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Pesquisadores responsáveis:
Durante o período de amostragem, os baldes devem ser vistoriados diariamente, para coleta
dos animais retidos. Entre os períodos de amostragem, os baldes devem permanecer fechados
ou são colocados galhos nos baldes, de forma a permitir a saída de animais que venham a cair.
Como dificilmente se consegue fechar bem os baldes após estarem enterrados, a segunda
opção usualmente é mais eficiente.
Como a eficiência deste método não se restringe à herpetofauna, deve ser buscada associação
com as equipes de diferentes protocolos, para se aproveitar ao máximo os animais
aprisionados.
Técnica 2. Busca ativa visual de dia e à noite (Visual Encounter Surveys, CRUMP; SCOTT, 1994)
Desenho amostral: deve-se tentar realizar pelo menos 100 horas de busca ativa por período.
Técnicas complementares:
Busca ativa auditiva a partir dos cantos de anuros (dia e noite), com ênfase na coleta próximo
a, e dentro de corpos d’água (poças, lagos, igarapés etc.). As vocalizações dos anuros são
gravadas quando possível. Embora não haja um desenho amostral específico para esta técnica,
deve-se buscar distribuir o investimento entre os diferentes tipos de habitat encontrados
dentro da grade.
Armadilhas de cola (rat glue traps): método que fornece dados complementares às armadilhas
de interceptação e queda, visto que as armadilhas de cola registram principalmente lagartos
arborícolas, animais estes capturados apenas eventualmente nos pitfalls (BAUER; SADLIER,
1992; RIBEIRO-JÚNIOR et al., 2006). Estas armadilhas devem ser expostas distante 50m das
armadilhas de interceptação e queda, fixadas em troncos caídos e em algumas árvores eretas
na altura de 0,5 a 2m.
Variáveis ambientais: na área a ser amostrada poderão ser utilizadas as seguintes variáveis
ambientais, se disponíveis: umidade do ar, temperatura (ar, solo e água), precipitação
pluviométrica, tipo de solo e abertura do dossel.
Fixação e preservação do material: para todos os espécimes capturados são anotados a data, o
local onde foi encontrado, o método de captura e o número da estação. No caso de coleta
ativa, anota-se ainda o substrato onde o animal foi encontrado (incluindo altura, diâmetro,
distância da água ou da borda de uma clareira, e outros dados pertinentes a cada caso) e a
hora de coleta. Todas as espécies capturadas, quando possível, devem ser fotografadas. Os
indivíduos coletados são sacrificados por dosagem letal de anestésico apropriado.
Antes da fixação, (1) retira-se uma amostra de tecido (músculo ou fígado), a ser preservada em
Etanol P.A., para estudos moleculares (este procedimento visa maximizar o aproveitamento do
material coletado); (2) procede-se a pesagem e medição de cada espécime (comprimento
rostro-cloacal, dos membros e, quando for o caso, da cauda); e (3) quando pertinente, faz-se
anotações sobre a coloração em vida do animal. Todos os dados são anotados em caderno de
campo, vinculados ao exemplar por um número de campo.
Anfíbios e répteis são fixados em formol 4% (1 porção de formol 40% para nove porções de
água) e preservados em álcool 70%. Os exemplares coletados devem ser depositados, como
espécimes-testemunho, nas coleções científicas vinculadas ao PPBio.
Referências
BAUER, A. M.; SADLIER, R. A. The use of mouse glue traps to capture lizards. Herpetological
Review, v. 23, p. 112-113, 1992.
CORN, P. S. Straight line drift fences and pitfall traps. In: HEYER, W. R. M. et al. (Eds.).
Measuring and monitoring biological diversity: standard methods for amphibians. Washington:
Smithsonian Institution Press, 1994. p. 109-117.
CRUMP, M. A.; SCOTT JR., N. J. Visual Encounter Surveys. In: HEYER, W. R.; DONNELLY, M. A.;
MCDIARMID, R. W. L.; HAYEK, C.; FOSTER, M. S. (Eds.). Measuring and monitoring biological
diversity: standard methods for amphibians. Washington: Smithsonian Institution Press, 1994.
p. 84-92.
GIBBONS, J.; SEMLITSCH, R. D. Terrestrial drift fences with pitfall traps: an effective technique
for quantitative sampling of animal populatuions. Brimleyana, v. 7, p. 1-16, 1981.
RIBEIRO-JR., M. A.; GARDNET, T. A.; AVILA-PIRES, T.C. The effectiveness of glue traps to sample
lizards in a tropical rainforest. South American Journal of Herpetology, v. 1, n. 2, p. 131-137,
2006.
SEMLITSCH, R. (Ed.). Amphibian Conservation. Washington: Smithsonian Books, 2003. p. 1-324.
YOUNG, B. E.; STUART, S. N.; CHANSON, J. S.; COX, N. A.; BOUCHER, T. M. Disappearing Jewels:
The Status of New World Amphibians. Arlington: NatureServe, 2004. p. 1-54.