Material Didático
Contabilidade
Avançada
noções preliminares
demonstrações contábeis
investimentos temporários e permanentes
método da equivalência patrimonial
consolidação de demonstrações contábeis
correção monetária integral
provisões e reservas
exercícios de fixação
Elaboração
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................................................3
CURRÍCULO PROFISSIONAL RESUMIDO DO ELABORADOR..........................................................................................................4
I – NOÇÕES PRELIMINARES ...............................................................................................................................................................5
1. Introdução ....................................................................................................................................................................................5
3. Objetivos ......................................................................................................................................................................................5
2. Técnicas contábeis ......................................................................................................................................................................6
II – ESTUDO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ..........................................................................................................................7
1. Demonstrações obrigatórias para todas as empresas ...............................................................................................................7
2. Demonstrações obrigatórias para determinadas empresas .....................................................................................................21
3. Demonstrações recomendadas pelos órgãos de fiscalização..................................................................................................23
4. Outras demonstrações de caráter gerencial.............................................................................................................................27
5. Outras considerações importantes sobre as demonstrações contábeis ..................................................................................31
6. Considerações importantes sobre as sociedades por ações ...................................................................................................34
III – INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS E PERMANENTES..............................................................................................................38
1. Tipos de investimentos ............................................................................................................................................................38
2. Contabilização de investimentos temporários .........................................................................................................................39
3. Principais motivos que justificam investimentos permanentes em outras empresas..............................................................40
IV – AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PERMANENTES.................................................................................................................41
1. Método de Custo de Aquisição – MCA....................................................................................................................................41
2. Método da Equivalência Patrimonial – MEP............................................................................................................................41
3. Demonstração dos efeitos dos métodos MCA e MEP.............................................................................................................41
4. Contabilização das operações básicas de participações permanentes em outras empresas ................................................42
V – MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ............................................................................................................................43
1. Algumas definições..................................................................................................................................................................43
2. Determinação do valor dos investimentos relevantes em outras empresas ...........................................................................43
3. Técnica de elaboração ............................................................................................................................................................50
4. Contabilização do resultado da equivalência patrimonial........................................................................................................50
5. Contabilização no MEP de alguns tipos de variações no investimento e no PL da coligada ou controlada...........................50
6. Variação na porcentagem de participação ..............................................................................................................................51
7. Patrimônio líquido das investidas ............................................................................................................................................52
8. Companhias no exterior...........................................................................................................................................................52
9. Resultados não realizados de operações intercompanhias ....................................................................................................52
10. Eliminação de resultados não realizados de operações intercompanhias............................................................................54
12. Ágio e deságio na aquisição de participação societária ........................................................................................................54
13. Amortização do ágio e deságio .............................................................................................................................................56
VI – CONSOLIDAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...........................................................................................................57
1. Conceito...................................................................................................................................................................................57
2. Aplicabilidade...........................................................................................................................................................................57
3. Técnicas de consolidação .......................................................................................................................................................58
4. Eliminações de saldos e transações .......................................................................................................................................58
5. Participações minoritárias em controladas ..............................................................................................................................68
6. Impostos na consolidação .......................................................................................................................................................70
7. Outros ajustes na consolidação...............................................................................................................................................73
8. Forma de evidenciação da consolidação ................................................................................................................................74
VII – ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA......................................................................................................................................................75
1. Objetivo....................................................................................................................................................................................75
2. Tipos e características.............................................................................................................................................................75
VIII – CORREÇÃO MONETÁRIA INTEGRAL......................................................................................................................................78
1. Conceito e importância ............................................................................................................................................................78
2. Faculdade de adoção da sistemática ......................................................................................................................................78
3. Outras razões para adoção da sistemática .............................................................................................................................79
4. Outros aspectos legais e contábeis.........................................................................................................................................80
5. Metodologia da sistemática .....................................................................................................................................................80
6. Exemplo simplificado da sistemática.......................................................................................................................................82
IX – PROVISÕES E RESERVAS.........................................................................................................................................................86
1. Distinção entre provisões e reservas .....................................................................................................................................86
2. Alguns tipos de provisões ......................................................................................................................................................87
3. Classificação das reservas.....................................................................................................................................................89
X – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ..........................................................................................................................................................90
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................................................................103
APRESENTAÇÃO
I – NOÇÕES PRELIMINARES
1. INTRODUÇÃO
O processo ensino-aprendizagem inerente à disciplina Contabilidade Avançada enseja o estudo,
a pesquisa e o debate acerca de alguns conhecimentos considerados complexos e estratégicos no contexto
dessa importante ciência social, que é a Contabilidade.
Pode-se sintetizá-la ou ementá-la como sendo o estudo dos ajustes e técnicas de elaboração
das demonstrações contábeis no contexto dos conhecimentos específicos da Contabilidade Superior, assim
considerados em função do nível de complexidade e aprofundamento que a sua adoção exige dos
profissionais envolvidos.
Destacam-se como temas principais da Contabilidade Avançada:
Investimentos temporários e permanentes;
Avaliação de investimentos pelo método da equivalência patrimonial;
Consolidação de demonstrações contábeis;
Reavaliação de ativos;
Provisões e reservas;
Transações entre partes relacionadas;
Concentração e extinção de sociedades (fusão, incorporação, cisão, etc);
Operações entre matriz e filiais.
Para melhor caracterizar a importância do assunto em discussão no âmbito educacional e
empresarial, busca-se a ajuda dos ilustres professores e consultores José Hernandez Perez Junior e Luís
Martins de Oliveira, que em seu livro intitulado Contabilidade Avançada: Teoria e Prática, publicado pela
Editora Atlas, destacam que "... apesar do extraordinário avanço experimentado pela Contabilidade no Brasil
nas últimas décadas, principalmente após a promulgação da Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações),
ainda há muito trabalho pela frente, no sentido de fazer com que a Contabilidade praticada atualmente entre
nós alcance o padrão vigente nas economias mais desenvolvidas e, como uma das conseqüências naturais,
os profissionais e acadêmicos desta Ciência no Brasil alcancem o mesmo elevado "status" desfrutado
principalmente pelos colegas americanos e ingleses e de outras nações do primeiro mundo".
Perez Junior e Oliveira continuam, afirmando que "... o processo de globalização dos mercados
exige, cada vez mais, padrões contábeis internacionais para atender as exigências feitas para a captação de
recursos externos por parte das empresas locais e para melhor entendimento das demonstrações contábeis
por parte dos investidores estrangeiros".
Para eles, "... a economia brasileira, principalmente com a estabilidade econômica propiciada
pelo Plano Real, vem recebendo volumes expressivos de capitais do exterior, onde diversas multinacionais
dirigiram grandes parcelas de capital para o Brasil, ampliando suas subsidiárias ou adquirindo empresas já
constituídas, além do fluxo de capital diretamente aportado no Brasil pelos investidores estrangeiros".
Ainda, segundo os citados autores, "... são exatamente esses, os principais fatores que fazem
com que cresça entre os contabilistas a necessidade da harmonização dos procedimentos contábeis e do
nível de divulgação feito pelas empresas de capital aberto. Tais fatores, de fato, implicam que estudantes,
contadores, auditores, professores e demais envolvidos com a Contabilidade necessitem cada vez mais de
treinamento mais rigorosos e, conseqüentemente, material bibliográfico adaptado aos desafios dos tempos
modernos".
2. OBJETIVOS
Consoante a exigência de caráter técnico-acadêmico, o objetivo principal da disciplina
Contabilidade Avançada é a capacitação do aluno para a execução de procedimentos de ajustes e
elaboração de demonstrações contábeis de natureza específica, mediante a aplicação dos conhecimentos
avançados no contexto das técnicas contábeis da escrituração e da demonstração, de modo a que ele seja
3. TÉCNICAS CONTÁBEIS
Sabendo-se que a Contabilidade é uma ciência e que a mesma é conceituada e estudada de
forma abstrata, constata-se que a sua materialização ou concretização se dá através de suas técnicas, quais
sejam:
Escrituração Contábil, que é a técnica contábil exercida com a finalidade de efetuar o
registro, através do lançamento, dos fenômenos ou fatos que afetam o patrimônio de uma entidade. Saliente-
se que estes fenômenos para se constituírem em objeto da escrituração devem ser passíveis de valoração
monetária;
Demonstração Contábil, também chamada de evidenciação, é a técnica que se encarrega
de informar aos usuários da informação contábil a situação do patrimônio e suas mutações. Através de
demonstrações e outros relatórios, as pessoas que mantêm relação de interesse com a entidade, são
providas com as informações contábeis indispensáveis ao processo decisório;
Auditoria Contábil, que constitui-se num conjunto de procedimentos técnicos exercidos com
o objetivo de emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis, buscando a confirmação da
veracidade das informações sobre a posição patrimonial e financeira e sobre o resultado das operações e
recursos de uma entidade;
Análise Contábil, é a técnica que permite, através da utilização de instrumentos diversos, a
decomposição, a comparação e a interpretação das demonstrações contábeis ou gerenciais e suas
extensões, com vistas a avaliar o desempenho e as tendências da entidade, para atender determinado
objetivo.
Resumindo:
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Registra os fatos contábeis produzidos pelo patrimônio
DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL
Elabora relatórios contábeis sobre o patrimônio
TÉCNICAS
CONTÁBEIS AUDITORIA CONTÁBIL
Verifica a expressão de verdade dos relatórios contábeis
ANÁLISE CONTÁBIL
Decompõe, compara e interpreta os relatórios contábeis
1 A NBC T-3 é a Norma Brasileira de Contabilidade que dispõe sobre conceito, conteúdo, estrutura e nomenclatura das demonstrações contábeis, a qual foi
aprovada pela Resolução CFC nº 686, de 14/12/1990, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), alterada pelas Resoluções CFC nºs 847/99 e
1.049/05.
2 CRC – Conselho Regional de Contabilidade, órgão pertencente ao sistema CFC, responsável pelo registro e fiscalização dos profissionais de
contabilidade.
3 Esta nova conceituação foi introduzida pela Resolução CFC nº 1.049, de 07/10/2005.
A) ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades, as contas representativas dos recursos financeiros disponíveis da
empresa. Exemplos:
Caixa;
Bancos c/Movimento;
Aplicações de Liquidez Imediata.
Realizável a Curto Prazo, as contas representativas dos direitos e bens realizáveis até o
final do exercício social subseqüente ao do encerramento do balanço ou de conformidade com o ciclo
operacional da empresa. Exemplos:
Duplicatas a Receber;
Duplicatas Descontadas (credora);
Provisão para Devedores Duvidosos (credora);
Títulos a Receber;
Estoques.
Despesas do Exercício Seguinte, as contas que representem aplicações de recursos em
despesas do exercício seguinte (despesas antecipadas). Exemplos:
Aluguéis Antecipados;
Seguros a Apropriar;
Encargos Financeiros a Apropriar.
ATENÇÃO!!!
A divisão do grupo patrimonial Ativo Circulante retrodescrita (subgrupos Disponibilidades, Realizável a Curto
Prazo e Despesas do Exercício Seguinte) está em consonância com as disposições da Lei nº 6.404/76,
porém a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica nº 3 (NBC-T-3), do Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), prevê a divisão do Ativo Circulante nos seguintes subgrupos:
Disponível;
Créditos;
Estoques;
Despesas Antecipadas;
Outros Valores e Bens.
A) PASSIVO CIRCULANTE
As contas representativas das obrigações da empresa, inclusive financiamentos para
aquisição de Ativo Permanente, que tenham prazos de vencimentos até o final do exercício social subseqüente
ao de encerramento do balanço ou de acordo com o ciclo operacional da empresa. Exemplos:
Fornecedores;
Encargos Sociais a Recolher;
Impostos a Recolher;
Títulos a Pagar;
Empréstimos e Financiamentos Bancários.
D) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
As contas representativas dos seguintes valores:
dos investimentos dos proprietários na empresa;
das reservas oriundas de lucros obtidos pela empresa;
das reservas provenientes de reavaliação de ativos.
As contas pertencentes ao Patrimônio Líquido serão distribuídas nos seguintes subgrupos:
Capital Social, as contas representativas do valor do capital subscrito e da parcela ainda
não integralizada ou realizada. Exemplos:
• Capital Social;
• Capital Social a Realizar ou Integralizar (devedora).
Reservas de Capital, as contas que representam valores recebidas que não transitaram
pelo seu resultado como receitas e outros. Exemplos:
• Ágio na Emissão de Ações;
• Produto da Alienação de Partes Beneficiárias;
• Produto da Alienação de Bônus de Subscrição;
• Prêmios na Emissão de Debêntures;
• Doações e Subvenções para Investimentos;
• Incentivos Fiscais.
Reservas de Reavaliação, as contas representativas das contra partidas de aumentos de
valor atribuídos a elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, com base em
laudo técnico. Exemplos:
• Reavaliação de Imóveis;
− Reavaliação de Imóveis Próprios;
− Reavaliação de Imóveis de Controladas;
• Reavaliação de Recursos Naturais;
• Reavaliação de Participações Societárias.
Reservas de Lucros, as contas que representam lucros obtidos pela empresa e retidos
com finalidade específica. Essa retenção pode se dar por imposição legal, por
determinação estatutária ou por propósitos aprovados pelos proprietários da empresa.
Exemplos:
• Reserva Legal;
• Reservas Estatutárias;
− Reserva para Aumento de Capital;
− Reserva para Resgate de Debêntures;
− Reserva para Resgate de Partes Beneficiárias;
− Reserva para Amortização de Ações;
Professor Orismar Parreira Costa
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• Reservas para Contingências;
• Reservas para Expansão ou Planos para Investimentos
• Reservas de Lucros a Realizar;
• Reservas para Dividendos Obrigatórios.
Lucros ou Prejuízos Acumulados, as contas representativas de resultados obtidos, porém
retidos sem finalidade específica (quando lucros), ou à espera de absorção futura
(quando prejuízos). Assim, os lucros ou prejuízos do exercício são transferidos para
conta Lucros ou Prejuízos Acumulados e lá permanecem até se tomar decisão sobre a
destinação do lucro ou amortização do prejuízo. Exemplos:
• Lucros Acumulados;
• Prejuízos Acumulados (opcional).
Para efeito de avaliação dos elementos do ativo, considera-se como valor de mercado:
Das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado;
Dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no
mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;
Dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas
seguintes contas:
Depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
Professor Orismar Parreira Costa
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Amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração
limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
Exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
Outras considerações previstas em lei:
Os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não
superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos
os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão
produzir resultados suficientes para amortizá-los;
Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor
de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES OBRIGAÇÕES DE FUNCIONAMENTO
Caixa e Bancos Conta Corrente Fornecedores
Aplicações de Liquidez Imediata Obrigações Trabalhistas e Sociais
CRÉDITOS Obrigações Tributárias
Clientes Adiantamentos de Clientes
(-) Duplicatas Descontadas Dividendos a Pagar
(-) Provisão para Devedores Duvidosos OBRIGAÇÕES DE FINANCIAMENTOS
Adiantamentos a Fornecedores Empréstimos Bancários
Impostos a Compensar Títulos a Pagar
Investimentos Temporários EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
ESTOQUES Empréstimos e Financiamentos
Estoque de Mercadorias para Revenda Retenções Contratuais
Estoque de Matéria-Prima Títulos a Pagar
DESPESAS ANTECIPADAS Provisão para Imposto Renda Diferido
Prêmios de Seguros a Apropriar RESULTADOS EXERCÍCIOS FUTUROS
OUTROS VALORES E BENS Receitas de Exercícios Futuros
Valores e Bens Não-Relacionados às (-) Custos ou Despesas Correspondentes
Atividades-Fim PATRIMÔNIO LÍQUIDO
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO CAPITAL SOCIAL
VALORES A RECEBER Capital Subscrito
Clientes (-) Capital a Realizar
(-) Provisão para Devedores Duvidosos RESERVAS DE CAPITAL
Empréstimos a Coligadas e Controladas Reservas de Incentivos Fiscais
Empréstimos Compulsórios da Eletrobrás Subvenções para Investimentos
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Doações para Investimentos
Títulos e Valores Mobiliários RESERVAS DE REAVALIAÇÕES
Participações Não-Permanentes Reavaliação de Ativos Próprios
DESPESAS ANTECIPADAS Reavaliação de Ativos de Controladas
Prêmios de Seguros a Apropriar RESERVAS DE LUCROS
PERMANENTE Reserva Legal
INVESTIMENTOS Reserva Estatutária
Participações em Sociedades Controladas Reserva para Contingências
Obras de Arte Reserva de Lucros a Realizar
Imóvel Não de Uso - de Renda LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
(-) Depreciações Acumuladas Lucros Acumulados
IMOBILIZADO (-) Prejuízos Acumulados
Terrenos
Máquinas, Aparelhos e Equipamentos
Móveis e Utensílios
Veículos
Marcas, Direitos e Patentes Industriais
(-) Depreciações Acumuladas
(-) Amortizações Acumuladas
Obras em Andamento
DIFERIDO
Pesquisas e Desenvolvimento de Produtos
Gastos de Reorganização
(-) Amortizações Acumuladas
DISPOSITIVOS LEGAIS
Provisão para Contribuição Social: Lei nº 7.689, de 15/12/88.
Provisão para Imposto de Renda: art. 6º do Decreto-Lei nº 1.598, de
26/12/77 e RIR.
Participações: art. 190 da Lei nº 6.404, de 15/12/76. NOTA: quadro extraído do livro Contabilidade Geral Fácil, de Osni Moura
Reserva Legal: art. 193 da Lei nº 6.404, de 15/12/76. Ribeiro, Editora Saraiva, 1ª edição – 1997.
Reservas Estatutárias: art. 194 da Lei nº 6.404, de 15/12/76, que faculta ao
estatuto fixar critérios para determinar a base de cálculo. No nosso exemplo,
utilizamos o próprio Lucro Líquido do Exercício.
Dividendos: art. 202 da Lei nº 6.404/76, que também faculta ao estatuto fixar
critérios para determinar a sua base de cálculo. No nosso exemplo,
utilizamos o próprio Lucro Líquido do Exercício.
Demonstrações Contábeis Consolidadas, que, nos termos dos arts. 249 e 250 da Lei nº
6.404/76 e da Instrução CVM nº 247/96 (vigência: demonstrações relativas ao exercício social findo a partir de
01.12.96), devem ser elaboradas e divulgadas, juntamente com suas demonstrações contábeis, pela companhia
aberta.
A seguir, modelos de balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício consolidados:
BALANÇO CONSOLIDADO
ELIMINAÇÕES E
DESCRIÇÃO DOS CONTROLADORA CONTROLADA SALDOS
AJUSTES
ELEMENTOS S/A S/A CONSOLIDADOS
DÉBITO CRÉDITO
ATIVO
Disponibilidades
Valores a Receber
Estoques
Investimentos
Imobilizado
Depreciação Acumulada
TOTAL
PASSIVO
Valores a Pagar
Participação Minoritária no Capital
Reservas de Capital
Reservas de Lucros e Lucros
Acumulados
TOTAL
ATENÇÃO!!!
Por força da Resolução CFC nº 900, de 22.03.2001, baixada pelo Conselho Federal de Contabilidade,
tornou-se compulsória a aplicação do Princípio da Atualização Monetária, previsto no art. 8º da Resolução
CFC nº 750/93, quando a inflação acumulada no triênio atingir 100% (cem por cento) ou mais.
Neste caso, a inflação acumulada deve ser calculada com base no Índice Geral de Preços do Mercado
(IGPM), apurado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A aplicação compulsória do Princípio da Atualização Monetária deve ser amplamente divulgada nas notas
explicativas às demonstrações contábeis.
4 Texto extraído do material publicado na Revista Brasileira de Contabilidade, ano XXVI, nº 105, de julho de 1997, elaborado por Egberto Lucena Teles,
contador, mestrando em contabilidade e controladoria pela FEA/USP.
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 28
A seguir, os modelos da DFC:
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO
Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa Entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa
Fluxo de caixa das atividades operacionais: Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Venda de mercadoria e serviços (+) Lucro líquido (+)
Pagamento de fornecedores (-) Depreciação e amortização (+)
Salários e encargos sociais dos empregados (-) Provisão para devedores duvidosos (+)
Dividendos recebidos (+) Aumento/diminuição em fornecedores (+/-)
Impostos e outras despesas legais (-) Aumento/diminuição em contas a pagar (+/-)
Recebimento de seguros (+) Aumento/diminuição em contas a receber (-/+)
Caixa líquido das atividades operacionais (+/-) Aumento/diminuição em estoques (-/+)
Caixa líquido das atividades operacionais (+/-)
Fluxo de caixa das atividades de investimento:
Fluxo de caixa das atividades de investimento:
Venda de imobilizado (+) Venda de imobilizado (+)
Aquisição de imobilizado (-) Aquisição de imobilizado (-)
Aquisição de outras empresas (-) Aquisição de outras empresas (-)
Caixa líquido das atividades de investimento (+/-) Caixa líquido das atividades de investimento (+/-)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento:
Fluxo de caixa das atividades de financiamento:
Empréstimos líquidos tomados (+) Empréstimos líquidos tomados (+)
Pagamento de leasing (-) Pagamento de leasing (-)
Emissão de ações (+) Emissão de ações (+)
Caixa líquido das atividades de financiamento (+/- Caixa líquido das atividades de financiamento
) (+/-)
Aumento/diminuição líquido de caixa e equivalentes de
Aumento/diminuição líquido de caixa e equivalentes de
caixa
caixa
Caixa e equivalentes de caixa – início do ano
Caixa e equivalentes de caixa - início do ano
Caixa e equivalentes de caixa – final do ano
Caixa e equivalentes de caixa - final do ano
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)5, que evidencia o valor das riquezas criadas
pela sociedade, bem como sua efetiva distribuição, constituindo-se em ferramenta importante para os vários
grupos de usuários da informação contábil (internos e externos), que não pode ser obtida com clareza nas
demonstrações tradicionais, razão pela qual a DVA está ganhando cada vez mais adeptos em vários países.
Portanto, a DVA apresenta o valor adicionado ou valor agregado, que significa a riqueza criada por uma entidade
num determinado período de tempo, que via de regra é de um ano. A exemplo do PIB de cada país, a soma das
importâncias agregadas representa, na verdade, a soma das riquezas criadas pela empresa.
Fatores que evidenciam a importância da elaboração da DVA:
algumas nações exigem que as empresas internacionais que desejem se instalar no país
demonstrem qual o valor adicionado que pretendem gerar, pois para esses países pode
não ser interessante a empresa produzir muito importando muito, sendo que o
fundamental é medir a nova riqueza produzida, ou seja, o valor adicionado ao país, bem
como a forma de distribuição dessa riqueza;
alguns estados e municípios, antes da concessão de incentivos fiscais, analisam o
projeto de instalação da empresa, incluindo nessa análise o montante do possível valor a
ser adicionado e sua efetiva distribuição, na forma de pagamento de mão-de-obra,
serviços de terceiros, impostos, juros e lucros. O montante a ser agregado e a forma de
sua distribuição podem, na maioria das vezes, se constituírem no principal elemento de
decisão para conceder ou não os incentivos fiscais, vez que a obtenção e distribuição do
5 Este outro texto sobre a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) foi extraído do livro Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações
Financeiras, dos professores Silvério das Neves e Paulo E. V. Viceconti, publicado pela Editora Frase, 7ª Edição, fev/1998.
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 29
valor adicionado representa o valor da efetiva riqueza produzida e distribuída pela
empresa, provocando, assim, crescimento econômico efetivo na área municipal ou
estadual;
assim, a DVA deve indicar de forma clara e precisa a parte da riqueza que pertence aos
sócios ou acionistas, a que pertence aos demais capitalistas que financiam a empresa
(capital de terceiros), a que pertence aos empregados e finalmente a parte que fica com
o governo;
na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) a parte de terceiros, formada pelos
capitalistas, empregados e governo, é considerada como despesa ou custo, pois do
ponto de vista dos proprietários, esses valores distribuídos representam redução do lucro
e, de conseqüência, redução da parcela que cabe a cada dono da empresa;
dessa forma, a DRE e a DVA apresentam enfoques bem diferentes e objetivam fornecer
informações sob distintos pontos de vista, o que as torna complementares e
imprescindíveis, pois a elaboração e divulgação de ambas atende de forma eficaz a
necessidade que os usuários possuem de informações adicionais em relação às
demonstrações contábeis obrigatórias.
Como se pode perceber, a DVA tem como objetivo principal fornecer uma visão bem abrangente
sobre a real capacidade de uma sociedade produzir riqueza, isto é, agregando valor ao seu patrimônio, e sobre a
forma de como distribui essa riqueza entre os diversos fatores da produção (trabalho, capital próprio ou de
terceiros, governo). No Brasil, embora seja incipiente a sua utilização e divulgação, pois ainda não é obrigatória
pela legislação societária, a DVA costuma ser inserida por algumas empresas como informação adicional nos
Relatórios da Administração ou como Nota Explicativa às demonstrações contábeis.
São fatores que demonstram a necessidade de elaboração da DVA:
a DRE identifica apenas a parcela da riqueza criada que de fato permanece na empresa
na forma de lucro, não identificando as demais gerações de riquezas, os chamados
valores agregados;
as outras demonstrações legais também não são capazes de indicar:
• quanto de valor - riqueza - a empresa está agregando às mercadorias ou insumos adquiridos;
• quanto e de que forma foram distribuídos os valores adicionados, isto é, não identifica de que
forma as riquezas produzidas pela empresa foram distribuídas.
A seguir são identificados os elementos que compõem a DVA:
valor adicionado, que é calculado pela diferença entre o valor das vendas brutas,
deduzido do valor das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, e
o total dos insumos adquiridos de terceiros, como o custo das mercadorias vendidos,
matéria-prima e demais insumos de produção, serviços adquiridos de terceiros, etc.
distribuição do valor adicionado, cuja soma deve ser igual à soma do valor adicionado,
considera os seguintes valores:
• mão-de-obra de terceiros;
• encargos sociais;
• impostos e contribuições;
• juros, aluguéis e outras remunerações de terceiros;
• lucro líquido, inclusive a parcela não distribuída;
NOTA: quanto aos valores relativos à depreciação, amortização e exaustão, vários países e autores consideram-nos
como valores adicionados retidos, sendo que neste trabalho essas parcelas aparecem como redutoras do
Valor Adicionado Bruto, formando o Valor Adicionado Líquido.
lucro líquido, é a parcela do valor adicionado que pertence aos proprietários, englobando
na verdade os lucros totais (distribuídos e retidos). Os lucros retidos devem aparecer na
DVA dentro do subgrupo acionistas ou sócios, para indicar qual o montante da parcela
que compõe o valor adicionado que efetivamente pertence aos donos;
resultados de participações societárias, onde são identificados os rendimentos de
participações societárias avaliadas pela equivalência patrimonial ou pelo custo de
aquisição (ganhos na equivalência patrimonial ou receita de dividendos), os quais não
representam geração de valor adicionado, devendo ser considerados como
transferências de riquezas geradas pela sociedade investida;
idioma nacional”.
1 – TIPOS DE INVESTIMENTOS
TEMPORÁRIOS PERMANENTES
CONCEITO CONCEITO
• Aplicações de recursos financeiros em títulos e valores mobiliários • Aplicações de recursos financeiros em participações societárias
resgatáveis em determinados períodos de tempo, com o objetivo de permanentes e em direitos e bens não destinados à manutenção das
compensar perdas inflacionárias com as disponibilidades atividades da empresa, não classificados no Ativo Circulante e no
Realizável a Longo Prazo
PRINCIPAIS TIPOS
• Fundos de Aplicação Imediata PRINCIPAIS TIPOS
• Fundos de Investimentos de Renda Fixa ou Variável • Participações permanentes em outras empresas
• Títulos do Banco Central • Incentivos fiscais
• Títulos do Tesouro Nacional • Imóveis não destinados a uso pela empresa
• Depósitos a Prazo Fixo • Obras de arte
• Certificados de Depósito Bancário CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
• Ações Adquiridas ou Cotadas na Bolsa de Valores • Ativo Permanente, no subgrupo Investimentos
• Aplicações Temporárias em Ouro
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
• Letras de câmbio
• Custo de aquisição, menos provisão p/ perdas prováveis
• Debêntures
• Equivalência patrimonial
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL
CONTABILIZAÇÃO
• Ativo Circulante, subgrupos Disponível e Realizável a Curto Prazo ou
Créditos (Investimentos Temporários) • Custo de aquisição do investimento
• Ativo Realizável a Longo Prazo, no subgrupo Créditos (Investimentos • Rendimentos auferidos
Temporários) • Provisão para perdas
• Incentivos fiscais
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• Baixa do investimento
• Custo de aquisição, acrescido de juros e atualização monetária
• Valor de mercado, se menor
CONTABILIZAÇÃO
• Custo de aquisição
• Receita auferida
• Imposto de Renda Retido na Fonte
• Resgate da aplicação
2 – INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
CONTABILIZAÇÃO
3 – INVESTIMENTOS PERMANENTES
PRINCIPAIS MOTIVOS QUE JUSTIFICAM INVESTIMENTOS PERMANENTES EM OUTRAS EMPRESAS
É o caso de uma instituição financeira que adquire participação
Diversificação das atividades societária de uma indústria, para não depender apenas do mercado
financeiro.
Ocorre quando uma indústria automobilística adquire o controle
Verticalização da produção
acionário de uma fábrica de pneus, que era sua fornecedora.
Uma indústria de fios e cabos elétricos/eletrônicos adquire
Garantia de suprimentos de participação societária em uma empresa importadora de cobre,
matérias-primas estratégicas visando à garantia futura de suprimentos de cobre para sua
produção.
Para as empresas capitalizadas, a aplicação de recursos em outras
Alternativa de investimentos
empresas rentáveis pode ser uma boa alternativa de investimento.
Ocorre quando um determinado grupo econômico quer expandir
rapidamente suas atividades, para aproveitar um bom momento da
Rápida expansão do grupo economia. Ao invés de construir uma nova empresa, que
normalmente é um processo demorado, prefere adquirir uma
companhia em atividade.
Acontece que um determinado grupo econômico que explora
determinada atividade no Sul do Brasil, quer se expandir também
para o Nordeste. Existe, no entanto, uma outra grande empresa que
Eliminação da concorrência domina o mercado nordestino, não havendo mercado consumidor
para a entrada de um concorrente. A solução, portanto, é tentar
adquirir a empresa já existente, alternativa que pode ser mais viável
do que enfrentar um forte concorrente já enraizado na região.
É a situação onde existe uma empresa produzindo e comercializando
um produto bastante conhecido pelos consumidores, sendo muito
alto seu potencial de lucro. A empresa detentora da patente deste
produto não consegue explorar todo este potencial de lucro, por falta
Aquisição de marcas e patentes de experiência administrativa, comercial ou insuficiência de capital
para expandir suas atividades, investir em propaganda, financiar
seus clientes, etc. Nestas circunstâncias, talvez seja mais vantajoso
vender a empresa, incluindo a patente, para um investidor com
capital suficiente para alavancar as atividades.
É o caso de uma indústria paulista de componentes eletrônicos que
ganhou uma grande concorrência internacional, para exportação de
seus produtos por diversos anos. Sabe-se que a Zona Franca de
Manaus concede diversos incentivos fiscais, na forma de isenção de
Planejamento tributário
diversos tributos. Com certeza esta indústria paulista ganhará muito
mais dinheiro se conseguir comprar o controle acionário de uma
indústria do setor já instalada em Manaus e transferir para lá sua
produção.
Fonte: CONTABILIDADE AVANÇADA, JOSÉ HERNANDEZ PEREZ JUNIOR E LUÍS MARTINS DE OLIVEIRA, ATLAS, 1998, SÃO PAULO.
1. ALGUMAS DEFINIÇÕES
• COLIGADA
São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra,
sem controlá-la, segundo o § 1º do art. 243 da Lei nº 6.404/76.
• CONTROLADA
Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas,
é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações
sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores, conforme preceitua o § 2º do art. 243 da Lei nº
6.404/76.
• INVESTIMENTO RELEVANTE
A relevância é determinada pela relação percentual entre o valor contábil dos investimentos no ativo da
investidora e o valor do patrimônio líquido da própria investidora na data do balanço. Pelo parágrafo único
do art. 247 da Lei nº 6.404/76, considera-se relevante o investimento:
a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a 10% do valor do patrimônio
líquido da investidora;
b) no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual ou superior a 15% do valor do
patrimônio líquido da investidora.
NOTA: de acordo com a Instrução CVM nº 247/96, o valor contábil do investimento em coligada e controlada abrange o custo de
aquisição mais a equivalência patrimonial e o ágio não amortizado, deduzido do deságio não amortizado e da provisão para
perdas. Para determinação dos percentuais que caracterizam o investimento como relevante, ao valor contábil do
investimento deve ser adicionado o montante dos créditos da investidora contra suas coligadas e controladas.
Assim, resumidamente, são três tipos distintos de sociedades, quais sejam:
a) controladas – aquelas com participação maior que 50% do capital votante.
b) coligadas – aquelas com participação igual a ou maior que 10% e igual a ou menor que 50% do capital total.
c) outras – aquelas com participação menor que 10% do capital votante.
INVESTIDORA
EXEMPLO 1-A
EMPRESA
A
• A Empresa B é uma subsidiária integral da Empresa A.
100% • Assim, a Empresa B é uma controlada da Empresa A
diretamente.
EMPRESA
B
EXEMPLO 1-B
EMPRESA
A
100 %
• Este é um caso de controle indireto, pois a Empresa B tem um
EMPRESA investimento na Empresa C, por exemplo de 90% de seu capital
90% B votante, o que caracteriza que a Empresa C é controlada da
Empresa A, através da Empresa B, indiretamente.
90 %
EMPRESA
C
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
EXEMPLO 2
• A Empresa A tem diretamente 70% da B; logo
B é controlada.
• A Empresa A tem diretamente 20% da C, mais
EMPRESA 40% indiretamente através de B. Logo, C
TERCEIROS também é controlada de A, apesar de 70% de
A 40% dar 28%, que, somados aos 20%,
totalizam 48%. De fato, nas assembléias de C,
20 % o que predomina é a decisão de A pela soma
70 % 40 % dos seus votos (20%) e dos votos de sua
controlada B (40%).
• O importante é o conceito de controle e não de
EMPRESA 40 % EMPRESA propriedade. Apenas 48% pertencem a A, já
que 40% pertencem a terceiros e 12%
B C pertencem aos minoritários de B (30% de
40%), mas a Empresa A controla totalmente C.
EXEMPLO 4
• A Empresa B é controlada direta de A.
• A Empresa E é controlada indireta de A, pois é
EMPRESA controlada por B.
A • A Empresa C não é controlada de A, apenas
coligada.
45 % • A Empresa D não é controlada de A (nem
60 % coligada), pois é controlada de C, que não é
controlada de A. No entanto, se A for companhia
aberta, D será, por equiparação, sua coligada
EMPRESA EMPRESA indireta.
B C • Note-se que:
- A detém 51% da propriedade de D (45% de 60%
60% = 27%, por meio de C e 60% de 40% = 24% por
55 % 40 % intermédio de B), mas essa não é sua
controlada.
- A detém 33% (60% de 55%) de E, mas esta é
EMPRESA EMPRESA sua controlada.
E D • O conceito é, sempre, de controle, acima do de
propriedade.
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 46
EXEMPLOS DE CONGLOMERADOS OU GRUPOS EMPRESARIAIS
EXEMPLO 5
100%
80% 70%
B C D 60%
5% 8%
12%
E
NOTAS:
1. Nesse exemplo, que não se requer o registro individual das participações das Empresas B, C e D na Empresa E pela
equivalência patrimonial, pois a Empresa E, apesar de controlada da Empresa A, não é coligada das Empresas B e C e, apesar
de coligada da D, pode não ser relevante nessa empresa. Nessa situação, todavia, por serem todas do mesmo grupo e sob
controle acionário comum, recomenda-se que as empresas B, C e D efetuem a equivalência patrimonial de seus investimentos
na Empresa E. Essa prática estará, também, mais consistente com as demonstrações contábeis consolidadas a serem
preparadas pela Empresa A, pois a Empresa E é uma controlada.
2. Na realidade, recomenda-se esse procedimento mesmo que haja uma coligada no meio, entre a investidora maior e a investida
última. Por exemplo, B poderia ser coligada de A, com esta tendo participação de apenas 40% sobre aquela; mesmo assim B
deveria adotar a equivalência sobre E, que, de qualquer forma, continua sendo controlada de A. Aliás, poderia E nem ser
controlada indireta de A, caso C e D fossem coligadas de A. O cuidado deve residir na verificação acumulada das participações
em E e nas características, se for o caso, de existência ou não de influência.
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
Exemplo:
• A Investidora S/A tem investimentos em cinco outras empresas, sendo que o valor contábil de seus
investimentos é o seguinte:
• Com vistas a não gerar distorções na avaliação dos investimentos na empresa investidora, as
demonstrações contábeis das investidas devem refletir todas as hipóteses de ajustes (provisões para
impostos, participações e contribuições sobre o lucro), de modo que seu Patrimônio Líquido e resultado
econômico sejam adequados aos critérios contábeis legais.
• Considerando, por fim, que o PL das coligadas e controladas é a base determinante do valor da
equivalência patrimonial na investidora, o art. 248, item I, da Lei nº 6.404/76, determina que:
“o valor do Patrimônio Líquido da coligada ou da controlada será determinado com base no
balanço ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na
mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia”.
• Estas condições se aplicam, igualmente, à coligada ou controlada que mantém, também, investimentos
relevantes em outras sociedades, passíveis de avaliação pelo método da equivalência patrimonial, onde
seu balanço já deve refletir a atualização de tais investimentos, observando-se sempre a uniformidade de
critérios contábeis.
8. COMPANHIAS NO EXTERIOR
• Nos termos da Lei 6.404/76, não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios
com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas, com o
objetivo de que somente seja reconhecido o lucro decorrente de operações praticadas com terceiros, vez
que as transações entre a investidora e a investida não geram lucro do ponto de vista econômico no que
se refere ao grupo empresarial.
7 Investidora
A
2
Controlada Coligada
B 1 C Controlada
D
1
3 5
4 6
= Participação acionária
Controlada Coligada
E F = Vendas de/para
1. Se das transações indicadas com (1) (vendas de bens da Controlada B para a Investidora A e para a
Coligada C e a Controlada D, ambas da Investidora A) remanescerem lucros nos ativos dessas
compradoras, serão eles (os lucros) eliminados do patrimônio líquido da Controlada B, para efeito de
avaliação dos investimentos em B no balanço de A.
2. Das vendas de C e de D para a Controlada B, indicadas com (2), serão os lucros não realizados eliminados
dos patrimônios respectivos de C e de D sobre os quais a Investidora também aplica o método da
equivalência patrimonial.
3. No caso das vendas da Controlada B para sua Controlada E, indicadas por (3), os lucros não realizados
devem também ser eliminados do patrimônio líquido da Controlada B, já que a Controlada E também é
indiretamente controlada da Investidora A.
4. No caso de vendas da Controlada E para a Controlada B, indicadas por (4), o lucro não realizado deve ser
eliminado do patrimônio líquido de E para efeito de B ajustar seu investimento pela equivalência
patrimonial, ficando correto o efeito líquido total, inclusive até a Investidora A.
5. Para as vendas de B para sua Coligada F, indicadas por (5), o procedimento correto é também eliminar tais
resultados não realizados do patrimônio de B.
6. Os lucros não realizados de vendas de F à Controlada B, indicadas por (6), serão eliminados do patrimônio
de F quando a Controlada B aplicar a equivalência patrimonial.
7. Para as vendas da Investidora A para a Controlada B, indicadas por (7), as normas da CVM não abrangem,
pelas razões vistas, a necessidade da eliminação dos lucros registrados na A, e que não tenham sido
realizados, constando, portanto, como lucros (ou prejuízos) nos estoques da Controlada B. Todavia, o
procedimento mais correto e completo é o de a Investidora A fazer um ajuste adicional em suas próprias
demonstrações contábeis, eliminando tais resultados não realizados (em função da consolidação).
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
• Exemplo:
Considerando uma Controladora A que detenha 90% de uma Controlada B, em cujo balanço da B
demonstre um patrimônio líquido de $ 1.000, porém com a inclusão de $ 100 de lucros não realizados,
decorrente de transações realizadas com a empresa A:
DISCRIMINAÇÃO DOS ELEMENTOS VALOR - $
- Patrimônio Líquido da Controlada B 1.000
- Menos: Lucros não realizados de operações intercompanhias (100)
- Patrimônio Líquido ajustado 900
- Porcentagem de participação 90%
- Valor da equivalência patrimonial do investimento 810
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
• Assim, deduziu-se a totalidade dos lucros não realizados de vendas da Controlada `a Controladora, pois
para ambas, como um conjunto, esse lucro não é realizado porque não foi venda a terceiros.
• Entretanto, o cálculo apresentado, nos termos da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM nº 01 (revogada pela
Instrução CVM nº 247/96), apresenta divergências com relação à técnica correta de consolidação, o que
indica, portanto, não ser a forma mais adequada. Considera-se mais correto, a aplicação da porcentagem
de participação sobre o patrimônio líquido da controlada ou coligada antes da dedução dos lucros não
realizados e somente depois disso, efetuar a dedução de tais lucros para se chegar ao valor da
equivalência patrimonial do investimento.
• Dessa forma, considerando o exemplo acima, o cálculo mais adequado seria:
DISCRIMINAÇÃO DOS ELEMENTOS VALOR - $
- Patrimônio Líquido da Controlada B 1.000
- Porcentagem de participação 90%
- Resultado da porcentagem de participação 900
- Menos: Lucros não realizados de operações intercompanhias (100)
- Valor da equivalência patrimonial do investimento 800
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
NOTA: deixou-se de relacionar exemplos de apuração de valores de resultados não realizados neste tópico (MEP) em
função de que isso será feito no tópico relacionado com o estudo da consolidação de demonstrações contábeis,
quando o procedimento de eliminação de resultados e operações intercompanhias será bastante exercitado.
A) NOÇÕES GERAIS
• Para os efeitos do método de equivalência patrimonial, ocorre o ágio quando o preço de custo das ações
for maior que seu valor patrimonial, assim como o deságio surge quando este custo for menor. Exemplo:
DISCRIMINAÇÃO VALOR - $ VALOR - $
- Preço de custo
1.000.000 de ações 2.500.000 1.500.000
- Valor patrimonial do investimento
1.000.000 de ações a $ 2,00 2.000.000 2.000.000
- Ágio (Deságio) 500.000 (500.000)
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
D) NATUREZA E ORIGEM
• A Instrução da CVM e a legislação fiscal determinam a separação em subcontas do ágio ou deságio em
função de sua natureza, com a indicação do fundamento econômico que lhe deu origem, tais como:
⇒ por diferença entre o valor contábil e o valor de mercado de ativos da investida.
⇒ por diferença entre o valor pago e o valor de mercado dos ativos da investida, proveniente de:
- expectativa de resultado futuro (rentabilidade futura).
- direito de exploração, concessão ou permissão delegados pelo Poder Público.
⇒ por fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas (previsto na legislação fiscal).
• A seguir é demonstrado um sumário da contabilização da compra das ações pela investidora por $
504.883.200:
CONTABILIZAÇÃO DA COMPRA DAS AÇÕES NA
DÉBITO CRÉDITO
INVESTIDORA
INVESTIMENTOS
PARTICIPAÇÕES PERMANENTES EM OUTRAS
SOCIEDADES PELA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Valor da equivalência patrimonial 274.942.400
Ágio dos investimentos
- por diferença de valor de mercado 129.940.800
- por expectativa de rentabilidade futura 100.000.000
BANCOS OU TÍTULOS A PAGAR 504.883.200
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
• Além dos aspectos já analisados, quanto a este tema deverão ser estudados os seguintes tópicos:
⇒ a determinação do valor do ágio ou deságio, especialmente quando houver divergências de datas na
elaboração das demonstrações contábeis das empresas envolvidas.
⇒ os critérios de amortização do ágio ou deságio considerando as razões econômicas que lhes deram
origem, assim como o tratamento dispensado pela legislação fiscal.
⇒ a reavaliação pela investida de bens que deram origem ao ágio.
⇒ a hipótese de ágio na subscrição de capital.
3. TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO
Considerando que as demonstrações consolidadas buscam evidenciar a posição financeira e os
resultados das operações das empresas do grupo e que deve haver um alto grau de uniformidade de
critérios contábeis entre as empresas consolidadas, com vistas a evitar distorções nas avaliações e
registros dos elementos patrimoniais ou de resultados, pode-se exemplificar a técnica da seguinte
forma, usando as disponibilidades:
DISPONIBILIDADES DO GRUPO VALORES - $
Empresa A 1.310
Empresa B 845
Empresa C 455
SALDO CONSOLIDADO DO DISPONÍVEL 2.610
Do exposto, pode-se concluir que a consolidação permitiu evidenciar a somatória dos subgrupos das
Disponibilidades do Ativo Circulante da controladora e suas controladas, isto é, o usuário da
informação contábil tem a posição financeira de todo o grupo de empresas.
Com relação aos demais elementos patrimoniais e de resultados, o procedimento é igual,
ressalvando-se a necessidade de eliminação dos saldos de balanço de elementos do ativo e das
transações realizadas entre as empresas do grupo, cujo conteúdo é apresentado no próximo tópico.
PASSIVO
Contas a Pagar a Terceiros 250.000 250.000
Capital 500.000 125.000 (1) 125.000 500.000
Lucros Acumulados 250.000 _______ _______ 250.000
TOTAL PASSIVO 1.000.000 125.000 125.000 ________ 1.000.000
PASSIVO
Contas a Pagar a terceiros 250.000 250.000
Contas a Pagar à Controladora A 100.000 (2) 100.000
Capital 500.000 125.000 (1) 125.000 500.000
Lucros Acumulados 250.000 _______ _______ ________ 250.000
TOTAL PASSIVO 1.000.000 225.000 225.000 1.000.000
Como a situação neste caso envolveu lucros não realizados já detectados na equivalência
patrimonial, tem-se a seguir o papel de trabalho de resumo dos lançamentos de eliminação de
consolidação do balanço e da demonstração dos resultados do exercício:
CONTROLADORA A E SUA CONTROLADA B
RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO NO BALANÇO E NA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
LANÇAMENTO Nº DÉBITO - $ CRÉDITO - $
(1) Eliminação dos saldos intercompanhias
CONTAS A PAGAR (Controladora A) 140.000
CONTAS A RECEBER (Controlada B) 140.000
(2) Eliminação do investimento (100%)
CAPITAL (Controlada B) 125.000
LUCROS ACUMULADOS (Controlada B) 20.000
INVESTIMENTOS (Controladora A) 145.000
(3) Eliminação do lucro nos estoques
LUCROS ACUMULADOS (Controlada B) 20.000
ESTOQUES (Controladora A) 20.000
(4) Eliminação das vendas internas
VENDAS (Controlada B) 140.000
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (Controladora A) 120.000
ESTOQUES (Controladora A) 20.000
(5) Eliminação da Receita de Equivalência Patrimonial
PARTICIPAÇÃO NO LUCRO DA CONTROLADA B 20.000
INVESTIMENTOS (Controladora A) 20.000
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 64
Como o lucro auferido na transação intercompanhia está incluído no ativo da Controlada B e como
receita do ano na Controladora A, este deverá ser eliminado na consolidação.
CONTROLADORA A E SUA CONTROLADA B
RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO NO BALANÇO E NA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
LANÇAMENTO Nº DÉBITO - $ CRÉDITO - $
(1) RECEITA NÃO-OPERACIONAL (Controladora A)
Lucro na Venda de Investimentos 2.000.000
ÁGIO (Controlada B) 2.000.000
Na hipótese da Controlada B ter registrado o investimento pelo total pago de $ 6.000.000, sem
segregar em ágio a parte do excesso de custo em relação ao valor patrimonial, tem-se o seguinte
papel de trabalho de resumo dos lançamentos de eliminação:
CONTROLADORA A E SUA CONTROLADA B
RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO NO BALANÇO E NA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
LANÇAMENTO Nº DÉBITO - $ CRÉDITO - $
(1) RECEITA NÃO-OPERACIONAL (Controladora A)
Lucro na Venda de Investimentos 2.000.000
INVESTIMENTOS (Controlada B) 2.000.000
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
Considerando que o terreno não sofreu depreciação até o momento da consolidação, a eliminação
necessária é:
CONTROLADORA A E SUA CONTROLADA B
RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO NO BALANÇO E NA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
LANÇAMENTO Nº DÉBITO - $ CRÉDITO - $
(1) RECEITA NÃO-OPERACIONAL (Controladora A)
3.400.000
Lucro na venda de bem do imobilizado
TERRENOS (Controlada B) 3.400.000
Note-se que:
• o exemplo ora apresentado se refere à venda de um terreno da Controladora para a Controlada, cujo ativo
não sofre depreciação. Em havendo lucro intercompanhia em bens depreciáveis, amortizáveis ou exauríveis,
as eliminações de consolidação tornam-se mais complexas, em função de variarem de ano a ano, cuja
situação exige a manutenção de controles adequados para apuração de seus efeitos. Entretanto, os
procedimentos são os mesmos adotados no tratamento da amortização do ágio em investimentos.
• é necessário considerar na apuração de tais efeitos, e nos respectivos lançamentos de eliminação, se esses
ajustes já foram ou não considerados redução do Patrimônio Líquido das controladas para fins de avaliação
do investimento, hipótese que, se ocorrida, não deve haver eliminações na consolidação, sob pena de
provocar duplicidade. Todavia, sempre remanesce por eliminar na consolidação o lucro não realizado por
vendas da controladora para controlada, situação não alcançada pela equivalência patrimonial.
Por outro lado, como o sócio ou acionista minoritário tem direito, também, aos outros elementos do
Patrimônio Líquido, é necessário identificar essa participação % não só na conta capital como nas
reservas e lucros acumulados.
A seguir são demonstrados os componentes do Patrimônio Líquido da controlada:
CAPITAL SOCIAL DA CONTROLADA B VALOR - $
200.000 ações a $ 1,00 cada uma 200.000
Reserva de Capital 70.000
Reservas de Lucros 95.320
Lucros Acumulados 62.430
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 427.750
Para efeito de identificar o direito dos acionistas minoritários sobre as demais contas do Patrimônio
Líquido, deve-se aplicar a porcentagem encontrada no quadro anterior (20%) sobre os valores destas
contas, como segue:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA CONTROLADA B
CONTAS VALOR MINORITÁRIOS CONTROLADORA A
TOTAL 20% 80%
Capital Social 200.000 40.000 160.000
Reservas de Capital 70.000 14.000 56.000
Reservas de Lucros 95.320 19.064 76.256
Lucros Acumulados 62.430 12.486 49.944
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 427.750 85.550 342.200
Da análise do quadro anterior, verifica-se que o valor a ser segregado no balanço consolidado é de $
85.550, que representa a participação dos acionistas minoritários, cujo lançamento de eliminação é:
CONTROLADORA A E SUA CONTROLADA B
RESUMO DOS LANÇAMENTOS DE ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO NO BALANÇO
LANÇAMENTO Nº DÉBITO - $ CRÉDITO - $
(1) CAPITAL SOCIAL 40.000
RESERVAS DE CAPITAL 14.000
RESERVAS DE LUCROS 19.064
LUCROS ACUMULADOS 12.486
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA EM CONTROLADAS CONSOLIDADAS 85.550
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 70
Por outro lado, na Demonstração do Resultado do Exercício deverá ser eliminada a parcela do lucro
das controladas consolidadas a que têm direito os sócios ou acionistas minoritários por sua
participação no capital social da investida (de acordo com o art. 29 da Instrução CVM nº 247/96).
Para adoção desse procedimento, será utilizado o exemplo anterior e considerando os seguintes
aspectos:
• a participação dos minoritários corresponde a 20% do lucro da controlada.
• o suposto resultado apresentado pela controlada é de $ 900.000, cuja participação é assim calculada:
− Valor do lucro da Controlada B.................................................... 900.000
− Percentual de participação dos acionistas minoritários............... 20%
− Valor da participação minoritária no lucro (0,20 x 900.000)......... 180.000
• além dos $ 900.000 de lucro apresentado pela Controlada B, a Controladora A obteve um lucro no período
equivalente a $ 1.800.000, totalizando, portanto, em termos de grupo, $ 2.700.000.
A seguir a apresentação da demonstração consolidada com o destaque da parcela de lucro
pertencente aos acionistas minoritários:
CONTROLADORA A E SUA CONTROLADA B
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DISCRIMINAÇÃO VALOR - $
RECEITA BRUTA
LUCRO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
OUTROS RESULTADOS
LUCRO LÍQUIDO TOTAL 2.700.000
Menos: Participação minoritária nos resultados da Controlada B (180.000)
LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO 2.520.000
Não é motivo de modificação na participação dos minoritários (ou não controladores) a existência de lucros não
realizados no patrimônio líquido das controladas, os quais afetam o resultado da controladora. Os minoritários
têm direito a participar dos resultados das controladas, ainda que parte do lucro provenha de operações com a
controladora.
6. IMPOSTOS NA CONSOLIDAÇÃO
Como exemplo, pode-se citar o caso em que uma controlada vende estoques à sua controladora,
obtendo lucro e sofrendo incidência do imposto nessa transação, sendo que parte de tais estoques
não tenham sido ainda realizada, ensejando a que a parcela do lucro não realizado e objeto de
eliminação na consolidação acarretará também ajustes relacionados com o imposto a ele
proporcional, os quais ocorrerão:
• no balanço, com ajuste nos Lucros Acumulados (crédito), pela retirada da despesa com o imposto incluído, e
ainda ajuste no Ativo Circulante (débito), pelo fato de que aquele imposto devido individualmente pela
vendedora nada mais é do que uma antecipação do imposto na visão da controladora.
• no resultado, com ajuste do valor da parcela relativa à provisão para o imposto de renda.
Hipoteticamente, suponha-se os valores a seguir:
• lucro bruto obtido pela vendedora, ainda existente nos estoques da compradora no valor de $ 3.000.000.
• imposto de renda incorrido pela vendedora em relação a esse lucro, calculado na proporção de 35% de $
3.000.000 = $ 1.050.000.
Com esses dados, são necessários os seguintes ajustes:
• no balanço consolidado, os $ 1.050.000 ensejarão lançamentos a débito no Ativo Circulante e crédito em
Lucros Acumulados.
• na demonstração do resultado consolidada, enseja o lançamento de ajuste apenas na parte relativa a
despesa do imposto, como se fosse partida simples, vez que o ajuste no Ativo Circulante já fora realizado no
lançamento anterior.
Observe que assim procedendo, tem-se o acerto global, uma vez que com a venda do estoque intercompanhias,
estava-se aumentando o lucro não pelo seu total de $ 3.000.000, mas pelo valor líquido de $ 1.950.000, porque
o imposto de renda reduzira aquele montante.
Na hipótese de transação com venda de ativos imobilizados, o ajuste no balanço será no Realizável a
Longo Prazo, vez que a recuperação do imposto será demorada, acontecendo na mesma proporção
que esses ativos forem sendo baixados por força de depreciação, amortização, alienação e outros
fatores.
Utilizando o exemplo anterior, se no exercício seguinte a controladora adquirente agora realiza todos
os estoques, por venda, deverá aparecer no resultado consolidado aquele lucro de $ 3.000.000, sem
contar eventuais valores agregados. Assim, será baixado aquele imposto de $ 1.050.000, com sua
eliminação do ativo e o aparecimento no resultado consolidado do novo exercício.
Do ponto de vista da controladora e das demonstrações consolidadas, estes procedimentos de
ajustes redundam, portanto, em eliminação, no primeiro exercício, do resultado líquido da transação
interna, e na transferência para o segundo exercício, quando de fato haverá sua realização.
Na hipótese de ocorrer a situação inversa, mediante o registro de um prejuízo numa transação
intercompanhias, onde ocorre uma redução do imposto devido na vendedora, este deverá ser
eliminado mediante o ajuste do valor da despesa com formação da provisão do imposto, no resultado,
para o saldo que teria caso não houvesse aquela diminuição. Assim, a eliminação do prejuízo se dará
em contrapartida a um aumento no valor consolidado do ativo que lhe deu origem, e o acréscimo da
despesa com o imposto será contra o Passivo Circulante, ou Exigível a Longo Prazo, se for o caso, no
balanço consolidado.
Se os resultados forem totalmente realizados dentro do mesmo exercício não haverá necessidade de
ajustes, pois o eventual acréscimo de imposto incidente no resultado de uma sociedade será
compensado com a redução no da outra, vez que esta registrará um custo de produto vendido maior.
Em ocorrendo a hipótese de que esse imposto não seja recuperável, onde, por exemplo, uma
controladora vende com lucro um ativo para uma controlada contemplada com isenção do imposto,
esta não terá como compensar. Neste caso, a vendedora apurará o resultado e pagará o imposto.
Fonte: MANUAL DE CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES POR AÇÕES, Atlas, 2003, São Paulo.
Não sendo recuperáveis os referidos impostos, a compradora acrescerá seus valores ao custo de
aquisição dos estoques, onde o ajuste é o mesmo já visto. Ressalte-se, ademais, que se os impostos
forem recuperáveis, na compradora o valor dos estoques é de $ 803.500, ou seja, $ 1.200.000
deduzidos de $ 200.000 de IPI, $ 16.500 de PIS e $ 180.000 de ICMS, sendo, por outro lado, não
recuperáveis, o valor ativado será de $ 1.200.000.
Considerando esta última hipótese, ao se eliminar o lucro não realizado de $ 203.500, o estoque
consolidado baixará de $ 1.200.000 para $ 996.500, referentes aos $ 600.000 originais mais os $
396.500 relativos aos impostos não recuperáveis, sendo que a compradora incorre, inclusive, nesses
custos quando as transações acontecem com terceiros.
VI – ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
1. OBJETIVO
Reconhecer a perda do poder aquisitivo da moeda nacional, em função da inflação, em relação
aos elementos patrimoniais da entidade.
2. TIPOS E CARACTERÍSTICAS
A seguir são relacionados os principais tipos e formas de atualização monetária de valores, bem
como as suas características básicas:
ATENÇÃO!!!
Por força do art. 4º da Lei Federal nº 9.249, de 26.12.1995 (DOU de 27.12.1995), fica
revogada a correção monetária das demonstrações contábeis a partir de 01.01.1996. O parágrafo
único do citado artigo determina a vedação de qualquer sistema de correção monetária das
demonstrações contábeis, inclusive para fins societários.
Entretanto, por força da Resolução CFC nº 900, de 22.03.2001, baixada pelo Conselho Federal
de Contabilidade, é considerada compulsória a aplicação do Princípio da Atualização Monetária,
previsto no art. 8º da Resolução CFC nº 750/93, quando a inflação acumulada no triênio for de 100%
ou mais. A inflação acumulada será calculada com base no Índice Geral de Preços do Mercado
(IGPM), apurado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A aplicação compulsória do
Princípio da Atualização Monetária deverá ser amplamente divulgada nas notas explicativas às
demonstrações contábeis.
NOTAS INICIAIS
1. Em função da vedação de utilização de qualquer sistema de correção monetária de demonstrações contábeis,
inclusive para fins societários, determinada pelo Parágrafo Único do art. 4º da Lei nº 9.249, de 26.12.1995, as
normas inerentes à sistemática da Correção Monetária Integral – CMI a seguir relacionadas, previstas na
Instrução CVM nº 191, de 15.07.1992, tornaram-se de aplicação facultativa, por força da Instrução CVM nº
248, de 29.03.1996, que também revogou o art. 1º da citada Instrução CVM 191/92, cujo conteúdo havia
instituído a UMC – Unidade Monetária Contábil, como unidade de referência para adoção pelas empresas da
sistemática da Correção Monetária Integral – CMI.
2. Atualmente não existe mais a UFIR.
1. CONCEITO E IMPORTÂNCIA
É o sistema de reconhecimento dos efeitos da inflação nas demonstrações contábeis, atualizando os
valores históricos dos elementos patrimoniais e de resultado inseridos nessas peças expositivas para
uma única data, tendo como base a utilização de uma moeda de poder aquisitivo constante, sem
prejuízo dos procedimentos relativos à correção monetária oficial ou de balanço.
Dessa forma, a essência do sistema pressupõe a adoção de índices capazes de refletir a perda do
poder de compra da moeda corrente, de forma a atualizar os saldos contábeis e a reconhecer seus
efeitos no resultado do exercício da empresa.
É bom ressaltar que, a adoção do sistema de Correção Monetária Integral visa a atualização dos itens
componentes das demonstrações contábeis sem se confundir com seus respectivos valores de
mercado ou de reposição, atendendo ao princípio fundamental do Registro pelo Valor Original (ou do
Custo Original como Base de Valor).
Portanto, em função da evolução na demanda de informações contábeis e de caráter gerencial, pelos
usuários externos da empresa, a finalidade básica deste sistema é gerar peças demonstrativas em
uma única moeda para todos os seus componentes, além de evidenciar os efeitos do regime
inflacionário sobre cada conta.
5. METODOLOGIA DA SISTEMÁTICA
Como já foi visto, o balanço patrimonial apresenta os dois seguintes tipos de itens:
• Itens monetários, constituídos pelas disponibilidades e pelos valores a receber e a pagar que sejam
realizáveis ou exigíveis moeda, os quais não serão corrigidos monetariamente e sua conversão para UFIR é
feita dividindo-se o valor nominal da conta, na data do balanço, pela UFIR correspondente.
Fonte: CONTABILIDADE AVANÇADA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, Silvério das Neves e Paulo E. V. Viceconti, Frase, 2001, São Paulo.
• Itens não-monetários, constituídos pelas demais contas, que serão corrigidos monetariamente e sua
conversão para UFIR é feita na data de sua aquisição ou formação, dividindo-se o valor nominal pela UFIR
correspondente.
Como se sabe, a premissa da correção integral é que os itens monetários perdem valor com o tempo,
à medida que a moeda nacional perde poder de compra, enquanto que os itens não-monetários
conservam o seu valor, por essa razão é que são atualizados monetariamente.
Neste sentido, os valores correspondentes a 01.04.X4, que é a data original de formação do
patrimônio da empresa, são divididos por R$ 1,00, que é o valor da UFIR naquele dia.
Já os saldos das contas Caixa e Fornecedores (itens monetários) em UFIR foram obtidos dividindo-se
os valores nominais em 30.04.X4, R$ 808,20 e R$ 200,00, respectivamente, por R$ 1,50, que é o
valor da UFIR correspondente.
Os saldos em UFIR dos itens não-monetários (Estoques, Bem do Permanente e Capital) em 30.04.X4
corresponderam ao saldo de sua formação ou aquisição em 01.04X4.
A seguir as demonstrações contábeis em quantidade de UFIR:
BALANÇO PATRIMONIAL – 30.04.X4
(em quantidade de UFIR)
ATIVO 01.01.X4 30.04.X4 PASSIVO 01.01.X4 30.04.X4
(UFIR=R$ 1,00) (UFIR=R$ 1,50) (UFIR=R$ 1,00) (UFIR=R$ 1,50)
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa 600,00 538,80 Fornecedores 200,00 133,33
Estoques 200,00 40,00 200,00 133,33
800,00 578,80 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PERMANENTE Capital 1.000,00 1.000,00
Bem 400,00 400,00 Lucros/Prejuízos Acumul. _______ (154,53)*
400,00 400,00 1.000,00 845,47
TOTAL 1.200,00 978,80 TOTAL 1.200,00 978,80
* O saldo de Lucros ou Prejuízos Acumulados foi obtido da Demonstração do Resultado a seguir.
IX – PROVISÕES E RESERVAS
A seguir são estudados os procedimentos contábeis relacionados com a constituição e reversão de
provisões e reservas, que são formas de participação nos resultados (lucros) da entidade, cuja metodologia envolve
pesquisas e debates visando identificar conceitos, tipos, formas, cálculos e desenvolvimento de estudos de casos
acerca dos temas abordados.
TIPO CARACTERÍSTICAS
• Consiste na apropriação periódica (mês a mês) de 1/12 do valor do 13º salário como custo ou
despesa relativo ao direito a essa gratificação regulamentar de seus empregados, cujo fato gerador
ocorre no momento ou período da utilização da sua mão-de-obra.
• O seu valor é baseado na remuneração mensal do empregado no momento da apropriação do
O QUE É?
TIPO CARACTERÍSTICAS
• Consiste na apropriação por ocasião do balanço de despesa, em função da expectativa de perda, no
exercício seguinte, que a entidade tem em virtude de suas vendas a prazo, configurando a
possibilidade de que nem todos os devedores honrem seus compromissos.
• Sua constituição atende basicamente:
- o princípio da Prudência, vez que provoca ajuste para menos do valor das duplicatas ou contas a
receber.
- dispositivo da Lei 6.404/76, que prevê que devem ser excluídos dos elementos do ativo os direitos
e títulos de crédito já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajustá-los ao valor provável de
realização.
• Como não mais existem critérios ou percentuais definidos pela legislação tributária, a provisão deve
ser constituída com base em expectativas de perdas dos créditos que a entidade tem a receber de
terceiros.
• A base de cálculo para a sua constituição compreende o montante dos créditos oriundos da
exploração da atividade econômica da entidade, decorrente da venda de bens nas operações de
conta própria, dos serviços prestados e das operações de conta alheia, excluídos:
- aqueles relativos a vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária em garantia, ou de operações
com garantia real.
- os créditos com entidade de direito público ou empresa sobre seu controle, empresa pública, sociedade de
economia mista ou sua subsidiária.
- os créditos com empresas coligadas, interligadas, controladoras e controladas ou associadas por qualquer
3. Provisão para devedores duvidosos
O QUE É?
forma.
- os direitos a receber de administrador, sócio ou acionista, titular ou com seu cônjuge ou parente até o terceiro
grau, inclusive os afins.
- a parcela dos créditos relativos às receitas que não transitaram por conta de resultado.
- o valor dos créditos adquiridos com co-obrigação.
- o valor dos créditos cedidos sem co-obrigação.
- o valor relativo a bem arrendado, no caso de entidade que opera com arrendamento mercantil.
- os créditos ou direitos junto a instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil e a sociedade e fundos de investimentos.
• O seu valor deve ser formado pelas seguintes parcelas:
- valor resultante da aplicação de percentual sobre a base de cálculo, o qual é encontrado pela relação entre a
soma das perdas efetivamente ocorridas nos três últimos exercícios sociais e a soma dos créditos
existentes no início dos exercícios correspondentes.
- relativa à diferença entre o montante do crédito habilitado e a proposta de liquidação pelo concordatário, nos
casos de concordata, desde o momento em que esta for requerida.
- relativa a até 50% do crédito habilitado, nos casos de falência do devedor, desde o momento de sua
decretação.
• A contrapartida da formação desta provisão, que é o custo ou despesa incorrido na utilização de
mão-de-obra, a partir de 01.01.1997 não é mais dedutível do valor do lucro real para efeito de
apuração do imposto de renda da entidade.
• Considerando a indedutibilidade dessa provisão e a permissividade da legislação que dispensa
tratamento tributário privilegiado para baixa de créditos considerados incobráveis, a maioria das
entidades têm optado pela baixa direta desses créditos, nos moldes da legislação, abstendo-se da
constituição da provisão em tela.
• Pela constituição da provisão:
D – Despesas com Devedores Duvidosos (resultado do exercício)
CONTABILIZAÇÃO
• A provisão decorre da previsão legal que determina que os bens ou direitos devem ser avaliados
pelo seu custo de aquisição ou produção ou o valor de mercado (reposição), dos dois o menor.
• Assim, se na data do balanço, o valor do estoque de determinada mercadoria (contábil) estiver
O QUE É?
acima do valor de reposição dessa mesma mercadoria (valor de mercado), deve ser constituída a
provisão para adequar o valor do ativo da entidade, de modo a ajustar, também, a sua situação
líquida (patrimônio líquido), mediante o registro da perda em conta de resultado.
• A provisão deve ser revertida no período seguinte, mediante o creditamento de conta de outras
mercado
receitas operacionais.
• A contrapartida da formação desta provisão, que é a diferença entre o valor contábil e o valor de
mercado do bem ou direito, não é dedutível do valor do lucro real para efeito de apuração do
imposto de renda da entidade.
CONTABILIZAÇÃO
TIPO CARACTERÍSTICAS
• Consiste na apropriação por ocasião do balanço da expectativa de perda no valor de investimentos
permanentes em outras entidades, de modo a ajustá-los ao valor de mercado.
4. Provisão para prováveis perdas na
acima do valor de mercado, deve ser constituída a provisão para adequar o valor do ativo da
alienação de investimentos
entidade, de modo a ajustar, também, a sua situação líquida (patrimônio líquido), mediante o registro
da perda em conta de resultado, que neste caso é considerada como despesa não-operacional.
• A contrapartida da formação desta provisão, que é a diferença entre o valor contábil e o valor de
mercado do investimento, não é dedutível do valor do lucro real para efeito de apuração do imposto
de renda da entidade.
CONTABILIZAÇÃO
X – EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
A seguir são relacionados diversos exercícios para fixação de conhecimentos, com os respectivos
gabaritos e resoluções:
06. As sociedades por ações possuem características próprias, que as diferenciam das demais sociedades disciplinadas pelo direito
comercial brasileiro. Escolha a alternativa CORRETA:
a) A responsabilidade dos acionistas é limitada ao valor do capital social a integralizar.
b) As sociedades por ações são aquelas cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação em bolsa de valores.
c) A constituição de sociedade por ações está sujeita à prévia autorização do Governo Federal e depende da presença de sete
sócios.
d) As companhias podem efetuar subscrição pública de ações.
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 91
09. Uma determinada empresa, no encerramento do exercício em 31/12/2000, tem a receber uma duplicata no valor de R$7.500,00
vencida em 31/08/1999. Apesar de já ter encaminhado o título para o Cartório de Protestos, até agora não obteve sucesso.
Com base na legislação contábil e fiscal vigente, o Contador resolveu registrar corretamente o fato contábil. Indique o
lançamento adotado:
a) Provisão para Perdas no Recebimento de Créditos
a Duplicatas a Receber R$ 7.500,00.
b) Perdas com Duplicatas Incobráveis
a Provisão para Perdas no Recebimento de Créditos R$ 7.500,00.
c) Despesas com Provisão para Perdas no Recebimento de Créditos
a Duplicatas a Receber R$ 7.500,00.
d) Duplicatas a Receber
a Provisão para Perdas no Recebimento de Créditos R$ 7.500,00.
13. A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os
resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes. Esta afirmativa refere-se ao:
a) Principio da Atualização Monetária.
b) Principio da Continuidade.
c) Principio do Registro Pelo Valor Original.
d) Principio da Competência.
15. Uma empresa apresentou a seguinte composição do Patrimônio Líquido antes do encerramento das Contas de Resultado:
Capital Social R$ 480.000,00
( – ) Capital Social a Integralizar R$ 120.000,00
Reserva de Capital R$ 40.000,00
Reserva Legal R$ 66.000,00
Lucros Acumulados R$ 2.400,00
Após a Provisão para Imposto de Renda, Contribuição Social e sem outros destaques do lucro, o Resultado Líquido do período
foi de R$ 180.000,00.
Em obediência à lei das sociedades anônimas o valor para constituição da Reserva Legal que a auditoria interna deverá
considerar é de:
a) R$ 2.000,00. b) R$ 9.000,00. c) R$ 9.120,00. d) R$ 38.000,00.
17. Recentemente, uma loteadora colocou à venda terrenos de ótima localização para fins residenciais. Uma empresa de grande
sucesso, atuante no ramo de indústria têxtil, instalada numa cidade em crescimento, que possui recursos disponíveis por tempo
indeterminado, decidiu adquirir dois terrenos no valor de R$ 50.000,00 cada, para fins de auferir rendas através de locação. Tal
bem deve ser registrado no:
a) Ativo Circulante.
b) Ativo Realizável a Longo-Prazo.
c) Ativo Permanente – Imobilizado.
d) Ativo Permanente – Investimento.
21. A Empresa Comercial Vale do Sossego S.A. possui três controladas e duas coligadas. Independentemente do critério pelo qual
serão avaliadas no Balanço Patrimonial, desde que as mesmas se caracterizem como investimento relevante para a sociedade
investidora, deverão
(A) ser incluídas no Balanço Consolidado.
(B) ser registradas no Livro “Participações Acionárias”.
(C) ser registradas como Reserva de Capital na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido.
(D) constar em Nota Explicativa.
(E) constar da Demonstração de Fluxo de Caixa, uma das cinco demonstrações obrigatórias.
22. Observe, a seguir, os patrimônios, em reais, de duas empresas, uma controladora e a outra, controlada.
CONTAS CONTROLADORA CONTROLADA
Disponível 80.000,00 20.000,00
Clientes 50.000,00 10.000,00
Professor Orismar Parreira Costa
Material Didático de Contabilidade Avançada 94
Estoques 100.000,00 20.000,00
Investimentos em controlada 150.000,00 0,00
Imobilizado 220.000,00 150.000,00
Fornecedores 150.000,00 50.000,00
Capital Social 400.000,00 150.000,00
Reservas de lucros 45.000,00 5.000,00
Considerando que ambas formam o grupo DORADA e não realizam operações entre si, o valor do Ativo Total apurado pela
técnica de consolidação, em reais, é
(A) 150.000,00. (B) 450.000,00. (C) 600.000,00. (D) 650.000,00. (E) 800.000,00.
24. As notas explicativas, que complementam as demonstrações financeiras das sociedades anônimas, deverão indicar:
a) os investimentos em outras sociedades quando não relevantes;
b) os principais fornecedores de insumos e/ou mercadorias;
c) os ônus reais constituídos sobre elementos do Passivo e as garantias recebidas de terceiros;
d) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
e) a taxa de juros, as datas de vencimentos e as garantias das obrigações a curto prazo.
25. Assinale a opção que contém uma “reserva” que independe da apuração do resultado para sua constituição:
a) Reserva Legal;
b) Reserva da Correção Monetária do Capital;
c) Reserva Estatutária;
d) Reserva de Reavaliação;
e) Reserva de Contingência.
NOTA: os exercícios a seguir relacionados foram extraídos do livro Contabilidade Avançada: Textos, Exemplos e Exercícios Resolvidos, de Marcelo
Cavalcanti Almeida, editado pela Editora Atlas S.A.
26. A Holding S/A adquiriu 4% do capital social de Subsidiária S/A em 15.10.19X1 pelo valor total de $ 1.300.
Os administradores da Holding S/A têm intenção de alienar essas ações no início do exercício social de 19X2, tendo em vista
que existe perspectiva de valorização das mesmas.
Em que grupamento de contas esse investimento deve ser classificado no balanço patrimonial da investidora, no encerramento
do exercício social de 19X1?
Resposta: _______________________________.
27. A Holding S/A adquiriu em 01.01.19X1, 11% das ações do capital social da Subsidiária S/A pelo valor total de $ 1.100. O
patrimônio líquido da Subsidiária S/A teve a seguinte evolução nos exercícios sociais de 19X1 e 19X2:
- saldo em 01.01.19X1 ............................................................................... 10.000
- lucro apurado em 19X1 ............................................................................ 2.000
- dividendos declarados em 31.12.19X1 e pagos em 05.02.19X2 .. .. (2.500)
- saldo em 31.12.19X1 ................................................................................. 9.500
- prejuízo apurado em 19X2 ........................................................................ (300)
- saldo em 31.12.19X2 .................................................................................. 9.200
Efetue os lançamentos contábeis na Holding S/A nos exercícios sociais de 19X1 e 19X2, pelo método do custo e pelo método
de equivalência patrimonial.
28. Faça comentários sobre cada uma das situações descritas a seguir:
a) A Holding S/A integralizou em 15.01.19X1 o capital social da Subsidiária S/A pelo valor total de $ 10.000. A Subsidiária S/A
registrou $ 9.000 a crédito da conta de “Capital Social” e $ 1.000 a crédito da conta de “Reserva de Capital – Ágio na
Emissão de Ações” (parcela que ultrapassava o valor nominal das ações). Após essa aquisição, a Holding S/A passou a
b) A Holding S/A apurou ágio na aquisição do investimento na Subsidiária S/A em 01.01.19X6. Esse ágio foi fundamentado no
valor de mercado de veículos da Subsidiária S/A, que tinham sido adquiridos em 01.01.19X5. A Holding S/A decidiu
amortizar o ágio a partir de 01.01.19X6 (data da compra das ações), pelo método da linha reta, utilizando a taxa de 20% ao
ano, que é o percentual normalmente empregado na depreciação de veículos.
c) A Holding S/A apurou ágio de $ 5.000 na aquisição das ações da Subsidiária S/A em 01.01.19X1. Esse ágio está
fundamentado em contrato cujos serviços e geração de receita ocorrerão em 19X2. A Subsidiária S/A rompeu esse contrato
com o cliente em 31.12.19X1, ou seja, os serviços não mais serão realizados. Qual o tratamento contábil que a Holding S/A
deverá dar ao ágio no balanço patrimonial de 31.12.19X1?
d) A Holding S/A apurou deságio na aquisição de ações de emissão da Subsidiária S/A em 01.01.19X1. O deságio foi
apresentado integralmente como conta retificadora no balanço patrimonial da Holding S/A em 31.12.19X1`, e seus
administradores incluíram em nota explicativa às demonstrações financeiras que esse deságio não tinha fundamentação
econômica. A Holding S/A amortizou integralmente o deságio em 19X2, argumentando que a receita de deságio iria
compensar a despesa de equivalência patrimonial oriunda do prejuízo apurado pela Subsidiária S/A em 19X2.
29. As Casas Modernas S/A, cujas ações são negociadas na bolsa de valores, têm 80% da participação acionária das Lojas Silva
S/A.
30. Alfa S.A detém 80% do controle acionário de Beta S/A e 90% de Gama S/A. Durante o exercício social de 19X1, Alfa S/A
alienou 50 mercadorias para Beta S/A por $ 50.000, que tinham lhe custado $ 20.000. Em 31.12.19X1, Beta S/A ainda tinha 30
dessas mercadorias em estoque.
31. Elabore os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultados, pela legislação societária (custo histórico) e em moeda
forte (de poder aquisitivo constante), com base nas seguintes informações:
33. A Companhia Investidora Fábio adquire ações da investida Karina. O investimento é relevante e realizado em empresa
controlada. Sabe-se que o Patrimônio Líquido da investida é de R$ 800.000,00 e que a Investidora Fábio adquire 60% de suas
ações, pagando à vista R$ 500.000,00. O lançamento correto do fato acima na investidora será:
a) Investimentos em Controladas b) Investimentos em Controladas
a Caixa 500.000,00 a Caixa 480.000,00
c) Diversos d) Investimentos em Controladas 500.000,00
a Caixa 500.000,00 a Diversos
Investimentos em Controladas 480.000,00 a Caixa 480.000,00
Ágio em Investimentos 20.000,00 a Deságio em Investimentos 20.000,00
e) Caixa
a Investimentos em Controladas 520.000,00
34. A controladora Cia. Andressa possui 60% do Capital de uma empresa controlada. O investimento está registrado na
contabilidade da investidora por R$ 3.000,00. Se o patrimônio líquido da investida estiver representado por:
- Capital Social .............................. R$ 3.000,00
- Reservas ..................................... R$ 2.000,00
- Prejuízos Acumulados ............... (R$ 1.000,00)
- Total ............................................ R$ 4.000,00
O lançamento contábil da Equivalência na investidora será:
a) Investimentos em Coligadas e Controladas b) Resultado Negativo na Equivalência Patrimonial
a Ganhos de Investimentos 600,00 a Investimentos em Coligadas e Controladas 600,00
c) Investimentos em Coligadas e Controladas d) Despesas Financeiras
a Perdas de Investimentos 600,00 a Investimentos 400,00
e) Investimentos em Coligadas e Controladas
a Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial 400,00
37. Na contabilização do ganho em equivalência patrimonial, debita-se a conta representativa deste investimento e credita-se uma
conta de receita. Na demonstração do resultado do exercício esta receita será classificada como:
a) Receitas não-operacionais. b) Variações monetárias ativas. c) Outras receitas financeiras.
d) Outras receitas operacionais. e) Receita Bruta.
38. Na aquisição de investimentos relevantes em sociedades coligadas ou controladas, poderão ocorrer: 1-ágio, 2-deságio, 3-
provisão para perda e 4-amortização de ágio e/ou deságio. Das hipóteses mencionadas:
a) Somente 1 e 3 serão corretas. b) Somente 1 e 2 serão corretas. c) Somente 1 e 4 serão corretas.
d) Somente 3 e 4 serão corretas. e) Todas são corretas.
39. O ágio ou deságio na aquisição de investimentos serão amortizados em todas as hipóteses abaixo, exceto:
a) À medida que os bens da investida forem depreciados.
b) Quando deixar de subsistir a perspectiva de rentabilidade futura da investida.
c) Quando deixar de subsistir o fundo de comércio ou outras razões econômicas.
d) À medida que os bens da investida forem vendidos.
e) Quando os bens da investida forem reavaliados e este não for o motivo do pagamento do ágio.
41. A Cia. CLELISA apresentava, em 01.01.1995, um saldo na conta Provisão para Devedores Duvidosos de R$ 1.000,00. Durante
o exercício ocorrem os seguintes fatos:
1) O cliente H que devia R$ 150,00 encerrou as suas atividades, pagando apenas R$ 130,00 de sua dívida, e o restante é
considerado incobrável;
2) O cliente Z faliu, devendo R$ 150,00 para a empresa e não haverá condições de receber qualquer parcela do crédito;
3) Um cliente, que havia sido considerado incobrável no período anterior, pagou sua dívida no montante de R$ 200,00;
4) Diversas dívidas de clientes foram consideradas incobráveis durante o período, no montante de R$ 400,00.
Sendo o saldo da conta Duplicatas a Receber no final do período de R$ 80.000,00 e a provisão calculada à base de 1,5% sobre
esse montante, o valor a ser ajustado na conta Provisão para Devedores Duvidosos pelo método da Complementação seria
(em R$):
a) 2.400,00; b) 2.000,00; c) 870,00; d) 770,00; e) 970,00.
42. Com base na questão anterior, caso o método utilizado para a provisão fosse o da Reversão, o valor a ser creditado na conta
Reversão da Provisão para Devedores Duvidosos, seria (em R$):
a) 1.430,00; b) 2.000,00; c) 1.630,00; d) 430,00; e) 2.400,00.
43. O saldo da conta Duplicatas a Receber constante da escrituração comercial da Cia. Andressa, por ocasião do encerramento do
período-base, 31.12.1995, estava assim composto:
- R$ 50.000,00 – duplicatas sacadas contra o cliente A em concordata, com proposta de liquidação de 70% do valor do crédito;
- R$ 30.000,00 – duplicatas sacadas contra o cliente B, com falência decretada;
- R$ 100.000,00 – diversas duplicatas provenientes de venda com reserva de domínio;
- R$ 510.000,00 – duplicatas dos demais clientes.
Sabendo-se que:
a) a empresa pretende adotar o percentual de 10% para cálculo da provisão para créditos de liquidação duvidosa;
b) os créditos perante os clientes em concordata ou falência foram devidamente habilitados;
c) o percentual da relação, observada nos últimos 3 anos, entre os créditos não liquidados e o total dos créditos da empresa é
de 2%.
Assinale a alternativa que contenha a importância máxima dedutível como provisão para créditos de liquidação duvidosa, na
determinação do lucro real, em 31.12.1995 (em R$):
a) 40.200,00; b) 20.700,00; c) 45.000,00; d) 69.000,00; e) 81.000,00.
44. A Cia. SNPV apresentava, na data do encerramento de seu balanço em 31.12.19X1, o seguinte inventário de suas mercadorias:
Mercadorias Quantidade Custo Médio – R$ Total – R$
A 2.000 10,00 20.000,00
B 1.000 20,00 20.000,00
C 400 10,00 4.000,00
D 2.000 15,00 30.000,00
E 20.000 12,00 240.000,00
As cotações de mercado, no dia 31.12.19X1, eram as seguintes:
45. O valor da Despesa Não-Operacional, com a constituição da Provisão para Perdas Prováveis na alienação de Investimentos,
será (em R$):
a) 180.000,00; b) 600.000,00; c) 2.000.000,00; d) 1.400.000,00; e) zero, a despesa é operacional.
46. Depois de contabilizar a provisão para perdas prováveis na alienação de investimentos, a Cia. SNPV alienou a participação
societária na Cia. SILPA por R$ 1.000.000,00 à vista, apurando (em R$):
a) 400.000,00 de prejuízo não-operacional;
b) 400.000,00 de lucro não-operacional;
c) 400.000,00 de prejuízo operacional;
d) 400.000,00 de lucro operacional;
e) 200.000,00 de prejuízo.
47. Ao final do período de 19X0, antes da destinação do lucro líquido do exercício, observaram-se os seguintes saldos nas contas
da Cia. PVSN:
DADOS VALOR – R$
- Capital Social ................................................................. 30.000,00
- Reserva Legal ............................................................... 5.000,00
- Reservas de Capital ....................................................... 5.000,00
- Lucro Líquido do Período-base de 19X0 ........................ 4.000,00
Com base nos dados acima, o valor que a companhia deverá destinar obrigatoriamente para a constituição da Reserva Legal,
em 19X0, é de:
a) R$ 200,00; b) R$ 1.000,00; c) R$ 100,00; d) não existe obrigação de constituição da reserva; e) R$ 50,00.
49. A reversão da Reserva de Contingência, no exercício em que deixar de existir a razão que justificou a sua constituição, afetará:
a) a Demonstração do Resultado do Exercício;
b) o Passivo Circulante;
c) o somatório do grupo Patrimônio Líquido;
d) as Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos;
e) a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
51. A conta Ações em Tesouraria é utilizada pelas Sociedades Anônimas para registrar a aquisição de ações:
a) de sua própria emissão; b) emitidas por coligadas; c) destinadas à revenda; d) destinadas à compra;
e) emitidas por controladas.
52. O Patrimônio Líquido da Comercial PVSN S/A, em 31.12.19X0, antes da destinação do resultado do exercício, estava assim
constituído:
- Capital Social .......................................... R$ 20.000,00
- Ágio na Emissão de Ações ...................... R$ 400,00
- Reserva Legal ........................................ R$ 3.960,00
- Lucros Acumulados ................................. R$ 600,00
O lucro líquido do exercício foi de R$ 4.000,00, do qual deve se destinar à Reserva Legal a importância de:
a) R$ 1.040,00; b) R$ 400,00; c) R$ 40,00; d) R$ 2.000,00; e) zero.
53. O estatuto da Comercial SNPV S/A é omisso quanto ao pagamento de dividendos. No exercício social findo em 31.12.19X0 o
seu contador estabeleceu a base de cálculo do dividendo obrigatório com base nos seguintes elementos:
DADOS VALOR – R$
- Lucro Líquido do Exercício ..................................................... 160.000,00
- Quota destinada à constituição da Reserva Legal .................. 4.000,00
- Reversão de Reserva para Contingência formada
em exercício anterior ............................................................... 36.000,00
- Lucros a Realizar transferidos para a respectiva reserva ....... 8.000,00
Em decorrência, os acionistas tiveram o direito de receber, naquele exercício, a importância de (em R$):
a) 104.000,00; b) R$ 80.000,00; c) 92.000,00; d) R$ 52.000,00; e) 64.000,00.
54. Consoante dispõe o artigo 186 da Lei nº 6.404/76, o montante do dividendo por ação do capital social deve ser incluído na
seguinte Demonstração:
a) de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
b) Balanço Patrimonial;
c) do Resultado do Exercício;
d) de Origens e Aplicações de Recursos;
e) de Lucros e Perdas.
55. Dados:
Dividendos a serem distribuídos pela Cia. Pasil em 31.12.1997 ......... R$ 180.000,00
Número de ações da companhia:
- Preferenciais .......... 50.000
- Ordinárias .............. 30.000
- Total ....................... 80.000
Se a companhia atender ao disposto no art. 1º da Lei nº 9.457, de 05.05.1997, e pagar às ações preferenciais 20% a mais em
relação às ações ordinárias, estas últimas receberão, em decorrência, dividendos por ação no valor de:
a) R$ 6,00; b) R$ 2,25; c) R$ 3,60; d) R$ 2,00; e) R$ 3,00.
NOTA: os exercícios a seguir relacionados foram extraídos do Livro de Exercícios Contabilidade Avançada, de José Hernandez Perez Junior e Luís
Martins de Oliveira, da Editora Atlas, 2000.
56. Nas sociedades anônimas, devem ser avaliados pelo custo de aquisição deduzido da provisão para perdas prováveis na
realização de seu valor, quando esta perda estiver comprovada como permanente, os investimentos em:
a) marcas, patentes e outros bens intangíveis.
b) participações permanentes no capital social de outras sociedades, exceto os investimentos em controladas e relevantes em
coligadas ou equiparadas às coligadas.
c) veículos, móveis e utensílios, equipamentos e instalações.
d) ativos diferidos durante a fase anterior ao início das operações.
e) estoques dos imóveis destinados à revenda ou utilizados no processo produtivo.
59. Condição necessária para que uma sociedade possa ser considerada controlada pela investidora:
a) participação da investidora superior a 10% do capital social da investida.
b) preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
c) participação global superior a 45%.
d) a investidora possuir 100% das ações preferenciais.
60. Para se determinar, na investidora, a relevância de um investimento em participações societárias, compara-se o valor do
investimento com o:
a) patrimônio líquido da sociedade investida.
b) capital social da coligada.
c) capital social da controlada.
d) patrimônio líquido da sociedade investidora.
61. Os dividendos recebidos de sociedade controlada, cujo investimento é avaliado pelo método de equivalência patrimonial, devem
ser contabilizados na investidora como:
a) receita operacional. b) redução de investimentos. c) receita não operacional. d) receita financeira.
62. Os dividendos recebidos de sociedade coligada, cujo investimento é avaliado pelo método do custo, devem ser contabilizados
na investidora como:
a) receita do exercício. b) redução de investimentos. c) resultados acumulados. d) receita financeira.
BIBLIOGRAFIA
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Financeiras. São Paulo, Frase.
3. PEREZ JUNIOR, José Hernandez e OLIVEIRA, Luís Martins de. Contabilidade Avançada: Teoria e Prática. São
Paulo, Atlas.
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Paulo, Atlas.
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7. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC nº 686/90 (e alterações).
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11. Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Instrução CVM nº 191/92 (e alterações).
12. Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Instrução CVM nº 247/96 (e alterações).