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Sumário
Ano. 19 - julho / 2012 - Nº 212
94
AES Brasil
A 16ª Convenção e o 10º Congresso da
AES Brasil aconteceu pela primeira vez
no Expo Center Norte e reuniu o maior
número de palestrantes estrangeiros.
56
“
NESTA EDIÇÃO
Do folk-rock de Roy Rogers, que 18 Vitrine 92 Novo Line em BH
fechou a noite da décima edição O mercado ganha uma nova Em evento no Hard Rock Cafe,
interface de gravação da M- em Belo Horizonte, Oneal apre-
do Rio das Ostras Jazz&Blues Audio, a Fast Track C400. E a senta novo line array, ideal para
Festival, às esperadas CSR apresenta um teclado sonorização de igrejas.
Eletrônico Digital, o K2000T.
apresentações das atrações
28 Rápidas e rasteiras
104 Máquina de fazer som
inéditas, como David Sanborn, Foi no show do cantor mais famoso
Dois concursos culturais estão do Brasil do momento, na cidade
o evento eleito pela DownBeat com inscrições abertas e outras fluminense de Silva Jardim, que a
como um dos melhores do gênero notícias do mercado. Cocobongo estreiou o novo line array
no mundo também trouxe 38 Play-rec da Machine.
anos de carreira.
completa 35 anos. 136 Vida de artista
50 Mauro Senise Músicos de rua existem em toda parte
do mundo, mas aqueles das grandes
Danielli Marinho O saxofonista, que se apresentou cidades, figuras únicas no meio de mi-
Coordenadora de redação no Rio das Ostras Jazz & Blues Fes- lhares, é que tocam profundamente.
tival, completa 40 anos, reúne
amigos e grava novo trabalho, Afe-
tivo, em apenas uma semana.
LFW ganha iluminação intimista
Uma iluminação precisa, assinada pelo lighting Expediente
designer Lec Croft, deu um ar mais intimista aos
Diretor
defiles durante a London Fashion Week (LFW),
122
Nelson Cardoso
em Londres. nelson@backstage.com.br
Gerente administrativa
Stella Walliter
stella@backstage.com.br
Financeiro
Lucimara Silva Rodrigues
adm@backstage.com.br
Coordenadora de redação
Danielli Marinho
redacao@backstage.com.br
Revisão
Heloisa Brum
Revisão Técnica
José Anselmo (Paulista)
Tradução
Fernando Castro
Colunistas
Cristiano Moura, Elcio Cáfaro, Gustavo Victorino,
Jorge Pescara, Jamile Tormann, Julio Hammer-
schlag, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, Marcello
CADERNO TECNOLOGIA Dalla, Nilton Valle, Ricardo Mendes, Sergio
Izecksohn e Vera Medina
Colaboraram nesta edição
Alexandre Coelho, Luiz Urjais e Victor Bello
Edição de Arte / Diagramação
Leandro J. Nazário
arte@backstage.com.br
Projeto Gráfico / Capa
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Foto: Ernani Matos / Divulgação
Publicidade:
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70
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Dicas de como modular os parâme- broncalivre@backstage.com.br
tros no ES1 facilitam a vida dos usu- Backstage é uma publicação da editora
H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.
ários do Logic. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - Jacarepaguá
74 Cubase
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As características da versão
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82 Produção Musical CNPJ. 29.418.852/0001-85
Distribuição exclusiva para todo o Brasil pela
Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.
direcionar qual o mais indica- No terceiro capítulo da série O Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. A
Jardim Belmonte - Osasco - SP
do para cada usuário. Tamanho do seu estúdio, os tipos Cep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628
de microfones mais indicados Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos
pedidos de números atrasados enquanto houver estoque, através do
para estúdios de médio porte.
78
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Sibelius
Semelhanças e diferenças
86 Home Studio Os artigos e matérias
assinadas são de respon-
sabilidade dos autores.
É permitida a reprodução
entre o Sibelius e o Score Qual a melhor maneira de se desde que seja citada a
fonte e que nos seja envia-
Editor do Pro Tools. captar cada som durante a da cópia do material. A
gravação de vozes e instrumentos revista não se responsa-
biliza pelo conteúdo dos
acústicos ou elétricos? anúncios veiculados.
CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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Vivemos em um mundo
que pertence aos nossos filhos e netos
o exato momento em que escrevo (quin-
siga: twitter.com/BackstageBr
17
AUDIO PRECISION
VITRINE ÁUDIO E ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
www.ap.com/br
A Audio Precision traz ao merca-
do brasileiro o APx585, um anali-
sador de áudio multicanal, com
oito entradas e saídas analógicas
simultâneas. É ideal para projetar e
testar dispositivos de consumo,
tais como receptores de home
theater ou dispositivos profissio-
nais como mesas de mixagem. Ele é
próprio para aplicações multi-
canais e proporciona facilidade e
rapidez em sua utilização.
BOSE
www.disac.com.br/bose/
Os fones de ouvido QuietComfort 15 da Bose possu-
em um cancelamento de ruído surpreendente, o que
18
LEACS
www.leacs.com.br
A Leacs lançou o Power Mix 480 Amplificado de 12V c/ USB. O equipamento é recomendado para veículos/
caminhões que possuem equipamento para propaganda volante com todos os recursos que possibilitam uma ex-
celente qualidade em todas as frequências e ainda conta com sistema USB com controle remoto.
19
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BEHRINGER
www.proshows.com.br/marcas/behringer
A tecnologia wireless é uma grande faci-
litadora para o mundo da música. A dimi-
nuição de fios no estúdio, por exemplo, é
uma grande ajuda para músicos e produto-
res. A Behringer, distribuída pela Proshows M-AUDIO
no Brasil, também investiu nessa tecnologia www.quanta.com.br/web/quanta-music
e lançou o microfone ULM 100 USB. O pro- A interface de gravação campeã de vendas da
duto oferece várias vantagens e funciona M-Audio, a Fast Track, estabeleceu um pa-
muito bem em estúdio ou ao vivo. drão em qualidade e uso. Agora, a interface de
áudio Fast Track C400 torna mais simples do
que nunca transformar suas ideias em música
profissional de qualidade. Ela captura per-
formances incríveis usando os efeitos de
reverb e delays nativos.
YAMAHA
www.br.yamaha.com
20
BOSS
www.roland.com.br/boss/produtos/530
A nova ME-70 da Roland é uma unidade
multiefeitos tão prática quanto um pedal
compacto. Os knobs de acesso instantâneo
e a seção de amplificadores originados da
poderosa GT-10 tornam a construção de
timbres muito rápida. A ME-70 amplia os
horizontes do conceito de “fácil criação de
timbres” a um novo patamar.
21
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JBL
www.jbl.com/pt-br
A Harman disponibiliza novamente no Brasil a linha de woofers
JBL. Os alto-falantes JBL 2206H (12 polegadas), 2226H (15 pole-
STRINBERG gadas) e 2241H (18 polegadas) possuem sensibilidade, potência e a
www.sonotec.com.br mais alta fidelidade na reprodução de frequências baixas e médias.
Seguindo uma tendência de mercado, a Os woofers JBL contam com tecnologia patenteada de ventilação
Strinberg traz ao Brasil, por meio da do GAP dos alto-falantes (Vented Gap Cooling Technology), o
Sonotec Music & Sound, a guitarra mode- que agrega aos produtos saturação do conjunto magnético e densi-
lo EGS217T, que é uma strato assim como dade de fluxo, resultando em diminuição do peso total dos falantes
o modelo EGS216, porém com afinador e redução expressiva da distorção harmônica.
cromático embutido. Esse modelo estará
disponível a principio nas cores preta, vi-
nho e sumburst.
22
AUDIO PRECISION
www.ap.com/br
A Audio Precision também apresentou no Brasil o analisador de áudio APX525. O equipamento possui recursos
que complementam o outro analisador da marca, o SYS2722. Ele possui um software fácil de usar, fácil de
automatizar para criar rotinas de testes pré-definidas, possui interfaces analógicas, digitais, ópticas, HDMI,
Bluetooth, PDM, FFT de 1MHz, etc. Ótimo para testar todos os tipos de equipamentos de estúdio, inclusive com
recursos de gate, simulando uma câmara anecóica.
23
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AVALON
www.quanta.com.br/web/quanta-music
O Avalon VT-737SP apresenta uma combinação de pré-amplificadores valvulados (mic, linha e instru-
mento), compressores ópticos, equalizador de varredura, nível de saída e VU meter em apenas 2 espaços
de rack. Ainda possui hi-pass filter variável e comutador de reversão de fase nos três canais. O compres-
sor óptico possui total controle dinâmico, desde a compressão mais leve até o limiter, pelos controles de
threshold, ratio, attack e release, tudo isso visualizado por um grande meter do tipo VU.
VINTAGE
www.habro.com.br/vintage
A Vintage lançou o violão eletro-
acústico Vintage VE900MH Sweet-
Water Grand Auditorium, que pos-
sui, dentre outras características,
tampo em mahogany, braço em ma-
24
YAMAHA
www.br.yamaha.com
O Tyros4 da Yamaha apresenta recursos como 128 notas de polifonia, Gera-
dor de Som AEM (Articulation Element Modeling) com novas Voices Super
Articulation2! de altíssima qualidade. O painel intuitivo do Tyros4 oferece
controles em tempo real como 9 sliders no painel para controle de funções e
dois switches ART para controle das Super Articulation Voices. Os 500
Styles internos fazem uso da renomada tecnologia Mega Voice juntamente
com o formato SFF GE.
CSR
www.csr.com.br
A CSR lançou no mercado brasileiro o Teclado Eletrônico
Digital K2000T. O equipamento possui excelentes caracte-
rísticas dentre as quais podemos destacar as 61 teclas,
display LED, 100 timbres/100 ritmos e 12 músicas “demo”.
25
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PRG
www.telem.com.br
A TELEM lançou com exclusividade no
Brasil o PRG Foton, da linha TruColor,
que representa a junção de preço acessí-
vel e tecnologia de ponta. Leve e versátil,
o equipamento elimina o espectro des-
contínuo, condição comum em luminá-
rias de LED. Tem saída de 1.000 lúmens,
consumindo menos de 30 Watts, além de
ser à prova d’água.
26
ROBE
www.robe.cz/products/article/robin-dlx-spot
Os Robin DLX Spot usam um excepcional sistema
de fonte de luz RGBW LED, conferindo uma saída de AVOLITES
cores mais luminosas do que em uma descarga de www.proshows.com.br
575/700 Watts por unidade, mas com uma média de Toda a tecnologia da mesa controladora de luz da
consumo de potência bastante ecológica, de apenas Avolites (Tiger Touch) em uma versão extrema-
250 Watts. O sistema óptico produz uma lumi- mente compacta e portátil. Este console é prático,
nosidade bastante suave, de alta qualidade e cores leve e muito fácil de usar, o que o torna ideal até
bonitas e sem sombras, além de utilizar um zoom mesmo para os iluminadores mais exigentes, pois
versátil de 10-45 graus. conta com toda tecnologia necessária para a pro-
gramação e realização de qualquer espetáculo.
PROLED
www.proshows.com.br
Lançado no Brasil, o painel de LED PH-5.08mm Black da PROLED já esteve
presente em diversos eventos de expressão nacional e internacional no nos-
so país. Através da empresa Crialed, o PH-5.08mm Black foi a atração prin-
cipal de eventos de Réveillon e Natal em SP, MG e RJ principalmente. Um
outro grande evento que contou com o painel da PROLED no cenário prin-
cipal foi o “Monange Dream Fashion Tour”, um mega evento patrocinado
pela Monange e promovido pela Rede Globo, que aconteceu em diversas ca-
pitais brasileiras ao longo de 2011.
27
RÁPIDAS & RASTEIRAS | www.backstage.com.br
Digitech promove
32
Para celebrar o
Dia Mundial do Rock, dia 13 de julho, a
Digitech realiza um concurso cultural
voltado a músicos, produtores e entusi-
astas do gênero, que poderão exerci-
tar sua criatividade e ainda levar para
Porto Alegre foi palco de um work- ticipantes puderam assistir a um casa um pedal Bad Monkey como prê-
shop gratuito para guitarristas no pocket show do músico e conhecer mio. Para participar, os interessados
dia 16 de maio, na Casa de Cultura variedades de pedais, pedaleiras e am- têm que ficar atentos à dica postada
entre os dias 1º e 13 de julho no site da
Mário Quintana. O evento foi pro- plificadores da Digitech, responsável
empresa (www.digitechaudio.com.br),
movido pela Digitech e contou com por inovações em pedais e multi-efei- responder à pergunta secreta e tor-
a participação do músico e consul- tos utilizados por inúmeros músicos cer. A frase mais criativa leva o pedal
tor técnico da marca Richard Po- profissionais, entre eles lendas como Bad Monkey, que oferece efeito de
well. Além de interagir com Ri- Eric Clapton e Jimi Hendrix. Toda a distorção ao estilo de um amplificador
chard com perguntas e pedidos es- sonorização do evento contou com a valvulado. O nome do vencedor será
pecíficos de demonstração, os par- qualidade de áudio JBL. conhecido no dia 17 de julho.
33
RÁPIDAS & RASTEIRAS | www.backstage.com.br
ESTÚDIO ABERTO
No dia 16 de junho, o IATEC pro- começar uma canção, e ter destaca- comparação, entre eles o arranjo
moveu o primeiro encontro do do pontos importantes como o re- do refrão de Beat it, de Michael
projeto Estúdio Aberto. A inici- frão, a primeira parte da música e a Jackshon.
ativa atraiu cerca de 50 pessoas que forma. “Achei o público extrema- Na parte da tarde, Walter Costa
mente de alto nível. abordou os mitos e verdades em
Todos com uma visão mixagem e numa espécie de mesa
geral muito clara”, disse redonda, em que Mariano e Fer-
ao final da palestra. nando também contribuíram, fa-
O segundo a fazer a lou sobre a terceira etapa dentro
palestra foi Fernando do processo da produção musical:
Moura, que abordou a mixagem. “O intercâmbio de
Os diversos caminhos ideias é uma iniciativa bem legal.
para o arranjo e a pro- No Brasil, sempre foi muito difícil
gramação. Comparan- e é importante esse tipo de even-
do o arranjo à roupa to”, disse. Embora seja um assun-
to amplo, Walter procu-
rou fazer um apanhado
geral, falando dos concei-
tos artísticos e psicológi-
cos que envolvem essa
Torcuato Mariano abriu o ciclo de palestras
etapa, deixando de fora
36
MÚSICOS LANÇAM
MANIFESTO NO ECAD
No dia 11 de junho, artistas, in-
térpretes e compositores se reu-
niram na sede do Escritório Cen-
tral de Arrecadação e Distribui-
ção (Ecad), em Botafogo, no Rio
de Janeiro, para lançar um mani-
festo “Em Defesa da Gestão Co-
letiva Musical”, que será entre-
gue à ministra da Cultura, Ana
de Hollanda, em Brasília. O obje-
tivo do documento é tentar influir
no debate sobre as mudanças
na Lei do Direito Autoral. O abaixo assinado foi elaborado pela Comissão de Artistas,
formada há mais de dois anos por compositores, intérpretes e músicos de renome no
Brasil e no mundo, entre eles Sandra de Sá, Fafá de Belém, Fagner, Carlos Colla, entre
outros, e pretende recolher cinco mil assinaturas.
37
DANIELLI MARINHO | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
PLAY REC | www.backstage.com.br
SINTONIZA LÁ
BNegão & Seletores de Frequência
AS SANFONAS DO REI
A mistura explosi-
Falamansa va de Hip-Hop, Rag-
Um dos maiores no- ga, Dub, Jazz, Sam-
mes do forró, o Fa- ba, Soul, Funk Ca-
lamansa acabou de rioca e Rock pro-
lançar As Sanfonas movida pelo rap-
do Rei, uma home- per BNegão e sua
nagem ao centená- banda, os Seletores
rio de Luiz Gonza- de Frequência, vem
ga. O novo álbum causando bastante
inclui músicas co- impacto no Brasil e
mo Qui Nem Jiló, no exterior, atrain-
Sanfoninha Chora- do um número cada vez maior de ouvintes pelo plane-
deira e Sabiá, no to- ta. Agora, o grupo liderado pelo ex-rapper do Planet
38
tal de 16 faixas, e foi lançado pela Deck em CD e LP. Hemp vem mostrar sua sonoridade única no álbum
Para participar do tributo, o Falamansa chamou con- Sintoniza Lá. Com 11 faixas inéditas e participação es-
vidados especiais, entre eles, o vocalista da Nação pecial da cantora Céu em Alteração (Éa!), o disco não
Zumbi, Jorge Du Peixe, no pout-pourri de forró e vai deixar ninguém parado na pista. É só sintonizar!
maracatu Erva Rasteira / A Festa (Gonzaga Junior), que
acaba de ser lançado no YouTube. Para o vocalista Tato,
para fazer uma viagem na musicalidade de Luiz
Gonzaga, não há como fazer isso sem passar pelo RENASCIDO
maracatu e pelas raízes de Pernambuco. Gloria
(Re)Nascido é o dis-
co de metal que traz
BREVE LEVEZA de volta à cena a
Luiza Sales banda Gloria. A com-
binação de alguns
O álbum de estreia elementos, como
da cantora traz com- as duas guitarras -
posições próprias e de Peres e Elliot -
promete colocar Lui- em afinação baixa,
za Sales no time dos pesadas e graves, a
novos artistas da chuva de riffs que
MPB no cenário mu- costuram as músi-
sical brasileiro. cas em duelos, a seção rítmica na cozinha, vinda do
Gravado no Rio de baixo de Johnny e da bateria de Eloy Casagrande, em
Janeiro e mixado levadas de dois bumbos por vezes aceleradas, conferem
em Los Angeles, o um puro som de metal ao novo álbum. O vocal com
CD tem produção preponderância do gutural de Mi, mas por vezes suavi-
de Dan Garcia, que tem em seu currículo nomes como zado pelo backing melódico de Elliot, é o único mo-
Al Dimeola, Rod Stewart e Dori Caymmi. A banda es- mento em que pode-se ouvir suavidade no trabalho.
colhida por Luiza para a execução das músicas, Os (Re)Nascido é um lançamento do próprio selo da banda
Coringas, reúne instrumentistas que já atuaram ao Gloria e está disponível para download gratuito no
lado de músicos com Hermeto Pascoal, Teresa Cris- site: www.gloriaoficial.com.br
tina, Geraldo Azevedo e Elza Soares.
REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR | DANIELLI MARINHO
39
GUSTAVO VICTORINO | www.backstage.com.br
O MELHOR
Embora arredio a prognósticos sobre os
melhores shows de cada ano, admito:
duvidei que minha sensação fosse ple-
namente confirmada. Mas o slide-man
Roy Rogers não errou e foi o show de
2012. Dono de uma técnica que já lhe ren-
deu o título de melhor slide do mundo, o
guitarrista fez um espetáculo de tirar o fô-
lego e inevitavelmente foi ovacionado em
ADMIRAÇÃO todos os bis. Misturando o blues visceral e
Os artistas que participam do Festival elétrico de Chicago com puro rock e uma
Os 10 anos do Rio de Rio das Ostras não escondem a pro- pitada de folk music, o artista fez um show
funda admiração coletiva. Nesse ano a memorável. Usando competência e ta-
das Ostras Jazz &
reverência entre eles não foi diferente. lento mostrou que com apenas dois músi-
Blues foram O bluseiro Michael Hill revelou sua ad- cos (baixo e bateria) é capaz de incendiar
40
comemorados como miração pelo talento de Mike Stern que mais de 15 mil pessoas debaixo de uma
não economizou palavras para elogiar o chuva que mal serviu para refrescar o ím-
todos queriam e pianista Kenny Barron que, por sua vez, peto do público extasiado com a genia-
esperavam. Música se disse admirador do saxofonista David lidade do rei da guitarra de dois braços. Foi
de qualidade e um Sanborn. E por aí vai... o show do ano.
público único e SEM TEMPO BRAZIIIILLLLLLLLL
surpreendente que O baterista que acompanha o pianista O cast brasileiro mais uma vez fez boni-
não se assustou com Kenny Barron provocou frisson entre os to e mostrou que nossa música e nossos
amantes do instrumento e aficionados talentos estão também entre os melho-
a chuva e fez da por jazz. A capacidade de marcar (ou res do mundo. Destaque para o Grupo
décima edição de não) o andamento das músicas com o Cama de Gato que confirma a cada
um dos maiores pedal de bumbo deixou muita gente de show o título de melhor grupo instru-
queixo caído. Até Mike Stern se rendeu mental do Brasil. O iconoclasta Celso
festivais do mundo ao inacreditável sentido de tempo e con- Blues Boy é garantia de show vibrante e
mais um encontro dução do rapaz. O gordinho Christofer Maurício Einhorn cativa sempre pela
reunindo talentos Blake arrancou aplausos especiais ao fi- suavidade e correção nas suas apresen-
nal da apresentação. “Wonderful...” - de- tações. Hélio Delmiro se confunde com
nacionais e finiu Stern ao final do show. a própria história da guitarra brasileira e
internacionais mostrou isso no palco do festival. De
acompanhados da PURA ALEGRIA resto, os brasileiros fizeram shows que
O camaronês Armand Sabal Lecco era mantiveram o alto nível balizado pelos
mais absoluta paz e pura alegria e descontração pelos corre- artistas internacionais. De novo, ponto
alegria, sinônimo dores e palcos do evento. O baixista para os nossos talentos.
africano tem origem nobre e em seu país
dos 10 anos de
é também ídolo na música. Como curi- ROMERO
história do evento. osidade, o músico trouxe ao Brasil uma Guitarrista brasileiro radicado em New
banda que é uma verdadeira sucursal da York, Romero Lubambo é um caso à parte
ONU. O baterista era americano, o gui- quando se fala em talento verde-amarelo
tarrista irlandês, o tecladista australia- conquistando o mundo. Figurando sempre
GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR
41
“C
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
ontrastes é um samba de Ismael Sil- ro, xote e reggae nessa bolacha. Com-
va que diz tudo que tem de conteú- posições próprias e de compositores
do naquele momento de 77. Existe de sua geração (Duda, Waly Salomão,
muita tristeza na Rua da Alegria, con- Walter Franco) se misturam a de auto-
tradições”, observa Macalé sobre a res históricos como Ismael Silva,
temática e a linguagem em que transita Miguel Gustavo e Haroldo Lobo. Os
o disco, lançado em 1977. E foi justa- músicos Paulo Moura, Gilberto Gil,
mente esse caminho dialético que o Wagner Tiso, Dominguinhos e Jack-
músico percorreu ao longo de sua tra- son do Pandeiro estão entre os arran-
Disco polêmico de jetória de ousadia e de impressão de jadores desse álbum de um dos artistas
Jards Macalé uma personalidade forte em meio aos mais controversos e polêmicos da mú-
tempos sombrios da ditadura. sica popular brasileira.
completa 35 anos.
Victor Bello
CONTR
redacao@backstage.com.br
Fotos: Internet / divulgação
42
ASTES
Sonoros
Rádio Nacional, eu ouvia muito e
eu passei a ser copista da Orquestra
Tabajara, copiava a grade da or-
questração do Severino Araújo,
zou nesse disco orquestra, sopros,
ruídos e efeitos sonoros diversos,
coro feminino e até um cachorro
da música de Ismael Silva que abre
o disco. Sem Essa, música que fez
parte da trilha da novela global Es-
“
“
pegava as partituras e levava para a
rádio e arrumava as partituras nas
estantes. Então eu ficava lá vendo A minha formação foi de Rádio
e ouvindo tudo. Eu também sem-
pre gostei muito de ouvir jazz. Jota,
meu grande amigo, adorava jazz e
Nacional, eu ouvia muito e eu passei a ser
tocava; a gente teve um conjunto -
o Seis no Balanço - que misturava
copista da Orquestra Tabajara, copiava a
tudo, principalmente jazz. Eu sem-
pre ouvi essas várias formas, in- grade da orquestração
ventei algumas, enfim, deu um pa-
norama geral”, fala.
dentro do estúdio para enaltecer pelho Mágico, seria um presente
COLAGENS, CITAÇÕES E suas ideias, sem contar as inúmeras para Roberto Carlos gravar, mas
EXPERIÊNCIAS MUSICAIS referências contidas nas letras. O que não acabou acontecendo.
Sempre em busca de inovações resultado foi a miscelânea que se Poema da Rosa foi extraído da peça
para seus trabalhos, Macalé utili- deu em Contrastes, nome retirado Mãe Coragem, de Bertold Brecht,
43
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
“
Violão – Neco Guitarra – Perinho Santana
Baixo – José Alves Piano – Tomas Improta
Bateria – Paulo Braga Baixo – Arnaldo Brandão
Sax-Contralto – Paulo Moura Bateria – Chiquito Azevêdo
Ritmo – Marçal, Elizeu, Roberto Bastos Sax-Alto/Sax-Soprano/Flautas – Tuzé de
Eu botei o Sérgio Vocal – As Gatas Abreu e Mauro Senise
Orquestração e Regência – Paulo Moura Percussão – Djalma Correa
Dourado, tudo que Vocal – As Gatas
2 – Sem Essa (Jards Macalé/Duda) Arranjo e Regência - Gilberto Gil
está citado foi
Piano – Wagner Tiso
invenção minha. O Guitarra – Chiquito Braga 8 – Choro de Archanjo (Jards Macalé)
Baixo Acústico – Luis Alves Orquestra Tabajara
breque era o Bateria – Robertinho Silva Orquestração e Regência – Severino Araújo
improviso, o Sax-Contralto – Nivaldo ornellas
Orquestra e Regência – Wagner Tiso 9 – Cachorro Babucho (Walter Franco)
Moreira sempre Violões – Jards Macalé e Malui Miranda
inventou os breques, 3 – Poema da Rosa (Jards Macalé/Brecht) Vozes - Jards Macalé e Malui Miranda
Piano - Wagner Tiso Orquestração e Regência – Julio Medaglia
depois você Violão 7 cordas – Valdir Silva
formaliza e fica a Baixo Acústico – Luis Alves 10 – Garoto (Jards Macalé)
Bateria – Paulo Braga Violão Solo - Neco
44
música, mas você Trumpete – Hamilton Pereira/ Clarinete – Piano – Wagner Tiso
atualiza a leitura Netinho/ Trombone – Edson Maciel Baixo Acústico – Luis Alves
Orquestração e Regência: Wagner Tiso Bateria – Paulo Braga
dos personagens Orquestração – Paulo Moura e Regência:
4 – Black and Blue (Ruzaf/Waller/Brooks) Wagner Tiso
”
Piano – Wagner Tiso
Banjo – Neco 11 – Relógio do Cuco (Haroldo Lobo –
Baixo Acústico – Luis Alves Milton de Oliveira)
Bateria – Paulo Braga Locutor da Central & Cuco Maluco –
Trumpete – Hamilton Pereira/ Clarinete – Ne- Honório de Souza
tinho/ Trombone – Edson Maciel Locutor da rádio – Luis de França
Orquestra e Regência: Paulo Moura Efeitos de Boca – Julio Medaglia
Efeitos Sonoros e Montagem – Formiga
5 – Sim ou Não (Geraldo Gomes Mourão) (José Cláudio)
Acordeon: Dominguinhos
Grupo Bendegó 12 – No meio do Mato (Jards Macalé)
Violão 10 cordas – Gereba Violão – Jards Macalé
Cavaquinho - Zeca Baixo Acústico – Luis Alves
Piano Elétrico – Vermelho Bateria – Paulo Braga
Baixo - Capenga Percussão – Djalma Corrêia, Hermes,
Percussão – Helli/Jackson do Pandeiro & Ariovaldo, Elias
Conjunto Borborema Atabaques – Jorge José, Nelson França
Zabumba – Geraldo Gomes/Triângulo – Vocal – As Gatas
João Gomes/Reco Reco – João Severo/ Orquestração e Regência - Wagner Tiso
Côco- José Gomes/Pandeiro – Jackson do
Pandeiro/Riso – Marlui Miranda Coordenação Geral: João Araújo
Arranjo – Dominguinhos/Jackson do Pan- Direção de Produção: Guto Graça Mello
deiro/Gereba/Jards Macalé Produção Executiva: Sergio Mello
Direção de Estúdio: Sergio Mello
6 – Conto do Pintor (Miguel Gustavo) Direção Musical: Jards Macalé
Efeitos – Geraldo José Técnicos de Gravação: Vitor Farias/Dan Andy
Orquestra Tabajara Fotos capa e contra capa: Ivan Cardoso/
Orquestração e Regência – Severino Araújo Mario Luiz
Macalé, juntamente com o grupo Ben-
degó e o conjunto Borborema, fizeram
uma versão. Conto do Pintor é um sam-
ba de breque composto por Miguel
Gustavo, um publicitário que escrevia
samba de breque para Moreira da Silva
e adaptada pelo Macalé que assume o
personagem de um pintor estrangeiro
que desembarca no Brasil.
“Eu botei o Sérgio Dourado, tudo que
traduzida por Augusto Boal (diretor e está citado foi invenção minha. O
dramaturgo) e foi musicada pelo breque era o improviso, o Moreira
compositor dando uma nova dimen- sempre inventou os breques, depois
são ao poema. Black and Blue com ar- você formaliza e fica a música, mas
ranjo de Paulo Moura é um standard você atualiza a leitura dos persona-
jazzístico eternizado na voz de Louis
45
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
“
Couto e Silva. Eu fiz um disco -
Banquete dos Mendigos - que é ou-
tra história (direitos humanos) e
fui a Brasília e entreguei na mão
do Golbery”.
46
Eu pedi ao Wagner
para fazer um som,
a introdução, como
se fosse a floresta
banda Black Rio. Na música, Macalé
amazônica sendo também utilizou citações de Them Belly
devastada e ele fez Full, de Bob Marley. O tema instrumen-
uma sinfonia louca tal Choro de Archanjo foi composto em
um cavaquinho numa viagem para a
Bahia dentro de um carro para o filme
”
Tenda dos Milagres, adaptação do cineas-
ta Nelson Pereira dos Santos para o ro-
Negra Melodia traz a conhecida parceria mance de Jorge Amado.
entre Jards Macalé e o poeta Wally O filme narra cenas do início do século XX,
Salomão, que juntos também compuse- onde Pedro Archanjo, o ojuobá (olhos de
ram um dos hinos clássicos da música Xangô) do Candomblé, mulato, capoeiris-
brasileira - Vapor Barato. Em Negra Me- ta, tocador de violão e bedel da Faculdade
lodia a referência é o reggae, onde Ma- de Medicina da Bahia, defende os direi-
calé teve contato durante seu período tos dos negros e mestiços afrodescen-
em Londres, na participação das grava- dentes. Relógio do Cuco é uma poesia
ções do disco Transa, de Caetano Veloso. concreta de Haroldo Lobo e Milton de
Nas andanças em Portobello Road, o Oliveira e possui uma polifonia de efeitos
músico aprendeu o reggae com um e ruídos dando contexto ao poema. Foi
jamaicano enquanto ensinava a batida gravada no estúdio da Rádio Globo com o
do samba para ele. sonoplasta da Rádio ilustrando a letra
A citação ao morro de São Carlos, no com ruídos. “Tem um peido que eu tomei
bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, muita Coca-Cola, coloquei o microfone e
onde Luiz Melodia cresceu foi a home- fui. Eu acho que é o único peido da música
nagem de Wally à Melodia e à turma da brasileira e no mundo”, ri o músico.
47
SEÇÃO GRAMOPHONE | www.backstage.com.br
48
O barulho do relógio cuco encontra o No meio do mato é uma música que, se-
locutor da Central do Brasil dando gundo o compositor, foi uma invenção
notícias em meio ao som de uma bom- sua e possui orquestração e regência de
ba atômica “Essa música foi proibida Wagner Tiso somando a percussão de
na Rádio, pois quando entrava o locu- Djalma Corrêia, Hermes, Ariovaldo e
tor quem pegava a música no meio, Elias. “No meio do mato é uma mistura
achava que era de verdade. O locutor meio candomblé que na hora pintou, é
era de verdade, quando os trens coli- uma reza mítica, sei lá, eu não sei expli-
dem no disco eu coloquei o som de car o que é isso, uma coisa afrorre-
bomba atômica e pedi para reforçar e ligiosa. Ela é um ritmo inventado na
terminar com o cuco”, comenta. soma de vários ritos. Eu pedi ao Wag-
Em Cachorro Babucho, a orques- ner para fazer um som, a introdução,
tração ficou a cargo de Julio Me- como se fosse a floresta amazônica sen-
daglia com letra composta por Wal- do devastada e ele fez uma sinfonia
ter Franco. “Tinha que fazer um au louca. Eu tava no Parque da Cidade, lá
au au no final e o Julio disse: - Eu na Gávea, quando escrevi sentado no
tenho uma cachorrinha, mas ela só meio do mato. É um maculelê, um
late quando toca a campainha. Aí maracatu, As gatas, sei lá”.
respondi: - Não seja por isso. Colo- Sendo um dos artistas mais inven-
ca a cachorrinha dentro do estúdio tivos e idealistas da música popular
e toca a campainha e vamos ficar brasileira, Macalé agora trabalha em
aqui. Todo mundo em silêncio, toca um disco só com músicas de Nelson
a campainha e o cachorro au au au Cavaquinho, enquanto prepara para
au” conta Jards. sair em turnê pelo Brasil.
49
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Pelo turbilhão de
acontecimentos,
Mauro Senise,
que comemora
quarenta anos de
carreira em 2012,
parece estar no
50
ápice de sua
carreira musical.
Com um novo
quarteto e shows
agendados por
todo o Brasil, o
MAURO
músico é do time
daqueles que não
param quietos e,
sabe-se lá como,
S40
ainda conseguem
conciliar tempo e
enise
trabalho para
idealizar um
projeto novo,
como o CD e o
DVD Afetivo.
anos
redacao@backstage.com.br
Fotos: Internet / Divulgação
AFETIVO
O novo trabalho foi gravado em
uma semana, nos estúdios Bis-
coito Fino, no Rio de Janeiro, e Tri-
ram com você ao longo de sua car-
reira deve ter sido uma tarefa difícil.
Houve algum imprevisto ou o proje-
Mauro Senise - Foi complicado
sim... Imagina reunir essas feras to-
das em uma semana de gravação!
lhas Urbanas, em Curitiba, e que to foi produzido no tempo esperado? Cada um com uma agenda mais
reúne parceiros de longa data. Edu Lobo e Mauro cheia que a do outro... Foi um tabu-
Nesta entrevista, o compositor leiro de xadrez com final feliz!
fala desse seu novo trabalho, da Tudo correu dentro do tempo es-
carreira, das parcerias e do futuro. perado, ainda bem! O único que
não gravou no estúdio da Biscoito
Backstage - Podemos dizer que o Fino como todos os outros foi o
CD e o DVD são um passeio pelos Hermeto. Fui a Curitiba e gravei
seus 40 anos dedicados à música? com ele num estúdio de lá.
Mauro Senise - Com certeza. Fiz
um passeio pelos gêneros musicais Backstage - Como foi a escolha
que gosto de tocar, como o Clássico, do repertório para esse trabalho?
o Choro, o Jazz, o Baião e por aí vai... Mauro Senise - Sueli Costa me deu
uma música de presente, Afetivo, que
Backstage - Quando acabou dando nome
surgiu a ideia de fa- ao projeto. Gilson Pe-
zer esse novo traba- ranzzetta fez Mauro e
lho em homenagem Ana pra mim e minha
aos seus 40 anos? De mulher; Wagner Tiso
lá prá cá, houve al- trouxe Olinda Gua-
gum ajuste na ideia nabara, que eu adoro;
embrionária? Edu Lobo quis cantar
Mauro Senise - A Choro Bandido; Ro-
ideia surgiu no final sana Lanzelotte suge-
de 2010. Preparei, riu alguma coisa do
junto com Ana Lui- Ernesto Nazareth
sa, minha mulher, to- (Atrevidinha); Egberto
do o projeto para que apareceu com Bodas de
pudéssemos gravar Prata, que foi a pri-
em 2011 e lançar es- meira música que nós
te ano, em que co- dois gravamos em duo,
memoro 40 anos de nos anos oitenta; Jota
carreira. Queria reu- Moraes, meu compa-
nir todos (ou quase nheiro no Cama de
todos, já que foram Gato, compôs Tiê San-
muitos!) os músicos gue de presente pra
que foram importan- mim... Enfim, foi uma
tes para mim nessas 4 décadas. A ação entre amigos, todos deram pal-
ideia inicial, de gravar um CD e um pite, todos contribuíram com óti-
DVD em ritmo de documentário, mas sugestões.
permaneceu intacta até a finaliza-
ção do projeto Afetivo. A Biscoito Backstage - Houve alguma par-
Fino, que lançará o projeto, acres- ticularidade durante a escolha
centou ao CD e DVD uma embala- das músicas?
gem especial contendo os dois pro- Mauro Senise - Como eu falei, ganhei
dutos. Um ítem para colecionador. três inéditas de presente da Sueli, do
Jotinha e do Gilson, fora a música que
Backstage - Conciliar a agenda de eu e Hermeto compusemos juntos no
todos esses músicos feras que toca- Egberto e Mauro estúdio, na hora da gravação...
51
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
52
com Paulo Moura, que infelizmente sou tratado com o maior respeito e Mauro Senise - Estou ensaiando
saiu de cena mais cedo do que deve- tenho todo o apoio que preciso. O exaustivamente com o meu novo
ria e não pôde participar deste proje- projeto Afetivo naturalmente é quarteto, com o pianista Gabriel
to... Mas entrei de cabeça na música, uma decorrência desta parceria. Geszti, o baixista Rodrigo Villa e o
baterista Ricardo Costa. Temos vá-
“
“
rios shows marcados pelo Brasil
Danielli Marinho
O festival completa dez anos e se
consolida como um dos me-
lhores do mundo. Prova disso foi a
acontecem na França e Holanda
para o próximo ano, a cobertura da
mídia especializada nacional e in-
redacao@backstage.com.br parceria firmada entre a produção ternacional e o apoio à empresa de
Fotos: Ernani Matos / Helcio Rocha do Rio das Ostras Jazz & Blues Fes- sonorização dado pela Avid, que
Jorge Ronald / Divulgação tival com outros dois festivais que disponibilizou duas Digidesign para
56
o palco principal, em Costazul, e sistema na sexta-feira, no palco da Tartaruga, e outra
multicabo digital. no sábado, no Cidade do Jazz. No entanto,
Com público estimado em cerca de 10 mil com o mau tempo, os shows que aconteceriam
pessoas em cada noite, foi no palco Cidade no palco da Tartaruga na sexta-feira e no sába-
do Jazz que aconteceram grandes apresenta- do tiveram que ser cancelados e os fãs tive-
ções e grandes encontros, como o de Mike ram que esperar um dia a mais para ver a
Stern e Romero Lubambo, que também deu performance do mestre do saxofone. Com a
uma palhinha durante o show do baixista maestria que o consagrou como um dos me-
camaronês Armand Sabal-Lecco, na sexta- lhores do gênero, Sanborn fez uma apresen-
feira. A cada noite o público se surpreendia tação impecável de mais de uma hora. Outra
com a apresentação de feras como o bateris- atração que teve o show transferido para o
ta-percussionista Jonathan Blake, um dos palco da Costazul, no sábado, foi a segunda
músicos que acompanhavam Kenny Barron, apresentação do baixista Armand Sabal, o
no show de quinta-feira. que levou o palco principal a contar com
Outro grande nome esperado era o de David seis shows no último dia, em vez de qua-
Sanborn, que faria duas apresentações, uma tro, como estava programado. Roy Rogers
57
RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL | CAPA | www.backstage.com.br
Mike Stern: uma das fechou a noite no palco Cidade do Jazz sistema de line, o mesmo usado no palco
atrações mais esperadas
do Festival
com seu blues-folk-rock. principal na edição de 2011. Em Iriry e
São Pedro, o sistema da FZ também
SISTEMA MULTICABO DIGITAL substituiu as KFs dos anos anteriores.
A tecnologia do multicabo digital foi “Em Iriry e São Pedro, foram usadas caixas
uma das grandes novidades desta edi- passivas, e na Tartaruga e palco principal,
ção. O sistema foi usado em caráter ex- todos ativos”, completa Hélio. Para o PA
perimental no palco da Tartaruga nos do Cidade do Jazz, foi colocado um sistema
shows de quarta e quinta-feira e ganhou de line array, 24 J08, sendo 12 caixas por
nota dez dos técnicos. A ideia é que, na lado, oito modelos 212, mais 24 subs 218.
edição de 2013, a inovação seja im- O front fill também foi coberto com
plementada no palco principal, em monitores da FZ, e na única torre de
Costazul. “Lá na Tartaruga colocamos delay, atrás da house, foram quatro J08.
duas Digi SC-48, uma cedida pela Quan- Segundo Hélio, poucos artistas trazem
ta junto com o multicabo digital, e outra seus técnicos, a maioria é atendida pela
da empresa. A Quanta também man- equipe da HGA. “A maioria não traz
dou a Digidesign para o monitor do pal- técnico, apenas os internacionais. Em
co principal. Eles até queriam trazer o todo o festival, passaram cerca de 10
Flavio Jr, técnico de iluminação em Costazul Equipe de técnicos da empresa HGA
59
RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL | CAPA | www.backstage.com.br
“ O que eu faço
sempre é o seguinte:
um processamento
básico e aí os
gráficos de PA,
clusters, front fill e
dela, com uma
banda separada. De
Ric é engenheiro de monitor de David Sanborn
temperatura, vento,
etc (Jerubal)
” Pelo palco Cidade do Jazz passaram atrações inéditas e outras que já haviam participado de edições anteriores
61
RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL | CAPA | www.backstage.com.br
Sistema da FZ contou com 24 J08A em Costazul FZ J08 também foi usado no palco da Tartaruga
para configurar a mixagem. “Tudo
correu bem. Inseri e descarreguei (as
cenas) na mesa e foi tudo ok”, disse.
Além dos consoles, o engenheiro de
som também gostou muito do siste-
ma do palco principal. “O técnico
de PA (da HGA) perguntou se eu
já havia ouvido o sistema da FZ an-
tes. Achei o som muito bom”, elo-
gia Ric, que tem em seu currículo
turnês de bandas como Rolling
Stones, U2, Aerosmith e Guns ‘n
Roses. “Trabalhar com músicos é
muito diferente de trabalhar com
popstars. Eles sabem como traba-
lhar e se há algum problema, confi-
am em nós”, avalia.
Para Big Joe Manfra, diretor geral
do Festival, esses dez anos mos-
tram que o evento evoluiu a cada
ano, tanto na parte técnica como
na profissional. “Começamos com
Celso Blues Boy empolga centenas com seu rock-blues uma estrutura que é bem diferente
63
RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL | CAPA | www.backstage.com.br
Big Joe Manfra, diretor geral do Festival Billy Lee Lewis durante o show em Iriry
de Eventos
HGA Produtora
Helio Junior, da
Carlos Cesar e
65
RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL | CAPA | www.backstage.com.br
Stênio Mattos (à esquerda) e o prefeito Carlos Augusto David Sanborn: inédito em Rio das Ostras
“ Começamos com
uma estrutura que é
bem diferente do
que é hoje e
conseguimos
providenciar uma
Pearl 2010 para iluminação
estrutura que,
nos quatro dias de evento, além de
segundo os artistas, atrair cerca de 80 mil pessoas para a ci-
é igual a dos dade, que conta com uma população de
melhores festivais cerca de cem mil habitantes. “Rio das
Ostras conseguiu popularizar o jazz, a
de jazz do mundo. grande maioria da população não conse-
Subs da FZ Audio em Iriry
(Big Joe Manfra) guiria estar em um evento de jazz. Cada
de. Em contrapartida, no nosso festival, eles vez estamos diminuindo o investimen-
”
virão e teremos uma tenda da França e outra to da prefeitura e conseguindo parcerias
da Holanda mostrando o festival deles e o importantes com grandes empresas”,
país deles”, avisa Stênio. informa o prefeito. “A cada evento, au-
“Acho que a cidade conseguiu entrar menta a participação dos jovens nos
no espírito do jazz, isso é um projeto projetos apoiados pelo Festival, como as
sustentável para o futuro. Rio das Os- escolas de teatro, de música e de dança”,
tras buscando a sua vocação, que é a tu- completa Carlos Augusto, que afirma
rística. É o maior da América Latina”, que o festival custa em torno de R$ 600
completa o produtor. Segundo o pre- mil, mais a estrutura de logística, que
feito Carlos Augusto são injetados cer- fica em torno de R$ 1 milhão.
67
RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES FESTIVAL | CAPA | www.backstage.com.br
”
02 Grave 212 A FZ Audio Monitores
04 Sub 218ª FZ Audio 08 MON SM400 EAW
Console PA Microfones
01 Venue Profile Digidesign 01 KIT MIC para baterias
Console monitor 10 SM 58 Shure
01 Venue Profile 10 SM 57 Shure
Monitores Backline
08 Mon SM 400 01 GK 800 GK
Microfones 02 Fender Twin
02 Kit mic para baterias Shure 01 Bateria Stage Custom Yamaha
68
MODULAÇÃO
70
de parâmetros no
ES1
Nesta edição
finalizaremos os
parâmetros do
ES1 e
abordaremos Vera Medina é produtora, cantora,
algumas dicas. compositora e professora de canto e
mantenho como
são utilizados nos
teclados e plug-
ins em inglês,
ficando mais fácil
M ODULAÇÃO NO ES1
Na área verde escura do painel (fi-
gura 1) podemos encontrar várias opções
3. Router: permite escolher quais parâ-
metros do ES1 serão modulados pelo
LFO e/ou pelo Modulation Envelope. Os
de roteamento no ES1. A modulação adi- botões à esquerda habilitam a modulação
identificá-los. ciona certa dinâmica ao som no decorrer do LFO e os à direita definem a meta para
do tempo, tornando-o mais vivo. o Modulation Envelope.
Temos: O oscilador de baixa frequência, também
1. Parâmetros LFO: utilizados para conhecido como LFO (low frequency
modular outros parâmetros do ES1. oscilator), gera uma forma de onda
2. Modulation Envelope: um controle cíclica e ajustável que pode ser utilizada
dedicado de modulação pode controlar para modular outros parâmetros do ES1.
diretamente outros parâmetros do ES1 •Botão Wave: define o tipo de onda
ou o nível de LFO. LFO. Existem as opções de Triangle,
•Volume: para modular o volu-
me principal.
•Filter FM: para utilizar uma
onda do tipo triangle do oscilador
para modular a frequência de corte
do filtro.
•LFO Amp: para modular a quan-
tidade total da modulação do LFO.
MOD ENVELOPE
Movendo o cursor para a direita,
controla-se a taxa de modulação
pela definição de ataque no enve-
lope generator. Um ataque lento
significará que a modulação afeta-
rá gradualmente o som. Para a es-
Sawtooth ascendente e descenden- simultaneamente ajustar a exten- querda a modulação é controlada
te, Square, Sample & Hold (aleató- são e intensidade da modulação ar- pela definição de decay no envelo-
rio) e uma Aleatória. Cada um des- rastando a barra interior. Para um pe generator. Desta forma, a inten-
tes ciclos de formas de onda possi- resultado claro, coloque as duas no sidade da modulação será mais alta
bilita tipos diferentes de modula-
“
“
ção. Existe uma opção EXT para de-
finir um sinal side chain como fon-
te de modulação. Para isto, escolha Se definir valores próximos a zero, a fase
o canal como fonte de side chain do
menu Side Chain na parte superior
direita da janela do plug-in.
do LFO é relacionada ao tempo da aplicação
•Campo e botão Rate: define a
velocidade – frequência – dos ci- (Logic) com extensões de fase ajustáveis entre
clos de forma de onda LFO.
*Se definir valores próximos a
zero, a fase do LFO é relacionada
compasso 1/96 e 32 compassos
ao tempo da aplicação (Logic)
com extensões de fase ajustáveis máximo e vá controlando até atin- com o impacto da nota, mas depois
entre compasso 1/96 e 32 compas- gir o efeito esperado. a modulação vai sumindo de acor-
sos. Se selecionar valores à direita Ao centro da área, temos um Rou- do com a definição de decay no en-
de zero, a fase LFO fica livre. ter (roteador) com uma lista de velope generator.
*Quando definido em zero, o parâmetros. Este roteador permite
LFO produz sinal num nível cons- que seja selecionado o parâmetro PARÂMETROS GERAIS
tante, o qual permite controlar do sintetizador que se deseja mo- Estes parâmetros estão localizados
manualmente a velocidade do dular: São eles: na parte inferior da janela. Temos:
LFO com a modulation wheel do •Pitch: para modular o tom – •Glide: define o tempo que leva para
seu controlador. frequência – dos osciladores deslizar o tom entre uma nota e outra.
*Int via Whl: a seta superior define •Pulse Width: para modular a lar- Está relacionado ao campo Vozes.
a intensidade da modulação LFO se gura da onda pulse. •Tune: possibilita afinar o ES1 em
a modulation wheel está em seu •Mix: para modular a combina- centésimos. Um centésimo é 1/
valor máximo. A seta inferior defi- ção entre o oscilador primário e o 100 de um semitom.
ne a intensidade da modulação sub-oscilador. •Analog: altera levemente o tom
LFO se a modulation wheel está em •Cutoff: para modular a frequên- de cada nota e da frequência de fil-
zero. A distância entre as setas in- cia de corte do filtro. tro de corte de forma aleatória.
dica a extensão da modulation •Resonance: para modular a res- Desta forma as alterações que acon-
wheel de seu controlador. Pode-se sonância do filtro. tecem em equipamentos análogos
71
TECNOLOGIA| LOGIC | www.backstage.com.br
“
Teste da seguinte
forma: prepare
uma track com
um instrumento são emuladas. Valores mais altos permi- plug-in no Logic e tenha tido uma ideia
72
midi e comece a tem obter um som mais encorpado, típi- legal, porém, não tivesse colocado o
co dos análogos. sequenciador no modo de gravação.
tocar sem ativar
•Voices: define o número máximo de Para isso há um botão que pode ser adicio-
Record. Agora notas que podem ser tocadas simulta- nado à barra Transport, conforme instru-
pressione o botão neamente. O ES1 possibilita no máxi- ções a seguir (Figura 2). Teste da seguinte
mo 16 vozes. Se o parâmetro estiver em forma: prepare uma track com um instru-
Capture Legato, o ES1 funciona como um sinte- mento midi e comece a tocar sem ativar
Recording e tudo tizador monofônico. Record. Agora pressione o botão Capture
que você tocou •Bender Range: altera a sensitividade Recording e tudo que você tocou por últi-
do pitch bender. Os ajustes ocorrem em mo aparecerá no formato MIDI.
por último semitons. Isto não funciona com áudio. Neste
aparecerá no •Chorus: é possível acessar dois efeitos caso, utilizar o recurso Punch on the fly
formato MIDI de chorus e um de orquestra. no menu Audio, tem quase o mesmo
* Off: desligado efeito. Antes de terminar de tocar, pres-
* C1 e C2: são efeitos de chorus, sen- sione Record e o Logic vai capturar o
”
do que o C2 possui uma modulação que foi tocado anteriormente.
mais forte.
* ENS (Orquestra): é um efeito mais Para saber online
sofisticado e complexo.
* Out Level: permite controlar o volu-
me master do ES1.
DICA DO MÊS:
Como capturar Midi ou Áudio sem es-
tar no modo Gravação:
Mudando um pouco de assunto, vou
passar uma nova dica este mês.
Vamos supor que você esteja tocando no vera.medina@uol.com.br
seu controlador MIDI utilizando um www.veramedina.com.br
73
Instrumentos
TECNOLOGIA| CUBASE | www.backstage.com.br
REAIS E VIRTUAIS
Marcello Dalla é enge-
nheiro, produtor mu-
sical e instrutor
Olá amigos,
Temos
acompanhado nas
últimas versões do
Cubase a
implementação de
E mbracer, Mystic, Monologue, Pro-
logue e Spector fazem parte de ver-
sões anteriores. Vemos estes caras na fi-
Mesmo assim, a compra de instrumen-
tos e sintetizadores “reais” tem feito
parte das escolhas de músicos e produ-
gura 1. Com a versão 6.5 ganhamos o tores para seus estúdios. Volta e meia
uma coleção de futurista Padshop com síntese granular surge a polêmica no melhor estilo “Fla x
e o Retrologue com cara de analógico Flu” entre os virtuais e reais. Falaremos
74
instrumentos
vintage (Figura 2). Além disto, temos disso neste artigo e principalmente
virtuais. Na
na família Steinberg Halion 4, Halion como o Cubase pode integrar no mesmo
versão 6 a Sonic, The Grand Piano 3, Halion ambiente as duas possibilidades.
implementação do Symphonic Orchestra e mais virtuais e Como dinossauro de carteirinha, atra-
livrarias de samples e loops. Fabricantes vessei estes anos de labuta utilizando e
Halion Sonic SE de outras marcas fornecem uma infini- acompanhando a evolução dos sin-
trouxe mais de dade de instrumentos virtuais VST tetizadores e samplers. Não tenho qual-
900 timbres para todo tipo de produção no Cubase. quer posicionamento “reacionário” em
básicos para
produção e a
possibilidade de
editar e alterar
estes timbres.
relação aos virtuais, muito pelo con- ro que os instrumentos virtuais in-
trário, procuro utilizar o que as duas seridos na workstation vão com-
tecnologias podem me oferecer de partilhar o processamento para
melhor, dependendo do que estou produzir os timbres com o restante
criando e produzindo. das funções do computador. Até aí
Digo isso porque a galera que está co- tudo bem porque o que mais te-
meçando agora no ofício já chega to- mos hoje é disponibilidade de
“
“
A evolução dos instrumentos virtuais
vem na consequência direta da evolução da
capacidade de processamento das máquinas
e de seus sistemas operacionais
talmente conectada no virtual e esse processamento com memória RAM
papo de sintetizador e sampler fica à vontade, teras e teras de HD, siste-
parecendo conversa antiga. Mas é mas operacionais de 64 bits, o
bom lembrar que um equipamento Cubase com 64 bits, interfaces
dedicado a produzir timbres inde- com bons drivers etc. Mas lembro
pendente do processamento interno que a sonoridade dos instrumen-
do computador tem diferenças que tos virtuais é na verdade um algo-
podem ser interessantes. ritmo de programação, ou seja,
A evolução dos instrumentos virtu- uma virtualização da síntese ou da
ais vem na consequência direta da leitura dos samples, e é aí que a
evolução da capacidade de proces- gente começa a perceber e a com-
samento das máquinas e de seus sis- parar texturas sonoras com os
temas operacionais. Já falamos muito equipamentos dedicados e hard-
de DSP (Digital Signal Processing) wares externos.
nos artigos, então creio que vocês já O Cubase oferece a possibilidade
têm conhecimento de causa. Está cla- de usar “virtuais” e “reais” inte-
75
TECNOLOGIA| CUBASE | www.backstage.com.br
“ Não utilizo as
saídas digitais
óticas dos
teclados porque
gosto mesmo é do
Figura 3 - Adição de instrumento Externo
som analógico sos. Vamos lá : tal com o som que eu quero. Continuo
deles com a No início do meu trabalho como tri- utilizando os meus Kurzweil até hoje em
lheiro e produtor escolhi o Kurzweil meio a um monte de novos virtuais que
textura que a como sampler e synth básico. Alguns aprendi e gostei de usar. Dentro do
saída analógica colegas escolheram outras marcas, não Cubase todos aparecem indiferente-
tem, então passo importa. O que quero dizer é que ao es- mente como instrumentos e utilizo li-
tudar e utilizar a tecnologia de síntese vremente sem ter que ficar recabeando
num pré bacana do Kurzweil e usar os samples de livraria o estúdio. Passemos à configuração:
e volto pro
mundo digital
com o som que
eu quero
77
SIBELIUS| www.backstage.com.br
Sibelius
ou
Score Editor
Conheça as semelhanças e diferenças entre
?
78
79
SIBELIUS| www.backstage.com.br
fig 5 - formatacão
“
As notações variam
80
de acordo com a
época, estilo e fig 6 - parts
”
sempre o agrupamento padrão de col- Além da escrita em si que é um diferen-
cheias é o ideal e no Sibelius é possível cial, o Sibelius também é repleto de fer-
personalizar a escrita. ramentas que nos ajudam a escrever,
formatar e checar possíveis erros e este é
o tema do próximo mês.
Abraços!
fig 8 - percussão
Para saber online
•Cabeças de notas (fig.8): bateria e
percussão utilizam outras notações. Por
exemplo, os pratos devem ter um “x” no
lugar da cabeça de nota convencional.
Pautas com menos de 5 linhas: utiliza-
se para escrever arranjos para percussão,
bandas marciais entre outros.
cmoura@proclass.com.br
fig 9 - acidentes http://cristianomoura.com
81
PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br
O tamanho
do seu
Estúdio
PARTE 3
82
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PRODUÇÃO MUSICAL| www.backstage.com.br
“ É possível
posicionar um
microfone de modo
que ele pegue um
balanço satisfatório
entre as duas peles?
Sim. Normalmente
com a cápsula do
rém o som mais alto sempre nos engana
a uma primeira ouvida. Por isso convém
ajustar o ganho para cada microfone no
teste comparativo. Isso vale para qual-
quer microfone.
Beta-52, Audix D6. Com qualquer um Neumman U47 FET. Esse microfone não
mais para dentro do destes você terá um ótimo resultado. é mais fabricado e muito raro, e quando
bumbo, mais kick, Eu, particularmente, cheguei à conclu- aparece um para vender, mesmo nos
são que o melhor para um grande som de EUA, atinge preços exorbitantes. Mas é
quanto mais para bumbo é a combinação de dois microfo- esse tipo de microfone, nesta posição, que
fora, mais boom nes. O bumbo, apesar de ser um instru- dá o que eu chamo de “som ambiente do
mento grave, tem também uma região bumbo”, ou que também costumo chamar
”
aguda, porém estas duas regiões de fre- de “som de bumbo do John Bonhan” (o
quência também se encontram fisica- batera do Led Zeppelin).
mente separadas. A parte alta, que tam- O cuidado que temos que tomar com este
bém chamamos de “kick”, está no ponto terceiro microfone é com o vazamento do
onde a maceta do pedal bate na pele. Po- resto da bateria. Nesse caso, a melhor solu-
rém a parte mais grave, que também cha- ção é o “túnel”. Isso mesmo, um túnel. Pode
mamos de “boom”, está na pele de res- ser feito com cobertores e estantes de mi-
posta. É possível posicionar um microfo- crofone. Coloque o cobertor com a parte
ne de modo que ele pegue um balanço mais curta dando a volta sobre o bumbo.
satisfatório entre as duas peles? Sim. Nor- Pode ser que seja necessário prender o co-
malmente com a cápsula do microfone na bertor com fita crepe ou algo do tipo. Para
altura do buraco da pele de resposta. outra ponta do túnel você pode usar algu-
Quando mais para dentro do bumbo, mais mas estantes de microfone, de preferência
kick, quanto mais para fora, mais boom. aquelas baixinhas com o tripé de ferro, ou
Qualquer um dos microfones citados aci- poderia ser uma cadeira, mesinha, de modo
ma faria este trabalho muito bem. que esse cubra o microfone.
Eu costumo usar de um a três microfo- No próximo mês continuamos com o kit
nes para o bumbo, dependendo da situa- de bateria em um estúdio de médio porte.
ção. Normalmente coloco o MD-421 Abraços.
dentro do bumbo, próximo à maceta, o
AKG D-112 bem próximo, quase cola- Para saber mais
do na pele de resposta e bem no centro.
redacao@backstage.com.br
Um ponto importante: prefiro que o bura-
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HOME STUDIO| www.backstage.com.br
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Gravar vozes e
instrumentos
acústicos ou elétricos
é uma das tarefas
MICROFONES E
CAPTAÇÃO DO
mais críticas de um
estúdio. E, se não há
regras, qual a melhor
maneira de se captar
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HOME STUDIO| www.backstage.com.br
Supercardioide Onidirecional
Figura de 8 Hipercardioide
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HOME STUDIO| www.backstage.com.br
Workshop
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A Empresa Oneal e
a loja mineira
Spott Áudio
da EVO Line
EM BELO HORIZONTE
demonstraram o
novo sistema Line
array no palco da
Hard Rock Cafe BH
e impressionaram
os visitantes.
C om o apoio da Loja Spott, entre os dias
13 e 14 de junho, cerca de 250 pessoas
estiveram na casa de shows Hard Rock
principalmente, para a sonorização de igrejas
evangélicas e católicas. Já o segundo dia foi
destinado aos vendedores das lojas e às loca-
Cafe BH para assistir à demonstração do sis- doras de áudio mineiras.
redacao@backstage.com.br tema de line array EVO da empresa para- A palestra técnica, que teve como base
Fotos: Divulgação naense Oneal. No primeiro dia, a demons- uma apostila distribuída gratuitamente
tração e a palestra técnica foram direcionadas aos participantes, foi ministrada pelo téc-
para os profissionais de áudio que trabalham, nico da Oneal, Fernando Gabriel, que fa-
lou sobre a empresa, sobre
o desenvolvimento dos
sistemas (206 e 208), além
de abordar um pouco da
história dos lines, seus
usos e aplicações.
Na segunda parte da pales-
tra, Fernando explicou os
sistemas EVO, abordando
Demonstração de equipamento em som ao vivo e com DJ Hammel as diferenças e singularida-
Participantes no primeiro dia
www.oneal.com.br
Luiz (primeiro à esquerda), técnico de áudio Participantes do evento
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
94
AES
AES deste ano recebeu maior
número de visitantes no pavilhão
amarelo do Expo Center Norte,
em São Paulo
Recorde de público, a
edição de 2012 da AES
Brasil, realizada pela
primeira vez no Expo
Center Norte, em São Paulo,
também foi marcada pela
presença e intercâmbio de
profissionais internacionais,
além de workshops,
palestras e exposições de
equipamentos.
BRASIL EXPO
redacao@backstage.com.br
E ntre os dias 8 e 10 de maio, profissio-
nais de áudio, estudantes e exposito-
res se reuniram no pavilhão amarelo do
cebeu número recorde de visitantes.
Além das palestras e seminários, essa edi-
ção também foi marcada pela presença de
Expo Center Norte para mais uma edição visitantes e empresas estrangeiras. Foi
Fotos: Divulgação
da AES Brasil. O evento, que este ano re- também nesta edição que foi firmada uma
Proshows: novo distribuidor da Audio-Technica
Estande da Quanta Pro também teve apresentação de produtos Na Harman, consoles à disposição dos visitantes
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Emerson Jordão, Felipe Gonzales e Fernando Canabarra Filho Encontros no estande da DB Tecnologia
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Meteoro levou diversos modelos para exposição Tecnologia LED presente nos produtos da Gobos
Outra presença internacional no nheiro Framklin Garrido. Segundo vadora EMI; e Beto Neves, enge-
segundo dia foi Tim Vear, enge- os palestrantes, apesar de já existir nheiro de gravação e mixagem com
nheiro sênior da Shure. Tim, que uma lei no Brasil para essa questão 14 anos de experiência e trabalho
contabiliza em seu currículo traba- desde 2001, a “guerra do volume” é com artistas como Ivete Sangalo e
100
lho com artistas como Rolling Sto- um dos principais problemas que Gilberto Gil, discutiram os desafios
nes, U2 e Cirque du Soleil, fez um hoje afetam a produção televisiva, da masterização no século 21. Utili-
panorama do RF Áudio, contando musical e de outras áreas. A boa no- zando a experiência de cada um, fo-
o desenvolvimento, a tecnologia e tícia é que a regulamentação defini- ram comentados as transformações
todo ambiente do RF. tiva de regras que os canais de TV das mídias de gravação, as possibili-
Outra palestra concorrida foi O devem adotar para equalizar o volu- dades e situações do cotidiano da
controle do Loudness na Televisão Bra- me já vem tomando corpo. masterização, a atual cadeia de pro-
sileira. O painel contou com a pre- Ainda no segundo dia, o auditório A dução e o que o estado atual indica
sença dos engenheiros Luiz Fausto teve seus trabalhos encerrados com do futuro.
e Rodrigo Meirelles, da TV Globo, o workshop da HPL/FBT, quando No mesmo horário, em outro auditó-
Alexandre Sano, do SBT, e Sergio foram apresentadas as dependências rio, Aldo Soares, presidente da AES
Bruzetti, da Record, além do enge- da fábrica na Itália, bem como os Brasil e da ARS Acústica, abordou as
equipamentos da empresa e diferenças cruciais entre o som ao
suas devidas funções. vivo e o instalado, as soluções que a
O último dia foi dedicado a indústria desenvolveu, a melhor
temas como Painel sobre abordagem para cada projeto e o atual
Masterização, ministrado por crescimento e evolução do mercado.
Carlos Freitas, Beto Neves e Os três dias de AES também tiveram
Torcuato Mariano; Som ao apresentações ao ar livre de PAs de
vivo e Instalado: Grandes dife- diversas empresas presentes ao even-
renças, com Aldo Soares; to. As demonstrações aconteceram
além da palestra Aplicações duas vezes ao dia no pátio externo do
práticas de sistemas de reali- Pavilhão Amarelo da Expo Center
mentação à reprodução de Norte. Mesclando grandes lança-
baixas frequências, com Ma- mentos do mercado, debate acadê-
rio Di Cola. mico, técnico, cursos e seminários
Num dos paineis mais espe- de capacitação, integração e net-
rados da AES Brasil Expo working amplo entre empresas naci-
2012, Carlos Freitas, do es- onais, estrangeiras e todos os envol-
túdio de masterização Clas- vidos com o áudio de maneira geral,
sic Master; Torcuato Ma- a AES Brasil Expo cumpriu sua vo-
riano, músico e produtor, cação em ser um dos melhores mo-
Marcos (Taigar Som) e Gilberto Grossi ex-diretor artístico da gra- mentos do ano para o setor.
chegando a dar pico de 125dB, den-
tro da house, o que é muito alto. Enfim,
isso passou de longe o que a gente
havia combinado”, esclarece Walter.
O resultado foi que, ainda no final do
primeiro dia de AES, os responsáveis
por ceder o espaço para a feira, dian-
te de reclamação de empresas vizi-
nhas sobre o volume muito alto, reco-
mendaram abaixar ainda mais o som,
e, no dia seguinte, a feira recebeu
uma visita da prefeitura. “Houve uma
correria para “apagar incêndio” e
tentar acalmar as coisas. Então, em
conjunto com os responsáveis pela
101
102 REPORTAGEM| www.backstage.com.br
103
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Era 8 de maio de
2012, uma terça-
feira fria e chuvosa
em Silva Jardim,
cidade com pouco
mais de 20 mil
habitantes na
104
A NOVA
aniversário de 171
anos da
emancipação
político-
administrativa do
município e, desde
a sexta-feira
anterior, uma
grande festa levou
à cidade vários P ara sonorizar as apresentações, foi
contratada a empresa Cocobongo,
com sede no vizinho município de
Silva Jardim. Essa foi a quarta edição da
festa de emancipação da cidade da qual
participamos”, contou Batata com ex-
artistas de grande Casimiro de Abreu, locadora com seis clusividade à Backstage, na tarde de 8 de
porte no cenário anos de experiência e ampla atuação maio, enquanto era montado o palco
não apenas no Estado do Rio, mas tam- para o show do cantor Michel Teló, que
nacional.
bém em localidades de Minas Gerais e encerrou a programação das festividades.
da Bahia. Seus sócios, Fábio Jr., mais co- O line array da Machine usado em Silva
Alexandre Coelho
nhecido como Batata, e Patrick Pinto, Jardim contou com 12 caixas 12.6 (com 1
redacao@backstage.com.br
usaram no evento, pela primeira vez, o falante de 12”, 2 falantes de 6” e 2 drives
Fotos: Divulgação
novo PA recém-adquirido pela empre- em cada caixa) e 12 subwoofers em cada
sa, um line array 12.6 da Machine. lado do palco. O sistema atendeu a artistas
“Nossa parceria com a Machine já exis- como os cantores de música gospel Fer-
te há três anos. Esse foi o segundo PA nanda Brum, Damares e Davi Sacer (que
que nós adquirimos da empresa. O equi- se apresentaram na sexta, dia 4 de maio),
pamento está conosco há apenas uma Skank (5/5), Belo (6/5), Aviões do Forró
semana e nós o estreamos na festa de (7/5) e Michel Teló (8/5), em uma arena
‘MÁQUINA’
de fazer som
que recebeu, em média, 10 mil pes- “O PA atendeu muito bem a todos os ficuldade na adaptação ao novo siste-
soas por noite, vindas da própria ci- artistas. Ele é novo ainda, está sendo ma e que, ao contrário, o novo line
dade e de municípios vizinhos. alinhado. Mas as caixas correspon- array facilitou o trabalho de todos os
De acordo com Batata, a avaliação deram, os técnicos ficaram surpre- envolvidos na sonorização do evento.
foi muito positiva. Especialmente sos, principalmente os que nunca ti- “As caixas de grave, por exemplo, fo-
porque, durante os cinco dias da nham tocado em um sistema da ram muito elogiadas pelos técnicos
festa, foram sonorizados shows de Machine, que é nacional. Eles gosta- durante os cinco dias de festa. O
diferentes gêneros musicais, como ram bastante”, garante Batata. Claudinho e o Tiba, técnicos de
gospel, pop-rock, pagode, forró e O sócio da Cocobongo destaca que monitor e de PA, respectivamente,
sertanejo, cada qual com suas pe- tanto ele quanto os profissionais de do grupo Aviões do Forró, disseram
culiaridades e níveis de exigências. sua equipe não tiveram nenhuma di- que esse foi um dos melhores sistemas
105
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
“ As maiores
diferenças entre o
atual sistema da
106
Machine e o
anterior estão no Novo sistema 12.6: capacidade sonora e qualidade da equalização garantiram cobertura da área do show
porte, que é maior de graves que eles já usaram”, orgulha-se festa de Silva Jardim agradou a técnicos
no novo, e no Batata. As próximas empreitadas da equi- e artistas de diferentes estilos musicais.
espectro de pe da Cocobongo incluem, além de even- O novo sistema 12.6 agrega novidades
tos de menor porte, as festas de São João em tanto em sua capacidade sonora quan-
frequências, agora três cidades da Bahia e um show de Ivete to na maior qualidade de sua equa-
mais amplo. No Sangalo em Nova Friburgo, Região Serra- lização. Para Valdeci Lima Ferreira, o
novo line, é possível na do Estado do Rio, em agosto. Painho, técnico da Cocobongo res-
ponsável pelo PA durante o evento,
trabalhar com o sub ESPECTRO DE FREQUÊNCIAS não restaram dúvidas quanto aos bons
mais folgado e a Não foi por acaso que o novo PA da resultados do sistema. “As maiores dife-
resposta é melhor, Machine usado pela Cocobongo na renças entre o atual sistema da Machine
”
Mesas – Yamaha PM5D RH, Venue SC48 e 18 Giotto 400
Soundcraft Si3 8 wash AH Light
Amplificadores – Machine, Linha SD: 14.0, 12 spots 575 AH Light
10.0, 6.0 e 2.8 14 Bin 300 AH Light
Processador – DBX 4800 62 Par LED de 3 watts AH Light
Sistema Main Power Pentacústica 16 elipsoidais e 40 ACL
Microfones – Shure SM58, SM57, Beta 91A, Mesa AH Light Pearl 2100
SM52 e SM81; Superlux; Sennheiser 835, E- Backline
95, e 421; e AKG D-112 2 amplificadores de guitarra Fender Twin
1 amplificador de guitarra Marshall JCM 900
Monitor 1 amplificador de baixo Hartke System
Caixas SM 222 e Caixas Clair 1 amplificador Ampeg
107
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
“Foi a primeira vez que nós usamos esse PA. Eu senti alguma
limitação e precisei fazer algumas correções, principalmente
no que diz respeito a ele ter muito sub e pouca alta. O tema
desse show do Michel Teló (que inclui um set de dance
music) exige mais graves, mas não tanto. Mas, de uma forma
geral, o evento contou com uma estrutura legal”, admitiu, ao
final do show.
Dois dias antes, em vez da mistura com base sertaneja de
Teló, foi a vez de o pagode do cantor Belo ser a atração prin-
cipal em Silva Jardim. A apresentação foi um desafio ainda
maior para o sistema e para a equipe da Cocobongo, em
função dos muitos instrumentos de percussão usados no
palco. Para Dodô, técnico de PA do cantor há quase dois
anos, o line da Machine foi uma agradável surpresa.
109
REPORTAGEM| www.backstage.com.br
110
Show de Michel Teló, em Silva Jardim, foi em local aberto e grande, e PA foi aprovado pelo técnico do cantor
“
às altas... E o show foi em um lugar aber- mais do que batidos de um show desta
to, grande, mas a sonoridade ficou bem natureza. Da disputa para ver qual a
bacana, acima das minhas expectativas. maior torcida futebolística presente a
Fiquei muito satisfeito. Como o show trechos de refrões das músicas mais
do Belo é de pagode, tem muita percus- tocadas no momento, tudo o que pode
Eles tinham
são, com muito surdo, congas... Mas o ser classificado como “mais do mes-
acabado de alinhar som não ficou embolado, o PA estava mo” está lá.
o sistema. E bem alinhado”, elogia. Em outras palavras, sem a menor ceri-
mônia, Teló canta tudo o que o povo
funcionou MICHEL TELÓ quer ouvir. Acompanhado de uma ban-
direitinho. O Convidada a cobrir o último dia de da formada por bateria, percussão, bai-
equipamento é bem festas em Silva Jardim, a reportagem xo, guitarra, teclado e sanfona, às vezes
da Backstage acompanhou o show do o artista parece comandar um progra-
potente, responde cantor Michel Teló, atração princi- ma de auditório, com direito a coreo-
bem às altas... pal da noite. A base do atual espetá- grafias sub-ensaiadas e tudo mais. Ao
(Dodô) culo do artista, Michel na Balada, é um final de uma hora e meia de apresenta-
mix de pseudo -pagode - sertanejo - ção sem direito a bis, mas com direito a
”
com-forró-universitário -românti- hits como Fugidinha com você e a nada
co-infanto-juvenil, acrescido de um menos do que três execuções de Ai se eu
pout-pourri de funk carioca, além de te pego – uma delas em inglês –, todo
axé, Tim Maia, Eu quero tchu e dance mundo foi para casa feliz. Principal-
music. Esse último gênero, aliás, mente o cantor, que tem feito uma mé-
confere uma espécie de temática ao dia de 25 shows por mês a uma bagatela
show, transformando a arena em bo- de R$ 400 mil cada. Nada mal.
111
LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br
LUZ E SOM
112
Oitava edição da
virada cultural, que
aconteceu nos dias
GAÚCHO
NA VIRADA CULTURAL PAULISTA
5 e 6 de maio na
capital paulista,
contou com sistema
O evento já virou tradição e reúne
milhares de pessoas em torno de
diversos palcos espalhados pela capital
Artistas como Ray Lema, Orquestra
Jazz Sinfônica e Gilberto Gil, que fez o
show de encerramento, além das atra-
completo da JBL. paulista. Somente o palco principal Ju- ções internacionais Ebo Taylor, Tony
lio Prestes, onde aconteceram a abertu- Allen, Seun Kuti & Egypt 80, Bixiga
redacao@backstage.com.br ra e o encerramento da Virada Cultural, 70, Katchafire, Lazzo Matumbi e The
Fotos: Divulgação teve público de 200 mil pessoas durante Abyssinians subiram ao palco princi-
o “viradão”. Ou seja, foram 24 horas de pal, que foi sonorizado pela empresa
cultura entre música, espetáculos tea- Vento Norte, de Porto Alegre (RS). A
trais, performances de dança, exposi- iluminação também ficou a cargo da
ções e gastronomia. companhia gaúcha.
Para fazer o PA principal e a cober- dimmer de 48 canais HPL, e ainda venções urbanas, cinema, exposi-
tura de toda a área, a empresa usou lâmpadas PAR, minibrut, setlight e ções e gastronomia, o centro de São
um sistema completo da JBL, além máquinas de fumaças. Paulo e outros pontos da capital
de quatro torres de delay com equi- A Virada Cultural Paulista já é atraíram um público estimado em
pamentos da Electrovoice. Para o considerado o maior e o mais di- mais de 4 milhões de pessoas em
PA foram 24 caixas de som Vertec versificado evento cultural do mais de mil atrações, superando a
4889 ADP DA; 24 caixas EV XLC mundo. Em 24 horas de espetácu- marca anterior de aproximadamen-
127 DVX; 06 caixas EAW KF los teatrais, dança e música, inter- te 1,7 milhões de pessoas.
PA contou com 24 caixas Vertec, 24 EV XLC, cinco EAW KF 650, além de 24 subs SRX 728 da JBL. Nos monitores foi usado o modelo EAW SM 400
113
114 LEITURA DINÂMICA| www.backstage.com.br
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116 ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
l a
olo
s
u
F of rh
Muita energia e
iluminação marcaram o
trabalho do lighting
designer Steve Bewley para
a turnê da banda Enter
Shikari, no Reino Unido. A
ideia era casar o projeto de
iluminação com o clima de
excitação e de renovação do
grupo, cuja apresentação é
uma fusão de metal, punk,
dance e loudness. Uma das
novidades foi o rig flexível,
que era adaptável aos
locais dos shows.
117
ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
Flash Flood of Colour, o mais recente ál- veria parecer o mesmo, mas ao mesmo
bum do Enter Shikari, deu a Bewley bas- tempo se encaixar em tantas variações,
118
tante inspiração para elaborar o design, e iluminar uma banda que tem muita
que foi exatamente a cara e o estilo da movimentação no palco.
banda: muito colorido e louco. No en- O projeto desenvolvido teve como base
tanto, ele conta que os dois grandes de- cinco triângulos de LEDs nas bordas,
safios foram elaborar um design que de- ideia pensada há 18 meses e colocada em
Professional MAC 101 LED wash
light, dando um movimento bem
rápido e dramático, além de uma
iluminação baixa na parte de trás e
dos lados. Com os triângulos defi-
nindo visualmente a área do palco,
o efeito teia era para aumentar a
sensação e a aparência do espaço.
Usando técnicas de arte óptica e
ilusão perceptiva, Bewley deu a cada
sala, seja qual fosse o tamanho real,
quase uma sensação de estádio.
Além disso, havia sessenta e três
metros de seções de treliças pré-
equipadas, cada uma contendo três
Clay Parky Sharpies, 14 Chroma-
Q Color Block DB4s, um Atomic
prática junto com a banda, dentro do foram acomodados dentro de uma strobe com cores rotativas e um
conceito do novo álbum. Os equipa- estrutura personalizada fabricada único Lowell Omni flood. A HSL
mentos escolhidos foram Chroma- pela HSL, e que ficava suspensa so- fez um pé especial para as torres,
Q Color Forces – três Color Force bre as armações do palco. Com cinco então elas podiam facilmente ro-
72s para a parte central e larga do tri- dessas, havia bastante diversidade. dar no palco e mudar de posição.
ângulo e 4 sets de três Chroma-Q Pendurados na base dos dois triân- Seis spots Robe ROBIN 300 foram
48s para os quatro menores. Todos gulos menores estavam oito Martin colocados atrás das seções de treli-
119
ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
ças em cases para outra camada de ilumi- “Isto me deu uma opção de iluminar o
nação. Tudo isto foi controlado por Bew- ‘The Hoop’ como ponto central e tam-
ley, que usou um console grandMA2, um bém a área principal do palco, onde a
servidor Green Hippo v3 media server banda poderia se movimentar em volta,
“
para marcar no mapa todos os Colour com alguns aspectos assimétricos muito
120
”
ladeada por duas armações semi-circula- um grupo de jovens que se apresentavam
res, chamadas de “Banana”, com cinco em um clube local.
metros cada. Estes foram fixados à arma- Com tantas configurações diferentes de
ção de trás e a uma armação satélite no rig e uma agenda muito apertada, a HSL
meio da parte de trás. disponibilizou uma máquina WYSIWYG
O “The Hoop” foi massivamente sobre- para Bewley levar na turnê, que o ajudou
carregado e teve 12 Sharpies em volta de com a pré-programação de diferentes
seu perímetro. No centro ficou o triân- configurações de rigs e quando havia fal-
gulo principal, feito de uma combinação ta de tempo. “Estivemos na Austrália e
de Colour Force 48 e 72. Os estrobos que Japão e depois fomos praticamente dire-
estavam nas treliças das seis torres verti- to para os shows na Europa, então foi in-
cais no chão foram movidos para as duas crível ter isso comigo, dando habilidade
“Bananas”, com quatro Atomic Colours de planejar algumas das estruturas para
por lado, junto com cinco MAC 101s em os shows do Reino Unido, apesar de estar
cada “Banana”. na estrada”, afirma Bewley.
121
ILUMINAÇÃO| www.backstage.com.br
London
Fashion Week
Fashion Week
Iluminação precisa deu um toque mais
intimista aos desfiles das consagradas grifes
122
redacao@backstage.com.br
Fotos: Divulgação
“ Quatro cores
124
foram escolhidas Uma série de cores pouco comuns foram projetadas na entrada e nas paredes de trás
para serem
projetadas
e combinarem com
a coleção
de inverno.
Também foi
fornecida uma
grande quantidade
de unidades
fluorescentes Kino
Flo e estandes para
a área de
preparação
Backstage entre os intervalos dos desfiles Scannachrome e splashes deram efeitos de luz branca
”
neste equipamento para que o conteú- moving lights Robe ROBIN 600 LEDWash,
do ficasse completamente concentrado que foram especificados por Tutchener, jun-
nas áreas brancas dos painéis para o to com ETC Source Fours, e gerenciadas por
efeito desejado. Quatro cores foram es- Pete “Pepper” Schofield, da Entec. Simon
colhidas para serem projetadas e combi- iluminou o show da Moschino com uma se-
narem com a coleção de inverno. Tam- leção de MSR e ETC Source Fours, coman-
bém foi fornecida uma grande quantidade dadas por Andy Mountain.
de unidades fluorescentes Kino Flo e A equipe da Entec foi coordenada pelo
estandes para a área de preparação. chefe Simon Honnor e era formada por
Para os desfiles da Mulberry, que aconteceu Sven Jolly, Tim Matthews, Andy Emmer-
no Claridges’ Ballroom e 29 Portland Place, son, Steve Clements e John Cope, além de
ambos iluminados pelo lighting designer Brown e Elisha e uma equipe de cinco pes-
Simon Tutchener, foram utilizados os soas da Actus.
125
SOM NAS IGREJAS | www.backstage.com.br
MENOS
Espiritual de Nova
Friburgo’ e se depara
com cerca de nove
mil metros
quadrados de área
é mais
construída, jamais
imaginaria que este
grupo religioso
iniciou suas
atividades, no início
da década de 80, em
salão cedido por um
colégio local.
Igreja em Nova Friburgo adota sistema
com menos caixas e mais potência
Luiz Urjais
redacao@backstage.com.br
Fotos: divulgação T ampouco pensaria que, futuramente,
haveria ali um ministério de adoração
e louvor. Pois é. Atualmente, com uma
paço, que conta com tratamento acústi-
co e sistema de áudio DB Tecnologia
Acústica, foi planejado conforme a
equipe de quase 120 integrantes e quatro popularização da igreja e a natural ne-
salas de cultos, a congregação permite-se cessidade de melhoria do canal de co-
destinar um salão (com capacidade para municação com o público. “Não tínha-
cerca de duas mil e quinhentas pessoas) mos sistema de som adequado ao ambi-
apenas às cerimônias dominicais. ente, afinal, éramos uma igreja pequena,
Segundo o administrador do templo, no interior do estado do Rio de Janeiro.
pastor Alceu de Deus Oliveira, este es- Com o passar do tempo, a demanda foi
profissionais é um fator preocupante, pois você precisa,
por culto, ir se adaptando ao gosto de cada músico. Como
a intenção é louvar, cada membro, através de suas refe-
rências, fará seu melhor. E como a cada semana é um con-
junto com gêneros distintos que toca, é preciso trabalhar
bem o produto final, para que não haja sobras”, avalia.
Sandro diz que já recebeu críticas de fiéis com relação a
sua equalização e que este tem sido seu ‘termômetro’ de
aceitação, quanto ao trabalho. “Como o público, geral-
mente, é o mesmo, a atenção é redobrada. Daí, se você não
Infraestrutura de AC Pentacústica
127
SOM NAS IGREJAS | www.backstage.com.br
“ Geralmente, as
pessoas pensam que
a solução é colocar
diversas caixas, do
mesmo modelo,
para sobrepor essa
carência. E é
justamente o
PA composto por caixas da DB Duo Compact, sendo 8 caixas L e 8 R
contrário. Menos é
mais! O
recomendado é a
128
aquisição de
Front fill DB Duo Compact Caixas DB RE Piccolo 12” para monitoração
equipamentos de
que não dava para continuar com aque- sistemas, e foi escolhido o da DB Tecnologia.
peso para o
le equipamento de som”, ressalta. “O pastor é músico e fez a escolha baseando-
trabalho (Peduzzi) Convidado por Alceu para realizar o projeto se na sua referência musical. Qualquer uma
sonoro, o engenheiro de áudio Carlos Pe- das opções era viável para o espaço, que pre-
”
druzzi diz que deixou o pastor à vontade na cisava de bom nível de pressão sonora e ex-
hora de escolher o sistema de som que lhe pansão das frequências”, comenta.
coubesse melhor. O engenheiro listou alguns Pedruzzi explica que, antes de levantar as
opções, assistiu a um culto da Comunida-
Lista de equipamentos de para perceber a dinâmica do evento.
Segundo ele, as caixas que serviam à con-
Sistema DB Tecnologia Acústica Power Pentacustica
composto por: •20 Microfones Shure SM81, SM58, gregação não tinham potência suficiente
•16 caixas Line Array Duo Compact , SM57, JTS NX-2, NX-6, NX-7 e NX-8, para suprir as necessidades do local. “Ge-
•08 Caixas de grave Scoop Com- EV RE20,Sennheiser MD421 e ralmente, as pessoas pensam que a solução
pact 15’’ 1000w ME66, Superlux PRO-268A. é colocar diversas caixas, do mesmo mode-
•01 Caixas Line Array Duo Com- •05 Shure PGX Beta58 sem fio lo, para sobrepor essa carência. E é justa-
pact – Center Fill •08 DIs EAM M3A mente o contrário. Menos é mais! O reco-
•03 Caixas Line Array Duo Compact •16 Amplificadores de fones Power
mendado é a aquisição de equipamentos de
– Delay galeria Inferior Click DB 05 S para monitoração
•06 Monitores Re Picollo 12’’ 400w •16 Headfones Koss Porta Pro para peso para o trabalho. Menos caixas, mais
•02 Amplificadores DB Series LD monitoração potência”, aconselha Pedruzzi. Foram usa-
9k(Sub Grave) •18 Pedestais Santo Ângelo: PSA dos Lines Duo Compact, subgraves Scoop
•04 Amplificadores DB Series LD 190, PSA 200 15” 1000w e monitores RE Piccolo 12”,
4k(Line Array) •01 headfone AKG K240 Studio da DB Tecnologia Acústica.
•02 Amplificadores DB Series LD 4k •Infraestrutura de sinal Santo Ânge- “A música tocada nos cultos religiosos é
(Monitores, delays e center fill) lo: cabos de microfone e de guitarra
moderna. Ou seja, baseada em padrões
Outros equipamentos NINJA, e subsnakes
•02 consoles mix Roland M480 •Infraestrutura de AC Pentacústica: ‘pop’. Para tanto, quando se faz o som de
•01 Digital Snake Roland S-4000S-3208 RMP-125-01, ACT-5, PS-1.4, PC- show ‘pop’, tem que amplificar o som de
•02 Gerenciadores de sinais DMS 8 8000, PSG-4x20-220, PSG-4x20- forma coerente. Bom senso é importante
•01 Sistema completo de Main 110, PC-9003-220, PSG-5PC na hora da escolha”, completa.
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Lançamentos
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Maravilhosa Graça
Geraldo Guimarães
Fruto de uma nova geração, Ge-
raldo Guimarães, lança seu pri-
meiro álbum, que foi gravado ao
vivo na Igreja Videira, no Rio de
Janeiro. Esse baiano de nasci-
mento e carioca de coração, em-
bora tenha contato com a músi-
ca desde os 14 anos, só 20 anos
depois finalmente encontrou seu caminho na música
gospel. Na produção desse novo trabalho do cantor, reve-
zam-se Kleyton Martins, Emerson Pinheiro, Rogério Vieira
e Tadeu Chuff, garantindo diversidade sonora ao álbum.
Do outro lado
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Andrea Fontes
Coletâneas
Line Records
Músicos na rua
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