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MODELO DE LAUDO / RELATÓRIO PSICOLÓGICO

Modelo 1

1. Identificação

Autor: Fulano de Tal – CRP/SP 00.XXX.

Interessado: Colégio Maria das Dores Agudas.

Assunto: Apoio para Medida Disciplinar.

2. Descrição da Demanda

Em decorrência de dificuldade de adaptação às regras e normas escolares de déficit de


atenção, falta de estímulo, reprovações subsequentes, falta de socialização, atitudes suicidas
impulsivas, excessiva agressividade, acusações de furtos e danos materiais a patrimônio da
escola e de professores, bem como experiência de expulsão em várias escolas, o adolescente
(Nome do adolescente) foi submetido à avaliação psicológica como condição necessária à sua
permanência na atual escola onde estuda. A família tem total conhecimento do
comportamento do adolescente, afirmando que desde pequeno o mesmo apresentava
dificuldade no seu desenvolvimento social. Gostava de ficar isolado, de quebrar seus
brinquedos e atear fogo em objetos. Não conseguia se envolver emocionalmente com os
membros da família, parecendo distante de todos. Ainda em relação à família, particularmente
em relação aos genitores, detectou-se na figura paterna dificuldades de se impor, tendo o
mesmo história de dependência alcóolica. Na figura materna, observou-se uma excessiva
autoridade, bem como comportamento ambivalentes nos métodos disciplinares utilizados com
o filho, ora se mostrando indiferente, negligenciando nas condições essenciais de
desenvolvimento, ora abusando do seu poder, com castigos físicos exagerados, ficando
evidenciado o caráter conflituoso na interação familiar.

3. Procedimento

Forem realizados entrevistas e aplicação de testes psicológicos em 4 encontros de 1 (uma)


hora de duração em dias alternados.

4. Análise
Nas primeiras sessões de avaliação, o examinado demonstrou excessiva tensão, irritabilidade,
agitação, ansiedade, auto estima negativa, pensamento auto destrutivo e revolta em relação à
sua mãe. Passado o período de comprometimento emocional, procedeu-se à aplicação dos
testes buscando a investigação dos campos de percepção familiar, personalidade, inteligência
e memória. No teste de percepção familiar, demonstrou desarmonia familiar, insegurança,
introversão e sentimento de inferioridade. Foi observado distanciamento entre os familiares,
rejeição ou desvalorização dos membros. No interrogatório, os conteúdos apresentados
demonstraram bastante desinteresse pela vida. A avaliação de personalidade foi realizada
através da observação e da aplicação dos Testes (A – percepção Temática (T A T), Rorschach e
Casa, Árvore, Pessoa (HTP). Observou-se total conhecimento da realidade vivida por ele. Os
principais traços encontrados foram: introversão, imaturidade, auto-estima negativa,
egocentrismo, ambivalência de comportamento, oscilação de humor, insegurança,
agressividade, falta de objetivos e interesse, excessiva fantasia, fixação por objetos,
insatisfação com as normas e regras sociais, imprudência, satisfação com as situações de
perigo, gosto pela velocidade, forte tendência piromaníaca e bastante capacidade para
planejar ações. Quanto à avaliação da inteligência, os resultados obtidos através do R-1 e do
Raven demonstraram boa capacidade intelectual, colocando-se acima da média para sua
escolaridade e idade. Porém, em relação à memorização, verificou-se dificuldades no campo
da memória auditiva e visual, classificando-se em categoria inferior ao esperado.5. Conclusão

5. Conclusão

Através dos dados analisados no psicodiagnóstico não foram verificados indícios de Deficiência
Mental, porém, dificuldades de ordem social e afetiva, piromania, fixação por objetos,
obsessão, pensamento auto-destrutivo e oscilação de humor. Diagnóstico: O paciente
apresenta transtorno de personalidade anti-social, CID-10: F60.2 + F91.3. Encaminhamentos:
Encaminhado para tratamento psicoterápico e acompanhamento psiquiátrico.
Psicologia Forense (fonte: Rovinski, Sonia L R
Psicologia Forense (fonte: Rovinski, Sonia L R. Fundamentos da perícia psicológica
forense, 2004)Prof. Dr. Leandro Feitosa Andrade
2 Perícia ForensePerícia é o exame científico de situações ou fatos relacionados a coisas
e pessoas, praticado por especialista na matéria, com o objetivo de elucidar situações e
fatos controversos.A perícia é considerada um meio de prova realizado por um
especialista.Permite incluir nos autos informações técnicas que, não raro, o juiz
desconhece.A perícia depende de uma requisição formal do juiz.A perícia, como meio de
prova, não constitui em verdade soberana.O juiz pode solicitar o comparecimento do perito
em juízo para novos esclarecimentos ou determinar a realização de nova perícia por
omissão ou inexatidão.Uma segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz
apreciar livremente o valor de uma e outra.2

3 Perícia Forense Regulamentação legal da perícia judicial


Código do Processo CivilArt. 145: Quando a prova do fato depender de conhecimento
técnico ou cientifico, o juiz será assistido por perito.Não precisa ter especialização na área
jurídica – basta estar regulamentado no orgão de classe.O profissional, a princípio, é
obrigado a aceitar e pode pedir escusas nos casos de:Falta de conhecimento técnico.Os
impedimentos. Procura evitar situações que possam comprometer a imparcialidade do
perito. Como: for parte na ação; já houver prestado depoimento como testemunha;
qualquer parentalidade com advogados ou partes; membro de algum órgão na área
jurídica que tenha parte na causa.As suspeições. For amigo de uma das partes; se
algumas das partes for credora ou devedora em relação a sua pessoa, cônjuge, parente;
for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; houver recebido
presentes das partes, aconselhado ou auxiliado financeiramente no processo; interesse
em favor de uma das partes.Motivo legítimo. Risco de vida do perito e familiares; excesso
de perícias; sigilo, quando a parte manteve relação terapêutica.Prazo de 5 dias para se
eximir.3

4 Perícia Forense Regulamentação legal da perícia judicial


Código de Processo Penalexame médico-legal (art. 149). avaliação de responsabilidade
ou imputabilidade penal.cessação de periculosidade para os sujeitos anteriormente
considerados inimputáveis (art. 775).Lei de Execução PenalLaudo psiquiátrico (art. 175)
exame médico – avaliação de cessação de periculosidade nos casos de medida de
segurança.O psicólogo pode ser solicitado pelo juiz – como complementação da perícia
psiquiátrica.4

5 O papel do perito oficial e do assistente técnico


É de confiança do juiz,sujeito a impedimento e suspeição.É de confiança da parte,não-
sujeito a impedimento e suspeição.Auxilia o juiz em suas decisões.Auxilia a parte naquilo
que achar certo.Examina, verifica e comprova os fatos de uma determinada
questão.Analisa os procedimentos e os achados do perito.Elabora um laudo.Redige um
parecer crítico.5

6 Direito x Psicologia Forense


Em comum – o objeto de intervenção – a conduta humana – compreender e predizer o
comportamento.DIREITO “dever ser” Prescritivo-normativo. Constituir regularidades e
legislar em função de direitos.PSICOLOGIA “plano do ser” Descritivo-interpretativo.
Análise dos processos que constituem a condição humana.Justaposição/Entrelaçamento
Não dá para entender o mundo da lei sem o recurso dos modelos psicológicos. Não dá
para compreender o comportamento humano (individual, grupal organizacional) sem intuir
como a lei transpassa e constitui a subjetividade, o ser social.6

7 ARGUMENTOS“O Direito necessita do suporte e das definições psicológicas para


enriquecer e ratificar suas diretrizes e seu encaminhamento na tarefa de melhor regular as
condutas da sociedade”.“A Psicologia estuda o comportamento humano e o Direito erige,
avalia e controla as regras para essa conduta”.
8 Diferentes concepção de homem
Estabelecer as responsabilidades individuais sobre as suas condutasDireitoPsicologialivre
arbítriodeterminismoso homem é livre por natureza, pode decidir sobre suas ações.A pena
só é aplicável a um sujeito que poderia ter tido a opção de realizar ou não sua conduta
ilícita. A Psicologia seria necessária para avaliar fatores psicopatológicos que pudessem
impedir o sujeito de avaliar e controlar sua conduta.explicar os determinismos da
conduta.psicanalíticas – determinismos intrapsíquicos.comportamentais – história pessoal
de punições e recompensas8

9 Diferença – natureza dos fatos


DireitoPsicologiaVerdade dos fatos.Nível de certeza – decisões irrevogáveis.Visão técnica
do problema.Pressuposto da probabilidade.Uniformidade (evitar desigualdades)Pluralidade
teóricaPropósitoA busca da justiça, para o cliente ou proteção da sociedadeDescrição,
explicação, compreensão e predição da conduta humana por meio dos estudos
empíricosAbordagemLógica da argumentaçãoDemonstração dos fatos para o
convencimento/persuasãoLógica de demonstração formalMétodos científicosFunção
socialPrevenção social e a proteção da ordem públicaAbordagem normativa – tratamento
equitativo e jurisdição fixaEnfoque científico – empíricoProgramas flexíveis9

10 Psicologia Forense relativo ao foro judicial; relativo aos tribunais.


Foco na perícia e na elaboração de laudos.Qualificar o exercício do
Direito.Atribuições:auxiliar do Direitoassessoria da Psiquiatria Forenseatender somente as
demandas jurídicasPerigo: estagnação neste tipo de relação.

11 Psicologia Forense Contribuições:


Esclarecimento dos fatos sobre os quais as leis será aplicadaavaliar a veracidade e a
validade das provas apresentadas (avaliação de testemunhos) e, provados os fatos,avaliar
a capacidade de responsabilidade dos agentes envolvidos.Procedimentos de interrogatório
– encontrar o melhor modo de proceder na busca dos fatos.Predição de conduta – saídas
de prisão, custódia e horário de visitas de filhos, medidas socioeducativas ...

12 Características do contexto da avaliação psicológica forense


Críticas ao profissional de PsicologiaNão transformar o processo de avaliação forense em
um contexto terapêutico.Na elaboração do laudo:Ignorância/irrelevância – por exemplo:
afirmar que uma pessoa incapaz no trabalho tinha que ser interditado (não responde por
suas capacidades civis).Intromissão na matéria legal – usar da Psicologia para interferir
nas normas legais.Insuficiência/incredibilidade das informações prestadas.12

13 Contrato/compromisso
Características do contexto da avaliação psicológica forense2. A relação com o
periciadoPsicólogo clínicoPsicólogo forenseA serviço de quemdo clienteda justiçaJuiz –
perícia oficialAdvogado – assistência técnicaFinalidadeBeneficiar o clienteTratamento e
desenvolvimentoQualificar o exercício do DireitoAvaliar e esclarecer questão
legalProcuraEspontâneaConvocação das partesAtitudeSuporte, aceitação e empatiaMaior
afastamento, objetividade e “neutralidade”Contrato/compromissoSigilo,
confidencialidadeNão-confidencialidade, consentimento informado13

14 Características do contexto da avaliação psicológica forense


2. A relação com o periciadoPsicólogo clínicoPsicólogo forensePosturaMais próxima e de
acolhimentoRespeitar a visão pessoalCompreensão da visão particular sobre o
problema“mais subjetiva”Mãe afirmar amar os filhos (fantasias, desejos...)Mais distante e
questionadoraBuscar a exatidão das informaçõesImpressões passam a ser relativizadas
com base em outras informaçõesComo a mãe cuida dos filhos (condutas concretas e
coleta de informações de outras fontes).VeracidadeNão há interesse em mentiras ou
dissimulaçõesSimulação e Dissimulação de forma consciente com a intenção de livrar-se
de uma punição ou de ganhar a causa.14 14

15 Características do contexto da avaliação psicológica forense


3. Características da metodologiaPsicólogo clínicoPsicólogo forenseColeta de dadosCom
o próprio cliente.Não se restringe ao discurso.Busca outras fontes: escola, hospitais, local
de trabalho (atentar para as distorções em função dos vínculos).Antes do contato com o
periciado é possível fazer “estudo psicológico”. Ler as peças processuais e levantar
hipóteses.MetodologiaProcedimentos não precisa ser replicáveis, comparativos.Entrevista
não precisa de estrutura rígidaPadronização de procedimentos, comparáveis,
replicáveis.Entrevista mais estruturada15

16 Devolução do resultado
Características do contexto da avaliação psicológica forense3. Características da
metodologiaPsicólogo clínicoPsicólogo forenseTempo para avaliaçãoPapel passivo.Mais
lento.O diagnóstico pode ser revisto e reconsiderado durante o curso do tratamento.Papel
ativo.É determinado pelos prazos legais (limites de recursos, pauta no foro ...).Poucas
possibilidades de reconsiderar as avaliações.É esperado ênfase e precisão na
conclusão.Devolução do resultadoApenas para o cliente.Recomendado que o resultado
seja colocado à disposição do periciado para esclarecimento de dúvidas, depois do
mesmo tornar-se público em audiência com o juiz.16 16

17 Características do contexto da avaliação psicológica forense


3. Características da metodologiaPreocupação com a validade das informações que
recebe.Natureza coercitiva e importância do resultado do trabalhoPericiado é incentivo a
distorcer a verdadePossibilidade de distorção inconsciente da informaçãoA distorção
consciente e intencional é maior no contexto forense.Clínico – timidez ou falta de
consciência do paciente de seus problemas.Forense – resistência por estar temeroso
quanto ao resultado final.17

18 Ética e perícia psicológica


Código de Ética Profissional dos Psicólogos no BrasilPrincípios fundamentais: “o respeito à
dignidade e integridade do ser humano”Buscar a promoção do bem-estar do indivíduo e da
comunidade.Recomendações:Artigo 17 – O psicólogo colocará seu conhecimento à
disposição da Justiça, no sentido de promover e aprofundar uma maior compreensão entre
a lei e o agir humano, entre a liberdade e as instituições judiciais.Artigo 18 – O psicólogo
se escusará de funcionar em perícia que escape à sua competência profissional.Artigo 19
– Nas perícias, o psicólogo agirá com absoluta isenção, limitando-se à exposição do que
tiver conhecimento através de seu trabalho e não ultrapassando, nos laudos, o limite das
informações necessárias à tomada de decisão.Artigo 20 – É vedado ao psicólogo:Ser
perito de pessoa por ele atendida ou em atendimento;Funcionar em perícia em que, por
motivo de impedimento ou suspeição, ele contrarie a legislação pertinente;Valer-se do
cargo que exerce, de laços de parentesco ou amizade com autoridade administrativa ou
judiciária para pleitear ser perito.Repercussão vai para além do periciado atende ao
sistema mais amplo da sociedade.Importante ter claro o limite da competência e de suas
técnicas – restrito aos limites do seu conhecimento e com isenção em relação às partes
envolvidas no litígio.Atentar para os níveis de probabilidade a respeito da previsão do
comportamento, além de evitar direcionar seus achados para o favorecimento de uma das
partes.Importante, para a Justiça, uma boa avaliação dos dados nos laudos, pois a
seleção dos mesmos podem indicar a presença de motivações subjacentes.18

19 Ética e perícia psicológica


Para garantia dos procedimentos éticos e validade da perícia.Pré-avaliaçãocertificar-se de
que o periciado foi informado de sua avaliação por seu advogado,avaliar a própria
competência para realizar a avaliação,avaliar os conflitos de interesses envolvidos na
questão,negar-se a tomar ciência de informações que foram obtidas de maneira ilegal e
que poriam em risco a validade do laudo.Durante a avaliação clínicaInformar ao periciado
todas as questões legais envolvidas no processo de avaliação e os limites da
confidencialidadeEsclarece-lo sobre os papéis estabelecidos na avaliação (desmistificando
qualquer imagem de terapia),Solicitar a participação do periciado na avaliação,Respeitar
sua privacidade dentro dos limites possíveis da perícia,Manter a investigação clínica
dentro dos limites da questão legal,Orientá-lo quanto a impropriedade de revelações não-
pertinentes ao caso.Pós-avaliaçãoFocar nos dados relevantes para a orientação da
questão jurídica (evitar detalhes que possam embaraçar o periciado ou pôr em risco seus
direitos),Evitar conclusões valorativas que são pertinentes aos agentes jurídicos,Informar
ao periciado se existirem fatores de risco (principalmente no caso de crianças e
adolescentes).19

20 Psicologia Forense: questionamentos


“que o conhecimento resultante da perícia não representa a compreensão do indivíduo
como um todo”(França, 2004, p. 75).Perícia é um recorte parcial da realidade – não deve
ser tomado como a verdade sobre o sujeito. Necessita uma compreensão interdisciplinar.

21 Psicologia Forense: questionamentos


Complexidade dos comportamentos, multiplicidade de fatores que os determinam e que
devem ser levados em conta em uma perícia:o contexto em que o fato aconteceu;o
contexto grupal e familiar (de origem e o atual);a conduta (considerando o contexto cultural
e determinantes individuais subjetivas).Estas considerações implicam em:reconhecer o
limite da perícia – recorte da realidade;verificar a validade dos instrumentos e referencial
teórico utilizados;reconhecer a importância da compreensão multidisciplinar do fenômeno
estudado para melhor abordá-lo em sua complexidade.21

22 O Laudo pericial Documento oficial clareza e inteligibilidade


Precisão e objetividadePadrão culto de linguagem tipo denotativo (sem
metáforas)Impessoalidade (nunca na primeira pessoa do singular)Formalidade e
padronizaçãoFocar nos aspectos pertinentes e formulados pelo juiz/advogadoExcluir ou
relativizar tudo que não esteja justificado de maneira objetiva.O laudo é mais um elemento
de prova no processo e não se constitui no julgamento final do caso.22 22

23 O Laudo pericial Proposta do Conselho Federal de Psicologia.


Identificação:descrição dos dados básicos do periciado (nome, idade, escolaridade,
etc.)Descrição:da demanda: informações referentes a motivos, queixas ou problemática
apresentadas.Métodos e técnicas utilizadas:descrição dos recursos utilizados e resultados
obtidos.Conclusão:destina-se a apresentar uma síntese do diagnóstico e/ou prognóstico
da avaliação realizada e/ou encaminhamento.Genérico, não específico para a área
forense.23 23

24 O Laudo pericial Proposta do Conselho Regional do Paraná


Preâmbulo: qualificação do perito. De forma sucinta: principais títulos, funções e
autoridade que lhe atribui o cargo pericial. Data, hora e local em que o exame foi
feito.Histórico ou comemorativo: anamnese da entrevista clínica. Informações são
creditadas ao periciado (sua versão dos fatos). Não há compromisso com a
veracidade.Descrição: reprodução fiel, minuciosa, metódica e objetiva da observação do
perito. Exposição dos exames e técnicas empregadas. Base das conclusões.Discussão:
descrição das várias hipóteses existentes. Utilizar bases teóricas e autoridades no
assunto, evitando conjecturas pessoais. Diagnóstico lógico e justificativas racionais. É
possível avaliar o nível cultural e científico do perito. Onde ocorre as divergências e
contradições.Conclusões: síntese diagnóstica. Redigida com clareza e de forma
ordenada.Respostas aos quesitos (se houver): respostas sintética e convincente.
Afirmando ou negando e nunca deixando sem resposta.Não havendo dados para a
resposta e impossibilitado de resposta categórica: “sem elementos de convicção”. Quando
o quesito for malformulado: “prejudicado”, “sem elementos” ou “aguardando
evolução”.24 24

25 O Parecer técnico Feito a posteriore ao laudo


Concordar ou divergir das conclusões com fundamentaçãoEstrutura mais enxuta
(introdução, crítica ao laudo e conclusão)Introdução – dados de indentificação, motivo da
perícia e um resumo dos achados do laudo.Apresentação das divergências e suas
justificativas.Conclusão - coloca seu posicionamento quanto a matéria legal.Entrega ao
contratante/advogado que terá liberdade de anexá-lo ou não ao processo judicial.25 25

26 Dimensões da avaliação forense


1. Contexto coercitivo.Alguém que está sendo forçado, de forma total ou parcial, a realizar
algo contra a vontade.2. Falta parcial ou total de sigilo.Limites da confidencialidade.3.
Garantir confiabilidade e inteligibilidade.Habilidades para redação do laudo. Guardar toda
documentação (anotações e protocolos de testes).4. Atentar para a distorção consciente
das informações.Simulação e dissimulação.5. Discordância e verificação.Os dados podem
ser contestados com base no princípio de ampla defesa.6. Papel de investigador.Atitude
de imparcialidade e objetividade. Focar no objetivo de compreender e não de modificar a
conduta humana.26 26

27 Sobre o uso dos testes psicológicos


Exigência de advogados de permanecerem na sala de entrevista durante a aplicação de
testagem:Interferência nos resultados da testagem.Não há como garantir a validade dos
achados dos instrumentos.Os dados podem por em suspeição.Solicitação por parte dos
agentes jurídicos (advogados, promotores e juízes) da apresentação nos autos do
processo, dos protocolos de aplicação dos testes.Não auxilia na compreensão do
processo de avaliaçãoVulgarizar o teste e permitir que ele seja manipulado numa situação
futura.

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