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INQUÉRITO

21/9/2006 jornal de jundiaí

Ministério Público investiga nepotismo em Jundiaí

O Ministério Público (MP) instaurou inquérito civil na última terça-feira para


apurar a possível ocorrência de nepotismo nos poderes Executivo e
Legislativo de Jundiaí e Itupeva. De acordo com o promotor público,
Claudemir Battalini, será dada recomendação às prefeituras para que uma
lei seja criada banindo oficialmente a prática. "A recomendação é em função
dos princípios de moralidade e eficiência do serviço público." A investigação
recai sobre cônjuges e parentes de até 3º grau de ocupantes de cargos de
chefia, direção e assessoramento.

A iniciativa do MP para coibir o nepotismo acontece simultaneamente em


todo o Brasil, através de recomendações do Conselho Nacional de Justiça e
do Conselho Nacional do Ministério Público. Caso não haja entendimento
futuro entre promotorias, câmaras e prefeituras, existe proposta em nível
nacional para a criação de ações civis públicas visando a anulação de tais
contratações ou mesmo ações para responsabilização por ato de
improbidade administrativa (mau uso de cargo público).

Comissionados - Hoje existem 485 cargos comissionados na Prefeitura de


Jundiaí, além de outros mais nas autarquias e fundações administradas pelo
Executivo. Diversas denúncias da oposição no Legislativo tentam reduzir o
número de cargos políticos na cidade. De acordo com a assessoria de
imprensa da Câmara de Jundiaí, já existe uma lei dentro da Casa que proíbe
a prática do nepotismo. Trata-se do artigo 27 da lei 5.427 que consolida a
legislação sobre a estrutura administrativa legislativa, de março de 2000.

Não há, porém, lei que regule o nepotismo cruzado (contratação de parentes
de um poder para o outro). Em sessão realizada na última terça-feira, a
bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou emenda a projeto
que visa criar o Código de Ética e Decoro Parlamentar no Legislativo. De
acordo com o artigo 16 do projeto de resolução, a comissão terá disponíveis
informações sobre cada vereador. Segundo a emenda número 3, deverá
constar no prontuário de cada parlamentar "se mantém parente ou afim
nomeado em cargo comissionado, de livre nomeação, no Poder Executivo,
autarquias e fundações". Projeto e emenda seriam votados na última sessão
ordinária, porém, houve adiamento para 7 de novembro.

Thiago Godinho

Esta notícia foi atualizada em 21/9/2006 às 13:27


CÂMARA MUNICIPAL
7/11/2006 jornal de jundiaí

Câmara deve R$ 868 mil a construtora

A polêmica sobre a construção do anexo da Câmara de Jundiaí continua. O


perito judicial avaliou que a Câmara deve R$ 868 mil à Construtora Copan. O
processo está em julgamento na 3ª Vara Cível de Jundiaí.

Segundo o perito Antonio Carlos Dolacio, existem diferenças entre as


medições de planilhas apresentadas pela Câmara e pela construtora. O perito
avaliou também a construção in loco. No terceiro volume do processo, o
perito aponta que a “medição final da obra reconstituída pela perícia aponta
para um valor de R$ 3,6 milhões. Considerando o valor já pago pela
prefeitura (de R$ 2,9 milhões) resulta a diferença de R$ 683.062,11, com
correção passa para R$ 868 mil”.

Histórico - A Construtora Copan foi responsável pela obra de construção do


anexo da Câmara. Orçada inicialmente em R$ 2,3 milhões, a empresa
conseguiu aditamento de 25%, previsto em lei, totalizando R$ 2,9 milhões. O
prédio tem 4 mil m².

A Copan pediu a medição final, alegando que realizou serviços a mais


durante a execução da obra, exigindo mais R$ 1 milhão de pagamento. A
Copan, na época, afirmou que a falta de sondagem do terreno e o tipo de
acabamentos, como esquadrias e piso elevado, contribuíram para elevar o
custo da obra. No entanto, não possuía nenhuma autorização por escrito para
realizar estas obras extras. Para a Copan, o anexo não poderia ser utilizado
pela Câmara, já que a Casa de Leis não assinou o Termo de Recebimento da
obra. No ano passado, a empresa registrou boletim de ocorrência contra o
Legislativo, de preservação de direitos, pela utilização inadequada.

Vazios - Inaugurado em dezembro de 2004, o prédio anexo da Câmara


Municipal de Jundiaí permanece subutilizado pelos vereadores. Inúmeras
trincas aparecem interna e externamente do anexo e as infiltrações já são
comuns em todos os andares.
O mezanino e o saguão da Câmara, que possuem grande metragem, estão
vazios. Os vereadores utilizam gabinetes - a maioria mobiliada com móveis
próprios. As paredes já se encontram deterioradas devido a inúmeras
infiltrações. O prédio, sem ocupação total, registra ociosidade.

A assessoria de imprensa e o diretor administrativo, Jorge Haddad, não


quiseram se pronunciar sobre o assunto. Os diretores e proprietários da
Copan se recusaram a atender a imprensa ontem à tarde.

Ariadne Gattolini
Esta notícia foi atualizada em 6/11/2006 às 22:09
REFORMA
2/11/2006 jornal de jundiai

Custo de capela chega a R$ 318 mil

O custo final das obras de reforma e ampliação da


capela do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, em
Jundiaí, será quase 50% maior em relação ao
previsto inicialmente. Os gastos da Fundação
Municipal de Ação Social (Fumas) com o projeto
devem chegar perto de R$ 318 mil. A previsão de
verba com a construção, inaugurada hoje, era de R$ 212,1 mil. Porém, dois
aditivos contratuais vão inchar o orçamento. O primeiro aumento, já
aprovado, foi de R$ 63,3 mil. "A mudança é em função de modificações das
especificações, para a melhor adequação técnica aos seus objetivos",
justificou a diretora técnica da Fumas, Larissa Carbone.

Outra alteração contratual está em andamento "em função de decorrências


executivas necessárias para a finalização da obra", segundo a diretora. Com
os aditivos, os gastos devem chegar aos limites estabelecidos por lei para
aditamentos em contratos públicos. O teto de aumentos é metade do valor
inicial previsto em projeto executado pela empresa Alvo Construção Civil.

A Fumas desembolsou, ainda, recursos existentes do Serviço Funerário


Municipal para compor o mobiliário da nova capela. Os recursos para
aquisição de cadeiras e adaptações no altar, exigidas pelo bispo dom Gil
Antônio Moreira, estavam previstos no Orçamento Municipal deste ano. De
acordo com Larissa, o custo final poderia ser muito maior se adotados outros
procedimentos. "Se houvesse restauro total, por exemplo, o valor ia dobrar,
ficaria inviável".

Mudanças - Antes da ampliação, a capela dispunha de 56,70 m² . Com a


reforma, a área útil passa a ser de 222,26 m². Foram incorporadas à
construção principal duas edificações com 37,74 m² cada. A capacidade para
visitação passa de 60 para 200 lugares. O projeto de arquitetura e o
memorial descritivo foram fornecidos pela Fumas. Os demais projetos
executivos foram executados pela construtora contratada. "Os valores de
remuneração foram baseados na tabela de honorários mínimos da
Associação dos Engenheiros de Jundiaí".

Os custos com materiais utilizados na obra foram em pisos de cerâmica


branca, pisos de mosaico português, esquadrias de ferro e madeira e
alumínio, tinta específica para paredes, madeiramento do telhado, estrutura
de aço e instalações elétricas, hidráulicas, de combate a incêndio e de
proteção contra descargas atmosféricas.
Thiago Godinho

Esta notícia foi atualizada em 1/11/2006 às 21:03


VINHEDO
1/11/2006

Vice-prefeito pode ser cassado

O vice-prefeito de Vinhedo, Marcos Ferraz, será processado e julgado pela


Câmara Municipal daquela cidade. Foi aprovado, ontem à noite, durante
sessão da Câmara, por oito votos a zero, a instalação da Comissão
Processante. O Projeto de Resolução 7/2006 prevê que o vice-prefeito poderá
ser processado e julgado pelas infrações político-administrativas durante a
Festa da Uva de 2005, quando era presidente do evento mais tradicional de
Vinhedo.

A Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) foi instaurada, em 2 de junho,


quando Milton Barbosa, ex-secretário de Esportes e Lazer e então vice-
presidente da Festa da Uva protocolou na Câmara uma narrativa declarando
que ele e o vice-prefeito haviam desviado dinheiro dos cofres públicos para
pagar um acordo político do prefeito João Carlos Donato, o Kalu. O acordo
previa, entre outras coisas, o pagamento de R$ 100 mil, mais três secretarias.
E mais R$ 40 mil para o vereador um vereador usar em sua campanha para
a reeleição. No documento Barbosa alega que o desvio foi por meio da
cobrança do estacionamento e venda de bebidas.

Após analisar cerca de 5 mil documentos, a CPI da Festa da Uva 2005


concluiu que houve contradição entre os depoimentos, degradação do nome
da maior festa da cidade e do município, os promotores devem ser
responsabilizados e o prejuízo ao erário público que deve ser ressarcido.
Prevê o relatório que houve desvio de dinheiro público, fraude de
documentos e licitatória, prevaricação e peculato e improbidade
administrativa. O relatório absolveu o prefeito João Carlos Donato, pois não
houve comprovação de seu envolvimento, mas aponta o Milton Barbosa e
Marcos Ferraz como responsáveis pelo esquema de desvio de dinheiro.

A Comissão Processante foi aprovada por unanimidade pelos oito vereadores


votantes. E por sorteio foram escolhidos: Gilberto Lorenzon (PSDB) como 1º
membro, Cássio Capovilla (PSB) como relator e Kátia Tramontano (PT) como
presidente. A Comissão tem até 90 dias para chegar a um parecer conclusivo.
Maristela Pichini

Esta notícia foi atualizada em 1/11/2006 às 15:36

CLIMA O preço da devastação 7/11/2006


CENAS DA CIDADE - Jundiaienses utilizam muro na rua Vinhedo, na Vila
Lacerda, para desabafos

Muito se comenta que as condições climáticas da Terra estão se alterando.


Falam que as calotas polares estão derretendo. Dizem que estamos
destruindo o nosso planeta aos poucos, que os nossos recursos naturais,
nossa fauna, nossa flora é destruída. Comentam que precisamos cuidar do
meio ambiente para que nossos netos tenham um planeta decente. Apesar de
todo o falatório, parece que a gradual destruição da Terra não vai nos atingir.
Este papo de calotas polares derretendo parece que fica bem longe de nós e
que apesar de toda a destruição desfrutaremos de uma vida decente até
morrer.

Ledo engano. Semana passada foi divulgado um estudo conduzido por um


economista inglês, Sir Nicholas Stern, que trabalha para o Ministério da
Economia Inglesa e para prestigiosa universidade de Oxford. O estudo é
pioneiro em mostrar como as mudanças climáticas irão alterar a economia
mundial até 2050. As previsões são catastróficas. Recentes pesquisas
científicas sobre alterações climáticas indicam que iremos sofrer muito antes
do pensado as conseqüências da destruição do meio ambiente. Se nada for
feito, em menos de 50 anos a temperatura da Terra aumentará em até 5ºC.
Como conseqüência, o nível do mar aumentará deixando 200 milhões de
pessoas permanentemente desalojadas. Quase 40% das espécies animais
poderão ser extintas e a possibilidade de plantar alimentos será
drasticamente modificada, principalmente nos países próximos a linha do
Equador. Além é claro, do aumento de chuvas fortes e furacões, aumentando
assustadoramente a quantidade de enchentes e todos os tipos de catástrofes
naturais.

Em termos econômicos, a situação não será menos devastadora. Se não


fizemos nada para mudar o atual padrão de destruição do meio ambiente,
tudo o que o mundo produz será reduzido em quase 20%, o que equivale
atualmente a produção dos países da União Européia. Isso significa uma
enorme recessão mundial, comparada a uma grande guerra.

Os custos para reparar os danos nas regiões afetadas por desastres naturais
será imenso e haverá milhões de refugiados em todos os lugares do mundo.
Ou seja, os efeitos da destruição climática para as pessoas em menos de 50
anos serão iguais ou piores as conseqüências de uma Terceira Guerra
Mundial.

Se não mudarmos nossos hábitos hoje, nossa própria vida estará em perigo,
pois muitos de nós estarão vivos em 50 anos. Além disso, este é um processo
gradativo, ou seja, a cada ano viver na Terra fica pior. Para tentar reduzir
estes problemas é preciso reduzir a emissão de gases tóxicos nas áreas
desenvolvidas e diminuir o desflorestamento em países como o Brasil. Aliás,
hoje invadem o Iraque por conta do petróleo. Como árvores e água serão
recursos escassos em 50 anos, nada impede que sejamos as próximas vítimas.
Ou seja, é preciso procurar fontes de energia alternativa e o Brasil está na em
vantagem com o biodiesel e o álcool. Isso também abrirá oportunidades de
negócio para o Brasil com as cotas de carbono que serão em breve
negociadas.

Porém, não adianta pensar que isso é problema do governo, trata-se de um


problema de todos nós.
Podemos ajudar muito cobrando que a Prefeitura e a Câmara
Municipal cuidem de nossa Serra de verdade, não deixando que
ela seja devorada pela especulação imobiliária e pelas pedreiras
que são verdadeiros sanguessugas em nossa cidade.

Podemos exigir um transporte público decente, para que


possamos deixar nossos carros em casa. Podemos reciclar mais,
cuidar mais do verdade. Podemos fechar a torneira quando
escovamos os dentes, não lavar as calçadas com água na frente de
nossas casas, não desperdiçar energia elétrica. Todo cuidado é
pouco quando nossa vida corre perigo.

Rafael Alcadipani

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