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ABR 2004 Projeto NBR 13103

Adequação de ambientes residenciais


para instalação de aparelhos que
ABNT – Associação utilizam gás combustível
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 28º andar
Origem: NBR 13103:1994
CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro – RJ
CB-09 Comitê Brasileiro de Gases Combustíveis
Tel.: PABX (021) 210-3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436
CE 09:402.01 Comissão de Estudo de Instalações não Industriais para Gases
Endereço eletrônico: Combustíveis
www.abnt.org.br
Suitablilit of residential environment for the installation of fuel gas household
equipament
Descriptors: Gas. Gas instalation

Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavra(s)-chave: Gás. Gás combustível. Instalação predial 1 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Sumário
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Condições gerais
5 Configuração do local e Ventilação
6 Exaustão dos produtos da combustão
7 Dimensionamento das Chaminés
ANEXOS
A Terminais de chaminés
B Exemplo de dimensionamento chaminé individual, método 1
C Tipos de ventilações permanentes mínimas
D Dimensões dos terminais da chaminé individual
E Dimesões dos terminais da chaminé coletiva
F Exemplo de dimensionamento chaminé individual, método 2
G Tabela para dimensionamento das chaminés individuais de tiragem natural
H Tabela para dimensionamento das chaminés coletivas de tiragem natural
I Determinações a serem cumpridas em edificações em uso, com aquecedores de água de circuito aberto, instalados no
interior de banheiros
J Adequação de ambientes para instalação de aparelhos a gás em edificações tipo Loft, Kitchenette ou Flat
K Verificação das características higiênicas de aquecedores de água a gás nas instalações residenciais

Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os
associados da ABNT e demais interessados.
2 Projeto NBR 13103:2004

1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para projetos, construção, ampliação, reformas e vistoria dos locais nos
quais se localizam aparelhos que utilizam gás combustível.

Esta Norma aplica-se à:

Aparelhos com potência nominal de até 60,0 kW (859,84 kcal/min).

Aparelhos instalados em ambientes residenciais.

NOTA - As conversões de unidade kW para kcal/min são aproximadas.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 8094:1983 - Material metálico revestido e não-revestido - Corrosão por exposição à névoa salina;

NBR 8130:1998 - Aquecedor de água a gás tipo instantâneo - Requisitos e métodos de ensaio;

NBR 10542: 1988 – Aquecedores de água a gás tipo acumulação – Ensaios;

NBR 13723/1:1999 - Aparelhos domésticos de cocção a gás - Desempenho e segurança;

NBR 13723/2:1999 - Aparelhos domésticos de cocção a gás - Uso racional de energia;

DIN 4102

DIN 24146

3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as seguintes definições.

3.1 Altura equivalente: altura da chaminé, consideradas todas as resistências de seus componentes.

3.2 Ambiente: local interno da residência no qual está instalado o aparelho à gás combustível.

3.3 Analisador de combustão: Aparelho destinado a analisar a composição dos gases da combustão e quantificar os
componentes mais importantes, podendo ainda medir cálculos outros parâmetros importantes para a combustão.

3.4 Aparelho a gás: aparelho que utiliza gás combustível.

3.5 Aparelhos de circuito aberto: São aqueles que utilizam o ar necessário para efetuar a combustão completa, proveniente
da atmosfera do ambiente, necessitando assim, de determinadas condições de ventilação, ou seja, entrada de ar e
exaustão dos produtos da combustão.

3.6 Aparelhos de circuito fechado: são aqueles nos quais o circuito de combustão (entrada de ar e saída dos produtos de
combustão) não tem qualquer comunicação com a atmosfera do ambiente.

3.7 Autoridade competente: órgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou física com atribuições, pela legislação
vigente, para examinar, aprovar, autorizar ou fiscalizar as instalações prediais de gás. Na ausência de legislação
específica, a autoridade competente é a própria entidade pública ou privada que projeta e/ou executa a construção da
instalação predial de gás, as adequações de ambientes, instalações de aparelhos e acessórios, bem como aquelas
entidades devidamente autorizadas pelo poder público a distribuir gás combustível.

3.8 Chaminé: duto acoplado ao aparelho a gás que assegura o escoamento dos gases da combustão para o exterior da
edificação.

3.9 Chaminé coletiva: duto destinado a canalizar e conduzir para o ar livre os gases provenientes dos aparelhos a gás,
através das respectivas chaminés individuais.

3.10 Chaminé individual: duto destinado a conduzir os gases de combustão, gerados no aparelho a gás entre o defletor e
a chaminé coletiva ou o ar livre.

3.11 Combustão higiênica: é aquela cujo teor de monóxido de carbono, “CO”, nos gases da combustão não é prejudicial ao
ser humano.

3.12 Combustão não higiênica: é aquela cujo teor de monóxido de carbono, “CO”, nos gases da combustão é prejudicial ao
ser humano.

3.13 Combustão: reação química entre o combustível e o comburente (oxigênio do ar atmosférico), gerando como
resultado gases da combustão e calor.
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3.14 Conjunto de duto individual para aparelhos hermeticamente isolados: conjunto formado por dutos que absorvem o ar
externo, através de tubulações para a câmara de combustão e que expelem os gases da combustão por um outro duto
para o ambiente externo.

3.15 Conversões: adequação dos aparelhos de um determinado gás para outro tipo de gás combustível.

3.16 Defletor: dispositivo destinado a estabelecer o equilíbrio aerodinâmico entre a corrente dos gases de combustão e o
ar exterior.

3.17 Dióxido de carbono “CO2” : gás resultante da reação de combustão, isto é resultado da reação do combustível com o
comburente (oxigênio).

3.18 Dispositivo de coleta: dispositivo utilizado para realizar a amostragem dos gases de combustão na chaminé, deve ser
introduzido entre a coifa do aquecedor e início do primeiro trecho vertical da chaminé.

3.19 Exaustão forçada: retirada dos gases de combustão através de dispositivos eletromecânicos.

3.20 Exaustão natural: saída dos gases de combustão sem dispositivos eletromecânicos, somente com a utilização de
dutos ascendentes ou horizontais e ascendentes.

3.21 Gás Combustível: é qualquer gás utilizado para o funcionamento de aparelhos a gás mencionados por esta norma,
tais como Gás Liqüefeito de Petróleo, Gás Natural, Gás Manufaturado etc.

3.22 Gases da combustão: gases resultantes da reação entre o combustível e o comburente (oxigênio do ar atmosférico)
durante o processo de combustão.

3.23 Monóxido de carbono “CO” medido: quantidade de monóxido de carbono presente nos gases da combustão e medido
pelo analisador de combustão.

3.24 Monóxido de carbono “CO” no ambiente: quantidade de CO presente no ambiente no qual o aparelho de combustão
se encontra instalado.

3.25 Monóxido de carbono “CO”: gás resultante quando a reação de combustão é incompleta, é altamente prejudicial ao
ser humano, podendo ser letal dependendo da concentração e do tempo de exposição.

3.26 Monóxido de carbono “CO” neutro: quantidade de monóxido de carbono que deveria estar presente nos gases da
combustão, se as condições de combustão fossem a estequiométrica. Seu valor é obtido por cálculos a partir dos valores
medidos, realizados pelo analisador de combustão automaticamente ou pelo operador do mesmo.

3.27 Oxigênio “O2”: gás presente no ar ambiente, na proporção aproximada de 21%, fundamental para sobrevivência do
ser humano, e também necessário para a reação de combustão.

3.28 Potência nominal: quantidade de energia contida no combustível consumido, na unidade de tempo, pelo aparelho de
utilização.

3.29 Terminal de chaminés: dispositivo instalado na extremidade da chaminé.

3.30 Volume bruto de um ambiente: é o volume delimitado pelas paredes, piso e teto. O volume da mobília ou utensílios
que esteja contidas no ambiente não deve ser considerados no calculo.

4 Condições gerais

4.1 Tipos de aparelhos que utilizam gás combustível


Os aparelhos que utilizam gás combustível são classificados em função das características do sistema de combustão dos
mesmos, podendo ser:

4.1.1 Circuito aberto, os quais podem ser divididos em:

4.1.1.1 sem necessidade de estar conectado a duto para exaustão dos produtos da combustão.

4.1.1.2 com necessidade de estar conectado a duto para exaustão dos produtos da combustão, os quais podem ser
divididos em:

4.1.1.3 com exaustão natural

4.1.1.4 com exaustão forçada


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4.1.2 Circuito fechado

4.2 Classificação de aparelhos por tipo

4.2.1 Circuito aberto, sem duto:

4.2.1.1 Fogão (Os fogões com capacidade superior a 360 Kcal/min, deverão ter sua instalação complementada com coifa
ou exaustor para condução dos produtos de combustão para o ar livre ou prisma de ventilação).

4.2.1.2 Fogão com forno

4.2.1.3 Fogão de mesa

4.2.1.4 Forno

4.2.1.5 Churrasqueira

4.2.1.6 Máquina de lavar roupa (limitado a 4000 kcal/h)

4.2.1.7 Máquina de secar roupa (limitado a 4000 kcal/h)

4.2.1.8 Máquina de lavar louça (limitado a 4000 kcal/h)

4.2.1.9 Refrigerador (limitado a 4000 kcal/h)

4.2.1.10 Outros aparelhos de circuito aberto sem duto não relacionados acima, para uso no interior de residências:

4.2.1.10.1 Sem sensor de O2 - limitado a 4.000 kcal/h;

4.2.1.10.2 Com sensor de O2 - limitados a 10.000 kcal/h, interromper o fornecimento de gás quando o nível de O2 no
ambiente estiver abaixo de 18% ou quando houver avaria no sensor.

4.2.2 Circuito aberto, com duto:

4.2.2.1 Aquecedores de água

4.2.2.2 Aquecedores de ambiente

4.2.2.3 Calefação de ambiente (utilizam diretamente o calor gerado) (até 4000 kcal/h)

4.2.2.4 Calefação de ambiente (utilizam diretamente o calor gerado) (de 4000 kcal/h até 6000 kcal/h, o volume do local
deve ser superior a 70 m3), (colocação de limite de potência)

4.2.2.5 Todos os aparelhos não incluídos no item 4.2.1

4.2.3 Circuito fechado

4.2.3.1 Aquecedores de água

4.2.3.2 Aquecedores de ambiente

4.2.3.3 Outros aparelhos de circuito fechado

4.2.4 Os aparelhos de utilização à gás citados em 4.2 devem:

4.2.4.1 - Os aparelhos de utilização a gás destinados ao aquecimento de água, tipo instantâneos devem obedecer aos
requisitos da NBR 8130.

4.2.4.2 - Os aparelhos de utilização a gás destinados ao aquecimento de água, tipo acumulação devem obedecer aos
requisitos da NBR 10542.

4.2.4.3 - Os aparelhos de utilização a gás destinados à cocção devem obedecer aos requisitos da NBR 13723/1:1999 e
NBR 13723/2:1999.

4.3 Configuração dos locais para instalação de aparelhos

Os locais nos quais serão instalados os aparelhos a gás devem cumprir as seguintes características:

a) Ventilação;

b) Exaustão dos produtos da combustão.


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4.4 Habilitação necessária


A elaboração da avaliação dos ambientes que irão receber aparelhos a gás deve ser de responsabilidade de profissionais
legalmente habilitados com registro no respectivo órgão de classe ou através de cursos de instituições de ensino
reconhecidas pela Autoridade Competente.

4.5 Condições específicas

4.5.1 Os banheiros somente podem receber aparelhos de utilização a gás no seu interior, quando os mesmos cumprirem
com o seguinte:

4.5.1.1 Somatória da potência nominal> 100 kcal/min – os aparelhos devem ser do tipo circuito fechado.

4.5.1.2 Somatória da potência nominal≤ 100 kcal/min – os aparelhos (aquecedores de passagem ou chuveiros a gás, de
combustão aberta e exaustão natural), devem cumprir com os seguintes itens de segurança:

4.5.1.3 O volume bruto do banheiro, onde o aparelho será instalado, deve ser no mínimo de 6 m³.

4.5.1.4 Os aparelhos devem ser equipados com chaminés, segundo os critérios desta norma.

4.5.1.5 O banheiro deve ser dotado de ventilações permanentes inferiores e superiores, com área total mínima de 800 cm²,
sendo 600 cm² superior e 200 cm² inferior.

4.5.1.6 Para a instalação de aparelhos no interior de Box, limitados por divisórias ou cortinas, o queimador do aparelho
deve estar a uma altura superior a 10 cm em relação a altura máxima de divisórias ou cortinas do box ou banheira.

4.5.1.7 Os aparelhos a serem instalados devem cumprir, e estar aprovados de acordo com a norma NBR8130.

4.5.1.8 Deverá ser feito teste de CO, no ambiente conforme anexo K.

4.5.2 Flats, Lofts e kitchenete são considerados como ambientes específicos e deverão ser adequados de acordo com o
Anexo J.

4.5.3 As edificações em uso, nas quais os aquecedores de água de circuito aberto estejam instalados no interior de
banheiros, e cuja instalação tenha sido realizada de acordo com a norma vigente na época de sua construção, devem
estar de acordo com o Anexo I. Estas determinações devem ser seguidas também quando da substituição destes
aparelhos.

4.5.4 Dormitórios não devem receber aparelhos de utilização a gás no seu interior, exceto quando os aparelhos forem do
tipo circuito fechado, ou seja, hermeticamente isolados do ambiente.

4.5.5 No caso em que seja instalado mais de um aparelho de utilização a gás em um mesmo ambiente, o limite de potência
nominal de até 60,0 kW (859,84 kcal/min) deve ser considerado como sendo a somatória das potências dos aparelhos com
exceção dos aparelhos de circuito fechado.

4.5.6 Em instalação, conversão, reforma e troca de aparelho devem ser verificadas as características da combustão
higiênica no ambiente, de acordo com o anexo K.

4.5.7 Somente podem ser instalados aparelhos a gás em compartimentos fechados que cumpram as seguintes condições:

4.5.7.1 O aparelho fique isolado

4.5.7.2 O compartimento é utilizado somente para o aparelho

4.5.7.3 Não há a possibilidade de permanência de pessoas

4.5.7.4 Não há possibilidade de entrada ou saída de pessoas

4.5.7.5 A ventilação (entrada e saída) sempre será realizada para o exterior da edificação, garantindo o perfeito
funcionamento do aparelho em condições de segurança

4.5.7.6 A porta de acesso mantém o compartimento isolado (hermético) de outros locais


Exemplos: em armários, pequenos cubículos projetados com esta finalidade, e outros

5 Configuração da ventilação e do local

5.1 Ventilação
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5.1.1 Ventilação superior e ventilação inferior


A área total de ventilação, que é a soma da área da ventilação superior e a da área da ventilação inferior é nesta norma
em função do(s) equipamento(s) que esta sendo instalado no ambiente. As aberturas de ventilação devem localizar-se de
maneira a assegurar a ventilação permanente.

5.1.1.1 Ventilação superior (Vide figura 1)

5.1.1.1.1 Esta ventilação é utilizada para a saída do ar viciado.

5.1.1.1.2 Deve ser localizada a uma altura mínima de 1,50 m sobre o piso acabado.

5.1.1.1.3 A área indicada é a área livre mínima de passagem de saída do ar viciado.

5.1.1.1.4 Deve se comunicar com o exterior da edificação ou prisma de ventilação ou ambiente considerado como área
externa (5.1.3), diretamente através de uma parede, ou indiretamente por meio de um duto exclusivo para cada unidade,

5.1.1.1.5 A saída da ventilação deve estar localizada a (vide figura XXXXX2):

a) uma distância mínima de 40 cm de qualquer abertura de entrada de ar

b) uma distância mínima de 40 cm de quaisquer portas, janelas ou vitros de local que não seja o ambiente do motivo da
ventilação

5.1.1.1.6 Caso a saída seja realizada através de duto, a seção transversal deverá estar conforme a tabela 1:

Tabela 1 – Área de passagem do duto

Comprimento do duto (m) Área de passagem do duto


Até 3 1 x Área mínima de abertura
De 3 a 10 1,5 x Área mínima de abertura
De 10 a 26 2 x Área mínima de abertura
De 26 a 50 2,5 x Área mínima de abertura

Figura 1 – Ventilação superior


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5.1.1.2 Ventilação inferior

5.1.1.2.1 Esta ventilação é utilizada para fornecer ar para a combustão

5.1.1.2.2 Deve se localizar a uma altura máxima de 0,80 m sobre o piso acabado.

5.1.1.2.3 A área indicada é a área livre mínima de passagem de entrada de ar.

5.1.1.2.4 Esta entrada de ar poderá ser direta ou indireta

5.1.1.2.4.1 Ventilação Direta, deve ser através de passagem pela parede (ar do exterior) e a entrada da ventilação deve
estar sempre localizada a:

5.1.1.2.4.1.1 uma distância mínima de 40 cm de qualquer abertura

5.1.1.2.4.1.2 uma distância mínima de 40 cm de qualquer portas, janelas ou vitros de local que não seja o ambiente do
motivo da ventilação

5.1.1.2.4.2 Ventilação Indireta, deve ser:

5.1.1.2.4.2.1 Através de duto individual (vide figura 2) ou

5.1.1.2.4.2.2 Através de duto coletivo (shunt invertido) ou

Através de entrada de ar vinda de outros ambientes , exceto de dormitórios (vide figura 3)

Figura 2 – Ventilação inferior indireta


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Figura 3 – Ventilação inferior indireta

5.1.1.3 Ventilação Inferior especial


Em edificações existentes, nas quais haja a necessidade de instalação de somente um equipamento de cocção, e em
função das características construtivas das paredes exteriores, ou ainda por outras razões construtivas seja impraticável a
instalação de ventilação inferior como requerido nesta norma, a ventilação poderá ser realizada através de uma janela que
abra diretamente para o exterior ou para o prisma de ventilação, somente se forem cumpridas as seguintes condições:

5.1.1.3.1 O aparelho para cocção deve ser alimentado com gás menos denso que o ar.

5.1.1.3.2 A superfície de entrada de ar praticada na janela deverá cumprir com o requerido nesta norma (área de
ventilação)

5.1.1.3.3 A borda inferior da ventilação deverá estar no máximo a 1,20 m do piso

5.1.2 Ambientes contíguos


Dois ambientes contíguos podem ser considerados como um ambiente único para efeito de instalação de aparelho de
utilização a gás quando a comunicação entre eles cumprir todas as 2 condições abaixo:

5.1.2.1 A abertura entre os ambientes deve ser permanente

A abertura entre os ambientes deve possuir superfície livre mínima de 3 m² (vide figura 4)
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Figura 4 – Abertura entre ambientes

5.1.3 Área externa

5.1.3.1 Um ambiente deve ser considerado como área externa quando possuir uma das superfícies permanentemente
aberta para o exterior e cumprir todas as 3 características abaixo (vide figura 5):

5.1.3.1.1 A área da abertura deve ter 40% ou mais da área da superfície voltada para o exterior.

5.1.3.1.2 A área da abertura deve possuir uma área mínima de 2 m².

5.1.3.1.3 A distância entre o teto e a abertura deve ser de no máximo 0,5 m.

Figura 5 – Área externa

5.1.3.2 Quando o local considerado como área externa, conforme a definição do item acima, tiver a possibilidade de
futuramente, ter sua área livre fechada mediante a instalação de janelas ou basculantes de vidro, a chaminé individual do
aparelho instalado neste local, ou em locais que evacuem seus produtos de combustão para esta área considerada
externa, devem ser prolongadas até o limite da área considerada externa com o exterior da edificação, conforme mostra a
figura 6:
10 Projeto NBR 13103:2004

Figura 6 – Área externa com possibilidade de fechamento

5.1.4 Prisma de Ventilação (vide figuras 7 e 8)

5.1.4.1 Os prismas de ventilação são os espaços situados no interior do volume da edificação, em comunicação direta com
o exterior, utilizados para promover a ventilação nos locais onde existam aparelhos a gás instalados, devendo cumprir com
o seguinte:

5.1.4.1.1 A seção real do prisma de ventilação deverá ser uniforme em toda a sua altura;

5.1.4.1.2 A seção real do prisma de ventilação deverá conter a seção reta mínima de 0,1 m² por pavimento;

5.1.4.1.3 Quando a seção real do prisma for retangular, o lado maior deverá ser no máximo 1,5 vezes o lado menor.

Figura 7 – Prisma de ventilação - planta


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5.1.4.2 Nos casos em que os prismas de ventilação estiverem cobertos em sua parte superior com um telhado protetor
contra a chuva, o mesmo deve contar com uma superfície lateral mínima livre, para comunicação com o exterior de pelo
menos 25% de sua superfície em planta, devendo ser sempre superior a 0,1 m².

5.1.4.3 Quando forem conduzidos produtos de combustão para um prisma de ventilação, deve ser instalado um duto na
parte inferior do referido prisma, a fim de permitir a entrada de ar do exterior, garantindo a renovação de ar no interior do
prisma através do correto dimensionamento do duto.

Figura 8 – Prisma de ventilação - elevação

5.1.5 Abertura de ventilação em venezianas


A área de ventilação a ser considerada é a área livre de passagem.

5.2 Configuração do local

5.2.1 Aparelhos de circuito aberto que não necessitem estar conectados a duto para exaustão dos produtos da
combustão

5.2.1.1 Restrições à Configuração dos Locais


As dependências da edificação, nas quais estiverem instalados em seu interior aparelhos a gás de circuito aberto, devem
ter um volume bruto mínimo de 6 m³.

5.2.1.2 Ventilação
Os ambientes que contenham aparelho de circuito aberto que não necessite estar conectado a duto para exaustão devem
possuir uma área total de ventilação permanente de no mínimo 200 cm², constituída de duas aberturas:

a) As ventilações de entrada e saída devem estar de acordo com o item 5.1.

b) A abertura superior deve possuir no mínimo 100 cm²

c) A abertura inferior deve possuir uma área entre 25% e 50% da área total das aberturas.

5.2.2 Aparelhos de circuito aberto, com tiragem natural, que necessitem estar conectados a duto para exaustão
dos produtos da combustão

5.2.2.1 Restrições à configuração dos Locais


As dependências da edificação, nas quais estiverem instalados em seu interior aparelhos a gás de circuito aberto que deve
estar conectado a duto para exaustão dos produtos de combustão, devem ter, um volume bruto mínimo de 6,0 m³.

5.2.2.2 Ventilação
Os ambientes que contenham aparelhos de utilização a gás combustível devem possuir uma área total útil de ventilação
permanente na proporção mínima de 1,5 centímetros quadrados por quilocaloria por minuto; constituídas por duas
aberturas que devem ser executadas conforme descrição a seguir, e não inferior a 600 cm²:
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a) A abertura superior deve possuir no mínimo 400 cm²;

b) A abertura inferior deve possuir uma área entre 33% e 50% da área total adotada,

c) as ventilações de entrada e saída devem estar de acordo com o item 5.1.

5.2.3 Aparelhos de circuito aberto, com tiragem natural, que necessitem estar conectados a duto para exaustão
dos produtos da combustão e aparelho de circuito aberto que não necessite estar conectado a duto para exaustão
instalados em um mesmo ambiente.

5.2.3.1 Restrições à Configuração dos Locais


a) a somatória das potências nominais dos equipamentos a gás não deve exceder 28 kw (400 kcal/min.);

b) volume do ambiente não deve ser inferior a 16 m³;

c) aquecedor não pode ser instalado diretamente acima do fogão;

d) não deve ser considerado para este item os ambientes contíguos considerados como ambiente único conforme o
item 5.1.2

5.2.3.2 Ventilação

Os ambientes que contenham aparelhos de utilização a gás combustível devem possuir uma área total útil de ventilação
permanente na proporção mínima de 1,5 centímetros quadrados por quilocaloria por minuto; constituídas por duas
aberturas que devem ser executadas conforme descrição a seguir, e não inferior a 600 cm²:
d) A abertura superior deve possuir no mínimo 400 cm²;

a) A abertura inferior deve possuir uma área entre 33% e 50% da área total adotada,

b) as ventilações de entrada e saída devem estar de acordo com o item 5.1.

5.2.4 Aparelhos de circuito fechado.

5.2.4.1 Ventilação
Não há obrigatoriedade de aberturas permanentes de ventilação dos ambientes que contenham em seu interior aparelhos
a gás de circuito fechado, ou seja, hermeticamente isolados do ambiente.

5.2.4.2 Instalação

5.2.4.2.1 Estes aparelhos (suas chaminés) não devem ser instalados imediatamente abaixo e sob a mesma vertical que
passa por basculantes, janelas ou quaisquer aberturas do ambiente obedecendo às distâncias indicadas na figura 9.

5.2.4.2.2 Os aparelhos podem ser instalados no interior de boxes ou acima de banheiras;

5.2.4.2.3 Para aparelhos de circuito fechado com exaustão natural, a conexão do aparelho com o exterior deve ser
realizada somente através da parede externa, não sendo permitida sua instalação em paredes de prisma de ventilação.

5.2.4.2.4 Para aparelhos de circuito fechado com exaustão forçada a sua conexão com o ambiente exterior deve ser
realizada através de dutos de exaustão/admissão (independentes ou concêntricos), conforme orientações do fabricante
(devidamente projetados para esta finalidade).

5.2.4.2.5 Instalados conectados diretamente com o exterior. A conexão do equipamento com o exterior deve ser realizada
somente através de parede
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Figura 9 - Distâncias conexão aquecedor de fluxo balanceado

6 Exaustão dos produtos da combustão

6.1 Chaminés individuais

6.1.1 Condições Gerais


Os produtos da combustão devem ser conduzidos para o exterior através de:

a) chaminé individual, ligadas diretamente ao exterior da edificação, ao prisma de ventilação, ou ainda a um local
considerado como área externa

b) chaminé individual, ligadas as chaminés coletivas dos prédios

c)chaminé individual, ligadas a um duto coletivo de ventilação do tipo Shunt ou similar, projetado especificamente para
a exaustão dos produtos da combustão de combustíveis gasosos.

6.1.2 Materiais das Chaminés Individuais com tiragem natural


As chaminés individuais devem ser fabricadas com materiais incombustíveis (Norma DIN 4102 Classe A1) , termoestáveis
a temperaturas de até 200º C, resistentes à corrosão (NBR 8094) e não possuir perdas por vazamento superiores a
0,04m³/m² de tubulação por segundo (norma DIN 24146).
14 Projeto NBR 13103:2004

6.1.3 Montagem das Chaminés Individuais

6.1.3.1 O ambiente que contenha aquecedor de água a gás deverá contar com uma abertura de espera, para a passagem
da chaminé para o exterior. Caso não haja definição em projeto do aquecedor e respectivo cálculo da chaminé para
definição do diâmetro da passagem da chaminé para o exterior, deve ser adotado um diâmetro mínimo de 150mm.

6.1.3.2 No caso de ser ter uma chaminé com diâmetro inferior à passagem em terminais previamente instalados, a
chaminé deve ser colocada internamente no terminal conforme figura abaixo, levando em conta que deve haver um
dispositivo para que o duto não bloqueie a saída do terminal e o mesmo não deve estar solto dentro do terminal. Nestes
casos deve-se utilizar um acessório, adaptador ou dispositivo para ajustar o diâmetro do duto ao diâmetro da passagem
(vide figura 10).

Figura 10 – Instalação de chaminé em terminal previamente instalado

6.1.3.3 Com tiragem natural

6.1.3.3.1 Na montagem da chaminé individual deve ser observada uma distância mínima de 2 cm que a separe de
materiais de construção inflamáveis, devendo ainda ser envolta em uma bainha de proteção adequada.

6.1.3.3.2 Não é permitida a passagem de chaminé individual através de espaços ocos desprovidos de adequada ventilação
permanente. Quando o oco citado acima, se configurar como o espaço entre o rebaixo de gesso ou outro material
destinado para esse fim, e laje do teto do mesmo cômodo, a ventilação deve ser feita através de duas aberturas
permanentes para o exterior, com área mínima de 200 cm² , cada uma. Estas aberturas devem se localizar entre o rebaixo
e a laje do teto.

6.1.3.3.3 A seção da chaminé não pode ser diminuída para a obtenção dos vários encaixes.

6.1.3.3.4 Na extremidade da chaminé deverá ser instalado um terminal, sempre que a descarga se fizer para o ar livre ou
prisma de ventilação, conforme disposto no item 6.1.6.

6.1.3.3.5 A chaminé individual deve ser construída de modo a conduzir a totalidade dos gases de combustão para o
exterior ou para uma chaminé coletiva, respeitando no mínimo o diâmetro de saída do defletor do aparelho.
Projeto NBR 13103:2004 15

6.1.3.3.6 Tanto quanto possível, o percurso da chaminé deve ser interno à edificação, evitando-se ao máximo curvas,
desvios e projeções horizontais.

6.1.3.3.7 É proibido qualquer tipo de emenda no duto no percurso da chaminé, exceto as conexões.

6.1.3.3.8 A chaminé deve estar convenientemente fixada ao aparelho de utilização e ao terminal para evitar vazamentos do
produto da combustão.

6.1.3.3.9 É proibida a instalação de duas ou mais chaminés individuais de tiragem natural com uma única terminação de
chaminé, devendo-se para tal instalação adotar os critérios dispostos nas figuras 10 e 11.

Figura 10 – Instalação de 2 aparelhos à gás com chaminés individuais

Figura 12 - Instalação de 2 aparelhos à gás com exaustão para chaminé coletiva

6.1.3.4 Com exaustão forçada

6.1.3.4.1 O exaustor instalado na chaminé deve ser construído de material incombustível e resistente ao calor e a
corrosão.

6.1.3.4.2 O exaustor deve ter uma capacidade mínima de vazão e pressão para conduzir os produtos da combustão e o
excesso de ar para o exterior.

6.1.3.4.3 Deve ser instalado dispositivo que corte o abastecimento de gás, durante os períodos em que estiver
interrompida a exaustão dos gases de combustão.
16 Projeto NBR 13103:2004

6.1.3.4.4 Para instalação de aparelho de exaustão forçada, a área necessária para a entrada de ar de utilização deve ser,
no mínimo, igual a área do diâmetro da chaminé, não se aplicando as exigências de 5.3. e 5.4.

6.1.4 Terminais das Chaminés

6.1.4.1 Os terminais devem ser confeccionados em materiais incombustíveis, resistentes ao calor e à corrosão e devem
estar convenientemente fixados de forma a evitar deslocamentos em função de esforços externos ( ventos, etc.).

6.1.4.2 Na extremidade das chaminés individuais devem ser instalados terminais externos sempre que a descarga dos
produtos da combustão se fizer para o ar livre ou ainda para qualquer local definido como área externa.

6.1.4.3 A instalação destes terminais poderá ser efetuada tanto nas faces da edificação como em projeção vertical.

6.1.4.4 Na face da edificação podem ser utilizados:

6.1.4.4.1 Terminal tipo “T “ (Anexo D)

6.1.4.4.2 Terminal tipo Chapéu Chinês (Anexo D)

6.1.4.4.3 Modelo que seja previamente aprovado pela Autoridade Competente.

6.1.4.5 Na projeção vertical devem ser utilizados:

6.1.4.5.1 Terminal tipo disco de meiding

6.1.4.5.2 Terminal tipo chapéu chinês, sem a curva

6.1.4.6 Instalação de terminais na face das edificações – Critérios de localização


a) 0,40 m abaixo de beirais de telhados, balcões ou sacadas;

b) 0,40 m de qualquer tubulação, outras paredes do prédio, ou obstáculos que dificultem a circulação do ar;

c) 0,60 m da projeção vertical das tomadas de ar condicionado

d) 0,40 m de janelas de ambientes de permanência prolongada (quartos e salas).

e) Para terminal tipo chapeu chines, 0,10 m da face.

f)Para terminal tipo tê, 0,10 m da face.

6.1.5 Requisitos para aparelhos de circuito fechado

6.1.5.1 A alimentação e a exaustão devem ser feitas por dutos e estes não podem ter desvios que impliquem uso de
curvas ou que impeça o funcionamento adequado do aparelho. O acoplamento do terminal do duto de saída dos gases
deve ser estanque, com material selante resistente ao calor.

6.1.5.2 Os terminais devem ser instalados convenientemente nas condições a seguir:


a) 0,40 m abaixo de beirais de telhados, balcões ou sacadas;

b) 0,40 m de qualquer tubulação, outras paredes do prédio, ou obstáculos que dificultem a circulação do ar;

c) 0,60 m da projeção vertical das tomadas de ar condicionado

d) 0,40 m de janelas de ambientes de permanência prolongada (quartos e salas).

6.2 Chaminés coletivas

6.2.1 Materiais das Chaminés Coletivas com tiragem natural


A chaminé coletiva deve ser executada com materiais incombustíveis, termoestáveis, resistentes a corrosão, tais como aço
inoxidável, com espessura mínima de 0,5 mm, cimento-amianto com espessura mínima de 6 mm, blocos de concreto pré-
moldados ou alvenaria resistente ao calor.

6.2.2 Montagem das Chaminés Coletivas com tiragem natural

6.2.3 As chaminés coletivas devem ser construídas com juntas estanques e arrematadas uniformemente.

6.2.4 A seção da chaminé coletiva não pode ser menor que a seção da maior chaminé individual que a ela se ligue.

6.2.5 Na extremidade inferior da chaminé coletiva deve existir uma abertura de no mínimo 100cm ² para limpeza e
ventilação.
Projeto NBR 13103:2004 17

6.2.6 As chaminés coletivas só podem receber no máximo duas chaminés individuais por pavimento, distanciadas
verticalmente, no mínimo, de um valor igual ao do diâmetro da maior chaminé individual do mesmo pavimento.

6.2.7 A parte inferior da chaminé coletiva deve ser provida de uma abertura para limpeza e de uma ligação para saída da
água de condensação para o esgoto, feita através de tubo resistente à corrosão.

6.2.8 A chaminé individual que deve ser conectada à chaminé coletiva deve ter uma altura mínima de 2,00 m, podendo
haver, no máximo, duas chaminés individuais por pavimento.

6.2.9 Cada chaminé coletiva deve servir, no máximo, a nove pavimentos, sendo que a distância do defletor do último
aparelho ligado na chaminé até o terminal da chaminé coletiva deve ter, no mínimo, 5,00 m.

6.2.10 A ligação da chaminé individual na chaminé coletiva deve ter um ângulo superior ou igual a 100°.

6.2.11 Quando as chaminés individuais dos aparelhos de exaustão forçada forem conectadas em chaminés coletivas,
estas ultimas devem possuir uma chicana que não permita a entrada dos produtos de combustão de uma unidade para
outra.

6.2.12 Terminais de Chaminés Coletivas com tiragem natural

6.2.12.1 As chaminés coletivas podem utilizar os seguintes tipos de terminais, de acordo com as características contidas
no anexo E:

6.2.12.1.1 chapéu chinês sem a curva

6.2.12.1.2 disco de meiding

6.2.12.2 Os terminais devem ser confeccionados em materiais incombustíveis, resistentes ao calor e à corrosão e devem
estar convenientemente fixados de forma a evitar deslocamentos em função de esforços externos ( ventos, etc.).

7 Dimensionamento das Chaminés


As chaminés individuais e coletivas, contempladas nesta norma permitem dois tipos distintos de cálculos para o seu
dimensionamento, os quais se encontram descritos a seguir.

7.1 Dimensionamento das chaminés individuais com tiragem natural

7.1.1 Método 1

7.1.1.1 Esta metodologia é utilizada para o cálculo de chaminé para exaustão de aparelhos de circuito aberto com tiragem
natural.

7.1.1.2 O trecho vertical da chaminé individual, que antecede o primeiro desvio, deve ter altura mínima de 0,35 m,
medidos da gola do defletor do aparelho, até a geratriz inferior do primeiro desvio. Ver o Anexo A para chaminés com
terminal tipo TÊ e tipo CHAPEU CHINES.

7.1.1.3 O diâmetro da chaminé deve ser no mínimo igual ao diâmetro de saída do defletor do aparelho utilizado,
estabelecido pelo fabricante.

7.1.1.4 Limita-se as mudanças de direção (curvas) em 04 unidades.

7.1.1.5 O percurso da chaminé individual deve ter uma altura igual ou superior a altura total (H) da chaminé, a qual é
determinada pela fórmula apresentada abaixo , onde os fatores de resistência (K) estão definidos conforme a tabela 2:

2 + K1 + K2 + K3 + K4
H=C x (m)
2
Onde:

H = altura total da chaminé, em metros (m);

C = constante = 0,47
0
K1 = número de curvas 90 x fator de resistência;
0
K2 = número de curvas 135 x fator de resistência;

K3 = L (m) x fator de resistência ; L = projeção horizontal da chaminé;

K4 = Fator de resistência do terminal.


18 Projeto NBR 13103:2004

Tabela 2 - Fator de resistência dos componentes

Componentes Fator de resistência (K)


Curva 90º 0,50
Curva 135º 0,25
Duto na vertical 0,00
Projeção horizontal da chaminé 0,30/m
Terminais 0,25

7.1.1.6 Para terminais diferentes dos determinados no item 6.1.6 destes, deve ser seguida a formula indicado acima, sendo
que o fator de resistência do terminal deve ser obtido através de testes.

7.1.1.7 O Anexo B traz um exemplo de dimensionamento pelo método 1, para chaminés com terminal tipo TÊ e tipo
CHAPÉU CHINES

7.1.2 Método 2

7.1.2.1 Na utilização deste método, o trecho vertical da chaminé individual, que antecede o primeiro desvio, deve ter uma
altura mínima de 0,35 m, medidos do encaixe da chaminé com o defletor, ou seja, da gola, até o eixo do trecho horizontal
da chaminé, garantindo-se também nestes casos, a ventilação superior prevista no item 5.2.

7.1.2.2 O cálculo para o dimensionamento das chaminés individuais, deve seguir a seguinte seqüência:

7.1.2.2.1 Dimensionamento do diâmetro d do trecho vertical da chaminé individual, em função dos seguintes parâmetros:

7.1.2.2.2 85% da capacidade nominal do aquecedor,

7.1.2.2.3 Forma da seção da chaminé a ser utilizada.

7.1.2.2.4 Com esses dados, entrar na tabela para dimensionamento das chaminés individuais, constantes do Anexo H.

7.1.2.2.5 Dimensionamento do diâmetro D do trecho horizontal:

7.1.2.3 Para trechos horizontais de até dois metros, e sem curvas de 90° (na horizontal), o diâmetro D, deverá acompanhar
o diâmetro d do trecho vertical.

7.1.2.4 Quando a chaminé possuir comprimento real ou acrescido superior a dois metros, todo o trecho horizontal deverá
ter aumentado o seu diâmetro de acordo com a relação:

D L
=
d 2

Onde:

D – diâmetro do trecho horizontal da chaminé, onde Dmáx.= 15 cm (6”) para aquecedores instantâneos;

d – diâmetro do trecho vertical ou da saída do defletor, onde dmín.= 7,5 cm (3”);

L – comprimento horizontal da chaminé em metros ( L = comprimento real + comprimento equivalente).

Cálculo dos comprimentos equivalentes:

Lequivalente = c + c’

Onde :

c – comprimento equivalente da curva situada nos 2 primeiros metros do percurso horizontal, sendo que c = 1m;

c’ – comprimento equivalente a uma curva, após os 2 primeiros metros do percurso horizontal, sendo que c’ = 20 d,
expresso em metros.
Projeto NBR 13103:2004 19

7.1.2.5 É importante observar que este processo de dimensionamento prevê a possibilidade da compensação, feita no
trecho vertical da chaminé, quando ocorrerem no dimensionamento diâmetros de trechos horizontais maiores do que o
máximo previsto, ou seja 150 mm( 6”), ou ainda quando o diâmetro encontrado nos cálculos for menor que o máximo
permitido, mas ainda se necessitar de uma redução do mesmo, ou ainda quando o comprimento do trecho horizontal
passar do máximo permitido, ou seja dos 4 m.

7.1.2.6 O Anexo G, traz um exemplo de dimensionamento de chaminés individuais, e da compensação vertical, utilizando o
método 2 de cálculo.

7.2 Chaminé coletiva com tiragem natural

7.2.1 Método 1

7.2.1.1 O dimensionamento das chaminés coletivas deve atender à Tabela 3 e 4.

7.2.1.2 Para potências maiores que as indicadas na Tabela 3, deve-se aumentar a seção da chaminé, de acordo com a
seguinte relação:
h< 10 m ............. 3,5 cm² por 1,2 kW (17,2 kcal/min)

10 ≤ h ≤ 20 m .... 2,5 cm² por 1,2 kW (17,2 kcal/min)

h > 20 m ............ 2,0 cm² por 1,2 kW (17,2 kcal/min)

7.2.1.3 Para seções retangulares, a razão entre o lado maior e o menor deve ser de no máximo 1,5.

7.2.1.4 Será permitido apenas um único desvio na chaminé coletiva, de no máximo 30o, em relação ao eixo vertical da
chaminé.

Tabela 3 - Aparelhos por chaminé coletiva

Altura média efetiva Potência Total Número máximo de


aparelhos
(m) kW (kcal/min)
até 10 146 (2100) 10
de 10 até 15 181 (2600) 11
Acima de 15 202 (2900) 12

Nota - A altura média efetiva é a média aritmética da altura de todas as chaminés,


desde o defletor de cada aparelho até o terminal da chaminé coletiva.
20 Projeto NBR 13103:2004

Tabela 4 - Dimensionamento das chaminés coletivas

Potência máxima (kW) Potência máxima (kcal / min) Seção circular Seção
h < 10 10 ≤ h ≤ 20 h > 20 h < 10 10 ≤ h ≤ 20 h > 20 Diâme-tro Área Retan-gular
interno / área
(m) (m) (m) (m) (m) (m) (cm) (cm²) (cm²)
até 17,4 até 17,4 até 17,4 até 250 Até 250 Até 250 8,5 57 63
até 29,0 até 29,0 até 29,0 até 416 Até 416 Até 416 10,0 79 87
até 34,8 até 34,8 até 46,5 até 500 Até 500 Até 666 11,0 95 105
até 46,5 até 46,5 até 69,7 até 666 Até 666 Até 1000 12,5 123 135
até 58,1 até 69,7 até 93,0 até 833 Até 1000 Até 1333 14,0 154 169
até 69,7 até 93,0 até 122,1 até 1000 Até 1333 Até 1750 15,5 189 208
até 81,4 até 122,1 até 145,3 até 1166 Até 1750 Até 2083 17,0 226 249
até 93,0 até 145,3 até 180,2 até 1333 Até 2083 Até 2583 18,0 255 280
até 116,3 até 180,2 até 209,3 até 1666 Até 2583 Até 3000 20,0 314 345
até 139,5 até 209,3 até 247,7 até 2000 Até 3000 Até 3550 22,0 380 418
até 162,8 até 243,0 até 301,2 até 2333 Até 3483 Até 4316 24,0 452 497
até 189,5 até 280,2 até 348,9 até 2716 Até 4016 Até 5000 26,0 531 584

Nota: A altura (h) da chaminé coletiva deve ser tomada desde a entrada do aquecedor mais baixo até o topo do terminal da chaminé
coletiva.

7.2.2 Método 2

7.2.2.1 O dimensionamento das chaminés coletivas de seções circulares deve ser feito utilizando-se as tabelas de
Diâmetros Mínimos de Chaminé Coletiva do anexo H, em função dos seguintes parâmetros:

7.2.2.1.1 Número de Aquecedores;

7.2.2.1.2 Potência Nominal;

7.2.2.1.3 Altura Efetiva;

7.2.2.1.4 Tipo de material da construção:

7.2.2.1.4.1 peças moldadas

7.2.2.1.4.2 alvenaria

7.2.2.2 As seções quadradas ou retangulares das chaminés coletivas devem ser dimensionadas pela seguinte fórmula:
A = 0,0085 D2

Onde:

A – área da seção quadrada ou retangular em cm²;

D – diâmetro obtido nas tabelas do Anexo H (em mm);

Nas seções retangulares, o lado maior não poderá exceder 1,5 vezes o lado menor.

7.2.2.3 As chaminés coletivas devem ainda, cumprir as seguintes recomendações:

7.2.2.3.1 A altura efetiva da chaminé coletiva é a distância vertical entre a base do defletor do aquecedor do último
pavimento e a saída da chaminé coletiva, a qual não deve ser inferior a 5,0 metros.

7.2.2.3.2 A distância mínima requerida entre a cobertura do prédio e a saída da chaminé coletiva é de 40 cm.
Projeto NBR 13103:2004 21

7.2.2.3.3 Só será permitido na chaminé coletiva, um único desvio obliquo, retornando a vertical, que não poderá ter ângulo
maior que 30°em relação ao eixo vertical, não podendo a seção sofrer redução com a mudança de direção (vide figura 13).

Figura 13 – Desvio de chaminé coletiva

7.2.2.4 As seguintes áreas mínimas de seção da chaminé coletiva devem ser observadas:

7.2.2.4.1 Peças moldadas, quadradas ou retangulares – 100 cm²

7.2.2.4.2 Peças moldadas, circulares – D = 10 cm (78,5 cm²)

7.2.2.4.3 Alvenaria, quadrada ou retangular – 180 cm²

________________

//ANEXO A
22 Projeto NBR 13103:2004

Anexo A (normativo)

Terminais de chaminés (figuras A.1, A2 e A3)

Figura A.1 - Terminal tipo Tê – Face da edificação

Figura A.2 – Terminal tipo chapéu chinês – face da edificação


Projeto NBR 13103:2004 23

Figura A.3 – Terminal Tipo Chapéu Chinês (Vertical)

_______________________

/ANEXO B
24 Projeto NBR 13103:2004

Anexo B (informativo)

Exemplo de dimensionamento chaminé individual, método 1

B.1 Utilizando-terminal tipo TÊ (vide figura B.1)

Figura B.1 – Terminal Tipo T

Cálculo de H

H = altura total da chaminé


o
Comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1 desvio ≥ 0,35 (m)

K1 = 1 x 0,50 - número de curvas 900 x fator de resistência


0
K2 = 0 - número de curvas 135 x fator de resistência

L=1m

K3 = 1.0 x 0,30 (L - projeção horizontal da chaminé x fator de resistência K = 0,30/m)

K4 = 0,25 - fator de resistência do terminal

2 + (1 x 0,50) + (1 x 0,30) + 0,25


H ≥ 0,47x (m)
2

H ≥ 0,71 (m)

Cálculo do comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1o desvio

Comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1o desvio = H – 2 x Diâmetro da chaminé

O diametro da chamine é obtido do aprelho que será instalado.

Adotando-se que seja de 100 mm (0,1 m) , teremos:

Comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1o desvio = 0,71 – 2 x 0,1 = 0,51

Verifica-se se o valor obtido é superior ou igual a 0,35 m, em caso positivo, este deverá ser o comprimento adotado; em
caso negativo, o comprimento a ser adotado é de 0, 35 m.
Projeto NBR 13103:2004 25

Neste exemplo, o valor obtido é maior que 0,35 m, logo:

o
Comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1 desvio = 0,51 m

B.2 Utilizando-terminal tipo CHAPÉU CHINES

Figura B.2 – Chapéu Chinês

H = altura total da chaminé


o
Comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1 desvio ≥ 0,35 (m)
0
K1 = 2 x 0,50 - número de curvas 90 x fator de resistência
0
K2 = 0 - número de curvas 135 x fator de resistência

K3 = 2,1 x 0,30 (L - projeção horizontal da chaminé x fator de resistência K = 0,30/m)

K4 = 0,25 - fator de resistência do terminal

2 + (2 x 0,50) + (2,1 x 0,30) + 0,25


H ≥ 0,47x (m)
2

H ≥ 0.91 (m)

X ≥ H–h

o
Assumindo-se que o comprimento vertical da chaminé individual que antecede o 1 desvio = 0,35 m, calculamos a cota x

x ≥ 0.91 – 0,35

x ≥ 0,56 (m)
____________________________
/ANEXO C
26 Projeto NBR 13103:2004

Anexo C (normativo)

Tipos de ventilações permanentes mínimas

C.1 Ventilações superiores (Figura C.1)

Figura C.1 – Ventilações superiores

C.2 Ventilações inferiores (figura C.2)

Figura C.2 – Ventilações inferiores

____________________________________

/ANEXO D
Projeto NBR 13103:2004 27

Anexo D (normativo)

Dimensões dos terminais da chaminé individual

D.1 Dimensões dos terminais do tipo Tê (Figura D.1)

Figura D.1 – Terminais do Tipo T


28 Projeto NBR 13103:2004

D.2 Dimensões dos terminais do tipo chapéu chinês (Figra D.2)

Sendo:
H2 = obtido do cálculo abaixo:
2
H2 = ∅ /4
∅ da chaminé= obtido de acordo com o item 7.1.1
∅ da aba = 1,5 x ∅ da chaminé

Figura D.2 – Terminais do Tipo Chapéu Chinês

_______________________
/ ANEXO E
Projeto NBR 13103:2004 29

Anexo E (normativo)

Diemsões dos terminais da chaminé coletiva

E.1 Método de dimensionamento 1 (Figuar E.1)

Sendo:
H2 = calculado para obter área de exaustão de 2 x ∅ do garagalo.
∅ da ABA = 1,5 x ∅ do gargalo
∅ do gargalo = obtido através de dimensionamento

Figura E.1 – Chaminé Coletiva


30 Projeto NBR 13103:2004

E.2. Método de dimensionamento 2 (Figura E.2)

Figura E.2 – Chaminé Coletiva

No caso da seção da chaminé coletiva, dimensionada pelo método 1, ser quadrada ou retangular, será colocada uma
placa com comprimento e largura calculadas pelas fórmulas abaixo:

hm = f / (a + b – 4 x e)

am= a + 2 (hm – e)

bm= b + 2 (hm – e)

Onde:

f - área interna da seção da chaminé em cm², dimensionada pelo método 1

hm, am, bm, a, b, e são mostrados na figura abaixo, e devem ser expressos em cm.

___________________________
/ ANEXO F
Projeto NBR 13103:2004 31

Anexo F (informativo)

Exemplo de dimensionamento chaminé individual, método 2

Assim, para o exemplo de um aquecedor com:

L = 2m

d = 3” (mínimo permitido)

H = 35 cm (altura mínima do trecho vertical da chaminé individual)

Trecho da chaminé horizontal com 2 curvas

Teremos que:

L = Lreal + Lequivalente = 2m + 2 x c = 2 m + 2 x 1m = 4 m

Substituindo os valores na fórmula para o dimensionamento de D apresentada acima, teremos:

D/d = L/2, ou seja, D/3 = 4/2, que nos dá D=6”, que é o diâmetro máximo do trecho horizontal da chaminé individual.

Assim, de acordo com o exemplo anterior, podemos concluir que para um comprimento horizontal de chaminé individual de
até 2m, nos é possível ter até duas curvas até 90°, porém o diâmetro do trecho horizontal deverá ser aumentado, como
mostraram os cálculos acima.

Há que se ressaltar que, o cálculo do diâmetro do trecho horizontal, não leva em conta a primeira curva de 90°, ou seja, a
situada sobre o percurso vertical, uma vez que a perda de carga provocada por ela já foi considerada no estabelecimento
da altura mínima do trecho vertical, que é de 0,35 m.

Pelo mesmo raciocínio, concluímos também que para um comprimento horizontal máximo de três metros, só será possível
ter apenas uma curva ou joelho de 90°, devendo ficar claro que o diâmetro da chaminé horizontal deverá ser aumentado
de acordo com a relação acima.

Além disso, é importante observar que para d = 3” e L maior ou igual a 4 m de comprimento, o diâmetro D, calculado pela
relação apresentada, será sempre igual a 6”,

Podendo-se concluir que o maior comprimento horizontal permitido, equivalente ao diâmetro máximo também permitido, é
de 4 m.

Dessa forma, podemos também afirmar que toda vez que a soma do comprimento real com o comprimento equivalente
passar do máximo permitido, que é 4 m, em função do diâmetro máximo permitido (6”), a diferença entre o calculado e os 4
m, deverá ser compensada com o acréscimo do trecho vertical da chaminé.

Assim, além destas conclusões, podemos resumir o seguinte:

- As chaminés deverão ter o menor percurso possível;

- O percurso vertical da chaminé não pode ser inferior a 0,35 m;

- O diâmetro mínimo permitido da chaminé é de 75 mm (3”), e o máximo de 150 mm (6”);

- Quando a chaminé possuir comprimento horizontal superior a 2m e não for desejado aumento de diâmetro permitido
pelos cálculos acima, poderá ser feita a compensação do trecho horizontal em excesso, por igual comprimento acrescido
ao vertical, desde que o acréscimo do trecho vertical preceda o trecho horizontal, como mostram os cálculos do exemplo
abaixo:

Dimensionar a chaminé da coifa de um fogão com 645 Kcal/min de capacidade nominal, com 3,00 m de projeção horizontal
e 2 curvas, sendo uma dentro dos 2 primeiros metros de comprimento, e outra após.

- Determinação do diâmetro d do trecho vertical:

645 Kacl/min x 0,85 = 548 Kacl/min

Com 548Kcal/min, e seção circular de chaminé, entrando na tabela de seções transversais mínimas, obtém-se d = 13 cm,
aproximadamente 5”
32 Projeto NBR 13103:2004

- Determinação da projeção L horizontal:

Sendo c = 1m e c’ = 20 d, fica:

L = 3m + 1c + 1c’ = 3m +1 m + 20 x 0,13 m = 6,6 m

Como o comprimento máximo permitido, em função do diâmetro máximo permitido de 6”, é 4 m, teremos que fazer a
compensação vertical, conforme segue abaixo.

- Cálculo de h’:

h’ = 6,6 m – 4,0 m = 2,6 m

Assim, a altura total do trecho vertical será:

h = hmín.+h’ = 0,35 m + 2,6 m = 2,95 m

- Cálculo do diâmetro D da chaminé, do trecho horizontal:

D/d = L/2, D/0,13 = 4/2 = 0,26 m , D=26 cm

_______________________

/ANEXO G
Projeto NBR 13103:2004 33

Anexo G (normativo)

Tabela para dimensionamento das chaminés individuais de tiragem natural (Tabela G.1)

Tabela G1 - Dimensionamento das chaminés individuais de tiragem natural

Seções Transversais Mínimas para Chaminés Individuais


85% da capacidae nominal do Seção transversal mínima
aquecedor
Circular Quadrada Retangular
Kcal/min 1.000 Kcal/h cm² d (cm) cm² a (cm) cm² b (cm) c (cm)
Até 50 Até 3 20 5 25 5 24 6 4
50-75 3-5 28 6 36 6 35 7 5
75-108 5-7 38 7 49 7 48 8 6
108-165 7-10 50 8 64 8 70 10 7
165-250 10-15 62 9 81 9 77 11 7
250-320 15-19 80 10 100 10 104 13 8
320-400 19-24 95 11 121 11 126 14 9
400-500 24-30 115 12 144 12 150 15 10
500-650 30-39 135 13 169 13 176 16 11
650-810 39-49 150 14 196 14 204 17 12
810-970 49-58 180 15 225 15 247 19 13
970-1200 58-72 200 16 256 16 260 20 13
1200-1450 72-87 225 17 289 17 294 21 14
1450-1750 87-105 260 18 324 18 345 23 15
1750-2000 105-120 285 19 361 19 384 24 16
2000-2350 120-141 315 20 400 20 425 25 17
2350-2650 141-159 350 21 441 21 468 26 18
2650-2900 159-174 375 22 475 22 486 27 18
2900-3200 174-192 415 23 529 23 551 29 19
3200-3550 192-213 450 24 575 24 600 30 20
3550-3850 213-231 490 25 625 25 651 31 21
3850-4150 231-249 530 26 676 26 704 32 22
4150-4500 249-270 575 27 729 27 782 34 23
4500-4900 270-294 615 28 784 28 805 35 23
4900-5300 294-318 660 29 841 29 864 36 24
5300-5750 318-345 710 30 906 30 950 38 25

_______________________

/ ANEXO H
34 Projeto NBR 13103:2004

Anexo H (normativo)

Tabela para dimensionamento das chaminés coletivas de tiragem natural (Tabela H.1)

Tabela H.1 - Dimensionamento das chaminés coletivas de tiragem natural

Diâmetros mínimos de chaminé coletiva (mm)


(Peças moldadas)
Número de Potência Altura efetiva (m)
Aquecedores Nominal
(kcal/min.) 3,5 4,0 4,5 5,0

2 310 122 120 117 115


3 465 133 131 129 126
4 620 144 142 139 137
5 775 154 152 149 147
6 930 163 161 158 156
7 1085 172 170 167 165
8 1240 181 178 175 173
9 1395 189 186 183 181
10 1550 196 194 191 188
11 1705 204 201 198 196
12 1860 211 208 205 203
13 2015 218 215 212 209
14 2170 224 222 219 216
15 2325 231 228 225 222
16 2480 237 234 231 228
17 2635 244 240 237 234
18 2790 250 246 243 240
19 2945 255 252 249 246
20 3100 261 258 255 252
22 3410 272 269 266 262
24 3720 283 279 276 273
26 4030 293 290 286 283
28 4340 301 299 296 293
30 4650 313 309 305 302
32 4960 322 318 315 311
34 5270 331 327 323 320
36 5580 340 336 332 328
38 5890 348 345 341 337
40 6200 357 353 349 345
Projeto NBR 13103:2004 35

(continuação)
Diâmetros mínimos de chaminé coletiva (mm)
(Alvenaria)
Número de Potência Altura efetiva (m)
Aquecedores Nominal
(kcal/min.) 3,5 4,0 4,5 5,0

2 310 130 127 124 121


3 465 146 142 140 137
4 620 160 157 153 150
5 775 173 169 166 163
6 930 185 181 178 175
7 1085 196 193 189 186
8 1240 207 203 200 196
9 1395 217 213 210 206
10 1550 227 223 219 215
11 1705 236 232 228 224
12 1860 245 241 237 233
13 2015 254 249 245 241
14 2170 262 258 253 249
15 2325 270 266 261 257
16 2480 278 274 269 265
17 2635 286 281 277 272
18 2970 293 288 284 279
19 2945 301 296 291 286
20 3100 308 303 298 293
22 3410 321 316 311 306
24 3720 335 329 324 319
26 4030 347 342 336 331
28 4340 360 354 348 343
30 4650 371 365 360 354
32 4960 383 377 371 365
34 5270 394 388 382 376
36 5580 405 398 392 386
38 5890 415 409 402 396
40 6200 426 419 412 406

________________________

/ ANEXO I
36 Projeto NBR 13103:2004

Anexo I (normativo)

Determinações a serem cumpridas em edificações em uso, com aquecedores de água de circuito aberto,
instalados no interior de banheiros

Determinações a serem cumpridas em edificações em uso, com aquecedores de água de circuito aberto, instalados no
interior de banheiros:

a) o volume do ambiente deverá ser no mínimo de 6 m³

b) a potencia nominal do equipamento deverá ser de no máximo de 200 kcal/min (14 Kw)

c) o ambiente deverá possuir uma área total útil de ventilação maior ou igual a 800 cm²; constituídas por duas aberturas
que devem ser executadas conforme descrição a seguir:

d) a abertura superior deve possuir no mínimo 600 cm²;

e) a abertura inferior deve possuir no mínimo 200 cm²;

f) as ventilações de entrada e saída deverão estar de acordo com o item 5.1.

g) deve ser atestada a condição higiênica do local (teste de CO) de acordo com o anexo K.

h) o sistema de exaustão dos produtos de combustão deve estar de acordo com esta norma

___________________________

/ ANEXO J
Projeto NBR 13103:2004 37

Anexo J (normativo)

Adequação de ambientes para instalação de aparelhos a gás em edificações tipo Loft, Kitchenette ou Flat

J.1. Geral
Os equipamentos de cocção utilizados neste tipo de edificações devem ter potencia máxima de 90 kcal/min (6,8 kW) e
preferencialmente o aquecimento de água deverá ser feito através de sistema de aquecimento central, com os
equipamentos instalados nas áreas comuns da edificação. No caso da utilização de equipamentos individuais, instalados
no interior de cada unidade, este deverá ser obrigatoriamente de circuito fechado.

J.1.1 O ambiente de instalação do equipamento de cocção deve ter no mínimo um volume bruto de 16 m3.

J.1.2 A ventilação do ambiente de instalação do equipamento de cocção deve atender aos seguintes requisitos:

J.1.2.1 A área total de ventilação deverá ser de no mínimo 200 cm²

J.1.2.2 A ventilação superior deve ter uma área de no mínimo 100 cm² e estar distante do aparelho no máximo 3 m.

J.1.2.3 A ventilação inferior deve ter uma área de no mínimo 100 cm²

J.1.2.4A ventilação deverá cumprir o item 5.1 desta norma

J.1.2.5 Nos ambientes com ar condicionado, deve ser garantida condição de renovação do ar no interior do local de
instalação

J.2. Requisitos gerais para instalação

J.2.1 Requisitos para instalação de equipamentos de cocção:

J.2.1.1 Devem ser instalados em locais que os queimadores não estejam submetidos a correntes de vento.

J.2.1.2 Não podem ser instalados embutidos, com exceção de equipamento aprovados para tal finalidade.

J.2.1.3 As paredes próximas deverão ser de material incombustível.

J.2.1.4 O piso do local em que o aparelho estiver instalado deverá ser de material incombustível.

J.2.2 Instalação de equipamento de cocção em espaços específicos para tal (armários, vide figura J.1)

J.2.2.1 Cada armário deverá possuir ventilação superior conectado diretamente com o exterior, prisma de
ventilação, ou chaminé coletiva, ou do tipo shunt, com seção mínima de 100 cm², sobre a projeção do fogão.

J.2.2.2 No caso do armário possuir porta, a mesma deverá possuir uma abertura de 100 cm² na parte inferior para
possibilitar a circulação de ar.

J.2.2.3 No caso do armário possuir porta, a mesma ser revestida internamente com material incombustível.

J.2.2.4 A válvula de fechamento do gás deverá ser do tipo esfera, instalada em local acessível, locada ao lado do
aparelho de cocção, a uma distância de no mínimo 40 cm deste.
38 Projeto NBR 13103:2004

Figura J.1 – Fogão instalado em armário

J.2.3 Requisitos para instalação de equipamentos individual de aquecimento de água


Ver o item 5.5 desta norma

_______________________

/ ANEXO K
Projeto NBR 13103:2004 39

Anexo K (normativo)

Verificação das características higiênicas de aquecedores de água a gás nas instalações residenciais

K.1.Objetivo
Definir os critérios de aceitação quanto as características higiênicas de funcionamento, relativo aos níveis seguros de
emissão de monóxido de carbono em aquecedores de água.

K.2 Aplicação
A verificação das características higiênica de aquecedores de água a gás nas instalações domiciliares aplica-se a:

- Instalação de novos aquecedores

- Troca de aquecedores

- Troca do tipo do gás (conversão)

Devendo ser verificados:

- nível de emissão de COn na chaminé

- nível de CO acumulado no ambiente.

K.3 Procedimento para determinação de COn na chaminé dos aquecedores de água a gás
Procedimentos iniciais

Verificar:

- se o(s) aparelho(s) estão instalados de acordo com esta norma

- em caso de troca do tipo do gás (conversão), verificar se a mesma foi realizada conforme as instruções do fabricante

Verificação visual da chama

Deverá ser verificado visualmente o seguinte:

Que a propagação da chama no queimador seja correta, ou seja, ao ser aceso as chamas não deverão apresentar partes
apagadas nem demorar excessivamente para acender-se por inteiro;

Que com o queimador em sua potência máxima, a chama seja estável sem fortes flutuações em seu tamanho, e que não
hajam descolamentos ou retrocessos;

Que quando em potência mínima, os aquecedores mantenham as chamas reguladas corretamente, ou seja, quando se
passa rapidamente da posição de máxima potência para a posição de mínima potência, a chama não deve extinguir-se ou
desestabilizar-se;

Que a tonalidade das chamas seja preponderantemente de cor azul e transparente, sem excessiva formação de pontas
amarelas;

Para o caso de aquecedores em que não se possa ver as chamas perfeitamente deverá ser realizada apenas a verificação
de variação de potência, destacando-se que não poderá ocorrer extinção da mesma durante a verificação.

Procedimento para determinação do COn na chaminé

Nota - Para operação do analisador deve-se proceder conforme descrito no manual do fabricante do aparelho.

A determinação deverá ser realizada no local de conexão da coifa do aquecedor com a chaminé como se segue:

Instalar o dispositivo de coleta entre a coifa do aquecedor e o início do primeiro trecho vertical da chaminé;

Ligar o aquecedor e ajusta-lo para potência máxima de acordo com o tipo como se segue:

Aquecedor de potência fixa, não é necessário ajuste. Para aquecedores de acumulação verificar o último item;

Aquecedor de potência ajustável, o ajuste de vazão do gás deverá estar em sua posição máxima;
40 Projeto NBR 13103:2004

Aquecedor modulante proporcional, o ajuste da potência é realizado pelo controle de temperatura da água, que deverá
estar na posição de temperatura máxima, caso exista controle de vazão do gás também deverá estar na posição máxima,
todos os pontos de fornecimento de água quente, caso exista mais de um, deverão estar totalmente abertos;

Aquecedor modulante termostático, o procedimento é igual ao anterior, se possuir controle digital de temperatura deverá
estar no maior valor disponível;

Aquecedores de acumulação, como nesse tipo de aquecedor o queimador é acionado em função da temperatura do
tanque, para que o mesmo permaneça aceso durante todo o período da determinação, deve-se proceder conforme abaixo:

Caso o aquecedor estiver desligado no início do teste, verificar se a temperatura da água esta realmente fria (comparar
com ponto de água fria), comprovado isso, acende-se o piloto, em seguida deve-se posicionar o controle de temperatura
no máximo, o queimador principal deverá se acender automaticamente;

Caso o aquecedor estiver desligado no início do teste, porém a água esteja quente, acende-se o piloto, posiciona-se o
controle de temperatura no máximo, em seguida abre-se um ponto de consumo de água ou mais de um se for necessário,
de modo que o aquecedor permaneça aceso durante todo o período da determinação;

Caso o aquecedor estiver ligado no início do teste, posiciona-se o controle de temperatura no máximo, em seguida abre-se
um ponto de consumo de água ou mais de um se for necessário, de modo que o aquecedor permaneça aceso durante
todo o período da determinação.

Após o acendimento do aquecedor, conforme o item anterior, aguarda-se a estabilização da temperatura.

Conectar a sonda do analisador através de uma mangueira na tomada de amostra do dispositivo de coleta;

Liga-se o analisador e inicia-se a leitura do COn anotando-se os resultados.

Aplica-se a metodologia estatística adequada a cada tipo de analisador para a obtenção do valor final.

Para equipamentos que não apresentem leitura direta do nível de CO, devem ser utilizadas expressões matemáticas para
a obtenção do valor.

Avaliação dos resultados obtidos:

- Valor menor que 500 ppm – o aparelho será considerado apto para uso.

- Valores entre 500 ppm e 1000 ppm, devem ser aceitos para funcionamento provisório em função de avaliação das
condições gerais, estabelecendo-se o prazo para adequação final das condições de uso.

- Valores acima de 1000 ppm - o aparelho será considerado inapto para uso.

K.4 Procedimento para determinação do CO acumulado no ambiente e nível de O2 em que se encontram


instalados
A determinação deverá ser realizada nas condições mais desfavoráveis de utilização como se segue:

As portas e janelas do ambiente deverão estar fechadas, excluindo-se as ventilações permanentes de acordo com esta
norma.

Caso exista algum exaustor mecânico de ar no ambiente deverá ser desligado durante a determinação;

O aquecedor deverá estar preferencialmente com a capa instalada para que se reproduza as condições normais de
utilização;

Caso exista outro aparelho a gás no ambiente, um fogão por exemplo, o mesmo deverá estar funcionando em sua potência
máxima.

O aquecedor deverá estar ajustado para funcionar em sua potência máxima.

- Medição do CO acumulado no ambiente e nível de O2

Antes de iniciar a medição deve-se com o aquecedor ainda desligado, verificar se o nível de CO no ambiente esta em zero
ppm ou muito próximo disso, ou seja no máximo 2 ppm. Caso esteja acima disso deve-se arejar o ambiente até que se
obtenha o referido nível.

Posiciona-se a tomada de amostra em um suporte ajustável, de modo que a tomada de amostra situe-se:

- no eixo central do ambiente, quando existir mais de um aparelho no ambiente;

- a 1 m de distância do aparelho, em relação ao eixo central do ambiente, quando existir um aparelho no ambiente;

- altura mínima de 1,80 m do piso.


Projeto NBR 13103:2004 41

Certificando-se que a tomada de amostra esteja posicionada corretamente, o analisador também esteja posicionado em
local adequado e o aquecedor já esteja previamente ajustado para potência máxima, ligar o aparelho e caso existam
outros aparelhos a gás no ambiente liga-los também, em seguida ligar o analisador de combustão, iniciando a contagem
do tempo e anotar o resultado

- Avaliação dos resultados obtidos:

Ao fim de 5 min. de funcionamento verificar o teor de CO;

Se o valor for menor que 5 ppm, a instalação estará aprovada, caso seja igual ou maior que 5 ppm, dar continuidade ao
teste;

Ao fim de mais 5 min. (10 min. desde o início) verificar o teor de CO;

Se o valor for menor que 10 ppm, a instalação estará aprovada, caso seja igual ou maior que 10 ppm, dar continuidade ao
teste;

Ao fim de mais 5 min. (15 min. desde o início) verificar o teor de CO;

Ao final dos 15 min.,:

- caso o valor seja menor que 15 ppm a instalação estará aprovada.

- caso o valor esteja entre 15 ppm e 50 ppm podem ser aceitos para funcionamento provisório em função de avaliação
das condições gerais, estabelecendo-se o prazo para adequação final das condições de uso.

- caso o valor seja maior ou igual que 50 ppm a instalação estará reprovada.

Observação: Durante a medição de CO no ambiente também deverá ser monitorado o nível de O2 no ambiente, e que não
deverá cair abaixo de 19,5 %, caso isso ocorra a instalação também estará reprovada e deverá ser revisada.

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