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O empirismo inglês

o empirismo inglês e a anulação do valor lógico e da realidade ontológica do


conhecimento

a alma é semelhante a uma tábua rasa na qual nada está escrito, e tudo vem a ser escrito
posteriormente pela experiência;

Locke entende por sensação o elemento psicológico mínimo, a modificação mínima da


mente, da alma, quando algo por meio dos sentidos, a excita, lhe produz essa modificação
(Morente, p. 182).

Para Locke, as idéias simples, que nos vem de sensação e de reflexão ou de uma
combinação entre sensação e reflexão, são ideias às quais corresponde uma realidade,
uma realidade que existe em si mesma, como a substância extensa de Descartes (p. 182).

qualidades primárias e secundárias

qualidades primarias – reproduções fieis de uma realidade existente em si e por si, fora
do eu.

Berkeley

O ser das coisas é a vivencia que delas temos (p. 184).

Berkeley prossegue como o psicologismo até desfazer a noção de substância material e


ficar com a de pura vivência ou pura percepção (p. 185).

Berkeley nega a existência de substância material mas em troca, afirma a existência da


substância espiritual (p. 185).

Hume

As impressões são o que nos é dado. As impressões constituem aquilo que mé é dado,
aquilo que está aí, a última realidade é a impressão (p. 186).

A realidade para Hume é impressão. Uma ideia para a qual não se encontra a impressão
da qual é oriunda é ideia que carece por completo de realidade.

A ideia de substancia não é a soma das impressões que atualmente eu recebo, mas um
quid, ou, como diz Locke, um não ‘não sei quê’ que serve de esteio a todas essas
impressões mas que não é nenhuma delas (p. 187).
O fundamento caprichoso da ciência

A crença no mundo exterior

Creio na existência das coisas porque estou acostumado a crer assim pelo hábito (p. 189).

Eu estou convencido de que amanhã sairá o Sol; mas é somente porque estou habituado
a vê-lo sair todos os dias.

O psicologismo, à outrance, do empirismo inglês volatilizou o problema lógico e o


problema metafísico, e isto é justamente a característica do positivismo.

A tarefa de Kant

Kant nos dá a formulação mais completa e perfeita do idealismo transcendental (p. 219).

Os juízos analíticos são aqueles nos quais o predicado do juízo está contido no conceito
do juízo (p. 222).

Os juízos sintéticos são aqueles nos quais o predicado do juízo não está contido no
conceito do juízo

Os juízos analíticos são verdadeiros e necessários, são a priori, não tem sua origem na
experiência.

Os juízos sintéticos são particulares e contingentes, oriundos da experiência, a posteriori.

A ciência está constituída por juízos sintéticos a priori.

A função fundamental do juízo é pois, pôr a realidade. Depois que está posta a realidade,
determina-la. No momento mesmo em que determinamos uma realidade, pomo-la. Ser
real uma coisa é ser sujeito de toda uma série de juízos.

Se a realidade consiste em ser sujeito de um juízo, então a formação mental, a função


intelectual de formular juízos, será, ao mesmo tempo, a função intelectual de estatuir
realidades (p. 240).

Propor-se um objeto a conhecer não consiste em outra coisa senão em emprestar, em


imprimir nas coisas por conhecer os caracteres categóricos do ser (p. 245).
As condições do conhecimento é o sujeito do conhecimento que as dá ao objeto, e toma
a coisa em si como objeto do conhecimento.

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