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DOS FATOS:
Cabe ressaltar que a postulante informou não ser da cidade e que estava com passagem
de volta marcada para o dia 09/03/2014, como atesta o documento em anexo aos autos.
Chegando ao Rio de Janeiro, a parte autora entrou em contato com a ouvidoria da
Caixa, que solicitou que a mesma fosse até a sua agência de origem e falasse com seu gerente de
conta, Sr. Alessandro Celerone, que com muita má vontade, informou que nada poderia fazer e
informou a autora, que esta deveria resolver seu problema em Rio das Ostras.
Ressalte-se Excelência a via crucis realizada pela requerente, para realizar um deposito,
que era para ser feito de forma rápida e eficiente, já que este é o objetivo final das máquinas de
auto atendimento, tendo este levado exatamente 12 dias para ser solucionado.
DO DIREITO:
Para proteger os interesses da Autora, torna-se indubitável a aplicação da Resolução N.º 2878 do
Banco Central do Brasil, popularmente conhecida como “Código de Defesa do Consumidor
Bancário”, conforme ditames de seu artigo 1º(2) .
“Os bancos, como prestadores de serviços especialmente contemplados no art. 3º, § 2º, estão
submetidos às disposições do Código de Defesa do Consumidor. A circunstância de o usuário
dispor do bem recebido através de operação bancária, transferindo-o a terceiros, em pagamento
de outros bens ou serviços, não o descaracteriza como consumidor dos serviços prestados pelo
banco. “
Cita-se, por oportuno, o conteúdo do inciso I, do artigo 18, do Código de Defesa do Consumidor
Bancário:
“A prestação de um serviço adequado passa a ser a regra, não bastando que o fornecedor
tenha prestado o serviço com diligência. ...
Da boa - fé objetiva.
Vulnerável por disposição legal(7), deve o consumidor receber proteção contra práticas abusivas
tomadas pelas instituições bancárias em geral.
Devido inclusive à sua condição humilde, não possui a Autora qualquer familiaridade com
operações bancárias em geral (transferências, depósitos, pagamentos....), necessitando sempre
de orientações dos funcionários das instituições quando da realização das mesmas.
DO PEDIDO:
Diante do todo o exposto, requer se digne V. Ex.a.:
b) inverter de plano o ônus da prova dos fatos narrados na exordial, visto serem
verossímeis as alegações e hipossuficiente a Autora, tudo conforme os ditames do inciso
VII, do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor(11);
Atribui-se à causa o valor de R$ 10.194,84 ( dez mil, cento e noventa e quatro reais
e oitenta e quatro centavos), para fins de alçada.
Nestes termos,
Pede deferimento.
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OAB/RJ 167056