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Curso: Procurador da Câmara Municipal

Disciplina: Direito Constitucional

Material: Apostila de conteúdo complementar

Responsáveis: Equipe Acadêmica

Temas abordados nesta apostila:

1. TRIBUNAIS DE CONTAS..............................................................................01

1.1 Tribunal de Contas da União...................................................................01

1.2 Tribunais de Contas dos Estados, DF e Municípios................................08

1.3 Ministério Público junto ao TCU..............................................................11

2. PODER EXECUTIVO – MINISTROS DE ESTADO.......................................11

DIREITO CONSTITUCIONAL

1. TRIBUNAIS DE CONTAS

1.1 Tribunal de Contas da União

O Tribunal de Contas é órgão auxiliar do Poder Legislativo no


exercício do controle externo, e tem como função principal, exercer a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial das entidades
estatais. Embora seja um órgão auxiliar, é importante lembrar que o Tribunal de
Contas é um órgão autônomo e não integra e nem está subordinado ao Poder
Legislativo.
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete:

Conforme artigo 73, da CF/88, o Tribunal de Contas da União é


composto por 09 ministros, os quais devem ser brasileiros natos ou
naturalizados, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade. Devem ter ainda
reputação ilibada e idoneidade moral, notórios conhecimentos jurídicos,
contábeis, econômicos e financeiros, bem como mais de 10 anos de exercício
de função ou de efetiva atividade profissional que exija esses conhecimentos.

Os ministros do Tribunal de Contas possuem as mesmas garantias,


prerrogativas, impedimentos e vantagens dos membros da magistratura.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove


Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de
pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo,
no que couber, as atribuições previstas no art. 96. .

§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão


nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes
requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de


idade;

II - idoneidade moral e reputação ilibada;

III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e


financeiros ou de administração pública;

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva


atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados
no inciso anterior.

§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as


mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos
e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça,
aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as
normas constantes do art. 40. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)

Um terço dos ministros do TCU serão escolhidos pelo presidente da


república, mediante aprovação pelo Senado Federal, sendo dois escolhidos
alternadamente entre auditores e membros do Ministério Público junto ao

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Tribunal, indicados em lista tríplice, conforme critérios de antiguidade e
merecimento. Os outros dois terços são escolhidos pelo Congresso Nacional
conforme o regimento interno.

Art. 73 [...]

§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão


escolhidos:

I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do


Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e
membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em
lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e
merecimento;

II - dois terços pelo Congresso Nacional.

O Tribunal também possui três auditores, nomeados após aprovação


em concurso público de provas e títulos específico para o cargo. Esses
auditores irão substituir os ministros em seus afastamentos, impedimentos e
vacância, ocasião em que terão as mesmas garantias e impedimentos dos
ministros.

Art. 73 [...]

§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as


mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no
exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de
Tribunal Regional Federal.

O Tribunal de Contas auxilia o Congresso Nacional no exercício do


controle externo da União e das entidades da Administração direta e indireta,
por meio de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial.

Além disso, conforme Súmula 347 do STF, o Tribunal de Contas


pode, no exercício de suas atribuições, apreciar a constitucionalidade das leis e
dos atos do Poder Público.

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A competência fiscalizadora do TCU consiste na realização de
auditorias e inspeções em órgãos e entidades da Administração Pública, direta
e indireta, bem como de entidades de direito privado que recebam recursos de
origem estatal. Estão previstas nos incisos III a VI do artigo 71 da CF:

Art. 71 [...]

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de


admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta
e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,


do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais


de cujo capital social a União participe, de forma direta ou
indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados


pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município;

Sobre o tema, importantíssima a Súmula Vinculante n.º 3:

“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União


asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da
decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão”.

A competência judicante do TCU consiste no julgamento das contas


anuais dos administradores e demais responsáveis, por bens e valores
públicos, da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, bem como das

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contas daqueles que deram causa a perda ou irregularidade que tenha
causado prejuízo ao erário:

Art. 71 [...]

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis


por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;

As empresas públicas e sociedades de economia mista também


estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas.

A competência sancionatória está prevista no artigo 71, inciso VIII, e


consiste na aplicação de sanções legalmente previstas aos responsáveis por
ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas.

Art. 71 [...]

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de


despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;

As sanções aplicáveis podem ser: a) condenação a recolhimento de


débito; b) aplicação de multas; c) afastamento do cargo de dirigente
responsável por obstrução a auditoria; d) decretação de indisponibilidade de
bens por até um ano; e) declaração de inabilitação para exercício de funções
públicas; f) declaração de inidoneidade para contratar com o poder público por
até cinco anos; g) determinação à AGU para providências como arresto de
bens.

Conforme artigo 71, §3º, as decisões dos Tribunais de Contas das


quais resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

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Como esses tribunais não possuem competência para executar suas próprias
decisões, o ente público beneficiário deverá propor uma ação de cobrança.

§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de


débito ou multa terão eficácia de título executivo.

A competência consultiva está prevista no artigo 71, inciso I, e


consiste na elaboração de um parecer prévio sobre as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, que em seguida, serão julgadas
pelo Congresso Nacional:

Art. 71 [...]

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em sessenta dias a contar de seu recebimento;

A competência informativa está prevista no artigo 71, inciso VII:

Art. 71 [...]

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso


Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;

A competência corretiva do TCU está prevista no artigo 71, incisos


IX e X:

Art. 71 [...]

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as


providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;

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Em se tratando de impugnação de contrato, o ato de sustação será
feito diretamente pelo CN, que solicitará ao Poder Executivo, as medidas
cabíveis. Caso essas medidas não sejam efetivadas no prazo de 90 dias,
caberá ao Tribunal decidir a respeito:

Art. 71 [...]

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado


diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo


de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

Vale ressaltar que os Tribunais de Contas não podem examinar,


previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder
público, e qualquer norma que assim disponha será considerada
inconstitucional.

Sobre o TCU, alguns julgados importantes:

- A 1ª Turma do STF, no julgamento do MS 30.312/RJ, determinou


que o TCU não pode suspender pagamento de pensão por considerá-la ilegal,
desrespeitando decisão judicial e a coisa julgada;

- No julgamento do MS 28.465/DF, o Supremo entendeu que as


contribuições sindicais compulsórias, por possuírem natureza tributária e
constituírem receita pública, sujeitam os responsáveis pela sua gestão à
competência fiscalizadora do TCU.

- No julgamento do MS 28.644/DF, a 2ª Turma do STF entendeu que


nos processos que tramitam no TCU, não é necessária a intimação pessoal da
data em que será realizada a sessão de julgamento, bastando que essa
informação seja publicada na imprensa oficial;

- No julgamento do MS 33.092/DF, a 2ª Turma do STF decidiu que o


TCU tem competência para decretar, no início ou no curso de procedimento de

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apuração que tramite naquele Tribunal, a indisponibilidade de bens por prazo
não superior a 01 ano. É possível a concessão, ainda que de forma
excepcional, de medidas cautelares sem audiência da parte contrária , sempre
que for necessário para neutralizar situações que possam causar lesão ao
interesse público (Informativo 799 do STF).;

- No julgamento do MS 30.788/MG, o STF entendeu que o TCU tem


competência para declarar a inidoneidade de empresa privada para participar
de licitações promovidas pela Administração Pública;

- No julgamento do MS 33.340/DF, a 1ª Turma do STF entendeu que


o envio de informações ao TCU, referentes a operações de crédito originárias
de recursos públicos, não está coberto pelo sigilo bancário. No caso concreto,
o acesso a essas informações era imprescindível à atuação do TCU na
fiscalização das atividades da entidade;

- No julgamento do MS 27.427/AgR, a 2ª Turma do STF entendeu


que as atribuições do TCU são independentes em relação ao julgamento do
PAD instaurado para apurar falta funcional do servidor público.

1.2 Tribunais de Contas dos Estados, DF e Municípios

As normas concernentes ao Tribunal de Contas da União aplicam-se


aos Tribunais de Contas dos Estados, DF e dos municípios.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se,


no que couber, à organização, composição e fiscalização
dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito
Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas
dos Municípios.

Os Tribunais de Contas Estaduais são estruturados conforme as


respectivas Constituições Estaduais, e compostos por 07 conselheiros, cuja
escolha deverá seguir o modelo previsto para o TCU:

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Art. 75 [...]

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão


sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão
integrados por sete Conselheiros.

Ainda sobre a composição do Tribunal de Contas Estadual, o


Supremo sumulou o seguinte entendimento:

Súmula n.º 653: “No Tribunal de Contas Estadual, composto


por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela
Assembléia Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo
estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro
dentre membros do Ministério Público, e um terceiro a sua livre
escolha”.

O artigo 31, §4º da CF/88 proibiu expressamente a criação de


Tribunais de Contas Municipais, contudo, aqueles que já existiam foram
mantidos, a exemplo dos Tribunais de Contas do município de São Paulo e do
município do Rio de Janeiro.

§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de


Contas Municipais.

Embora haja proibição na criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos


de Contas Municipais, nada impede que os Estados criem um órgão estadual
denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios, com a função de
auxiliar as Câmaras Municipais no controle externo.

A prestação de contas dos Tribunais de Contas dos municípios é


feita perante o TCE, cuja competência genérica prevalece sobre a da
Assembleia Legislativa.

O controle externo dos municípios, de competência das Câmaras


Municipais será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados

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ou do Município (se houver). O parecer prévio emitido pelo órgão competente
sobre as contas do prefeito só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos
vereadores.

Dessa forma, conforme recentes decisões (RE 729.744/MG e RE


848.826/DF), o parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem
natureza opinativa, de modo que compete exclusivamente à Câmara Municipal
o julgamento das contas anuais do prefeito.

Sobre o tema, indaga-se: pode um prefeito concorrer nas eleições


havendo um parecer do Tribunal de Contas rejeitando as suas contas? No
julgamento do RE 729.744/MG (Informativo 834 do STF), duas correntes foram
analisadas: A primeira, defendida por Luiz Fux e Dias Toffoli, sustenta que o
parecer prévio do TC que rejeita as contas do prefeito deve produzir efeitos até
que a Câmara afaste o prefeito. A segunda corrente (prevaleceu), adotada pela
maioria dos ministros, sustenta que enquanto não houver o julgamento pela
Câmara Municipal rejeitando as contas do prefeito, não há óbice para ele
concorrer nas eleições, pois não existiria o julgamento ficto das contas por
decurso do prazo. Confira abaixo:

“Repercussão Geral. Recurso extraordinário representativo da


controvérsia. Competência da Câmara Municipal para
julgamento das contas anuais de prefeito. 2. Parecer técnico
emitido pelo Tribunal de Contas. Natureza jurídica opinativa. 3.
Cabe exclusivamente ao Poder Legislativo o julgamento das
contas anuais do chefe do Poder Executivo municipal. 4.
Julgamento ficto das contas por decurso de prazo.
Impossibilidade. 5. Aprovação das contas pela Câmara
Municipal. Afastamento apenas da inelegibilidade do prefeito.
Possibilidade de responsabilização na via civil, criminal ou
administrativa. 6. Recurso extraordinário não provido.
(RE 729744, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal
Pleno, julgado em 10/08/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
186 DIVULG 22-08-2017 PUBLIC 23-08-2017)”.

Por fim, cumpre destacar que quem julga as contas do presidente da


Câmara Municipal é o Tribunal de Contas Estadual. Assim, é inconstitucional
norma da Constituição Estadual que preveja competência das Câmaras
Municipais para julgamento dos seus próprios presidentes (ADI 1964/ES).

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1.3 Ministério Público junto ao TCU

Há um Ministério Público especializado que atuará junto ao TCU. Tal


órgão será composto por 07 membros, nomeados pelo presidente da república,
após concurso público, e terão as mesmas prerrogativas e vedações dos
membros do Ministério Público da União.

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos


Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

2. PODER EXECUTIVO – MINISTROS DE ESTADO

Os Ministros de Estado são os auxiliares do presidente da república,


e são escolhidos dentre os brasileiros maiores de 21 anos e que estejam no
exercício dos direitos políticos.

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre


brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos
direitos políticos.

As atribuições dos ministros estão previstas no artigo 87, parágrafo


único da CF:

Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de


outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos


órgãos e entidades da administração federal na área de
sua competência e referendar os atos e decretos
assinados pelo Presidente da República;

II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e


regulamentos;

III - apresentar ao Presidente da República relatório anual


de sua gestão no Ministério;

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IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe
forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da
República.

Os cargos dos Ministros de Estado são de livre nomeação e livre


exoneração, que sempre serão exercidos pelo Presidente da República.

Caso algum Ministro de Estado pratique uma infração penal comum,


ele será julgado pelo Supremo Tribunal Federal:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,


precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

[...]

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de


responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os
chefes de missão diplomática de caráter
permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23,
de 1999)

No caso de o Ministro praticar um crime de responsabilidade (Lei n.º


1.079/50), e esse crime for conexo com o crime praticado também pelo
Presidente da República, esse ministro será julgado pelo Senado Federal.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da


República nos crimes de responsabilidade, bem como os
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma
natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)

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Contudo, se o Ministro praticar um crime de responsabilidade e esse
crime não for conexo com crime praticado também pelo Presidente da
República, o Ministro será julgado pelo STF (art. 102, I, alínea “c”).

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