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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

NOME
NOME

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE
ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS

São Paulo

Maio/2018
NOME
NOME

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE
ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS

Projeto de Pesquisa apresentado à


Faculdade Sumaré como requisito parcial
para a obtenção da Conclusão do Curso
de Licenciatura em Pedagogia.

Orientadora: Profª.

São Paulo

Maio/2018
SUMÁRIO

1 TEMA..........................................................................................................................4

2 PROBLEMA................................................................................................................4

3 OBJETIVOS...............................................................................................................4

3.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................................4

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................4

4 JUSTIFICATIVA..........................................................................................................4

5 HIPÓTESE.................................................................................................................5

6 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................6

7 METODOLOGIA.........................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................11
1 TEMA

A importância da ludicidade no processo de ensino e aprendizagem de alunos


da Educação de Jovens e Adultos.

2 PROBLEMA

Qual a importância de se trabalhar com a ludicidade no processo de ensino e


aprendizagem de alunos da Educação de Jovens e Adultos?

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

 Investigar a influência do brincar no processo de aprendizagem de alunos da


Educação de Jovens e Adultos.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Realizar um estudo sistematizado sobre a utilização de material lúdico na EJA;


 Analisar como ocorre a aprendizagem com o uso da ludicidade
 Observar as estratégias pedagógicas adotadas por docentes da EJA.

4 JUSTIFICATIVA

A pertinência desse tema se deve ao fato de que em conversas informais com


professoras da EJA, as pesquisadoras constataram que alguns docentes ainda
desconhecem a importância da utilização do lúdico como metodologia facilitadora do
processo de aprendizagem, o que pode ser um impedimento, para a construção de um
planejamento educacional e ações pedagógicas que contemplem e emprego dessa
estratégia para enriquecimento da pratica pedagógica e consequentemente, o
favorecimento de uma aprendizagem integralmente significativa.
Dado o exposto esta pesquisa tem por finalidade despertar o interesse dos
professores pela ludicidade como metodologia de ensino, além de expor aos mesmos
que se pode utilizar as brincadeiras como estratégias pedagógicas tendo em vista que
o brincar é uma linguagem em que a criança se expressa naturalmente e devido a isso
é importante que esteja inserida no âmbito escolar.

É inegável afirmar que para utilização do lúdico como ferramenta pedagógica


facilitadora do processo de ensino-aprendizagem, faz-se necessário que o docente
direcione e medie toda a atividade estabelecendo os objetivos e critérios fazendo com
que a brincadeira tenha um caráter pedagógico e que, não seja tratada com um mero
momento recreativo, promovendo assim, interação social e o desenvolvimento de
habilidades cognitivas e intelectuais.

Por todos esses aspectos percebe-se a importância de investigar esta temática


tendo em vista favorecer a compreensão do educador em relação à atividade infantil
para que possa intervir como facilitador no desenvolvimento do estudante da EJA.
Deste modo, ao se apropriar da concepção do lúdico na elaboração de seu
planejamento pedagógico, ele estará utilizando uma metodologia diferenciada,
deixando de lado o ensino tradicional, optando por uma prática expressiva e atrativa
que propicie aos seus alunos a assimilação de novos conhecimentos, desenvolvendo a
socialização e a criatividade, e primordialmente, o aprender brincando. Diante dessas
perspectivas, o docente verá significado em seu trabalho pedagógico utilizando o
lúdico como ferramenta pedagógica e facilitadora do processo de aprendizagem do
aluno.

5 HIPÓTESE

As pesquisadoras admitem e consideram a importância do lúdico no processo


de aprendizagem de alunos da EJA. A atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a
brincadeira, precisam ser aperfeiçoados e compreendidos, partindo do pressuposto de
que necessita-se emergencialmente da proposição de momentos de formação
continuada onde sejam propostas reflexões acerca do papel da atividade lúdica como
metodologia facilitadora do processo de ensino aprendizagem. Na medida em que os
professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no
desenvolvimento infantil, intensas mudanças irão ocorrer na educação e nos sujeitos
que estão inseridos nesse processo.

‘ Em virtude do que foi mencionado cabe ressaltar que o lúdico é um fator


fundamental para o desenvolvimento da criança, pois possibilita a elas aprenderem a
se relacionarem com os outros, promovendo o desenvolvimento da linguagem, da
concentração, consequentemente gerando uma maturidade de novos conhecimentos.

Torna-se fundamental que o professor consiga organizar espaços e brincadeiras


que oportunizem satisfação e, por conseguinte resultando na aprendizagem. Todavia,
criatividade e iniciativa são indispensáveis para se trabalhar a ludicidade na EJA,
considerando que o aprendizado aliado à brincadeira pode ser marcante e
inesquecível, exigindo do docente e também de seus alunos uma preparação
eloquente para fazerem parte desse mundo tão sublime e encantador.

6 REVISÃO DE LITERATURA

É de conhecimento geral que o aluno da EJA traz consigo um histórico de


insucessos e desafios em sua trajetória acadêmica. Deste modo, para que se
propiciem melhorias junto ao alunado da EJA e garantam a sua permanência na
escola, é necessário criar possibilidades para que os discentes sintam-se envolvidos
no processo de ensino e que estes sejam norteados por práticas que possibilitem a
inclusão educacional e social.

Neste contexto, a ludicidade é uma grande e importante ferramenta no processo


de ensino e aprendizagem de alunos da EJA, pois propõe o prazer associado ao
aprender. Importante evidenciar que é preciso fundamental que o docente que se
proponha a trabalhar com estes alunos, respeite os níveis de compreensão dos
mesmos e valorize a sua realidade para que se efetive o processo de ensino
aprendizagem.

Esta perspectiva, deve exercida sem imposições, pois ninguém sabe tudo, cada
um tem suas subjetividades e o seu conhecimento pautado em suas convicções e
experiências vividas. Assim sendo, o trabalho com a ludicidade, para além da
recreação, deve envolver a sensibilidade e a descoberta de um novo sentido para a
leitura e a escrita, vislumbrando o desenvolvimento pleno da capacidade do sujeito
(OLIVEIRA et al., 2008).

Para Santos (1999), o lúdico é uma forma que o indivíduo tem de expressar-se e
integrar-se ao ambiente que o cerca. Por meio das atividades lúdicas ele assimila
valores, adquire conhecimento em diversas áreas, desenvolve o comportamento e
aprimora as habilidades motoras. Aprende ainda a assumir responsabilidades e se
tornar sociável e apurar a sua criticidade. O lúdico favorece o raciocínio o qual é
estimulado de forma prazerosa e a motivação em aprender é resgatada.

Por todos esses aspectos conclui-se que a atividade lúdica funciona como um
elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, sendo assim,
na brincadeira a criança desenvolve mecanismos que facilitam sua aprendizagem, seu
desenvolvimento social, pessoal e cultural, contribuindo para uma vida saudável,
fisicamente e mentalmente.

Segundo Teixeira (1995), são inúmeras as razões pelas quais os educadores


recorrerem às atividades lúdicas e também a utilização das mesmas como um recurso
de grande valia no processo de ensino e aprendizagem. O autor esclarece ainda que:

O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço


espontâneo. Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de
absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo.
É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com
forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em
virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é
portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de
um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades
lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário
(TEIXEIRA, 1995, p. 23).

A iniciativa de unir o lúdico à educação acorreu a partir do movimento da Escola


Nova e da adoção dos chamados "métodos ativos". Todavia, essa ideia não é nova e
nem recente quanto se parece. De acordo com Teixeira (1995):
Em 1632, Comenius terminou de escrever sua obra Didática Magna, através
da qual apresentou sua concepção de educação. Ele pregava a utilização de
um método de acordo com a natureza e recomendava a prática de jogos,
devido ao seu valor formativo (p.39).

Conforme pontua Santos (2001, p. 53) "A educação pela via da ludicidade
propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema de
aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da instrução".
Dado o exposto, compete ao docente compreender que ao estabelecer o ensino por
meio de uma proposta lúdica deve-se ter em mente que não se pode aplicar um jogo
ou uma técnica recreativa sem ter um objetivo estabelecido para a atividade proposta,
desta forma, torna-se imprescindível que o docente planeje suas aulas
sistematicamente. Compactuando com essa ideia Antunes (1998) aponta que jamais
deve-se adotar esse recurso sem um rigoroso e cuidadoso planejamento.

Segundo Montessori (1965), a utilização dos jogos é uma técnica que facilita o
desenvolvimento dos alunos. Com a sua utilização, o professor tem possibilidades de
oferecer diversas opções para o desenvolvimento das capacidades e habilidades dos
educandos em cada fase em que se encontram. Importante se torna a utilizar jogos de
forma coerente alicerçados pelos objetivos a serem atingidos, explorando a ludicidade,
sendo esta uma maneira eficaz e criativa na promoção da superação de obstáculos no
ensino da Língua Inglesa.

Em suma, "o jogo é um fator didático altamente importante; mais do que um


passatempo, ele é elemento indispensável para o processo de ensino-aprendizagem.
Educação pelo jogo deve, portanto, ser a preocupação básica de todos os professores
que têm intenção de motivar seus alunos ao aprendizado". (TEIXEIRA, 1995, p. 49).

Importante salientar que a brincadeira pode contribuir intensamente para a


formação integral de um aluno, possibilitando uma prática eficaz e promovendo a
interação entre os alunos. Exemplificando: aqueles estudantes que se mostram tímidos
e que demonstram dificuldades de interação com a turma é plenamente possível que o
lúdico auxilie a minimizar ou até mesmo solucionar essas questões,

Fazer a introdução do lúdico como conciliador e facilitador no processo de


ensino aprendizagem no Ensino Fundamental não significa apenas administrar essas
atividades em sala de aula. Esse é um grande desafio que deve ser assumido na
educação das crianças nos tempos atuais. Trazer o lúdico para dentro da sala de aula
torna possível que a criança se torne sujeito que faz parte de uma sociedade. Ao fazer
uso do lúdico no uso de brincadeiras e jogos, a intenção da escola é formar cidadãos
críticos capazes de promover transformações no meio em que vivem. Não se pode
afirmar que a criança só aprende através do lúdico, mas vale infantilizar que o aluno
aprende melhor quando brinca.

O lúdico tem seu valor e sua real importância, através do resultado do


desenvolvimento de cada atividade, dessa forma é possível utilizar o mesmo em todos
os conteúdos, de forma a desenvolver um esquema próprio para cada criança,
envolvendo-as como um todo na compreensão de cada atividade.

7 METODOLOGIA

O estudo será desenvolvido em duas etapas, na primeira será adotada a


pesquisa de cunho bibliográfico, cujo benefício se dá pelo fato de que esta possibilita
investigar as diferentes contribuições cientificas sobre o tema abordado, permitindo ao
pesquisador utilizar as informações coletadas para enriquecimento de suas
proposições. Com tal intuito será realizada a busca por publicações que abordem
questões relacionadas ao tema, sendo estas posteriormente analisadas e interpretadas
para servirem como aporte teórico na construção da fundamentação da pesquisa.

Para Lakatos e Marconi (2001, p. 183), a pesquisa bibliográfica:

[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado,


desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua finalidade é colocar
o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto [...].

Cumpre mencionar ainda que neste percurso de desenvolvimento serão


seguidas algumas etapas: identificação e delimitação do assunto, identificação dos
descritores, com a finalidade de auxiliar no enquadramento teórico; Escolha das bases
de dados da pesquisa, exclusão de publicações que não atendam aos objetivos
propostos e, após a seleção criteriosa dos artigos de acordo com os descritores e
critérios de exclusão, sendo realizado o preenchimento de fichas bibliográficas com a
finalidade de sistematização na coleta das informações; seleção dos artigos de
excelência; identificação dos problemas metodológicos e comparação com outros
trabalhos.

Posteriormente, na segunda etapa será realizada a pesquisa de campo a qual


assumirá um caráter qualitativo, sendo realizada em uma Escola Pública do município
de São Paulo que oferece a modalidade da Educação de Jovens e Adultos, tendo
como participantes professores e alunos. A pesquisa será desenvolvida através de
aplicação de questionários aos participantes na intenção de identificar a coesão ou
diversidade do discurso dos sujeitos participantes em relação à influência do brincar no
processo de aprendizagem de alunos da Educação de Jovens e Adultos.

A escolha pela abordagem qualitativa se deu como meio metodológico mais


adequado de coleta de dados de pesquisa para fins de obtenção dos resultados
segundo o objetivo proposto. Conforme assegura Gaskell (2011, p. 86):

A finalidade real da pesquisa qualitativa não é contar opiniões ou pessoas,


mas, ao contrário, explorar o espectro de opiniões, as diferentes
representações sobre o assunto em questão.

Portanto, a finalidade será identificar os mais diversos “pontos de vista” que


existem no imaginário dos docentes e alunos sobre o tema abordado na pesquisa,
sendo considerado irrelevante para os aspectos quantificadores e a intenção
generalizante na interpretação de dados.

Cumpre mencionar que uma vez que o estudo possui caráter qualitativo, não
tem como objetivo quantificar a instituição, os docentes ou alunos, que partilham de
suas convicções acerca do tema, mas, somente, apresentar as perspectivas que
emergem do social perante a discussão em questão através dos dados coletados em
questionários.
Dessa forma, será necessário restringir o grupo de análise, de forma que se
obtenha uma amostragem possível de ser estudada em profundidade. Sendo assim
serão entrevistados 4 (quatro) docentes e 4 (quatro) alunos. Os sujeitos da pesquisa
serão convidados a participarem do estudo através de contato pessoal, por telefone
e/ou endereço eletrônico, sendo devidamente esclarecidos quanto ao objetivo do
estudo, seus riscos e benefícios e à metodologia utilizada. Aqueles que concordarem
em participar da pesquisa assinará o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE).

A pesquisa será realizada utilizando questionário semiestruturado como


instrumento de coleta de dados, que foram cuidadosamente registradas. As perguntas
serão direcionadas aos docentes e aos estudantes, seguindo um roteiro pré-formulado
sobre suas percepções acerca da temática. A interpretação dos dados coletados será
realizada através da metodologia de Análise de Conteúdo a qual segundo Bardin
(2009, p. 44) trata-se de:

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por


procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das
mensagens indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis
inferidas) destas mensagens.

Esta técnica propõe-se a analisar o que é explícito no texto para obtenção de


indicadores que permitam fazer inferências. Por conseguinte, se dará a exploração do
material através de uma releitura e análise minuciosa dos textos, buscando codificar
seus dados, de forma a apresentar os conteúdos expostos pelos significados comuns
encontrados, e não somente pela frequência dos termos expressos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação de múltiplas inteligências. 8 ed.


Petrópolis: Vozes, 1998.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.


GASKELL, G.Entrevistas individuais e grupais. En: Bauer, M. W. & Gaskell, G.
(Eds.), Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático, (pp. 64-89).
Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho


cientifico: Procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório,
publicações e trabalhos científicos – 7. Ed. – 5. Reimpressão. – São Paulo: Atlas,
2010.

MONTESSORI, Maria. Ler e Escrever Certo. Disponível em:<


http://lereescrevercerto.blogspot.com/2009/05/5correntes-pedagogicas-
montessori.html. Acesso em 23 mai. 2018.

OLIVEIRA, Eliene de.; RODRIGUES, Márcia do Socorro.;SOUZA, Rejanete Silva.;


GUIMARÃES, André Rodrigues. O lúdico na educação de jovens e adultos. Disponível
em http://alb.com.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais16/se. Acesso em 23 mai.
2018.

SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade .São


Paulo: Cortez, 1996.

SANTOS, Santa Marli P. dos (org.). Brinquedo e Infância: um guia para pais e
educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

TEIXEIRA, Carlos E. J. A ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995.

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