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Em seu texto Adoráveis felinos, Walcyr Carrasco diz que admira os felinos porque eles “Têm
personalidade. Só fazem o que querem.” Nesse texto, são relatados alguns episódios ou textos menores.
Leia um desses episódios.
Adoráveis felinos
[...]
Em outra oportunidade, fui a uma gravação de um programa de televisão que exigia um gato
azul. O gato devia ser perseguido, correr e pular para cima de uma árvore. Quanto otimismo! Ao chegar,
vi um gato gordo pintado de azul – com uma rinsagem especial para pêlo de animais. Mais adiante, em
outra gaiola, outro gato, também pintado. Era o dublê. Puseram o primeiro no chão. Todos os atores
saíram correndo, espantados. Ele continuou imóvel. Botaram o segundo.Mais imóvel ainda. Eram gatos
gordos e peludos, que preferiam ficar deitados enquanto todos se esgoelavam em torno. Voltaram ao
primeiro. A veterinária encarregada amarrou suas patas com umas cordinhas e puxou, para ver se ele
andava. O bichano deixou-se arrastar no chão. Decidiram gravar por partes. Assim, os atores ficaram
correndo de um lado para o outro, gritando:
- Olha o gato, olha o gato!
Enquanto isso, o astro observava a gritaria placidamente, certamente imaginando que os
humanos são uns bichos muito esquisitos. Chegou o momento final. Bastava colocar o felino em cima da
árvore. Todos olhariam para o galho e gritariam.Quem conseguiu? Tomado de fúria, o gato arranhou todos
que tentavam tirá-lo de seu cantinho confortável. Começou a chover e o gato desbotou. Exaustos, todos
transferiram a gravação para outro dia.
[...]
Revista veja. São Paulo:Abril, 2 de abril de 2003, pg.114.
1. Julgue os itens
( ) Esse texto é um episódio que forma, junto com outros, um texto maior. O elemento que o liga ao
episódio anterior é “Em outra oportunidade” – expressão indicadora de tempo.
( ) Não há coesão entre a segunda frase do texto e a primeira, pois , embora haja a repetição do
substantivo “gato”, a mudança do artigo compromete a ocorrência.
( ) A segunda frase retoma a primeira e acrescenta dados novos, o que o gato devia fazer. São esses
dados novos que fazem o texto progredir.
( ) Além de ser retomado pela repetição do termo gato, o gato principal é também retomado por outros
substantivos.
( ) Em “Ele continuou imóvel.”; “[...] enquanto todos se esgoelavam em torno.”; “[...] puxou para ver se
ele andava.” , os termos destacados se referem a gato principal, atores e gato dublê, respectivamente.
( ) As expressões “imóvel”, “preferiam ficar deitados”, “deixou-se arrastar no chão”, “observava a gritaria
placidamente” representam o comportamento dos felinos que o autor pretende realçar.
( ) Todas as ações dos gatos ou fatos do texto mostram que o felino faz apenas o que ele quer,
obrigando, inclusive, os atores a desistirem do seu objetivo.
UnB/CESPE – TRT/10ª-Região
Cargo 1: Analista Judiciário – Área: Administrativa
Internet:http://www.camara.gov.br.>.
1. ( ) Pelos sentidos do texto, a substituição de “à época” (l.2) seja por nessa época, seja por naquela
época preserva a coesão textual e a correção gramatical do texto.
3. ( ) O emprego de vírgula logo após a palavra “criminais” (l.6) mantém inalterados o sentido e a
relação sintática do período.
4. ( ) A forma verbal de subjuntivo “envolvessem” (l.7) está no plural para concordar com “cidadãos” (l.6)
Internet:http://www.camara.gov.br.>.
6. ( ) A preposição empregada em “a quem” (l.2) justifica-se pela regência do verbo “recorrer” (l.2).
7. ( ) Na linha 5, o uso da vírgula após “cidadão” justifica-se porque o sujeito da oração subseqüente é
diferente do sujeito da oração anterior.
8. ( ) O emprego do sinal indicativo de crase em “as experiências” (l.5) preservaria o sentido original e a
correção gramatical do texto.
9. ( ) O emprego do pronome na primeira pessoa do plural “nossas” (l.6) indica que o autor inclui no texto
a voz dos brasileiros em geral.
Desde que Montesquieu, no século XVIII, em O Espírito das Leis, definiu as linhas
básicas do sistema democrático de governo, a ciência política não logrou conceber, até os nossos dias,
forma mais significativa de expressão da vontade de um povo no que se refere à convivência em uma
sociedade politicamente organizada do que a estabelecida por ele, genialmente, na clássica tríplice
separação dos poderes do Estado.
O Estado, entidade inanimada e abstrata, que, ao se realizar, materializa-se na concreção de
formas, atos e sentidos, traduz-se nesse imensurável complexo de ações que dão substância ao desejo
de conformação política de uma nação.
Internet:<http://www.stf.gov.br/noticias/imprensa
Em relação ao texto acima, julgue os itens que se seguem.
10. ( ) Pelos sentidos do texto, a expressão “Desde que” (l.1) estabelece, entre as orações do período,
uma relação de condição.
11. ( ) Pode-se inferir do contexto que a palavra “logrou” (l.2) está sendo empregada com o sentido de
desejou.
12. ( ) O emprego do termo “do que” (l.4) é uma exigência que está vinculada ao uso da expressão
antecedente “mais significativa” (l.3).
13. ( ) Em “a estabelecida” (l.4), subtende-se, como recurso de coesão textual, a elipse da palavra
“forma”, citada na linha 3.
14. ( ) O pronome masculino singular “ele” (l.4) está sendo empregado como recurso coesivo que retoma
o termo antecedente “povo” (l.3).
1.(AGE/BA) – Sob a alegação de que os recursos manipulados por essas empresas são dinheiro público
em essência, não podendo seus administradores conduzirem-se com a liberdade de quem utiliza bens
particulares, o Tribunal de Contas vinha, há muito, pedindo ao governo a regulamentação desse item
constitucional, que lhe permitiria o exame das contas dessas sociedades.
De acordo com o texto,
a) ao regulamentar esse bem, o governo autorizou empresas a manipularem, em essência, dinheiro
público.
b) deve ser permitido aos administradores de empresas conduzirem-se com a liberdade de quem utiliza
bens particulares.
c) o Tribunal de Contas regulamentou o bem constitucional que lhe permitiria o exame de contas de
algumas empresas que manipulam o dinheiro público.
d) o Tribunal de Contas já, há muito, havia regulamentado o item que proíbe a utilização do dinheiro
público.
e) o Tribunal de Contas procurava, há muito, ter direito de fiscalizar as empresas que utilizam dinheiro
público.
Estas questões referem-se à compreensão da leitura. Leia atentamente cada uma delas e assinale a
alternativa que esteja de acordo com o texto. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas.
2. (Fund. Carlos Chagas) – Enquanto cresce a Sabedoria da humanidade no seu conjunto, decresce a
sabedoria relativa do homem isolado. Simplesmente porque existem quantidades cada vez maiores de
conhecimento que ficam fora do alcance de cada homem em particular.
Conclui-se do texto que:
a) A sabedoria que a humanidade tem como acervo é proporcional à capacidade de retenção de
conhecimento de cada indivíduo que a compõe.
b) A sabedoria individual é um apêndice indispensável ao conhecimento da humanidade como um todo.
c) À medida que aumenta o saber da humanidade, diminui, proporcionalmente, a parcela de
conhecimento que um indivíduo pode reter.
d) Nem todos os homens têm inteligência suficiente para reter a grande quantidade de conhecimento
que constitui o acervo da humanidade.
e) Há uma grande quantidade de conhecimentos a que a maioria dos homens não dá valor porque não
é capaz de entendê-los.
3. (Fund. Carlos Chagas) - Como processo criativo a bossa nova morreu há dez anos, mas muitas de
suas conquistas continuarão a inseminar a música popular, mesmo que seus incorrigíveis inimigos ainda
insistam em reduzi-la ao “violãozinho plec-plec”.
Conclui-se que:
a) A bossa nova foi certamente um movimento renovador, mas teve o defeito de empobrecer a técnica
de violão.
b) O violão, introduzido sob nova forma pela bossa nova, permanece como uma constante na nossa
música popular.
c) Para fundamentar suas críticas à bossa nova, os que não a apreciam preferem defini-la
pejorativamente como técnica violinística pobre.
d) Alguns, não sabendo como definir a bossa nova, procuram ressaltar a característica mais marcante:
a inegável riqueza técnica do violão.
e) Tendo morrido há dez anos, a bossa nova reduz-se, atualmente, a uma técnica de violão.
4. (ATE/BA) - Os programas de televisão não existem fundamentalmente para divertir ou para informar o
“espectador”, mas para que a publicidade possa ser feita. Eles são a isca que atrai o consumidor potencial.
Esta isca esconde o anzol publicitário, que o “espectador” vai sentir assim que mordê-la ligando o aparelho. Aí,
não é a publicidade que existe para a televisão, mas é a televisão que existe para a publicidade.
De acordo com o texto, a televisão
a) transforma os espectadores em isca para seus interesses financeiros.
b) está a serviço da venda de produtos que anuncia com sua programação.
c) não tem a mínima intenção de informar ou divertir o espectador.
d) fica a serviço das necessidades reais do espectador assim que é ligada.
e) não pretende transformar seus programas em anzóis publicitários.
A televisão procura atender ao gosto da população a que se dirige. Assim, acomoda essa grande
massa de consumidores a hábitos e tradições, em vez de propor, aos que assistem a ela, inquietações
novas e uma visão mais crítica do mundo em que vivem.
5. (Fund. Carlos Chagas) – Segundo o texto:
a) porque se dirige a um público desinteressado, a televisão não se preocupa com a qualidade de seus
programas;
b) a televisão não se preocupa em elevar o nível de seus programas, já que o público que a ela assiste
não se interessa por problemas sérios;
c) embora resulte do gosto de um público inquieto com seus valores, a televisão nega-se a mudar o
aspecto formal dos programas;
d) o interesse de baixo nível cultural merece uma televisão que não questiona em profundidade os
problemas do mundo;
e) o interesse do público determina os conteúdos veiculados pela televisão que, assim, se furta às
propostas culturais novas.