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Gliconeogênese

(Síntese nova de glicose)

Síntese de precursores que não são carboidratos, pois não está no estado alimentado, então não hã carboidrato
disponível. Assim, a gliconeogênese é a única alternativa para as células que não são capazes de fazer
metabolismo de outros substratos, que não a glicose.

O cérebro produz preferencialmente metabolismo de glicose, até porque não poucas moléculas capazes de
passar pela barreira hematocefálica. Outras células são dependentes da glicose, como, CÉLULAS
ANAERÓBICAS: Hemácias, Células do cristalino, algumas células da retina, Células da medula renal.

A gliconeogênese é o semelhante a via glicolítica, porém, com os contornos dos pontos de regulação.
Os pontos de regulação são 3 de 10 reações na via glicolítica. O que faz com que essas reações sejam de
regulação, ao regular a velocidade da via, é o fato de serem irreversíveis, ou seja, terem ∆G mais negativo que
as demais, pois foi necessária muita energia para seu acontecimento. Logo, processos que envolvam muita
quebra de energia de moléculas energéticas, como o ATP, também a produção delas, sempre serão etapas
marcantes em uma via, sendo irreversíveis.
As etapas reversíveis têm ∆G próximos a zero, pois precisam estar mais próximas do equilíbrio, podendo
facilmente ter seu equilíbrio por ação de massas, tem valor positivo ou negativo.
Logo, processos que envolvam muita quebra de energia de moléculas energéticas, como o ATP, também a
produção delas, sempre serão etapas marcantes em uma via, sendo irreversíveis.

Se na via glicolítica quebro glicose a duas moléculas de piruvato e gero energia, na síntese de glicose, preciso
unir duas moléculas de piruvato e consumir energia. Mesmo não sendo um processo vantajoso, é necessário
para manter células dependentes de glicose.
No que as células necessitadas desse mecanismo podem contribuir para que essa via ocorra?

As hemácias não possuem mitocôndrias, logo, realizam fermentação gerando lactato. O lactato pode ser
convertido em piruvato. A fermentação é o final da via glicolítica, então posso aproveitar o mecanismo para
incluir o lactato da hemácia. Como o final da glicólise é o início da gliconeogênese, o lactato será útil. O
piruvato proveniente do lactato poderá seguir na via gliconeogênica, com a produção de fosfoenolpiruvato
(PEP), ocorrendo sempre no interior da mitocôndria. O lactato também alimenta a gliconeogênese de outra
forma, ele é um percursor, ou seja, dá origem a glicose doando seus carbonos para a via. O lactato vindo das
hemácias já é produzido normalmente, então ele se torna abundante para essa via. Mas em um momento mais
tardio de jejum, o musculo pode ser degradado. Esse é o momento em que a glicemia toma um valor mais
abaixo.
Reações anapleróticas, responsáveis por aumentar a velocidade do ciclo de Krebs quando essa tinha alta
demanda, e as reações pegavam os intermediários e já produziam oxalacetato, pois é necessário para reagir
com acetil-CoA, gerando citrato.

Reações que geram intermediários para o ciclo de Krebs, como fumarato, malato e oxalacetato, são
provenientes de moléculas que podem abastecer o organismo com essas moléculas em uma situação de jejum.
Tem o exemplo dos aminoácidos glicogênicos. Nesse caso, o ciclo de Krebs não gira para formar NADH, mas
sim, para gerar oxalacetato.

O glicerol de triglicerídeos é útil quando doa seu álcool para geral a glicose. Ele entra no momento da quebra
de glicose em duas de piruvato. Há uma hora em que a dihidroxicetonafosfato se interconverte em
gliceraldeído para continuar a via, mas apenas o gliceroldeido-3-fosfato continua a via, e é aí que o glicerol
entra.

Como determinamos quais precursores serão mais importantes que outros?

- Glicerol (triglicerídeos; tecido adiposo): é doador de carbono para a gliconeogênese. No fígado, sofre
ação da glicerolquinase para gerar glicerol-3-fosfato, que entra na 2º lançadeira da mitocôndria, que é a
glicerol-3-desidrogenase. Essa enzima também esta presente na forma citosolica no citosol da via glicolítica,
que consome NADH. A enzima que utiliza nad do citosol. Utiliza FADH para transformar as moléculas,
entregando e- diretamente no complexo 3.

1º lançadeira Complexo 1 NADH------- e-----------citocromo -------- e--------


ubiquinona
Complexo 3
Complexo 4 O2 --------- H2O
2º lançadeira Complexo 2 FADH-------- e-------- ubiquinona
(glicerol-3- Complexo 3
desidrogenase) Complexo 4 O2 --------- H2O

Assim, é possível passar os elétrons do citosol da glicólise para a cadeia transportadora.

Musculo esquelético e cérebro: lançadeira 2º


Fígado e rins: lançadeira 1º

A quebra por β-oxidação de triacilgliceróis, estocado no tecido adiposo, gera glicerol, e é uma via
metabólica mais rentosa. O glicerol é levado a glicerol-3-fosfato, a glicerolfosfatodesidrogenase tranforma
em diidroxicetona-3-fosfato, que é levada a gliceraldeído-3-fosfato para seguir a via gliconeogenica. assim,
o glicerol passa etapas, não entra na mitocôndria.
- Lactato (células fermentativas; hemácias e músculo): Há duas formas de gerar glicose a partir de lactato,
pois o piruvato entra de duas formas na via. Além dos gastos energéticos, transporta os e- do NADH citosólico
para dentro das mitocôndrias. O NADH mitocondrial não se mistura com o NADH citosólico. O NADH que
vem das reações de oxirredução no citosol também serão entregues na mitocôndria, e não apenas os elétrons
do NADH mitocondrial. Porém a membrana seletiva da mitocôndria não permite a passagem direta de NADH,
pois essa é muito grande, por isso, usa de outras moléculas para seu transporte. Assim, essa troca ocorre no
espaço intermembrana que ocorre através do malato, pois esse é passível de entrar na mitocôndria. Então o
piruvato é levado a oxalacetato, que é levado a malato, e consegue transportar os equivalentes redutores do
NADH para dentro da mitocôndria. Na entrada de malato, ocorre a saída de α-cetoglutarato, por cotransporte.
Dentro da mitocôndria já possui a malatodesidrogenase, responsável por fazer o mecanismo inverso e
transformar malato em oxalacetato, que entregará esses elétrons para o NAD+ da matriz mitocondrial. Esse
transporte de e- é chamado de lançadeira.
O oxalacetato dentro da mitocôndria, permite que ele vá para transformação de PEP no interior dela, pela
enzima pepcarboxiquinase mitocondrial ou fora da mitocôndria, pela versão citosólica da enzima. O
oxalacetato também pode ser transformado por uma Aspartatoaminotranferase, em glutamato, junto com o
próprio α-cetoglutarato, alimentam a lançadeira de malato-aspartato, que também age por cotransporte;
Aspartato sai e entra glutamato.
O interessante é que ocorre locomoção dos elétrons para o complexo 1.
- Ácido graxo (lipídio): não alimenta a gliconeogênese com carbono, por isso não se pode dizer que gordura
é transformada em glicose. Podemos dizer que: o excesso de carboidrato é transformado em gordura.

Pois a reação anterior ao ciclo de Krebs visa transformar o piruvato em acetil-CoA para entrar no ciclo. No
caso de ácidos graxos, eles geram acetil-coa em sua β-oxidação, mas quando entra no ciclo, tem todos os
carbonos descarboxilados, então não tenho como doar carbono vindo do ácido graxo, pois o acetil- coa é
totalmente descarboxilado, não gerando intermediários que doem carbonos. As descarboxilações ocorrem no
início da via, então não tenho ligações de carbono suficientes para alimentar o oxalacetato, na via
gliconeogênica, ele só alimenta com energia vinda da β-oxidação, quem alimenta com carbono é o glicerol.

Acido graxo de cadeia impar é uma restrição, embora tenham uma ocorrência baixa, em sua β-oxidação
geram, além do acetil-coa, propilanil-coa, que após sofrer 3 reações, gera succinil-coa, alimentando a
gliconeogênese com carbonos para ajudar na transformação do oxalacetato.
Na β-oxidação da mitocôndria e fígado, ocorrem ciclo de quebra de um par de ácido graxo por vez, gerando
acetil-Coa, FADH2 e NADH dentro da mitocôndria e fígado em jejum, gerando potencial redutor que
possibilita a ocorrência da gliconeogênese, assim, é possível gastar energia no jejum.

- AMN glicogênicos (Proteína muscular): geram intermediários necessários para gerar malato e oxalacetato,
que conseguem sair da mitocôndria e migrar para via gliconeogênica. Os amn conseguem doar carbonos
para produzir glicose nos momentos de jejum, mas é uma via dispendiosa energeticamente, pois
transformam piruvato em oxalacetato pela piruvatocarboxilase, onde há gasto de ATP. A
piruvatocarboxilase transforma em oxalacetato em põe CO2 OU HCO3 e na próxima reação os tira, sendo
uma forma de ativar a molécula, pois é necessário passar por uma barreira energética. A reação de PEP-------
-PIRUVATO gera energia, para volta há uma barreira energética. Junto com a colocação de CO2 consome-
se uma hidrolise do ATP, tendo ainda o gasto energético do GTP.

Primeiro desvio - Reações para conversão de Piruvato a Fosfoenolpiruvato (PEP)


(para reversão da reação da piruvato cinase)

- Transformação de piruvato á oxalacetato


- Oxalacetato a PEP (dentro da mitocôndria)
A glicólise ocorre apenas no citosol, mas a gliconeogênese ocorre no citosol e na mitocôndria, ainda
contando com uma enzima de defosforilação da glicose, que atua no lúmem do retículo. Assim, ela atua em
3 lugares distintos.

Há uma enzima exclusiva da mitocôndria, que transforma piruvato em oxalacetato. Assim, o oxalacetato
pode ir a PEP, que sai da mitocôndria para seguir a via. Ou, o oxalacetato se transforma em malato, através
da malatodesidrogênase (última do ciclo de Krebs). Malato sai da mitocôndria e é transformado em
oxalacetato, que posteriormente vira PEP, por ação da PEPcarboxiquinase.

Segundo desvio – Reação para conversão de Frutose-1,6-bisfosfato a Frutose-6-P


(para reversão da reação da Fosfofrutocinase-1, PFK1)
Uma fosfatase retira uma molécula de fosfato da frutose-1-6-bifosfato, gerando frutose-6-fosfato

Terceiro desvio - Reação para conversão de Glicose 6-fosfato a Glicose


(para reversão da reação da Hexocinase)
A glicose fosfatase que fica no lúmem do retículo do hepatócito, desfosforila a glicose-6-fosfato que entra,
isso porque no lúmem do hepatócito há um transportador para glicose-6-fosfato. Com isso, fosfato
inorgânico sai pelo transportador e a glicose sai pelo outro, e volta a ficar no citosol. A concentração de
glicose dentro da célula será alta, possibilitando sua saída pelo GLUT2, para corrente sanguínea.

Como ocorre a regulação?


Se uma via é o oposto da outra com desvios, a regulação de uma consequentemente leva a regulação da
outra, caso contrário, um ciclo fútil aconteceria. Basicamente é necessário excesso de acetil-coa para inibir a
piruvato desidrogenase e ativar a piruvatocarboxilase para sintetizar glicose.

A adrenalina age no músculo e no fígado através de sua ligação a receptores adrenérgicos o que resulta na
ativação da proteína quinase A (PKA). Entretanto os efeitos sobre a glicólise em cada um dos tecidos são
opostos: no fígado esta via é inibida enquanto no músculo esta via é ativada. Tente sugerir uma explicação
para estes achados.

Controle da síntese e degradação de Frutose 2,6-bisfosfato


A sinalização de Glucagon leva à fosforilação da enzima bifuncional e, desta forma, a um menor nível de
F2,6BP, diminuindo a glicólise. Altos níveis de F6P aceleram a formação de F2,6BP, através do
facilitamento da defosforilação da enzima funcional.

Regulação da Piruvato quinase


Ativação pelo próprio substrato – PEP – e Frutose 1,6-bisfosfato;
Inibição alostérica por ATP (regulação paralela com PFK-1); Acetil-CoA;
A PK hepática, mas não a muscular, é indiretamente regulada por Adrenalina e Glucagon, através da PKA.
A fosforilação da PK é capaz de a inativar. A Insulina, após ativar a Fosfoproteína fosfatase 1, leva à
defosforilação da PK, ativando-a novamente. Este controle é importante para prevenir que a PK esteja ativa
ao mesmo tempo que enzimas que catalisam a reação reversa – Piruvato carboxilase e PEPCK –, prevenindo
um ciclo fútil.

No jejum:
Inibição da via glicolítica
Glicogenólise (quebra de glicose)
Quebra de glicogênio
Gliconeogênese e quebra de triacilglicerol
Metabolismo de Aminoácido
Não há um estoque de proteína para fins energéticos, pois elas são utilizadas para transporte celular, o estoque do ser
humano é o de lipídios. Mas a degradação de proteínas ocorre em algum momento, isso porque elas possuem uma
meia vida, precisam de uma restauração em determinado período, para restaurar as estruturas celulares feitas de
proteínas, que morrem com o tempo. As proteínas são quebradas em aminoácidos na digestão, esses aminoácidos são
usados para diversas funções e necessidades biológicas, como a síntese muscular, cérebro, e etc. quando todas as
necessidades forem supridas, é necessário degradá-las. Essa degradação pode ocorrer de modo a Inter converter um
aminoácido em outro, para suprir uma necessidade específica.

Os aminoácidos possuem nitrogênio na composição, por isso se faz necessário uma via de excreção em caso de não
utilização dessa molécula, o nitrogênio armazenado pode causar intoxicação no ser humano, e esse é mais um motivo
no qual não pode servir de armazenamento energético.

O esqueleto carbonado (α-cetoácido) pode ir para o ciclo de Krebs servindo como fonte energética, na degradação
completa da cadeia (gera co2 e h2o) ou na formação de corpos cetonicos e glicose. Os compostos nitrogenados são
excretados na forma de ureia no ser humano, isso os torna seres uretéricos. A amônia é tóxica e neurotóxica para esses
seres, mas para os peixes se torna viável esse tipo de excreção, visto que é uma forma simples de sintetizar, pois só
basta eliminar a amônia do esqueleto carbonado dos aminoácidos e o meio aquático no qual habitam, torna viável a
difusão para fora do corpo do animal. Já os pássaros excretam na forma de ácido úrico, que é uma forma concentrada
de 4 nitrogênios na molécula, facilitando no modo de vida, não necessitando beber tanta água nem fazer pousos com
frequência, há uma resistência maior quanto ao armazenamento.

A degradação da cadeia carbonada pode gerar 3 grupos de produtos (glicose, corpos cetonicos ou glicose/ corpos
cetonicos) Aminoácidos glicogênicos: geram glicose,capazes de formar piruvato e intermediários do ciclo de Krebs;
aminoácidos cetogenicos: geram corpos cetonicos e são capazes de gerar piruvato e intermediários do ciclo de Krebs e
acetil-coa; aminoácidos ora cetogenicos, ora glicogênicos: geram glicose e corpos cetogencos .

Digestão de proteínas e seus produtos de excreta

Na digestão, há a quebra de proteína através de enzimas que possuem um padrao de reconhecimento. Há outras
enzimas, chamadas de zimogênios que requer uma alteração bioquímica, tal como, uma alteração de conformação ou
uma reação de hidrolise que revele seu sitio ativo, para que se torne uma enzima ativa. Ex. pepsinogenio, ativada pelo
suco gástrico, produzida na parede estomacal, para degradar proteínas. Quando em contato com o HCl do suco,
transforma-se em pepsina, sua forma ativa.

As enzimas precisam ser especificas para cada proteína. O processo só termina no estomago.
Ex. tripsina: quebra resíduos de lisina e arginina
Protease das glândulas maxilares: pegam resíduos de arginina.

É possível Inter converter aminoácidos em outros pela obtenção de nitrogênio proveniente de aminoácidos essenciais,
ou seja, aqueles que não somos capazes de produzir e precisam ser ingeridos, pois o corpo não é capaz de montar. As
enzimas transaminases que auxiliam nesse processo, na verdade são as aminotransferazes, que equilibram os grupos α-
cetoácidos, esses grupos são responsáveis por se unirem ao amoníaco e formar aminoácidos. Ex: α-cetoglutarato é
convertido em glutamato.

Aminoácidos essenciais: isoleucina, leucina e valina, lisina, treonina, triptofano, fenilalanina, metionina, histidina,
arginina.

Aminoácidos glicogênicos são geradores de precursores da gliconeogênese. Ex. α-cetoglutarato, fumarato

Aminoácidos cetogênicos: são degradados a acetil-coa ou acetoacetato e são convertidos em ácidos graxos ou corpos
cetônicos (acetoacetato, acetona, β-hidroxibutirano, são usados na gliconeogênese para alimentar o cérebro quando em
estado de jejum, são produtos da quebra de ácidos graxos) ocorrendo a cetogênese. ex. lisina, leucina

Há então uma diferença onde os diferentes aminoácidos podem entrar no ciclo de Krebs e a sua degradação. A leucina
não consegue entrar no ciclo de Krebs dessa forma, logo é preciso sua transformação em acetil-coa.
Ação das aminotransferases

As aminotransferases são enzimas essenciais envolvidas no metabolismo central de todos os organismos. O primeiro
passo no catabolismo da maioria dos L-aminoácidos que chegam ao fígado é a remoção dos grupos α – amino através
das reações de transaminação, onde o grupo α – amino é transferido para o átomo de carbono α do α – cetoglutarato,
produzindo o respectivo α – cetoácido análogo do aminoácido. O objetivo das reações de transaminação é coletar os
grupos amino de muitos aminoácidos diferentes na forma de apenas um, o L- glutamato, que funciona como doador de
grupos amino para as vias biossintéticas ou para as vias de excreção que levam à eliminação dos produtos nitrogenados.
Assim, as aminotransferases são responsáveis pela reação de α-cetoglutaratos com o L-aminoácido gerando uma
molécula energética (piruvato, oxalacetato) e glutamato (forma excreta).

A aspartato aminotransferase (AST) e a alanina aminotransferase (ALT) são exemplos de aminotransferases de interesse
clínico. A AST, existente tanto na forma mitocondrial quanto citoplasmática, é encontrada principalmente no coração,
fígado, músculo esquelético e rim. A ALT, exclusivamente citoplasmática, é encontrada principalmente no fígado e no
rim. A ALT também chamada de glutamato-piruvato transaminase (GPT) e a AST também conhecida como glutamato-
oxaloacetato transaminase (GOT) são importantes no diagnóstico de lesões hepáticas e cardíacas provocadas por infarto
do miocárdio, drogas tóxicas ou infecções, já que após esses eventos várias enzimas, incluindo as aminotransferases,
extravasam das células lesadas e passam para a corrente sanguínea. A determinação da concentração dessas enzimas no
soro pode fornecer informações importantes a respeito da severidade e do estágio de uma lesão cardíaca, por exemplo.
As determinações de GOT e GPT também podem ser utilizadas para avaliar se indivíduos expostos ao tetracloreto de
carbono, clorofórmio ou a outros solventes industriais apresentam lesões hepáticas, visto que tais solventes podem
causar degeneração hepática, liberando várias enzimas na corrente sanguínea. O piridoxal-5’-fosfato, derivado da
vitamina B6, representa um co-fator biológico muito versátil utilizado por uma grande variedade de enzimas. Uma
deficiência de vitamina B6 pode ser observada em indivíduos alcoolistas, em uma significativa porcentagem de
pacientes hospitalizados e pessoas saudáveis com idade superior a 64 anos, esses indivíduos apresentam,
consequentemente, deficiência dessa coenzima. O piridoxal fosfato(PLP) juntamente com seu análogo amino,
piridoxamina-5’-fosfato, funcionam como coenzimas nas reações de transferência de grupamento amino. Podem estar
presentes no soro tanto as apoenzimas deficientes em coenzimas quanto as holoenzimas. Quase todas as enzimas
dependentes de piridoxal fosfato estão associadas a patologias bioquímicas que envolvem compostos aminados,
principalmente aminoácidos.

Tem características importantes pois há um grupamento prostético que possibilita a ação da enzima de forma
idêntica,mesmo sendo ligada a aminoácidos diferentes.

Todos vão passar por essa transformação de depositar a estrutura amina em outro lugar(α-cetoglutarato), mesmo que
precisem entrar para alguma outra via metabólica, ou seja, mesmo que necessite do esqueleto carbonado ou do
nitrogênio da amônia, é necessário passar por essa transformação.

Alguns aminoácidos não passam pela ação das aminotransferases, são desaminados diretamente no fígado. Ex.alanina
(musculo), glutamina, serina se transformam em piruvato ao perder seu nh3. Treonina vai a α-cetobutarato. ambos
liberam amina para produzir ureia e excretar, mas uma parte bem pequena de amônia pode estar presente na urina.

Transporte de amônia de outros tecidos para o fígado


O transporte de amônia dos tecidos periféricos para o fígado pode ser realizado por:
a) combinação de amônia livre com glutamato formando glutamina (reação catalisada pela enzima glutamina-sintase).
A glutamina é então transportada pela corrente sanguínea até o fígado;
b) pela transaminação de piruvato em alanina que é levada pelo sangue até o fígado.

O glutamato após entrar no fígado e tecidos pode regenerar do alfa cetoglutarato e Amina. Nesse processo há a
formação de intermediários chamados glutamil fosfato capaz de agregar mais de uma molécula de nitrogênio na sua
cadeia, essa molécula é a amônia produzida peloas tecidos. Assim em caso de uma alta necessidade de degradação de
amônia é mais vantajoso formar o glutamil(glutamina) pois ele comporta duas moléculas de nitrogênio na sua cadeia e
o glutamato apenas um. Ao entrar diretamente na mitocôndria a Glutamina sofre ação da enzima glutaminase gerando
glutamato e amônia. Mas a formação do intermediário glutamil requer energia, é necessário um gasto de ATP para
depois conseguir colocar a molécula de nitrogênio. A molécula de glutamil consegue chegar no fígado e sofre a ação
da enzima glutamina sintase, liberando o grupamento Amina e o glutamato para produção de ureia. Então se eu tô
precisando de agradar bastante além da possibilidade de mandar glutamato para o fígado eu posso mandar glutamil
que é uma forma mais eficiente.
Ciclo glicose-alanina
Outra forma de transportar amônia para o fígado é na forma de lâmina que é diretamente de exame nada e se
transforma em piruvato. Alta concentração de piruvato também indica alta formação de glutamato, pois o equilíbrio da
ação das transaminases é deslocado para a formação dos produtos, assim seria uma forma de levar amônia para o
fígado através do glutamato. O piruvato encontrando-se com glutamato no músculo sofre ação da alanina
aminotransferase e produz alanina e Alfa cetoglutarato. O alfa cetoglutarato fica no músculo e essa lâmina cai na
corrente sanguínea para chegar no fígado. No fígado a alanina sofre a reação inversa pela mesma enzima alanina
aminotransferase, reage com alfa-cetoglutarato para formar piruvato e glutamato. O glutamato vai para a formação de
ureia e o piruvato para produção de glicose. Esse ciclo ocorre durante os momentos de jejum acontece quando você
quer ter grupamentos Amino na forma de lâmina camuflando o piruvato para chegar na gliconeogênese. Esse ciclo
possibilita a degradação do nitrogênio e ao mesmo tempo alimentação da Via gliconeogênica pelo piruvato.

Formas do glutamato e Glutamina entrar dentro da mitocôndria


A mitocôndria possui duas camadas o que dificulta a passagem de substâncias para dentro da mesma, mas algumas
substâncias conseguem passar por exemplo o glutamato e a glutamina. O glutamato pode ser formado de duas formas:
os aminoácidos sofrem a ação das aminas transaminases e geram glutamato como produto ou são gerados no fígado
através do ciclo glicose alanina. A Glutamina molécula de dois nitrogenios é advinda dos tecidos Extrahepáticos como
o cérebro, rim,estômago. Todos os esqueletos de carbono que chegam na matriz mitocondrial São transformados em
glutamato para ser transformado em aspartato e alfa cetoglutarato o glutamato também vai sofrer ação da glutamato
desidrogenase e liberar um grupamento Amina.
O glutamato sofre ação da espartato aminotransferases formando aspartato e Alfa cetoglutarato com a liberação de
amônia. Amônia liberada entra no ciclo da ureia. Dessa forma o glutamato está sempre disponível para essa reação
assim podemos dizer que alimentamos o ciclo da ureia basicamente com a degradação de glutamato.

A degradação de amônio requer uma demanda energética, mas é altamente necessária Pois ela se faz tóxica dentro do
organismo o grupamento Amina vai sofrer a ação de uma enzima A carbonil fosfato sintase que junto a molécula de
carbonato forma nh4 céu 2 e duas moléculas de ATP a reação gera um intermediário chamado de carbono fosfato
composto de um nitrogênio um carbono e um fosfato. O intermediário sofre ação da enzima ornitina
transcarbomoilase, produzindo um segundo intermediário a citrulina. A citrulina sai da mitocôndria e é ligada a uma
AMP, onde há gasto de uma ligação de ATP liberando fosfato. A molécula é gerada reage com aspartato que veio da
degradação do glutamato e forma um intermediário chamado de arginina succinato. Argininosuccinato reage com uma
enzima formando fumarato. O fumarato reage com arginina O que é quebrada por Hidrólise pela enzima arginase
gerando moléculas de ureia. O esqueleto que sobra da Hidrólise da arginina e ornitina e ela entra novamente no ciclo
da ureia.

O ciclo de Krebs e o da ureia podem se auto alimentar através da formação dos intermediários, O que diferencia os
ciclos é que no ciclo de Krebs ocorre todo dentro da mitocôndria e o da ureia ocorre na mitocôndria e no citosol. Isso
ocorre porque a Centrulina já carrega o nitrogênio na estrutura e realiza a segunda parte do metabolismo fora da
mitocôndria. No interior da mitocôndria só acontece a transformação da citrulina e a volta da ornitina e citrulina.

Regulação do ciclo da ureia

O ciclo de Krebs Gio da ureia se auto-alimenta e regulam isso porque os intermediários das mesmas são semelhantes
podendo ocorrer interconversão entre eles. Quando o organismo está com uma alta energética ou seja muito gtp é fácil
para ele fazer uma reação onde o glutamato sofre a ação da glutamato desidrogenase e gere o alfa cetoglutarato e nh4.
Na reação a também a formação de um potencial redutor o NADP.

No ciclo de Krebs o glutamato que reagir com o alfa cetoglutarato forma aspartato e produz nadp. O fumarato que
veio lá da minha agenda succinato vai sofrer a ação da malato desidrogenase e virar oxalacetato, também gerando
potencial redutor. Esses intermediários irão para o ciclo da ureia eliminando o excesso de nitrogênio proveniente da
alta energética.

Em caso de baixa energética isso não ocorre de forma facilitada pois haveriam conflitos de intermediário pegando o
intermediário de um ciclo e pondo em outro. Então acontece de forma mais articulada. Se tenho alta de arginina, ou
seja, falta de aminoácido eu ver o regular bastante a transformação dela em glutamato. É só uma forma de ativar a
carbonofosfatosinase, para degradar o grupamento amina e produzir amônia CO2 e ATP.

Se há uma alta de intermediário significa uma alta de glutamato e alta de acetil-coa. Concentrações altas de acetil-coa
indicam o funcionamento exacerbando do ciclo de Krebs a ponto de sobrar seu tio coar para reagir com o glutamato e
não com o Oxalato para formar citrato. Desse modo ativa uma outra via que use também esses intermediários que no
caso é o ciclo da ureia. Assim o acetil-CoA é ativador alostérico da enzima carbonil fosfato quinase, pois desamina o
glutamato para formação de carbonil fosfato, fortalecendo o ciclo da ureia.

Comunicação das duas vias

O interesse do ciclo de Krebs não é como uma forma de alimentar cadeia de elétrons e sim usar os intermediários dele
como forma de degradar compostos nitrogenados para produção de ureia. Então tudo é dependente do interesse celular
do momento, se há um excesso de nutrientes para continuar produzindo energia, Há também um excesso de
nitrogênio, Então os intermediários do ciclo de Krebs são levados para a produção de excretas. O que permite a
ligação de citrulina com AMP ao sair da mitocôndria, é o consumo energético, dado pelos potenciais de redutores
formados no ciclo de Krebs.

Resumo

• É uma via metabólica que acontece o tempo todo para esquentar nitrogênio, pois a amônia é tóxica e precisa
ser graduado em forma de ureia.

• É através unicamente do glutamato e as suas Interconverções que a amônia pode ser levada até o fígado e
participar do ciclo da ureia, assim só é necessário comprometer um aminoácido para essa função.

• É possível ter desaminação direta, os aminoácidos que os fazem são serina trionina e alanina

• É um processo que demanda energia, mas há intermediários em comum com o ciclo de Krebs.

• A regulação se dá basicamente pela primeira enzima que é a carbonil fosfato quinase. Se há um excesso de
acetilcoa para reagir com o glutamato, a formação de um intermediário ativador alostérico dessa enzima, o N-
acetilgutamato. Então há uma maior produção de ureia.

• Os intermediários em comum conseguem gerar potencial redutor para doar energia para o ciclo de ureia

• Há etapas que acontecem em diferentes organelas como o citoplasma e citosol

• O aspartato que sofreu transformação pode entrar na segunda etapa do ciclo da ureia

Casos clínicos:
• Há problema genéticos que afetam o metabolismo de aminoácidos

• Se há a problemas de genéticos na degradação, posso ter problemas com toxicidade por conta do nitrogênio.

• Se a deficiência de carbono fosfato quinase, a pessoa desenvolve alergia a amônia e pode morrer
precocemente pelo acúmulo do mesmo

• Se a deficiência na arginase, pode causar retardo mental.

• Argina succinase e citrulina com aspartato você pode ter convulsões graves

• Se a deficiência na conversão de fenilalanina, necessária uma dieta restrita para não ter esse tipo de
aminoácido. Pode ser diagnosticado no teste do pezinho

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