas com o pombo. Levanta o pombo, oferece a Lembá nos 4 cantos, sobra a cabeça
do diembe junto ao ori da pessoa.
O DIEMBE
O DIEMBE SANJI
O DIEMBE,
DIEMBE, DIKOLA
DIKOLA DIEMBE
DIEMBE DIKOLA
DIEMBE MAVAMBU }
-7-
15. SAMBORO IPARUBÓ ZIMBU (IGBIN)
NZAMBI E
NZAMBI E
ZIMBU DIOCHI
Prepara o pescoço:
POKOIO MI KAMBANDO
KOKO NI KAMILONGA
(BIS)
-8-
1. Limpar o pescoço
POKOIO MI KABANDO
-9-
Já depois de mortos.
R: PAGONAN"
"ORONI POPO
ORONI POPO"
OUTRO SAMBORO IPARUBO HOMBO
MÈ, MÈ, MÈ
-9.A-
NKISI LEKEWÒ!
-9.B-
17. SAMBORO PARA LAVAR A CABEÇA com sabão da costa ou ervas de mutuê
(na cachoeira, no axé, etc.)
È NSUMBUÈ (^)
KÉSSO MAKÉSO
NKESO E (^)
KESSO MAKESO
NZAMBI E (^)
ERU MENE
-10-
KUENHA, KUENHA
KELÊ Ê
ALUBOSA TORÔ
TORODÊ
ARUÈ SALEMAN
NSAMBANGOLÈ
-11-
KONGO NA MUXIMA
O DIMBÊ DIDEÔ
KONGO MONUGANDU
MUIZANGÀ DIDEÒ
2. (alternativa)
KONGO NKASSANJE
NGOLA
KAKURUKA
KAKURUKAIO
KAKURUKAJUÈ
1. KATENDE PÉ PÉ PE
É DI KAKURUKAJE
(bis)
-12-
BANDA ATOIZÁ
2. AE(^) SENZE
AE(^) SENZÁ
NTATA DI MAKONGO
NXAUENDÁ
26. SAMBORÔ PARA CONVIDAR PARA DANÇAR OGÃS E ZELADORES
(TAMBÉM SERVE PARA PEDIR LICENÇA)
BANDA XAUERÁ, AÈ
BANDA XAUERÁ
BANDA XAUERÁ
AÈ TATETU
BANDA XAUERÁ
BANDA XAUERÁ
AÈ MAMETU
-13-
2. KONGO NGANDU
ORE RE (^)
3. Ò JIRÈ, O JIRÁ
NKAMBONDO KE AMA
Resp.: AI AI NKAMBONDO KE AMA.
5. OIA, OIA E
OIA OIA È
-14-
AI AI AI ELÒ (^)
KAMBONDO È TATA
DA MUXIMA EÒ
(bis)
AÈ TATETU, AÈ MAMETU,
Resp.: KAMBONDO E TATA
DA MUXIMA EÒ (^)
(Repete 3 vezes, o santo leva a pessoa, pega pelos ombros e finge que vai sentar.
Senta na terceira vez)
-15-
(BIS)
KOSENZE(^), KATULONDIRÁ
È MUZENZA
MUZENZA KIOBÁ
È MUZENZA
MUZENZA MAKONGO
(ritmo: kongo)
-16-
DI MUXIMA KE AME(^)
KATENDEÒ SIMBENGANGA
(bis)
DI MUXIMA KE AME
KATENDEÒ SIMBENGANGA
segunda cantiga
DANDURE(^), DANDURÁ
DI MAMETU/TATETU KE ANDÀ
terceira cantiga
TATETU/MAMETU DI MAKONGO
UN XAUENDÀ
quarta cantiga
EWÀ GANGUÈ
EWÀ GANGUÈ
EWÀ GANGUÈ
EÁ TATETU/MAMETU ALUIZÔ
EWÀ GANGUÈ
-17-
quinta cantiga
ABASSALÀ DI NGOLÁ
È BUKE LELÈ(^)
(bis)
ABASSALÀ DI NGOLÁ
È BUKE LALÀ
(bis)
Após as louvações feitas nesta saída o santo do novo zelador retornará ao ndemburo
(quarto de santo), ao som da seguinte cantiga:
SALÈ, LEMAN
(NKISI) TARUANDÈ(^)
SAMBANGOLÈ(^)
SALE, LEMAN
TARUANDE(^)
SAMBANGOLÁ
-18-
Depois de realizado todo o batukajé, retira-se mais uma vez o santo para o ndemburo,
cantando-se cantiga própria.
Cantiga 1:
SALE, LEMAN
TARUANDÈ SAMBANGOLÈ
SALE, LEMAN
TARUANDÈ SAMBANGOLÀ
Cantiga 2:
GUIENU NZAMBI
APONGO DÈ(^)
NSEKESSE(^), NSEKESSE(^)
NSEKESSE(^)
Cantiga 3
È, DI È È È
È, DI È È A
(bis)
TATA MANEPÁ
DI GANGA ZUMBÁ
ORIEXÁ
-19-
MAMETU/TATETU/TATA UN KAIANGO
MAMETU/TATETU/TATA UN KAIANGO
MAMETU/TATETU/TATA UN KAIANGO
3. (RITMO KONGO)
5. MAMETU/TATETU È, È, È,
-20-
KERE, KERE
KE BANDA ATOIZÁ
BANDA KE AMÈ
(bis)
KAJA NKISI
KE AMÈ
KAJA NKISI
GANGA RUN
-21-
É MUZENZA, MUZENZA E AÔ
EÁ EÁ EAÔ (BIS)
MUZENZALA DI LEKONGO E AÔ
1. BEREKETÚ, BEREKINAN E AÔ
EÁ EÁ EAÔ
BEREKETÚ, BEREKINAN E AÔ
2. È AÈ AÈ KOSENZÈ
KATULONDIRÁ
(bis)
KOSENZE EAÒ
KOSENZE KATULONDIRÁ
(bis)
-22-
1. NZAMBI, NZAMBI
KE NZAMBI
(bis)
NZAMBI APONGO DE
KE NZAMBI
KE NZAMBI
2. NZAMBI NA KUATEZALA
Resp.: AWETO
3. NZAMBI È KIZAMBI
TATA KIMBANDO
NZAMBI È KINZAMBI
EAÈ
KAIANGO KAPANZO
MA KOU BOADI
-23-
Pra esta quarta saída escolhe-se uma das cantigas abaixo, para puxar o santo para o
salão:
É MAWÒ
É FUNJE KE SAKE
2 - A È ZENZE
À È ZENZA
MUZENZA DE LEKONGO
3 - TOTÉ TOTÉ
DI MAIONGA
MAIONGAMBE (^)
TOTÉ TOTÉ
DI MAIONGA
MAIONGOLE (^)
-24
UN SEKESSÈ (^)
UN SEKESSÈ (^)
UN SEKESSÈ (^)
NSUMBUÈ !
-25-
1. Ò KATAMBA È
GANGA È KATAMBA
È DE TERE(^) KALUNGA
AÈ KATAMBA È
GANGA È KATAMBA
È DE TERE KALUNGA
2. Para esfriar a casa
KALUNGA DI LERO È
3. GANGA KATÚMBA È
GANGA SIÚBA È
(bis)
-26-
NKREN KRENZOC(ê)
NGREZO(é), EZO(^)
(bis)
2. NA MATAMBA
SAMBA NGOLA
KREZO(BIS)
-27-
PEMBÈ(^), PEMBÁ
MONA MONA
AUE(^) PEMBE(^)
PEMBA(ê) DI TAMANANGUÁ
PEMBE(^) PEMBÁ
PEMBE(^) PEMBÁ
LEUI LEUI
(reza-se com força pedindo força à terra. O zelador levanta a mão despachando a
negatividade)
O KE PEMBE
IZA D'NGOLA
-28-
SAIOZAN
KE PEMBO È(^)
SAIOZAN
MONA(^) SALE(^)
-28.A-
SAMBORO NKISI
PAMBUNJILA
1. PAMBUNJILA JÀ MUKONGUÈ
IÀ IÀ O RERE
PAMBUNJILA JÀ MUKONGUÈ
IÀ IÀ O RERE.
2. PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA JÀ MUKONGUÈ
PAMBUNJILA AÈ
3. PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA AÈ
PAMBUNJILA A NGANGA
4. SINGANGA GANGAIÔ
GANGAIÔ LEKUE
PAMBUNJILÈ
SINGANGA GANGA IÔ
GANGAIÔ LEKUE
PAMBUNJILA
-29-
5. SINGANGARA AÈ
SINGANGARA AÈ
SINGANGARA À (N)GANGA
SINGANGARA JÀ KONGUÊ
6. TENDA TENDA Ò
TENDA IÒ
INDO RERE EÀ
7. AÈ PAMBUNJILÈ
AÈ PAMBUNJILÁ
AÈ PAMBUNJILÈ
PAMBUNJILÈ, PAMBUNJILÁ
QUALIDADE: MAVILE
8. MAVILE, MAVAMBO
9. MAVILE MALEMBE
NKOMPENSOÈ
NKOMPENSOA
O KIRANDA È
O KIRANDA E Ò
-30-
REKENKENSOE,
HA HA HA
REKENKENSOE
E DE MI DE MANAKO (^)
E DE MI DE MALAGO (^)
SISSA RUKAIA
SISSA RUKAIA
KIBANDA SISSA RUAKANJE
(Toque: muzenza)
14. KANJANJA
KANJANJA DE KAKAMENE
DE KAMUJIRE,
Resp. KANJANJA
DE KAMURENDE KANJANJA
-31-
MAVU, É TIBIRIRI
TIBIRIRI TIBIRIRI
O (I)NGRETALA TANDÈ(^)
MALUNGUN NZAMBÈ(^)
Resp: (A)MBELÈ(^)
WELÉ
Resp: MAIONGÈ(^)
Para acordar exu para o jogo, para colocar uma bebida na porteira, para roda, etc.
Qualquer hora de dar uma bebida para Exu
È À ZEKURIÁ
-32-
KATULAMBÍ KATULAMBO(^)
AÈ AÈ MUKUMBI È
(bis)
(3 VEZES)
Cantiga específica para ligação de Ogun e Exu:
MUKUMBI É MAVU
AÈ AÈ MAVAMBU É
-33-
CANTIGAS DE NKOSI
1. NKOSI, MUKUMBI
GOIA È ÀE
GOIA È ÀE
KAMUREDE ATUREMO
KAMUREDE IA NKOSI
3. NKOSI MUKUMBI
KOSENZÁ NKOSI
KOSENZÁ NKOSI
KOSENZÁ
4. NLUANDE(^) NKOSI
KONGO TALANDE(^)
NLUANDE NKOSI
KONGO TALANDA È
É DE TÁRA KOLE(^)
È DE TARA MENE(^)
-34-
BAND MINIKONGO AÈ AÈ AÈ
BANDA MINIKONGO AÈ
MINIKONGO
R: AÈ NKOSI
É NTABALA (N)JO
R: AÈ NKOSI
É NTABALA (N)JO
8. NKOSI TANO LÈ
TANO LÈ MARWÒ
NKOSI TANO LÈ
TANO LÈ MAIONGÀ
9. NKOSI BAMBI È
IA NKOSI
NKOSI BAMBI TUREMO(^)
IA NKOSI
ME KAJÁ MUGONGO
-35-
SAMBANGOLÁ
SAMBANGOLÈ(^)
NKOSI DI BEREGEDE
SAMBANGOLÁ
SAMBANGOLÈ(^)
-36-
1. OLO BARANGUANJE
OLO BARANGUANJE
2. LANDANGUANJE
KASSANGUANJE KE AME
LANDANGUANJE
KASSANGUANJE KE AME
3. (ANTIGA)KALUNGA NO XAUERÁ
È A RUE
KALUNGA NO XAUERÁ
È A ZINGÉ
4. È BAMBI È
5. AUENDA KANJIRA
MUGANGA NGANGA
AÈ TUMBA Ò
TAWAMIN A È TAWAMIN
-37-
MUZAMBE(^)
MANAN MUREWÀ
UN TATA KAMBONDO
DE LUANDA È
MANAN JIMBE JIMBE
BULAIÈ BULA IÒ
NGUNSU È MUTALAMBO(^)
8. AÈ GONGOBILA, DILÈ(^)
AÈ GONGOBILA
(BIS)
9. GONGOBILA MUTALÈ
GONGOBILA MUTALÈ Ò
-38-
IA ZINGE(^) O (^)
(BIS)
AI AI, AI AI
IA ZINGE O
KEMIN FAREWÀ
KEMIN FAREWÀ
AO IZA KUTALA
KAIZA KURA
AI AI, AI AI
A KOKE IA, IA
A KOKE GONGOBILA
A KOKE IA IA
SI SI AKOKE IA IA
AE AE NSIMBE KOKE IA IA
-39-
LAMBARANGUANJE
MAKUO(^) SUBAÈ(')
TAWAMIN
NGUNSU E MUTALAMBO
(bis)
16. KILUMATA, KILONDIRÁ
NGUNSU E MUTALAMBÒ
AÈ AÈ NGUNSU E MUTALAMBO(^)
-40-
CANTIGAS DE KAVUNGU
KATU, LEMBARASINA
KOSENZALA
KAFUNJÈ(^)
KUENDA KUENDA
KAFUNJE
(é cântico de barracão, mas algumas pessoas cantam como reza para ebó
contra problemas de pele)
(BIS)
NSUMBU, SAMBU
KUENDA
È LEMBA DILÈ(^)
4. NSUMBU, È, È, È(^)
(BIS)
-41-
5. AÈ, AÈ SI KAFUNAN
AÈ, AÈ SI KAFUNAN
TATETU SI KAFUNAN
6. XAUERE(é), XAUERE(é)
KAFUNJE KUMBELOJÀ
XAUERE(é), XAUERE(é)
KAFUNJE KUMBELOJÀ
(BIS)
È È KAKAWANE
È MALA IZO(^)
9. Só para filhos com mais de 7 anos
INDO IÒ IÒ
TATETU TARAMESSÓ
-42-
10. LEMBA È È
LEMBA È È
ME, KATU E À
LEMBA DILE
MANDU KAIÁ
MONA KUÉRA
NSUMBUE(^) NKAFUNJE(^)
-43-
CANTIGAS DE HANGOLÓ
2. (Kongo)
KE MASA VULAIO
3. GANGA VULA
VULAIO(^), VULAIO(^)
4. Ligada a Danda
AYNÉ AYNÉ
HANGOLO(^) ZINHÒ(^)
5. Ligado a Nkosi
E A BANDA KOKODO(^)
KOKODO
-44-
6. HANGOLÒ ASUA
NO KALUNGA
NO KAIEDÈ(^)
(BIS)
HANGOLÒ(^) ZINHÒ(^)
R. SIMBENGANGA JAUTALÈ
SIMBENGANGA HANGOLOMÉA
SIMBENGANGA JAUTALE
7. HANGOLO MARAVAIA
KE PEMBE(^)
HANGOLO MARAVAIA
KE PEMBE(^)
EÁ SAMBANGOLÈ(^)
8. HANGOLÒ MARAVAIA
NO SERERE(^)
R. NO SERERÈ(^)
9. AI, AI TATETU
HANGOL'O ANUMENDO
GAMBOADINHA
GAMBOADINHA
HANGOLO ANUMEANDO
QUALIDADES:
1) Oyà Biniká
2) Oyà Seno
3) Oyà Abomi
4) Oyà Gunán
5) Oyà Bagán
6) Oyà Onìrá
7) Oyà Kodun
8) Oyà Maganbelle
9) Oyà Yapopo
10) Oyà Onisoni
11) Oyà Bagbure
12) Oyà Tope
13) Oyà Filiaba
14) Oyà Semi
15) Oyà Sinsirá
16) Oyà Sire
17) Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna
a terra) se subdividem em:
a) Oyà Gbale Funán
b) Oyà Gbale Fure
c) Oyà Gbale Guere
d) Oyà Gbale Toningbe
e) Oyà Gbale Fakarebo
f) Oyà Gbale De
g) Oyà Gbale Min
h) Oyà Gbale Lario
i) Oyà Gbale Adagangbará
YANSA
São nove divindades das nove cabeças, Ya
Mesan Oru, oito tem fundamento com Ogum e
Omulú a nona com Esú.
Bichos de yasã
Eure (cabrita), ajapá, Agbô (abo), malú
(vaca).
Aves
Adie, etú, pepeyé, eyele
Qualidades de Osumaré
FORID:11
ISO-8859-1
Pesquisa:
Hom Umband Candombl Divindade Espiritism
e a é s o
Pesquisar
w w w .maze.kingh
/w EWBQKq1cnN
Cadastro
Maze Logon
Minkisi Yansã Novo Usuário
Aluvaia Alterar Senha
DandaLunda Alterar Dados
Gongobira Remover
Hongolo Usuário
Kabila Esqueceu a
Katende Senha
Kaviungo Logoff
Kindembu Visitas
Kisimbi 273332
Lemba
Matamba
Mikaia
Ngunzu
Nkosi
Nvunji
Nzazi
Nzumbarandá
Orixás
Ajé Saluga
Ayrá
Ewa
Exu
Ibeji
Iroko
IYami
Oxorongá
Jagun
Logum Ede Yansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil,
Nanã sendo figura das mais populares entre os mitos da
Obá Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na
Obaluaê África, onde é predominantemente cultuada sob o
Ogum nome de Ọya. Ọya recebeu de Şàngó o título de
Ori YÀSÁN (ìyá = senhora + ọsan = tarde), que quer
Orumila dizer, a senhora das tardes, pois chegava sempre as
Ossain tardes, linda e esvoasante com sua roupa de fogo.É um
Oxaguian dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no
Oxalá sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se
Oxalufan relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os
Oxossi espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação
Oxum ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco
Oxumare cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo,
Xangô costuma ser associada à figura católica de Santa
Yansã Bárbara. Yansã costuma ser saudada após os trovões,
Yemanjá não pelo raio em si (propriedade de Şàngó ao qual ela
Vodun costuma ter acesso), mas principalmente porque Yansã
Lissa é uma das mais apaixonadas amantes de Şàngó, e o
Mawu senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do
Agassu nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do
Agbé vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Ague
Ayizan Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Yansã,
Aziri ela surge quando incorporada a seus filhos, como
Dan autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo
Dangbe tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor
e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida
Gu
com que exterioriza sua cólera.
Heviosso
Legba Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados
Loko inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio
Nanã conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Ọya,
Possun pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido
Sakpatá com um domínio sobre a água.
Sogbô A figura de Yansã sempre guarda boa distância das
outras personagens femininas centrais do panteão
mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos
consagrados tradicionalmente ao homem, pois está
presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem
as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e
de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Yansã
não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e
a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua
ação, raramente ao mesmo tempo, já que Yansã
costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é
medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis,
seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são
decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais
nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É
o Orixá do arrebatamento, da paixão.
Foi esposa de Ògún e, posteriormente, a mais
importante esposa de Şàngó. é irrequieta, autoritária,
mas sensual, de temperamento muito forte, dominador
e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta
todos os Orixás), em algumas casas é também dona do
teto da casa, do Ilê.
Yansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os
quais controla com um rabo de cavalo chamado
Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas,
uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um
cabo de osso, madeira ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado de Ọbalúwaìye, para
aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que
indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma.
Comanda também a falange dos Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira é que Yansã não
cortou completamente relação com o ex-esposo e
tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que
Yansã e Ògún, tornaram-se inimigos irreconciliáveis
depois da separação.
Yansã é a primeira divindade feminina a surgir nas
cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da
provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói,
que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de
possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o
desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão.
A frase estou apaixonado, tem a presença e a regência
de Yansã, que é o orixá que faz nossos corações
baterem com mais força e cria em nossas mentes os
sentimentos mais profundos, abusados, ousados e
desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o
fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É
a falta de medo das conseqüências de um ato
impensado no campo amoroso. Yansã rege o amor
forte, violento.
Características
AnimaisCabra amarela, Coruja rajada
BebidaChampanhe
ChacraFrontal e cardíaco
ComidasAcarajé (Ipetê, Bobó de
Inhame)
CorCoral (amarelo)
Data
4 de dezembro
Comemorativa
Dia da SemanaQuarta-feira
ElementoAr e Fogo
Ervas • Espirradeira
• Cajazeira Yor: (ẹ́kikà)
• Cambuí amarelo
• Embaúba Yor:
(àgbaó)
• Figueira Yor: (èso
ọ̀pọ̀tọ́)
• Abóbora Yor:
(élégédé)
• Alface Yor: (irú ẹ̀fọ́
kan) Ang: (Zalata)
• Altéia
• Angico da folha miúda
• Bambu Yor: (dankó)
Ang: (Dianga)
• Caruru Yor: (ewé
tẹ̀tẹ̀)
• Casuarina Yor: (ewé
Ọya)
• Cinco Chagas Yor:
(kolẹ̀orọ́gba)
• Cravo da Índia
• Dormideira Yor:
(apẹ̀jẹ̀) Ang: (Kisaba
Musandala)
• Erva Prata Yor: (ewé
dìgì)
• Erva Tostão Yor:
(étìpọ́nlá)
• Espada de Yansã Yor:
(ewé ida Ọya)
• Eucalipto-limão
• Flamboyant Yor:
(sekeseke)
• Flamboyanzinho Yor:
(esa pupa)
• Flor de Lótus Yor:
(òṣibàtà)
• Folha de Fogo Yor:
(ewé inọ́n)
• Gengibre Yor: (ata
ile)
• Hortelã da Horta
• Inhame Yor: (isu)
• Jaborandi Yor:
(ìyèyé)
• Louro
• Manjericão Roxo Yor:
(efínrín pupa)
• Maravilha Yor:
(ẹ̀kelẹ̀yi)
• Mato Pasto Yor:
(àgbọ́là)
• Para Ráio Yor: (ewé
mẹsán)
• Parietária Yor: (ewé
monan)
• Pata de Vaca Rosa
Yor: (abàfè)
• Pinhão Branco Yor:
(bòtújẹ̀ funfun)
• Pinhão Roxo Yor:
(bòtujẹ̀ pupa) Ang:
(Kitote)
• Salsa da Praia Yor:
(gbọ̀rọ̀ ayaba)
• Taquaril Yor: (ewé
firírí)
• Trombeta Roxa Yor:
(eṣo felejẹ́)
• Jenipapo Yor: (bujè)
EssênciasPatchouli
Fio de ContasCoral (marrom, bordô,
vermelho, amarelo)
FloresAmarelas ou corais
Frutas
• Ameixa Yor: (èso kan
bí ìyeyè)
• Cajá Yor: (ìyeyè)
• Caqui
• Crideúva Yor: (àfẹ́rẹ̀)
• Figo Yor: (èso ọ̀pọ̀tọ́)
• Framboesa Yor: (ẹ́yà
àgbáyun kan)
• Laranja Yor: (ọsán)
• Maçã Yor: (èso òro
òyìnbó)
• Mamão Yor: (ìbẹ́pẹ́)
• Manga Yor:
(mángòrò)
• Manga Rosa
• Maracujá Yor:
(kankinse)
• Melão Yor: (ẹ̀gúsí)
• Morango Yor: (irú
èso dídùn kan)
• Nespereira
• Pêssego
• Romã Yor: (àgbá)
• Uva Yor: (èso àjara)
IncompatibilidadesRato, Abóbora.
MetalCobre
Numero9
PedrasCoral, Cornalina, Rubi,
Granada
PlanetaLua e Júpiter
Pontos da
Bambuzal
Natureza
SaudaçãoEparrei Oyá Odò Ọya
Saúde
SímboloRaio, Eruexim,Alfanje
SincretismoSanta Bárbara, Joana d'arc.
Qualidades
Ọya Biniká - Tem fundamento com Ọ̀ṣun
Opará
Ọya Seno - Tem fundamento com Òşùmàrè.
Ọya Abomi - Tem fundamento com Şàngó e
Ọ̀ṣun
Ọya Gunán - Tem fundamento com Şàngó
Ọya Bagán - Não tem cabeça. Come com Èşù,
Ògún e Ọ̀ṣọ́ọs̀ i. Tem caminhos com Egun
Ọya Onìrá (Nação Cabinda)
É uma Yansã com algumas
características diferentes do padrão de
Yansã, como por exemplo o fato de ela
se dar muito bem com Ọ̀ṣun, e até
mesmo as cores Próprias - como são
suas mais clarinhas e suaves, com tons
de azul e rosa, coral e amarelo muitas
vezes, diferente das cores fortes de
Yansã como o vermelho. Nem porisso
ela deixa de ser uma guerreira, e de ser
agressiva e violenta.
Na verdade Ònírá orixá é um
"independente". Acho que foi no Brasil
que se ligou uma Yansã Ònírá,
exatamente por ela ser guerreira
também, e por ela ter os Eguns ligação
com. Mas é uma mãe da água doce,
como Ọ̀ṣun, daí a sua identificação com
ela. Segundo a lenda, foi quem ensinou
Ọ̀ṣun Ònírá um lutar.
Em Cuba, chega-se a associar um Ònírá
Ogum
Yansã Ònírá - é uma qualidade de
Yansã (Ọya), guerreira, mas que é uma
ninfa das águas doces, com ligação
direta com o culto dos Eguns (almas). É
a dona do "atori", uma pequena vara
usada no culto de Òşàlà para chamar os
mortos na intenção de fazê-los participar
da cerimônia. A função do "atori" é a
de, assim que ao ser tocada batida no
chão, que se faça o poder de fazer reinar
a paz no local ou na vida de alguém e
trazer-lhe abundância. O "atori" também
tem a força de mandar chover
regularmente para trazer a
prosperidade."Yansã Ònírá" deu a
Oşoguian o "atori" e seu poder de
exercê-lo, além de ter lhe ensinado o
fundamento e como usá-lo.
Em anos regidos por Oşoguian, é
preciso agradar muito a essa qualidade
de Yansã para que ela permita que,
através dela, Oşoguian traga a paz e a
abundância."Yansã Ònírá" é a mãe de
criação de "Logun-Edé Apanan". Por
isso, toda oferenda para essa orixá,
deverá também ser oferecido um agrado
a essa qualidade do orixá Logun-
Edé."Yansã Ònírá" reina no mundo dos
mortos e tem ligação direta com
Ọbalúwaìye e Ògún, sendo que sua
ligação maior é com "Ọ̀ṣun Opará", que
recebeu dessa qualidade de Yansã os
ensinamentos para lutar e ser guerreira.
Foi "Yansã Ònírá" que ensinou "Ọ̀ṣun
Opará" a lutar."Ọ̀ṣun Opará" ser tornou
então, companheira inseparável de
"Yansã Ònírá", comendo juntas no
bambuzal ou nos rios e tendo aprendido
os fundamentos dos Eguns. Sendo
assim, essa qualidade de Ọ̀ṣun, também
tem relação direta com os Eguns
(almas). Quando "Yansã Ònírá" e "Ọ̀ṣun
Opará" se juntam, se tornam muito
perigosas pois têm em dobro a força e a
sabedoria dos guerreiros Oşoguian,
Ògún e Obaluwaye. Veste o coral e
amarelo, contas iguais.
Ọya Kodun - eró com Oşoguian
Ọya Maganbelle - esse caminho mostra a
dificuldade quanto à geração de filhos. Tem
fundamento com Iroko e Şàngó. Seu
assentamento deve ser feito aos pés de Iroko.
Ọya Yapopo
Ọya Onisoni - Tem fundamento com Omulu
Ọya Bagbure - Não tem fundamento com
nenhum Orixá. Parece pertencer ao culto de
Egunguns
Ọya Tope - Tem ligação com Şàngó e veste-se
de branco. Tem fundamento com Ògún e Èşù.
Ọya Filiaba - Tem fundamento com Ọmọlú
Ọya Semi - Tem fundamento com Ọbalúwaìye
Ọya Sinsirá - Tem fundamento com
Ọbalúwaìye
Ọya Sire - Tem fundamentos com Ọ̀sónyìn e
Ayrá.
Ọya Mẹsán ou Yansã - mais velha das Ọya,
conhecida mesmo como Yansã. (Nação
Batuque)
Ọya Timboá - Ligada aos desapegado, sem
rumo, ligada aos que moram na rua,
fundamento com Bara Lóde. (Batuque,
Cabinda)
Ọya Dirã - ligada aos eguns, muito semelhante
a Ọya Gbálé ou IGbálé. (Nação Batuque,
Cabinda)
Ọya Fúnka - senhora das tempestades, que
espalha ao redor (Nação Cabinda)
Ọya Lariwo - como trovão (Cabinda)
Ọya Lóde - Adjuntó com Bara Lóde (Batuque)
Ọya Gbálé ou IGbálé
1. Ọya Gbálé Funán - Afefe Yku Funan: A
Senhora do Fogo e dos ventos da Morte.
Caminha com Ògún e Ọbalúwaìye. Tem
caminhos também com Egun e Ikú. Veste
branco e pode usar azul-claro.
2. Ọya Gbálé Fure - Usa uma foice na mão
esquerda e um eruexim na direita. Veste branco
e por cima das vestes a palha da costa. Dança
como se estivesse carregando na cabeça uma
enorme cabaça. Em suas vestes são penduradas
pequenas cabaças, no tornozelo direito uma
pulseira de aço. Tem ligação direta com o culto
aos Eguns. Preside a vida e a morte.
3. Ọya Gbálé Guere - uma de suas formas. Tem
forte fundamento com Ògún e Ọmọlú
4. Ọya Gbálé Toningbe
5. Ọya Gbálé Fakarebo - Não é feita em seus
eleitos. É a verdadeira dona do ebó, é a ela que
é entregue todos os ebós. Seus caminhos levam
diretamente a Èşù e Egun. Seus rituais são
todos feitos no murim, cabaças e porrões.
6. Ọya Gbálé De
7. Ọya Gbálé Min
8. Ọya Gbálé Lario
9. Ọya Gbálé Adagangbará - Tem fundamento
com Èşù
Sincretismos
9 Filhos de Ọya
Ọya teve nove filhos, uns dizem que foi com Ógùn,
outros que foi com Şàngó , oito nasceram mudos e o
último nasceu um ÉGÚN e graças aos sacrifícios
recomendados por IFÀ, nasceu com o poder de falar
com voz estranha e sobrenatural, chamada SEGI , que
imita a voz do macaco africano chamado IJIMARÈ,
macaco que é consagrado aos ÉRÉS.
1. IMALEGÃ - Nasceu no primeiro dia do
EBOYKÙ, arrancado do ventre de Ọya pelas
ÌYÁMI, e foi envolvido em abanos;
2. IORUGÃ - Foi envolvido na palha seca e
alimentado com talos de bananeira. Nasceu com
avaidade de Ọya e é o preferido;
3. AKUGÃ - Nasceu no terceiro dia da
tempestade e foi criado nas touceiras de bambu.
É rebelde. Não se deve tocar o chão do
bambuzal;
4. URUGÃ - Alimenta-se das folhas da bananeira
e esconde-se nas florestas. Faz buracos;
5. OMORUGÃ - Alimenta-se do pó do bambu
que está caído no chão. Vive no milharal e fica
escondido nos bambuzais observando os seres
humanos;
6. DEMÓ - Ọya cobriu-o de lama para saber os
segredos de seus inimigos. Usa pele de búfalo
para acompanhar ÒSÓÒSÌ;
7. REIGÁ - Acompanha os mortos e ronda os
cemitérios. Esconde-se nas grandes árvores dos
cemitérios e ronda as sepulturas a procura de
objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas;
8. HEIGÁ - É violento e vive perseguindo o ORI
do ser humano. Propicia desastres e desordens;
9. EGUN EGUN - Filho de Şàngó. Ọya preparou-
o para combater. Êle se apossa do ser humano,
fazendo-o cometer desatinos.
Carrega um par de chifres que deu a seus filhos,
dizendo-lhes que se precisassem dela batesse um no
outro que ela viria de onde estivesse para acudi-los,
também um instrumento de madeira com o rabo do
búfalo que serve para afastar os ÉGÚNS , é o
ORUKERÉ.
Atribuições
Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e,
com um de seus magnetismos, alterar todo o seu
emocional, mental e consciência, para, só então,
redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o
aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da
evolução.
Características dos Filhos de Yansã
Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo.
Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e
extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta
de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser
contrariado, pouco importando se tem ou não razão,
pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito
alegre e decidido. Questionado torna-se violento,
partindo para a agressão, com berros, gritos e choro.
Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de
preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo
na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em
seus gestos demonstra o momento que está passando,
não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não
tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito
aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra,
e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe
prejudica o convívio social.
Yansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar,
vai à guerra. São assim os filhos de Yansã, que
preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano
repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto
competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera.
Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia
militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de
Ògún, os filhos de Yansã costumam ser mais
individualistas, achando que com a coragem e a
disposição para a batalha, vencerão todos os
problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa
aquelas figuras que repentinamente mudam todo o
rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez
uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a
pessoa mude completamente de código de valores
morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer
com os filhos de Yansã num dado momento de sua
vida.
Da mesma forma que o filho de Yansã revirou sua vida
uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar
à conclusão de que estava enganado e, algum tempo
depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical
ainda que a anterior.
São de Yansã, aquelas pessoas que podem ter um
desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num
acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é
mais desconcertante, momentos após extravasar uma
irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à
todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Yansã são atirados, extrovertidos e
chocantemente diretos. Às vezes tentam ser
maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de
Yansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus
objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito
irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam
de repente e podem terminar mais inesperadamente
ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer
traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser
amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso
pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais
múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o
que não as impede de continuarem muito ciumentas
dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas
quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a
uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande
dificuldade de relacionamentos duradouros com os
filhos de Yansã. Se por um lado são alegres e
expansivos, por outro, podem ser muito violentos
quando contrariados; se têm a tendência para a
franqueza e para o estilo direto, também não podem ser
considerados confiáveis, pois fatos menores provocam
reações enormes e, quando possessos, não há ética que
segure os filhos de Yansã, dispostos a destruir tudo
com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os
poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.
Cozinha Ritualística
Acarajé
Ingredientes
○ 3k de feijão fradinho;
○ 2 cebolas médias;
○ 300g de camarões secos;
○ 1 alguidar grande;
○ velas brancas;
○ azeite de dende;
○ sal e pimenta;
Preparo
Deixar o feijão fradinho de
molho na véspera do preparo.
Escorra a água e reire todas as
cascas (as cascas e o olho do
feijão). Passe o feijão pela
moenda, deixando uma vasilha
limpa embaixo para aparar o
caldo, que será usado depois. Os
camarões e as cebolas também
devem ser moidos junto com os
feijões.
Com uma colher de pau, bata
bem a massa, juntando aos
poucos o caldo que ficou
reservado. Bata bastante até a
massa ficar consistente e fofa.
Tempere com sal e pimenta a
gosto.
Em um tacho, coloque bastante
azeite de dendê, deixando
aquecer bem para fritar os
acarajês. Usando duas colheres
de pau, modele os bolinhos,
colocando-os delicadamente para
fritar. Coloque três acarajés na
primeira remessa, que, depois de
esfriar, deverão ser oferecidas
para Oyá. Frite o restante, num
mínimo de nove e no máximo
três vezes nove.
A oferenda poderá ser feita perto
de um taquaral (nunca dentro
dele, só em volta; se você
encontrar formigueiro ou
cupinzeiro, escolha outro lugar),
lugares altos, ou na mata
fechada. Fazer pedidos de
prosperidade, boa oxigenação do
corpo (cura de doenças
respiratórias), ajudar a vencer
obstáculos que os inimigos se
rendam perante você, etc. Ñão
esqueça de pagar Exú (sempre
primeiro) e acender uma vela
para localizar a oferenda.
O acarajé, de preferência, deve
ser preparado por uma filha de
Oyá, que não deve conversar
com ninguêm enquanto estiver
preparando esse prato. O
silÊncio absoluto é muito
importante para não desandar a
massa.
Broto de bambu
Ingredientes
○ 3 brotos de bambu grande;
○ 2 cebolas médias;
○ 3 pratinhos de barro;
○ 2k de feijão fradinho;
○ 200g de camarões secos;
○ coco ralado;
○ 1 alguidar grande;
○ velas brancas;
○ azeite de dende;
○ sal e pimenta;
Preparo
Afervente o broto de bambu com
casca e reserve. cozinhe o feijão
fradinho até amolecer,
escorrendo a àgua depois de
pronto. Em uma panela com
azeite, refogue as cebolas
picadas e os camarões. Junte o
feijão, o sal e a pimenta,
deixando ferver um pouco.
Coloque tudo no alguidar
previamentre lavado com água e
mel. Os três brotos de bambu
devem ser enfiados no feijão,
deixando as pontas para cima.
Coloque os trÊs pratinhos,
enfiados no feijão, nas bordas do
alguidar.
A oferenda poderá ser feita perto
de um taquaral (nunca dentro
dele, só em volta; se você
encontrar formigueiro ou
cupinzeiro, escolha outro lugar),
lugares altos, ou na mata
fechada. Fazer pedidos de
prosperidade, boa oxigenação do
corpo (cura de doenças
respiratórias), ajudar a vencer
obstáculos que os inimigos se
rendam perante você, etc. Ñão
esqueça de pagar Exú (sempre
primeiro) e acender uma vela
para localizar a oferenda.
Essa comida, de preferência,
deve ser preparada em silêncio
absoluto.
Bobó de Inhame
Ingredientes
○ 3 inhames;
○ 200g de camarões secos;
○ 2 cebolas médias;
○ 1 alguidar grande;
○ velas brancas;
○ azeite de dende;
○ gengibre, alho, sal e pimenta;
Preparo
Cozinhe os inhames com a casca
e deixe-os escorrer para que
fiquem bem enxutos. Amasse-os.
Ponha o azeite de dendê numa
panela, junte os camarões secos,
a cebola, o alho, o gengibre, a
pimenta e uma colherinha de sal.
Refogue bem. Acrescente os
camarões frescos, inteiros, e
refogue mais um pouco. Junte o
inhame amassado como um purê
pouco a pouco, às colheradas,
mexendo sempre. Cozinhe até
endurecer.
Essa comida, de preferência,
deve ser preparada em silêncio
absoluto.
Ipetê
Ingredientes
○ 3 inhames;
○ 200g de camarões secos;
○ velas brancas;
○ azeite de dende;
○ salsa, sal e pimenta;
Preparo
Cozinhe inhames descascados
em água pura sem sal. Frite, a
seguir, os inhames cozidos e
cortados em rodelas no azeite de
dendê e separe. No próprio
azeite que usou para a fritura,
coloque o camarão seco
descascado e picado e salsa, de
modo a fazer um "molho".
Coloque os inhames fritos num
prato e regue-os com esse
"molho".
Essa comida, de preferência,
deve ser preparada em silêncio
absoluto.
Lenda de Yansã
Yansã passa a dominar o fogo
Şàngó enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim
de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe
permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz.
Ọya, desobedecendo às instruções do esposo,
experimentou esse preparado, tornando-se também
capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Şàngó,
que desejava guardar só para si esse terrível poder.
Como os chifres de búfalo vieram a ser utilizados no
ritual do culto de Oià-Yansã
Ògún foi caçar na floresta. Colocando-se à espreita,
percebeu um búfalo que vinha em sua direção.
Preparava-se para matá-lo quando o animal, parando
subitamente, retirou a sua pele. Uma linda mulher
apareceu diante de seus olhos, era Yansã. Ela escondeu
a pele num formigueiro e dirigiu-se ao mercado da
cidade vizinha. Ògún apossou-se do despojo,
escondendo-o no fundo de um depósito de milho, ao
lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado fazer a
corte à mulher-búfalo. Ele chegou a pedi-la em
casamento, mas Ọya recusou inicialmente. Entretanto,
ela acabou aceitando, quando de volta a floresta, não
mais achou a sua pele. Ọya recomendou ao caçador a
não contar a ninguém que, na realidade, ela era um
animal. Viveram bem durante alguns anos. Ela teve
nove crianças, o que provocou o ciúme das outras
esposas de Ògún. Estas, porém, conseguiram descobrir
o segredo da aparição da nova a mulher. Logo que o
marido se ausentou, elas começaram a cantar: 'Máa je,
máa mu, àwo re nbe nínú àká', 'Você pode beber e
comer (e exibir sua beleza), mas a sua pele está no
depósito (você é um animal)'.
Ọya compreendeu a alusão; encontrando a sua pele,
vestiu-a e, voltando à forma de búfalo, matou as
mulheres ciumentas. Em seguida, deixou os seus
chifres com os filhos, dizendo: 'Em caso de
necessidade, batam um contra o outro, e eu virei
imediatamente em vosso socorro.' É por essa razão que
chifres de búfalo são sempre colocados nos locais
consagrados a Yansã.
As Conquistas de Yansã
Yansã percorreu vários reinos, foi paixão de Ògún,
Oşoguian, Èşù, Ọ̀ṣọ́ọs̀ i e Logun-Edé. Em Ifé, terra de
Ògún, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com
ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em
Oxogbô, terra de Oşoguian, aprendeu e recebeu o
direito de usar o escudo. Deparou-se com Èşù nas
estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios
do fogo e da magia. No reino de Ọ̀ṣọ́ọ̀si, seduziu o
deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo
e se transformar naquele animal (com a ajuda da magia
aprendida com Èşù). Seduziu o jovem Logun-Edé e
com ele aprendeu a pescar. Yansã partiu, então, para o
reino de Ọbalúwaìye, pois queria descobrir seus
mistérios e até mesmo conhecer seu rosto, mas nada
conseguiu pela sedução. Porém, Ọbalúwaìye resolveu
ensinar-lhe a tratar dos mortos. De início, Yansã
relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e
aprendeu a conviver com os Eguns e controlá-los.
Partiu, então, para Oyó, reino de Şàngó, e lá acreditava
que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver
ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão,
Yansã aprendeu muito mais, aprendeu a amar
verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois
Şàngó dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o
seu coração.
Yansã Ganha de Ọbalúwaìye o Poder Sobre os Mortos
Chegando de viagem à aldeia onde nascera,
Ọbalúwaìye viu que estava acontecendo uma festa com
a presença de todos os orixás. Ọbalúwaìye não podia
entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então
ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ògún, ao
perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa
de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente,
e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos
festejos. Apesar de envergonhado, Ọbalúwaìye entrou,
mas ninguém se aproximava dele, nenhuma mulher
quis dançar com ele.
Yansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela
compreendia a triste situação de Ọbalúwaìye e dele se
compadecia. Yansã esperou que ele estivesse bem no
centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira)
estava animado. Os orixás dançavam alegremente com
suas ekedes. Yansã chegou então bem perto dele e
soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse
momento de encanto e ventania, as feridas de
Ọbalúwaìye pularam para o alto, transformadas numa
chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo
barracão. Ọbalúwaìye, o deus das doenças,
transformara-se num jovem belo e encantador.
O povo o aclamou por sua beleza. Ọbalúwaìye ficou
mais do que contente com a festa, ficou grato. E, em
recompensa, dividiu com ela o seu reino. Yansã então
dançou e dançou de alegria. Para mostrar a todos seu
poder sobre os mortos, quando ela dançava agora,
agitava no ar o eruexim (o espanta-mosca com que
afasta os eguns para o outro mundo). Yansã tornou-se
Yansã de Balé, a rainha dos espíritos dos mortos, a
condutora dos eguns, rainha que foi sempre a grande
paixão de Ọbalúwaìye.
Yansã - Orixá dos Ventos e da Tempestade !!!
Oxaguiam estava em guerra, mas a guerra não acabava
nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ògún
fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiam pediu
a seu amigo Ògún urgência, Mas o ferreiro já fazia o
possível. O ferro era muito demorado para se forjar e
cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto
reclamou Oxaguiam que Ọya, esposa do ferreiro,
resolveu ajudar Ògún a apressar a fabricação. Ọya se
pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro
avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado
derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ògún pode
fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a
guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ògún. E na
casa de Ògún enamorou-se de Ọya. Um dia fugiram
Oxaguiam e Ọya, deixando Ògún enfurecido e sua
forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra
e quando precisou de armas muito urgentemente, Ọya
teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de
Oxaguiam, onde vivia, Ọya soprava em direção à forja
de Ògún. E seu sopro atravessava toda a terra que
separava a cidade de Oxaguiam da de Ògún. E seu
sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e
tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com
furor. E o povo se acostumou com o sopro de Ọya
cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto
mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das
armas, mais forte soprava Ọya a forja de Ògún. Tão
forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando
casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias.
O povo reconhecia o sopro destrutivo de Ọya e o povo
chamava a isso tempestade.
Ọya Mẹsán Òrun
(aquela que retorna a terra): É a Deusa dos mortos. É
Ligada diretamente ao culto de Egun, por isso é a
senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sobre os
mortos, trazendo consigo uma falange de Egun que ela
controla, pois todos temem seu poder. O culto a Egun
nasceu nas mãos de igbalé quando ela fora buscar uma
substancia que permitia a Şàngó soltar fogo pelas
narinas. Ọya ficou sabendo que o povo Tapa iria
invadir a cidade de Baribas, então forrou na beira de
um rio um pedaço de pano vermelho, colocou algumas
cabaças, evocou os mortos e aquele pano tomou vida e
saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os
para correrem apavorados. Devido a sua ligação com
Egun é proibido vesti-la de vermelho, sua vestimenta é
branca.
Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos. Senhora dos
Raios e das Tempestades. Ọya, mais conhecida no
Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de
Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei
Elempe e neta de Torossi(mãe de Şàngó), conquistou
com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o
trono de Oyó. Conhecedora de todos os meandros da
magia encantada, nunca se deixou abater por guerras,
problemas e disputas. Foi mulher de seu primo Şàngó e
ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao
Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de
sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo. Ọya é a menina
dos olhos de Òşàlà, seu protetor, e a única divindade
que entra no Ibalé dos Eguns(mortos). Na Bahia é
sincretizada com Santa Bárbara. Divindade ctoniana,
Iyansã tem ligações com o mundo subterrâneo, onde
habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de
enfrentar os eguns. Entre as dezessete individuações da
multifária Iyansã, uma delas é como Deusa dos
Cemitérios (porem com alegação de Jegba, Ilha Fluvial
onde moravam as IyGbálés e lá onde fazia-se a
cremação dos mortos)
Além do contato com os mortos, Iyansã também
favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses
ctonianos. Deusa das tempestades, contribui para a
fertilidade do solo. Divindade eólica, sopram os ventos
que afastam as nuvens, para a passagem dos raios
desferidos por Şàngó. E é o raio que abre os
reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação
comum em todas as mitologias. Nossa amada mãe
Iyansã possui vinte e uma Iyansãs intermediárias, que
são assim distribuídas: Sete atuam junto aos pólos
magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás regentes
dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da
Lei segundo os princípios da Justiça Divina, recorrendo
aos aspectos positivos da Orixá planetária Iyansã. Sete
atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e
auxiliam os orixás regentes dos pólos negativos, onde
entram como aplicadoras da Lei segundo seus
princípios, recorrendo aos aspectos negativos da orixá
planetária Iyansã. Sete atuam nas faixas neutras das
dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios
da Lei, ou direcionam os seres para as faixas
vibratórias positivas ou os direcionam para as faixas
negativas. Como seus campos preferenciais de atuação
são os religiosos, não é de se estranhar que nossa
amada mãe Iyansã intermediária para a linha da Fé nos
campos do Tempo seja confundida com a própria Ọya,
já que é ela quem envia ao tempo os eguns fora-da-Lei
no campo da religiosidade. Iyansã do Tempo, não
tenham dúvidas, tem um vasto campo de ação e colhe
os espíritos desvirtuados nas coisas da Fé, enviando-os
ao Tempo onde serão esgotados. Mas, não tenham
dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-
los, só optando por enviá-los a um campo onde o
magnetismo os esvazia quando vê que um esgotamento
total em todos os sete sentidos é necessário. E isto o
Tempo faz muito bem! Já IyGbálé é outra intermediária
de nossa mãe maior lansã que é muito solicitada e
muito conhecida, porque atua preferencialmente sobre
os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que
dão sustentação à vida e, como vida é geração e Ọmọlú
atua no pólo negativo da linha da Geração, então ela
envia aos domínios de Ọmọlú todos os espíritos que
atentaram contra a vida de seus semelhantes ao
desvirtuarem os princípios da Lei e da Justiça Divina.
Logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do
orixá Ọmọlú, que rege sobre o lado de "baixo" do
campo santo.
Iyansã é uma Deusa ligada à manifestação do feminino
na fase crescente, trazendo em si a qualidade do
movimento. Une passado com o futuro, o lado sombrio
da Lua com o lado iluminado, que anuncia um novo
começo. Iyansã está ligada com o número 9, que é o
movimento puro.
As filhas de Iyansã são mulheres audaciosas,
poderosas, autoritárias e dinâmicas. Estão sempre
procurando algo para se ocupar, são cheias de iniciativa
e determinação. São mulheres que nunca passam
despercebidas, pois são combativas, teimosas e
temperamentais, mas também podem ser doces e
meigas, quando possuem interesse em seduzir algum
homem. É também uma mulher que está ligada ao
passado, ao coletivo, pela origem comum da
necessidade fertilizadora do feminino e está ligada ao
futuro pela necessidade de diferenciação, que a tirará
do coletivo e a jogará sempre para frente, para o novo.
É inconformada e inquieta, está voltada para o impulso
de empreender coisas, de realizar seu poder criativo. A
atualização dessa força criadora dependerá da forma
como ela direcionar esta energia, que muitas vezes
pode ser desviada para outros fins, ou ser esvaziada.
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se
Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado,
espalha-se pelas principais cidades através de seus
afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o
nome Odò Ọya, já que ya, em Yoruba, significa rasgar,
espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa
da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos,
do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn,
Iyansã (Yánsàn). Embora seja saudada como a deusa
do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na
realidade, indica a união de elementos contraditórios,
pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um
raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do
fogo-Omo Iná. A tempestade é o poder manifesto de
Iyansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se
fecha sem chover. Iyansã é uma guerreira por vocação,
sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-
dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no
fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu
amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção
que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma,
passou a identificar-se muito mais com todas as
atividades relacionadas com o homem, que são
desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os
afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino
tradicional. Iyansã é a mulher que acorda de manhã,
beija os filhos e sai em busca do sustento. Algumas
passagens da história de Iyansã relacionam-na com
antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade,
e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou
búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas
histórias. Iyansã é a única que pode segurar os chifres
de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi
capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da
guerra e da caça. Ọya é a mulher que sai em busca do
sustento; ela quer um homem para amá-la e não para
sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua
lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e
vence.
Nove tipos de Òrun
1. Ọ̀run Rere - Espaço reservado para aqueles
que foram bons durante a vida.
2. Ọ̀run Alàáfià - Espaço de muita paz e
tranquilidade, reservado para pessoas de gênio
brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.
3. Ọ̀run Funfun - Reservado para os inocentes,
sinceros, que tenha pureza de sentimento,
pureza de intenções.
4. Ọ̀run Bàbá Eni - Reservado para os grandes
sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás,
yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.
5. Ọ̀run Afẹ̀fẹ̀ - Local de oportunidades e
correção para os espíritos, possibilidades de
reencarnação, volta ao Aiye.
6. Ọ̀run Ìsòlú ou Àsàlú - Local de julgamento por
olodumare para decidir qual dos respectivos
oruns o espírito será dirigido.
7. Ọ̀run Àpáàdì - Reservado para os espíritos
impossíveis de ser reparados.
8. Ọ̀run Burúkú - Espaço ruim, ibonan "quente
como pimenta", reservado para as pessoas más.
9. Ọ̀run Mare - Espaço para aqueles que
permanecem, tem autoridade absoluta sobre
tudo o que há no céu e na terra e são
incomparáveis e absolutamente perfeitos, os
supremos em qualidades e feitos, reservado à
Olodumare, olorun e todos os orixás e
divinizados.
Saiba Mais
Umbanda
Umbanda - Trono da Lei
Umbanda - Trono da Fé
Umbanda - Trono da Justiça
Qualidades
Ọya Onìrá
Mitologia
Mitologia Grega - Hera
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Referências
Sociedade Espiritualista Mata Virgem
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um amigo 22/11/2010
Comentários(6)
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13/06/2011 10:44:17 por :kacia
mutumba para vc, gostaria de saber se existe dis tipos de funan
ou se um so pois em alguns sites da minha pesquiza tem igbale
funan e oya funan e a mesma coisa e alguma coisa sobre sua
historia
Oya Lóde = Oya com adjuntó com Bara (no batuque, RS)
Oba Lóde = Obá com adjuntó com Bara (no batuque, RS)
LOGUN-EDÉ
É um Orixá ligado as águas (doces e salgadas) e à floresta. É pescador e caçador.
Traz consigo
a ilusão. Logun-Edé foi criado da ilusão de Oxum e Oxossi.
Logo é um jovem bonito, orgulhoso e vaidoso.
È um dos poucos Orixás que não é filho de Oxalá com Iemonjá, ou Oxalá
com Nana.
PERSONALIDADE: Astucioso, sonhador, comunicativo, cativa as amizades,
inteligente, lutadores, fazem
charme para conseguir determinadas coisas, geralmente tem problemas amorosos,
desconfiados,
ajudam os amigos.
FILIAÇÃO: Oxum e Oxossi.
PAÓ: 3 batidas de palma, bem espaçadas, levantando-se de cada vez as mãos
fechadas, adiante e para
cima, lentamente. Em seguida, 7 batidas lentas para a frente e as três de
reverência, seguindo-se o
adobale.
SÍMBOLO: Ofá, Abébé e capangas.
DIA: Quinta-feira ou Sábado
CORES: Azul claro e branco.
ANIMAIS: galo, coelho, pavão e cabrito.
METAL: latão
Logun-Edé, chamado geralmente apenas de Logun, é o ponto de encontro entre os
rios e florestas, as
barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha
nos dias quentes
pelas florestas. Logun representa o encontro de naturezas distintas sem que ambas
percam suas
características. É filho de Oxóssi com Oxum, dos quais herdou as características.
Assim, tornou-se o
amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os
homens, como as
plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da
beleza masculina.
Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais
virtudes.
Dizem os mitos que sendo Oxóssi e Oxum extremamente vaidosos, não puderam
viver juntos, pois
competiam pelo prestigio e admiração das pessoas e terminaram separando-se.
Ficou combinado entre
eles que Logun-Edé viveria seis meses nas águas dos rios com Oxum e seis meses
nas matas, com seu
pai Oxóssi. Ambos ensinariam a Logun a natureza dos seus domínios. Ele seria
poderoso e rico, além
de belo.
No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia,
curioso a respeito da
beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-
Edé vestindo-se de
mulher fosse espiá-la no banho. Como Oxum estivesse vivendo seu romance com
Xangô, tio de Logun,
e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logun,
Oxum aproveitou a
oportunidade para punir Logun com sua transformação num orixá meji
(hermafrodita) e abandoná-lo
na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logun
para casa onde,
juntamente com Ogum, passa a criá-lo e educa-lo.
Com Ogum Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja e com Iansã o amor à
liberdade. Diz o mito
que Logun tinha tudo, menos amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando
roubada de Ogun por
Xangô, abandona Logun com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre
Xangô e Logun, já
que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe.
Em outro episódio Logun vai brincar nas águas revoltas (a deusa Obá, também
esposa de Xangô) e
esta tenta matá-lo como vingança contra Oxum que lhe fizera uma enorme
falsidade. Oxum, vendo em
seu jogo de búzios o que estava sucedendo com seu filho abandonado, pede a
Orunmilá que o salve e
este, que sempre atendia às preces da filha de Oxalá, faz uma oferenda a Obá que
permite então que
os pescadores salvem Logun-Edé, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia,
os pescadores, as
navegações pelos rios e todos os que vivessem à beira das águas doces.
Logun nunca se casou , devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua
companhia predileta é Ewá,
que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.
Cor: Azul e amarelo
Número: 3
Dia da semana: quinta-feira
Comida: milho e coco, peixes
Símbolo: ofá (arco e flecha) e abebê (espelho de mão)
Saudação: Loci loci, Logun!
LOGUN-EDÉ ("príncipe aclamado")
Logum, orixá andrógino, filho de Erinlê (qualidade de Oxóssi) e Oxum-Okê (Oxum
guerreira) que vive
nas montanhas, cujo culto é feito, apesar de raro, em Ijexá, Nigéria. Orixá com
muitos adeptos no Rio
de Janeiro. Representa o príncipe das matas e caça, já que Oxóssi é o rei. Durante
seis meses do ano
vivia nas matas com o pai Oxóssi, alimentando-se da caça e, os outros seis meses
vivia nas águas com
sua mãe Oxum, abastecendo-se de peixes. Ele representa a síntese desses dois
orixás. Esta síntese
também está presente nas suas vestimentas, instrumentos e oferendas. Seu otá é
composto de duas
pedras, uma retirada da mata e outra retirada das águas (rios e cachoeiras). Logum
dança ora como o
pai, ora como a mãe.
Logum-Edé é a beleza em pessoa, o encanto dos jovens, o namoro, o flerte. Ele
rege a ingenuidade do
jovem, a adolescência. Seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, na
primeira
oportunidade de "mãos dadas", no primeiro carinho. É também o deus da arte, o
príncipe daquilo que é
belo e terno, da alegria e jovialidade. Porém, de gênio imprevisível, encontramos
Logum-Edé na
intriga, no segredo maldoso, pois ele é capcioso, matreiro, inventivo, meio moleque.
Conta a lenda que seus pais brigavam muito, achando melhor viverem separados.
Oxóssi na montanha
e Oxum no seu domínio, onde havia água e uma cachoeira. Por gostar muito dos
dois, como era um
grande feiticeiro, preparou uma poção na qual durante seis meses teria
características masculinas,
usando um ofá para caça e usando roupas azul turquesa, e nos outros seis meses
assumiria
características femininas, usando roupas amarelo-douradas e empunhando um
abebê. Um dia Logum
estava com sua mãe, entediado resolveu dar uma volta, caminhou e chegou em Ifé
(reino de Ogum).
Com seu jeito, cativou Ogum e foi morar com ele. Preocupada com a demora do
filho, Oxum foi
procurá-lo, e tal foi seu espanto quando o encontrou morando com Ogum. Irada,
expulsou-o de casa.
Logum não entendendo o que se passava, foi procurar o pai, Oxóssi, que também o
colocou para fora
de casa.
Desesperado, andou até Oió, encontrando Oia-Iansã que o acolheu e o proclamou
príncipe, por sua
formosura, apesar da pouca idade. Sabendo da poção mágica, fez Logum bebê-la,
porém nada
adiantou pois seu efeito já tinha passado. Surpreendentemente, se transformou em
uma pessoa
andrógina.
LOGUN_EDÉ
O filho de Oxossi com Oxum e criado por Ogun e Inhansã, o principe pescador,
adoraçao do culto de
Oxum e a fase em que Oxum é sua vedadeira mãe é quando ela é Yeye Pondá.
Logun_Edé (Omo Ein)
filho do ovo descendente da fertilidade que é representada pelo ovo símbólo da
procriação.
Esta divindade habita, e se magnetiza com a graça e a beleza das águas de sua
mãe
e se encanta com a exuberância da floresta abundante de seu pai Oxossi, o
guerreiro caçador, que a
ele seu filho ensinou a arte de pescar e caçar como seu pai. Ele viveu em
companhia de Ogum
também, com quem aprendeu a arte de guerrear para conseguir se manter. Com
Oyá aprendeu a se
guiar pelo vento e a brincar com as tempestades em toda sua plenitude.
Logun_Edé é santo único, razão pela qual só se faz um yaô desse santo na casa
uma só vez a não ser
que o feito na casa venha falecer.
Se vocês pasarem a observar quando tem em um candomblé, mais de um
Logun_Edé virado você vai
notar neles umas tendências, um para o lado de Oxossi, outro para o lado de Oxum
sua mãe.
Suas vestes:
Azul claro - dourado - branco - bandas - bombacho - chapéu de banda com plumas
azuis e branca -
braçaletes - argolas de pescoço douradas - rêde - caniço-ofá - abebê etc.
QUALIDADES
EDÉ LOKO - Tem fundamento com Exú.
EDÉ YBAYN - Leva carrinhos e bolas de gude, pois êle é um recém nascido.
APANAN - Todos comem com Exú e Oxosse. Seus fundamentos estão com sua mãe
de
criação Onira, sem ela Logun não caminha. Toda pessoa de Logun tem que assentar
Onira e
toda pessoa de Onira tem que assentar Logun_Edé, assenta também, Ybualamo,
Yponda e
Opará.
Erinlè teria tido, com Oxum Ipondá, um filho chamado Lógunède (Logunedé), cujo
culto se faz ainda,
mas raramente, em Ilexá, onde parece estar em vias de extinção. No Brasil, tanto
na Bahia como no
Rio de Janeiro, Logunedé tem, entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por
particularidade viver
seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob as
águas de um rio,
comendo peixe. Esse deus, segundo se conta na África, tem aversão por roupas
vermelhas ou marrons.
Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu vestuário. O azul-
turquesa entretanto
parece ter sua aprovação.
ARQUÉTIPO
Erinlè teria tido, com Oxum Ipondà, um filho chamado Lógunède (Logunedé), cujo
culto se faz ainda,
mas raramente, em Ilexá, onde parece estar em vias de extinção. No Brasil, tanto
na Bahia como no
Rio de Janeiro, Logunedé tem, entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por
particularidade viver
seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob as
águas de um rio,
comendo peixe. Esse deus, segundo se conta na África, tem aversão por roupas
vermelhas ou marrons.
Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu vetuário. O azul-
turquesa entretanto
parece ter sua aprovação.
E
SSABAS DE LOGUN-EDÉ
Oripepê
LOGÚNÈDÉ CARRAPICHO
LENDA DE LOGUN-EDÉ
Logun, jovem bonito e alegre, foi criado com muito mimo. Se tornara um menino
desobediente.
Oxum (Rainha das águas doces), estava cuidando dos afazeres domésticos
enquanto Logun
brincava perto do rio. Oxum pediu para que não se aproximasse muito da margem,
pois aquele local
era muito perigoso. Logun, muito teimoso, esperou Oxossi (Senhor da caça) partir
para a floresta e sua
mãe se distrair, para tentar atravessar o rio por meio de um galho, que não
agüentou e Logun caiu no
rio e sumiu.
A grande ave azul sobrevoava a casa de Oxossi afim de proteger Logun e Oxum. A
ave voou até
a floresta e avisou Oxossi. A essa altura Oxum já estava em desespero, pois seu
único filho teria sido
engolido pelo rio.
Oxum começou a invocar Olorum, dizendo: “Olorum meu Pai, o senhor me deu o
poder de ser a
Rainha das águas e vejo meu único filho morrer no meu leito e nada posso fazer!”.
Oxossi, por sua vez disse: “Oh Grande Pai! Concedei-me a graça de ver meu filho
renascer das
águas!”.
Olorum resolvendo atender aos pais, ergue Logun do fundo do rio, mas adverte: “Aí
está seu
filho, que por teimosia quase não volta. De agora em diante ele será filho de
Ibualama e Iepondá!
Logun, seu castigo será cuidar dos rios, zelar pelas suas margens, cuidar da pesca e
proteger os
pescadores!”.
LENDA DE LOGUN
No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da natureza, não
permitindo que nada,
nem ninguém, o invadisse. Guardavam sua sabedoria como a um tesouro.
É nesse contexto que vivia a mãe das água doces, Oxun, e o grande caçador Odé.
Esses dois
orixás constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que
eram muito
próximos.
Odé ficava extremamente irritado quando o volume das águas aumentavam e
transbordavam
de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta. Oxun argumentava,
junto a ele, que sua
água era necessária à irrigação e fertilização da terra, missão que recebera de
Olorun. Odé não lhe
dava ouvidos, dizendo que sua caça iria desaparecer com a inundação.
Olorun resolveu intervir nessa guerra, separando bruscamente esses reinados, para
tentar
apaziguá-los.
A floresta de Odé logo começou a sentir os efeitos da ausência das águas. A
vegetação, que era
exuberante, começou a secar, pois a terra não era mais fértil. Os animais não
conseguiam encontrar
comida e faltava água para beber. A mata estava morrendo e as caças tornavam-se
cada vez mais
raras. Odé não se desesperou, achando que poderia encontrar alimento em outro
lugar.
Oxun, por sua vez, sentia-se muito só, sem a companhia das plantas e dos animais
da floresta,
mas também não se abalava, pois ainda podia contar com a companhia de seus
filhos peixes para
confortá-la.
Odé andou pelas matas e florestas da Terra, mas não conseguia encontrar caça em
lugar algum.
Em todos os lugares encontrava o mesmo cenário desolador. A floresta estava
morrendo e ele não
podia fazer nada.
Desesperado, foi até Olorun pedir ajuda para salvar seu reinado, que estava
definhando. O
maior sábio de todos explicou-lhe que a falta d’água estava matando a floresta,
mas não poderia
ajudá-lo, pois o que fez foi necessário para acabar com a guerra. A única salvação
era a reconciliação.
Odé, então, colocou seu orgulho de lado e foi procurar Oxun, propondo a ela uma
trégua. Como
era de costume, ela não aceitou a proposta na primeira tentativa. Oxun queria que
Odé se
desculpasse, reconhecendo suas qualidades. Ele, então, compreendeu que seus
reinos não poderiam
sobreviver separados, unindo-se novamente, com a benção de Olorun.
Dessa união nasceu um novo orixá, um orixá príncipe, Logun-Edé, que iria
consolidar esse
"casamento", bem como abrandar os ímpetos de seus pais. Logun sempre ficou
entre os dois, fixandose
nas margens das águas, onde havia uma vegetação abundante. Sua intervenção
era importante
para evitar as cheias, bem como a estiagem prolongada. Ele procurava manter o
equilíbrio da
natureza, agindo sempre da melhor maneira para estabelecer a paz e a fertilidade.
Conta uma outra lenda que as terras e as águas estavam no mesmo nível, não
havendo limites
definidos.
Logun, que transitava livremente por esses dois domínios, sempre tropeçava
quando passava de
um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam Logun muito irritado.
Um dia, após ter ficado seis meses vivendo na água, tentou fazer a transição para o
reinado de
seu pai, mas não conseguiu, pois a terra estava muito escorregadia. Voltou, então,
para o fundo do rio,
onde começou a cavar freneticamente, com a intenção de suavizar a passagem da
água para a terra.
Com essa escavação, machucou suas mãos, pés e cabeça, mas conseguiu fazer
uma passagem,
que tornou mais fácil sua transição. Logun criou, assim, as margens dos rios e
córregos, onde
passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas são bem aceitas nesse local.
OXUM:
Mãe e rainha das águas doces, esta ninfa é a Deusa da Nação Ijexá. É considerada a
Orixá que
está ligada ao ouro, a prosperidade e a criação, sendo responsável pelas crianças.
Todas as crianças
recebem a proteção de Oxum até os sete anos, após isso, são entregues ao Orixá
correspondente.
Oxum traz consigo o gosto da vingança. Os seus filhos são geralmente manhosos e
se metem
em fofocas facilmente.
Junto com Oyá, dão às mulheres um jeito sensual e faceiro. Por ser a Deusa do
amor, está
sempre presente no relacionamento amoroso das pessoas.
Oxum é uma divindade muito ligada à magia, com Yamí Oxorongá aprendeu a
................?
Oxum rege a fecundação, ela á a responsável pela multiplicação das células do
zigoto. Todos
temos uma forte ligação com o útero, uma vez que nos originamos nesse local.
PERSONALIDADE: Falsidade, gosto por intrigas, protetora, sua raiva leva ao
desequilíbrio emocional,
meiga dengosa, intuitiva, está ligada ao jogo de búzios e à magia, faz manha
quando quer as coisas.
PAÓ: Mesmo de Iemonjá.
Oxum é a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo
mundo sua água que
mata a sede, seus peixes que matam a fome, e o ouro que eterniza as idéias dos
homens nele
materializadas. Como as águas das rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da
terra. Ela dá de
beber as folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxóssi, esfria o aço forjado por
Ogum, lava as
feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de Oxumarê.
Oxum é por isso associada à maternidade, da mesma maneira que Iemanjá. Por sua
doçura e
feminilidade, por sua extrema voluptuosidade advinda da água, Oxum é
considerada a deusa do amor.
A Vênus africana. Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em
que encontraremos
Oxum, e também não podemos segura-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil
feminino. A
sedução. A deusa que seduziu a todos os orixás masculinos.
Diz o mito que Oxum era a mais bela e amada filha de Oxalá. Dona de beleza e
meiguice sem iguais, a
todos seduzia pela graça e inteligência. Oxum era também extremamente curiosa e
apaixonada. E
quando certa vez se apaixonou por um dos orixás, quis aprender com Orunmilá, o
melhor amigo de seu
pai, a ver o futuro. Como o cargo de oluô (dono do segredo) não podia ser ocupado
por uma mulher,
Orunmilá, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia a Oxum.
Oxum então seduziu Exu, que não pôde resistir ai encanto de sua beleza e pediu-lhe
roubasse o jogo
de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de Orunmilá. Para assegurar seu
empreendimento Oxum partiu
para a floresta em busca das Iyami Oshorongá, as perigosas feiticeiras africanas, a
fim pedir também a
elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Exu há
tempos, não
ensinaram Oxum a ver o futuro, pois sabiam que Exu já havia roubado os segredos
de Orunmilá, mas a
fazer inúmeros feitiços em troca de que a cada um deles elas recebessem sua
parte.
Tendo Exu conseguido roubar os segredos de Orunmilá, o deus da adivinhação se
viu obrigado a
partilhar com Oxum os segredos do oráculo e lhe entregou os 16 búzios com que
até hoje as mulheres
jogam. Oxum representa, assim a sabedoria e o poder feminino.
Em agradecimento a Exu, Oxum deu a Exu a honra de ser o primeiro orixá a ser
louvado no jogo de
búzios, e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim,
Oxum é também a
força da vidência feminina. Mais tarde, Oxum encontrou Oxóssi na mata e
apaixonou-se por ele. A
água dos rios e floresta tiveram então um filho, chamado Logun-Edé, a criança mais
linda, inteligente e
rica que já existiu.
Apesar do seu amor por Oxossi, numa das longas ausências destes Oxum foi
seduzida pela beleza, os
presentes (Oxum adora presentes) e o poder de Xangô, irmão de Oxossi, rompendo
sua união com o
deus da floresta e da caça. Como Xangô não aceitasse Logun-Edé em seu palácio,
Oxum abandonou
seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la
banhar-se no rio. Oxum
pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de
Iansã a deusa dos
raios que estava por perto. Oxum deu então seu filho a Iansã e partiu com Xangô
tornando-se, a partir
de então, sua esposa predileta e companheira cotidiana.
Cor: amarelo-ouro
Número: 5
Dia da semana: Sábado
Símbolo: abebê (espelho)
Comida: Ipetê, Omolocum (feijão fradinho com camarão)
Saudação: Ora ieieu, Oxum!
OXUM (rio que passa por Oxogbo, na Nigéria) .
Segunda esposa de Xangô, tendo vivido em outras épocas com Ogum e Oxóssi. Sua
morada é nas
cachoeiras e rios de água doce, onde costumam lhe entregar comidas e presentes.
Na África é
chamada Iyalode, cargo ocupado pela mulher mais importante da cidade.
Foi rainha de Oyó, onde as mulheres que queriam engravidar procuravam-na, sendo
respeitadíssima
como feiticeira. Como todos os outros orixás, existem diversos tipos de Oxuns, de
acordo com a
proximidade de uma tribo ou a profundidade do rio. Oxum pode ser maternal,
jovem feiticeira ou uma
guerreira.
Mãe da água doce, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a rainha
do Ijexá. Orixá da
prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da
mãe.
Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos,
regendo principalmente o
lado teimoso e manhoso, além daquele espírito maquiavélico que existe em todos
nós. No bom sentido,
Oxum " é o veneno das palavras", é o modo piegas das pessoas, é a forma
"metida", esnobe
apresentada principalmente pelo sexo feminino. É o cochicho, o segredinho, a
fofoca. Está encantada
nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas. Rege o charme, o it,
a pose; tudo que
está ligado à sensualidade, sutileza, ao dengo, sendo o sexo feminino o mais
influenciado. É o flerte, o
carinho. É o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível, não chegando a ser a
paixão. É o amor
verdadeiro; ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser
mais calmos e
românticos. É a deusa do amor. Oxum está muito intimamente ligada à magia, pois
é a divindade
africana mais ligada às yámi oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a
arte da magia,
estando esta arte ligada ao amor.
Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares
onde se
trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos
ourives. É o
próprio ouro. A regência mais fascinante de Oxum é o processo de fecundação. Na
multiplicação da célula mater, Exu entrega a regência para Oxum que vai cuidar do
embrião,
do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e
sadia na
barriga da mãe, onde no nascimento a entrega para Iemanjá, que lhe dará destino.
OXOSSI
Sincretismo- São Sebastião, São Jorge.
Dia da semana- Quinta feira
Festa votiva- Janeiro, abril, e no dia de Corpus Cristis, que
sempre cai no mês de junho, e sempre numa Quinta feira.
Cor- Azul claro.
Contas- Azul claro leitosos.
Agrados- Axôxô, comida feita com milho de galinha e coco,
espiga de milho cozida, pamonha, quibebe, curau, peixe
assado, canjica amarela, todas as qualidades de frutas.
Saudação- Okê- arô.
Indumentária- Azul clara, podendo adornar com o prata.
Capacete ou chapéu, plumas, ofá prata, erúkeré, 1 bolsa, 1
chifre castruado, braceletes.
Representação ou fetiche- Ofá, arco e flecha em ferro forjado,
par de ferradura, esporas, erukere.
Oferendas- cabrito, galo ou frango caipira, coelho, pato,
galinha de angola, pombo.
Frutas- Todas da natureza.
Bebidas- cerveja, vinho, bebidas fermentadas.
Flores- Cravos, palmas, de preferencia brancos, flores do
campo, crista de galo.
Ervas e plantas- peregun verde, cunaleira, dracena rajada,
guaco cheiroso, crotou-caiçara, cabelo de milho, manacá,
malva rosa, alfavaquinha, arruda, coqueiro da Bahia, folha da
costa, samambaia, bredo de Santo Antônio.
Proteção- A natureza, propriamente dita. As matas, florestas,
a caça, a alimentação, a fartura.
Características- Aspecto sério e autoritário, é o orixá das
matas e da caça. É o rei da nação Keto, portanto rei dos
Iorubás. Pelo fato de ser o rei dos caçadores é considerado
como o orixá da fartura.
Um pouco sobre Oxossi- Também filho de Iemanjá, é
irmão de Ogum e de Exú. A grande importância da
presença deste Orixá se refere a vários fatores:
primeiro, como Ogum, ele também é um desbravador
de caminhos, pois como caçador, adentra mata afora,
abrindo caminhos pelas floresta em busca da caça.
Com isso, vai levando o progresso pôr onde passa,
deixando o local pronto até mesmo para moradia.
Segundo, pôr ser o orixá da caça, assegura o alimento
tão primordial para a sobrevivência da espécie
humana. Terceiro, ele também protege os outros
caçadores, assegurando que retornem para sua família
ou seu povo, sempre levando o alimento. E, quarto,
pelo fato de adentrar a mata sozinho procura nela
sempre seu próprio remédio e sua própria alimentação.
Como caçador, também protege o local aonde caça,
para evitar desperdícios ou caça desnecessária. Estes
são alguns dos motivos da importância deste Orixá, e
porque motivo é o Rei da Nação. Sua coragem e o fato
de assegurar a sobrevivência faz com que a evolução
continue, pois ele está relacionado à terra. Também é
conhecido pôr ALÁKÉTÚ, título oficial do Rei de Ketu,
pôr ser um orixá real. No Brasil, ele é considerado
fundador de todos os terreiros de Candomblé, pelo fato
de o primeiro terreiro introduzido na Bahia tinha
Oxossi como Pai. Seu símbolo mais conhecido, o
ERÚKÉRÉ, é uma espécie de cetro feito com pelos de
rabo de touro, presos a um pedaço de couro,
ornamentado com contas e cauris. Tem poderes
sobrenaturais, e nenhum caçador adentra a mata sem
ele, pois ele tem o poder de proteger na floresta,
contra qualquer perigo.
Qualidades- Ibôalama- Patriarca, é dele que descendem os
outros Oxossis. Não gosta de azeite de dendê e seu
emblema é uma ferramenta de metal amarelo, em forma de
uma lua, uma lança e uma espada, e uma espécie de chicote
chamado bilala, usado durante seu xirê.
Odé-ile- Oxossi menino, que só se veste de branco e se
enfeita de penas brancas.
Odé-demim- é o que, alimentando aterra e tudo que nela
nasce, assegura nossa sobrevivência.
Ile lougun
Odé Aqueran
Odé- de-loudê
Odé Bairá
Odé Ilu
Odé Orouá
Odé Foroqui
Odé Dana-Dana
Outros deuses da caça -Existem ainda, variedades de
Oxossi, entre deuses da caça.
Oreluere, grande caçador, que ajudou a construir Ifé, além de
proteger contra invasores.
Inlé ou Erinlé, cultuado às margens de lugares profundos de
rio, é simbolizado por uma haste de ferro, de onde saem 16
hastes menores, tendo por cima um pássaro de ferro.
Logum edé, filho de Inlé com Oxum.
Orixás