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NBR 7229/1993 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos

Parte I

 Dimensionamento da fossa séptica

As fossas sépticas têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nas
águas de esgoto, descarregando-a no terreno, onde o se completará o tratamento.

Nas fossas, as águas servidas sofrem a ação de bactérias anaeróbicas, ou seja, microorganismos
que só atuam sem a presença de oxigênio. Durante a ação desses microorganismos (em grande
parte presentes nos próprios resíduos lançados), parte da matéria orgânica sólida é convertida
em gases ou em substâncias solúveis, que dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas
e lançadas no terreno.

Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as partículas minerais sólidas (lodo) e


forma-se na superfície do líquido uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias
insolúveis e mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das
bactérias. Como resultado há a destruição total ou parcial de organismos patogênicos.

O sistema de fossas sépticas deve preservar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas,
mediante estrita observância das prescrições da NBR 7229/1993: Projeto, construção e
operação de sistemas de tanques sépticos.

 Cálculo do volume útil

O volume útil é o somatório dos volumes de sedimentação, digestão e armazenamento


de lodo.

Fórmula:

Vútil = 1000 + N (C.Td + K.Lf)

Onde:

Vútil: Volume útil


N: Número de contribuintes → 3 habitantes

C: Contribuição de despejos (L/hab.dia) → 160 L/hab.dia(valor tabelado)

Td: Tempo de detenção (dia) → 1 dia (valor tabelado)

K: Taxa de acumulação de lodo digerido → 65 dias (valor tabelado – Considerar intervalo de


limpeza de um ano e temperatura de 15°C).

Lf: Contribuição de lodo fresco (L/hab.dia) → 1L/hab.dia(valor tabelado)

Vútil = 1000 + N (C.Td + K.Lf)

Vútil = 1000 + 3 (160.1 + 65.1)

Vútil = 1675 L ou V = 1,67 m3

 Fossa circular

Fórmula

Vútil = π.R2.H

Onde:

Vútil: Volume útil → 1,67 m3

R: Raio da seção transversalda fossa

H: Profundidade útil → 1,5 m (valor tabelado – Com base no volume útil calculado)

***Obedecendo a seguinte proporção: D = 2R (Eq.5A)

Onde:

D: Diâmetro da seção transversal da fossa

R2 = Vútil / (π.H)

R2= 1,67 / (π.1,5)

R2 = √0,3543

R= 0,595 → R = 0,6 m

D = 2R

Logo se R = 0,6 m e
D = 2.0,6 → D = 1,2 m

Esquematicação:

Escava-se o terreno de modo que a parte superior da fossa fique um pouco abaixo do nível do
terreno. Durante a concretagem, inicialmente molda-se o fundo, sendo que a espessura do
fundo da fossa é de 10cm. Recomenda-se a utilização do mesmo concreto para a laje de
cobertura(tampa). A retirada das fôrmas poderá ser feita no dia seguinte após a concretagem
(24 horas depois).

Para confecção da laje de cobertura, são usadas fôrmas com dimensões tais que fiquem bem
apoiadas nas laterais. Será construída uma única laje com 123cm de largura e 7cm de
espessura. Com abertura de 50cm para construção de uma tampa tipo CAP.

Pela escolha do uso do anel de concreto com diamentro de 120cm, a melhor escolha foi da
fabricação do anel com 50 cm de altura, sendo necessário 4 anéis, para que esses na hora da
instalação sejam sobrepostos.

As fossas sépticas devem ser localizadas o mais próximo possível do banheiro,com tubulação
o mais reta possível e distanciadas no mínimo a 15m abaixo de qualquer manancial de água
Para a tubulação especificada pela norma NBR 7229/1993 a qual recomenda a utilização de
tubos de PVC com 100mm de diâmetro, para evitar entumimentos .

 Dimensionamento do sumidouro

Sumidouro é a vala ligada a fossa séptica, recebe o liquido separado com o objetivo de
escoar a água para o solo.

 Volume de contribuição de esgoto da residência

Fórmula:

(Eq. 6A)

Ve = N.C

Ve: Volume de contribuição de esgoto da residência


N: Número de contribuintes → 3 habitantes

C: Contribuição de despejos (L/hab.dia) → 160 L/hab.dia(Valor tabelado)

Solução da Eq. 6A

Ve = 3.160

Ve = 480 L/dia

 Área das paredes do(s) sumidouro(s)

Fórmula:

(Eq. 7A)

Asumidouro = Ve/Tx

Onde;

Asumidouro: Área solicitada de parede para sumidouro

Ve: Volume de contribuição de esgoto da residência → 480 L/dia (calculado)

Tx: Taxa de absorção do solo → 40 L/m2.dia (Valor adotado)

Solucão da Eq. 7A

Asumidouro = 480/40

Asumidouro = 12 m2

 Determinação do número de sumidouros necessários a demanda

Fórmula 1:

(Eq. 8A)

As1 = 2.π.R.H

Onde:

As1: Área da parede de um sumidouro

R: Raio da seção transversal do sumidouro → 0,75 m (Valor adotado)

H: Profundidade do sumidouro → 1,5 m (Valor adotado)


Solução da Eq.8A

As1 = 2.π.R.H

As1 = 2.π.0,75.1,5

As1 = 7,1 m2

Fórmula 2:

(Eq. 9A)

N = Asumidouro / As1

***Sob a condição: se N < ou = 2, então é viável; Se não é inviável economicamente.

Solução da Eq. 9A

N = 12 / 7,1

N = 1,69 sumidouros

Avaliação da viabilidade → 1,69 é menor que 2, portanto é viável!

Somente é possível construir quantidades inteiras de sumidouros, logo N = 2 sumidouros, por


arredondamento.

 Cálculo da vala de infiltração (Opcional, para o caso de inviabilidade do


sumidouro)

São valas nas quais são colocados tubos que permitem, ao longo do seu comprimento, escoar para
dentro do solo os efluentes provenientes das fossas sépticas.

 Comprimento da vala de infiltração

Fórmula:

(Eq. 10A)

Ainfiltração = C.L

Onde:

Ainfiltração: Área solicitada de parede para infiltração → Adota-se o valor de Asumidouro = 12 m2

Então: Ainfiltração = 12 m2
C: Comprimento necessário para vala de infiltração

L: Largura da vala → 0,5 m (Valor adotado); Largura mínima de 0,50m e máxima de 1,00m.

***Sob a condição: C < ou = 18 (onde 18 = 6×3; ( Sendo que → 3 = Número de habitantes por
residência e 6 = comprimento em metros por habitante, economicamente viável).

Solução da Eq. 10ª

Ainfiltração = C.L

12 = C.0,5 → C = 24 m

Avaliação da viabilidade → C = 24 > 18, portanto é não é viável, para a largura (L) de 0,5 m

Parte II

 Cálculo da vazão de esgoto sanitário

Sequência de cálculos para definição das vazões máximas e mínimas, para inicio e fim de
projeto, baseado no quantitativo populacional previsto para o tempo de projeto.

 Dados de projeto

População em 2017 = 22155 habitantes.

Crescimento geométrico populacional = 0,96% ao ano.

Tempo de projeto = 20 anos

Geração per capita de esgoto = 160 Litros / pessoa.dia → (qm) → 1,85x10-3 L/s

Comprimento estimado de rede = 115332 m → (Lrede)

Taxa de infiltração do solo = 5x10-5 L/m.s → (Ti)

Coeficiente de retorno = 0,8 → (c)

Coeficiente de variação de vazão: k1 = 1,2

k2 = 1,5

k3 = 0,5

Vazão singular industrial: Qc(inicial) = 10 L/s

Qc(final) = 70 L/s
Coeficiente de permeabilidade do solo → 60 L/m2.dia

 Cálculo da população para o ano de 2037

Fórmula:

(Eq. 1B)

Pt(2037) = P0∗ (1+i)Δ𝑡

Onde;

Pt(2037): População total a ser calculada → para o ano de 2037

P0: População inicial → no ano de 2017

i: taxa de crescimento (0,96% ao ano, para a cidade de Ceres).

∆t: Variação do tempo em anos (Período de atividade do aterro, 20 anos).

Solução da Eq. 1B

Pt = P0∗ [(1+i)Δ𝑡]

Pt2037 = 22.155 * [(1+ 0,96/100)20]

Pt2037 = 26.820 habitantes

 Taxa de infiltração

Corresponde a água subterrânea que infiltra por meio das juntas e paredes das tubulações
e órgão acessório.

 Taxa de infiltração inicial

Fórmula:

(Eq. 3B)

Qinf(i) = Ti. Lrede, inicial

Onde;

Qinf(i): Taxa de infiltração inicial

Ti: Taxa de infiltração do solo → 5x10-5 L/m.s (Valor dado)

Lrede, inicial: Comprimento estimado de rede inicial → 0; Pois é inicial


Solução da Eq. 3B

Qinf(i) = Ti. Lrede, inicial

Qinf(i) = 5x10-5 . 0

Qinf(i) = 0

 Taxa de infiltração final

Fórmula:

(Eq. 4B)

Qinf(f) = Ti. Lrede, final

Onde;

Qinf(f): Taxa de infiltração final

Ti: Taxa de infiltração do solo → 5x10-5 L/m.s (Valor dado)

Lrede, final: Comprimento estimado de rede final → 115332 m; Pois é final (valor dado)

Solução da Eq.4B

Qinf(f) = Ti. Lrede, final

Qinf(f) = 5x10-5 . 115332

Qinf(f) = 5,77 L/s

 Cálculo das vazões mínimas e máximas em início e fim de projeto.


 Calculo da vazão mínima inicial

Fórmula:

(Eq. 5B)

Qmin, inicial = [(Pt2017.qm.c).(k3)]+ Qinf(i) + Qc(inicial)

Onde;

Qmin, inicial: Vazão mínima inicial

Pt2017: número de habitantes no ano de 2017 → 22155 habitantes (Valor dado)

qm: Geração per capita de esgoto → 1,85x10-3 (valor dado)


c: Coeficiente de retorno → 0,8 (Valor dado)

k3: Coeficiente de variação de vazão k3 → 0,5 (Valor dado)

Qinf(i): Taxa de infiltração inicial → 0; (Valor cálculado)

Qc(inicial): Vazão singular ou industrial inicial → 10 (Valor dado)

Solução da Eq.5B

Qmin, inicial = [(Pt2017.qm.c).(k3)]+ Qinf(i) + Qc(inicial)

Qmin, inicial = [(22155.1,85x10-3.0,8).(0,5)]+0+10

Qmin, inicial = 16,41+0+10

Qmin, inicial = 26,41 L/s

 Cálculo da vazão mínima final

Fórmula:

(Eq. 6B)

Qmin, final = [(Pt2037.qm.c.k3)+ Qinf(i) + Qc(final)]

Onde;

Qmin, final: Vazão mínima final

Pt2037: número de habitantes no ano de 2037 → 26820 habitantes (Valor dado)

qm: Geração per capita de esgoto → 1,85x10-3 (valor dado)

c: Coeficiente de retorno → 0,8 (Valor dado)

k3: Coeficiente de variação de vazão k3 → 0,5 (Valor dado)

Qinf(i): Taxa de infiltração inicial → 0; (Valor cálculado)

Qc(final): Vazão singular ou industrial final → 70 (Valor dado)

Solução da Eq. 6B

Qmin, final = [(Pt2037.qm.c.k3)+ Qinf(i) + Qc(final)]

Qmin, final = [(26820.1,85x10-3.0,8).(0,5)]+0+70


Qmin, final = 19,87+70

Qmin, final = 89,87 L/s

 Cálculo da vazão máxima inicial

Fórmula:

(Eq.7B)

Qmáx,inicial = [(Pt2017.qm.c.k1)+ Qinf(i) + Qc(inicial)]

Onde;

Qmáx, inicial: Vazão máxima inicial

Pt2017: número de habitantes no ano de 2017 → 22155 habitantes (Valor dado)

qm: Geração per capita de esgoto → 1,85x10-3 (valor dado)

c: Coeficiente de retorno → 0,8 (Valor dado)

k1: Coeficiente de variação de vazão k1 → 1,2 (Valor dado)

Qinf(i): Taxa de infiltração inicial → 0; (Valor cálculado)

Qc(inicial): Vazão singular ou industrial inicial → 10 (Valor dado)

Solução da Eq.7B

Qmáx,inicial = [(Pt2017.qm.c.k1)+ Qinf(i) + Qc(inicial)]

Qmáx,inicial = [(22155.1,85x10-3.0,8).(1,2)]+0+10

Qmáx,inicial = 39,38+10

Qmáx,inicial = 49,38 L/s

 Cálculo da vazão máxima final

Fórmula:

(Eq. 8B)

Qmáx, final = [(Pt2037.qm.c).(k1.k2) + Qinf(i) + Qc(final)]

Onde;
Qmáx, final: Vazão máxima final

Pt2017: número de habitantes no ano de 2017 → 22155 habitantes (Valor dado)

qm: Geração per capita de esgoto → 1,85x10-3 (valor dado)

c: Coeficiente de retorno → 0,8 (Valor dado)

k1: Coeficiente de variação de vazão k1 → 1,2 (Valor dado)

k2: : Coeficiente de variação de vazão k2 → 1,5 (Valor dado)

Qinf(f): Taxa de infiltração final → 5,77 L/s (Valor calculado)

Qc(inicial): Vazão singular ou industrial final → 70 (Valor dado)

Solução da Eq. 9B

Qmáx, final = [(Pt2037.qm.c).(k1.k2) + Qinf(i) + Qc(final)]

Qmáx, final = [(26820.1,85x10-3.0,8).(1,2 .1,5)]+0+70

Qmáx, final = 71,52 + 5,77 + 70

Qmáx, final = 147,29 L/s

 Tratamento preliminar
 Dimensionamento da calha Parshall

O dimensionamento da calha Parshall é realizado em função das vazões máximas e


mínimas a serrm medidas, os valores são tabelados.

 Especificação da calha

A especificação da calha é dada pela medida da largura de sua menor seção → W

Medida em polegadas → Wpol = 9’’ → Sendo assim o valor de Wm = 0,229 m (Valor


tabelado)

 Valores de “n” e “k”; valores tabelados em função de Wpol ou Wm

n → 1,530

k → 0,535

 Cálculo do nível máximo de esgoto


Fórmula:

(Eq. 10B)

1
𝑄𝑚á𝑥,𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑛
Hmáx = ( )
𝑘

Onde;

Hmáx: Nível máximo de esgoto

Qmáx,final: Vazão → Qmáx, final = 147,29 L/s = 0,147729 m3/s (valor calculado )

k: coeficiente → 0,535

n → 1,530

Solução da Eq. 10B

1
0,14729 1,530
Hmáx = ( ) → Hmáx = 0,43 m
0,535

 Cálculo do nível mínimo de esgoto

(Eq. 11B)

1
𝑄𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑛
Hmin = ( )
𝑘

Onde;

Hmin: Nível mínimo de esgoto

Qmin,inicial: Vazão → Qmin, inicial = 26,41 L/s = 0,02641 m3/s (valor calculado )

k: coeficiente → 0,535

n → 1,530

Solução da Eq. 11B

1
0,02641 1,530
Hmin = ( ) → Hmin = 0,14 m
0,535

 Cálculo do Z - Rebaixo da calha Parshall


Fórmula:

(Eq. 12B)

(𝑄𝑚á𝑥,𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 .𝐻𝑚𝑖𝑛−𝑄𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 .𝐻𝑚á𝑥)


Z=
𝑄𝑚á𝑥,𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙−𝑄𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Onde;

Z: Rebaixo da calha Parshall

Qmáx, final: Vazão → Qmáx, final = 147,29 L/s = 0,147729 m3/s (valor calculado )

Hmin: Nível mínimo de esgoto → Hmin = 0,14 m

Qmin,inicial: Vazão → Qmin, inicial = 26,41 L/s = 0,02641 m3/s (valor calculado )

Hmáx: Nível máximo de esgoto → Hmáx = 0,43 m

Solução da Eq. 12B

(0,14729 . 0,14−0,02641 . 0,43)


Z= → Z = 0,077 m
0,14729 −0,02641

 Dimensionamento da largura do canal (Lg)

Adotando os seguintes valores, para definição da largura do canal.

t = 0,1

Nb = 10; Este será o número de barras adotado para a grade grosseira.

Logo:

Fórmula:

(Eq. 13B)

Lg = [(Nb+1).a] + [Nb.t]

Onde;

Lggrossa: Largura do canal

Nb: Numero de barras → 10 (Adotado)

a: Abertura entre as barras em metros → 0,04 m


t: Espessura da barra em metros

Solução da Eq. 13B

Lg = [(10+1) . 0,04] + [10 . 0,1]

Lg = 1,44 m

 Grade média

Fórmula:

(Eq. 14B)

 Lg = [(Nb+1).a] + [Nb.t]

Onde;

Lggrossa: Largura do canal → 1,44 m

Nb: Numero de barras

a: Abertura entre as barras em metros → 0,02 m

t: Espessura da barra em metros → 0,1 (Valor dado)

Solução da Eq. 14B

Lg = [(Nb+1).a] + [Nb.t]

1,44 = [(Nb+1).0,02] + [Nb.0,1]

Nb = 11,83 barras → 12 barras

 Grade fina

Fórmula:

(Eq. 15B)

 Lg = [(Nb+1).a] + [Nb.t]

Onde;

Lggrossa: Largura do canal → 1,44 m

Nb: Numero de barras


a: Abertura entre as barras em metros → 0,01 m

t: Espessura da barra em metros → 0,1 (Valor dado)

Solução da Eq. 15B

Lg = [(Nb+1).a] + [Nb.t]

1,44 = [(Nb+1).0,01] + [Nb.0,1]

Nb = 13 barras

 Cálculo da profundidade do canal de derivação P

O cálculo da profundidade de derivação é necessário como pré-requisito para o cálculo do


comprimento das barras.

Fórmula

(Eq. 16B)

P = R + D + Δhp + Hmáx

Onde;

P: Profundidade do canal de derivação

R: Recobrimento do emissário de esgoto sanitário bruto → 0,1 m (Valor dado)

D: Diâmetro do emissário de esgoto sanitário bruto → 1 m (Valor dado)

Δhp: Perda de carga na grade suja (50% obstruída) → 0,15 m (Valor dado)

Hmáx: Nível máximo de esgoto → Hmáx = 0,43 m

Solução da Eq. 16B

P = 0,1 + 1,0 + 0,15 + 0,43

P = 1,68 m

 Comprimento da grade

Fórmula:

(Eq. 17B)
𝑃
Sen∅ =
𝐶𝑔

Onde;

∅: Ângulo de inclinação da grade → 45° (Valor adotado)

P: Profundidade do canal de derivação → 1,68 m

Cg: Comprimento da grade

Solução da Eq.17B

1,68
Sen45° =
𝐶𝑔

Cg = 2,37 m

 Comprimento do canal

Fórmula:

(Eq. 18B)

𝑃
Cos45° =
𝐶𝑐

Onde;

∅: Ângulo de inclinação → 45° (Valor adotado)

P: Profundidade do canal de derivação → 1,68 m

Cc: Comprimento do canal

Solução da Eq.18B

1,68
Cos45° =
𝐶𝑔

Cc = 2,37 m

 Dimensionamento do desanerador prismático retangular por gravidade

 Dimensionamento da área em planta do desanerador

Fómula:
(Eq. 19B)

𝑄𝑚á𝑥
TES =
𝐴

Onde;

TES: Taxa de escoamento superficial → Aproximadamente 600 m3/m2.dia = 6,94 . 10-3 m/s

Qmáx: Vazão → Qmáx, final = 147,29 L/s = 0,147729 m3/s (valor calculado )

A: Área em planta do desanerador

Solução da Eq. 19B

0,14729
6,94 . 10-3 =
𝐴

A = 21,20 m2

 Rebaixo da caixa de areia

Para o dimensionamento da caixa de areia é necessário calcular o Ymáx, este será


utilizado para definição das variáveis B (largura) e Cmín (comprimento mínimo) – Eq. 20B da
caixa de areia.

Fórmula:

Ymáx = Hmáx + Z

Ymáx = 0,43 + 0,077

Ymáx = 0,507

Onde;

Ymáx: Altura da caixa de areia até o nível de esgoto

Z: Rebaixo da calha Parshall → Z = 0,077 m

Hmáx: Nível máximo de esgoto → Hmáx = 0,43 m

(Eq. 21B)

B = 0,4943 / Ymáx
Onde;

B: Largura do canal da caixa de areia

Ymáx: Altura da caixa de areia até o nível de esgoto

Solução da Eq. 21B

B = 0,4943 / 0,507

B = 0,97 m

(Eq. 22B)

Cmín = 15 . Ymáx

Onde;

Cmín: Comprimento mínimo da calha

Ymáx: Altura da caixa de areia até o nível de esgoto

Solução da Eq. 22B

Cmín = 15 . 0,507

Cmín = 7,6 m

Verificação da razão entre a “área em planta do desanerador” e a “largura do canal da


caixa de areia”, sob a condição estabelecida na equação Eq. 23 B.

(Eq. 23B)

Cálculo do comprimento do canal da caixa de areia

Fórmula:

Eq. 24B

𝐴
𝐶= ,deve ser no mínimo Cmín (calculado)
𝐵
Onde;

C: Comprimento da caixa de areia

B: Largura da caixa de areia

A: Área em planta do desanerador

Solução da Eq. 24B

21,20
Logo, temos que a razão acima corresponde à →
0,97

C = 21,85 m

Portando pode-se concluir que se, Cmín = 7,6 é menor que C = 21,85, os resultados
obtidos no dimensionamento da calha são satisfatórios.

Cálculo do volume acumulado:

Fórmula:

(Eq. 25B)

V=B+H+C

Onde;

V: Volume acumulado

B: Largura da caixa de areia

H: Altura da caixa de areia → 20 cm ou 0,2 m (Valor dado)

C: Comprimento da caixa de areia

Solução da Eq. 25B

V = (0,97) . (0,2) . (21,85)

V = 4,23 m3

 Lagoa anaeróbia

 Cálculo do volume requerido para a lagoa anaeróbia

Fórmula:
(Eq. 26B)

𝑉
Qmáx =
𝑇𝑑

Onde:

Td: 6 dias → 518400 segundos (Valor adotado)

H: 5 metros (Valor adotado)

Qmáx: Vazão máxima → 0,17429 m3/s

Solução da equação 26B:

𝑉
Qmáx =
𝑇𝑑

V = Qmáx . Td

V = 0,17429 . 518400

V = 76355,136 m3

 Cálculo da área da base

Fórmula:

(Eq. 27B)

V = Ab . h

Onde;

V: Volume requerido da lagoa (Valor calculado) → 76355,136 m3

Ab: Área da base

h: Altura da lagoa → 5 m (Valor dado)

Solução da equação 27B:

76355,136 = Ab . 5

Ab = 76355,136 / 5 → Ab = 15271,02 m2

 Cálculo do comprimento e largura da lagoa anaeróbia


Fómula:

(Eq. 28B)

Ab = C . L

Onde;

Ab: Área da base → Ab = 15271,02 m2 (Valor calculado)

L: Largura da lagoa

C: comprimento da lagoa → Equivale a 3.L

Solução da Eq. 18C

Eq. 28B aplicando a proporção de C = 3L, temos:

Ab = C . L

Ab = 3L . L → Ab = 3L2

L = √(15271,02 / 3)

L = 71,34 m

Logo, temos que:

Se C = 3L, então

C = 3 . 71,34

C = 214,04 m

 Lagoa facultativa

 Cálculo do volume requerido para a lagoa facultativa

Fórmula:

(Eq. 29B)

𝑉
Qmáx =
𝑇𝑑

Onde:

Td: 15 dias → 1296000 segundos (Valor adotado)


H: 2,5 metros (Valor adotado)

Qmáx: Vazão máxima → 0,17429 m3/s

Solução da equação 29B:

V = Qmáx . Td

V = 0,14729 . 1296000

V = 190887,84 m3

 Cálculo da área da base

Fórmula:

(Eq. 30B)

V = Ab . h

Onde;

V: Volume requerido da lagoa (Valor calculado) → 190887,84 m3

Ab: Área da base

h: Altura da lagoa → 2,5 m (Valor dado)

Solução da equação 30B:

190887,84 = Ab . 2,5

Ab = 190887,84 / 2,5 → Ab = 76355,136 m2

 Cálculo do comprimento e largura da lagoa anaeróbia

Fómula:

(Eq. 31B)

Ab = C . L

Onde;

Ab: Área da base → Ab = 76355,136 m2 (Valor calculado)

L: Largura da lagoa
C: comprimento da lagoa → Equivale a 3.L

Solução da Eq. 31B

Eq. 31B aplicando a proporção de C = 3L, temos:

Ab = C . L

Ab = 3L . L → Ab = 3L2

L = √(76355,136 / 3)

L = 159,53 m

Logo, temos que:

Se C = 3L, então → C = 3 . 71,34 → C = 478,6 m

Parte 3

 Dimensionamento das vazões de coleta (Vazões de marcha) Qmarcha.

 Cálculo da vazão individual de cada residência.

(Eq. 1C)

Qres = Nhabitantes . (qm / 86400)

Onde;

Qres: Quantidade em volume de vazão de esgoto por residência

Nhabitantes: Número de habitantes por residência

qm: Geração per capita de esgoto = 160 Litros / pessoa.dia

Coeficiente “86400” → Corresponde ao número de segundos contidos em 24 horas ou 1 dia.

Solução da Eq. 1C

Qres = 3 . (160/86400)

Qres = 5,55 . 10-3 L/s → Qres = 5,55 . 10-6 m3/s

 Lado A da quadra:

Serão calculados: Q1, Q2, Q3, Q4 e Q5, correspondentes a vazão individual de cada
residência do lado A da quadra.
Sendo que:

K1 = 1,2 e K2 = 1,5

Formulas e soluções - (Equacões → Eq’s 2C)

Q1 = Qres . (K1 . K2) → Q1 = 5,55 . 10-6 . (1,2 . 1,5) → Q1 = 1 . 10-5 m3/s

Q2 = Q1 + Qres . (K1 . K2) → Q2 = 0,00001 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q2 = 2 . 10-5 m3/s

Q3 = Q2 + Qres . (K1 . K2) → Q2 = 0,00002 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q3 = 3 . 10-5 m3/s

Q4 = Q3 + Qres . (K1 . K2) → Q2 = 0,00003 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q4 = 4 . 10-5 m3/s

Q5 = Q4 + Qres . (K1 . K2) → Q2 = 0,00004 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q5 = 5 . 10-5 m3/s

Sendo que Q5 = Interceptor emissário.

 Lado B da quadra:

Serão calculados: Q6, Q7, Q8, Q9 e Q10, correspondentes a vazão individual de cada
residência do lado B da quadra.

Sendo que:

K1 = 1,2

K2 = 1,5

Formulas e soluções - (Equacões → Eq’s 3C)

Q6 = Qres . (K1 . K2) → Q6 = 5,55 . 10-6 . (1,2 . 1,5) → Q6 = 1 . 10-5 m3/s

Q7 = Q6 + Qres . (K1 . K2) → Q7 = 0,00001 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q7 = 2 . 10-5 m3/s

Q8 = Q7 + Qres . (K1 . K2) → Q8 = 0,00002 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q8 = 3 . 10-5 m3/s

Q9 = Q8 + Qres . (K1 . K2) → Q9 = 0,00003 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q9 = 4 . 10-5 m3/s

Q10 = Q9 + Qres . (K1 . K2) → Q10 = 0,00004 + 5,55 . 10-6. (1,2 . 1,5) → Q10 = 5 . 10-5 m3/s

Sendo que Q10 = Interceptor emissário.

 Vazão proveniente de quadras adjacentes:


Serão adotados os seguintes valores, para representar o esgoto proveniente de quadras
adjacentes a quadra em questão.

QA, adjacente: 1,63 . 10-2 m3/s

QB, adjacente: 1,63 . 10-2 m3/s

 Vazão total

(Eq. 4C)

QTotal = Q5 + Q10 + QA, adjacente + QB, adjacente

Onde;

QTotal: Vazão total

QA, adjacente: Vazão proveniente de quadras adjacentes, descarregadas no lado A

QB, adjacente: Vazão proveniente de quadras adjacentes, descarregadas no lado B

Solução da Eq. 4C

QTotal = 0,00005 + 0,00005 + 1,63 . 10-2 + 1,63 . 10-2

QTotal = 3,27 . 10-2 m3/s

 Cálculo do diâmetro dos tubos:

Dimensionamento do diâmetro dos tubos de coleta.

Fórmula:

Eq. 5C

3
8
𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
D0 = 0,3145 . ( 1 )
(𝐼𝑜)2

Onde:

Do: Diâmetro do tubo

QTotal: Vazão total


I0: 0,003 (Valor adotado)

Solução da Eq. 5C

3
8
3,27 .10−2
D0 = 0,3145 . ( 1 )
(0,003)2

D0 = 0,8241 m

Portanto: diâmetro D0 = 82,41 cm ou 0,8241 m

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