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ESTRUTURA DO ATIVO
O Balanço mostra qual é o volume de recursos que a empresa utilizou para manter ou
aumentar seus ativos. O Balanço também mostra como os recursos serão distribuídos
dentro do Ativo e, de forma muito genérica, em quanto tempo tais recursos irão ser
recuperados ou novamente transformados em dinheiro.
ESTRUTURA DO PASSIVO
Cada um dos 3 grupos do Passivo definem prazos diferentes para o pagamento das
dividas. Para efeito de análise, o Passivo se divide essencialmente em: Recursos de
Terceiros (que são dividas efetivas) e Recursos Próprios (que são recursos que
pertencem aos sócios, mas que são utilizados pela empresa).
CIRCULANTE
CIRCULANTE Dividas que a empresa deve pagar no prazo máximo de 1
Até 1 ano anos a partir da data do Balanço.
Principais contas: Fornecedores, Salários e Encargos,
EXIGÍVEL LONGO Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários, Contas a Pagar,
PRAZO Adiantamentos de clientes e Imposto de Renda.
Mais de 1 anos
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Dívidas que a empresa deve pagar a partir de 1 ano.
PATRIMÔNIO Principais contas: Financiamentos, Impostos Parcelados,
LÍQUIDO Dívidas de Concordata.
Capital
Reservas de Capital PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Reservas de Lucro Recursos que são de propriedade dos sócios e que
Lucros Acumulados permanecem com a empresa para seu uso próprio.
Principais contas: Capital Social, Reservas de Capital,
Reservas de Lucros e Lucros Acumulados.
O passivo representa
DÍVIDAS as fontes o u origens dos recursos.
E OBRIGAÇÕES
FONTES
Todos DE RECURSOS
os recursos que a empresa têm em seus ativos são financiados por recursos do
Passivo. Por esta razão o Ativo é sempre igual ao Passivo.
No Balanço, identificamos como a empresa está financiando seus ativos e qual é o
volume total deste recursos.
As fontes que financiam a empresa são:
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Recursos de Terceiros Passivo Circulante (curto prazo) e
Exigível Longo Prazo (longo prazo)
A relação entre Recursos de Terceiros e Recursos Próprios é que vai definir quanto a
empresa depende de terceiros. Recursos de terceiros são fontes que provêm de empresas
ou pessoas que não têm vínculo societário com a empresa.
Quanto maior o volume de recursos de terceiros (fornecedores, impostos, salários,
empréstimos, etc.) representa maior risco financeiro, pois a empresa passa a trabalhar
muito mais com recursos de outros que com seus próprios recursos.
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RECEITA DE VENDAS FONTES DE RECURSOS
(-) Custos Produtos Vendidos São todas as RECEITAS, tais como Receitas
de Vendas, Receitas Financeiras e, quando for
LUCRO BRUTO o caso, Equivalência Patrimonial, Resultados
não Operacionais, C.M. Balanço.
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com Vendas APLICAÇÕES DE RECURSOS
Despesas Administrativas São todas as DESPESAS ou CUSTOS, tais
Despesas Financeiras como: Custos Produtos Vendidos, Despesas
(+) Receitas Financeiras Operacionais (com Vendas, Administrativas e
# Equivalência Patrimonial Financeiras), Provisão Imp. Renda e, quando
LUCRO OPERACIONAL for o caso, Equivalência Patrimonial,
Resultados não Operacionais e C.M. do
# Resultados não Operacionais Balanço.
# C.M. do Balanço
Provisão do Imp. Renda
LUCRO LÍQUIDO RESULTADOS
1. Lucro se negativo é PREJUÍZO.
2. Equivalência Patrimonial, FONTES LUCRO
Resultados não Operacionais
APLICAÇÕES PREJUÍZOS
e C.M. do Balanço podem ser
RECEITAS ou DESPESAS.
Empresas que têm prejuízos constantes exigem maior atenção. O prejuízo exige uso de
recursos para pagá-los e as alternativas que uma empresa têm para isso é desfazer-se de
ativo ou buscar recursos de terceiros, aumentando assim suas dívidas.
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c) Métodos de Análise : Horizontal e Vertical; e
d) Índices : grandezas relativas construídas a partir dos números (Demonstração
Primária)
CAPITAL DE GIRO
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É o Ativo Circulante. dívidas e, uma vez pagos os credores,
O capital de giro é um fluxo constante eles voltam a conceder créditos e, assim
de recursos utilizado para aquisição de manter o fluxo de capitais de terceiros
estoques, financiamento de vendas aos na empresa.
clientes (duplicatas a receber) e, em O fluxo de capital de giro não é constante.
Ele varia ao longo dos meses do ano.
caso de sobras, utilizado em aplicações
Empresas com características sazonais
financeiras temporárias.
são um exemplo. Esta variação pode ser
É com estes recursos que a empresa irá dar em função dos volumes, que
manter sua situação de liquidez, pois aumentam ou diminuem, como também em
eles serão utilizados no pagamento de função dos prazos, que podem se alongar
ou estreitar ao longo do ano.
CAPITAL DE TERCEIROS
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Os recursos não operacionais são enquanto os créditos naturais não
chamados também de recursos contém custos.
onerosos. O termo oneroso nem sempre Sabemos que os fornecedores, quando
é correto tecnicamente, pois leva a crer vendem a prazo, embutem em seus
que estes recursos têm um custo, preços os custos financeiros.
LIQUIDEZ
ESTRUTURA DE CAPITAL
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TIPOS DE BALANÇO
LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
É a forma obrigatória para S.A. de Capital Aberto (empresas com ações negociadas em
Bolsa de Valores ou com debêntures emitidas). Este tipo de Balanço é regulamentado
pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Estas empresas publicam seus Balanços atualizando todos os valores para a moeda da
data do último Balanço.
Assim um Balanço de Dezembro de 1994, terá todos os valores, incluindo os da
Demonstração de Resultados, atualizados para Dezembro de 1995 em R$.
Como ela deve publicar, lado a lado, o Balanço de 1994 e de 1995, tais valores podem
representar diferenças reais entre eles, uma vez que foi eliminada a inflação. Qualquer
variação entre os valores já será uma variação real.
NENHUM TIPO
As micros empresas não são obrigadas a manter escrituração contábil normal. Estão,
portanto, desobrigadas de apresentar Balanços na forma da legislação. São consideradas
micro empresas as que tenham auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais).
Empresa de Pequeno porte é a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano calendário,
receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte reais) e igual e inferior a R$
720.000,00 (setecentos e vinte mil reais).
As empresas com lucro presumido podem ou não apresentar Balanço. Caso não
tenham Balanço são obrigadas a fazer fluxo de caixa mensal, onde é registrado
também, o movimento bancário. As empresas com lucro presumido pagam Imposto de
Renda com taxas que variam de 2% a 8% sobre o valor total do faturamento,
independente dos lucros ou prejuízos obtidos. Para ser tributada com base em lucro
presumido a empresa deve ter feito esta opção e ter, no máximo, faturamento anual de
12.000.000 UFIR’s por ano.
As firmas individuais enquadram-se no conceito de micro empresas ou lucro
presumido de acordo com o valor de seu faturamento anual. Firma individual é uma
empresa com um único sócio e cujo nome é sempre igual ao nome do dono.
Índices financeiros fornecem ao analista uma ferramenta muito útil para recolher
informações das demonstrações financeiras de uma empresa. O índice ou índices
selecionados (s) para uso pelo analista dependem da razão pela qual se faz a análise. Por
exemplo, um funcionário da área de empréstimos comerciais analisando uma solicitação
de empréstimo estaria interessado em determinar a habilidade do requerente em pagar o
empréstimo quando devido. Neste caso, o analista estaria preocupado com o nível de
fluxo de caixa da empresa em relação ao seus níveis propostos e existentes de
pagamentos do principal e dos juros. Há um número quase ilimitado de índices
financeiros concebíveis que podem ser projetados. Para dar uma ordem a nossa
discussão deste índices, geralmente são classificados em categorias, conforme façam
referência e liquidez, eficiência, alavancagem, lucratividade, etc.
Neste ponto deveríamos comentar como os índices financeiros deveriam ser utilizados
numa análise financeira. Como mencionamos anteriormente, índices são simplesmente
ferramentas para se juntar informação. Eles podem oferecer informação num senso
absoluto, como no caso do Índice de Liquidez Seca onde o índice igual a 1 indica
solvência. Adicionalmente, índices podem ser analisados num senso relativo através da
comparação com os índices da mesma empresa em outros exercícios, ou ainda através
da comparação dos índices da empresa em análise com padrões do ramo, ou índices
“alvo”. Esses “índices –alvo” podem ser determinados a partir de um exame de índices
similares de outras empresas ou pelo exame do mesmo índice para a empresa em
análise, mas em um período anterior. Um dado importante para análise dos índices são
os índices ou coeficientes-padrões médios das outras empresas do mesmo ramo de
atividade.
Uma ferramenta útil para detectar tendências são as análises vertical e horizontal.
Apresentamos estes recursos a seguir.
ANÁLISE VERTICAL
Tem por objetivo determinar a relevância de cada conta em relação a um valor total. No
Balanço Patrimonial calcula-se a participação relativa das contas, tomando-se como
base o seu capital total. Já na Demonstração de Resultados, o referêncial passa a ser o
valor da Receita Operacional Líquida.
Ela é alcançada determinando-se o que cada item da demonstração financeira representa como
porcentagem de uma dada base. A base é geralmente o total dos ativos no caso do balanço patrimonial, e
vendas líquidas, no caso de demonstração do resultado do exercício. Ela envolve olhar para cima e para
baixo nas colunas do balanço patrimonial e fazer comparações. Para demonstrações de resultado do
exercício, isto representa estabelecer vendas líquidas de 100% e então calcular a porcentagem de vendas
líquidas para cada custo, despesa ou outra categoria.
TÉCNICA DE ANÁLISE
A análise vertical é a técnica mais simples e também a mais completa para análise de
Balanço. Ela mede PROPORÇÕES entre valores, ajudando-nos a determinar quais as
contas de maior importância e relevância para a análise.
Na análise do Ativo, ela mede com a empresa distribui ou usou seus recursos dentro do
Ativo. É importante começar esta análise pelos principais grupos (Circulante,
Permanente e Realizável L. Prazo) e só depois ver cada conta isoladamente (Duplicatas
a Receber, Estoques, Imobilizado, etc).
Na análise do Passivo, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão ajudando
a financiar seus ativos. É importante começar a análise pelo Patrimônio Líquido (a
principal fonte de recursos) e depois os dois grupos de dívidas (Circulante e Exigível
L.Prazo) e só então cada conta isoladamente. Não se deve, porém, analisar as contas
dentro do Patrimônio Líquido (analise apenas o total dele).
FORMULA DE CÁLCULO
Cálculo
valor da conta
Análise x 100
Base
Vertical
Arredonde os resultados dos cálculos.
Não use casas decimais.
ETAPA 2
Para fazer todos os cálculos, utilize apenas a Etapa 2.
Quando for necessário trocar a BASE, volte para a Etapa 1.
Para calcular a Análise Vertical (“AV”) de cada conta do Balanço acima utilizado a
calculadora HP 12 C e a fórmula da pagina anterior, faça o seguinte:
AS MAIORES DÍVIDAS
Fornecedores = 37%
Financiamentos (curto + Longo Prazo) = 10%
AS MAIORES DÍVIDAS
Fornecedores = 23%
Financiamentos (curto + Longo Prazo) = 19%
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Nos Grupos de Contas (Fontes)
Patrimônio Líquido de 47% para 55%
Passivo Circulante de 49% para 38%
Nas Contas
Fornecedores de 37% para 23%
Financiamentos (Curto Prazo) de 6% para 12%
Financiamentos (Longo Prazo) de 4% para 7%
Total de Financiamentos (Curto + Longo Prazo) de 10% para 19%
PRINCIPAIS CONTAS
Imobilizado = 42%
Duplicatas a Receber = 29%
Estoques = 24%
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Nos Grupos de Contas (Fontes)
Ativo Circulante de 48% para 55%
Ativo Permanente de 51% para 44%
Nas Contas
Imobilizado de 48% para 42%
Estoques de 20% para 24%
Duplicatas a Receber de 27% para 29%
(D.R.E.)
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro Líquido = 7%
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro Líquido = 11%
Qualquer empresa analisada terá sua estrutura de capital definida dentro dos seguintes
três modelos:
BOA RAZOÁVEL RUIM
Ano 1 Ano 2
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO
PASSIVO PASSIVO
AC = 48 PC = 49 PC = 38
AC = 55
RLP = 1 1 ELP = 7
AP = 51 ELP = 4 RLP = 1 10
PL = 55
PL = 47 AP = 44
NO ANO 2:
A 1ª Fonte PL = 55% financia todo o AP = 44% e sobram 11%
Sobram 11% do PL que financiam o RLP = 1% e sobram 10%
Sobram 10% que ajudam a financiar o AC.
É uma estrutura BOA porque recursos próprios financiam todos os ativos de longo
prazo e ainda há sobra para financiar o Ativo Circulante.
Ano 1 Ano 2
39 55
67 64
5 5
4
56 40
23
33 36
Nos dois anos a Estrutura é BOA porque os recursos próprios financiam todo o
ativo de longo prazo, entretanto a Estrutura está piorando porque a sobra para
financiar o AC que era de 23% no ano anterior agora é de apenas 4%.
Ano 1 Ano 2
48 44 46
54
1
6
1 10 12
1 1
3 42 42
1
45 55
Ano 1 Ano 2
42 45 35
44
3
2
3 6 7
3 1
1 52 58
53 54
A estrutura é BOA porque recursos próprios financiam todo o ativo de longo prazo, e
sobra recursos para financiar o Ativo Circulante.
ESTRUTURA DE CAPITAL RUIM e Melhorando para RAZOÁVEL
Ano 1 Ano 2
64 50 48
49 2
3
6 2 7
3 2
12 30 3 45
48 48
Tem por objeto demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as
demonstrações contábeis em períodos consecutivos. A análise horizontal compara
percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de
um período. Esta comparação é feita olhando-se horizontalmente através dos anos nas
demonstrações financeiras e nos indicadores. É importante salientar, neste caso, a
necessidade de que os valores comparados estejam expressos em moeda de poder
aquisitivo constante.
ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS
Discutiremos análises que podem ser utilizados para se obter informações das
demonstrações financeiras de uma empresa. Estaremos baseados em índices
financeiros, então discutiremos primeiramente esta forma genérica de análise da
demonstração financeira. Outras análises relacionam-se ao formato ou modelo utilizado
para direcionar a computação e análise de um determinado conjunto de índices
financeiros. Estas análises consistem em análises de demonstrações financeiras
padronizadas e do desempenho da empresa.
A mais simples análise de crédito por bancos e empresas, consiste em avaliar a empresa
através de índices ou coeficientes.
Dentre eles, para citar como exemplo, os mais conhecidos são os de liquidez. O estudo
deste índices é feito analisando-se o índice de maneira absoluta, ou seja, a análise do
significado intrínseco do índice ( ou do índice por si só), ou comparando-se sua
evolução nos vários períodos enfocados, ou ainda com outras empresas do mesmo setor.
Para dar significado aos dados nas demonstrações financeiras, o analista deve executar
as análises de coeficientes. Através da medição dos relacionamentos entre dois números
nas demonstrações financeiras, este método financeiro identifica, entre outras coisas, a
líquidez da empresa e adequação do capital de giro. Os principais coeficientes
operacionais avaliam a eficácia operacional das diversas áreas da empresa, tais como
giro do estoque, rentabilidade do patrimônio líquido e outras. Adicionalmente,
analisando as contas a receber convertidas em caixa, os coeficientes operacionais podem
determinar quão bem os fundos fluem para a empresa.
OBJETIVO
QUANTIDADE DE ÍNDICES
É uma boa estratégia de análise calcular vários coeficientes, mas é importante manter
em mente que somente coeficientes operacionais selecionados testarão adequadamente a
posição financeira de uma empresa. Empiricamente, entre 10 e 15 coeficientes
geralmente são suficientes para revelar a solvência de uma empresa e medir sua
habilidade de honrar seus compromissos financeiros.
TÉCNICAS DE ANÁLISE
A análise por índices financeiros é uma das ferramentas mais utilizadas no mercado
financeiro. Mas uma análise feita somente com índices financeiros é uma análise fraca e
pobre, e certamente poderá conter inúmeras falhas.
Índices financeiros não são suficientes para um julgamento adequado e uma decisão
correta. Índices financeiros aliados à análise vertical já mostram de forma melhor a
situação financeira da empresa.
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
ÍNDICES DE LIQUIDEZ E DE PRAZOS MÉDIO
Os Índices Financeiros poderá ficar iguais ou ter variações, de acordo com a mudança
no valor de qualquer um dos componentes de sua fórmula.
Numerador 1.000
0,83
Base 1.200
Se consideramos como exemplo a fórmula acima, poderemos ter as seguintes variações
no índice:
1.100
0,83
1.320
b) Se o Numerador diminuir e a Base diminuir em igual proporção (por exemplo: 20%
para ambos).
800
0,83
960
Numerador 1.000
0,83
Base 1.200
O índice irá AUMENTAR
Quando há lucro, este índice mede quanto o lucro contribui para o aumento dos
recursos próprios.
Quando há prejuízo, ele mede quanto a empresa perde de seus recursos próprios por
causa do prejuízo.
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais
O fato da empresa aumentar ou diminuir o seu Patrimônio Líquido não significa que
estes recursos estão entrando ou saindo do “caixa”. Significa que os recursos próprios
que financiam os ativos (onde o “caixa” é apenas um deles) estão maiores, no caso de
lucro, ou estão menores, no caso de prejuízo.
Como o Patrimônio Líquido é uma das principais fontes de recursos, é claro que quanto
maior for o índice de retorno do PL, maior é a contribuição do lucro para aumentar esta
fonte e aumentar o nível de capitalização da empresa.
Prejuízos constantes ou muito elevados corroem os recursos próprios e enfraquecem a
estrutura de capital da empresa. Por outro lado, os prejuízos devem ser pagos e, assim, a
empresa tem de desfazer-se de ativos ou então aumentar suas fontes junto a terceiros,
ampliando suas dívidas.
Rentabilidade do Ativo
Quando há lucro, este índice mede quanto o lucro contribui para financiar o Ativo.
Quanto maior esta contribuição, menor será a necessidade de buscar outras fontes, tais
como recursos de terceiros ou de sócios.
Arredonde os
resultados.
Não use casas decimais.
Quando há prejuízo, ele mede quanto a empresa perde de seus ativos para poder
cobrir os prejuízos. Quanto maior for o prejuízo, maior o volume de ativos que a
empresa necessita para cobri-los. Caso a empresa não queira ou não possa se desfazer
de ativos, certamente ela terá de buscar recursos de terceiros ou de sócios para poder
cobrir seus prejuízos.
Margem Bruta - MgB
Mostra a taxa de retorno sobre as vendas líquidas de uma empresa, considerando apenas
os lucros auferidos pela empresa em suas operações, ou seja, mede o lucro puro obtido
em cada unidade monetária de venda. O lucro operacional é puro no sentido de que
ignora quaisquer despesas financeiras ou obrigações governamentais (juros ou IR).
Quanto maior, melhor.
Mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que restou após a dedução de
todas as despesas, inclusive IR, sendo muito utilizada para indicação do sucesso de uma
empresa em termos de lucratividade sobre vendas, ou seja, é o percentual relativo de
cada unidade monetária de venda após todas as despesas, inclusive o imposto de renda,
valora o quanto a empresa obtém de lucro para cada R$1,00 vendido.
Importante salientar que uma média de resultado obtido em um determinado seguimento
de atividade pode não representar bom resultado em outro. Quanto maior, melhor.
Mede a rentabilidade das operações básicas da empresa em face dos recursos aplicados
nestas operações. Em caso de empresa industrial ou comercial, é recomendado a
exclusão de ativos não operacionais ( aplicações financeiras, os imobilizados técnicos
não utilizados nas operações normais – terreno não utilizado, e os imobilizados
financeiros não essenciais às atividades fins da empresa – investimentos em áreas de
incentivo fiscal) e, a inclusão de valores essenciais à normalidade das operações
( investimento realizado em empresa coligada ou subsidiária)
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Este índice trabalha com todo o Passivo. Quanto maior o volume de recursos de
terceiros, maior é a dependência. Esta dependência vai definir o nível de riscos. Se os
recursos de terceiros são naturais ou operacionais, o risco é mais leve. Se os recursos de
terceiros são onerosos ou não operacionais, os riscos são mais elevados. Quando o
índice for alto, os recursos próprios são insuficientes para atender as necessidades da
empresa e ela passa a depender excessivamente de recursos de terceiros.
Cuidado Quando este índice for igual a 100% significa que 50% dos recursos são de
terceiros e 50% são recursos próprios. Este é o ponto de equilíbrio do índice. Acima de
100%, a empresa depende mais de recursos de terceiros e abaixo de 100% a empresa
tem mais recursos próprios do que de terceiros.
Exemplo:
PC $ 125
Fontes
Mede a proporção do ativo total da empresa que é financiado por capital total de
terceiros, quanto menor, melhor. É assim calculado.
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Atualmente as dividas das empresas concentram-se mais no curto prazo, uma vez que
as fontes de recursos de longo prazo são poucas e escassas. Conseqüentemente, este
índice tenderá a ser bastante igual ao de endividamento total. Se não o for, a empresa
tem volumes importantes de dívidas de longo prazo.
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Normalmente, as empresas buscam recursos para suprir suas necessidades de caixa (seja
para pagar despesas ou cobrir prejuízos, seja para suprir sua necessidade de capital de
giro ou imobilização). As instituições financeiras são o caminho para isto, uma vez que
as demais fontes de recursos de terceiros não as suprem de dinheiro (fornecedores
cedem matérias-primas e mercadorias, contas a pagar representam insumos, salários e
encargos são recursos humanos). Portanto, dinheiro mesmo vem de Bancos. Daí, a
importância de avaliar cuidadosamente este índice.
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Mede quanto o capital total de terceiros representa do capital próprio, quanto menor,
melhor. É assim calculado.
IPCT = Passivo Circulante + Exigível de L.P. x 100
Patrimônio Líquido
Mede quanto a empresa utiliza de recursos próprios (PL) para financiar todo o seu
Ativo Permanente.
Quando o índice for menor que 100% significa que a empresa consegue financiar todo o
seu Ativo Permanente e ainda há sobras de recursos próprios para financiar o Realizável
de Longo Prazo e/ou o Capital de Giro.
Quando o índice for maior que 100% significa que a empresa não consegue financiar
todo o Ativo Permanente com seus recursos próprios. Depende, portanto, de recursos de
terceiros para financiar parte de seu Permanente. Neste caso, é importante avaliar
quanto ela usa de recursos de terceiros para esta finalidade.
Arredonde os
resultados.
Não use casas decimais.
Sempre que este índice for maior que 100% já é um indicador de que a estrutura de
capital da empresa não é boa. O mínimo esperado dos sócios é que eles supram pelo
menos a necessidade de imobilização da empresa. Se não o fazem, há já um sinal de
risco. Neste caso é importante avaliar se há outras fontes de longo prazo atendendo a
esta necessidade. Se houver, os riscos são menores, pois muitos projetos e planos de
expansão costumam ser financiados por recursos de longo prazo. Se não houver, o risco
é alto, pois a estrutura de capital da empresa é ruim ou péssima.
Quando positivo, este índice mede quanto do Capital de Giro é financiado por
recursos próprios. Neste caso, quanto mais alto for o índice, melhor.
Quando negativo, ele mostra que a empresa não tem sobra de recursos próprios para
financiar nenhuma parte do Capital de Giro. Neste caso, todo o Ativo Circulante é
financiado por capitais de terceiros.
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Mede a quantidade relativa de capital próprio que foi destinado ao ativo permanente,
quanto menor, melhor. É assim calculado.
É o primeiro e mais comum, e de grande utilização para medir a relação existente entre
o ativo circulante o passivo circulante, e mede a capacidade da empresa em saldar os
compromissos financeiros e dívidas de curto prazo, sendo calculado mediante a seguinte
fórmula :
Esta é a forma mais elementar de se medir a capacidade de uma empresa em saldar seus
débitos. Entende-se que uma empresa para apresentar liquidez deve ter mais ativo do
que passivo circulante. Um ILC inferior a “1,00” indica que a empresa pode sofrer
dificuldades no pagamento de seus compromissos e, por outro lado, um índice muito
superior a “1,00” indica a utilização não econômica de seus fundos.
A pergunta, então, é : qual o índice ideal ?
Esta é a primeira pergunta que o gestor financeiro deve fazer quando da definição de
sua política de capital de giro. Como ? Um bom início é se analisar os números dos
concorrentes e verificar item por item qual a real necessidade daquele valor.
Muitas empresas se utilizam deste índice por considerar as vezes o estoque como item
não líquido. Ao considerarmos uma empresa com um ativo circulante superior a seu
passivo circulante como líquida, estamos assumindo que o estoque é vendável. Muitas
vezes ao analisarmos em detalhes o estoque percebemos que o mesmo inclui itens de
reduzido giro, ou seja, o estoque não é liquido em determinado momento.
Assim, o ILS exclui o estoque da análise, e mede a margem de segurança disponível
(capacidade de pagamento) para que a empresa satisfaça as dívidas de curto prazo na
hipótese extrema de não vender nada de seu estoque, e é calculado dividindo-se o ativo
circulante menos estoque pelo passivo circulante, conforme segue :
O ILI considera o contas a receber também não líquido, pois muitas vezes estas contas
são incobráveis, assim, este índice mede a capacidade da empresa em honrar com os
compromissos financeiros com o dinheiro que a empresa possui ou pode prontamente
transformar em dinheiro, e é calculado mediante a seguinte fórmula :
Muitas vezes a empresa pode apresentar um equilíbrio econômico a curto prazo, porém
a longo prazo sua situação pode estar bastante precária. O ILG compara o ativo
circulante, mais o realizável, com o exigível total da empresa, e mede a capacidade da
empresa em saldar os compromissos financeiros e dívida de curto e longo prazo, e pode
ser assim calculado:
3º) Estoques
Ativos que dependem da produção (matéria-prima) ou venda a clientes
Vendas à vista boa liquidez
Venda a prazo transformam-se em duplicatas
Prazos de pagamentos das dívidas
Se “C” for positivo (+), a liquidez da empresa é muito boa e não depende da venda de
estoques para pagar as dívidas existentes.
O resultado obtido é “tempo de venda dos estoques” necessário para que a empresa
pague as dívidas existentes. Verifique se este tempo está adequado com o prazo das
dívidas que devem ser pagas pelo estoque (fornecedores, contas a pagar ou outras).
Se “B” for negativo, cuidado. A empresa dá sinais de que não tem duplicatas para
pagar suas dívidas bancárias (ou duplicatas suficientes para dar uma caução). Esta
situação representa risco de liquidez ou uma situação de liquidez apertada. Só não será
risco se a empresa faz vendas a vista em valor suficiente para cobrir o valor de “B
NEGATIVO”.
x 365 dias
Arredonde os resultados.
(#) Média dos Estoques
Não use = somas
casas dos 2 anos dividia por 2
decimais.
É calculada a média dos estoques do inicio e do fim do ano para evitar distorções no
valor dos estoques (causados pela inflação ou por flutuações no montante dos estoques
entre o inicio e o fim do ano).
Como estoques, após serem vendidos, são registrados como Custos dos Produtos
Vendidos, compara-se na fórmula a relação entre estoques existentes (Estoques médios)
com os estoques já vendidos (Custos dos Produtos Vendidos).
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
(#) Média das Duplicatas a Receber = somas dos 2 anos dividida por 2
A empresa não recebe todas as duplicatas no mesmo dia. Ela recebe duplicatas todos os
dias ou todas as semanas. O índice vai mostrar o tempo médio que ela demora para
receber todas as duplicatas existentes, incluindo eventuais atrasos.
Prazo Médio de Cobrança = 35 dias
35 dias
Venda Recebimento
Caixa
Ciclo Operacional
É o resultado de
Ainda tomando como exemplo uma empresa industrial, existem basicamente 5 etapas
no ciclo operacional:
CAIXA
IV
“Produtos Acabados” são II “Produtos em Elaboração”;
vendidos; são geradas valor é acrescido às matérias
“Despesas Administrativas, primas; são geradas
de Vendas Tributárias”, são “Despesas Operacionais”
geradas “Duplicatas a
Receber” III
“Produtos Acabados” completam-se
os produtos; são geradas mais
“Despesas Provisionadas”
Este é um índice muito genérico. Ele mede o prazo de pagamento das principais dívidas
operacionais. Como estas dividas têm prazos diferenciados, a mistura deles conduz a
um resultado de pouca utilidade (a análise qualitativa é melhor).
Salários e Encargos Sociais e Impostos têm prazos muito curto para pagamento. Em
média, entre 5 a 10 dias após o encerramento do mês. Fornecedores têm prazos
variáveis que podem chegar a 60 dias. E Contas a Pagar têm prazos de até 30 dias.
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
30 dias
Compras Pagto. A
a Prazo Fornecedores e
Contas a Pagar
Ciclo Financeiro
É o resultado de
Se positivo mostra que empresa precisa de recursos para financiar por algum tempo
seus ativos operacionais.
Prazo Médio de Cobrança
Prazo Médio de Estocagem
42 dias
CICLO FINANCEIRO
23 dias 54 dias
Prazo Médio de pagamentos Necessidade de recursos
Financiada por recursos próprios
Ou recursos bancários
27 dias
45 dias
Prazo Médio de Pagamentos
CICLO FINANCEIRO
DIAS
Recursos são recebidos
antes do pagamento das
dívidas operacionais
Índices Relativos a Atividade
Giro de Estoque
O objetivo deste índice é medir o tempo em que o estoque se transforma em caixa. Este
índice é obtido pela divisão do custo das mercadorias vendidas pelo estoque. Procura-se
mostrar o número de vezes que o estoque foi vendido e reposto durante o período e,
quanto menos dias, melhor, é assim calculado:
GE = C.P.V
Estoque
Muitas vezes é difícil se obter dados do C.P.V. Nestas situações o analista deve utilizar
a experiência de cada empresa, e considerar o C.P.V. como sendo um percentual das
vendas (geralmente oscila 70% e 80%). O mesmo pode ser feito, com relação a vendas
para a determinação do giro do contas a receber. É melhor se estimar aproximadamente
do que não analisar o item.
Ciclo Econômico
Ciclo Financeiro
Ciclo de Produção
f
Compra Estoque Produtos em Produtos Duplicatas a CAIXA
de de Custo dos processo Produção Concluída Vendas
acabados receber de
M.P. M.P. materiais (Custo de Produção) CPV clientes
Fornecedores consumidos Epe Epa
Emp
EVENTOS: CICLOS:
a) Compra dos materiais de produção Operacional = (a-f), desde a compra de M.P./insumos até
b) Pagamento aos fornecedores o recebimento das vendas.
c) Início da produção Econômico = (a-e), desde a compra de M.P./insumos até
d)Término da produção as vendas.
e)Venda dos produtos Financeiro = (b-f), desde o pagamento ao fornecedor até
f) Cobrança das duplicatas o recebimento das vendas
Produção = (c-d), desde o início do processo produtivo término da
produção
Giro do Ativo Total - GA
Indica a eficiência com a qual a empresa usa todos os seus ativos para gerar vendas. Geralmente, quanto
maior o giro do ativo total da empresa, mais eficientemente seus ativos foram utilizados. O resultado
indica quantas vezes por ano a empresa gira seus ativos, e é indicado através da seguinte fórmula :
Percentual de Resultado
A demonstração da composição percentual do resultado é expressa como uma porcentagem das vendas,
permitindo uma fácil avaliação de receitas e despesas específicas , através de sua comparação com as
vendas, sendo também muito útil na comparação do desempenho de uma empresa de um ano para outro.
Exemplo :
Índices financeiros fornecem ao analista uma ferramenta muito útil para recolher informações das
demonstrações financeiras de uma empresa. O índice ou índices selecionados (s) para uso pelo analista
dependem da razão pela qual se faz a análise. Por exemplo, um funcionário da área de empréstimos
comerciais analisando uma solicitação de empréstimo estaria interessado em determinar a habilidade do
requerente em pagar o empréstimo quando devido. Neste caso, o analista estaria preocupado com o nível
de fluxo de caixa da empresa em relação ao seus níveis propostos e existentes de pagamentos do
principal e dos juros. Há um número quase ilimitado de índices financeiros concebíveis que podem ser
projetados. Para dar uma ordem a nossa discussão deste índices, geralmente são classificados em
categorias, conforme façam referência e liquidez, eficiência, alavancagem, lucratividade, etc.
Neste ponto deveríamos comentar como os índices financeiros deveriam ser utilizados numa análise
financeira. Como mencionamos anteriormente, índices são simplesmente ferramentas para se juntar
informação. Eles podem oferecer informação num senso absoluto, como no caso do Índice de Liquidez
Seca onde o índice igual a 1 indica solvência. Adicionalmente, índices podem ser analisados num senso
relativo através da comparação com os índices da mesma empresa em outros exercícios, ou ainda através
da comparação dos índices da empresa em análise com padrões do ramo, ou índices “alvo”. Esses
“índices –alvo” podem ser determinados a partir de um exame de índices similares de outras empresas ou
pelo exame do mesmo índice para a empresa em análise, mas em um período anterior. Um dado
importante para análise dos índices são os índices ou coeficientes-padrões médios das outras empresas do
mesmo ramo de atividade.