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SÃO GABRIEL
2010
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SÃO GABRIEL
2010
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SUMÁRIO
RESUMO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .04
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
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RESUMO
INTRODUÇÃO
Inicialmente cabe focalizar no fato de que a gestão escolar em nosso país ainda
é feita de forma autoritária e heterogestionária, contudo essa concepção em
educação torna-se cada vez mais ultrapassada e decadente, pois para promover a
inclusão social e a emancipação do educando necessitamos lançar um novo olhar e
um novo método sobre o pensar, o agir e o gerir educação no Brasil. Dessa forma
uma reflexão sobre o porquê dessa finalidade e organização é extremamente
necessária para um posicionamento consciente sobre o tema, objetivando uma
melhor práxis pedagógica a fim de garantir ao educando o auxilio necessário ao seu
pleno desenvolvimento humano, social e intelectual. Tal reflexão foi elaborada
referenciando-se teoricamente as legislações educacionais brasileiras e
especialistas na área.
“A educação de uma pessoa é tudo o que fez ela se tornar quem ela é a partir
da sua base biológica” (WITTMANN; KLIPPEL, 2010, p. 25), isso porque nascemos
com inscrições genômicas que determinam características físicas e formam bases
para a construção de nossa psique, porém o que aprendemos desde nosso
nascimento é o determinante para nossa formação animal (humana). Afinal, sem o
convívio com outras pessoas e o aprendizado diário do qual somos feitos,
disporíamos apenas de nossa vida vegetativa, ou seja, órgãos funcionando em ritmo
cadenciado sem ninguém para comandar as atividades de comunicação com o meio
onde estamos inseridos. Dentro da perspectiva de aprendizagem a partir de ações e
comunicações Bruel (2010, p. 17) afirma que educação “[...] é a ação que se realiza
em múltiplos espaços nos processos de interação entre diferentes sujeitos
históricos”. Dessa forma a educação se processa em todos os lugares e com
variadas pessoas. Assim, o ato de educar e ser educado é pratica social que “[...] é
determinada pelo contexto social e histórico do qual emerge e sobre o qual incide”
(WITTMANN; KLIPPEL, 2010, p. 15), sendo a escola e os profissionais da educação
instrumentos formais nos processos de construção do conhecimento a fim de “[...]
garantir a atualização histórico-cultural da população [...]” (BRUEL, 2010, p. 17). A
educação escolar, portanto, é parte importante no fazer histórico de cada indivíduo,
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pois é na escola que formamos muitas de nossas opiniões e construímos uma visão
de mundo que nos impulsionará pra o futuro e determinará o papel que
desempenharemos junto à sociedade na qual estamos inseridos.
A escola é o local específico do ato pedagógico, contudo ela é parte integrante
dos sistemas criados pela sociedade, e, assim, reflete as práticas sociais da
comunidade onde está inserida. Portanto, a estrutura escolar foi sendo modificada
ao longo dos anos acompanhando as transformações nos processos de relação
entre as pessoas. Todavia, a sociedade muda antes e em maior velocidade que a
escola.
Em um momento histórico mais longínquo as relações entre as pessoas,
segundo Wittmann e Klippel (2010, p. 59) se fundavam na capacidade de dominação
através da força e da punição. Em um segundo momento, segundo os mesmos
autores, o poder passou a ser concentrado nas mãos dos que possuíam maior
riqueza, mais bens de produção, afinal vivemos em uma sociedade capitalista onde
o capital rege o nosso modo de vida. Contudo, quanto mais se gasta dinheiro para
punir ou para premiar e, assim, manter o poder, menos dinheiro se tem.
Atualmente, a sociedade está passando por mais uma fase de transmutação,
hoje a nova base das relações sociais é o conhecimento (WITTMANN; KLIPPEL,
2010, p. 60). Isso porque em uma sociedade que cada vez mais utiliza sistemas de
informação e produção tecnológicos quem tem maior poder é aquele que detém
maior conhecimento para manter e criar novas tecnologias. Esse novo fundamento
social traz consigo uma grande mudança nas relações de trabalho e mexe com o
pensar e fazer educação, porque “o conhecimento é uma base mais avançada e
superior de relação das pessoas com o mundo, com os outros e consigo mesma”
(WITTMANN; KLIPPEL, 2010, p. 60). Além disso, ao contrário do dinheiro, quanto
mais usamos nosso conhecimento mais capacidade e consistência ele adquire.
Sob essa nova óptica a sociedade tem um novo problema a ser superado, pois
máquinas estão tomando os postos de trabalho das pessoas e dessa forma gerando
exclusão social, o que de maneira nenhuma diminui a importância desse novo
prisma social. Todavia devemos buscar caminhos alternativos para a inclusão, para
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, aonde o conhecimento
chegue a todos com a mesma qualidade. Para isso nada melhor que a ação da
educação emancipadora, ou seja, uma educação que gere autonomia, que tenha
como foco a construção do conhecimento, que trabalhe a inteligência de cada aluno
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e que prime pela aprendência. Contudo, para que a educação adquira esse caráter
precisamos primeiro transformar a maneira de gerir nossas escolas, afinal a
educação emancipadora exige uma autogestão. Para isso não podemos, nós
educadores, ter uma visão mercadológica da educação escolar, tampouco gerir
nossas escolas de forma autoritária e ditadora, mas sim implantar a democracia
sobre todos os aspectos, buscar a participação de toda a comunidade onde está
inserida a escola e também agir sobre ela de forma positiva. Afinal muito do que
somos devemos a escola, portanto, o ambiente escolar que proporcionamos aos
nossos alunos incidirá na sociedade de maneira direta.
Assim cada elemento deve estar conectado com o seguinte para manter a
união e a perfeita sinfonia entre a equipe gestora, os professores, os alunos e a
comunidade.
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Para uma efetiva gestão democrática na escola pública e para uma educação
emancipadora a comunidade deve fazer parte dos processos de discussão, decisão,
execução e avaliação da sua proposta pedagógico-administrativa. Para isso a escola
deve contar com o conselho escolar, do qual devem fazer parte, segundo Wittmann
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial a União, Brasília, DF, 5 out. 1988.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui
%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 16 set. 2010.