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Um problema matemático.
p. 1
Sumário
Introdução - p. 3
Conclusão – p. 17
Referências – p. 19
p. 2
Introdução:
1
JAHNKE, H. N. A history of analysis. Providence, RI: American Mathematical Society, [London]:
London Mathematical Society, c2003. 422 p. (History of mathematics,) ISBN 0821826239. p. 32
p. 3
Capítulo 1:
Breves considerações sobre as raízes históricas dos infinitésimos
e do infinito.
2
BOYER, Carl Benjamin. The History of Calculus and its Conceptual Development. New York, Dover,
1959. 346 p., p. 4
3
Id., Ibid., p. 21
4
BOYER, Carl Benjamin. op. cit. p. 22
5
JAHNKE, H. N. op. cit. p. 33
p. 4
considerar o mundo como composto por partículas infinitamente pequenas e
indivisíveis. Zeno, um aluno de Parmênides, ficou historicamente mais famoso
nessa problemática com seus quatro paradoxos sobre a impossibilidade do
movimento contínuo.6
“As grandezas não são associadas a números ou pedras, mas a segmentos de reta.
Em Os Elementos os próprios inteiros são representados por segmentos. O reino
dos números continuava a ser discreto, mas o mundo das grandezas contínuas (e
esse continha a maior parte da Matemática pré-helênica e pitagórica) era algo à
parte dos números e devia ser tratado por métodos geométricos”. 9(Boyer)
“se da maior subtrairmos uma grandeza maior que a sua metade, e do que restou
subtrairmos uma grandeza maior que a sua metade, repetindo esse processo
6
BROLEZZI, Antonio Carlos. A tensão entre o Discreto e o Contínuo na história da Matemática e no
Ensino da Matemática: O Par Discreto/Contínuo nas Idéias Fundamentais do Cálculo. 1996. 89 p.. Tese
(Doutorado) – USP, São Paulo, 1996.
7
BROLEZZI, A.C. Op. cit.
8
JAHNKE, H. N. op. cit. p. 32
9
BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. Tradução de Elza F. Gomide. São Paulo, Edgard
Blücher, 1974, 488 p., p. 87
p. 5
continuamente, restará uma grandeza que será menor que a menor grandeza
dada”. 10 (Euclides)
10
EUCLIDES. The Thirteen Books of Euclid's Elements. Trad. e com. por Thomas Little Heath. 2a ed.
New York, Dover, 1956. 13vols. em 3 vols. Vol. III, p. 14
11
JAHNKE, H. N. op. cit. p. 34-35
12
Cf. BOYER, Carl Benjamin. The History of Calculus and its Conceptual Development. New York,
Dover, 1959. 346 p., pp. 49-50
13
Cf. BOYER, op. cit., p. 59
14
JAHNKE, H. N. op. cit. p. 35
p. 6
Capítulo 2:
O Cálculo Infinitesimal de Leibniz.
15
BROLEZZI, A.C. op. cit.
16
STROYAN, K. D. Introduction to the theory of infinitesimals. New York: Academic Press, 1976. 326
p. ISBN 0126741506. p. 3
17
BOYER, op. cit., p. 213
18
BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. Tradução de Elza F. Gomide. São Paulo, Edgard
Blücher, 1974, 488 p., p. 290 – 291.
19
BROLEZZI, A.C. Op. cit. p. 30.
20
JAHNKE, H. N. op. cit. p. 73-74
p. 7
aspectos matemáticos e ontológicos dos infinitesimais e dos infinitos. 21
Quanto a Newton e Leibniz, ele vê o primeiro numa tentativa de alguma forma
ambígua no tratamento do cálculo – hora por limites, hora por quantidades
ínfimas -, e ao segundo, explicitando claramente sua preferência pelo seu
ponto de vista, atribui uma tentativa clara e não ambígua de fundar o cálculo
incluindo quantidades infinitamente pequenas. 22
p. 8
reciprocamente aos diferenciais, relacionando o sinal de integração e de
diferenciação pelo Teorema fundamental do Cálculo. Ele publicou suas regras
para o Cálculo Diferencial em um curto e complicado artigo de 1684. 28
“Leibniz quis basear seu cálculo diferencial e integral sobre um sistema numérico
que incluía quantidades infinitamente pequenas e infinitamente grandes. Mais
precisamente, ele considerou os novos números como familiares aos números reais
e afirmou que a introdução deles era útil para a arte da invenção”. 29 (Robinson)
28
Id., Ibid. p., 90
29
ROBINSON 1963b, p. 285; Robinson 1979, 2, p. 99.
30
JAHNKE, H. N. op. cit. p. 97-99
p. 9
desenvolvimento do cálculo, criticando o uso do sinal de igualdade, enquanto
este liga um termo, contendo um limite, a outro termo qualquer – o que levou
à igualdade ser substituída pelo sinal de “tender” ou “ser infinitamente
próximo a” -, que culminou em um comentário de que os infinitesimais seriam
fantasmas de quantidades mortas. 31
31
STROYAN, K. D.; LUXEMBURG W. A. J.. op. cit.. p. 3-4.
p. 10
Capítulo 3:
A Formalização pela Teoria dos Limites.
32
BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. Tradução de Elza F. Gomide. São Paulo, Edgard
Blücher, 1974, 488 p.. p. 409
33
Id., Ibid., p. 404
34
Id., Ibid., p. 380
35
Id., Ibid., p. 408
36
Id., Ibid., p. 404
37
Id., Ibid., p. 404
p. 11
No cerne dessa nova proposta matemática estava o conceito de função,
ainda não definido e nem referido no cálculo de Newton e Leibniz. Foi no
esclarecimento deste conceito, por meio, principalmente, dos trabalhos de
d´Alembert, Euler, Bernoulli e Fourier (1768-1830), que surgiu a tendência da
aritmetização da análise. Há ainda os trabalhos de Dirichlet (1805-1859),
permeando as estranhezas e maus comportamentos das funções e séries e
dando contribuições no rigor de Fourier quanto à convergência de suas séries
e na aplicação da análise à teoria dos números. Bernhard Riemann (1826-
1866), um sucessor de Dirichlet, também conseguiu profundos teoremas
relacionando a teoria dos números com a análise clássica. O ano de 1872 foi
marcado por importantes contribuições na direção da aritmetização da análise,
ressaltando Méray (1835-1911), Karl Weierstrass (1815-1897), Heine (1821-
1881), Georg Cantor (1845-1918) e Dedekind (1831-1916).
38
Id., Ibid., p. 404-406, 409-410, 415
39
JAHNKE, H. N. A history of analysis. Providence, RI: American Mathematical Society, [London]:
London Mathematical Society, c2003. 422 p. (History of mathematics,) ISBN 0821826239. p. 35
40
BOYER, Carl Benjamin. op. cit.. p. 410-411
p. 12
Houve uma lacuna de quase cinquenta anos entre a obra de Bolzano e
de Weierstrass, que não publicou suas idéias sobre a aritmetização da análise,
sendo divulgadas pelos estudantes Ferdinand Lindemann e Eduard Heine, os
quais assistiram suas aulas. Os resultados de Weierstrass, não só contribuíram
com uma definição satisfatória de número real, como também, com uma
definição melhorada do conceito de limite, publicada por Heine, e, apesar de
ter publicado seu primeiro trabalho reconhecido, no caso, sobre funções
abelianas, somente aos quarenta anos de idade, foi geralmente reconhecido,
durante o último terço do século, como o maior analista do mundo. 41
41
Id., Ibid.. p. 410-412
42
Id., Ibid., p. 411
43
BROLEZZI, Antonio Carlos. A tensão entre o Discreto e o Contínuo na história da Matemática e no
Ensino da Matemática: O Par Discreto/Contínuo nas Idéias Fundamentais do Cálculo. 1996. 89 p. Tese
de Doutorado – USP, São Paulo. p. 34-35
44
PETITOT, Jean. Infinitesimal. IN: Enciclopedia Einaudi, Vol. 4 (Local/Global). Trad. João Sàágua.
Porto: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985. pp. 209-285, p. 209
p. 13
Capítulo 4:
A Insurreição dos Infinitos e Infinitesimais.
“Leibniz e seus seguidores nunca foram capazes de justificar seu ponto de vista e,
por isso, tal tentativa foi “abandonada” pelas gerações futuras que prefiriram a
confiável base para o cálculo dada por Cauchy e Weierstrass. Robinson ficava
contente em explicar como ele tinha sido bem sucedido onde Leibniz não tinha,
graças a Teoria dos Modelos. Inspirado pelo trabalho de Thoralf Skolem, ele foi
capaz de produzir um modelo dos números Reais que legitimamente contém tanto
números não-padrões infinitesimais quanto infinitos e ele estava ansioso para
mostrar aos matemáticos, assim como aos lógicos, quão útil a Análise Não-Padrão
poderia ser.” 45(Dauben)
45
DAUBEN, Joseph Warren. Abraham Robinson: the creation of nonstandart analysis: a personal and
mathematical odyssey. ISBN: 0-691-03745. Princeton: Princeton University Press, 1995. p. 331.
46
STROYAN, K. D.; LUXEMBURG W. A. J.. Introduction to the Theory of Infinitesimals. New York:
Academic Press, 1976. p. 5
47
STROYAN, K. D.; LUXEMBURG W. A. J.. op. cit.. p. 5
48
Id., Ibid. p. 52-53
49
Id., Ibid., p. 5
p. 14
Robinson, sendo também filósofo, defendia o ponto de vista de Leibniz,
até mesmo quando este não ousava acreditar na realidade dos infinitesimais –
e mesmo ele também não acreditava, por exemplo, também, discordando da
visão de Kurt Gödel sobre a existência de uma quantidade real infinita. 50 Mas
ele sabia das consequências ontológicas que ressurgiam com a criação da sua
Análise Não-Padrão. O problema dos infinitésimos e dos infinitos sempre
permeou as discussões filosóficas e matemáticas na história, pois, de fato,
sempre pareceu estar envolvido inconsistências e paradoxos. Sua desculpa a
favor da argumentação leibniziana se dava pela falta de expressão precisa,
delimitada e formal do século XVII, criticando uma imputação de não
intuitividade que é geralmente dada a ela, 51 e agradecendo, então, ao
desenvolvimento da linguagem Lógico-Matemática no Século XX, permitindo
resolver e justificar as questões deixadas por Leibniz. 52
50
DAUBEN, J. W.. op. cit.. p. 330 - 331
51
Id., Ibid., p. 350 - 351
52
Id., Ibid., p. 422
53
Id., Ibid., p. 364
54
Id., Ibid., p. 352
55
Id., Ibid., p. 416 - 418
56
Id., Ibid., p. 365 - 366
57
STROYAN, K. D.; LUXEMBURG W. A. J.. op. cit.. p. 5
p. 15
Topologia e Álgebra. 58 Ambos não consideram que há um conflito com o
formalismo originado de Weierstrass. Apenas há diferentes caminhos de se
chegar a um mesmo problema. Apesar disso, os dois autores esperam que os
infinitesimais provar-se-ão vantajosos na formulação e solução de questões
ainda abertas e no entendimento mais claro das já conhecidas. 59
58
Id., Ibid.
59
Id., Ibid.
60
GONSHOR, Harry. An introduction to the theory of surreal numbers. Cambridge ;: New York:
Cambridge University Press, 1986. 192 p. ; (London Mathematical Society lecture note series ;110) ISBN
0521312051. p. 2
61
GONSHOR, Harry. op. cit. p. 1
62
Id., Ibid.
63
Id., Ibid.
64
Id., Ibid.
p. 16
Conclusão:
65
JAHNKE, H. N. A history of analysis. Providence, RI: American Mathematical Society, [London]:
London Mathematical Society, c2003. 422 p. (History of mathematics,) ISBN 0821826239. p. 35
66
Id., Ibid.
p. 17
pensadores adotaram uma visão instrumentalista no meio desse caminho
tortuoso.
67
Poderíamos dizer, então, que há sempre um não-ser ?
p. 18
Mônadas. Voltamos novamente ao problema lógico-simbólico mencionado
acima. Sobre essa problemática do contínuo e do discreto comenta Da Costa:
68
DA COSTA, Newton C. A. & DORIA, F. A. Continuous & Discrete: A Research Program. IN: Bol
Soc. Paran. Mat. (2a Série), v. 12/13, n. 1/2. Curitiba: Ed. da UFPR, 1991/2, p. 123-127, p. 124
p. 19
Referências:
BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. Tradução de Elza F. Gomide. São Paulo,
Edgard Blücher, 1974, 488 p.
BOYER, Carl Benjamin. The History of Calculus and its Conceptual Development. New York,
Dover, 1959. 346 p.
DA COSTA, Newton C. A. & DORIA, F. A. Continuous & Discrete: A Research Program. IN:
Bol Soc. Paran. Mat. (2a Série), v. 12/13, n. 1/2. Curitiba: Ed. da UFPR, 1991/2
DAUBEN, Joseph Warren. Abraham Robinson: the creation of nonstandard analysis: a personal
and mathematical odyssey. Princeton: Princeton University Press, 1995. ISBN 0-691-03745
EUCLIDES. The Thirteen Books of Euclid's Elements. Trad. e com. por Thomas Little Heath.
2a ed. New York, Dover, 1956. 13vols. em 3 vols. Vol. III
GONSHOR, Harry. An introduction to the theory of surreal numbers. Cambridge ;: New York:
Cambridge University Press, 1986. 192 p. ; (London Mathematical Society lecture note series
;110) ISBN 0521312051
PETITOT, Jean. Infinitesimal. IN: Enciclopedia Einaudi, Vol. 4 (Local/Global). Trad. João
Sàágua. Porto: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985
ROSA, Luiz Pinguelli. Tecnociências e Humanidades: novos paradigmas, velhas questões. São
Paulo: Paz e Terra, 2005. ISBN 85-219-0761-3
p. 20