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PRODUÇÃO DE BUTADIENO
Turma C - Grupo 7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2. OBJETIVO ............................................................................................................ 11
3. SIMULAÇÃO ....................................................................................................... 11
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 16
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1. INTRODUÇÃO
1.2. APLICAÇÕES
Como pode ser visto na figura 2, mais da metade do butadieno produzido mundialmente
em 2011 foi destinado à produção de borracha de polibutadieno (PBR) e borracha de estireno e
butadieno (SBR). Também é utilizado para a produção de látex de estireno e butadieno (SBL) e
resinas ABS (acrilonitrila, butadieno e estireno) e HDMA (hexametileno diamino). O uso do
butadieno possui uma forte ligação com a indústria automotiva, cerca de 60% da produção
(BURRIDGE e BRICE, 2012), tanto para a fabricação de pneus, freios e outras partes do veículo.
Com o aumento da demanda de borracha em todo o mundo, principalmente por parte da
indústria pneumática, a valorização do butadieno é cada vez mais acentuada. Só nos EUA, a
demanda pelo produto cresceu 16,4% de 2009 para 2010.
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1.3. MERCADO
A demanda mundial de butadieno em 2012 foi de 11,2 milhões de toneladas (ICIS, 2013).
Trata-se de um produto comercializado globalmente, cujos principais exportadores são Europa
Ocidental, Arábia Saudita, Coréia e Canadá, enquanto que China, Estados Unidos e México, os
maiores importadores. A figura 3 e 4 mostram, respectivamente, a demanda e a produção
mundial de butadieno em 2010 (SIMÃO, 2014).
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Nos últimos anos os preços praticados pelo mercado pela tonelada de butadieno
acompanham os cenários da economia global. Devido a crise econômica de 2008, a
demanda no ano seguinte sofre uma queda significativa, porém, em 2010, essa baixa já
foi recuperada. Também foi observado uma queda dos preços durante esse período de
recessão. A Ásia é quem define os preços por conta do seu maior volume de produção.
No início de 2002 os preços praticados eram por volta de $400, cerca de 13% do valor
atual. O aumento foi gradual, aumentando pouco menos de $200 por ano, até a crise
econômica de 2008, com o pico de $2500 em setembro do mesmo ano. Em um ano os
preços despencaram, voltando a valores próximos aos de 2002, e voltaram a subir com o
pós crise, chegando a mais de $ 3200 no segundo semestre de 2011 (figura 5). Com a
estabilização do mercado, os preços voltaram a descer até meados de 2016.
Figura 5: Evolução do preço do butadieno
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A crescente demanda por borracha sintética na Ásia criou uma nova alta nos
preços desde agosto de 2016. A tonelada de butadieno, que valia $1000 em meados de
2016, subiu rapidamente para $2500 e chegou próximo a incríveis $3000 no mês de
janeiro de 2017. Os preços continuam aumentando e o valor em maio de 2017 é, segundo
a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), por volta de $3700 a tonelada. A figura 6
mostra a evolução do preço do butadieno no nordeste da Ásia.
Figura 6: Preço em dólares da tonelada de butadieno e polibutadieno no nordeste da
Ásia desde o início de 2016
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No caso de uma total uma reação onde todo o etanol é convertido para butadieno
o rendimento seria de 58,7% em massa. Porém o rendimento real do processo gira em
torno de 20~25% devido aos produtos secundários produzidos.
Os catalisadores cumprem a função de desidratação, quando a hidroxila e um
hidrogênio do carbono terciário do etanol formam uma molécula de água e um radical,
e desidrogenação, a retirada de um átomo e hidrogênio de cada carbono para formar
hidrogênio molecular e um radical. O mais comum é utilizar um catalisador em forma
de cilindros curvos com 75% de agentes de desidrogenação e 25% de desidratação. Os
catalisadores mais comuns são uma mistura dos óxidos de zinco e alumínio, porém
também é possível utilizar óxido de urânio como único catalisador ou outros compostos
como hidrosilicatos de alumínio ,e sais de manganês.
As reações na superfície do catalisador de desidratação e desidrogenação geram
a reação geral:
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relativamente altas (de 500 a 650°C). Além disso não é possível utilizar altas pressões,
como usualmente utiliza-se na indústria, pois o equilíbrio de deslocaria desfavorecendo
os produtos (MADEIRA; PORTELA, 2002).
𝐶𝑛 𝐻2𝑛+2 ↔ 𝐶𝑛 𝐻2𝑛 + 𝐻2
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2. OBJETIVO
3. SIMULAÇÃO
Como discutido anteriormente são possíveis várias reações para este sistema,
devido a presença de O2, que possui alto poder oxidativo. Entretanto, de acordo com
Huang et al.(HUANG et al., 2016) apud Ding et al.(DING et al., 1988), para a ferrita, os
principais produtos da reação é o butadieno e o dióxido de carbono, enquanto que os
demais produtos são formados em quantidades mínimas negligenciáveis. Resumindo o
processo oxidativo, portanto, nas seguintes reações:
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Onde:
−Ea(i)
A(i)exp[ ]
RT
ki = [mol/(kg.s.Pa)], para i = 1, 2 e 3.
3600
i A -Ea (J/mol)
1 1,1486. 1010 -105000
2 2,378. 105 41100
3 2,378. 105 70500
𝑟𝑑 = 𝑟1 + 4. 𝑟2 + 3. 𝑟3, 𝑟𝑒 = 4. 𝑟2 + 4. 𝑟3
1 – Gases Ideais;
2 – Regime Estacionário;
3 – Partículas de catalisador esférica;
4 – Reator é ideal e opera isotermicamente;
5 – Temperatura constante nas partículas de catalisador;
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Adicionais:
4. RESULTADOS (SIMULAÇÃO)
𝑑𝑃 𝛽0 𝑃0 𝐹𝑇
=−
𝑑𝑊 (1 −). 𝐴𝑡. 𝜌𝑐𝑎𝑡 𝑃 𝐹𝑇0
G 1−𝜑 150(1−𝜑)μ
β0 = ( )[ + 1,75G] [Pa/m];
ρ0 gc Dcat 𝜑3 D𝑐𝑎𝑡
ṁ
G= [kg/(s.m2)];
At
Na figura 8 observa-se, como esperado, que o fluxo molar dos reagentes, buteno
e oxigênio, diminuiem com o aumento da massa de catalisador, isto é, com o decorrer
do reator. Nesse gráfico foi omitida a vazão molar da água que está em muito excesso
devido ao vapor alimentado.
Percebe-se também apesar do consumo de 98% do reagente limitante (O2). Há
muito buteno não convertido sendo esse o reagente de maior valor. É imprescindível,
portanto, a existência de uma unidade de separação dos subprodutos, para o buteno
poder ser reciclado no processo. Além disso, apesar da quantidade de butadieno
desejada ser obtida com cerca de 400 kg de catalisador, a maior parte da conversão
acontece com 300 kg de catalisador. É viável fazer uma análise econômica, para avaliar
se 100 kg a mais de catalisador é economicamente viável no projeto, já que esta massa
propicia um baixo ganho na conversão de reagentes .
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Por fim, vemos que a seletividade do reator modelado é baixa, isto deve-se as
grandes proporções estequiométricas do CO2 em relação ao butadieno.
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5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HUANG, K.; WANG, L.; LIN, S.; XU, Y.; WU, D. Journal of the Taiwan Institute
of Chemical Engineers Comparison of random and monolithic fixe d-b e d reactors for
the oxidative dehydrogenation of butene to butadiene. Journal of the Taiwan Institute
of Chemical Engineers, v. 63, p. 61–70, 2016. Elsevier B.V. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.jtice.2016.03.023>. .
ICIS. Introduction to Petrochemicals – Learn about the petrochemical value
chains and the fundamentals that drive the business. São Paulo, 22 out. 2013.
MADEIRA, L. M.; PORTELA, M. F. Catalytic oxidative dehydrogenation of n -
butane. Catalysis Reviews, v. 44, n. 2, p. 247–286, 2002. Disponível em:
<http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1081/CR-120001461>. .
SIMÃO, S. F. Oportunidades para a petroquímica brasileira face ao fenômeno do
shale gas. – 2014. 142 f.
VASIL’EV, A. N.; GALICH, P. N. Catalysts for the oxidative dehydrogenation of
butenes and butane to butadiene. Chemistry and Technology of Fuels and Oils, v. 33,
n. 3, p. 185–192, 1997. Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/BF02767764>. .
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