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1
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Foi este o ano que, com maior intensidade, se fez sentir o efeito da crise financeira
mundial, pelo impacto que ela teve nas empresas participadas e na capacidade
destas gerarem receitas e por essa via distribuírem dividendos. Em consequência, as
receitas do Estado sofrem, este ano, uma baixa significativa em cerca de 40% se
comparadas com 2008. Os sinais de recuperação da economia mundial são ténues
mas existe a esperança que esta situação possa ser revertida em 2010.
O sucesso da nossa instituição no cumprimento da sua missão passa pelo trabalho que
deve ser feito para o saneamento da carteira de participações de modo que
possamos ostentar uma carteira saudável, constituída por participações em empresas
estratégicas, potencial e progressivamente capazes de gerar receitas e distribuir
dividendos para alimentar o Tesouro Público.
Acções concretas foram tomadas neste sentido, que vão desde a organização
interna e criação de estruturas capazes, até à terceirização de parte do processo
para empresas que nos vão apoiar na condução e aceleração dos casos
considerados.
2
A primazia que temos dado às relações com outras instituições nacionais e
estrangeiras tem dado os seus frutos. O mais recente, e de relevo foi a concretização
do Plano de Acção com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa que
contempla cursos de formação a serem leccionados em Moçambique por
especialistas brasileiros que, pela sua importância, vai permitir a capacitação d e
membros dos Conselhos de Administração e outros gestores, bem como a sua
certificação internacional. Previmos que esta acção venha a ter um impacto
qualitativo significativo nos Gestores Públicos e Representantes do Estado nas
Empresas.
Iniciamos uma reflexão com vista à elaboração do Plano Estratégico do IGEPE para o
período de 2010-2014. Nele, constam grandes desafios que vão exigir um maior sent ido
de oportunidade para reverter os efeitos da crise financeira mundial. Porém, estamos,
seguros de que, tal como no passado, com entusiasmo e saber dos nossos
colaboradores, conjugado com o empenho das empresas participadas, iremos atingir
os nossos objectivos.
3
CARACTERIZAÇÃO DO IGEPE
Missão
Gerir as Participações do Estado, de acordo com os princípios de boa governação e
catalisar novas iniciativas de investimento público e privado.
Visão
Ser uma Instituição de referência na dinamização e gestão do sector empresarial
participado pelo Estado, no quadro do desenvolvimento do País.
Objectivo Geral
Reforçar a capacidade de intervenção na gestão do sector empresarial do Estado,
com vista à captação de receitas resultantes de dividendos nas sociedades
participadas.
Valores
Liderança na gestão de participações do Estado e no estabelecimento da boa
governação das sociedades.
Lealdade para com o Estado e com a tutela bem como para com outros sectores e
entidades públicas ou privadas que confiam a gestão das suas participações ao
IGEPE.
Colaboração para criar sinergias internas e externas para o cumprimento cabal das
estratégias aprovadas.
4
Órgãos Sociais
Os Órgãos Sociais do IGEPE são constituídos pelo Conselho Consultivo, Conselho de
Administração e Conselho Fiscal.
Conselho de Administração
Daniel Gabriel Tembe
Presidente
Conselho Fiscal
José Chichava
Presidente
Ilídio Guibalo
Vogal
Isabel Sumar
Vogal
5
Estrutura Organizacional
6
Figura: ORGANOGRAMA DO IGEPE
ESTRUTURA ORGÂ NICA E F UNCIONAL DO IGE PE
2008-2010
Gabinete
Técnico
Secretariado
Assessoria Jurídica
7
RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2009
1. INTRODUÇÃO
Com efeito, no Plano Anual para 2009, previa-se a realização das seguintes
actividades, entre outras:
8
Elaboração e aprovação do plano de formação dos Gestores Públicos e
Representantes do Estado e dos colaboradores do IGEPE;
9
2. ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO
O PIB mundial, diminuiu 2,2% em 2009. Estima-se que deverá aumentar 2,7% em 2010 e
3,2% em 2011. No que respeita aos países em desenvolvimento, as perspectivas são de
uma recuperação robusta, com um crescimento de 5,2%, em 2010, e 5,8%, em 2011,
em comparação com 1,2%, relativo a 2009.
O PIB dos países ricos, diminuiu 3,3% em 2009 e deverá aumentar 1,8% e 2,3%, em 2010
e 2011, respectivamente. Segundo as projecções, o volume do comércio mundial,
regist ou uma quebra acentuada de 14,4%, em 2009, devendo aumentar 4,3% em 2010.
Embora este seja o cenário mais provável, continua a haver uma incerteza
considerável quanto às perspectivas. Consoante a confiança dos consumidores e das
empresas nos próximos trimestres, bem como o momento em que forem retiradas as
medidas de estímulo orçamental e monetário, em 2010 o crescimento poderá situar-se
entre um nível mínimo de 2,5% e um nível máximo de 3,4%.
1
Fonte: Relatório Global Econo mic Prospects 2010
2
Fonte: Plano Económico e Social do Governo (PES) 2010
10
em 2008 para 1,4% em 2009, como consequência da desaceleração do influxo de
turistas estrangeiros em Moçambique.
2.2.2 Inflação
3
A cidade de Maputo continua a ser tomada como referência para inflação.
11
Os principais indicadores sugerem que o sistema financeiro nacional continuou robusto
em 2009 – o rácio de crédito mal parado caiu de 2.0% em 2008, para 1.8% em 2009,
enquanto o rácio de solvabilidade cresceu de 14.0%, para 16,6%.
O sector externo não escapou aos efeitos da crise económica mundial. A queda da
demanda e dos preços de exportação no mercado internacional traduziu -se num
fraco desempenho das receitas de exportação. O valor registado nas exportações de
bens fixou-se em USD 1.852,6 milhões em 2009, representando uma queda de 30.2% em
relação a 2008, e reflectindo a forte queda das exportações dos grandes projectos
(31,7%) e de bens tradicionais (26,8%).
12
situou em 64,6%. O financiamento interno líquido traduziu-se numa diminuição da
poupança do Estado junto do sistema bancário em 762,0 milhões de MT.
2.2.6 – Corolário
13
3. BALANÇO DAS ACTIVIDADES REALIZADAS EM 2009
14
Corporativa a nível interno, através de instrumentos de regulamentação, revistas e
relatório e contas.
3.1.1 Parcerias
Empresas para
Liquidação
15%
Empresas Estratégicas
30%
Empresas com
Participações para Participação Reservada
Alienação aos GTT’s
21% 34%
16
outro, da entrada para a carteira de 4 empresas. Este universo de participações,
contempla sociedades em diferentes estágios no que respeita ao estado operacional.
Assim, segue o gráfico no qual é ilustrada a distribuição destas empresas segundo a
sua operacionalidade.
Paralisadas
27% Pleno Funcionamento
40% Pleno Funcionamento
Deficiente Funcionamento
Paralisadas
Deficiente
Funcionamento
33%
17
A LAM foi ainda, designada melhor companhia regional pela AFRAA e por
consequência foi-lhe atribuída a Presidência da organização. A nível interno, foi
designada melhor empresa nacional de responsabilidade social pela Ernst & Young.
Foi introduzido o processo de venda directa de bilhetes pela internet , um novo serviço
que veio permitir que os viajant es passem a adquirir as suas passagens com maior
facilidade e flexibilidade.
Fundação Malonda - foi eleita como figura do ano de 2009 na Província do Niassa,
resultado do trabalho realizado nesta parcela do país.
De notar que, no geral o desempenho das empresas foi bastante afectado pela crise
financeira internacional que contribuiu para o decréscimo dos resultados e
consequentemente a não distribuição de dividendos por algumas empresas.
Assim, foram concluídos 10 processos de alienação dos quais 3 aos GTT`S e os restantes
a privados em geral.
CIEDIMA, SA – 10%;
CIM – Companhia Industrial da Matola, SA – 10,12%;
18
Interfranca, SA – 20%;
Interquímica, SA (Imobiliária do Bagamoyo) – 20%;
Armazéns Ilka da Enafrio – 100% – (Património);
Salvador Caetano, SA – 16,67%;
Hotel Santa Cruz – 100% – (Património);
Sogex, SA – 20%;
TATA Agro-industrial – 40%;
Unidade de Produção (G01 e G12) da extinta Emochá – (Património).
30 28
25
20
15
15 12 11 10
10 7 7
5
-
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
19
5. DESEMPENHO ECONÓMICO-FINANCEIRO
APLICAÇÃO
Tesouro 50.00% 16,373,232.14 50.00% 35,494,476.37
IGEPE 50.00% 16,373,232.14 50.00% 35,494,476.37
20
Tabela 2-Receitas Totais -2009
un: MT
Descrição Variação %
jan-dez/09 jan-dez/08
21
Tabela 3- Receitas do ESTADO- 2009
un: MT
Variação %
Descrição jan-dez/09 jan-dez/08
Receitas de Dividendos 119.435.676,01 333.351.581,84 -64,17%
22
Gráfico 5: Receitas do Estado - 2009
Grafico 5: Receita do Estado
67,09%
Receitas de Div idendos
23
Tabela 4: Receita do IGEPE 2009
Tabela 4-Receitas do IGEPE- 2009
un: MT
24
O montante da receita foi de 122,28 milhões de meticais, inferior aos 148,30 milhões de
meticais da receita realizada em 2008. O peso significativo relativamente à receita
total vai para os dividendos com 74,57% e, outras receitas, com o peso de 20,24%
(Gráfico 6).
74,57%
Outras Receitas
1,56%
20,24%
Descrição Variação %
Orçamento Realização
25
Tabela 6-Mapa de Execução Orçamental da Receita do IGEPE-2009
un: MT
Descrição Variação %
Orçamento Realização
5.4. Despesas
Valor
Empresas
Orçamentado Realizado Grau_realiz. %
I. Operações Financeiras Activas 100.000.000,00 100.000.000,00 100,00%
Mcel 35.748.988,66 35.748.988,66 100,00%
CMG 32.964.000,00 32.964.000,00 100,00%
Sociedade Moçambicana de Medicamentos 30.287.011,34 30.287.011,34 100,00%
Empresa Moçambicana de Exploração Mineira 1.000.000,00 1.000.000,00 100,00%
26
5.4.2. Custos do IGEPE
27
Este nível de realização deve-se, por um lado ao não pagamento do Sistema
Integrado de Gestão em virtude do não lançamento ainda do concurso para a sua
aquisição no presente exercício, e por outro a não realização do montante
programado para o aumento do capital social de algumas empresas.
5.5.1 Balanço
ACTIVO CORRENTE
Devedores 214,707,161.22 239,227,435.70
Bancos e Caixa 110,709,039.89 128,358,880.41
Antecipações activas 3,496,332.40 727,021.19
328,912,533.51 368,313,337.30 -10.70%
TOTAL 827,629,898.77 852,641,220.63 -2.93%
FUNDOS PRÓPRIOS
Capital Estatutário 361,014,762.89 361,014,762.89
Reservas 204,279,176.30 204,621,789.05
Resultado Transitados 1,399,355.42 1,399,355.42
Resultado liquido do exercicio 32,746,464.28 70,988,952.73
599,439,758.89 638,024,860.09 -6.05%
PASSIVO CORRENTE
Fornecedores 335,676.40 7,497.44
Credor-Estado Impostos 1,038,359.72 1,076,202.09
Credor-DNT 167,459,828.87 143,084,498.72
Outros credores 58,675,858.93 67,438,151.30
Antecipações Passivas 680,415.96 3,010,010.99
228,190,139.88 214,616,360.54 6.32%
TOTAL 827,629,898.77 852,641,220.63 -2.93%
28
5.5.2 Demonstração de Resultado
29
6. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
31 De Dezembro de 2009
6.2.1 Balanço
Assim, o valor dos dividendos devidos ao Estado e outros montantes, não foram
transferidos na totalidade para o Tesouro, ao longo do ano de 2009 porque se
encontram em cobrança (Tabela 10).
30
6.2.2 Caixa e Bancos
O saldo inclui valores em moeda estrangeira (USD), actualizados conforme
procedimento contabilístico apropriado ao câmbio de compra do Banco de
Moçambique, à data do balanço (Tabela 10).
6.2.2 Devedores
Reflecte os valores adiantados pelo I GEPE a empresas inoperacionais para o
pagamento de salários em atraso, indemnizações e outros passivos, receita de
dividendos declarados e ainda em poder das participadas, bem como a receita do
IGEPE, em poder do Tesouro (Tabela 10).
6.2.4 Imobilizado
Os registos efectuados nas contas de imobilizado obedecem ao princípio de custo
histórico e estão enquadradas nas categorias de imobilizado, respeitando as
respectivas contas (Tabela 12).
un: MT
Transferências
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuição Reavaliações Alienações e Abates Saldo final
Imobilizações em Curso
31
Tabela 13: Amortizações e Reintegrações
un: MT
Transferências
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuição Reavaliações Alienações e Abates Saldo final
Imobilizações Corporeas 14,272,966.62 5,875,570.85 20,148,537.46
Encargos plurianuais
34
Tabela 19: Conta de Fornecimentos e Serviços de Terceiros
Fo rn e ci m e n to s e Se rvi ço s d e te rce i ro s
Água 17.698.56 30.951.91 -42.82%
Electricidade 273.340.83 256.445.93 6.59%
Combustíveis e lubrificantes 563.392.54 509.173.09 10.65%
Ferramentas e utensílios 25.604.00 -100.00%
Material de manutenção e reparação 395.778.25 336.251.54 17.70%
Material de escritório 949.133.69 570.012.55 66.51%
Livros e Documentos Técnicos 565.762.14 543.226.52 4.15%
Artigos para ofertas 2.464.00 -100.00%
Manutenção e reparação 422.568.80 150.196.15 181.34%
Transporte de carga 1.458.50 -100.00%
Transporte de passageiros 1.932.551.61 2.393.391.74 -19.25%
Comunicações 1.059.968.41 869.798.87 21.86%
Comissões e Intermediários 112.500.00
Publicidade e promoção 1.290.832.76 801.167.25 61.12%
Deslocações e estadias 1.683.588.26 525.107.28 220.62%
Despesas de representação 10.703.04 3.245.00 229.83%
Contencioso e Notariado 25.914.93 17.931.05 44.53%
Renda e Aluguer 113.977.35 676.714.83 -83.16%
Seguros 743.938.12 493.266.45 50.82%
Limpeza, Higiene e Conforto 466.300.20 274.007.97 70.18%
Vigilância e Segurança 505.130.61 388.679.40 29.96%
Trabalhos especializados 3.671.941.18 5.171.500.64 -29.00%
Seminários e Conferêencias 2.266.076.36 442.895.76 411.65%
Outros 465.365.03 157.770.13 194.96%
7. NOVAS PARTICIPAÇÕES
35
(Vinte e Cinco Milhões de Meticais) dos quais 30% são participados pelo IGEPE e
o restante pela Mcel, SA;
Os desafios adiante são grandes e vão exigir um maior sentido de oportunidade para
reverter os efeitos nefastos da presente crise mundial. Estamos, contudo, seguros de
que, tal como no ano que finda, com o entusiasmo e o saber dos colaboradores do
IGEPE, aliados ao empenho das direcções e colaboradores das empresas
participadas, poderemos atingir os nossos objectivos.
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