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Perdão
Adimplemento.
Noções gerais
Característica:
- Acessão pode ser total ou parcial – cessão total pode ser de todo o objeto da
obrigação ou parcial, posso ceder uma parte do crédito e não ceder o crédito todo.
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- O devedor não precisa concordar, exceto se ele comprovar que aquela cessão
vai provocar um prejuízo moral, a paz social, moralmente correto, ou causando um
prejuízo financeiro (aquele cidadão com aquele credito agora vai ser uma figura que vai
prejudicar a outra parte, ou algo mais sério). Ex.: ele tem uma inimizade na cidade, e o
credor cede a dívida para essa pessoa, que pode usar isso para o denegrir, ou o expor a
um prejuízo moral ao devedor, humilhar. Não sendo assim, o devedor não pode se opor.
O que tem que ser feito é que o mesmo deve ser informado, e se ele pagar ao antigo
credor sem saber que havia sido mudado, a quitação será válida e o credor que recebeu
que pagará ao cessionário.
- O Cessionário não pode exigir além do que se deve, nem juros, ou valores a
mais.
Impedimentos para cessão de credito: questões alienadas, o crédito não ser licito,
Importante:
Pro soluto – cedente se desobrigaa do credito, senão for pago ele não tem nada mais
haver
Pro solvendo – cedente continua obrigado, se amanha o devedor não pagar o cedente
terá que pagar.
1. Assunção de Débito (299 – 303/ CC) - Instituto que alguém assume a dívida do
outro, de pagar. Pode ser Legal ou volitiva (pura). A volitiva tem: devedor
primitivo ou originário, o credor, devedor assuntor - que assume a condição de
devedor..
Caracteristicas:
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- O credor tem que concordar com a transmissão de debito, porque aqui ele corre
risco de não ser pago com o novo devedor. O débito está ligado a garantia maior que é o
patrimônio. Logo, ao mudar de devedor deve-se analisar essa questão de garantias sobre
o pagamento da dívida.
Quando a transferência é feita para liquidar uma dívida ela constitui uma dação em
pagamento (datio in solutum).
A alienação onerosa se assemelha a uma venda, mas a primeira tem por objeto um bem
incorpóreo (crédito) e segunda destinam-se a alienação de bens corpóreos; na primeira
estão presentes os três sujeitos sitados anteriormente, na segunda, a penas o vendedor e
o comprador.
A cessão de crédito também se distingue da novação subjetiva ativa, pois nesta está
presente o animus novandi, a existência de uma nova obrigação que substitui anterior
bem como seu antigo sujeito ativo. Já na primeira, apenas se altera o sujeito ativo,
subsistindo a obrigação original.
A cessão de crédito também não se confunde com a sub-rogação legal, que são
situações determinadas por lei, não proveniente de consenso bilateral; em que os
direitos e ações do credor se estendem apenas ao limite de seu desembolso, não em
função de lucro; o sub-rogante não assume a responsabilidade pela existência do crédito
cedido; não é preciso notificar a um terceiro para que proza efeitos, pois estes são
automáticos.
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não
poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da
obrigação.
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Há situações em que créditos não podem ser cedidos em função de sua natureza por
serem personalíssimos (determinado cantor) ou por se tratarem de direito de família
(pensão alimentícia, direito ao nome, etc.)
Em razão da lei não pode haver cessão de preempção ou preferência (CC, art. 520), do
benefício da justiça gratuita (lei n. 1.060/50, art. 10), da indenização derivada de
acidente no trabalho, do direito à herança de pessoa viva (CC, art. 426), de créditos já
penhorados (CC, art. 298), do direito de revogar doação por ingratidão do donatário
(CC, art. 560) etc. Admite-se, porém, a cessão do direito do autor de obras intelectuais
(lei n. 9.610/98, art. 49) e do exercício do usufruto (CC, art. 1.393).
Ainda por convenção as partes podem declarar que não admitem a cessão de crédito em
determinada relação obrigacional.
Alguns requisitos para que a cessão ocorra validamente é que o cedente seja pessoa
capaz, legitimada e titular do crédito; bem como o cessionário precisa ser pessoa no
gozo de sua capacidade plena.
O tutor e o curador não têm legitimidade e, portanto, não é permitido que alienem
determinado crédito. É preciso entender que ele representa o menor e o incapaz, mas
não toma para si suas a titularidade de seus créditos. O mesmo acontece com o
testamenteiro e o administrador.
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta
pública:
Art. 498. A proibição contida no inciso III do artigo antecedente, não compreende
os casos de compra e venda ou cessão entre co-herdeiros, ou em pagamento de dívida,
ou para garantia de bens já pertencentes a pessoas designadas no referido inciso.
Os pais precisam de autorização de um juiz, pois esse ato ultrapassa os limites da mera
administração. Se o crédito envolver direito real de garantia, necessita do consentimento
do outro cônjuge. O falido e o inventariante precisam de autorização judicial.
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a
mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de
má-fé.
Pode ser total ou parcial. Se houver mais de um cessionário, será dividido o crédito.
Quando parcial, não há regulamentação sobre preferência de cumprimento quanto ao
credor primitivo ou o cessionário.
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte.
Art. 636. O depositário, que por força maior houver perdido a coisa depositada e
recebido outra em seu lugar, é obrigado a entregar a segunda ao depositante, e ceder-
lhe as ações que no caso tiver contra o terceiro responsável pela restituição da
primeira.
Art. 786. Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo,
nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.
A cessão de crédito pode ser ainda pro soluto, quando garante a existência do crédito,
mas não se responsabiliza sobre sua concretização; e pro solvendo, quando tem
responsabilidade não só com a existência do crédito, mas também com seu
cumprimento.
Formas
A cessão convencional não exige forma especial para valer entre as partes, salvo se tiver
por objeto direitos em que a escritura pública seja da substância do ato. Em relação ao
devedor, só é preciso que lhe seja comunicado. Para valer contra contra terceiros, diz o
CC:
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante
instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
A cessão legal e judicial não estão sujeitas às formas citadas, mas são feitas por um
endosso, que é a declaração escrita no dorso de um título de crédito ou papel comercial
que transmite a outrem a sua propriedade.
Notificação do devedor
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a
este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou
particular, se declarou ciente da cessão feita.
A notificação pode ser feita pelo cessionário ou pelo cedente e pode ser judicial ou
extrajudicial. Em caso de obrigação solidária, a notificação deve ser feita a todos os
codevedores ou ao seu representante legal se a situação anterior não for possível.
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga
ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao
cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o
crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação.
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem
como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o
cedente.
O devedor deve opor suas exceções no momento de sua notificação, sob pena de não
poder fazê-lo posteriormente. Se ele não for informado, elas podem ser feitas contra ao
cessionário a qualquer momento.
A exceptio non adimpleti contractus é a mais comum, que consiste em acusar o não
cumprimento do contrato.
Responsabilidade do cedente
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em
que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se
tiver procedido de má-fé.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência
do devedor.
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo
credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo
notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de
terceiro.
Quando a transferência do crédito se opera por força da lei, o credor originário não
responde pela realidade da dívida, nem pela solvência do devedor.
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Aula 1 - 06/04/18
Adimplemento e Extinções das Obrigações
Introdução
Já que toda obrigação nasce para ser extinta, e é o pagamento que satisfaz tal
dívida, a regra é que o seu cumprimento guarde conformidade com o que o devedor
obrigou-se a prestar, sendo, portanto, considerado pela doutrina enquanto objeto do
pagamento o que acordaram, anteriormente, as partes. Quando se estuda o contrato é
comum apontar como sendo a principal forma de sua extinção o cumprimento (extinção
normal), que se dá justamente pelo pagamento. Quanto ao pagamento direto, é
importante a abordagem dos seus elementos subjetivos (pessoas envolvidas), do seu
conteúdo (objeto), da sua prova, do seu lugar e do seu tempo.
Além do pagamento direto, há ainda algumas regras especiais de pagamento e
formas de pagamento indireto. Como será exposto, a obrigação também poderá ser
extinta sem que haja o pagamento propriamente dito.
De acordo com o que consta do Código Civil em vigor e reunindo o que de
melhor existe na doutrina, pode-se dizer que são elementos subjetivos ou pessoais do
pagamento o solvens (quem deve pagar) e o accipiens (a quem se deve pagar). Deve-se
ter muito cuidado para não denominar as partes como o devedor e o credor, uma vez
que a lei civil não utiliza tais expressões. Como se sabe, outras pessoas, que não o
devedor, podem pagar; ao mesmo tempo em que outras pessoas, que não o credor,
podem receber
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1. Pagamento vs adimplemento
Pagamento Adimplemento
a) Negócio Jurídico
a) objeto lícito, possível e economicamente avaliável – mesmo com valor ideal, tem que
ter valor real também.
b) agente capaz e legítimo (agente capaz = todo o ser humano e legítimo = titularidade
do direito que está a negociar, com uma procuração também pode).
Em regra, o devedor. Mesmo que o credor não queira receber, o devedor pode
pagar em juízo.
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1. Originário
2. Superveniente (cujo surgimento
Devedor
aparece depois, posterior)
2.2. Categorias -
305 do CC). Se pagar a dívida antes de vencida, somente terá direito ao reembolso
ocorrendo o seu vencimento (art. 305, parágrafo único, do CC).
a) originário
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar,
se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu (Se o credor é
incapaz de quitar, o pagamento é inválido
Se pagou a pessoa errada, terá que pagar a pessoa legítima. Salvo se provar que
a culpa foi do credor.
Quanto à antiga regra, quem paga mal paga duas vezes, ela está implícita no art.
310 do Código em vigor. Por tal comando legal, não vale o pagamento cientemente
feito ao credor incapaz de dar quitação, se o devedor não provar a reversão do valor
pago em seu benefício. Essa incapacidade deve ser tida em sentido genérico,
significando falta de autorização, ou mesmo incapacidade absoluta ou relativa daquele
que recebeu (arts. 3.º e 4.º do CC). Em casos tais, o pagamento deverá ocorrer
novamente. Mas isso não obsta que aquele que pagou ingresse com ação de repetição de
indébito (actio in rem verso) contra aquele que recebeu, aplicação direta das regras
relacionadas com o pagamento indevido e com a vedação do enriquecimento sem causa.
No entanto, vale lembrar a parte final do dispositivo (art. 310 do CC), pelo qual se ficar
provado que o pagamento foi revertido a favor do credor, haverá exoneração daquele
que pagou. O dispositivo valoriza, mais uma vez, a busca da verdade real (teoria da
aparência), em sintonia com a vedação do enriquecimento sem causa, com a eticidade e
a socialidade.
3.4.Presunção de Legitimidade
c) credor putativo – aparenta ser o credor. Aquele que aparentemente tem poderes para
receber. Ex.: quem porta a promissória.
Objeto é aquele que foi ajustado, mesmo que valha mais o credor NÃO é
obrigado a aceitar. Pela interpretação do art. 313 do CC/2002, pode-se afirmar que o
objeto do pagamento é a prestação, podendo o credor se negar a receber o que não foi
pactuado, mesmo sendo a coisa mais valiosa. Essa regra reforça a individualização da
prestação na obrigação de dar coisa certa
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
a) progressivo – não precisa ser fixa (necessariamente), pode ser revista (judicial ou
negocialmente)
b) Atualizatório.
Enuncia o art. 318 do Código Civil que são nulas as convenções de pagamento
em ouro (cláusula-ouro) ou em moeda estrangeira (obrigação valutária), bem como para
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos
previstos na legislação especial. No Brasil é proibido, exceto para alguns casos
permitidos pelo Banco Central.
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- Local da quitação;
5. Lugar do Pagamento
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre ele
5.2.Pluralidade de Lugares
CREDOR
Designados dois ou mais lugares, caberá ao credor escolher entre eles (art. 327,
parágrafo único, do CC). Por uma questão prática que lhe é mais favorável, é muito
comum o credor escolher o próprio domicílio para o pagamento. Percebe-se que se trata
de uma das poucas vezes em que a escolha cabe ao credor, e não ao devedor, na teoria
geral das obrigações.
5.4. Pagamento Contínuo em lugar diverso do ajustado (ou força maior ou caso
fortuito).
Inicialmente, prevê o seu art. 329 que, “ocorrendo motivo grave para que se não
efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem
prejuízo para o credor”. A regra tem grande aplicação prática, mantendo relação direta
com o princípio da função social dos contratos, pois mitiga a força obrigatória da
convenção, o pacta sunt servanda (eficácia interna da função social). Nesse sentido há a
consagração do princípio da socialidade. Mas tal comando legal também está
sintonizado com o princípio da operabilidade, no sentido de efetividade, pois traz uma
cláusula geral, a expressão “motivo grave”.
Tal conceito, aberto por sinal, deve ser preenchido pelo juiz, caso a caso. Podem
ser citadas como razões para aplicação do dispositivo situações como: greve no
transporte público, calamidade pública, enchente, ataque terrorista ou de grupos
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Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar
determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
6.Tempo do Pagamento
6.2. Sem data Imediato. Se não estabeleceu o termo de vencimento, a dívida já pode
ser exigida desde então
Art. 331, salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época
para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Em suma, em regra, a
obrigação deve ser reputada instantânea
A regra é que as dívidas só podem ser cobradas até o vencimento, exceção = art.
333. Desde que a outra parte, de alguma forma, concorde. Consagra-se no art. 333 um
rol de situações em que haverá o vencimento antecipado da dívida, antes de vencido o
prazo estipulado pela lei ou pela vontade das partes, a saber:
Obs. obrigações condicionais são aquelas cujos efeitos estão subordinados a um evento
futuro e incerto. Estas são cumpridas na data do implemento ou ocorrência da condição,
cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor (art. 332 do CC). As
obrigações condicionais, portanto, não se confundem com as obrigações de execução
diferida ou de execução continuada, pois estas não estão relacionadas com condição
(evento futuro e incerto), mas com termo (evento futuro e certo).
Aula 2 - 13/04/18
1.Dação em pagamento
É a entrega de uma coisa ou um bem para pagar uma dívida. É um negócio jurídico
(ato jurídico humano, volitivo, cujo os efeitos as partes podem prever, autoregrar), é
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bilateral pois determina que se tenha dois sujeitos, é comutativa porque exige uma
quitação e a contraprestação e é oneroso (porque há a questão financeira), seu objeto
mediato é a extinção da obrigação do pagamento), e o objeto imediato é a coisa, essa
coisa tem que ter valor pecuniário, ainda que seja um valor ideal (não precisa ser valor
real).
Obs. Quando no lugar de uma coisa para fazer um pagamento é dado um cheque, títulos
etc - deixa de ser uma dação em pagamento para ser uma Cessão de Crédito.
2. Compensação
Instituto através do qual, o devedor tem um crédito com o credor, e o credor tem
um crédito com o devedor, eles são devedores e credores um do outro ao mesmo tempo.
O devedor quita seu débito parcial ou totalmente. Ex. Maria deve 500.00 à Joana, e
Joana deve 100,00 à Maria. Logo, Maria paga 400,00 à Joana e já quita e paga seu
débito, ao mesmo tempo.
Requisitos: dívida ter que ser líquida (já tem que ter definição do valor), tem
que ser uma dívida vencida, coisas fungíveis (só as coisas fungíveis podem ser
compensadas), tem que ser lícita.
Obs. Ao fazer o negócio eu posso estabelecer que esse negócio não estará susceptível à
compensação.
3. Confusão
Quando mistura débito com crédito. Quando o credor passa a ser devedor de si
próprio, ou o devedor passa a ser credor de si próprio. Devedor e credor passam a
configurar um único sujeito, um único polo e a dívida se extingue. Ela é automática, não
precisa recorrer ao judiciário Ex. Ana casar com Pedro, ela devia a ele e casa com
comunhão de bens. Logo a dívida é extinta automaticamente.
Para haver a confusão não precisa haver dívida líquida, ocorre a partir do fato, a
dívida poderá ser restaurada se provar que não apresentou todos os requisitos que a lei
estabelece, ou se prejudicar a terceiros
4. Novação
É uma nova dívida que faz extinguir a anterior. Não é uma renegociação da dívida
anterior, mas sim uma nova dívida que faz desaparecer a dívida antiga. Ela não
transforma o crédito.
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Requisito - animus novandi (deve estar claro a vontade de haver uma nova
dívida). Não pode ser presumida, tem que haver uma objetividade que prove que
pode haver a instauração de uma nova dívida.
Obs.: Para alguns autores existem duas modalidades para o que chamam de Novação
Regularem vez de substituir uma dívida pela outra, substitui o devedor (novação
passiva) ou o credor (novação ativa)
5. Remissão de dívida
Aula 3 - 20/04/18
Inadimplemento
Introdução
Positivo ou Negativo
*Tipo Negativo, o mero agir contrário à prestação negativa (obrigação era de “não
fazer” e a pessoa faz) implica em inadimplemento.
3. Impossibilidade do Adimplemento
b)Subjetiva
4. Mora
Para que exista a mora, a sua causa não poderá decorrer de caso fortuito ou força
maior. Sílvio de Salvo Venosa conceitua a mora como sendo “o retardamento
culposo no cumprimento da obrigação, quando se trata de mora do devedor. Na
‘mora solvendi’, a culpa é essencial. A mora do credor, ‘accipiendi’, é simples
fato ou ato e independe de culpa” (Direito civil..., 2003, p. 238). O conceito de
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mora pode ser também retirado da leitura do art. 394 do CC/2002, cujo teor é:
“considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que
não o quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer”.
5. Constituição em Mora
a) Obrigação Absoluta – a partir do fato é a mora que decorre da lei. Esta resulta do
próprio fato da inexecução da obrigação, independendo, de provocação do credor. Ou
seja, o simples fato do devedor não efetuar o pagamento ou não entregar o bem já
configura a mora
c) Obrigação sem prazo – interpelação Ocorre quando o credor deva tomar certas
providências necessárias para constituir o devedor em mora. Então a mora apenas se
aperfeiçoa por provocação do credor, mediante interpelação judicial ou extrajudicial
(art. 397, parágrafo único, do CC).
terceiros, mas não será oponível quando esses invocarem um direito absolutamente
distinto do contrato em questão. Na exceção de inexecução de obrigação a resposta
deve ser proporcional e razoável
7. Mora do devedor
Conforme o art. 399 do Código Civil de 2002, o devedor em mora responde pela
impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de
força maior, se estes ocorrerem durante a mora. Entretanto, tal responsabilidade é
afastada se o devedor provar isenção total de culpa, ou que o dano sobreviria ainda
quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. Esse dispositivo merece
comentários importantes. Inicialmente, trata-se de uma exceção à regra do art. 393 do
CC, pelo qual a parte não responde pelo caso fortuito (evento totalmente imprevisível)
ou pela força maior (evento previsível, mas inevitável). Entretanto, se o devedor provar
que a perda da coisa objeto da obrigação ocorreria mesmo não havendo o atraso, tal
responsabilidade deverá ser afastada. Vejamos um exemplo clássico a ilustrar a regra
exposta. Imagine-se um caso em que um devedor está em atraso quanto à obrigação de
entregar um cavalo. Ocorre uma enchente em sua fazenda e o cavalo se perde. Em regra,
responderá tal devedor por perdas e danos, o que inclui o valor do animal. Mas se ele
provar que a enchente também atingiu a fazenda do credor, onde supostamente estaria o
animal se não houvesse atraso, tal responsabilidade deverá ser afastada.
9. Mora do credor
b) Requisitos
b.1. o devedor deve poder prestar
b.2. atos do devedor para prestar (oblação – oferta feita) – oferecimento
da prestação por parte do devedor
b.3. atos do credor que impedem a prestação - recusa injustificada do
credor para receber a prestação
12. Juros
Para Pontes de Miranda, dois elementos conceptuais dos juros são o valor da
prestação, feita ou a ser recebida, e o tempo em que permanece a divida. Daí o
calculo percentual ou outro calculo adequado sobre o valor da divida, para certo
trato de tempo.
Observa-se que o juro é acessório, ou seja, depende de uma obrigação principal
para que possa existir. É considerado o fruto civil do crédito; no plano econômico,
renda do capital
c) Espécies :
c.1. Moratórios - – Os juros moratórios, como o próprio nome diz, são aqueles
devidos pela morado devedor no adimplemento da obrigação. Possuem finalidade
punitiva e compensatória pelo retardamento do cumprimento da prestação e são
devidos independentemente da prova de prejuízo do credor. (art. 407 do Código
Civil). O termo inicial ou ponto de partida (dies a quo) no seu cômputo varia
conforme a natureza ou liquidez da divida. Em caso de obrigação sem termo de
vencimento que requer a notificação, interpelação, protesto ou citação do devedor,
como também em casos de obrigação ilíquida, e que corre a liquidação da sentença
judicial, e quando se tratar de ato ilícito praticado quando a obrigação for contratual,
contam-se os juros de mora desde a citação inicial, conforme o art. 405 do Código
Civil.
c.2. Atualizados
convencionados, mas a lei prevê alguns casos em que são devidos juros
compensatórios, independentemente de ajuste prévio
Aula 4 - 27/04/18
1. Generalidades
São atos humanos unilaterais que geram efeitos obrigacionais, ou seja, são fontes
de obrigações resultantes da vontade de uma só pessoa, independente da certeza do
credor. Nota-se que os atos unilaterais só podem ser criados pela lei. A Promessa de
recompensa, a Gestão de negócios, o Pagamento indevido e o Enriquecimento sem
causa, são os exemplos mais usados quando se fala em atos jur. Unilaterais,
disciplinados pelo Código Civil.
3. Características comuns:
Vontade
Unilateralidade de manifestação
Eficácia e uma correspectividade que ocorre num segundo momento, apesar do
ato ser unilateral.
4. Tipos
Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou
satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá exigir a
recompensa estipulada
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Gestão de negócios alheios (ato jurídico stricto sensu) - consiste na intervenção, não
autorizada, de uma pessoa na direção dos negócios de outra, feita segundo o interesse, a
vontade presumível e por conta desta última. Ocorre geralmente em situação de
emergência ou de ausência do titular do interesse e sem o seu consentimento, pois caso
contrário poderia caracterizar-se o mandato tácito. Não tem natureza contratual e não há
remuneração para o gestor, sendo que este deve agir de acordo com a vontade
presumível do dono, e comunicar-lhe o fato logo que possível.
Art. 876/ CC - Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a
restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de
cumprida a condição.
Art. 880. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o
como parte de dívida verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou
abriu mão das garantias que asseguravam seu direito; mas aquele que pagou dispõe de
ação regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será
obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores
monetários.
Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que
justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.