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A maior parte dos escravos negros que vieram

para o Brasil eram de etnias bantas (congo,


benguela, ovambo, cabinda, angola, macua,
angico etc.). A despeito do intenso processo de
aculturação a que foram submetidos quando
chegaram ao Brasil, muito de sua cultura
original preservou-se. Muito do vocabulário
atual do português que é falado no Brasil, por
exemplo, tem origem banta. Mais
especificamente, se origina do idioma
quimbundo, uma das línguas nacionais de
Angola.
Muitos alimentos cultivados e consumidos
pelas populações bantas se incorporaram à
alimentação cotidiana da população brasileira,
como o jiló, a melancia, o maxixe, a galinha
d'angola, o quiabo, o azeite de dendê e o
feijão-fradinho. No campo da música, os
bantos forneceram grande parte do ritmo que
caracteriza a música brasileira. O gosto dos
bantos pelos batuques, atabaques e
instrumentos de percussão se refletiu em
gêneros musicais como o samba, a bossa nova,
o coco, o maracatu, o pagode etc. Um
instrumento musical introduzido na música
brasileira provavelmente pelos bantos foi a
cuíca, que acredita-se originalmente ter sido
criada para imitar os sons dos animais e ajudar
desta forma a atraí-los para serem caçados.

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