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e referente a sua parte da herança, respondem com o que herdaram e (spoiler


– ciclo de herança).

8.5. Extinção da Dívida

a) Sem culpa dos devedores – a obrigação se resolve


b) Com culpa dos devedores - a obrigação solidária permanece para todos, mas
o que gerou e teve a culpa vai responder por perdas e danos.

8.6. Exceções Pessoais – não se aproveitam aos co-devedores. Exemplo Ana


e Larissa devem a Rodrigo, mas Rodrigo se apaixona por Larissa e casa com
ela com comunhão de bens. Ao casar, Larissa deixa de ser devedora de
Rodrigo, vira cônjuge e agora também em direito a parte do débito, Ana não
aproveita de exceções pessoais de Larissa, e permanece sendo devedora.

8.7. Extinção da Solidariedade Passiva :

Perdão

Adimplemento.

Relações nas Obrigações


Da Transmissão das Obrigações

Noções gerais

A relação entre credor e devedor existe, ou porque as partes querem, ou porque o


Estado determina que assim será.
Antes de mais nada é preciso entender que a transmissão da obrigação não a
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muda substancialmente, pois o conteúdo patrimonial é seu elemento essencial, mas


as pessoas do credo e do devedor, embora sejam indispensáveis para a relação, não
influenciam em sua identidade própria.
Concorda-se hoje que a transferência pode dar-se, ativa ou passivamente
mediante sucessão hereditária ou título particular, por atos inter vivos.
Seguindo os ensinamentos de Karl Larenz, a transmissibilidade é uma
característica própria do direito patrimonial e como as relações obrigacionais se
encaixam nessa categoria, não poderia ser diferente. Portanto, é possível alterar a
composição de seu elemento subjetivo, pessoal.
O ato determinante dessa transmissibilidade das obrigações denomina-se cessão
que vem a ser a transferência negocial, a um título gratuito ou oneroso, de um direito, de
um dever, de uma ação ou de um complexo de direitos, deveres e bens, de modo que o
adquirente, denominado cessionário, exerça posição jurídica idêntica à do antecessor,
que figura como cedente.
Quanto mais tempo tiver entre obrigação e cumprimento (para obrigação se
cumprir), mais chances de uma série de coisas ocorrerem e impossibilitem tal
cumprimento, ou o devedor não querer ou pode pagar, situações que vão contra a
vontade do devedor e que impossibilitam o cumprimento como estabelecido com o
credor. Por causa disso o direito entra para garantir que a relação credor x devedor
ocorra

Cessão de crédito (286 – 298/ CC)

A cessão de crédito é um negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere


a outrem seus direitos na relação obrigacional. Ela pode configurar uma alienação
onerosa ou gratuita, sendo a primeira mais comum.
Cedente é aquele que está dispondo de sua posição na relação obrigacional.
Cessionário é a quem estão sendo transmitidos direitos. Cedido é a outra pessoa da
obrigação, o devedor, que não precisa concordar com a cessão, mas cujo efeitos destas
só valerão para ele depois que lhes for comunicado sobre tal.

A cessão é um instituto consensual, pois não depende da existência de documento, mas


se torna perfeita com a simples concordância entre as partes.

Característica:

- Ela é negócio jurídico (defino previamente os efeitos desse ato),

- Matem-se as características originarias,

- Modifico o sujeito ativo,

- Acessão pode ser total ou parcial – cessão total pode ser de todo o objeto da
obrigação ou parcial, posso ceder uma parte do crédito e não ceder o crédito todo.
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- O devedor não precisa concordar, exceto se ele comprovar que aquela cessão
vai provocar um prejuízo moral, a paz social, moralmente correto, ou causando um
prejuízo financeiro (aquele cidadão com aquele credito agora vai ser uma figura que vai
prejudicar a outra parte, ou algo mais sério). Ex.: ele tem uma inimizade na cidade, e o
credor cede a dívida para essa pessoa, que pode usar isso para o denegrir, ou o expor a
um prejuízo moral ao devedor, humilhar. Não sendo assim, o devedor não pode se opor.
O que tem que ser feito é que o mesmo deve ser informado, e se ele pagar ao antigo
credor sem saber que havia sido mudado, a quitação será válida e o credor que recebeu
que pagará ao cessionário.

- Cedendo o principal se pressupõe que se está cedendo o acessório.

- O Cessionário não pode exigir além do que se deve, nem juros, ou valores a
mais.

- A principal obrigação do cedido é PAGAR!

Impedimentos para cessão de credito: questões alienadas, o crédito não ser licito,

Importante:

Pro soluto – cedente se desobrigaa do credito, senão for pago ele não tem nada mais
haver

Pro solvendo – cedente continua obrigado, se amanha o devedor não pagar o cedente
terá que pagar.

1. Assunção de Débito (299 – 303/ CC) - Instituto que alguém assume a dívida do
outro, de pagar. Pode ser Legal ou volitiva (pura). A volitiva tem: devedor
primitivo ou originário, o credor, devedor assuntor - que assume a condição de
devedor..

Efeitos da Assunção de Débito:

Primeiro efeito - a mudança do polo ativo do devedor

Segundo efeito - Não transmissão de situações pessoais do devedor

Caracteristicas:
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- Modifico o sujeito passivo

- O credor tem que concordar com a transmissão de debito, porque aqui ele corre
risco de não ser pago com o novo devedor. O débito está ligado a garantia maior que é o
patrimônio. Logo, ao mudar de devedor deve-se analisar essa questão de garantias sobre
o pagamento da dívida.

Texto a parte da aula do professor sobre cessão de crédito. A título de


conhecimento:

Cessão de crédito e institutos afins

Quando a transferência é feita para liquidar uma dívida ela constitui uma dação em
pagamento (datio in solutum).

A alienação onerosa se assemelha a uma venda, mas a primeira tem por objeto um bem
incorpóreo (crédito) e segunda destinam-se a alienação de bens corpóreos; na primeira
estão presentes os três sujeitos sitados anteriormente, na segunda, a penas o vendedor e
o comprador.

A cessão de crédito também se distingue da novação subjetiva ativa, pois nesta está
presente o animus novandi, a existência de uma nova obrigação que substitui anterior
bem como seu antigo sujeito ativo. Já na primeira, apenas se altera o sujeito ativo,
subsistindo a obrigação original.

A cessão de crédito também não se confunde com a sub-rogação legal, que são
situações determinadas por lei, não proveniente de consenso bilateral; em que os
direitos e ações do credor se estendem apenas ao limite de seu desembolso, não em
função de lucro; o sub-rogante não assume a responsabilidade pela existência do crédito
cedido; não é preciso notificar a um terceiro para que proza efeitos, pois estes são
automáticos.

Não confunde a cessão de crédito com a de contrato, pois naquele há a transferência de


direitos; enquanto na segunda, transfere-se os direitos, mas também os deveres, as
atribuições contratuais por completo.

Requisitos da cessão de crédito: objeto, capacidade e legitimação

Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não
poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da
obrigação.
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Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os


seus acessórios.

Ela pode ser total ou parcial.

Há situações em que créditos não podem ser cedidos em função de sua natureza por
serem personalíssimos (determinado cantor) ou por se tratarem de direito de família
(pensão alimentícia, direito ao nome, etc.)

Em razão da lei não pode haver cessão de preempção ou preferência (CC, art. 520), do
benefício da justiça gratuita (lei n. 1.060/50, art. 10), da indenização derivada de
acidente no trabalho, do direito à herança de pessoa viva (CC, art. 426), de créditos já
penhorados (CC, art. 298), do direito de revogar doação por ingratidão do donatário
(CC, art. 560) etc. Admite-se, porém, a cessão do direito do autor de obras intelectuais
(lei n. 9.610/98, art. 49) e do exercício do usufruto (CC, art. 1.393).

Ainda por convenção as partes podem declarar que não admitem a cessão de crédito em
determinada relação obrigacional.

Alguns requisitos para que a cessão ocorra validamente é que o cedente seja pessoa
capaz, legitimada e titular do crédito; bem como o cessionário precisa ser pessoa no
gozo de sua capacidade plena.

O tutor e o curador não têm legitimidade e, portanto, não é permitido que alienem
determinado crédito. É preciso entender que ele representa o menor e o incapaz, mas
não toma para si suas a titularidade de seus créditos. O mesmo acontece com o
testamenteiro e o administrador.

Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta
pública:

I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à


sua guarda ou administração;

II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a


que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;

III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros


serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em
tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua
autoridade;

IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam


encarregados.

Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.


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Art. 498. A proibição contida no inciso III do artigo antecedente, não compreende
os casos de compra e venda ou cessão entre co-herdeiros, ou em pagamento de dívida,
ou para garantia de bens já pertencentes a pessoas designadas no referido inciso.

Os pais precisam de autorização de um juiz, pois esse ato ultrapassa os limites da mera
administração. Se o crédito envolver direito real de garantia, necessita do consentimento
do outro cônjuge. O falido e o inventariante precisam de autorização judicial.

Espécies de cessão de crédito

Na cessão a título oneroso o cedente garante a existência e a titularidade do crédito no


momento da transferência, a título gratuito, só é responsável se houver procedido de
má-fé.

Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a
mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de
má-fé.

Pode ser total ou parcial. Se houver mais de um cessionário, será dividido o crédito.
Quando parcial, não há regulamentação sobre preferência de cumprimento quanto ao
credor primitivo ou o cessionário.

Pode ser legal ou judicial.

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:

I - do credor que paga a dívida do devedor comum;

II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem


como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre
imóvel;

III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte.

Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os


seus acessórios.

Art. 636. O depositário, que por força maior houver perdido a coisa depositada e
recebido outra em seu lugar, é obrigado a entregar a segunda ao depositante, e ceder-
lhe as ações que no caso tiver contra o terceiro responsável pela restituição da
primeira.

Art. 786. Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo,
nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.

A cessão judicial é constituída pela adjudicação, que é dar posse ou propriedade; e na


prolação de sentença que verse sobre a matéria aqui tratada.
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A cessão de crédito pode ser ainda pro soluto, quando garante a existência do crédito,
mas não se responsabiliza sobre sua concretização; e pro solvendo, quando tem
responsabilidade não só com a existência do crédito, mas também com seu
cumprimento.

Formas

A cessão convencional não exige forma especial para valer entre as partes, salvo se tiver
por objeto direitos em que a escritura pública seja da substância do ato. Em relação ao
devedor, só é preciso que lhe seja comunicado. Para valer contra contra terceiros, diz o
CC:

Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não


celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das
solenidades do § 1o do art. 654.

Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante
instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.

§ 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado,


a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a
designação e a extensão dos poderes conferidos.

A cessão legal e judicial não estão sujeitas às formas citadas, mas são feitas por um
endosso, que é a declaração escrita no dorso de um título de crédito ou papel comercial
que transmite a outrem a sua propriedade.

Notificação do devedor

Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a
este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou
particular, se declarou ciente da cessão feita.

A notificação pode ser feita pelo cessionário ou pelo cedente e pode ser judicial ou
extrajudicial. Em caso de obrigação solidária, a notificação deve ser feita a todos os
codevedores ou ao seu representante legal se a situação anterior não for possível.

Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga
ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao
cessionário que lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o
crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação.

Ela pode ser expressa, quando cedente ou cessionário comunicam ao devedor; ou


presumida, quando este declara que tem ciência de sua existência por escrito público ou
privado.
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Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem
como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o
cedente.

O devedor deve opor suas exceções no momento de sua notificação, sob pena de não
poder fazê-lo posteriormente. Se ele não for informado, elas podem ser feitas contra ao
cessionário a qualquer momento.

A exceptio non adimpleti contractus é a mais comum, que consiste em acusar o não
cumprimento do contrato.

Responsabilidade do cedente

Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em
que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se
tiver procedido de má-fé.

Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência
do devedor.

Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não


responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de
ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança.

Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo
credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo
notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de
terceiro.

A convencionada responsabilidade pela solvência do devedor tem mais natureza


indenizatória do que satisfatória. Na realidade, a responsabilidade imposta ao cedente
pelo retrotranscrito art.205 diz respeito somente à existência do crédito ao tempo da
cessão (nomem verum).

Quando a transferência do crédito se opera por força da lei, o credor originário não
responde pela realidade da dívida, nem pela solvência do devedor.
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Direito das Obrigações – AB2

Aula 1 - 06/04/18
Adimplemento e Extinções das Obrigações

Introdução

A principal e corriqueira forma de extinção das obrigações ocorre pelo


pagamento direto, expressão sinônima de solução, cumprimento, adimplemento,
implemento ou satisfação obrigacional. Por meio desse instituto, tem-se a liberação total
do devedor em relação ao vínculo obrigacional.

Carlos Roberto Gonçalves (2012): “No tocante às condições objetivas do pagamento,


pode-se dizer que este não poderá existir se não houver uma dívida”.

Já que toda obrigação nasce para ser extinta, e é o pagamento que satisfaz tal
dívida, a regra é que o seu cumprimento guarde conformidade com o que o devedor
obrigou-se a prestar, sendo, portanto, considerado pela doutrina enquanto objeto do
pagamento o que acordaram, anteriormente, as partes. Quando se estuda o contrato é
comum apontar como sendo a principal forma de sua extinção o cumprimento (extinção
normal), que se dá justamente pelo pagamento. Quanto ao pagamento direto, é
importante a abordagem dos seus elementos subjetivos (pessoas envolvidas), do seu
conteúdo (objeto), da sua prova, do seu lugar e do seu tempo.
Além do pagamento direto, há ainda algumas regras especiais de pagamento e
formas de pagamento indireto. Como será exposto, a obrigação também poderá ser
extinta sem que haja o pagamento propriamente dito.
De acordo com o que consta do Código Civil em vigor e reunindo o que de
melhor existe na doutrina, pode-se dizer que são elementos subjetivos ou pessoais do
pagamento o solvens (quem deve pagar) e o accipiens (a quem se deve pagar). Deve-se
ter muito cuidado para não denominar as partes como o devedor e o credor, uma vez
que a lei civil não utiliza tais expressões. Como se sabe, outras pessoas, que não o
devedor, podem pagar; ao mesmo tempo em que outras pessoas, que não o credor,
podem receber
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1. Pagamento vs adimplemento

Pagamento Adimplemento

Espécie Gênero – possibilita o cumprimento da


obrigação de várias formas

1.1. “Soluto” – solução da obrigação.


Regular – sem ser provocado
1.2. Conceito – adimplir em dinheiro é a finalidade da o fazer (faz sem alguém
obrigação. obrigar, cumpre o contrato)

1.3. Espécies: Irregular – o credor vai à


justiça ou outro órgão (Procon
a) Dar
– administrativo) para que
b) Fazer ocorra o adimplemento
(pagamento).
c) Não fazer

obs.: O devedor se exonera da obrigação: entregando (obrigação de dar), praticando


(obrigação de fazer) ou abstendo-se (obrigação de não fazer).

1.4. Natureza Jurídica

a) Negócio Jurídico

b) Ato jurídico Unilateral.

1.5. Requisitos de Validade

a) objeto lícito, possível e economicamente avaliável – mesmo com valor ideal, tem que
ter valor real também.

b) agente capaz e legítimo (agente capaz = todo o ser humano e legítimo = titularidade
do direito que está a negociar, com uma procuração também pode).

2. Quem deve pagar (na obrigação principal)

Em regra, o devedor. Mesmo que o credor não queira receber, o devedor pode
pagar em juízo.
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2.1. Direito – a quitação é um direito do devedor

1. Originário
2. Superveniente (cujo surgimento
Devedor
aparece depois, posterior)
2.2. Categorias -

Terceiros 1. Interessados – sub-rogação


Ex. fiador (deixa de ser terceiro e passa a
ser credor)
2. Não interessados – em nome
próprio pode receber, não sub-
roga. Em nome do devedor,
necessariamente, não precisa
receber.

Devedor - por evidente, o devedor é o principal legitimado para realizar o


pagamento de sua obrigação, tendo inclusive meios legais para forçar o credor a
receber. Poderá realizar o ato pessoalmente ou através de um representante (salvo
exceções). Legitimidade exclusiva do devedor: acontecerá quando a obrigação for
personalíssima (intuitu personae) ou fundada na “confiança” (ex: mandato) – (art. 247).
Terceiro interessado na dívida. Este corresponde à pessoa que tenha interesse
patrimonial na sua extinção, caso do fiador, do avalista ou do herdeiro. Havendo o
pagamento por esse terceiro interessado, esta pessoa sub-roga-se automaticamente nos
direitos de credor, com a transferência de todas as ações, exceções e garantias que
detinha o credor primitivo. Em hipóteses tais, ocorre a chamada sub-rogação legal ou
automática (art. 346, III, do CC).
Mas deve ser tomado o devido cuidado, uma vez que interesse patrimonial não
significa interesse afetivo. Dessa forma, um pai que paga a dívida do filho por intuito
afetivo não pode ser considerado terceiro interessado no campo do direito obrigacional.
O pai que paga a dívida deve ser considerado, na verdade, um terceiro não interessado
na dívida. Esse também tem direito de realizar o pagamento. O terceiro não interessado
na dívida, mesmo não tendo qualquer interesse jurídico na dívida, poderá, em regra,
realizar o pagamento, em nome e por conta do devedor, valendo-se inclusive, neste
caso, da consignação em pagamento, caso o devedor concorde com o pagamento e o
credor recuse sem justa causa.
Em casos tais, duas regras devem ser observadas:

a) Se o terceiro não interessado fizer o pagamento em seu próprio nome tem


direito a reembolsar-se no que pagou, mas não se subroga nos direitos do credor (art.
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305 do CC). Se pagar a dívida antes de vencida, somente terá direito ao reembolso
ocorrendo o seu vencimento (art. 305, parágrafo único, do CC).

b) Se o terceiro não interessado fizer o pagamento em nome e em conta do


devedor, sem oposição deste, não terá direito a nada, pois é como se fizesse uma
doação, um ato de liberalidade (interpretação do art. 304, parágrafo único, do CC).

No primeiro caso, não há sub-rogação legal, como ocorre quando o terceiro


interessado paga a dívida, mas mero direito de reembolso. Os dois institutos não se
confundem, uma vez que na subrogação legal há uma substituição automática do credor,
o que prescinde de prova quanto à existência da dívida. Ademais, o novo credor terá
todos os direitos, garantias e ações que detinha o antigo credor (art. 349 do CC). No
segundo caso isso não ocorre, podendo haver necessidade de se provar a dívida e o
correspondente pagamento, eventualmente. No direito de regresso, não há substituição
automática do credor em direitos, garantias e ações.

2.3. Pagamento antecipado

Feito por terceiro – não é exigível o pagamento antecipado

3. A quem se deve pagar

3.1. Credor - em regra (aquela com quem se ajustou o adimplemento)

a) originário

b) substituto – quando o crédito é cedido para outrem

Ao lado do solvens, também é elemento subjetivo do pagamento o accipiens ou


“daqueles a quem se deve pagar”, conforme dispõe o Código Civil de 2002 entre os arts.
308 a 312. Como regra geral, o accipiens será o credor. Contudo, o pagamento por igual
pode ser feito ao seu representante, que tem poderes para recebê-lo, sob pena de só valer
depois de ratificação, de confirmação pelo credor, ou havendo prova de reversão ao seu
proveito (art. 308 do CC). Apesar de a norma mencionar a validade – assim como os
dois comandos seguintes –, o pagamento é resolvido no plano da eficácia da obrigação.
Nessa linha, enunciado aprovado na V Jornada de Direito Civil, evento realizado em
2011, com o seguinte conteúdo: “O pagamento repercute no plano da eficácia, e não no
plano da validade, como preveem os arts. 308, 309 e 310 do Código Civil” (Enunciado
n. 425, CJF/STJ). O pagamento também poderá ser feito aos sucessores do credor, como
no caso do herdeiro e do legatário.

Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o


represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter
em seu proveito.
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Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda


provado depois que não era credor.

Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar,
se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu (Se o credor é
incapaz de quitar, o pagamento é inválido

3.2. Representante do credor

a) judicial – aquele que a lei estabelece

b) volitivo ou negocial - a partir da vontade do procurador

3.3. “Quem paga mal paga duas vezes”

Se pagou a pessoa errada, terá que pagar a pessoa legítima. Salvo se provar que
a culpa foi do credor.

Quanto à antiga regra, quem paga mal paga duas vezes, ela está implícita no art.
310 do Código em vigor. Por tal comando legal, não vale o pagamento cientemente
feito ao credor incapaz de dar quitação, se o devedor não provar a reversão do valor
pago em seu benefício. Essa incapacidade deve ser tida em sentido genérico,
significando falta de autorização, ou mesmo incapacidade absoluta ou relativa daquele
que recebeu (arts. 3.º e 4.º do CC). Em casos tais, o pagamento deverá ocorrer
novamente. Mas isso não obsta que aquele que pagou ingresse com ação de repetição de
indébito (actio in rem verso) contra aquele que recebeu, aplicação direta das regras
relacionadas com o pagamento indevido e com a vedação do enriquecimento sem causa.
No entanto, vale lembrar a parte final do dispositivo (art. 310 do CC), pelo qual se ficar
provado que o pagamento foi revertido a favor do credor, haverá exoneração daquele
que pagou. O dispositivo valoriza, mais uma vez, a busca da verdade real (teoria da
aparência), em sintonia com a vedação do enriquecimento sem causa, com a eticidade e
a socialidade.

3.4.Presunção de Legitimidade

Portador de quitação – Art. 311, CC

Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da


quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
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3.5. Pagamentos Feitos a Terceiros Válidos

a) ratificação pelo credor

b) reversão do pagamento para o credor – paga a um terceiro que paga ao credor.

c) credor putativo – aparenta ser o credor. Aquele que aparentemente tem poderes para
receber. Ex.: quem porta a promissória.

4.Objeto e Prova do Pagamento

Objeto é aquele que foi ajustado, mesmo que valha mais o credor NÃO é
obrigado a aceitar. Pela interpretação do art. 313 do CC/2002, pode-se afirmar que o
objeto do pagamento é a prestação, podendo o credor se negar a receber o que não foi
pactuado, mesmo sendo a coisa mais valiosa. Essa regra reforça a individualização da
prestação na obrigação de dar coisa certa

Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.

4.1.Fidelidade à prestação ajustada

Se for à vista o credor pode recusar o pagamento parcelado (vice-versa).

4.2. Dívidas em dinheiro

4.3. Aumento da prestação

a) progressivo – não precisa ser fixa (necessariamente), pode ser revista (judicial ou
negocialmente)

b) Atualizatório.

4.4. Pagamento em ouro ou moeda estrangeira

Enuncia o art. 318 do Código Civil que são nulas as convenções de pagamento
em ouro (cláusula-ouro) ou em moeda estrangeira (obrigação valutária), bem como para
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos
previstos na legislação especial. No Brasil é proibido, exceto para alguns casos
permitidos pelo Banco Central.
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Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda


estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda
nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.

4.5. Quitação (requisitos) - Ato de reconhecimento do adimplemento. O que está sendo


quitado.
- Valor;

- Local da quitação;

- A quem se refere a dívida.

O devedor que paga tem direito


à quitação, fornecida pelo credor e
consubstanciada em um documento conhecido como recibo. A quitação constitui prova
efetiva de pagamento, sendo o documento pelo qual o credor reconhece que recebeu o
pagamento, exonerando o devedor da relação obrigacional. Trata-se, portanto, do meio
de efetivação da prova do pagamento. Nesse sentido, o devedor que paga tem direito a
quitação regular, e pode reter o pagamento enquanto não lhe seja dada (art. 319 do CC).

5. Lugar do Pagamento

O lugar de pagamento “é o local do cumprimento da obrigação, em regra


estipulado no título constitutivo do negócio jurídico, ante o princípio de liberdade de
eleição” (DINIZ, Maria Helena). O lugar do pagamento pode ser um lugar específico ou
um âmbito territorial.

5.1. Regra geral – domínio do devedor (quérable - Latim = quaerere - procurar) - se


não for estipulado o lugar, será feito no domicílio do devedor. De acordo com a lei, há
uma presunção relativa de que o pagamento é quesível, uma vez que o sujeito passivo
deve ser procurado pelo credor em seu domicílio para efetuar o pagamento, salvo se o
instrumento negocial, a natureza da obrigação ou a lei impuserem regra em contrário.
Extraordinário – domínio do credor (portable - portáveis). Por decisão judicial, por
força maior ou por ajuste, ou pela natureza da obrigação, o local do cumprimento da
obrigação será o domicílio do credor. Eventualmente, também recebe essa denominação
a obrigação cujo pagamento deva ocorrer no domicílio de terceiro. Em casos tais, o
sujeito passivo obrigacional deve levar e oferecer o pagamento a esses locais

Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes


convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.
33

Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre ele

5.2.Pluralidade de Lugares

CREDOR

Designados dois ou mais lugares, caberá ao credor escolher entre eles (art. 327,
parágrafo único, do CC). Por uma questão prática que lhe é mais favorável, é muito
comum o credor escolher o próprio domicílio para o pagamento. Percebe-se que se trata
de uma das poucas vezes em que a escolha cabe ao credor, e não ao devedor, na teoria
geral das obrigações.

5.3. Tradição de um bem imóvel

Sítio do imóvel - Quando o imóvel for o objeto ou a garantia do


adimplemento, nele será o lugar do pagamento. Se o pagamento consistir na tradição de
um imóvel, ou em prestações a ele relativas, far-se-á no lugar onde situado o bem (art.
328 do CC). Está sendo proposta alteração desse dispositivo pelo Projeto 699/2011,
antigo PL 6.960/2002, que passaria a ter a seguinte redação: “Se o pagamento consistir
na tradição de um imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. Se consistir em
prestação decorrente de serviços realizados no imóvel, no local do serviço, salvo
convenção em contrário das partes”. Concorda-se com tal proposta de alteração, uma
vez que a regra já merece aplicação, pelo entendimento doutrinário que a fundamenta.

Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações


relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem.

5.4. Pagamento Contínuo em lugar diverso do ajustado (ou força maior ou caso
fortuito).

Inicialmente, prevê o seu art. 329 que, “ocorrendo motivo grave para que se não
efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem
prejuízo para o credor”. A regra tem grande aplicação prática, mantendo relação direta
com o princípio da função social dos contratos, pois mitiga a força obrigatória da
convenção, o pacta sunt servanda (eficácia interna da função social). Nesse sentido há a
consagração do princípio da socialidade. Mas tal comando legal também está
sintonizado com o princípio da operabilidade, no sentido de efetividade, pois traz uma
cláusula geral, a expressão “motivo grave”.
Tal conceito, aberto por sinal, deve ser preenchido pelo juiz, caso a caso. Podem
ser citadas como razões para aplicação do dispositivo situações como: greve no
transporte público, calamidade pública, enchente, ataque terrorista ou de grupos
34

armados, manifestações de protestos, doença do devedor ou de pessoa de sua família,


falta de energia elétrica, entre outros. Desde que não haja prejuízo para o credor, o
pagamento pode ser efetuado em outro local.

Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar
determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.

6.Tempo do Pagamento

Regra geral – na data ajustada, se não ajustar vai depender do caso.

O vencimento é o momento em que a obrigação deve ser satisfeita, cabendo ao


credor a faculdade de cobrá-la. Esse vencimento, tempo ou data de pagamento, pode ser
fixado pelas partes por força do instrumento negocial. A obrigação, sob o prisma do
tempo do pagamento, pode ser instantânea ou de execução imediata (pagamento à
vista), de execução diferida (pagamento deve ocorrer de uma vez só, no futuro) ou de
execução periódica (pagamento de trato sucessivo no tempo). Como se sabe, o credor
não pode exigir o adimplemento antes do vencimento; muito menos o devedor pagar,
após a data prevista, sob pena de caracterização da mora ou do inadimplemento
absoluto, fazendo surgir a responsabilidade contratual do sujeito passivo obrigacional
(Haftung)

6.1. Importância  MORA (inadimplemento no tempo ajustado  atraso no


cumprimento ajustado).

Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo,


constitui de pleno direito em mora o devedor.

Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação


judicial ou extrajudicial.

6.2. Sem data  Imediato. Se não estabeleceu o termo de vencimento, a dívida já pode
ser exigida desde então

Art. 331, salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época
para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Em suma, em regra, a
obrigação deve ser reputada instantânea

6.3. Obrigação a termo – Prazo determinado. Desnecessária a notificação; o dia do


vencimento = interpelação

6.4. Antecipação do pagamento


35

A regra é que as dívidas só podem ser cobradas até o vencimento, exceção = art.
333. Desde que a outra parte, de alguma forma, concorde. Consagra-se no art. 333 um
rol de situações em que haverá o vencimento antecipado da dívida, antes de vencido o
prazo estipulado pela lei ou pela vontade das partes, a saber:

Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o


prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:

a) No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores, inclusive conforme o


art. 77 da Lei 11.101/2005 – Nova Lei de Falências.

b) Se os bens, hipotecados ou empenhados (oferecidos em penhor), forem penhorados


em execução movida por outro credor.

c) Se cessarem, ou se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou


reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Em casos tais, se houver, no débito,
solidariedade passiva este não se reputará vencido quanto aos outros devedores
solventes (art. 333, parágrafo único, do CC).

Obs. obrigações condicionais são aquelas cujos efeitos estão subordinados a um evento
futuro e incerto. Estas são cumpridas na data do implemento ou ocorrência da condição,
cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor (art. 332 do CC). As
obrigações condicionais, portanto, não se confundem com as obrigações de execução
diferida ou de execução continuada, pois estas não estão relacionadas com condição
(evento futuro e incerto), mas com termo (evento futuro e certo).

Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da


condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.

Aula 2 - 13/04/18

Formas Extraordinárias da Extinção da Relação Obrigacional


Conforme ensina a doutrina, ao lado do pagamento direto, forma normal de
extinção do vínculo obrigacional, existem também outras situações em que “as
obrigações cumprem-se, ocorrendo determinadas circunstâncias, por modos
equivalentes” (GOMES, Orlando).Vejamos algumas:

1.Dação em pagamento

É a entrega de uma coisa ou um bem para pagar uma dívida. É um negócio jurídico
(ato jurídico humano, volitivo, cujo os efeitos as partes podem prever, autoregrar), é
36

bilateral pois determina que se tenha dois sujeitos, é comutativa porque exige uma
quitação e a contraprestação e é oneroso (porque há a questão financeira), seu objeto
mediato é a extinção da obrigação do pagamento), e o objeto imediato é a coisa, essa
coisa tem que ter valor pecuniário, ainda que seja um valor ideal (não precisa ser valor
real).

 Requisitos: entrega de coisa determinada, substituição da coisa devida, tem que


ter a concordância do credor e tem que ter a quitação da dívida

Obs. Quando no lugar de uma coisa para fazer um pagamento é dado um cheque, títulos
etc - deixa de ser uma dação em pagamento para ser uma Cessão de Crédito.

2. Compensação

Instituto através do qual, o devedor tem um crédito com o credor, e o credor tem
um crédito com o devedor, eles são devedores e credores um do outro ao mesmo tempo.
O devedor quita seu débito parcial ou totalmente. Ex. Maria deve 500.00 à Joana, e
Joana deve 100,00 à Maria. Logo, Maria paga 400,00 à Joana e já quita e paga seu
débito, ao mesmo tempo.

 Requisitos: dívida ter que ser líquida (já tem que ter definição do valor), tem
que ser uma dívida vencida, coisas fungíveis (só as coisas fungíveis podem ser
compensadas), tem que ser lícita.

Obs. Ao fazer o negócio eu posso estabelecer que esse negócio não estará susceptível à
compensação.

3. Confusão

Quando mistura débito com crédito. Quando o credor passa a ser devedor de si
próprio, ou o devedor passa a ser credor de si próprio. Devedor e credor passam a
configurar um único sujeito, um único polo e a dívida se extingue. Ela é automática, não
precisa recorrer ao judiciário Ex. Ana casar com Pedro, ela devia a ele e casa com
comunhão de bens. Logo a dívida é extinta automaticamente.

Para haver a confusão não precisa haver dívida líquida, ocorre a partir do fato, a
dívida poderá ser restaurada se provar que não apresentou todos os requisitos que a lei
estabelece, ou se prejudicar a terceiros

4. Novação

É uma nova dívida que faz extinguir a anterior. Não é uma renegociação da dívida
anterior, mas sim uma nova dívida que faz desaparecer a dívida antiga. Ela não
transforma o crédito.
37

 Requisito - animus novandi (deve estar claro a vontade de haver uma nova
dívida). Não pode ser presumida, tem que haver uma objetividade que prove que
pode haver a instauração de uma nova dívida.

Obs.: Para alguns autores existem duas modalidades para o que chamam de Novação
Regularem vez de substituir uma dívida pela outra, substitui o devedor (novação
passiva) ou o credor (novação ativa)

5. Remissão de dívida

É o famoso “perdão”. Há o perdão da dívida de alguém. O perdão tem que ser


aceito, porque pagar e receber também são direitos. Essa emissão exige aceitação do
devedor, deve ser tácita ou expressa. Manifestação de maneira clara, que permite
interpretação, não pode gerar prejuízo a terceiros, pode ser total ou parcial (perdoar por
inteiro ou parte), tem que ter uma definição do que está sendo perdoado.

Aula 3 - 20/04/18

Inadimplemento
Introdução

Mas, muitas vezes, a obrigação não é satisfeita conforme pactuado,


surgindo a responsabilidade. As obrigações de dar, fazer e não fazer só são eficazes se
adimplidas, daí surge a importância do estudo a cerca do inadimplemento das
obrigações. É muito comum afirmar que o maior interesse jurídico que se tem quanto à
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obrigação surge justamente nesse caso. Assim sendo, há que se falar em


inadimplemento da obrigação, em inexecução ou descumprimento, surgindo a
responsabilidade civil contratual, baseada nos arts. 389 a 391 do CC. Em complemento,
nasce daí o dever de indenizar as perdas e danos, conforme ordenam os arts. 402 a 404
da mesma lei geral privada, sem prejuízo de aplicação de outros dispositivos, caso do
art. 5.º, V e X, da Constituição Federal, que tutelam os danos morais e outros danos
extrapatrimoniais.
O inadimplemento é visto como gênero tendo como espécies o inadimplemento
absoluto, a mora e a violação positiva do contrato.

1. Conceito - É o descumprimento da obrigação assumida, voluntaria ou


involuntariamente, do estrito dever jurídico criado entre os que se comprometeram a
dar, a fazer ou a se omitir de fazer algo, ou o seu cumprimento parcial, de forma
incompleta ou mal feita

2. Inadimplemento Total ou Parcial

Positivo ou Negativo

*Total - ex. no caso de perecimento do objeto – a obrigação era de entregar um


determinado cavalo árabe campeão, mas o devedor o deixou morrer

*Parcial - o devedor paga somente parte da dívida e cai em insolvência.

*Tipo Negativo, o mero agir contrário à prestação negativa (obrigação era de “não
fazer” e a pessoa faz) implica em inadimplemento.

3. Impossibilidade do Adimplemento

a) objetiva: a.1) Originária e a.2) Superviniente

b)Subjetiva

4. Mora

Conceito – A mora pode ser caracterizada como o imperfeito cumprimento de


uma obrigação, é o atraso, o retardamento ou a imperfeita satisfação obrigacional.

 Para que exista a mora, a sua causa não poderá decorrer de caso fortuito ou força
maior. Sílvio de Salvo Venosa conceitua a mora como sendo “o retardamento
culposo no cumprimento da obrigação, quando se trata de mora do devedor. Na
‘mora solvendi’, a culpa é essencial. A mora do credor, ‘accipiendi’, é simples
fato ou ato e independe de culpa” (Direito civil..., 2003, p. 238). O conceito de
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mora pode ser também retirado da leitura do art. 394 do CC/2002, cujo teor é:
“considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que
não o quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer”.

5. Constituição em Mora

a) Obrigação Absoluta – a partir do fato  é a mora que decorre da lei. Esta resulta do
próprio fato da inexecução da obrigação, independendo, de provocação do credor. Ou
seja, o simples fato do devedor não efetuar o pagamento ou não entregar o bem já
configura a mora

b) Obrigação com termo – a partir do prazo  Quando a obrigação é projetada com a


inclusão de um prazo final, o próprio fato do descumprimento impõe a mora de forma
automática, sendo desnecessária qualquer interpelação mediante provocação do credor.

c) Obrigação sem prazo – interpelação  Ocorre quando o credor deva tomar certas
providências necessárias para constituir o devedor em mora. Então a mora apenas se
aperfeiçoa por provocação do credor, mediante interpelação judicial ou extrajudicial
(art. 397, parágrafo único, do CC).

d) Obrigação condicionada – condição.

6. Exceção do Contrato não Cumprido

Em princípio, as prestações prometidas pelos contratantes devem ser cumpridas


simultaneamente, passo a passo; por exemplo, na venda à vista, a mercadoria é entregue
após o pagamento do preço. Caso não seja pago o preço a mercadoria não precisa ser
entregue. A exceção de contrato não cumprido ou inexecução contratual (art. 476
CCiv.) é um mecanismo de defesa de boa-fé, através da justiça privada, que faz com que
um contratante não possa reclamar a execução do que lhe é devido pelo outro
contratante, sem antes pagar o que deve.
Não se pode afirmar que o contrato é suspenso no caso de exceção de inexecução;
somente a obrigação do devedor é suspensa provisoriamente. A exceção de inexecução
tem um efeito cominatório que não é apresentado pela suspensão do contrato. É a fim de
constranger seu co-contratante a executar, que uma das partes vem a recusar o
cumprimento de sua obrigação. Não havendo a execução, após o período provisório, o
contrato será resolvido.
O devedor adquire, nesse caso, um direito temporário de não executar sua
obrigação. Esse possui todos os atributos de um direito potestativo que se exerce
somente pela vontade de seu titular, colocando seu contratante num estado de sujeição
que não lhe proíbe de invocar um abuso. Se houver abuso poderá haver indenização.
A exceção de inexecução supõe obrigações recíprocas exigíveis. É necessário
que a outra parte não execute sua obrigação. Não existe a necessidade da constituição
em mora, salvo algum texto particular. A exceção de inexecução pode ser oposta a
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terceiros, mas não será oponível quando esses invocarem um direito absolutamente
distinto do contrato em questão. Na exceção de inexecução de obrigação a resposta
deve ser proporcional e razoável

7. Mora do devedor

Também denominada mora solvendi. Esse inadimplemento relativo estará


presente nas situações em que o devedor não cumpre, por culpa sua, a prestação
referente à obrigação, de acordo com o que foi pactuado. Consagra o art. 396 do CC a
premissa segundo a qual, não havendo fato ou omissão imputado ao devedor, não
incorre este em mora.
O principal efeito da mora do devedor é a responsabilização do sujeito passivo
da obrigação por todos os prejuízos causados ao credor, mais juros, atualização
monetária – segundo índices oficiais – e honorários do advogado, no caso de
propositura de uma ação específica. Se em decorrência da mora a prestação tornar-se
inútil ao credor, este poderá rejeitá-la, cabendo a resolução da obrigação com a
correspondente reparação por perdas e danos (art. 395 do CC). No último caso, a mora é
convertida em inadimplemento absoluto.

Conforme o art. 399 do Código Civil de 2002, o devedor em mora responde pela
impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de
força maior, se estes ocorrerem durante a mora. Entretanto, tal responsabilidade é
afastada se o devedor provar isenção total de culpa, ou que o dano sobreviria ainda
quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. Esse dispositivo merece
comentários importantes. Inicialmente, trata-se de uma exceção à regra do art. 393 do
CC, pelo qual a parte não responde pelo caso fortuito (evento totalmente imprevisível)
ou pela força maior (evento previsível, mas inevitável). Entretanto, se o devedor provar
que a perda da coisa objeto da obrigação ocorreria mesmo não havendo o atraso, tal
responsabilidade deverá ser afastada. Vejamos um exemplo clássico a ilustrar a regra
exposta. Imagine-se um caso em que um devedor está em atraso quanto à obrigação de
entregar um cavalo. Ocorre uma enchente em sua fazenda e o cavalo se perde. Em regra,
responderá tal devedor por perdas e danos, o que inclui o valor do animal. Mas se ele
provar que a enchente também atingiu a fazenda do credor, onde supostamente estaria o
animal se não houvesse atraso, tal responsabilidade deverá ser afastada.

Superado esse ponto e partindo para outra análise, percebe-se que a


responsabilização deve também ser afastada se o devedor provar ausência total de culpa

8.Soluções para Mora do Devedor

a) Receber prestação + perdas e dando


b) Rejeitar prestação + perdas e danos + compensações contratuais
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c) Resolver o contrato + perdas e danos

9. Mora do credor

a) Conceito - Também denominada mora accipiendi. Esta, apesar de rara, se


faz presente nas situações em que o credor se recusa a aceitar o
adimplemento da obrigação no tempo, lugar e forma pactuados, sem ter justo
motivo para tanto.

Para a sua configuração basta o mero atraso ou inadimplemento relativo do


credor, não se discutindo a culpa do mesmo. A mora do credor gera três efeitos, nos
termos do art. 400 do CC: a) Afastar do devedor isento de dolo a responsabilidade pela
conservação da coisa, não respondendo ele por conduta culposa (imprudência,
negligência ou imperícia) que gerar a perda do objeto obrigacional. b) Obrigar o credor
a ressarcir o devedor pelas despesas empregadas na conservação da coisa. c) Sujeitar o
credor a receber a coisa pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar
entre o tempo do contrato e o do cumprimento da obrigação.

b) Requisitos
b.1. o devedor deve poder prestar
b.2. atos do devedor para prestar (oblação – oferta feita) – oferecimento
da prestação por parte do devedor
b.3. atos do credor que impedem a prestação - recusa injustificada do
credor para receber a prestação

10. Consequências  ato do devedor  responde!

11. Purgação da Mora

A expressão purgar a mora significa afastar ou neutralizar os efeitos decorrentes


do inadimplemento parcial, principalmente do atraso no cumprimento (art. 401 do
CC). Pela purgação ou emenda da mora, tanto o credor quanto o devedor que
incorreram em mora corrigem, sanam a falta cometida cumprindo com a obrigação
ainda em tempo hábil ao adimplemento. Para tanto, deverá a parte que estava
inadimplente reparar os eventuais prejuízos causados ao outro sujeito da relação
obrigacional. A purgação da mora pelo devedor se dá pela oferta da prestação, com
o acréscimo de juros, correção monetária, multa e honorários advocatícios, sem
prejuízo das eventuais perdas e danos. Por outra via, a purga da mora pelo credor
ocorre quando esse se oferece para receber a prestação do devedor, sujeitando-se aos
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efeitos da mora já ocorridos. Tanto o devedor quanto o credor podem,


conjuntamente, purgar a mora na hipótese em que ambos renunciarem aos prejuízos
dela decorrentes.

12. Juros

a) Conceito (frutos civis):

“Chamam-se juros as coisas fungíveis que o devedor paga ao credor, pela


utilização de coisas da mesma espécie a este devidas. Pode, portanto, consistir em
qualquer cosia fungível, embora frequentemente a palavra juro venha mais ligada ao
débito de dinheiro, como acessório de uma obrigação principal pecuniária”

Para Pontes de Miranda, dois elementos conceptuais dos juros são o valor da
prestação, feita ou a ser recebida, e o tempo em que permanece a divida. Daí o
calculo percentual ou outro calculo adequado sobre o valor da divida, para certo
trato de tempo.
Observa-se que o juro é acessório, ou seja, depende de uma obrigação principal
para que possa existir. É considerado o fruto civil do crédito; no plano econômico,
renda do capital

b) Pressupostos – tempo + valor da prestação da dívida

c) Espécies :

c.1. Moratórios - – Os juros moratórios, como o próprio nome diz, são aqueles
devidos pela morado devedor no adimplemento da obrigação. Possuem finalidade
punitiva e compensatória pelo retardamento do cumprimento da prestação e são
devidos independentemente da prova de prejuízo do credor. (art. 407 do Código
Civil). O termo inicial ou ponto de partida (dies a quo) no seu cômputo varia
conforme a natureza ou liquidez da divida. Em caso de obrigação sem termo de
vencimento que requer a notificação, interpelação, protesto ou citação do devedor,
como também em casos de obrigação ilíquida, e que corre a liquidação da sentença
judicial, e quando se tratar de ato ilícito praticado quando a obrigação for contratual,
contam-se os juros de mora desde a citação inicial, conforme o art. 405 do Código
Civil.

c.2. Atualizados

c.3. Compensatórios (ou remuneratórios) – São aqueles que decorrem de


uma utilização consentida do capital alheio, como nos casos de inadimplemento total da
obrigação ou de financiamentos em geral, pagam como compensação pelo fato de o
credor estar privado da utilização de seu capital, ou seja, a remuneração paga em razão
da disposição da riqueza material em poder do devedor. Comumente, são
43

convencionados, mas a lei prevê alguns casos em que são devidos juros
compensatórios, independentemente de ajuste prévio

Aula 4 - 27/04/18

ATOS JURÍDICOS UNILATERAIS

1. Generalidades

São atos humanos unilaterais que geram efeitos obrigacionais, ou seja, são fontes
de obrigações resultantes da vontade de uma só pessoa, independente da certeza do
credor. Nota-se que os atos unilaterais só podem ser criados pela lei. A Promessa de
recompensa, a Gestão de negócios, o Pagamento indevido e o Enriquecimento sem
causa, são os exemplos mais usados quando se fala em atos jur. Unilaterais,
disciplinados pelo Código Civil.

2. Natureza jurídica: varia conforme cada ato.

3. Características comuns:

 Vontade
 Unilateralidade de manifestação
 Eficácia e uma correspectividade que ocorre num segundo momento, apesar do
ato ser unilateral.

4. Tipos

 Cada um desses tipos possuem requisitos, natureza jurídica, conceitos e


consequências:

Promessa de recompensa (negócio jurídico) - é a declaração de vontade feita mediante


anúncio público, pela qual alguém se obriga a gratificar quem se encontrar em certa
situação ou praticar determinado ato, independentemente do consentimento do eventual
credor. A promessa de recompensa será obrigatória para seu emitente no instante em
que se tornar pública, independentemente de qualquer aceitação, visto que se dirige a
pessoa indeterminada.

Art. 854 / CCB - “Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a


recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo
serviço, contrai obrigação de cumprir o devido”.

Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou
satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá exigir a
recompensa estipulada
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Gestão de negócios alheios (ato jurídico stricto sensu) - consiste na intervenção, não
autorizada, de uma pessoa na direção dos negócios de outra, feita segundo o interesse, a
vontade presumível e por conta desta última. Ocorre geralmente em situação de
emergência ou de ausência do titular do interesse e sem o seu consentimento, pois caso
contrário poderia caracterizar-se o mandato tácito. Não tem natureza contratual e não há
remuneração para o gestor, sendo que este deve agir de acordo com a vontade
presumível do dono, e comunicar-lhe o fato logo que possível.

Art. 861 /CCB - “Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na


gestão do negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a vontade presumível de
seu dono, ficando responsável a este e as pessoas com que tratar.”

Pagamento indevido (ato fato jurídico) – O pagamento indevido ocorre quando


alguém recebe o que não lhe era devido. Sendo que aquele que recebeu o que não lhe
era devido, fica obrigado a restituir. Sendo isso possível com uma ação de repetição
do indébito, com base na tese que o pagamento extingue a obrigação, mas o
pagamento indevido cria uma outra obrigação. Quem voluntariamente pagou o
indevido deve provar não somente ter realizado o pagamento, mas também que o fez
por erro, pois a ausência de tal comprovação leva a se presumir que se trata de uma
liberalidade. Dessa forma, O pagamento indevido cria para o recebedor um
enriquecimento sem causa gerando para o pagador o direito de uma ação para reaver o
pagamento indevido.
As principais características do pagamento indevido consistem na existência de
um pagamento; na prova da inexistência de causa jurídica que justifique o pagamento,
pois se não há vínculo preexistente, inexiste razão que justifique a obrigação do
pagamento pelo lesado; e o lesado (aquele que pagou) deve demonstrar que cometeu um
erro ao efetuar o pagamento.

Art. 876/ CC - Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a
restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de
cumprida a condição.

Art. 880. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o
como parte de dívida verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou
abriu mão das garantias que asseguravam seu direito; mas aquele que pagou dispõe de
ação regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.

Art. 881. Se o pagamento indevido tiver consistido no desempenho de obrigação


de fazer ou para eximir-se da obrigação de não fazer, aquele que recebeu a prestação
fica na obrigação de indenizar o que a cumpriu, na medida do lucro obtido.

Enriquecimento sem causa (fato jurídico stricto sensu) - O instituto do


enriquecimento sem causa é muito similar ao do pagamento indevido e constitui uma
45

fonte ou causa de obrigações. Trata-se de um acréscimo patrimonial de alguém, em


prejuízo de outrem, sem justa razão, ou de modo ilícito. Dispõe os artigos 884, 885 e
886 do CC/02, que,

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será
obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores
monetários.

Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem


a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará
pelo valor do bem na época em que foi exigido.

Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que
justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.

Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao


lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido

Concurso (negócio jurídico) - é a declaração de vontade feita mediante anúncio


público, pela qual alguém se obriga a gratificar quem se encontrar em certa situação ou
praticar determinado ato, independentemente do consentimento do eventual credor. A
promessa de recompensa será obrigatória para seu emitente no instante em que se tornar
pública, independentemente de qualquer aceitação, visto que se dirige a pessoa
indeterminada.

Oferta (ato jurídico stricto sensu)


Quitação (ato jurídico stricto sensu)
Perdão (negócio jurídico)

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