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rar «Sco naa da esposa ¢ Menectro fA entrada em diuerbum. Bouma cera violent, mas cbmica, porque a espora xaca © marido aque de fixo no & seu mando. Seguerse a entrada do senex, 0 Sogeo de Menecmo T (0733-774), B um contaun em monélogo. Depot, o cantum de duel> (w.775-871), com alternincis: senew/navons, senex/ Menaethmus, uma cena de malentendi- os, porque o velho pensa estar isnte do _geno,o que nfo &verdade Hi dois mond logos finais em diurbium (872-888): no primeio, Menecmo Il pede que, quando 0 velho vol, afo lhe digan por que rua ‘inka ido; no segundo, o velho reclma can~ sago por estar hi tempor esperindo 0 rédico que mandara busca para tatar do geno que ele penis estat luce, 6° segmento [Neste segmento (¥ 889.965) hi duas centeadas: entada do médco que discote ‘como velho (¢. 889-898) enova entrada de Meneemo I (899-908); £ 0 catia de entrada de papel, seguido do cantaam de Auelo com parte (¥. 909-955}, 0 médico € © vetho dicutem com Meneemo © con cluem gue ele enti mesmo loco, mandan do virem excravos para levi-lo 30 consult rio, onde o doutor poderirati-lo adequa- amente, Nio hi mondlogo final 7° segmento Comeca pelo canticim de entrada de papel 0 excravo Messeniio fila die quali- dades do bom escravo e co que ele pro- prio fez para merecer a literdade,o que & ‘0 ideal de todo eserava mat comedha ( 966-989), Segue-se 0 caatium de daelo(e 930-1049): Menecmo I & arrasado pelos eceavos na presenga de Messenizo, que pensa tatrse de seu pario e tudo fix par livrilo; no segundo quadro, outo uclo, em que o excrav, encontrando 0 patro,reclama a Hberdad, como retribui- ‘80 por o tecsalvo, sem sber que se wata- vv do outro Meneemo, Nio hi mondlogo fina. (© canto nal ( 1060-1162) encera 4 coma, com o esclarecimento de todor cor mal-entendidos.O ecravo Messenizo vé diante de si ot dois Menecmos, como se fowe num espelho, O catia & um duclo em veriot setenitos tocsicos, em que os ois Meneemos, depois de longa dscusio, se reconhecem, Termina + pegs, com a ecsio dor dois de volarem 8 pita, mat depois de lighdarem seus negécios, 2p rando dinheio com a venda dos ercravos, da eass © da mulher (agus enor wenrt, “se apaecer comprador”). © limo verso comm a todas as comédias: Naw spaces tore uae et obi are plite Conclusao Ete tudo ndo esgota 2 questo das pares da coméa Intns, nem pretend ter eel recido a antiga polémica da divisio em stor, polémica tio antiga quanto a prépria, comédia, Também so sdo_concludentes rem satiftérios of estudot anteriores Parece ter sentido a eadusio de episiio por at, mat & precio entender o epxidio ‘ox 0 st0 como uma segiénia drandtia 03 Segmento eémico,em co interior se rex Ticam agSes veiculadas pelo canto e pela fl, Na verdad, o espeticulo cémico pro- ‘porto pel comédia latina 6 pode ser apre- clad se a pega for lida com todos os cle rmentos que % compoem: 35 vezes wm twama complicada, na comédia de intriga,¢ se sempre uma sucessio. de sieuagbes cérmicas que, condusidat no meio da danga € do canto, compem 0 espticile, Arlete Orlando Cavaliere sono CO preseme rigs nena arin rocanps dare pa degen Parkins prope ride ch vests to-do asin eto er crear Falarasstae arta nares estat Ths are sess es ones pa of De tvotng Rain Sea i we te ari procedures usin Coucnienin tect asin Aesrecare— Sree ered teorigu sa tas rte worst acare vere roots mat eon Fle wort ar ray ew te phere eyo | Meyerhold ¢ a biomecanica Uma poética do corpo Vsévolod Meyechold (1874-1940) iniciow sua carrir teatel como ator na Compa ‘hia erada por Nemirévitch Dantchenko e Konstantin Stanisiviki em fins do séeulo XIX. O Teatro Popular de Arte de Moscow (@ paavea “populit™ desaparecess anos pos) toxnou-se, como ze sabe, o templo o naturalsmo cénico «da realismo psico- lbgico e foi para Meyerhold uma grande es cole. Mas, mais do que iso, eve importin- cia fundamental para a inquietagBies ete cess do encensdor que o levariam 3 um pos- terior rompimento com a Companhia de Stanisivikie busca de novas vis na cria- eo teatrl, Contaminada, certamente, plas roras correntes estéicat dos infcios do séeulo XX, afirms-s logo como um an reals e passa a desafiag, no 36 através de sua rica aritica como encenador, mas também como teérico ¢ pensador, 0 acade micismo e o ralismo-naturaim ma arte No impressonisme, no cubismo ¢ finalmente no expressionismo slemio, Meyerhold vai encontrar fonte de inspira- Go pan o desenvolvimento de novos aminhos no campo teatral e, principal- mente, na peiguts de valores formais como 0 volume, 2 cor, 2 linha que teriam tum papel crescente na aficnagio da teatra- lidade e no seu principio de um teato ds convengio e da exilizagio. ‘A cagio meyecholdians atnvesa um petiodo de extrema turbuléncia a hisria 2 Resi, marcado fandamentalmente pela Revolusio de 17 e suas consequentesrever- ia Scat beragBes nos vitios niveis da vida nas Meyerhold paricipou ativamente do movi mento cultral ds Rissa prée pés-revolu- ionira,e em todo o seu trabalho de ence rador observam-se, 20 lado de uma postr cesicica de extrema coeréncia e de wm nhs de pesquisa evolutiva mito caramente dslinesda, diferentes orientapder do ponte de vist do resultado artico que deixam, teansparecer a inesgotivel cumplicdade de ssi arte com o acelerado process histrico ddaquees anos, ‘Certamente, ese “dillogo” com sew tempo nem sempre ocorreu de modo tan- illo. As diversas montagens de sua longa Carers demonstam os momentos em que tle seria ovvido com louvor, ¢ outros em {que soa vor nfo encontros eco nem no pl bico, nem ma erica e muito menos nas ins tlncins oft. Nio resta divids de que a cups de maior repercuisio do encemador russo acontece nos anos seguintes 3 criagdo de seu Outubro Teatal, quando, em 1920, & rnomeado chefe do Departamento Teatal do Comisariado de Instrugio € declar 2 ne~ cesidade de se firer“uma revalugio no tae 120 ede reflec em cada epresentaio ala ds chsse trbalhadora por soa emancipa- do. Também o encontro com Viadimie Maiakovski seria decisive para o ulterior desenvolvimento do trabalho de ambos, quer do ponte de vista extético, quer no pla no politico e ideoligico, E nessa eupa que se 0 exeio conta to com 0 grupo dos consrutvits, que bouseava,no campo das artes plistica da a itera, ams ares bazeads no itera mo, desvinculads de toda heranga cultura, idealita do pasado. Concebiam 2 arte mais como uma pritca arttica do que como categoria etética. Meyerhold toma 0: pos- tulados constrotivstis, especialmente © principio da belea funcional e utlitiis, como meio de ehboragio de sa femora teoria da biome, Nio se pode compreender, na vendade,2 teorizagio da biomecinice de Meyethold sem se pensar na forte influéncia do movi- siento constutivists sobre todo um periodo do teatro rusio de vanguard © conserutivismo na Rissa tem sida considerado como um desenvolvimento conseqiente do cubo-fururisma © das ten- cas pictricas da vanguard, e seu run {ono campo do teatofo4 uma das suss ion portantes contibuigSes. Meyechold figura cortamente como o diretor esta que me- thor soube explorarasposibilidades da cena ‘Se a maior parte dos cubo-fuursts € grupos afin se inelinavam fortemente para o clemento urbano, a civlizacio da velocidade das miquinas, xalando © cinema como 3 forma aristica mais sintonizada com 2 pre esio ¢ 2 tecnologia moderna, of constrati= vistas retomam esas idfias depois de 1918, dicaizando o objetivo de fizer oma arte que fosse "flho harmonioso da culara industrial”, compartihando asim com as aspiragSesindusriais da sociedade sovidtica rascence. A arte torna-se construgio de objetos, eaboragio técnica de materias, sproximanda-se das foomas do artesanat, da cexperiéncis operiti ‘Se quisermos, io apenas o trabalho tea teal de Meyerholé, mas também a poesia e as peras de Maakovski anda, a direc cine rmatogrifica de Eisenstein devem muito a es expicie de cSleuo algébrica com que os constutivisus pretendiam esteuturse sas fbas de arte seja na Kieratura, pintara, ar uitesura ow eset [No campo efnico dpensavinie Glial tivamente os psinkis pntadoe eas decorages sopérlus, sobre o paleo surgiam armagdes abstatas que continham tornoe teat, encai= es, escadas © partes girtéias.Os dspositi- vos cénicosasiumiam cada ver mais 2 era ura mecinics de uma espécie de méguina- ferramenta com suas eleraydes, rods, pass rela ¢ engrenagens a mat extravagant, Meyerhold, servindo-se portanto deste novo espago cco, vi invssigae um novo sistema para a interpetagio do ator: os ‘ublados © andimes 6 cena constrtvista serviram de base para exploragio do vie- ‘uosisma cinésico de um nove ator. A teo- ria da biomecinica cferecia, 20 invés de “emogdes verdadeias um canjunto de sl- tos, flexbes, simulagées, golpes,enfim, toda ‘uma linguagem corporal que pretendia substtuir © ator da imuipSe, do pergvonie (eivéncia interior") por uma atorginasta, ‘um ator acrobata que, em dlkima andlie, simbolizaia com seus doves fsicat 0 Thomem ideal da época, A premisa de ‘Meyerhold ere que a verdade die relages © a conduta humans, a eséncia do homem, se expresia aio por pales, mas por gests, pasos, olhares, 2f8es, Dizi: “a muda elo- iincia do compo pode fazer milagres © a palawra nio € mais do que um bordado Sobze 0 tacido do movimento” A biomesi- hia de Meyethold que colocava of stores, vettidos com macacbes girando por entre as pefas daqueles disposivos cénicos, aproxi- ava, certamente, 0 tao dis cadéncias da produsio, eo stor, nuns exatidio extema- 4a de movimentos,astmia 0 apecto de um ‘opeiria dante das miguias ‘Masa agilidade dosatores de Meyerhold Jmpedia-os de cairem wm certo exquema- tismo de gestor como ce farem bonecos saris. A ese wigotoso abstatsmo, tanto da biomecinica quanto do construtiviemo, Jjuntavi-te uma teatalidade replets de ‘humor “elowenesco", am que o# stores, o- so bafver da commed dlls, pareciam Jmproviar eragues, surpress e pievetas. Na verdade essa alegre cemicidade replea de brincadeiras, que lembava of teittos de fbira com suas eambalhots, perseguigbes © arlequinadas, nonca deapareceu dos experi culos de Meyecholde srmpre fer parte das JnvestgagBesestticas do ditto. Iso expli- ‘a.ambém o seu dese, principalmente nos anos que se seguiram 4Revolugio de tans- eyed omen fie 0 tno epagos abet, pags ibis © cher, enfin, 2 um epeticulo "extent" 06 com a aboligo d ce- sn do cenitio © ds Sgurino, ores er ea potent poderiam er ub Sido por um jog lve de tabalhadors sue conagrarm uma pane de seu tempo le am jogo teal improv no pro- rio local de tsbthoe tm cedeio inven tno por cle ‘A bice deve abalbo enconta juste snente em Hbertar ator de todo o aesé- fio sop ge sobrecarega a ens, para colocarem primero plano 2 sua pepra inca riadors Ao tomar como modelo ideals tags» comida ds Angie feco-romans, em opoigio 20 testo de Srdor de ama” sanidkiane, Meyer hold prope o rtm como bas di digo © do movimento dor ores, spomand pas 3 pootiiéade de um expéte de evalzn fo €rensiimento ds dings tas do texwo antigo Neve venti, pairs pode 1c cansformar oum gro harmonios, fo memo ser express ataée de jogos relics pla marae de pais esilen- ios. Parque iso overt ropde oma searuriio cenogriscs que impede a di Indo dor movientorcnicon uma vez ut 0 objetivo ith em concentarfandae imeanente 4 steno do epectdoe na ‘movimenago © ma plariidae do corpo do ator Cae 20 desenho dor gets rigor rosamentesbnhado, tod a fng epee ‘vu do epetiula sc procedimentos so aliznos paca condor imaginaio do epectdon 2 uma “montage rava Jo deenho © dt slodes propor pes cena. Anica dene {po de testo em permanent ta conta 0 procedimenta sion, 20 ero har mente nhs a contigo dr agepa- ments de stores em euidadoe arly ince com iminagio ens, ogee tum movimento cénico que peat tar, independentemente do senda ite ds 122 ira Sade palin pronunciadss no paleo, significa ‘io mais profinds da drama: No teato dx comengo o pera no aquece em nenhum momento que dan- te dee st um ator que repent, ¢ © stor nfo equoce que dante dele et 3 Plata; o seus pio palcoe 20 edo, 2 cenogeata Ea mesma eas com ut jude: 30 olhiclo nose pode exqucer por um segundo que se ms de tnt, ‘es, pine, mas 20 mesno tempo ema tem entimeno de vids, subline eHami- alo. sempre asim, quanto melhor £0 quideo, mat fore € o semtimento. de sy Sintetizar,esilizar,ransformar em simbolos 0 procedimeatos-chave de sua postics teat. Para iso, record mals 20 movi mento plisico do corpo do ator do que perfeica caracterizgio naturglista. Con- sidera 0 ator como agente fundamental ds cena e incdiré 0 seu uabalho de encenador nos movimentosriomicos ¢ na phsticidade do corpo, numa precisa conexio com of outros meios de expressio que coaformars 4 Linguagem cénica. No espago cénica © or & um corpo humano, ajo poder expresivo aumentiri ma medida em que -muntver com os outros sgnos cénics rae bes de cumplicidade e antagonismo, (© ator sobre o paleo & como 0 excukor ante de seu loco de agile & preci so encarnar numa forma palpivel 0 smesmo contelido que 0 ecultor, ito €,08 Iimpulios de sua alma, sus sensages. pianisa tem como material ot sont do Instrumente no qual ele toes, © cantor tema voz, quanto 2 ator, posui sev pr prio corpo, a fils, a mimica, os gastos. A obra que um artists imerprea & 0 molde ‘onde se introdur su criagia pesos” ‘A tGonica da biomecinica consist, por tanto, em tansformar 9 corpo do ato, soa Gscalidade, em linguagem artstica fanda- rental ds sete teat, A tansformagio do do homem sobre o palco,em objeto de arte significava fizer 60 corpo humane, 2 ‘attr desu levees e mabilidade,o meio de expresso esencal da cena em orginicaco- harmoniae com o ritmo musical eplisico do movimenta cénic, Depreende-se tambtm a partir dat que o ator meyerhodiano deve possi um sentido rusical detenvolvida, © ator sabe por que ra2io as coiss que o cecam tém tal forma nfo uma over; nfo ignora que se eta de tum produco ds ate titel também cle se tzansformando num produto artisico, Harmoniza seus movinentos com alegria pela soa elocucio musicale pela leva plasticidade de Seu corpo. ses movimentot The impiem um virewriamo de acrobats, ‘come 0 ator japonés clissico que inspirow 0 trabalho de Meyeshold por ser esiencial ‘mente um storacrobats¢ danearino, Nese metodologic, 2 palava cénica ‘brigao ator 2 ser coro um misico, pois © ‘mabalho com 25 paws leva-o a calcul o tempo no +6 como tem mica, mas ta- ‘bém como poeta Ea misica tem o papel de uma corrence que acompanha as erolgbes do ator no paleo e seusinstantes de pauss, Com reago 20 texto iterei, 3 obs deamitica propriamente dia, Meyerhold procurarisurpreender sempre dis dlogos {Co conju eens tee” (Seen) de 1912, pice oo pi dodo elim qin 1 clos de its do enna, pad por A, Fea VE MEYER HOLD, Spl, a, el fei rn, cmet, Mato etn, 2 VMEYERHOLD cae 1 preende as paliiss que acompanhars © exlicam a age out “neon, que de- vet, egundo ele, er capado pelo epect- dor aio stavés da lavas, mar por meio dhs pau, dos sléncios¢, sobreudo, pela subsiuigio dos mondlogosexplicativos por aquilo que 0 encenador consider fonds- rencl pars 0 teauo: "1 mica dos movi- sentos plsicos. ese, portant, que no sem meyer holdana a be sblids sobre 2 qual 0 ator spo seu tablho, « a parte ds gual faz “mascer 0 sentiment” & sm divi algae soa, 2 propria corporlidade: sua propose parte, fandamentalmente, de uma premisa fica. ‘No fi sem ratio qu os eros da bioe smecinicainliam sempre ern sev propa soa de etudos a cultura ica, acrobaciaa anja, execicios de sitmica, o boxe ea csgrima E sempre o compo do ator enquan- linguagem expresiva eprodto de acts ue parece defini sstentculo da poe a cca meyerhoeisna Hi que x desacarmbém o sudo ea pesqus dos princpios a epresenaio de grandes épocs tess eda tenia digio teazal a commis dla eo taro crienal, donde se depreende + sbscata secesidade do. novo ator aprender uma série de aomasobrigatrios, qualquer gue fej 0 texto em gue ele cri. Mat nio se cera ceramants, de ura eeconsiugodos métodos do pasado, e sim, um sprveite rmento ecu das wadigbes testis com vie tasa consi sempre uma agi cies ne dis, conduzia por um now ator ‘amber explica-se a pari des pret supostos a constanteutzaio por Meyer- hold dos epedienes do cco do maisie fl HE, sem vids, ender teicas para so ma medida em que encontou também esas modidades ciniss carcecies Neyelde a one indispensiveis 20 ator limpeas, virewost- imo de técnica, sentido absoluto do ritmo, agildede corporal que consegue, num fimo de tempo, inerir um miximo de sensagbes. Nio se pode esquecer também que Meyethold atribuia 2 biomecinics uma ‘arefa educativa par a formagio do now Ihomem sovigtico que natcia com a real {0,0 que corresponds organizaslo cien- Sica do trabalho € 3 exigénca da rcion zagio dos movimentos edo compertmien- to fisico. Teansferia, portant, para o paleo da biomecinics todas s sus convicgSes ett ‘st pré-revolucionisiae orientadse pars um teaxo da frialdade e do dinamismo cor- poral do ator «,conjugando-as agora com ‘uns icologia revolucionécia votads paca a etruumgdo de um novo homem © uma row sociedade, projeava no ator biomecd- rico a les que deveriam vigorara parts de ‘entlo, baeadas ma efciéncia, na desteaa 6, sobretade na cooperavidade organisativa, ‘Num artigo de 1922 instuado "O ator do futuro”? Meyeshold escrve: ‘Ao estudarmos o wabatho de um operi- rio experimentado, observamos em seus 1 -ausincia de movimentos ine no produtivos 2, um stm; 3.2 consciéncia ext de seu centro de geavidade; 4 fires, © proceso de trabalho de um operitio experimentdo se parece com a danga, siruando-se asim no limite da arte. A imagem de um homem que erabalha corsetamente sempre produs prater Tudo ‘sso se aplicapefeitamente x0 trabalho do aor do faruo, pois estamos serpte lidan- 0 em arte com 3 organizagio de um ' Fe recoencontase puedo no vlume fdr eet de MEVERHOLD, opt p46, wy era eines ‘certo material, Aare deve fandarse sobre Trses cieficae © toda eragio antticn deve ser consconte.A arte do ator é fan dds sobre a organizagio de seu matecial, ito &,© aoe deve ser utilizar coreta- mente of meios expresivos de st compo ind: Se sumo 4 posura de um homem ts- ve. comego 4 centr crsteza, Ne minha lidade de diretor biomecénico vigio. dar que 0 tor sja sai e que seus ner ‘ot nlo seam atingidas. Pouco import: ue se represents uma pega trie: woes ever Sea alegrese no seconcentrarem interioemente para no ficarem neurast cos. Certosatores finer tos a5 esp tics de manipulgdes par penetar mum. mundo wiste © isto os torna nervoso Quanto + ds, dizemos: se ex fo vosts scomirem uma posura triste, 2 replica eck erie embérn ‘Desss forma, Meyerhold parecia desacre- iar que uma abordagem psicol6gica pales condutie a qualquer slug eénica com precsio e rigor tenieo: Consrait sobre uma base pricldgica 0 cediiio teal € como ediiear uma casa sole asa: ela desabachinevitsvelmen- te. Na realidad, todo estado psiclégico feti condisionado por certos process fsiol6gicos Aa encontar a solo €or cu Gu seu estado Sica, 0 ator cheese «| ‘uma situagio através da qual surgi nele cima “excitabilidade” que constitui a ssséncia de seu joge, que contigia oF especadores e que os far participa dese 5joge. E a paris de tods uma série de sitagBes ou de estados feos que mas- ‘com exes pontos de excinbilidade ¢ que 4 depois se tingirio deste ou daquele A partir da décads de 30, Meyethold ‘comegs a ser persepuido pela critica oficial slnits, Recustaie 2 cunarse & defor magio da conceto do realismo socialist, ‘via, poranto, cada ver mals wagicamence co problema das relagdes entre a burocracia fe 2 sete, ou melhor, entre os Dorocraas da arte ¢ 0 crador. Qualifcado publicamente pelo Partido como "chefs do formalismo ro tea” ¢ responsivel por obras este antes e eetrégradst,obrigam-no a pronun- ir um dizcursa para reconhecer seas “eros” formalsas e propor um “reaismo verdadeiro” como Gnico objetivo artsico. [Em jancio de 1938 0 Teatro Meyethold & fechado por decteto e, ts ds ap6s 0 Congreso Geral de Direcores Tests, ‘corrida em 1939, Meyethold & detido € eportado por ter se negado mais uma vez 3 manifesalo piblica de submisio reteagio atic. Hoje, aps meio século de silencio of dial sobre 2 vida, a obra e a morte de [Meyerhold, abe-se enfim, com a recente porsbilidade de aceso aos arquivos soviet cor ea divulgaglo de materiis e documen- tos, que Stlin decretou 0 farlamento do ‘encenador rus em 2 de novembro de 1940. ‘Acesetrgico destino sem divida mt- te pouce digne pars wim doe princpais criadores da década de vinte, 0 proprio ‘Meyethold jf respondera com sufciente ‘ronia,confiante, por certo, de que a partir dele nasceria toda uma nova cortente cox tae que o futuro, mis cedo ou mais tarde, 4 Coe ANS “Sose sim means", Motes, 196, pad MEVERMOLD, Ti a Mat, Er Fane 197.200 15 EMEVERHOED,"O ater do foe mein op p48. renalaria seu rico pasado: “Se depois de ‘minha morte, vcéstverem que ler biogr=- fas mas quais sou etatado como um sacer- ote, vaidoso de minha propria importin- Maye 2 tones ia, proferindo verdadet eterna, ev os cencarcego de declarar que tudo isto & cali nia € que fui sempre uma pesios muito le" ps

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