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Universidade de Mogi das Cruzes – UMC

Relatório
Engenharia Mecânica – Fenômeno dos Transportes II
Perda de Carga Distribuída e Singular

Graziella de Oliveira e Silva 63823


Gustavo Roberto Silva Oliveira 64034
Caio Henrique R. B. de Souza 63821
Marcos Freitas Conde 64776
Alex Massami 64185

Engenharia Mecânica – 6º Sem.


Prof. Fabio Tofoli
Universidade de Mogi das Cruzes – UMC

Objetivo
Verificar a influência da vazão na perda de carga distribuída e por singularidade.

Metodologia
Utilizamos nesta experiência:
 Reservatório de água;
 Cronômetro;
 Manômetro

Inicialmente abrimos as válvulas do tanque para evitar que transbordasse, ligamos a


bomba e abrimos totalmente sua válvula. Assim, fizemos com que a vazão fosse máxima.
Adotamos dois pontos já estabelecidos no conduto como entrada e saída para descobrir a
perda de carga distribuída.
Entre esses dois pontos se encontra instalado um manômetro para que seja possível medir
a altura da coluna de mercúrio, que nos fornecerá a perda de carga distribuída.
Na outra extremidade do tubo se encontra instalada uma válvula tipo globo, que está
aberta e permanecerá aberta até o final da experiência. Existe outro manômetro instalado entre a
entrada e a saída dessa válvula, que também servirá para medir a altura da coluna de mercúrio,
para descobrirmos a perda de carga por singularidade.
Feito isso, fechamos as válvulas do tanque e cronometramos o tempo que foi necessário
para a água subir uma determinada altura (∆h), assim, descobriremos um valor para a vazão.
Dessa maneira, realizamos a experiência no primeiro ponto adotado, com a válvula da
bomba totalmente aberta. Repetiremos o processo mais quatro vezes, fechando essa válvula e
anotando todos os dados na tabela a seguir:

Ponto h (hs) h (hf) t (s) ∆h (tanque)


1 305 mm 135 mm 21,22 150 mm
2 320 mm 145 mm 21,38 150 mm
3 360 mm 140 mm 21,84 150 mm
4 315 mm 90 mm 23,81 150 mm
5 325 mm 70 mm 25,16 150 mm

Com todos os dados anotados, faremos os cálculos e apresentaremos os resultados com


uma nova tabela e com gráficos, relacionando as perdas de carga com a vazão em cada ponto.
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Cálculos

Os cálculos foram divididos em duas partes, uma real em que os dados foram obtidos
através da medição física, e outra teórica.

Dados:

At = 0,548m2

Válvula Globo 1 ½”

Tubulação 1 ½”

Schedule 40*

Dint= 40,89mm

L112= 3,2m

*Schedule é a norma de fabricação desse tubo. Tubos Schedule são usados especialmente na
indústria, por serem excelentes transportadores de fluidos, tanto gases como líquidos. São
conhecidos também pelas espessuras de parede pequenas em relação aos seus diâmetros, e
juntamente com outras propriedades conseguem atender grande parte da demanda de tubos para
matéria prima em muitas áreas da indústria.
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Fórmulas

Perda de carga por Singularidade


𝛾𝐻𝐺
ℎ𝑠1,2 = ℎ( − 1)
𝛾𝐻2 𝑜

Perda de Carga Distribuída

𝛾𝐻𝐺
ℎ𝑓1,2 = ℎ( − 1)
𝛾𝐻2 𝑜

𝑉.𝐷 𝑉2 𝐿 𝑉2
𝑅𝑒 = ℎ𝑓 = 𝑓. . ℎ𝑠 = 𝐾𝑠.
𝜗 2𝑔 𝐷𝐻 2𝑔
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Perda de Carga Distribuída Perda de Carga por Singularidade

Ponto 1
Ponto 1
ℎ𝑓1 = 0,135𝑚
𝛾𝐻𝐺 ℎ𝑠1 = 0,305𝑚
ℎ𝑓1,2 = ℎ( − 1)
𝛾𝐻2 𝑜 ℎ𝑠1,2 = 0,305 . 12,6 = 3,843𝑚
136000
ℎ𝑓1,2 = 0,135 . ( − 1)
10000 Ponto 2

ℎ𝑓1,2 = 0,135 . 12,6 = 1,701𝑚 ℎ𝑠2 = 0,320𝑚


ℎ𝑠1,2 = 0,320 . 12,6 = 4,032𝑚
Ponto 2
Ponto 3
ℎ𝑓2 = 0,145𝑚
ℎ𝑓1,2 = 0,145 . 12,6 = 1,827𝑚 ℎ𝑠3 = 0,360𝑚
ℎ𝑠1,2 = 0,360 . 12,6 = 4,536𝑚

Ponto 3 Ponto 4

ℎ𝑓3 = 0,140𝑚 ℎ𝑠4 = 0,315𝑚


ℎ𝑓1,2 = 0,140 . 12,6 = 1,764𝑚 ℎ𝑠1,2 = 0,315 . 12,6 = 3,969𝑚

Ponto 4 Ponto 5

ℎ𝑓4 = 0,09𝑚 ℎ𝑠5 = 0,325𝑚


ℎ𝑓1,2 = 0,09 . 12,6 = 1,134𝑚 ℎ𝑠1,2 = 0,325 . 12,6 = 4,095𝑚

Ponto 5

ℎ𝑓5 = 0,07𝑚
ℎ𝑓1,2 = 0,07 . 12,6 = 0,882𝑚
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Vazão Velocidade

𝑄 =v. A
∆h . A Q
𝑄= 𝑣=
𝑡 𝐴

Ponto 1
Ponto 1
0,150 .0,548
𝑄1 = 0,003873
21,22 𝑣1 =
𝑄1 = 0,003873𝑚³/𝑠 𝜋. 𝑑²/4

Ponto 2 0,003873
𝑣1 = = 2,949𝑚/𝑠
𝜋. (0,040892 )/4
0,0822
𝑄2 =
21,38 Ponto 2
𝑄2 = 0,003844𝑚³/𝑠
0,003844
𝑣2 = = 2,927𝑚/𝑠
𝜋. (0,040892 )/4
Ponto 3
Ponto 3
0,0822
𝑄3 =
21,84 0,003763
𝑄3 = 0,003763𝑚³/𝑠 𝑣3 = = 2,865𝑚/𝑠
𝜋. (0,040892 )/4
Ponto 4 Ponto 4
0,0822 0,003452
𝑄4 = 𝑣4 = = 2,628𝑚/𝑠
23,81 𝜋. (0,040892 )/4
𝑄4 = 0,003452𝑚³/𝑠
Ponto 5
Ponto 5
0,003267
0,0822 𝑣5 = = 2,487𝑚/𝑠
𝑄5 = 𝜋. (0,040892 )/4
25,16
𝑄5 = 0,003267𝑚³/𝑠
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Calculando Ks Calculando Reynolds

𝑉2 𝑅𝑒 =
𝑉.𝐷
ℎ𝑠 = 𝐾𝑠. 𝜗
2𝑔

ℎ𝑠1,2 . 2𝑔
𝐾𝑠 =
𝑣² Ponto 1

2,949 . 0,04089
Ponto 1 𝑅𝑒 = = 1205,84
10−4
3,843 . 20
𝐾𝑠1 = = 8,838
2,949² Ponto 2

2,927 . 0,04089
Ponto 2 𝑅𝑒 = = 1196,85
10−4
4,032 . 20 Ponto 3
𝐾𝑠2 = = 9,412
2,927²
2,865 . 0,04089
𝑅𝑒 = = 1171,49
10−4

Ponto 3
Ponto 4
4,536 . 20
𝐾𝑠3 = = 11,052 2,628 . 0,04089
2,865² 𝑅𝑒 = = 1074,58
10−4

Ponto 4
Ponto 5
3,964 . 20
𝐾𝑠4 = = 11,479 2,487 . 0,04089
2,628² 𝑅𝑒 = = 1016,93
10−4

Ponto 5
𝑹𝒆 < 2000 → 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑙𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟
4,095 . 20
𝐾𝑠5 = = 13,241
2,487²
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Calculando f Calculando Leq

64 𝐿𝑒𝑞 =
𝐾𝑠 . 𝐷ℎ
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑅𝑒 é 𝑙𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑓 = 𝑓
𝑅𝑒

Ponto 1 Ponto 1

64 8,838 . 0,04089
𝑓1 = = 0,053 𝐿𝑒𝑞1 = = 6,81𝑚
1205,84 0,053

Ponto 2
Ponto 2
64
𝑓2 = = 0,053 9,412 . 0,04089
1196,85 𝐿𝑒𝑞2 = = 7,26𝑚
0,053

Ponto 3 Ponto 3

64 11,052 . 0,04089
𝑓3 = = 0,054 𝐿𝑒𝑞3 = = 8,36𝑚
1171,49 0,054

Ponto 4 Ponto 4

64 11,479 . 0,04089
𝑓4 = = 0,059 𝐿𝑒𝑞4 = = 7,95𝑚
1074,58 0,059

Ponto 5 Ponto 5

64 13,241 . 0,04089
𝑓5 = = 0,062 𝐿𝑒𝑞5 = = 8,73𝑚
1016,93 0,062
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Com base nos cálculos obtidos, montamos a seguinte tabela:

Ponto hs1,2 (m) hf1,2 (m) Q (m³/s) v (m/s) Ks Re 𝑓 𝐿𝑒𝑞(𝑚)


1 3,843 1,701 0,003873 2,949 8,838 1205,84 0,053 6,81
2 4,032 1,827 0,003844 2,927 9,412 1196,85 0,053 7,26
3 4,536 1,764 0,003763 2,865 11,052 1171,49 0,054 8,36
4 3,969 1,134 0,003452 2,628 11,479 1074,58 0,059 7,95
5 4,095 0,882 0,003267 2,487 13,241 1016,93 0,062 8,73

E a partir dos dados da tabela, os seguintes gráficos:

Gráficos:

Gráfico (hs x Q)

4.5
4
3.5
3
Q (l/s)

2.5
2
1.5
1
0.5
0
0 3.843 4.032 4.536 3.969 4.095

hs (m)
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Gráfico (hf x Q)

4.5
4
3.5
3
Q (l/s)

2.5
2
1.5
1
0.5
0
0 1.701 1.827 1.764 1.134 0.882

hf (m)

Gráfico (Ks x Re)

1250
1200
1150
Re

1100
1050
1000
950
900
8.838 9.412 11.052 11.479 13.241

Ks
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Gráfico (f x Re)

1250
1200
1150
Re

1100
1050
1000
950
900
0.053 0.053 0.054 0.059 0.062

f
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Comentários

Após realizarmos a experiência sobre perda de carga distribuída e por singularidade,


encontramos diversos valores, porem não podemos considerar que os valores encontrados
correspondem à realidade do sistema, pois temos que levar em consideração que a instalação foi
construída á muitos anos atrás, portanto, há imperfeições no interior da tubulação como um
encrostamento devido à falta de cuidado na hora de despejar o permanganato usado na experiência
para verificar se o escoamento é laminar ou turbulento (experiência de Reynolds) no tanque correto,
isso criou um encrostamento no interior da tubulação diminuindo o seu diâmetro interno e
prejudicando assim o escoamento do fluido na instalação.
Existe também folga excessiva no equipamento e isso acaba dificultando uma leitura mais
clara dos dados fornecidos pelo sistema.
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Conclusão

Através do estudo realizado acima concluímos que, não somente a extensão da tubulação, o
diâmetro, a velocidade de circulação e a rugosidade causam perdas no escoamento de fluidos,
qualquer acessório que perturbe a velocidade de circulação dele, tais como, o aumento ou
diminuição de turbulência, as mudanças de direção e a variação de velocidade propiciam também
uma perda de carga. Além dos cálculos, os gráficos comprovam essa perda.
Os resultados podem apresentar alguns erros devido as condições do equipamento.
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Bibliografia

 Mecânica dos Fluidos (Franco Brunetti segunda edição revisada)


 Anotações de aula
 http://www.saibamais.net/artigo/tubos-schedule---o-que-s%C3%A3o-estes-tipos-de-tubos-
83803.html

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