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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA SUPERIOR DE DESENHO INDUSTRIAL


GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

GABRIELA SOUZA E SILVA FREITAS

FICHAMENTO

“INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA ARQUITETURA”


CAPÍTULO 11
JOSÉ RAMÓN ALONSO PEREIRA

PETRÓPOLIS
2017
GABRIELA SOUZA E SILVA FREITAS

“INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA ARQUITETURA”


FICHAMENTO – CAPÍTULO 11

Trabalho apresentado no primeiro semestre do ano


letivo do ano de 2017, como requisito avaliativo
parcial à disciplina de História da Arte e
Arquitetura do curso de Graduação em Arquitetura
e Urbanismo da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro.

Professor: Dr. Guilherme Moerbeck

PETRÓPOLIS
2017
 A Cabana Cristã

- Relação entre igreja e cidade


 Na Idade Média, “cada obra arquitetônica era considerada como parte e uma
continuidade que se estendia no espaço e no tempo, não como um objeto abstrato
e mutável”.
 Para Benevolo, “o resultado mais importante da experiência medieval é a
‘continuidade das modificações impressas no entorno’”;
 A cidade medieval possui significado dominante em relação aos edifícios;
 Cabana clássica ex.: Templo grego (isolada, plástica e escultórica) ≠ cabana
cristã (“caráter orgânico de expansão e articulação dos edifícios”, “objeto
escavado”, predominância do espaço interior, que condiciona o exterior);
 Edifícios na Idade média cumpriam papel na organização urbana, orientando “o
perfil da cidade”→ “Função urbana da catedral”.

 A Basílica Paleocristã
- “Princípio tipológico de todas as igrejas cristãs”;
- Origem na basílica romana- Evolução das duas a partir da “estoa grega”
* Estoa: calçadas, ou corredores públicos cobertos com colunas em suas laterais.
- “Espaço basilical resultante da cobertura do espaço definido por duas estoas
opostas”.
- Basílica romana:
 simétrica em relação aos dois eixos
 centro único e preciso, funcional
- Arquitetura cristã
 supressão de uma abside
 deslocamento da entrada para um lado menor – rompimento da simetria
 valorização do eixo longitudinal
- Elementos:
 Espaço basilical: nave central
 Estoas: naves laterais
 Êxedra ou abside
 Cabeceira absidal ou presbitério
 Transepto: “se prolonga, incluindo o comprimento das naves laterais e, além
delas, constituindo nesse caso uma verdadeira nave transversal (...)”.
- Gregos (estática) X cristãos (Dinamismo)
- Utilização de plantas centrais unitárias ou cruciformes (“tumbas, batistérios e capelas
ou oratórios em homenagem a algum mártir”)
- Utilização de orientação , com entrada a oeste e cabeceira a leste
- Constituição “a partir de duas paredes com colunatas paralelas contraventadas por uma
série de treliças de madeira que suportam uma simples cobertura de duas águas”.
- “Construção um pouco descuidada que costuma aproveitar materiais e elementos de
outros lugares, sem muita preocupação com o aspecto unitário;
- “Quando os cristãos conquistaram a liberdade de construir seus templos, a arquitetura
romana estava no auge de suas possibilidades técnicas”;
- Reelaboração de técnicas da antiguidade, “com um espírito livre de preconceitos”;
- Evoluções funcionais e simbólicas;
- Definição da estrutura da igreja cristã.

 A arquitetura cristã oriental

- Arquitetura Bizantina
 Integração de elementos da arquitetura paleocristã em “uma forma complexa,
mas unitária, que reforce as analogias planimétricas; volumétricas e espaciais,
além da complexidade funcional (...)”
 Espaço centralizado, iconostase e trifório
 Sistema estrutural e construtivo constante
 Igreja de Santa Sofia de Constantinopla (Hagia Sophia)
* Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto
*Imperador: Justiniano
* Proposta: Centralização da dualidade nave-abside, com a tentativa de torna-
la centrípeta e a disposição de uma grande cúpula central apoiada em
semicúpulas.
* “Atmosfera de mistério acentuada entre o centro iluminado e as laterais em
penumbra”.
 Basílica e igreja centralizada – referência à arquitetura paleocristã
* Amplo desenvolvimento tipológico;
* Planta quadrada coberta por cúpulas;
* Igreja centralizada de quatro pilares e cinco cúpulas;
* Forma basilical de planta cruciforme - Mistra
 Iconostasis
* Separação óptica de dois elementos

“ Isso faz com que às vezes seja difícil entender a planimetria


eclesiástica bizantina, pois ao mesmo tempo em que se tende a
organismos cada vez mais simétricos, unitários e repetitivos, ela
os rompe ou fragmenta continuamente em sua utilização do
espaço interno, assemelhando-os muitas vezes a arquiteturas
orientais”. (p.109)

 Arquitetura Cristã Ocidental

- Mutação constante de sistemas construtivos;


 “baseada na ideia de progresso contínuo”
- Variação na relação entre transepto e cabeceira absidal
 Sua intercessão cria a planta cruciforme.
- Importância da abstração e do simbolismo.
- Prolongamento da cabeceira
 Funções litúrgicas complexas e numerosas em pessoas participantes ( em certas
ocasiões)
- Transepto
 Passa a ocupar posição de mediatriz entre a nave e a cabeceira;
 Inglaterra:
* cabeceira predomina sobre a nave;
* divisão e duplicação do transepto.
- Aumento do número de sacerdotes
 Aumento da região absidal;
 Criação de capelas menores ao redor do deambulatório;
 Planimetria em cruz grega e em cruz latina.

- Embora cada igreja medieval tenha alterações singulares, é “perfeitamente possível


caracterizá-la tipologicamente como parte de uma cadeia evolutiva bem conhecida”.
- Oriente: Durabilidade de estilos
- Ocidente: Mudanças constantes
- Permanências e mudanças do espaço cristão ao longo da Idade Média, desde o
paleocristão até o gótico tardio.

PEREIRA, José Ramón Alonso, Introdução à História da Arquitetura, Bookman, 2010.

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