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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências


Faculdade de Engenharia

Denys Pestana Viana


Fernando Dias da Silva

Análise de contingências do sistema de 500 kV

Rio de Janeiro
2013
Denys Pestana Viana
Fernando Dias da Silva

Análise de contingências do sistema de 500 kV

Projeto de graduação apresentado,


como requisito parcial para obtenção
do grau de Engenheiro Eletricista, à
Faculdade de Engenharia, da
Universidade do Estado do Rio de
Janeiro.

Orientador: Prof. Msc. Luis Chiganer

Rio de Janeiro
2013
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/B

V614 Viana, Denys Pestana.


Análise de contingências do sistema de 500 kV / Denys
Pestana Viana; Fernando Dias da Silva. – 2013.
141f.

Orientador: Luis Chiganer


Projeto Final (Graduação) - Universidade do Estado do Rio
de Janeiro, Faculdade de Engenharia.
Bibliografia p.118

1. Engenharia elétrica. 2. Curto-circuito. 3. Energia elétrica


- Abastecimento - Controle. I. Silva, Fernando Dias da.
II.Chiganer, Luis. III. Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. IV. Título.
AGRADECIMENTOS

Denys Pestana Viana

À Deus, princípio de tudo.


À minha mãe, Rosangela Pestana, pela sua dedicação, perseverança, apoio e incentivo dado, mesmo
nos momentos mais difíceis. Sem ela não estaria aqui hoje.
À minha esposa e amiga, Vanessa Guerra, pela sua compreensão, dedicação, carinho e paciência, por
ter que me aturar durante a elaboração deste trabalho. Além de suas contribuições textuais e na revisão
deste trabalho.
À minha irmã, Danielle Pestana, pela amizade e excelente convívio.
Ao meu amigo e coautor deste trabalho, Fernando Dias, pela sua dedicação neste trabalho e pelas
nossas longas discursões a respeito do projeto final nos bares da Lapa e do Rio de Janeiro.
Ao meu amigo, Francisco Marciano, pela sua amizade e pelos momentos de diversão.
Ao admirável orientador Prof. Msc. Luis Chiganer, pelas suas contribuições e revisões deste trabalho.
exemplo de ética e dedicação.
Aos colegas do curso de engenharia, pela troca de ideias e de experiências.
Aos professores e funcionários do Departamento de Engenharia Elétrica da UERJ, pelo excelente
convívio e conhecimento adquirido.
Aos outros amigos e membros da família Pestana, mas não menos importantes, pela amizade e
companheirismo.

Fernando Dias da Silva

Agradeço a minha mãe e aos meus irmãos por me guiar no caminho até o inicio da faculdade.
A todos os professores da UERJ que tive aula pelo conhecimento adquirido, em especial ao professor
Chiganer pela orientação para elaboração desse projeto.
Aos amigos da faculdade, pela troca de ideia e os momentos de estudos e de descontração.
Aos companheiros do CEPEL que deram força para eu não desistir, em momentos difíceis.
Ao Seu Paulo, Dona Regina e a Rosangela Pestana pelo carinho e confiança.
Aos meus amigos irmãos, Denys, Francisco e Victor, pelos momentos de apoio e diversão juntos.
À Priscila pela paciência, dedicação e carinho por mim, pois sempre esteve ao meu lado nos
momentos bons e ruins.
Obrigado!
Denys Pestana Viana

É necessário sempre acreditar que o sonho é possível, que o céu é o limite e você truta
é imbatível.
Racionais MC’s
Fernando Dias da Silva

Vamo acordar, vamo acordar, cabeça erguida, olhar sincero, tá com medo de quê?
Nunca foi fácil, junta os seus pedaços e desce pra arena, mas lembre-se: aconteça o que
acontecer nada como um dia após outro dia.
Mano Brown
RESUMO

VIANA, Denys Pestana; SILVA, Fernando Dias da. Análise de contingências do sistema de
500 kV. 2013. 141 f. Projeto Final (Graduação em Engenharia Elétrica) – Faculdade de
Engenharia Elétrica, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

Com o crescimento da economia do país, torna-se inevitável que novas cargas sejam
incorporadas ao sistema interligado brasileiro, influenciando as solicitações de potência das
centrais geradoras de energia. Para viabilizar a operação desses grandes sistemas, de natureza
continental, é feito o estudo e o planejamento de novos sistemas, de forma a atender a
crescente demanda de energia. A diretriz que aponta para a construção de novas linhas, usinas
e interligações, é chamada de PAR – “Plano de Ampliações e Reforços”, que englobam todos
os estudos de redes com o objetivo de levantar a viabilidade de implantação de novas linhas e
usinas. Para viabilizar o estudo e o planejamento de novos sistemas que atendam as demandas
atuais e futuras, é preciso realizar uma análise do sistema como um todo, contemplando a
geração, transmissão e distribuição.
Mediante o estudo do fluxo de potência, que visa determinar os carregamentos
máximos que a geração e a transmissão serão submetidas, até em casos de contingências, isto
é, saída de algum componente do sistema, sem ultrapassar os limites de tensão e potência,
estabelecidos para cada classe de tensão. Através da determinação das correntes de curto-
circuito, de vital importância para determinar os esforços termodinâmicos que os barramentos,
cabos e equipamentos serão submetidos, em condição de falha de isolamento (entre fases ou
fase-terra).
Para este trabalho, considerou-se o caso base fornecido pelo ONS – Operador
Nacional do Sistema, para os casos de fluxo de potência e curto-circuito, do período de 2015.
Este trabalho foi limitado ao sistema de 500 kV de Furnas. Foram feitas simulações utilizando
o programa ANAREDE – Análise de Redes, utilizando o método de Newton-Raphson para
análise de fluxo e ANAFAS – Análise de Falhas Simultâneas, pelo método matricial
sistemático para análise de curto, ambos do CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica. Analisou-se casos de contingências pelo critério (n-1) e utilizando os controles de
tensão/fluxo e limitadores de curto disponíveis.
Com o objetivo de investigarmos os pontos críticos da malha de 500 kV, as maiores
correntes de curto-circuito e pontos da rede onde deveriam existir e/ou aumentar a
compensação reativa de controle de tensão, foram analisadas configurações da rede.

Palavras-chave: Fluxo de potência, Curto-circuito, Contingência.


ABSTRACT

With the growing economy, it is inevitable that new loads are incorporated to the
Brazilian interconnected system, influencing the energy demand of power plants. To facilitate
the operation of these large systems, continental in nature, the study is done and the planning
of new systems that meet the growing energy demand. The guideline that points to the
construction of new lines, power plants and interconnections, is called PAR - Plan
Enhancements and Additions that include all studies of networks in order to raise the
feasibility of implementation of new lines and plants. To facilitate the study and planning of
new systems that meet current and future demands, you must perform an analysis of the
system as a whole, examining the generation, transmission to distribution.
Through the study of power flow, Seeking to determine the maximum loads that the
generation and transmission will be subjected, even in cases of contingencies - output of any
component in the system, without exceeding the limits of voltage and power, established for
each voltage class. Through the determination of short circuit, is vitally important to
determine the thermo-dynamic effects that buses, cables and equipment shall be submitted in
a fault condition insulation (between phases or phase to ground).
Through the base case provided by the ONS - National System Operator for cases of
power flow and short circuit, limited to this work for the 500 kV system of FURNAS, execute
program simulations by the ANAREDE and ANAFAS by the CEPEL, of Power flow with
Newton-Raphson nonlinear method and short circuit systematic matrix method. Analyzing
cases of contingencies by the criterion (n-1) and using the voltage controls / flow restrictions
and short circuit limiters.
Aiming to investigate the critical points of the trunk of 500 kV, the highest short
circuit currents and network points where there should be and / or increase the compensation
of reactive voltage control.

Keywords: Load Flow, Short Circuit, Contingency.


LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1 – Relação IDH e consumo de eletricidade por habitante por estado em 2005 .... 18
Figura 2 – Crescimento populacional e do consumo de energia ........................................ 18
Figura 1.1 – Diagrama unifilar .............................................................................................. 22
Figura 1.2 – Diagrama de reatância....................................................................................... 23
Figura 1.3 – Modelo por fase da linha de transmissão curta ................................................. 23
Figura 1.4 – Modelo π da linha de transmissão média .......................................................... 24
Figura 1.5 – Modelo T da linha de transmissão média ......................................................... 25
Figura 1.6 – Circuito equivalente por fase de uma linha de transmissão .............................. 26
Figura 1.7 – Modelo por fase do gerador síncrono ............................................................... 26
Figura 1.8 – Circuito equivalente por fase do transformador................................................ 27
Figura 1.9 – Modelo por fase do transformador .................................................................... 28
Figura 2.1 – Sistema de duas barras ...................................................................................... 29
Figura 2.2 – Representação do sistema de n barras ............................................................... 32
Figura 3.1 – Equivalente reduzido na aplicação de um defasador puro ................................ 50
Figura 4.1 – Correntes de curto fluindo para uma barra com defeito ................................... 60
Figura 4.2 – Decomposição do sistema desequilibrado em componentes simétricos ........... 66
Figura 4.3 – Representação do sistema desequilibrado ......................................................... 67
Figura 4.4 – Linha de Transmissão com carga assimétrica ................................................... 70
Figura 4.5 – Falta desequilibrada na barra q do sistema de energia ...................................... 73
Figura 4.6 – Simplificação da barra sob falta ........................................................................ 75
Figura 4.7 – Simplificação da barra sob falta ........................................................................ 79
Figura 4.8 – Curto fase terra não solido ................................................................................ 81
Figura 5.1 – Janela principal do SAPRE ............................................................................... 93
Figura 5.2 – Janela de filtro ................................................................................................... 94
Figura 6.1 – Estados de operação do sistema elétrico ......................................................... 102
Figura 7.1 – Tensão na barra Araraquara 500 kV para as contingência em carga pesada .. 112
Figura 7.2 – Tensão das barras 500 kV entre o caso base e a contingência. nº................... 113
Figura 7.3 – Nível de curto-circuito das barras de Furnas 500 kV para ano 2015 .............. 115
Figura 7.4 – Evolução dos níveis de curto-circuito entre os anos 2013 e 2015 .................. 115
Figura 7.5 – Relação X/R trifásico para os anos de 2013 e 2015........................................ 116
Figura 7.6 – Relação X/R monofásico para os anos de 2013 e 2015 .................................. 116
Figura A.1 – Subsistema 500 kV FURNAS ITAIPÚ 50 Hz ................................................ 127
Figura A.2 – Subsistema 500 kV FURNAS ITAIPÚ 60 Hz ................................................ 128
Figura A.3 – Subsistema 500 kV São Paulo – Rio de Janeiro ............................................. 129
Figura A.4 – Subsistema 500 kV FURNAS São Paulo ......................................................... 130
Figura A.5 – Subsistema 500 kV FURNAS Interligação Norte – Sudeste .......................... 131
Figura A.6 – Subsistema 500 kV FURNAS Maranhão ....................................................... 132
Tabela 1.1 – Linha de transmissão curta................................................................................ 24
Tabela 1.2 – Linha de transmissão média .............................................................................. 25
Tabela 7.1 – Tensões entre Fases Admissíveis a 60 Hz ...................................................... 105
Tabela 7.2 – Lista de contingências em carga pesada ......................................................... 106
Tabela 7.3 – Lista de contingências em carga leve.............................................................. 107
Tabela 7.4 – Resultados das contingências em carga pesada .............................................. 109
Tabela 7.5 – Resultados das contingências em carga leve .................................................. 110
Tabela A.1 – Barras 500 kV FURNAS ............................................................................... 119
Tabela A.2 – Linhas 500 kV FURNAS ............................................................................... 121
Tabela A.3 – Transformadores 500 kV FURNAS................................................................ 125
Tabela A.4 – Variação Percentual do carregamento para carga pesada .............................. 132
Tabela A.4 – Variação Percentual do carregamento para carga leve ................................... 137
LISTA DE SIGLAS

ANAFAS Análise de Falhas Simultâneas


ANAREDE Análise de Redes
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
BEN Balanço Energético Anual
CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
DSE Desenvolvimento Socioeconômico
EPE Empresa de Pesquisa Energética
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
MME Ministério de Minas e Energia
MOV Metal-Oxide Varistor
NCE/UFRJ Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
ONS Operador Nacional do Sistema
PAR Plano e Ampliação e Reforços
PDE Plano Decenal de Expansão
PDET Plano Decenal de Expansão da Transmissão
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PU Valores por unidade
SAPRE Sistema de Análise de Projeto de Redes Elétricas
SCC Capacidade de Curto-Circuito da barra
SIN Sistema Interligado Nacional
TCS Transformações em componentes simétricos
UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora
UNICAMP Universidade de Estatual de Campinas
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
1 REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ............................................... 19
1.1 Introdução ................................................................................................................ 19
1.2 Valores por unidade (PU) ....................................................................................... 19
1.3 Valores bases das grandezas elétricas .................................................................... 20
1.4 Diagrama unifilar .................................................................................................... 22
1.5 Linhas de transmissão ............................................................................................. 23
1.5.1 Linhas de transmissão curtas ..................................................................................... 23
1.5.2 Linhas de transmissão médias ................................................................................... 24
1.5.3 Linhas de transmissão longas .................................................................................... 25
1.6 Gerador síncrono ..................................................................................................... 26
1.7 Transformador ........................................................................................................ 27
1.8 Cargas ....................................................................................................................... 28
2 FLUXO DE POTÊNCIA ........................................................................................ 29
2.1 Formulação básica ................................................................................................... 29
2.2 Formulação generalizada ........................................................................................ 32
2.3 Restrições de operação ............................................................................................ 34
2.4 Classificação dos tipos de barras............................................................................ 35
2.5 Métodos numéricos para solução de fluxo de potência ........................................ 36
2.5.1 Método iterativo de Gauss ......................................................................................... 36
2.5.2 Método Gauss-Saidel ................................................................................................. 37
2.5.3 Método Newton-Raphson .......................................................................................... 37
2.5.3.1 Método de Newton desacoplado................................................................................ 41
2.5.3.2 Método desacoplado rápido ....................................................................................... 43
3 CONTROLE E LIMITES DO FLUXO DE POTÊNCIA .................................... 44
3.1 Introdução ................................................................................................................ 44
3.2 Ajustes alternados ................................................................................................... 45
3.3 Ajustes simultâneos ................................................................................................. 46
3.4 Controle de tensão em barras PV .......................................................................... 47
3.5 Limites de tensão em barras PQ ............................................................................ 47
3.6 Transformadores em fase com controle automático de tap ................................. 48
3.7 Transformadores defasadores com controle automáticode tap .......................... 49
3.8 Controle de intercâmbio entre áreas ..................................................................... 51
3.9 Controle de tensão em barras remotas .................................................................. 53
4 CURTO-CIRCUITO ............................................................................................... 54
4.1 Introdução ................................................................................................................ 54
4.2 Origem do curto-circuito ........................................................................................ 55
4.3 Classificação dos fenômenos do sistema ................................................................ 56
4.3.1 Transitórios ultrarrápidos, fenômenos de surto (Classe 1) ........................................ 56
4.3.2 Transitórios meio-rápidos, fenômenos de curto-circuito (Classe 2).......................... 57
4.3.3 Transitórios lentos, estabilidade transitória (Classe 3) .............................................. 59
4.4 Capacidade de Curto-Circuito da barra (SCC) ................................................... 59
4.5 Cálculos Sistemáticos de curto-circuito ................................................................. 61
4.6 Análise de sistemas desequilibrados ...................................................................... 64
4.6.1 Transformações em componentes simétricos (TCS) ................................................. 65
4.6.1.1 Definições .................................................................................................................. 65
4.6.1.2 Efeito das TCS nas equações de funcionamento de elementos passivos na rede ...... 69
4.6.1.3 Equações de desempenho para um elemento passivo não equilibrado ..................... 70
4.6.2 Cálculo de faltas desequilibradas em computador digital ......................................... 72
4.6.2.1 Construção do circuito de sequência ......................................................................... 73
4.6.2.2 Determinação das matrizes de falta  e  .............................................................. 79
4.6.2.3 Curto-circuito monofásico – terra.............................................................................. 81
5 PROGRAMA PARA ANÁLISE DE REDES – ANAREDE e ANAFAS............ 84
5.1 ANAREDE ............................................................................................................... 84
5.1.1 Objetivo ..................................................................................................................... 85
5.1.2 Ferramentas do ANAREDE ...................................................................................... 86
5.1.2.1 Programa de Fluxo de Potência ................................................................................. 86
5.1.2.2 Programa de Equivalente de Redes ........................................................................... 87
5.1.2.3 Programa de Análise de Sensibilidade de Tensão ..................................................... 88
5.1.2.4 Programa de Análise de Sensibilidade de Fluxo ....................................................... 88
5.1.2.5 Programa de Redespacho de Potência Ativa ............................................................. 89
5.1.2.6 Programa de Fluxo de Potência Continuado ............................................................. 90
5.1.2.7 Programa de Análise de Contingência....................................................................... 90
5.2 Programa para análise de curto-circuito (ANAFAS/SAPRE) ............................ 91
5.2.1 Interface gráfica ......................................................................................................... 92
5.2.1.1 Janela Principal .......................................................................................................... 93
5.2.1.2 Área de Filtro ............................................................................................................. 94
5.2.1.3 Modelo Reduzido ...................................................................................................... 94
5.2.2 Modelagem do sistema .............................................................................................. 94
5.2.3 Algoritmo de solução ................................................................................................ 96
6 ANÁLISE DE CONTINGÊNCIA NO SISTEMA DE POTÊNCIA ................... 98
6.1 Considerações iniciais ............................................................................................. 98
6.2 Introdução aos centros de controle ........................................................................ 99
6.3 Estados do Sistema .................................................................................................. 99
6.3.1 Estado seguro ........................................................................................................... 100
6.3.2 Estado alerta ............................................................................................................ 100
6.3.3 Estado de emergência .............................................................................................. 101
6.3.4 Estado restaurativo .................................................................................................. 101
6.3.5 Transição entre os estados ....................................................................................... 101
6.4 Análise de contingência ......................................................................................... 103
7 SIMULAÇÕES: ESTUDO DE CASOS............................................................... 104
7.1 Estudos de Fluxo de potencia: Análise de contingência ..................................... 104
7.2 Estudos de curto-circuito ...................................................................................... 113
8 CONCLUSÕES...................................................................................................... 117
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 118
ANEXOS ................................................................................................................ 119
14

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais não é possível promover o desenvolvimento de uma nação sem o uso
da energia elétrica. Tanto na produção industrial como no cotidiano social os indivíduos estão
cada vez mais dependentes da energia elétrica, devido a grande parte da mão de obra humana
ter sido substituída por máquinas elétricas, para obter maiores ganhos de produção. O nível de
conforto humano foi modificado pelo intermédio da criação de máquinas movidas à
eletricidade. Seu uso é inevitável na sociedade moderna.
A energia elétrica tem papel primário tanto nos processos industriais, na manutenção
da qualidade de vida, como também tem papel fundamental no desenvolvimento
socioeconômico – DSE coletivo, através da aplicação de políticas públicas adequadas e junto
com a oferta de energia na região de interesse, não sendo abordado neste trabalho.
Um dos principais indicadores de DSE é o IDH – Índice de Desenvolvimento
Humano, que em pesquisas promovidas pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento, indicam que há relação clara entre IDH e consumo per capita de energia,
ou seja, na região onde o consumo por habitante de energia é baixo, o IDH também é baixo
[14]. De acordo com a Figura 1, essa figura mostra esta relação por estado, onde verificou-se
que o Maranhão que possui o menor IDH da Federação, também possui o menor consumo por
habitante e, no outro extremo, São Paulo possui um dos maiores IDH do país, e o maior
consumo per capita. Mostrando de forma explícita que a oferta de energia “arrasta” o
desenvolvimento da região, fazendo com que se instalem fábricas e outras empresas,
mudando o perfil econômico da região e elevando assim seu IDH.
Para atingir a meta de desenvolvimento econômico anual do país, torna-se necessário
criar um correto modelo de expansão do setor elétrico brasileiro (GOMES, Roberto et al).
Assim, um modelo de expansão adequado a esse desenvolvimento deverá conter todas as
seguintes variáveis de controle:
15

 A meta de crescimento anual no período de estudo;


 Evolução da curva de demanda;
 Nível atual do carregamento dos equipamentos do sistema (Geradores,
Transformadores, Linhas de Transmissão etc.);
 Previsão da disponibilidade das fontes primárias de energia para a geração - já
que a base da geração brasileira é na sua maioria hidroelétrica, totalizando 75
% do total de energia gerada (de acordo com o BEN – Balanço Energético
Anual da EPE – Empresa de Pesquisa Energética);
 Custos de expansão.

Como as grandes usinas estão afastadas dos centros de carga, torna-se necessário
também, a ampliação das linhas de transmissão, que será discutida no projeto de ampliação da
rede básica.
Um problema constante em sistemas de potência e de grande importância é que cada
vez mais as linhas de transmissão existentes estão ficando sobrecarregadas. Principal motivo
reside no grande aumento do consumo de energia, relacionado entre outros fatos pelo
crescimento populacional, que de acordo com o último censo e pelo relatório do BEN,
mostram relação intima entre si, detalhado na Figura 2. Mostrando na Figura 2 que o consumo
de energia “acompanha” o crescimento populacional. Exceto em períodos de crise no setor
elétrico, como no período do “apagão” (1999 a 2001) que de acordo com a Figura 2 apresenta
uma região de inflexão durante este período, motivado pela economia de energia. Assim, o
investimento no setor de energia deve acompanhar o crescimento do consumo de energia
(havendo um balanço entre crescimento populacional e o investimento em novas instalações).
Para redução do fator de carga dos equipamentos do sistema, devemos aumentar a
potência instalada, o numero de linhas e de interligações entre as barras do Sistema
Interligado Nacional – SIN. Esta ultima apresenta uma série de vantagens, entre elas:
 Ganho em energia firme (Maior valor de energia garantida pela usina durante sua
operação anual);
 Minimização dos riscos de interrupção de energia;
 Manutenção dos níveis adequados de confiabilidade do sistema;
 Utilização da energia gerada em outros pontos do sistema.
16

Todas as medidas mencionadas acima são levadas em consideração durante o projeto


de expansão do sistema, sendo necessário, durante a fase de estudos energéticos (pertencentes
à cadeia de estudos de planejamento) – as análises de fluxo de potência (ou de carga), as
correntes de curto-circuito e estabilidade eletromecânica. As duas primeiras pertencentes ao
escopo deste trabalho e a ultima não será abordada, sendo citada apenas por possuir um elo
com as outras duas.
O Planejamento da transmissão busca procurar e proporcionar soluções de qualidade,
suficientemente robustas e eficazes, no âmbito da região tarifária, possibilitando dentro das
regras atuantes, o escoamento da geração, o constante atendimento à carga e livre
concorrência do mercado de energia, facilitando assim a comercialização da energia gerada.
O Planejamento busca otimizar as interligações entre as bacias (pois é a maior fonte de
energia atual), o aperfeiçoamento das interligações entre os mercados de energia (com foco na
equalização da tarifa), resultando assim um despacho ótimo (onde ocorre o maior ganho da
energia gerada) no sistema. Sendo um processo contínuo, buscando a constante adequação à
rede existente e atendendo as alterações de mercado, regulamentação em vigor e políticas
públicas.
Considerando o crescimento econômico e a necessidade de universalizar o acesso a
energia elétrica (como nos programa luz no campo e luz para todos, do governo federal), são
necessários investimentos em geração, transmissão, distribuição, programas de conservação
de energia, pesquisa, inovação e recursos humanos (capacitação, treinamento, motivação e em
um sistema de remuneração). É vital o desenvolvimento de ferramentas computacionais de
análise, com um sistema eficaz, robusto, que preveja a atuação de dispositivos de controle
(importantíssimo na análise do fluxo de carga), que forneçam um indicativo a respeito do
nível de carregamento do sistema e que façam uma orientação dos investimentos dos recursos
econômicos e energéticos. A ferramenta básica para análise de redes é o Fluxo de Potência.
O cálculo do fluxo de potência é extremamente utilizado no planejamento da
expansão, operação de sistemas, otimização dos sistemas elétricos já existentes, no auxílio da
análise do curto-circuito, da estabilidade transitória, nos estudos de contingências e na análise
em tempo real.
Vários métodos visam calcular o fluxo de potencia. Entre eles o mais utilizado pode-se
citar o método de Newton- Raphson. O método apresenta uma rápida convergência, que
independe da dimensão do sistema em análise. É de grande eficiência em sistemas de
17

transmissão, porém não sendo aplicado em sistemas de distribuição devido aos desequilíbrios
presentes na rede.
O Plano Decenal de Expansão da Transmissão - PDET, que possui três etapas básicas
(Preparação de dados, simulação em regime permanente e Elaboração de estudos
complementares), que dentro da etapa de estudos complementares é destacada a fase de
análise de curto-circuito, que busca monitorar os níveis das correntes de curto-circuito no
sistema, para os 10 anos do ciclo do planejamento, tendo como referencia a evolução do SIN
pelo planejamento da expansão, de modo o caracterizar uma eventual superação dos limites
de curto dos equipamentos constituintes da rede e sua influencia na definição de futuras
alternativas de transmissão que venham a ser adotadas. Destaca-se também que a evolução
dos limites de curto-circuito tem impacto direto nos limites de estabilidade das maquinas do
sistema.
Assim, o presente trabalho busca apresentar as soluções do fluxo de potência, na rede
básica de 500 kV de FURNAS no caso base de 2015, fazendo uma análise de desempenho nas
barras em situações de contingências, dando enfoque na eficácia nos controles de tensão e
potência existentes em cada barra estudada. Como também será visto os níveis de curto-
circuito e a sua evolução para o ultimo plano de estudo (2015).
As análises de fluxo serão executadas pelo programa ANAREDE e as análises de
curto-circuito pelo ANAFAS, ambos desenvolvidos e mantidos pelo CEPEL.
No capítulo 1, será apresentado um resumo do sistema elétrico como um todo, também
será feito uma análise sobre cada componente do sistema.
No capítulo 2, será feito uma explanação sobre a solução do fluxo de potência,
entrando em detalhes sobre o funcionamento do método de Newton-Raphson.
No capítulo 3, será apresentado o funcionamento dos controles e limites aplicados no
método de solução de Newton-Raphson..
No capítulo 4, será feito a análise de curto-circuito, pelo método matricial sistemático,
abordando as equações em função do tipo de defeito, as transformações em componentes
simétricos e nos métodos matriciais aplicados na solução das equações.
No capítulo 5, será feita uma breve descrição do funcionamento dos programas
ANAREDE e ANAFAS/SAPRE, ambos utilizados nas simulações deste trabalho.
No capítulo 6, é dedicado para a abordagem da análise de contingências em sistemas
elétricos e seus métodos de solução.
18

No capítulo 7 será dedicado as análises de regime permanente e de curto-circuito,


abordando situações de contingências na rede, diferentes tipos de defeito de curto-circuito que
podem atingir a linha e seus impactos no setor elétrico, bem como os resultados alcançados,
analisando os resultados obtidos.
No capítulo 8 serão apresentadas as conclusões deste trabalho.

Relação Consumo x IDH


0,900

DF

0,850
SC
RS RJ SP
PR

0,800 MG MS GO
ES
MT
AM RO AP

PA TO
IDH

0,750 AC RR
BASE RN
CE
PB PE

0,700 PI

MA
AL

0,650

R2 = 0,821

0,600
200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
Consumo "Per capita" (kWh/Hab)

Figura 1– Relação IDH e consumo de eletricidade por habitante por estado em 2005
[PNUD, 2005]

Consumo de Energia x Crescimento Populacional do Brasil

200 4,0E+05
População (Mi) Consumo Energia (GWh) Linear (População (Mi))
190
3,5E+05
180

3,0E+05
170
Consumo de Energia (GWh)

160 2,5E+05
População (Milhões)

150
2,0E+05
140

130 1,5E+05

120
1,0E+05

110
5,0E+04
100
2
R = 0,9995
90 0,0E+00
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
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Ano

Figura 2 – Crescimento populacional e do consumo de energia [EPE - BEN, 2012]


19

1 REPRESENTAÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO

1.1 Introdução

Esta seção tem como objetivo descrever a representação dos principais elementos do
Sistema Elétrico de Potência voltado aos estudos de fluxo de potência e de curto-circuito, pois
cada componente do sistema deve ser representado de forma que seu desempenho possa ser
analisado frente essas correntes, ocasionados por diversos tipos de falhas (para a análise de
curto-circuito). Como principais componentes da representação do sistema estão os
componentes básicos de circuitos elétricos (Resistor, Indutor e Capacitor), e a representação
destes elementos nas sequências positiva, negativa e zero.

1.2 Valores por unidade (PU)

O sistema PU consiste na definição de valores de base para as grandezas seguida da


substituição dos valores das variáveis e constantes (expressas no Sistema Internacional
de unidades) pelas suas relações com os valores de base pré definidos. As quantidades em pu
expressam valores relativos, isto é, relativas ao valor base. A escolha do valor base é
importante.

As vantagens de se utilizar os valores em pu são:

 Simplifica a visualização da grandeza porque os valores em estão relacionados a um


valor percentual;

 Os fabricantes fornecem dados em pu;

 Modifica todos os transformadores para uma relação de 1:1;


20

 Necessita-se apenas do valor em pu da impedância do transformador, sem referir a


qualquer lado (enrolamento);

 Valores em pu dos equipamentos variam em uma faixa estreita enquanto os valores


reais variam amplamente.

1.3 Valores bases das grandezas elétricas

Todo ponto elétrico é caracterizado por sua tensão, corrente, potência e impedância.
Conhecendo apenas duas dessas grandezas as outras duas podem ser calculadas. A
normalização pu utiliza como referência, comumente, a potência e a tensão.
A potência aparente total base (Sbase ) é arbitrada levando em conta a grandeza do
sistema e é a mesma para todo o circuito. A potência aparente base do sistema trifásico é a
soma das potências aparentes base de cada fase.
A tensão base (Vbase) é arbitrada, porém, normalmente escolhe-se a tensão nominal.
Lembrando sempre que essa tensão deve obedecer às relações de transformação, sendo
utilizada a tensão de fase-fase e não a de fase-neutro.


 =
(1.1)
 


 =
(1.2)
 


 =
(1.3)
 

 
 =
(1.4)
  √3

A existência da √3 multiplicando a   se deve ao fato do sistema ser trifásico e a tensão


utilizada ser a de fase-fase (∅∅ ).
21

∅∅ = √3 ∅ (1.5)


 =
(1.6)
 

  
  =
(1.7)
 

Os dados das características das máquinas (transformadores, geradores) são


fornecidos, normalmente, em pu, referidos aos valores nominais de potência e tensão da
máquina.
A compatibilização desses valores com as bases definidas requer uma mudança
de base: primeiramente isola-se a impedância em ohms na equação 1.6.
A impedância em ohms na base antiga é equivalente a impedância na base nova.
Utilizando a equação 1.7 e isolando a impedância nova, tem-se:

!"#$%,&%'(# ) "#$%,*+&#
, = ,
(1.8)
)
!"#$%,*+&# "#$%,&%'(#

Uma das vantagens do uso de grandezas em pu, como citada anteriormente, é no


caso de transformadores. Em transformadores, a impedância em pu referida ao primário e
ao secundário é igual, desde que a corrente de excitação seja desprezada, as tensões base
obedeçam à relação do transformador e a potência base seja comum às duas impedâncias.
Prova-se essa equivalência utilizando as equações 1.6, 1.7 e as relações de transformação do
transformador:

!, = -) = .)
! - . (1.9)
) , ,

/, !)
= !, ) (1.10)
/) )

A impedância em pu para as três fases ou para uma fase só, em bancos de transformadores
trifásicos é igual:
22

 Para o caso Y – Y: O fator 3 da tensão de linha irá anular o 3 que multiplica a


potência monofásica;

 Para o caso ∆ – ∆: O fator 3 da impedância em Y irá anular o 3 que multiplica a


potência monofásica;

 Para o caso Y – ∆: A análise é feita em um dos lados utilizando os cálculos Y – Y ou


∆ – ∆.

01 =
/0∆ (1.11)
3

1.4 Diagrama unifilar

O diagrama unifilar representa uma fase do sistema trifásico equilibrado em Y


equivalente. Já o diagrama de reatância representa os circuitos equivalentes desses mesmos
elementos, porém com suas reatâncias conectadas em cascata. Ambos permitem uma
visualização clara e concisa do circuito. No sistema trifásico equilibrado a soma das correntes
é equivalente a zero.

 0 +  0 + 50 = 0 (1.12)

Os elementos do sistema elétrico são representados por símbolos (modelagem por


fase). A seguir exemplo de diagrama unifilar e diagrama de impedância:

Figura 1.1 - Diagrama unifilar


23

Figura 1.2 - Diagrama de reatância

1.5 Linhas de transmissão

O modelo da linha de transmissão varia de acordo com seu comprimento, ou seja, os


parâmetros do circuito equivalente utilizado nas equações dependem do comprimento total da
linha (Stevenson, 1986, p. 95).

1.5.1 Linhas de transmissão curtas

Para linhas de transmissão curtas o modelo (Figura 1.3) consiste em uma resistência
em série com uma reatância, cuja impedância é igual a:

0
7 = 80
7 + 9 :0
7 (1.13)

Onde:

RLT – Resistência da linha de transmissão;


XLT – Impedância da linha de transmissão.

Figura 1.3 - Modelo por fase da linha de transmissão curta


24

A Tabela 1.1 apresenta os valores de comprimento da linha, que depende do


nível de tensão, para uma Linha de Transmissão Curta.

Tensão de fase-fase (VL) Comprimento máximo (L)


VL< 150 kV 80 km
150 kV ≤ VL< 400 kV 40 km
VL≥ 400 kV 20 km

Tabela 1.1 - linha de transmissão curta

1.5.2 Linhas de transmissão médias

Linhas de transmissão médias possuem dois modelos, π e T. O modelo π consiste em


uma impedância série com capacitores shunt nas suas extremidades, como apresentado na
Figura 1.4.

Figura 1.4 - Modelo π da linha de transmissão média

Onde:

;0 – Susceptância capacitiva total da linha da linha de transmissão.

O modelo T está representado na Figura 1.5.


25

Figura 1.5 - Modelo T da linha de transmissão média

A caracterização de uma linha média encontra-se na Tabela 1.2.

Tensão de fase-fase (VL) Comprimento máximo (L)


VL< 150 kV 80 km ≤ L ≤ 200 km
150 kV ≤ VL< 400 kV 40 km ≤ L ≤ 200 km
VL≥ 400 kV 20 km ≤ L ≤ 100 km

Tabela 1.2 - Linha de transmissão média

1.5.3 Linhas de Transmissão Longas

Linhas de transmissão longas possuem uma representação mais complexa. Por isso
utilizam-se os modelos π e T das linhas médias com os valores de e modificados.

sinh EF
 < 5==>?>@ = 
(1.14)
EF

tanh 
I (1.15)
; <
5==>?>@ = ; I


E = JK L (1.16)

Onde:

F – Comprimento da linha de transmissão;


E – Constante de propagação;
26

K – Admitância shunt por unidade de comprimento;


L – Impedância série por unidade de comprimento.

O circuito equivalente por fase de uma linha de transmissão encontra-se na Figura a


seguir. No programa é utilizado o modelo π de linhas de transmissão médias.

Figura 1.6 - Circuito equivalente por fase de uma linha de transmissão

1.6 Gerador síncrono

O gerador síncrono converte energia mecânica em elétrica quando operado como


gerador e energia elétrica em mecânica quando operado como motor. A origem do nome é
devida à operação da máquina ser com velocidade de rotação constante sincronizada com a
frequência da tensão elétrica alternada aplicada nos seus terminais.
O modelo mais simples do gerador síncrono (Figura 1.7) consiste em uma fonte de
tensão em série com uma reatância subtransitória.

Figura 1.7 - Modelo por fase do gerador síncrono

Onde:

G – Fonte de tensão;
27

X’’d– Reatância subtransitória do eixo direito.

1.7 Transformador

O transformador transmite energia de um ponto a outro do circuito transformando a


potência em diferentes de tensão e corrente. O circuito equivalente por fase do transformador
pode ser visto na Figura 1.8 e simplificado na Figura 1.9, pois como a corrente que flui para o
curto-circuito é alta, a corrente de excitação do núcleo é pequena, podendo ser desprezada. O
modelo simplificado consiste em uma resistência em série com uma reatância.

Figura 1.8 - Circuito equivalente por fase do transformador

Onde:

R1– Resistência elétrica equivalente do enrolamento primário;


X1– Reatância equivalente do enrolamento primário, representando o fluxo disperso na
bobina;
R2– Resistência elétrica do enrolamento secundário;
X2 – Reatância equivalente do enrolamento secundário, representando o fluxo disperso na
bobina;
Rf – Resistência elétrica equivalente que produz a mesma perda no núcleo que as perdas por
histerese e correntes parasitas;
Xm – Reatância equivalente de excitação, representando o fluxo resultante no núcleo,
necessário à operação normal do transformador.
28

Figura 1.9 - Modelo por fase do transformador

87 = 8M + 8 (1.17)

:7 = :M + : (1.18)

Onde:

87 – Resistência equivalente do transformador;


:7 – Reatância equivalente do transformador.

1.8 Cargas

As cargas elétricas são consideradas no cálculo de curto-circuito dependendo do tipo,


tamanho, importância do sistema, e principalmente se o sistema for isolado ou aterrado por
meio de alta impedância.
29

2 FLUXO DE POTÊNCIA

O estudo de fluxo de potência é uma forma de determinar as condições do sistema em


regime permanente. E tem como o objetivo verificar a operação e manutenção do sistema, e
dar base para a estratégia de planejamento da ampliação e reforço, através da análise do perfil
de tensão, de potencia ativa e reativa que flui em cada barra. A tensão e a frequência devem
estar dentro dos valores limites estabelecidos para melhor desempenho do sistema. E para o
ajuste desses parâmetros tem-se o controle de velocidade das maquinas síncronas intimamente
ligado a frequência, e o controle de excitação e a compensação reativa relacionada ao controle
de tensão. Esse tipo de análise é feito considerando o sistema estático, pois as variações do
sistema em relação ao tempo são lentas.
Para solução de fluxo de potência é realizada usando ferramentas computacionais para
resolução de sistema de equações e inequações não lineares, resolvida com método de cálculo
numérico. O método abordado nesse trabalho será o de Newton-Raphson e suas variações.

2.2 Formulação Básica

Para estabelecer um modelo de rede, para analisar e prever o comportamento do


sistema em condições normais e de contingência, com o objetivo de chegar às equações para
solucionar o fluxo de potência, inicia-se a modelagem com um sistema com duas barras
conforme a Figura (2.1), e depois extrapolado para um sistema de n barras.

Figura 2.1 – Sistema de duas barras


30

Aplicar-se a primeira lei de Kirchhorf, para as correntes injetadas na linha, a partir do


modelo π de linha de transmissão, o mais apropriado para esse tipo de análise, e com isso
obtém a corrente injetada de cada barra;

VO − VP
JOP = VO YST + , para barra k
ZS
(2.1)

VP − VO
JPO = VP YST + , para barra m
ZS

A admitância em paralelo da linha, para efeitos práticos é puramente capacitiva [1], já que a
condutância causada pela corrente de fuga nos isoladores de que suportam as linhas nas torres
é muito pequena, então fica;

j
YST = = jBST
X^
(2.2)

Onde, X^ é reatância capacitiva, e BST é susceptância capacitiva. A impedância serie da linha


é

ZS = R + jXa (2.3)

e a admitância série é

1 R − jXa R jXa
ZsbM = Ys = =  =  −  = G + jBS
R + jXa R + Xa R + Xa R + Xa
  (2.4)

onde, R é resistência série, Xa é a reatância indutiva, G é a condutância série, BS é a


susceptância indutiva série. As tensões nas barras podem ser escritas na seguinte forma;

VO = |VO |eghi
(2.5)
31

VP = |VP |eghj

Substituindo as equações (2.2), (2.3), (2.4) e (2.5) nas equações (2.1), obtém;

SO∗
JOP = = jBST n|VO |eghi o + YS n|VO |eghi − |VP |eghj o
m|VO |eghi )∗
(2.6)
SP∗
JPO = jBST n|VP |eghj o + YS n|VP |eghj − |VO |eghi o
m|VP |eghj )∗

Como SO e SP , são as potencias liquidas nas barras, que é a diferença entre as potências
gerada na barra e a potencia demandada pela carga na barra, isto é,

S = P + jQ = Sr − Ss = mPr − Ps ) − jmQr − Qs ) (2.7)

as barra k e m, sendo considerada uma “fonte de potência injetada”, o fluxo de potencia entre
as duas barras será

SOP

= POP − jQOP = JOP m|VO |ebghi ) (2.8)

Substituindo equação (2.6) na equação (2.8),

POP − jQOP = jBST m|VO |) + YS m|VO |) − |VO ||VP |egmhj bhi ) ) (2.9)

Separando a parte real e a parte imaginaria da equação (2.9) é obtido o fluxo de potencia ativa
e reativa do sistema de duas barras:

POP = Gm|VO |) − G|VO ||VP | cosmδO − δP ) − BS |VO ||VP | senmδO − δP )


(2.10)
QOP = −mBS − BST )m|VO |) + BS |VO ||VP | cosmδO − δP ) + G|VO ||VP | senmδO − δP )

As equações são obtidas analogamente para as barras m em relação à k.


32

2.2 Formulação Generalizada

A partir da análise do sistema de duas barras, pode extrapolar a análise para um


sistema de n barras, pois um sistema real é composto por centenas de barras, geradores e
linhas, que é o caso do nosso sistema interligado. A Figura (2.2) representa um sistema
malhado que tem n barras conectadas através das linhas de transmissão.

Figura 2.2 – Representação do sistema de n barras

O conjunto α representa o sistema com todas as barras m inclusive a barra k, e o


conjunto α-k representa todas as barras m sem a barra k. Essa representação significa que a
barra k é a barra que esta sendo analisada e as barras m’s são as barras adjacentes a ela. Como
na análise de um sistema de duas barras, aplica-se a primeira lei de kirchhoff para as correntes
injetadas líquida na barra k.

IO + IST = x IOP (2.11)


P ∈ zbO
33

A admitância da barra k é o somatório de todas as admitâncias conectada a essa barra,


e a admitância entre as barras k e m, é a própria admitância entre as duas barras com o sinal
negativo, como esta representada a seguir;

YOO = ySTO + yOPM + yOP + ⋯ + yOP} (2.12)


YOP~ = −yOP~ , i = 1,2, … , n (2.13)

A partir da equação (2,11), pode escrever a seguinte equação;

SO∗ P − jQ
IO = = = mVO − VPM )yOPM + mVO − VP )yOP + ⋯ + mVO − VP} )yOP}
VO∗ VO∗
(2.14)

fazendo algumas operações e substituições das equações (2.12) e (2.13), na equação (2.14),
obtém

SO∗ P − jQ
IO = ∗ = = VO YOO + x VP YOP
VO VO∗ (2.15)
P ∈ zbO

Escreve-se a equação (2.15), em função da potência, e separando a parte real e a parte


imaginaria, fazendo as substituições necessárias obtêm as equações de injeção de potencia
ativa e reativa da barra k.

PO = GOO m|VO |) + |VO | x |VP | mGOP cosmδO − δP ) + BOP senmδO − δP ))


P ∈ zbO

(2.16)

QO = −BOO m|VO |) + |VO | x |VP | mGOP senmδO − δP ) − BOP cosmδO − δP ))


P ∈ zbO

Escrevendo as equações (2.16) em função do conjunto α, ou seja, incluindo todas as barras


inclusive a barra k:

PO = |VO | x |VP | mGOP cosmδO − δP ) + BOP senmδO − δP )) (2.17)


P ∈ z
34

QO = |VO | x |VP | mGOP senmδO − δP ) − BOP cosmδO − δP ))


P ∈ z

E com isso se chegar a equações básicas de fluxo de potência, onde essa têm características
não lineares, e são equações analíticas, pois representam um modelo estático (regime
permanente).

2.3 Restrições de operação

Além das equações básicas de fluxo de potência, faz parte um conjunto de inequações
que representa as restrições de operação praticas do fluxo de potencia, que consiste nos
limites operativos dos equipamentos e dos dispositivos de controle do sistema.
Dentro desses limites de operação estão à tensão nas barras do sistema, que devem estar
dentro de uma faixa muito estreita de tolerância como, por exemplo, de ±5 ou ±10.

|VO |P~} ≤ |VO | ≤ |VO |Pá… , k = 1, 2, … , n (2.18)

O limite de estabilidade de transmissão que se caracteriza pelo ângulo de potencia


máximo entre duas barras k e m, em que deve satisfazer a desigualdade, conforme a inequação
abaixo.

|δO − δP | ≤ |δO − δP |Pá… (2.19)

Os outros limites são estabelecidos a partir da curva de capacidade dos geradores


síncronos e dos compensadores síncronos conectados ao sistema, que consistem nos limites
térmicos da armadura e do campo, limite de estabilidade, e o limite de excitação mínima. Os
limites dos compensadores estáticos também devem ser considerados definidos por suas
curvas características.
35

POP~} < PO < POPá…


QOP~} < QO < QOPá…
(2.20)

2.4 Classificação dos Tipos de Barras

As barras podem ser classificadas em três tipos, de acordo com os parâmetros


especificados e as variáveis que se deseja calcular. Essa classificação é feita da seguinte
forma;
Barra de carga – PQ – Especifica-se a potência ativa e reativa, e calcula-se o módulo e
a fase da tensão.
Barra de geração – PV – Especifica-se a potência ativa e o módulo da tensão, e
calcula-se a potência reativa e a fase da tensão. Esse tipo de barra também é conhecido como
barra de tensão controlada.
Barra de referência – Vδ – Especifica-se o módulo e a fase da tensão, e calcula-se a
potência ativa e reativa. Geralmente é especificado o modulo da tensão com 1,0 pu., e a fase
com 0°. Esse tipo de barra também é chamado de barra oscilante.
A partir da classificação das barras, as equações (2.17) podem-se escrita da seguinte
forma;

∆PO = PO − PO mV, δ) = 0 , para barras PQ e PV


‡Sˆ

(2.21)
∆QO = QO − QO mV, δ) = 0 , para barras PQ
‡Sˆ
36

2.5 Métodos numéricos de solução de fluxo de potência

As equações básicas de fluxo de potência são equações algébricas não lineares, pois
apresentam grande dificuldade de obter soluções analíticas, apenas a soluções numéricas que
sem dificuldade onde pode ser resolvidas com um programa de computador. Os métodos
numéricos que são muito utilizados para solução de problemas de fluxo de potência são:

 Método iterativo de Gauss;


 Método de Gauss-Seidel;
 Método de Newton-Raphson.

2.5.1 Método iterativo de Gauss

O método iterativo de Gauss apresenta a obtenção da solução baseada em substituições


sucessivas partir de uma estimativa inicial. Considerando a equação 2.15 e colocando essa em
função da tensão, encontra-se o algoritmo para solucionar através desse método conforme
equação 2.22. O processo iterativo funciona da seguinte maneira; faz-se uma estimativa
inicial e encontra uma solução, com essa substitui e encontra uma solução melhor, e com essa
solução faz-se outro processo iterativo (v) utiliza-se para encontrar uma solução ainda melhor,
até que chegue a uma solução com certo nível de tolerância (ε) desejada, para todas as tensões
das barras como é indica a equação (2.23).

1 P − jQ
VO = m − x mVP )YOP )
mŠ‹M) mŠ)
YOO mV mŠ) )∗ (2.22)
O P ∈ zbO

ŒVO − VO Œ < 
mŠ‹M) mŠ)
(2.23)
37

2.5.2 Método de Gauss-Seidel

Esse método consegue convergir com menos interação em relação ao método iterativo
de Gauss, devido utilizar-se a solução da primeira variável xM , no processo iterativo x ,
mŠ‹M) mŠ)

da segunda variável. Isso faz com que se aumente a velocidade de convergência do problema.
Os dois métodos numéricos apresentados, não fazem parte da solução básica de fluxo
de potência desse trabalho, pois esses métodos para sistemas muito grandes não apresenta um
bom desempenho, ele são indicados para casos didáticos devidos sua facilidade de criar
algoritmos. O método que será utilizado é o que será abordado a seguir.

2.5.3 Método de Newton-Raphson

Esse método é mais eficiente e sofisticado que os métodos anteriores apresentados. O


numero de iterações exigidas por Newton-Raphson para obtenção de uma solução é quase
independente do tamanho do sistema [4]. Durante o seu desenvolvimento foi observado que o
programa era mais lento em relação aos métodos de Gauss e Gauss-Seidel, isso porque exigia
mais memória dos computadores, isso em dias atuais não é mais problema.
Outras variações do método de Newton-Raphson são o método de Newton
desacoplado, e o método desacoplado rápido, que serão abordados mais adiante.
Considerando a equação 2.24 unidimensional, onde deve ser determinado um valor de
x para essa equação ser verdadeira.

gmx) = 0 (2.24)

Admitindo que fosse estimado um valor inicial para conseguir chegar à solução
desejada, então a equação 2.24 pode ser escrita da seguinte forma:

gnx mŠ) + ∆x mŠ) o = 0 (2.25)


38

Expandindo a equação 2.24 em função da estimativa inicial através da serie de Taylor


tem-se:

m)
n∆x m) o² •–…²˜
–²—
∂g m)
gnx m) o + ∆x m) ‘ “ + +⋯
(2.26)
∂x 2!

Desconsiderando os termos de maior ordem, para fazer uma aproximação linear da


serie de Taylor, obtém:

gmx Š ) + g < mx Š )∆x Š = 0 (2.27)

Onde a próxima estimativa será,

x Š‹M = x Š + ∆x Š (2.28)

Sendo assim:

gmx Š )
∆x Š = − ›g′mx Š ) (2.29)

Para um sistema n-dimensional a dedução é praticamente a mesma, a diferença é que


vai aparecer uma matriz onde os elementos são derivadas parciais, onde essa é chamada de
matriz Jacobiana. Nesse caso essa matriz será linearizada conforme foi feito anteriormente,
Com esse procedimento de linearização obtém:

gnx Š o + Jnx Š o∆x Š = 0 (2.30)

Que pode ser rescrita do seguinte modo:

gnx Š o = −Jnx Š o∆x Š (2.31)

Com a equação (2.31) pode ser colocado em função da equação básica de fluxo de
potência para que seja solucionada
39

∆PO
gnxo = œ =0
∆QO
(2.32)

As variáveis sendo colocadas na forma vetorial ficam:

∆δ
∆x = ž Ÿ
∆V
(2.33)

A matriz Jacobiana calculada a partir da aproximação linear é escrita da seguinte


forma

∂m∆P) ∂m∆P)
¢ ¥
¡ ∂δ ∂V ¤
J = ∂m∆Q) ∂m∆Q)
¡ ¤
(2.34)
  ∂δ ∂V £

Considerando-se as expressões dos vetores ∆P e ∆Q dada na equação (2.21), sabendo


que o valor de potencia ativa e reativa especificada é constante, então a matriz Jacobiana pode
ser escrita desse modo:

∂P ∂P
¢ ¥
∂δ ∂V
J = − ¡∂Q ∂Q¤
¡ ¤
(2.35)
  ∂δ ∂V£

As submatrizes da matriz Jacobiana são geralmente representadas por:

∂P ∂P
H= N =
∂δ ∂V

∂Q ∂Q
(2.36)
M= L =
∂δ ∂V

A equação 2.31 fica expressa da seguinte maneira:


40

∆P Š H N ∆δ
Š
œ∆QŠ  = ª «ž Ÿ
M L ∆V Š
(2.37)

onde as expressões da submatrizes H, N , M e L, vão aparecer dois casos quando calcula-se as


derivadas, quando k=m e k≠m, e são dadas por

∂PO
HOP = = |VO ||VP |mGOP senmδO − δP ) − BOP cosmδO − δP ))
∂δP
(2.38)
∂PO
HOO = = −|VO | x |VP | mGOP senmδO − δP ) − BOP cosmδO − δP ))
∂δO
P ∈ zbO

∂PO
NOP = = |VO |mGOP cosmδO − δP ) + BOP senmδO − δP ))
∂VP
(2.39)
∂PO
NOO = = 2|VO |GOO + x |VP | mGOP cosmδO − δP ) + BOP senmδO − δP ))
∂δO
P ∈ zbO

∂QO
MOP = = −|VO ||VP |mGOP cosmδO − δP ) + BOP senmδO − δP ))
∂δP
(2.40)
®¯­
¬­­ = = −|­ | x |± | m³­± cosm°­ − °± ) + ´­± senm°­ − °± ))
®°­
± ∈ ²b­

∂QO
LOP = = |VO |mGOP senmδO − δP ) − BOP cosmδO − δP ))
∂VP
(2.41)
®¯­
µ­­ = = −2|­ |´­­ + x |± | m³­± senm°­ − °± ) − ´­± cosm°­ − °± ))
®­
± ∈ ²b­

Os elementos com k=m podem ser escritos em função das injeções de potencia ativa e reativa
na barra k:

(2.42)
41

¶­­ = −¯­ − ­ ´­­

·­­ = ­bM m¸­ + ­ ³­­ ) (2.43)

¬­­ = ¸­ − ­ ³­­ (2.44)

µ­­ = ­bM m¯­ − ­ ´­­ ) (2.45)

Algoritmo básico para resolução é descrito resumidamente a seguir:

i) Definir uma estimativa inicial da fase da tensão nas barras PQ e PV, e o módulo da
tensão nas barras PQ;
ii) Calcular ¸­ para as barras PQ e PV, e ¯­ para as barras PQ;
iii) Determinar os resíduos ∆¸­ e ∆¯­ ;
iv) Verificar se o resíduo é menor que a tolerância ε, caso contrario, calcular a matriz
Jacobiana J;
v) Determinar a nova solução para  ‹M e ° ‹M que serão as novas estimativas, e voltar
para o passo ii.

2.5.3.1 Método de Newton desacoplado

Esse método consiste em desacoplar Pδ e QV, devido a potencia ativa ser mais
sensível a fase da tensão, e a potencia reativa ao modulo da tensão, essa relação é verificada
apenas em sistemas acima de 230 kV onde a relação ´­± /³­± é muito grande. E com isso
pode ser ignorados os efeitos das submatrizes N e M, e se tornando mais rápido a resolução do
problema. O resíduo da fase converge mais rápido que o resíduo do modulo da tensão, então
se utiliza o valor atualizado do resíduo de fase para resolução do resíduo do modulo de tensão.
42

O algoritmo do método de Newton desacoplado pode ser escrito da seguinte forma:

∆PnV Š , δŠ o = HnV Š , δŠ o∆δŠ


δŠ‹M = δŠ + ∆δ
(2.46)
∆QnV Š , δŠ o = LnV Š , δŠ o∆V Š

V Š‹M = V Š + ∆V

As equações (2.46) estão na forma simultânea de resolução, onde se pode resolver o


algoritmo na forma alternada, devida a convergência da fase ocorre mais rápido que o modulo
da tensão, e é descrita a seguir:

∆PnV Š , δŠ o = HnV Š , δŠ o∆δŠ


δŠ‹M = δŠ + ∆δ
(2.47)
∆QnV Š , δŠ‹M o = LnV Š , δŠ o∆V Š

V Š‹M = V Š + ∆V

Outra forma de colocar esse algoritmo é multiplicar uma matriz diagonal V, cujos
elementos não nulos são os módulos das tensões nas barras PQ. Então as submatrizes H e L
podem ser escritas:

H = VH <
L = VL<
(2.48)

Então as equações do método de Newton desacoplado serão descrita a seguir:

∆P
= H < ∆δ
V
(2.49)
∆Q
= L< ∆V
V
43

2.5.3.2 Método desacoplado rápido

O método desacoplado rápido é muito parecido com método de Newton desacoplado,


a diferença está nas submatrizes Jacobiana H < e L< , e nas aproximações introduzidas.
Admitindo que as aproximações feitas sejam as seguintes:

 cosm°­ − °± ) = 1;
 ´­± ≫ ³­± senm°­ − °± );
 ­­

´­­ ≫ ¯­ .

Substituindo essas aproximações nas equações de H < e L< , e considerando que VO e VP


são unitários pode concluir que;

H< ≅ B<
(2.50)
L< ≅ B<<

As matrizes B< e B<< são constantes que dependem apenas dos parâmetros da linha e
não do modulo e fase da tensão, conforme a matriz Jacobiana. Onde B< não aparecem às
linhas e colunas referentes barras Vδ, e B<< não aparecem às linhas e colunas referentes às
barras PV e às barras Vδ. Ou seja, as matrizes B< e B<< mantêm as estruturas das submatrizes
jacobianas H e L [3]. Essas submatrizes serão substituídas na equação (2.49), e obtém o
algoritmo do método desacoplado rápido,

∆P
= B< ∆δ
V
(2.51)
∆Q
= B<< ∆V
V
44

3 CONTROLES E LIMITES DO FLUXO DE POTÊNCIA

3.1 Considerações iniciais

No capitulo anterior foi visto que no estudo de fluxo de potência tem um conjunto de
inequação que são estabelecidas como os limites práticos de operação do sistema
apresentados nas equações (2.18) a (2.20). Para que o sistema elétrico atenda as diretrizes de
operação e não se tenha eventuais violações desses limites, há um conjunto de dispositivos de
controle que toma medidas operativas para manter o desempenho adequado da rede
aumentando nível de segurança do sistema. Para que possa ser simulado corretamente o
sistema, esses dispositivos de controle e os limites devem ser incluídos na formulação básica
de fluxo de potência, fazendo com que a solução esteja o mais próximo da situação real.
Dentre os controles representados em programas de fluxo de potencia estão:

• Controle do módulo da tensão → Injeção de reativo (local e remota), e regulação de


tap (transformadores em fase);
• Controle de potencia ativa → Fluxo de potencia ativa (transformadores defasadores) e
intercambio entre áreas.

Os limites de operação mais comuns são:

 Limites de injeção de potencia reativa em barras PV;


 Limites de tensão em barras PQ;
 Limites de taps de transformadores;
 Limites de fluxo em circuitos.

Há três diferentes representações para incorporação dos dispositivos de controle e


limites na resolução de fluxo de potência:
45

a) Classificação do tipo de barra – A definição do tipo de barra já incorpora o controle de


tensão para barra PV, esse tipo de representação já esta incorporado na formulação básica de
fluxo de potencia.
b) Externamente à matriz Jacobiana – Utiliza-se a técnica do ajuste alternado, onde
depois de cada iteração as correções das variáveis de controle são obtidas externamente à
matriz Jacobiana.
c) Internamente a matriz Jacobiana – Consiste em incluir as equações do controle
desejado, obtendo as variáveis controladas de forma direta alterando assim a matriz
Jacobiana.

Problemas causados pela inclusão dos controles e limites no processo de resolução dos
problemas de fluxo de carga são:

• Convergência fica lenta;


• Aumenta o numero de iterações;
• Afeta o processo de convergência;
• A interferência de controles pode levar a não convergência (principalmente os
eletricamente próximos);
• Podem levar a varias soluções para o mesmo problema.

3.2 Ajustes alternados

Nesse procedimento as variáveis de controle são mantidas constantes durante a


iteração. Após uma iteração e outra, as variáveis são ajustados com o objetivo de manter as
variáveis controladas dentro dos valores especificados. Trata-se de uma realimentação em
malha fechada. Sendo assim uma formula geral é apresentada

∆u = α∆z = αmz ‡Sˆ − z ^¿À ) (3.1)

onde:
∆u → correção da variável de controle
46

∆z → correção da variável controlada


α → sensibilidade entre a variável de controle e a variável controlada. Esse valor pode ser
calculado através de análise de sensibilidade ou arbitrário de forma empírica.

O procedimento do ajuste alternado segue os seguintes passos:

i) Definir valores iniciais para as variáveis de controle (Á );


ii) Obter a solução inicial definindo a condição do sistema. Essa solução pode ter
tolerância maior que a tolerância final desejada, ou com numero de iterações definido;
iii) Estimar os valores atuais das variáveis controladas (L 5  ), e verificar se o erro ∆L é
menor que a tolerância, caso contrario fazer o próximo passo;
iv) Definir novos valores para as variáveis de controle, se necessário avaliar os fatores de
sensibilidade α;
v) Executar mais uma iteração e verificar o passo iii.

Esse procedimento deve ser feito após ter sido obtido uma solução parcial, sem a
introdução dos controles e os limites de operação. Essa ação evita que escolha valores muito
longe do ponto de solução. Esse procedimento não funciona adequadamente quando o sistema
opera próximo de seu carregamento, tendo como consequência um elevado número de
iterações e, até mesmo, uma divergência no processo [7].

3.3 Ajustes simultâneos

Nesse procedimento são inseridas novas equações e variáveis, que será agregada internamente
a matriz Jacobiana e ao vetor de variáveis dependentes x. A matriz jacobiana passa a ter a
seguinte forma:

∂P ∂P ∂P
∆P ¢ ¥ ∆δ
¡ ∂δ ∂V ∂x ¤ ∆V
œ∆Q = ∂Q ∂Q ∂Q  Ã
¡ ¤ ∆x
(3.2)
  ∂δ ∂V ∂x £
47

Esse procedimento leva vantagem em relação a ajuste alternado, pois apresenta grande
robustez numérica que é vital para solução de sistemas operando próximo de seu limite. Alem
disso permite a modelagem adequada de controles, flexibilidade n tratamento dos limites e
melhoria no desempenho computacional.

3.4 Controle de tensão em barras PV

O controle de tensão em uma barra PV é feito através da injeção ou absorção de


reativo de capacitores e reatores shunt, ou por máquinas síncronas pela ajunte da corrente de
campo. Nesse tipo de barra especifica-se a potencia ativa e o modulo da tensão, e calcula-se a
potencia reativa e a fase da tensão como foi visto anteriormente. Quando se calcula a potencia
reativa pretende-se chegar a um valor de Q^¿À
O dentro de certos limites Q O
P~}
< Q^¿À
O < QO .
P¿…

Esses limites não podem ser violados, se isso ocorre deve ser redefinido o tipo de barra de PV
para PQ, pois o modulo da tensão não estará no valor especificado. Colocando Q^¿À
O = QO
P~}

no caso de ultrapassar o limite inferior e Q^¿À


O = QO
P¿…
no caso contrario, e esse será a potencia
reativa especificada para a barra PQ. O modulo da tensão torna-se variável e devem incluir a
equação correspondente a QO
‡Sˆ
na matriz Jacobiana. Verificando a cada iteração se a barra
pode volta ao seu tipo original.

3.5 Limites de tensão em barras PQ

No estudo de plano e ampliação e reforço – PAR, são analisado o desempenho da rede


através de simulação de programas de computadores de análise de rede em regime
permanente, determinando as condições do sistema, que deve ser levado em consideração o
limite do modulo da tensão na faixa de ±10% do valor da tensão nominal. Na resolução de
problema de fluxo de potencia deve ser observado a cada iteração se esses limites estão dentro
da faixa, caso não estejam deve redefinir o tipo de barra como foi feito no tópico anterior,
fazendo o mesmo procedimento e verificando se a barra pode volta ao seu tipo original.
48

3.6 Transformadores em fase com controle automático de tap

O transformador em fase com controle de tap é utilizado para controlar a tensão na


barra do terminal de carga ou remota. Pois quando ocorrem variações das condições de
operação do sistema esse tipo de controle atua para manter a tensão dentro dos limites de
operação.
Considere o um transformador conectado entre as barras k e m, e se deseja controlar a
tensão na barra VP , onde será especificado um valor para a tensão na barra m com uma faixa
de operação limite.

VP < VP < VP
P~} ‡SˆP¿… (3.3)

Pelo procedimento de ajuste alternado o controle do tap e dado por:

∆aOP = α∆VP (3.4)

onde;
∆aOP → é a correção na posição do tap;
α → é o fator de sensibilidade entre a variável de controle e a variável controlada;
∆VP →correção da tensão na barra controlada.

Se a barra k for rígida (independe da posição do tap), então α ≈ 1. No método


desacoplado rápido as matrizes B< e B<< são constantes, só depende dos parâmetros de linha,
nesse caso a variável de controle deve ser sempre atualizada a cada iteração.
No procedimento simultâneo incluindo a variável de controle na matriz Jacobiana,
considerando ainda o caso do transformador entre as barras k e m, onde a barra m será
classificada como sedo do tipo PQV, isto é, potencia ativa e reativa, e o modulo da tensão
serão especificados, sendo assim o sistema fica com uma incógnita a menos, sendo substituído
VP pela relação de transformação ma) no vetor x.
49

∂P ∂P ∂P
¢ ¥ ∆δ
∆P ¡ ∂δ ∂V ∂a ¤
œ∆Q = ¡∂Q ∂Q ∂Q¤ = Â∆VÃ
¡ ¤ ∆a
(3.5)

  ∂δ ∂V ∂a £

3.7 Transformadores defasadores com controle automático de tap

O transformador defasador com controle automático de tap é utilizado entre uma barra
k e outra m com o objetivo de controlar o fluxo de potencia dentro de um valor especificado.
Esse transformador introduz uma defasagem entre as barras de φOP somada ao ângulo de fase
entre essas barras.
Pelo procedimento alternado o controle do fluxo de potência ativo através do
defasador pode ser feita utilizando-se a seguinte relação de sensibilidade:

∆φOP = α∆POP (3.6)

Sendo,
∆φOP → é a correção introduzida na variável de controle
∆POP → é a correção da variável controlada.
O fator de sensibilidade tem significado é mais bem entendido para análise de circuito
equivalente linearizado conforme figura abaixo. Os parâmetros que caracterizam o
equivalente são a reatância equivalente xOP e a injeção de potencia ativa POP .
‡Æ ‡Æ
50

Figura 3.1 – Equivalente reduzido na aplicação de um defasador puro.

A partir das leis de Kirchhoff escreve-se

PO = POP + POP = constante


‡Æ ‡Æ
(3.7)

e que

φOP − xOP POP + xOP POP = 0


‡Æ ‡Æ
(3.8)

Com algumas substituições e operações obtém

∆φOP = mxOP + xOP )∆POP


‡Æ
(3.9)

e logo se conclui que

∆φOP = mxOP + xOP )∆POP


‡Æ
(3.10)

ou seja, o fator de sensibilidade é


51

Ç = mÈ­± + È­± )

(3.11)

O fator de sensibilidade tem a seguinte interpretação, quando tiver outros caminhos


alem do defasador de baixa reatância o xOP será pequeno, e α será aproximadamente igual a
‡Æ

xOP , e isso provoca uma alteração significativa no fluxo POP , por outro lado xOP muito
‡Æ

grande o que seria um caminho apenas pelo defasador entre as barras, α não altera muito o
fluxo POP através do φOP .
Pelo procedimento de ajuste simultâneo como foi feito no transformador em fase é
incluído o efeito do transformador na matriz Jacobiana e no vetor de variáveis dependentes x
uma nova variável φOP . Esquematicamente a matriz Jacobiana passa a ser representada com
os transformadores defasadores da seguinte maneira:

∂P ∂P ∂P
¢ ¥
¡ ∂δ ∂V ∂φ ¤
∆P ¡ ∂Q ∆δ
∂Q ∂Q ¤
 ∆Q à = ¡ ¤  ∆V Ã
¡ ∂δ ∂V ∂φ ¤ ∆φ
(3.12)
∆Ps ¡∂P
¡ s ∂Ps ∂Ps ¤¤
  ∂δ ∂V ∂φ £

em que ∆Ps é vetor de resíduos, ∆φ é o vetor das correções nos ângulos de controle φOP e as

novas derivadas podem ser obtidas a partir das equações básicas de fluxo de potencia
incluindo o ângulo de defasagem φOP .

3.8 Controle de intercâmbio entre áreas

Em sistema elétrico de potencia cuja rede é interligada surgi à necessidade de um


controle de fluxo de potencia ativo nas linhas que é denominado de intercambio entre áreas,
onde é estabelecido através de contratos das concessionárias de energia aumentando a
competitividade do setor elétrico e realizando a máxima transferência de potencia entre os
subsistemas. Em uma rede com n áreas devem ser controladas n-1 áreas, pois uma delas fica
52

como área de referencia. Em cada área é associado uma barra de folga (slack) especificando o
modulo e a fase da tensão, que serve como referencia angular para o sistema. O objetivo do
intercambio entre áreas é regular as injeções de potência ativas ajustadas para manter os
intercâmbios líquidos das áreas nos seus valores especificados. E o intercambio liquido é
definido como a soma dos fluxos de potência ativa nas linhas que interligam essa área com as
outras áreas. As exportações são consideradas positivas e as importações negativas.
Para realizar o controle de intercambio entre área pelo procedimento de ajuste
alternado deve-se fazer a primeira iteração, obtendo o resíduo de intercambio liquido
corrigindo a geração da barra de referencia como se pode observar em seguida,

∆PF~ = ∆PI~ (3.13)

Onde ∆PF~ é a correção na geração da barra de folga da área i, e ∆PI~ é o erro no intercambio
liquido da barra i, dado por:

∆PI~ = PI~ − PI~^¿À


‡Sˆ
(3.14)

Em que PI~ é o valor especificado para intercambio da área i, e PI~^¿À é o valor calculado da
‡Sˆ

iteração mais recente.


O controle de intercambio entre áreas também pode ser feito pelo ajuste simultâneo
(internamente a matriz Jacobiana). Para isso todas as barras de folga menos uma é classificada
como do tipo V (apenas o valor módulo da tensão é especificado), ou seja, as potencias ativas
dessas barras deixam de ser especificadas e em seu lugar é introduzida a equação de
intercambio da área e o esquematicamente a matriz Jacobiana passa a ser:

∂P ∂P ∂P
¢ ¥
¡ ∂δ ∂V ∂δË ¤
∆P ¡ ∂Q ∂Q ∂Q ¤ ∆δ
 ∆Q à = ¡ ¤  ∆V Ã
¡ ∂δ ∂V ∂δË ¤
∆δË
(3.15)
∆PI
¡∂PI ∂PI ∂PI ¤
¡ ¤
  ∂δ ∂V ∂δË £
53

Onde ∆PI é o resíduos das barras do tipo V, e ∆δË é vetor de correção em as os

intercâmbios entre áreas. Podem aparecer zeros na diagonal principal da submatriz ∂PIÌ∂δË

quando a barra de folga não esta conectada a barra de interligação, o que pode gerar problema
na inversão de matriz dependendo do método utilizado. Na referencia [2] sugere duas
alternativa para resolver esse problema.

3.9 Controle de tensão em barras remotas

Devido a problema envolvendo a segurança de tensão devido ao aumento da demanda


do sistema, é necessário o controle automático da tensão e de injeção de reativo em barras
críticas do sistema para evita esse tipo de problema. Esse controle pode ser feito por
transformador em fase com controle automático de tap ou por dispositivos de injeção de
reativo, No caso do transformador em fase a diferença do que foi visto anteriormente é que
nessa situação o controle não está na barra de terminal do transformador.
A potência reativa da barra PV pode ser utilizada para controlar a tensão na barra
remota, quando isso ocorre à barra de PV fica classificada como barra do tipo P, onde não é
mais especificada a tensão, sendo essa barra de controle, e a barra remota que era uma barra
PQ fica sendo uma barra classificada como PQV, sendo uma barra controlada onde a única
incógnita a fase da tensão.
No procedimento alternado é feito exatamente como foi visto no transformador em
fase. Já no procedimento simultâneo é feito sem precisar de introdução de variáveis
dependentes como foi feito nas outras análises devidos o tipo de classificação, como barras de
controle e barras controlada.

∂P ∂P
¢ ¥
∆P ¡ ∂δ ∂V¤ ∆δ
œ∆Q = ¡∂Q ∂Q¤ ž Ÿ
∆V
¡ ¤
(3.15)

  ∂δ ∂V£

Sendo que ∆P, ∆Q, ∆δ e ∆V estão incluídos o numero de barras do tipo PQV (barras com

controle remoto de tensão) e P (barras de controle).


54

4 CURTO-CIRCUITO

4.1 Introdução

A simulação numérica do curto-circuito nos pontos da rede tem enorme importância


no planejamento, projeto, ampliação e exploração das instalações e redes, ao permitir prever
as consequências dos defeitos simulados. Esse conhecimento possibilita a tomada de medidas
necessárias para minimizar essas consequências, com a mínima perturbação no sistema. Isto
inclui, não só a colocação e regulação de dispositivos que promovam a interrupção de
circuitos defeituosos, mas também garantir que os componentes da rede percorridos pela
corrente de curto-circuito, possam suportar os seus efeitos enquanto elas persistirem.
Durante o ciclo de planejamento é importante o monitoramento dos níveis de curto-
circuito das diversas barras do sistema, de modo a caracterizar uma eventual superação dos
níveis máximos de capacidade suportável de curto-circuito, dos equipamentos existentes e sua
influência na definição da topologia futura das alternativas de transmissão que venham a ser
estudadas. Deve também ser analisada, a evolução da razão X/R dos diversos pontos do
sistema durante o início e fim do horizonte de estudos, para as principais alternativas. Com o
objetivo de ter a dimensão do valor de crista da corrente de curto-circuito, já que ela é
influenciada pelo X/R (razão entre a reatância indutiva e a resistência) entre a fonte e o ponto
de defeito.

De forma geral, calculam-se as correntes de curto-circuito com os seguintes objetivos:

- Determinação da capacidade de interrupção dos disjuntores e fusíveis:

Com a previsão da corrente máxima de curto no ponto da rede onde estão instalados,
tem-se a capacidade especificada de interrupção para fusível e disjuntores;

- Previsão dos esforços térmicos e dinâmicos provocados pela circulação da corrente:


55

Todos os elementos da rede, sobretudo pontos chave da rede, tais como barramentos e
seccionadores, deverão suportar os efeitos destrutivos da passagem da corrente de
curto-circuito;

- Ajuste das proteções:

A especificação das correntes e tempos de disparo das proteções baseia-se nos


valores previstos de curto-circuito;

- Estudo de estabilidade transitória:

A perturbação causada pelo curto-circuito afeta a dinâmica da maquina


síncrona, podendo ocasionar numa perda de sincronismo. Os valores da corrente de
curto-circuito serão utilizados nos estudos para determinar os limites de estabilidade da
maquina e/ou do sistema em análise.

4.2 Origem do curto-circuito

Diversos fatores influenciam na origem das grandes correntes de curto-circuito do


sistema, mas, podemos classificá-las em três grupos distintos:

1. Mecânica:

a) Quebra ou corte de um condutor;


b) Contato acidental entre condutores;
c) Contato entre condutores através de agentes externos, tais como árvores ou animais.

2. Falha de isolamento:

a) Devido à temperatura, umidade ou corrosão;


b) Devido à sobre tensões internas ou de origem atmosférica;
56

c) Ruptura do dielétrico entre os condutores ou condutor-terra.

3. Outras:

a) Queda de balão;
b) Queimadas.

Devido a diversidade de tipos de defeitos, é necessário a classificação dos fenômenos


quanto a sua velocidade de propagação, para um estudo mais detalhado.

4.3 Classificação dos fenômenos do sistema

Dependendo da velocidade dos transitórios (efeito que causa uma perturbação no regime
permanente ou normal do sistema), podemos agrupá-los em três grupos distintos:

4.3.1 Transitórios ultrarrápidos, fenômenos de surto (Classe 1)

Este tipo de transitório é motivado pelas descargas atmosféricas nas linhas de transmissão
expostas ao fenômeno elétrico, ou por mudanças bruscas, tais como chaveamentos de bancos
shunt ou energização de linhas (que são operações normais do sistema). Este tipo de
transitório é de natureza totalmente elétrica e engloba basicamente as linhas de transmissão.
Fisicamente, esta perturbação provoca uma onda eletromagnética trafegando próximo à
velocidade da luz, fazendo com que apareçam ondas refletidas nos terminais da linha. Esses
terminais que geralmente estão instalados os transformadores, são para as ondas
eletromagnéticas regiões de fronteira, ou seja, pontos onde a impedância característica
(devido às grandes indutâncias dos enrolamentos do transformador) do meio modifica-se,
fazendo com que grande parte da onde seja refletida novamente para a linha. [1]
Normalmente as altas indutâncias servem como uma proteção natural ou inerente para os
enrolamentos do gerador, devido a estes localizarem-se no outro circuito magnético do
transformador, provendo desacoplamento elétrico com a linha. Mas durante o processo de
57

reflexão (que só cessa depois de toda a energia ter sido dissipada ou numa falha de
isolamento) irão surgir altas tensão de surto nos enrolamentos do transformador, que é
proporcional ao valor da indutância e a taxa de variação da corrente, que podem destruir a
isolação dos enrolamentos do transformador, caso as proteções contra sobretensão (tais como
para-raios e reatores shunt) não funcionem adequadamente. Se a isolação (entre fases ou à
terra) for comprometida, irá aparecer uma corrente de curto-circuito, que é uma mudança
topológica severa e anormal da rede, que dá origem a um outro tipo de transitório, mais lento,
que será discutido à seguir. [1]

4.3.2 Transitórios meio-rápidos, fenômenos de curto-circuito (Classe 2)

Esta classificação é devida aos transitórios causados por mudanças ou variações na


impedância equivalente vista, entre a fonte de energia e a carga, que causam um aumento
súbito da corrente imposta pelos geradores aos equipamentos do sistema, que forem
percorridos por esta corrente. [1]
A maioria dos curtos-circuitos ocorrem nas linhas de transmissão, que são muito expostas
e por possuírem grandes distâncias, devido a rompimentos de isolação causados por surtos
atmosféricos e de manobra, acima descritos, pela existência de sal ou outro tipo de poluição
nos isoladores, por pássaros, roubo de cabos e outras causas mecânicas. [9]

Em ordem de severidade, os curtos-circuitos podem ser agrupados nos seguintes tipos:

1. Curto-circuito metálico, sólido ou franco das três fases ou trifásico.

É causado pela aplicação de três impedâncias de falta Zf (seu significado será discutido
posteriormente), iguais, entre as fases e a terra. Geralmente é o tipo de curto mais raro, é
utilizado para definir a potência de curto-circuito SCC (será definido posteriormente) da barra
ou linha.
58

2. Curto-circuito entre fases (bifásico e/ou bifásico terra)

Causado pela aplicação de duas impedâncias Zf iguais entre as fases em curto, podendo ou
não envolver a terra. A fase sem a ocorrência do defeito permanece normal. Sua probabilidade
de ocorrência é maior que o curto trifásico.

3. Curto-circuito entre uma fase e a terra ou monofásico

Causado pela aplicação de uma impedância Zf igual entre a fase e a terra, com as outras duas
fases normais. Sua probabilidade de ocorrência é maior que as outras duas.

A capacidade de transmissão de potência de uma linha submetida ao curto do tipo 1, é


praticamente reduzida à zero; curto-circuito dos tipos 2 e 3 aniquilarão parcialmente o fluxo
de potência na linha.
Como os transitórios de classe 1(item 4.3.1), os de classe 2 (item 4.3.2) também são de
natureza inteiramente elétrica, são determinados basicamente pela interação magnética entre
os enrolamentos do gerador.
As constantes de tempo desses enrolamentos do gerador são de dezenas de
milissegundos para os enrolamentos amortecedores, até, na maioria dos casos, 5 segundos
para os enrolamentos de campo dos geradores.
Para linhas de transmissão as constantes de tempo são regidas pela razão entre a
indutância e a resistência, que vai de um ciclo, para baixos valores de L/R, até, 0,5 segundo
para altos valores de L/R. Esses transitórios são, portanto, mais lentos que o de classe 1.
Como, usualmente, os primeiros 10 ciclos das correntes de curto são os de maior importância
prática, no qual será demonstrado neste trabalho, através de uma análise de um circuito RL.
Os primeiros 10 ciclos são os que causam os efeitos dinâmicos nos equipamentos do sistema,
nos quais devem suportar mecanicamente. O período de tempo desta corrente, que vai dos 10
ciclos até, 5 segundos, são os que causam os efeitos térmicos e de estabilidade transitória. São
considerados esses tempos elevados de circulação de corrente de curto-circuito, porque nem
sempre os disjuntores de alta tensão irão atuar instantaneamente durante uma falta, pois,
podem existir esquemas de proteção e de teleproteção que farão com que o disjuntor atue em
tempos maiores que o seu tempo de abertura (em torno de 2 ciclos elétricos). [10]
59

Este é o período de tempo que é estudado nos programas para cálculo do valor eficaz da
corrente de curto-circuito em computador digital, como é o caso do programa de Análise de
Faltas Simultâneas - ANAFAS, desenvolvido e mantido pelo CEPEL.

4.3.3 Transitórios lentos, estabilidade transitória (Classe 3)

Como discutido anteriormente, uma falta severa perturba o sistema elétrico de tal maneira
que poderá levar a outros tipos de defeitos, mais lentos e com capacidade de afetar o sistema
cada vez maior. Sendo assim, um transitório classe 1 (4.3.1) pode levar a uma falha de
isolamento e ocasionar uma falta do classe 2 (4.3.2), e se a falta não for interrompida a tempo
ou for em uma linha vital para o sistema, essas sucessivas faltas poderão evoluir para a pior
delas, nas quais ocorrem as oscilações mecânicas no eixo do rotor da máquina síncrona,
chamada de transitório eletromecânico.
Assim sendo, defeitos classe 2 (4.3.2) poderão levar a maquina síncrona atingir seu limite
de estabilidade, ou seja, quando a maquina sai da região operativa de sincronismo, a maquina
deixa de fornecer potencia ativa ao sistema. Este déficit de potência devera ser suprido por
outras maquinas no sistema, mas, quando este déficit levar a outras maquinas a atingirem
também seu limite de estabilidade, o sistema poderá atingir um colapso parcial (uma área ou
região do sistema é totalmente desligada – por exemplo a região Sudeste) ou em casos
extremamente severos, um colapso total do sistema, onde poderá levar horas ate
ressincronizar as maquinas do sistema. Por isto é de vital importância que se conheça as
potenciais correntes de curto-circuito, para proteger o sistema contra desligamentos
indesejados, causados por transitórios no sistema elétrico. [1]

4.4 Capacidade de Curto-Circuito da barra (SCC)

Num defeito em um ponto do sistema, todas as outras barras do sistema terão suas
tensões nominais, reduzidas em detrimento da elevada corrente de defeito. Com índices de
60

"severidade" que são função da proximidade com o ponto de defeito. O valor dessa queda de
tensão é uma indicação da "força" da rede.
O objetivo da análise do curto também é a medição dessa força, bem como a
severidade da influencia do defeito. Ambos são obtidos através da grandeza designada por
capacidade de curto-circuito ou nível de falta da barra - SCC, em questão. O valor dessa
grandeza é de suma importância para especificação dos disjuntores conectados à rede, devido
o disjuntor ser submetido à dualidade dos esforços da tensão e corrente. Onde no primeiro
estágio ocorre a separação dos contatos elétricos durante a falta, sendo a câmara do disjuntor
submetida aos esforços térmicos e dinâmicos da corrente a ser interrompida.
Uma vez interrompida a corrente de defeito, os polos do disjuntor deverão "recuperar"
a tensão nominal da rede, onde os contatos e o dielétrico do disjuntor sofrerão as altas
oscilações de tensão imposta pelos elementos armazenadores de energia conectados a ele.
Assim, a capacidade do disjuntor é especificada pela SCC do local a ser protegido.
Sendo necessária ao longo da vida útil do equipamento, a monitoração da evolução da SCC da
barra, onde em certos casos, se faz necessário a recapacitação ou troca do disjuntor.

Figura 4.1 – Correntes de curto fluindo para uma barra com defeito

A capacidade de curto-circuito – SCC, de uma barra do sistema é definida como o


produto da tensão anterior à falta (tensão pré-falta) pela corrente após a falta (corrente pós-
falta). Assim a SCC virá em pu volt-ampères, se e somente se, a tensão e a corrente forem
fornecidas em pu. De acordo com a Equação 4.1.

|ÍÍ| ≜ Ï=ébÑ Ò Ï × Ïó bÑ Ò Ï ÕÁ ¬Ö (4.1)


61

Se a corrente for medida em kV entre fases e a corrente em kA por fase, a SCC será
dada em MVA trifásico, como mostra a equação (4.2).

|ÍÍ| ≜ √3 × Ï=ébÑ Ò Ï × Ïó bÑ Ò Ï ¬Ö (4.2)

A tensão pré-falta (=ébÑ Ò ), para condições normais de operação é próxima de 1


pu, que fornece uma equação aproximada, mostrada abaixo na Equação 4.3.

|ÍÍ| ≈ Ïó bÑ Ò Ï ÕÁ ¬Ö (4.3)

4.5 Cálculos Sistemáticos de curto-circuito

Para resolução de problemas envolvendo grandes sistemas elétricos, faz-se necessário


o uso do computador, pois é uma tarefa extremamente trabalhosa resolver manualmente as
equações matriciais envolvendo um problema dessa dimensão. Para obter o valor da corrente
de curto-circuito de um sistema interligado, de dimensões continentais como é o caso do
Brasil, é necessário desenvolver uma metodologia sistemática de cálculo, ou seja, criar uma
ferramenta que seja aplicável a um sistema de n barras.
As fórmulas desenvolvidas a seguir, permitirão calcular todas as tensões e correntes
pós falta de todas as barras do sistema.
Partindo de uma premissa simples, a tensão no momento da falta é a tensão antes do
defeito (resolvida pela análise em regime permanente), somada a variação de tensão
produzida pelo defeito. Como é adotada a convenção do sinal negativo para a corrente
entrando na barra, consequentemente a variação de corrente terá sinal negativo, portanto, seu
efeito para uma condição de defeito é a redução da tensão na barra, mostrado pela equação
4.4. A equação é do tipo vetorial, pois todas as tensões de todas as barras estão contidas nele.

 Ñ  =    + 7 (4.4)

O vetor de tensão de falta é definido pela equação 4.5, ainda da Equação (4.4),    é
o vetor tensão de barra antes do defeito.
62


¢ ÑM ¥
¡  ¤
 Ñ  ≜ ¡Ñ 3 ¤
¡ ¤
(4.5)
¡ ⋮ ¤
  Ñ  £

Finalmente, o terceiro vetor 7 , vetor de tensão de Thévenin – definido como a queda


de tensão no divisor de tensão, obtida pela análise do equivalente de Thévenin, é mostrado na
Equação 4.6.
ØÙÚÛÙçãÞ ßà áàâããÞ âÙ äÙÚÚÙ 1
¢ ¥
ØÙÚÛÙçãÞ ßà áàâããÞ âÙ äÙÚÚÙ 2
¡ ¤
7 ≜ ¡ØÙÚÛÙçãÞ ßà áàâããÞ âÙ äÙÚÚÙ 3¤ (4.6)
¡ ⋮ ¤
 ØÙÚÛÙçãÞ ßà áàâããÞ âÙ äÙÚÚÙ â£

Pode-se obter 7 através da corrente de defeito e da impedância da barra, conforme a


Equação 4.7.

7 =   × Ñ (4.7)

Onde   é a matriz de impedância, da rede, substituindo esse valor de 7 na


Equação 4.4, obtém-se na Equação 4.8.

 Ñ  =    +   × Ñ (4.8)

Como a análise é feita para um sistema de n barras, admitindo a ocorrência de um


único ponto de falta na rede, o vetor de corrente de falta Ñ fica expresso na Equação 4.9.

0
¢ ⋮ ¥
¡ ¤
Ñ ≜ ¡−Ñ ¤
¡ ⋮ ¤
(4.9)

  0 £
63

O vetor corrente de barra também admite a ocorrências de outros pontos de falta, mais
para facilitar a análise do sistema de n barras, admitiremos um único componente de defeito,
indicado na Equação 4.10 pelo sub-índice q.
Se houver outros pontos de defeito, a dimensão da matriz da Equação 4.10 será do tipo
(n × w), onde n é o numero de barras do sistema e w é o número de defeitos simultâneos na
rede.
Fica claro que se a simplificação não fosse feita, na Equação 4.10, apareceriam os
termos dos outros pontos de defeito na matriz da Equação 4.10, dificultando a análise do
problema. Assim, a Equação 4.10 é uma expansão matricial da Equação 4.8. (Elgerd, 1976, f.
458).

¢M ¥   − LMÉ ∗ Ñ
Ñ
¢ M ¥
¡ ⋮ ¤ ¡ ⋮ ¤
¡ÉÑ ¤ ≜ ¡ɐ − LÉÉ ∗ Ñ ¤
¡ ¤
(4.10)
¡ ⋮Ñ ¤ ¡ ⋮ ¤
  £   

− LÉ ∗ Ñ £

Como a corrente  Ñ ainda é desconhecida, mas, sabe-se que a tensão pós falta na barra
q é É , estando relacionada com a corrente de falta, visto na Equação 4.11.
Ñ

É = Ñ ×  Ñ
Ñ
(4.11)

Onde Ñ é a impedância de falta.

Substituindo a Equação 4.11 na Equação 4.10 (de ordem q), é obtido diretamente uma
expressão simples para a corrente de falta, mostrada na Equação 4.12.

ɐ
 = Ñ
Ñ
 + LÉÉ
(4.12)

Como ɐ é supostamente conhecido, também conhecido a corrente de falta, mostrada


na Equação 4.12. Portanto, substituindo a Equação 4.12 na Equação 4.10, obteremos as
expressões finais para as tensões pós-falta nas barras, mostrada nas Eqs. 4.13 e 4.14.
64

L>É
> = > −   Û ≠ æ
Ñ
Ñ + LÉÉ É
(4.13)


É =  
Ñ
Ñ + LÉÉ É
(4.14)

Essas expressões são exatas. Admitindo conhecidas as tensões pré-falta nas barras > ,
através do estudo de fluxo de potência. A matriz   é obtida pela inversão da matriz de
admitância de barra, ;  . Construindo esta última matriz e com o auxílio de um computador,
é encontrado todos os valores das correntes em todas as barras do sistema, sem utilizar
aproximações.
A análise do problema se completa, após a obtenção das correntes de falta e das
tensões nas barras, nas correntes que fluem ao longo das linhas de transmissão que ligam as
barras µ à è, através da Equação 4.15.

î − í
Ñ Ñ
íî =
Ñ
îí
(4.15)

A partir de agora, após a análise dos curtos simétricos, a análise se concentra em


analisar os defeitos desequilibrados, de maior probabilidade de ocorrência no sistema.

4.6 Análise de sistemas desequilibrados

A análise da seção anterior, parte do princípio que o sistema e o defeito possuem


completa simetria. Portanto, as impedâncias de cargas ou de faltas, eram iguais nas três fases
e as correntes e tensões eram caracterizadas por completa simetria trifásica, isto é, os fasores
possuindo mesmo módulo e deslocados em 120º elétricos no tempo.
Sob esta ótica, foi apresentado o estudo dos sistemas por fase e desenvolvido
expressões para cálculo do curto-circuito simétrico em sistemas elétricos. Assim conhecendo
o valor da corrente de defeito em uma fase, significa conhecer seu valor nas outras fases. A
potência total (ativa ou reativa) era obtida, multiplicando por três a potência por fase.
65

Dito de maneira análoga, as matrizes de tensão, corrente e impedância, de geradores,


transformadores, linhas de transmissão (transposta), cargas e elementos passivos, possuem
matriz diagonal, com todos os elementos da diagonal iguais. Esse fato indica um completo
desacoplamento entre fases.
Num sistema real, nem sempre se consegue obter completa simetria nos vetores de
tensão, corrente ou impedância. Na maioria dos casos, as faltas não possuem simetria entre
fases, o que invalida parcialmente a análise exposta na seção anterior. As matrizes dos
elementos da rede não serão diagonais, não sendo mais possível limitar o estudo por fase,
sendo necessário realizar o estudo individualmente em cada fase.
Nas próximas seções será exposta a análise de sistemas desequilibrados, isto é, quando
não possuírem simetria de suas grandezas entre fases. O método abordado para tal análise será
o teorema de Fortescue, para transformação em componentes simétricos de fases. Onde será
transformada uma matriz de elementos diagonais distintos em três subsistemas desacoplados,
mas iguais em módulo entre si.

4.6.1 Transformações em componentes simétricos (TCS)

O aumento da complexidade da análise de faltas no sistema pode ser


consideravelmente reduzido pela aplicação do método dos componentes simétricos.

4.6.1.1 Definições

A principal característica desse método é a decomposição das correntes e tensões


desequilibradas, ou assimétricas, num conjunto de três componentes que possuem certas
condições de simetria. Se Ia, Ib e Ic representam 3 correntes de fase desequilibradas, em
qualquer ponto da rede, então, por definição, pode-se decompor essas três correntes, em nove
componentes simétricos:
66

 ≜  ‹ +  b +  
 ≜  ‹ +  b +  
5 ≜ 5‹ + 5b + 5
(4.16)

Devido à característica do método, de decomposição vetorial, pode-se realizá-las de


infinitas maneiras, ou seja, este método não é único, mas, ainda é amplamente utilizado por
manter as características de defasagem trifásica entre os componentes de sequência.

A fim de que transformação forneça soluções únicas, é necessário que se imponha seis
restrições adicionais às nove novas variáveis. De acordo com as equações abaixo.

 ‹ =  ‹ à bïM°  b =  b à ïM°
5‹ =  ‹ à ïM° 5b =  b à bïM° (4.17)
  =   = 5

O real significado dessas restrições fica claro na Figura 4.2. Nota-se que é exigido que
os componentes Ia+, Ib+ e Ic+, constituam um conjunto de fasores possuindo simetria trifásica
e tendo sequência positiva de fases (abca...), sendo definido como os componentes de
sequência positiva da corrente.

Figura 4.2 – Decomposição do sistema desequilibrado em componentes simétricos

Para os componentes de sequência negativa, Ia-, Ib- e Ic- , também possui simetria
trifásica, porém, com sequência invertida de fases (acba...)
67

Para os componentes de sequência zero, que completam a transformação, denotado


por, Ia0, Ib0 e Ic0 , são iguais em modulo e fase.
A Figura 4.3 mostra o sistema original desequilibrado e, sistema decomposto em
componentes de sequência de fases, compondo o sistema original.

Figura 4.3 – Representação do sistema desequilibrado

Substituindo as restrições das condições em (4.17), nas equações (4.16), fornece:

 ≜  ‹ +  b +  
 ≜ Ç   ‹ + Ç b +   (4.18)
5 ≜ Ç ‹ + Ç   b +  

Para simplificar a notação, é adotado o símbolo:

Ç ≜ à ïM° = cos 120° + 9 sin 120° = −0,500 + 9 0,866 (4.19)

A equação (4.18) pode ser escrita na forma matricial

 = ó  (4.20)

Onde T é:
68

1 1 1
ó ≜ ôÇ  Ç 1õ (4.21)
Ç Ç 1

T é chamado de matriz de transformação de componentes simétricos.

Os vetores de corrente:


 ≜ ô õ
5
(4.22)


 ≜ ôb õ

(4.23)

Representam as correntes desequilibradas de fase e os componentes simétricos


respectivamente.

Da equação (4.20) obtêm-se por inversão:

 = ó bM  (4.24)

Onde:

1 1 Ç Ç
ó bM = ô1 Ç Ç õ
3
(4.25)
1 1 1

As equações (4.24) e (4.30) definem respectivamente as transformações de componentes


simétricos, direta e inversa.
69

4.6.1.2 Efeito das TCS nas equações de funcionamento de elementos passivos na rede

Um elemento passivo da rede, tais como transformadores e linhas de transmissão ou um


conjunto de ambos, funcionando de forma desequilibrada, pode ser descrito por uma equação
vetorial de duas formas alternativas.

 =  (4.26)

 = ; (4.27)

Onde Z e Y são matrizes 3x3. Mas como:

 = ó (4.28)

 = ó bM  (4.29)

Substituindo (4.20) e (4.28) em (4.26) e (4.27), obtêm-se as relações de transformação de


impedância.

 = ó bM  ó  ≜   (4.30)
Que fica:

 ≜ ó bM  ó (4.31)

 = ó bM ; ó  ≜ ;  (4.32)
70

Que fica:

; ≜ ó bM ; ó (4.33)

Zs e Ys são chamadas de matrizes transformadas, que resultam num completo


desacoplamento entre os componentes de sequência, podendo trata-los separadamente.

4.6.1.3 Equações de desempenho para um elemento passivo não equilibrado.

Considerando um elemento estático de rede, como um transformador ou uma linha de


transmissão ou uma combinação de ambos, funcionando assimetricamente.

Na Figura 4.4 mostra uma linha de transmissão ligando as barras 1 e 2.

Figura 4.4 – Linha de Transmissão com carga assimétrica

Em condições de desequilíbrio, tanto as correntes, quanto os terras locais (Vn1 e Vn2)


serão diferentes de zero, portanto existe uma corrente não nula.

 =  +  + 5 (4.34)
71

Que ocasiona uma queda de tensão na impedância de neutro Zn. O resultado é, que os
terras locais não estão no mesmo potencial. Podem-se escrever as equações de tensão para a
linha da Figura 4.4, na forma vetorial.

 M   
+ - - - 
 
ô M õ − ô  õ = ô - 
+ - - õ ô õ
5M 5 - - 
+ - 5
(4.35)

Ou na forma abreviada

∆ =   (4.36)

Onde

∆
∆ ≜ M −  = ô∆ õ
∆5
(4.37)

∆ representa a queda de tensão ao longo da linha, medida tomado como referencial
os respectivos terras locais.

Usando a equação (4.31) para transformar Z da equação (4.36) para componentes


simétricos, têm-se:


+ - - -
 = ó bM
ô - 
+ - - õ ó
- - 
+ -
(4.38)

Após as manipulações algébricas, têm-se:


0 0
 = ô 0 
0 õ
0 0 
+ 3-
(4.39)
72

De acordo com a equação (4.39), definem-se as impedâncias de sequência do


elemento, como:

‹ ≜ 

b ≜ 

 ≜ 
+ 3-
(4.40)

Onde:
‹ - Impedância de sequência positiva
b - Impedância de sequência negativa
 - Impedância de sequência zero

De acordo com a equação (4.31), a equação (4.36) fica:

∆‹ ‹ 0 0 ‹
ô ∆b õ = ô 0 b 0 õ ôb õ
∆ 0 0  
(4.41)

De acordo com a diagonalidade da matriz Zs, mostra que existe um completo


desacoplamento entre os componentes de sequência.

4.6.2 Cálculo de faltas desequilibradas em computador digital

Utilizando a mesma metodologia abordada para o método sistemático equilibrado, será


estendido o método da transformação por componentes simétricos, para adaptar o método
para o caso de falhas desequilibradas.

Utilizando a notação indicada abaixo:

 Condições de pré-falta serão indicadas pelo “expoente” 0.


 Condições de pós-falta serão indicadas pelo “expoente” f.
 Vetores de fase (para corrente ou tensão) serão indicados pelo índice p, e
individualmente pelos índices a, b e c.
73

 Componentes simétricos são indicados pelo índice s, ou individualmente pelos índices


+, - ou 0.
 Índice numérico sempre se refere à indicação numérica da barra.

4.6.2.1 Construção do circuito de sequência

Considerando o sistema de energia onde ocorre uma falta na barra que de acordo com
a Figura 4.5, resulta nas correntes de falta  ö ,  ö e 5ö , nas fases a, b, c, respectivamente.
Ñ Ñ Ñ

Assim, podem-se arranjar as correntes de falta na forma vetorial, de acordo com a equação
(4.42).

Figura 4.5 – Falta desequilibrada na barra q do sistema de energia

¢ ö ¥
Ñ

¡ Ѥ
ö ≜ ¡  ö ¤
Ñ

¡ Ѥ
(4.42)

  5ö £
74

As tensões na barra defeituosa, resumem os valores (em relação ao terra local)  ö ,  ö


Ñ Ñ

e 5ö , que também pode-se arranjá-los na forma vetorial.


Ñ

¢ ö ¥
Ñ

¡ Ѥ
ö ≜ ¡  ö ¤
Ñ

¡ Ѥ
(4.43)

  5ö £

Os vetores ö e ö podem ser relacionados, pela relação de impedância.


Ñ Ñ

ö ≜ Ñ ö
Ñ Ñ
(4.44)

Ou pela relação de admitância:

ö ≜ ;Ñ ö
Ñ Ñ
(4.45)

Onde a matriz Ñ representa a matriz de impedância de falta e ;Ñ representa a matriz


de admitância de falta, que dependem do tipo de falta realizada. Será desenvolvido neste
trabalho o valores das matrizes para o tipo mais comum de falta desequilibrada – Curto
monofásico.
Transformando as Equações (4.44) e (4.45) para componentes simétricos, para
prosseguir com a análise das correntes e tensões de falta, que assume a forma:

 ö ≜  Ñ  ö
Ñ Ñ
(4.46)

 ö ≜ ; Ñ  ö
Ñ Ñ
(4.47)

Transformando Ñ e ;Ñ para componentes simétricos, obtem-se:


75

 Ñ ≜ ó bM  ó (4.48)

; Ñ ≜ ó bM ; ó (4.49)

As tensões pós-falta são cobradas através da análise de circuito sob a ótica do teorema
Thévenin, de acordo com a Figura 4.6.

Figura 4.6 – Simplificação da barra sob falta

A tensão da barra pós-falta é:

 "÷$ =  "÷$ +  "÷$  "÷$


Ñ Ñ
(4.50)

O vetor corrente de falta  "÷$ pode ser escrito como:


Ñ

0
¢ ⋮ ¥
¡ Ѥ
 "÷$ = ¡− ö ¤
Ñ
(4.51)
¡ ⋮ ¤
  0 £

O sinal negativo é obtido através da convenção de sinal, onde a corrente que é injetada
na barra possui sinal negativo. Onde q representa o índice da barra defeituosa.
76

Como não se conhece  ö , deve-se determinar cada parcela de corrente contribuída por
Ñ

cada barra do sistema, à barra defeituosa q.


Escrevendo sob a forma vetorial, para um sistema de n barras, a equação (4.50) fica:


¢ , ¥
Ñ

¢ , ¥ ¢ ,ö ¥
¡ ⋮ ¤ ¡ ⋮ ¤ ¡ ⋮ ¤ Ñ
¡ ¤ = ¡ ö ¤ − ¡ öö ¤ 
Ñ
¡ ö¤ ¡ ¤ ¡ ⋮ ¤ ö
(4.51)

¡ Ѥ ¡ ⋮ ¤ ¡ ¤
   £    *ö £
  * £ *

Para a barra q, pode-se eliminar  ö através de:


Ñ

 ö =   ö
Ñ Ñ Ñ
(4.52)

Substituindo (4.52) em (4.51), obtêm-se para a barra q:

  ö =  ö −  öö  ö
Ñ Ñ Ñ
(4.53)

Simplificando (4.53) e separando o que é conhecido pode-se obter  ö .


Ñ

bM
 ö = ª +  öö «  ö
Ñ Ñ
(4.54)

Depois de determinado  ö , pode-se substituir em (4.51) e obter as tensões pós-faltas


Ñ

de barra. Tem-se:

bM
 ø =  ø −  øö ª +  öö «  ö , ÕÙÚÙ Û ≠ æ
Ñ Ñ
(4.55)

Onde o índice i representa a barra não defeituosa para a barra com falta, obtêm-se:

bM
 ö =  ª +  öö «  ö
Ñ Ñ Ñ
(4.56)
77

Uma vez conhecida todas as correntes pós falta de barra, pode-se calcular todas as
correntes de curto em todas as linhas de transmissão que ligam as barras µ e ν. Supondo que a
matriz de admitância da linha seja:

;‹ 0 0
; ù→û =ô0 ;b 0 õ
0 0 ;
(4.57)

A corrente pós-falta  ù→û (positiva de è para µ) que circula na linha é:

 ù→û = ; ù→û m  ù −  û )
Ñ Ñ
(4.58)

Como isso a análise geral está completa, sendo necessário tomar alguns cuidados descritos
abaixo:

1. As fórmulas estendem-se para um sistema de n barras;


2. Devido à generalidade das fórmulas acima, uma vez estabelecida  "÷$ ou ; "÷$ , se
pode determinar em qualquer barra a corrente de falta;
3. Todas as fórmulas envolvem vetores de 3 dimensões e matrizes 3x3 (devido aos
componentes de sequência). As matrizes  øü são diagonais, porém a matriz  não é.
Ñ

Em todos os casos as operações matriciais são facilmente programadas e resolvidas


via computador;
4. Todas as fórmulas fornecem valores em componentes simétricos, depois de
completada a análise é necessária fazer a transformação inversa. De acordo com as
equações (4.20) e (4.8);
5. Embora a matriz ; "÷$ seja de dimensão (3n x 3n), só é necessária a inversão de
matrizes (n x n), devido ao completo desacoplamento entre os componentes de
sequencia;
6. As tensões pré-falta são equilibradas, ou aproximadamente equilibradas, para os
sistemas de transmissão, portanto, não possuindo componentes de sequência negativa
e zero. As tensões pré-falta são obtidas através na análise de fluxo de potência ou
aproximando as tensões das barras para 1 pu;
78

7. Todas as equações anteriores foram deduzidas com base na existência da matriz  .


Ñ

Quando  não puder ser definido, deverá usar as equações definidas na seção
Ñ

seguinte.

Quando  for indeterminado será utilizado ; , eliminado  ö da equação (4.53), obtêm-se:


Ñ Ñ Ñ

 ö =  ö −  öö ;  ö
Ñ Ñ Ñ
(4.59)

Da equação (4.59) pode-se extrair o valor de  ö , de acordo com a equação (4.60)

bM
 ö = ª +  öö ; «  ö
Ñ Ñ
(4.60)

Onde I é a matriz identidade.

Utilizando a Equação (4.47), obtêm-se a corrente de falta.

bM
 ö = ;  ö = ; ª +  öö ; «  ö
Ñ Ñ Ñ Ñ Ñ
(4.61)

As tensões pós-falta nas demais barras (sem faltas), são obtidas substituindo a
Equação (4.62) na Equação (4.51) obtemos:

bM
 ø =  ø −  øö  ö =  ø −  øö ; ª +  öö ; «  ö , ýÞþ Û ≠ æ
Ñ Ñ Ñ Ñ
(4.62)

Para o caso de  indeterminado, as equações gerais (4.54) a (4.56) devem, portanto,


Ñ

ser substituídas pelas equações (4.60) a (4.62).


79

4.6.2.2 Determinação das matrizes de falta ZS୤ e YS୤

De acordo com a Figura 4.7 pode-se, atribuindo valores apropriados para Za, Zb, Zc e
Zg, representar qualquer tipo de falta evolvida nos defeitos nas linhas de transmissão.

Barra q com falta

barra q
a
b
c

Ifaq Ifbq Ifcq


Vfaq

Vfbq Za Zb Zc

Vfcq

Zg

Figura 4.7 – caso geral de falta desequilibrada

De acordo com a Figura 4.7, podem-se obter as relações de tensão e corrente.


80

¢ ö ¥ ¢ ö ¥
Ñ Ñ
 + ? ? ?
¡ Ñ ¤ ? à ¡¡ Ñö ¤¤
¡ ö ¤ = Â ?  + ?
¡ Ѥ ? ? 5 + ? ¡ Ñ ¤
(4.63)

  5ö £   5ö £

Comparando com a equação (4.44) obtêm-se a matriz de impedância de falta.

 + ? ? ?
 = Â ?
Ñ  + ? ? Ã
? ? 5 + ?
(4.64)

De forma análoga, pode-se, de acordo com a Figura 4.7, obter as relações de correntes
e tensões sob a forma de admitância. Após algumas manipulações algébricas, tem-se:

¢ ö ¥ ¢ ö ¥
Ñ Ñ
; n;? + ; +;5 o −; ; −; ;5
¡ Ñ ¤ 1 ¡ Ѥ
¡ ö ¤ = ; + ; +; + ; ൦ −; ; ; n;? + ; +;5 o −; ;5 ൪ ¡ ö ¤ (4.65)
¡ Ѥ 5 ?
−; ;5 −; ;5 ;5 n;? + ; +; o ¡ 5Ñ ¤
  5ö £   ö£

Aplicando a equação (4.65) na equação (4.49), obtêm-se:

1 Ö ´ Í
; Ñ = × ô‫ܦ‬ ‫ܧ‬ ‫ܨ‬õ
; + ; +;5 + ;?
³ ¶ 

1
Ö = ž ;? m; + ; +;5 ) + m; ; + ; ;5 + ;5 ; )Ÿ
3
1
´ = ž ;? m; + Ç  ; +Ç;5 ) − m; ;5 + Ç; ; + Ç  ;5 ; )Ÿ
3
1
Í = ž ;? m; + Ç; +Ç  ;5 )Ÿ
3
1
‫ ?; ž = ܦ‬m; + Ç; +Ç  ;5 ) − m; ;5 + Ç  ; ; + Ç; ;5 )Ÿ
3
(4.66)
1
‫ ?; ž = ܧ‬m; + ; +;5 ) + m; ; + ; ;5 + ;5 ; )Ÿ
3
1
‫ ?; ž = ܨ‬m; + Ç  ; +Ç;5 )Ÿ
3
1
³ = ž ;? m; + Ç  ; +Ç;5 )Ÿ
3
1
¶ = ž ;? m; + Ç; +Ç  ;5 )Ÿ
3
1
 = ž ;? m; + ; +;5 )Ÿ
3
81

De posse da equação (4.66) pode-se determinar qualquer tipo de ; (para qualquer


Ñ

tipo de defeito), neste trabalho será deduzido o caso monofásico. Nota-se que ; não é
Ñ

necessariamente diagonal.

4.6.2.3 Curto-circuito monofásico – terra

Simplificando através da atribuição de valores na Figura 4.7, obtêm-se a Figura 4.8, fazendo:

 = 5 = ∞ e ? = 0 (isto é, ;? = ∞);  = Ñ =
M
1೑

Chega-se a Figura 4.8, na qual representa um esquema de análise para o curto fase-terra.

barra q
a
b
c

Zf

Figura 4.8 – Curto fase terra não sólido

Obtêm-se através dos limites do curto fase-terra, na equação (4.66) a matriz ; para o
Ñ

curto fase- terra, após a eliminação das indeterminações, na equação (4.67)


82

;Ñ 1 1 1
; = ô1 1 1 õ
Ñ
3
(4.67)
1 1 1

Como foi determinado ; na equação (4.67), utiliza-se a matriz ; para levantar as


Ñ Ñ

equações do curto fase-terra, substituindo-as nas equações (4.60) à (4.62). têm-se:

bM
¢ 1 0 ‹öö 0 0 ¥
0 ;Ñ 1 1 1 ɐ
 ö = ¡ô0 1 0õ + Â 0 böö 0 Ã ô1 1 1 õ¤ ô0õ
Ñ
¡ 0 0 3
1 1 1 ¤
(4.68)
1 0 0 öö 0
  £

Efetuando as operações matriciais, a expressão simplifica-se para:


¢1 + m )mb +  )¥
¡ 3 öö öö
¤
 
¡ ; Ñ ¤
 ö = ¡
Ñ É
−m )mböö ) ¤
1೑
1 + m 3 )m‹öö + böö + öö ) ¡ 3
(4.69)
¤
¡ ;Ñ ¤
  −m )m ) £
3  öö

Para a corrente de curto na barra com falta,  ö , usa-se a equação (4.61) e os dados da
Ñ

Equação (4.67). Têm-se:

1೑
1
 ö = ɐ ô 1õ
Ñ 3
1೑
1 + m )m‹öö + böö + öö ) 1
(4.70)
3

Finalmente obtêm-se as tensões pós-falta nas demais barras,  ø , ao utilizar-se da


Ñ

equação (4.62), têm-se:

 ø =  ø −  øö  ö
Ñ Ñ
(4.71)

De posse da Equação (4.71), substituindo a Equação (4.70) em (4.71) e colocando  øö

e  ø na forma matricial de componentes simétricos. Têm-se:


83

1೑ ‹øö
>
 ø = ô 0 õ − ɐ Âbøö Ã
Ñ 3
1೑
1 + m )m‹öö + böö + öö ) 
(4.72)
0 3 øö

As equações (4.69), (4.70) e (4.72), são gerais e aplicáveis a qualquer sistema que seja
submetido ao defeito monofásico. Estas equações poderão ser utilizadas em programas
computacionais para levantar as grandezas elétricas do defeito monofásico, sem a necessidade
de utilizar inversões matriciais, que geram muitos erros numéricos de operação
computacional. Os mesmos passos descritos nos itens 4.6.2.2 e 4.6.2.3, podem ser seguidos
para obter as expressões dos outros tipos de curto.
As equações mencionadas acima estão em componentes simétricos, sendo necessário
após o término da análise, a transformação inversa, para conhecimento das correntes e tensões
de fase. Será os valores por fase produzidos pelo defeito, que serão utilizados nos estudos
elétricos para parametrização de relés, especificação de disjuntores e estudos de planejamento
que observam a evolução da corrente de curto no sistema, entre outros.
84

5. PROGRAMA PARA ANÁLISE DE REDES – ANAREDE e ANAFAS

5.1 ANAREDE

Com o desenvolvimento de técnicas e métodos sofisticados para análise de redes


elétricas tornou-se possível uma série de aplicações computacionais chamadas de Programa
de Análise de Rede – ANAREDE. Esse programa foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisa
de Energia Elétrica – CEPEL, com participação da Universidade de Estatual de Campinas –
UNICAMP e da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, e a participação do Núcleo de
Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro – NCE/UFRJ
desenvolvendo a interface gráfica.
O programa ANAREDE sofre atualizações continua, de forma que represente o mais
próximo da realidade o sistema elétrico brasileiro. Os equipamentos da rede elétrica podem
ser representados em modelos equivalentes ou modelos individualizados, com isso o usuário
pode obter um detalhamento da área de interesse ou fazer um equivalente das áreas que não
faça parte de seu estudo. São representados no ANAREDE, os seguintes equipamentos:

•Geradores e Compensadores Síncronos


 Potências injetadas nas barras
•Cargas
 Potência ativa e reativa consumida
 Com variação com a tensão (modelo ZIP)
• Linhas de Transmissão
 Modelo p equivalente
•Transformadores
 Transformador ideal em série com sua reatância de dispersão
•Demais Equipamentos
 Equações de regime permanente
 CSC, CER, Elos de corrente contínua.
85

Os controles e limites também são representados para atender as restrições de


operação da rede elétrica e refletir o real estado da rede. Dos controles e limites representados
são:
 Controle remoto de tensão;
 Controle de tensão por transformadores LTC;
 Compensador estático de reativos;
 Compensador série controlável;
 Controle de potência em elos de corrente contínua;
 Transformadores defasadores;
 Chaveamento automático de bancos shunt;
 Curva de capacidade de geradores síncronos.

Além de uma interface gráfica amigável, o programa ANAREDE conta com dois
programas auxiliares de análise de resultados:

 Programa FormCEPEL – Confecção de relatórios no Excel;


 Programa PlotCEPEL – Plotador de curvas.

E também apresenta um programa auxiliar para edição de dados, com a finalidade de


facilitar e agilizar as rotinas do trabalho:

 Programa EditCEPEL – Editor dedicado ao formato dos programas do CEPEL.

5.1.1 Objetivo

O objetivo do ANAREDE é tornar disponível para as empresas brasileiras do sistema


elétrico, novas técnicas, algoritmos, métodos eficientes de soluções de fluxo de potência e
outros problemas correlacionados, permitindo estudos nas áreas de operação e expansão do
planejamento de sistemas elétricos de potência de forma eficaz e eficiente, promovendo o
contínuo desenvolvimento tecnológico do setor. O ANAREDE também pode dar subsídio a
outros estudos aumentando a precisão desses, conforme a seguir:
86

 Análise de curto-circuito (ANAFAS);


 Estabilidade eletromecânica (ANATEM);
 Avaliação da confiabilidade (NH2);
 Estabilidade a pequenas perturbações (PACDYN);
 Fluxo de potência ótimo (FLUPOT).

Na versão atual do ANAREDE é integrada com um conjunto de programas para realizar


estudos em regime permanente, onde são listados a seguir:

 Programa de Fluxo de Potência;


 Programa de Equivalente de Redes;
 Programa de Análise de Sensibilidade de Tensão;
 Programa de Análise de Sensibilidade de Fluxo;
 Programa de Redespacho de Potência Ativa;
 Programa de Fluxo de Potência Continuado;
 Programa de Análise de Contingências.

5.1.2 Ferramentas do ANAREDE

Como foi mencionado acima o programa ANAREDE é composto por ferramentas que
são fundamentais para estudos em regime permanente que auxilia no planejamento da
expansão e operação do sistema elétrico brasileiro. A seguir será feita uma abordagem sucinta
sobre essas ferramentas.

5.1.2.1 Programa de Fluxo de Potência

O programa de fluxo de potência tem como finalidade calcular o estado de operação


da rede, para condições de carga, geração e topologia, levando em consideração as restrições
87

de operação. Para solucionar o problema de fluxo de potência, o ANAREDE, conta com três
métodos iterativos:

 Método de Newton-Raphson;
 Método desacoplado rápido;
 Método linearizado.

Os dois primeiros foram descritos detalhadamente neste trabalho, já o método


linearizado que serve para dar uma estimativa com precisão aceitável e baixo custo
computacional para sistema de extra e ultra alta tensão onde é proporcional a diferença
angular dos módulos das tensões das extremidades dos circuitos da rede, este método não será
abordado neste trabalho.

5.1.2.2 Programa de Equivalente de Redes

Para uma análise de comportamento elétrico da rede de corrente alternada, pode ser
dividido em duas partes, sistema interno e sistema externo. O sistema interno constitui a área
de interesse de estudo, ou seja, onde será feita a análise do comportamento elétrico dessa área.
O sistema externo subdivide em duas partes, as barras que não são necessárias representações
que são denominadas barras externas, e as barras que por alguma razão devem ser
explicitamente modeladas, sendo essa definida como barras retiradas.
Devem ser observadas e mantidas as barras que envolvam controle de intercambio
entre áreas, pois dependendo do estudo pode comprometer a precisão dos resultados. Das
barras que devem ser retidas são as que mantenham a esparsidade do modelo reduzido.
Com isso o programa de equivalente de redes tem o objetivo de calcular o fluxo de
potência de um modelo reduzido com precisão adequada, quando submetido a qualquer
condição do sistema interno.
O modelo reduzido de fluxo de potência pode ser obtido através de dois métodos a
seguir:

 Método de Ward Estendido


88

 Método de Injeção Constante de Potência

O método de Ward Estendido é o método que normalmente é o utilizado no


ANAREDE. Esse método consiste na introdução de um dispositivo para ajuste das injeções de
potência reativa que representa os efeitos que causam as barras do tipo PV externas
eliminadas quando é obtido o modelo reduzido. Além das potências equivalentes o modelo
reduzido é composto de circuitos série equivalente, shunts equivalentes e fatores de
participação equivalentes de geração.
O Método de Injeção Constante de Potência é similar ao método de Ward Estendido, a
diferença é esse método no modelo reduzido de fluxo de potência o sistema externo é
composto somente das injeções de potência nas barras fronteiras e retidas, e dos fatores de
participação equivalente de geração. Os circuitos série e shunts equivalentes são ignorados.

5.1.2.3 Programa de Análise de Sensibilidade de Tensão

O programa de análise de sensibilidade de tensão tem a finalidade de calcular os


fatores de sensibilidade de primeira ordem, onde o modelo linear é obtido pela expansão
destas equações em uma série de Taylor em que considera apenas os termos de primeira
ordem. Esses fatores de sensibilidade traduz o comportamento de determinados grandezas do
sistema elétrico. Nessa análise de sensibilidade de tensão são obtidas duas informações, as
ações de controle que tem maior influência no módulo da tensão de uma barra, e quais os
módulos das tensões tem maior influência sob uma determinada ação de controle.
As ações de controle ou variáveis de controle que são consideradas no ANAREDE são
os módulos da tensão nas barras de geração, injeções de potência reativa em barras de carga e
taps de transformadores. Como variáveis dependentes são consideradas os módulos das
tensões em barras de cargas e gerações de potência reativa.

5.1.2.4 Programa de Análise de Sensibilidade de Fluxo


89

O programa de análise de sensibilidade de fluxo tem a finalidade de calcular os fatores


de sensibilidade de primeira ordem, onde o modelo linear é obtido pela expansão destas
equações em uma série de Taylor como foi feito no caso anterior. Esses fatores de
sensibilidade traduz o comportamento dos fluxos em diversos circuitos do sistema elétrico. Os
fatores de sensibilidade são dados em relação à variação das potências ou retirados dos
circuitos, que é feita de forma individualizada, não sendo possível o calculo dos fatores de
sensibilidade em relação a uma perturbação composta por duas ou mais variações de potencia
ou retiradas de circuitos.
O programa ANAREDE apresenta os resultados com uma conversão de sinais que
deve ser verificada:

 Sinal positivo no fator de sensibilidade: variação de potências ou retirada de circuito


provocou um aumento de fluxo no circuito monitorado.
 Sinal negativo no fator de sensibilidade: variação de potências ou retirada de circuito
provocou um diminuição de fluxo no circuito monitorado.
 Letra “I” ao lado do fator de sensibilidade: variação de potências ou retirada de
circuito realizada pelo algoritmo provocou a inversão do fluxo no circuito monitorado.

5.1.2.5 Programa de Redespacho de Potência Ativa

O programa de redespacho de potência ativa tem como objetivo encontrar um ponto


operação que satisfaça as restrições operacionais do sistema representados no problema,
minimizando ou maximizando a função do objetivo. São representados como restrições
operacionais os limites de fluxo de potência aparente de circuitos, os limites de geração de
potência ativa, os limites de intercambio de potência ativa, e as restrições adicionais definidas
como qualquer combinação linear entre fluxo e geração de potência ativa.
Eliminam-se as violações nas restrições de operação modificando o valor da geração
potência ativa de determinados barras. As variáveis que estão associadas a estas grandezas são
chamadas de variáveis de controle.
As etapas do algoritmo de redespacho de potência ativa são descrita a seguir;
90

 Determinar o estado da rede, resolvendo o fluxo de potência;


 Determinação das violações nas restrições de operação representadas;
 Linearização em torno do ponto de operação que elimine as violações nas restrições de
operação.

5.1.2.6 Programa de Fluxo de Potência Continuado

O programa de fluxo de potência continuado processa uma sequência de vários casos


de fluxo de potência aumentando a carga de uma série de barras de acordo com uma direção
especificada. Esse programa é utilizado para determinar as margens de estabilidade de tensão
e para análise da variação do perfil de tensão frente ao crescimento da demanda da rede. Para
diferentes cenários de crescimento de carga e geração é obtido a curva PxV e a curva QxV.
As grandezas a serem monitoradas são os níveis de tensão nas barras e a potência ativa
e reativa das maquinas síncronas.
O programa possui uma lógica que para um patamar de carga, o problema de fluxo de
potência não convergir o ultimo caso é restabelecido é um incremento de carga menor que
utilizado até então é aplicado. Então o programa possui quatro critérios de parada:

 Quando o número máximo de problema de fluxo de potencia resolvidos é atingido.


 Quando máximo incremento de carga é atingido.
 Quando o incremento de carga a ser aplicado em uma barra do sistema é menor que o
especificado.
 Quando o programa de fluxo de potência deixar de encontrar solução.
Quando os dois últimos critérios são atendidos normalmente significa que o sistema atingiu o
seu ponto de máximo carregamento naquela direção especificada.

5.1.2.7 Programa de Análise de Contingência


91

O programa de análise de contingência processa uma série de casos de contingência


cadastrados pelo usuário, com o objetivo de detectar dificuldades operativas severas. A
monitoração é de acordo com o índice de severidade, que ao final do processo da análise são
ordenados de decrescentemente para indicar os casos mais severos. Nesse trabalho é feito uma
abordagem detalhada sobre essa função.
No programa ANAREDE utiliza para avaliar contingências de circuitos e Shunts, em
que envolvam a modificação de matrizes três métodos estão disponíveis:
 Método de atualização dos fatores – consiste na atualização dos fatores triangulares
das matrizes de solução de cada contingência de circuito e/ou shunt do caso, refletindo a
perda desses elementos.
 Método de compensação – para soluções dos casos de contingências são utilizados os
fatores triangulares das matrizes do caso base e são empregadas técnica de compensação para
refletirem nos vetores de soluções as mudanças nestas matrizes devido às contingências.
 Método de refatoração – as matrizes de solução do problema de fluxo de potência são
formadas e fatoradas, levando em consideração.

5.2 Programa para análise de curto-circuito (ANAFAS/SAPRE)

O programa Sistema de Análise de Projeto de Redes Elétricas - SAPRE é uma ferramenta


do Subsistema de Análise de Redes que se destina a permitir a execução de diversos tipos de
estudos, dependendo exclusivamente das ferramentas de análise de redes elétricas a ele
integradas. Estes estudos abrangem o cálculo de curto-circuito. Sendo o SAPRE a versão
gráfica do ANAFAS.
O SAPRE/ANAFAS é um programa para solução de faltas de diversos tipos de
composições, em sistemas elétricos de grande porte. As suas principais características
funcionais são:

 Facilidade e flexibilidade na definição dos casos, permitindo a modelagem de


faltas compostas (simultâneas), aplicadas sobre barras e/ou pontos intermediários
de linhas de transmissão; modelagem de diversos tipos de defeito, incluindo
92

curtos-circuitos “shunt”, com ou sem impedância; e de aberturas (interrupção) de


circuito;
 Grande capacidade, permitindo a solução direta de curtos-circuitos em sistemas
elétricos de grande porte, aliada a alta eficiência computacional, devido ao uso
intensivo de técnicas de esparsidade (matrizes e vetores esparsos), resultando em
execução rápida, independentemente do porte do sistema elétrico;
 Permite modelagem fiel do sistema elétrico, com possibilidade de representação do
carregamento pré-falta (tensão pré-falta, cargas, equipamentos “shunt”,
capacitância das linhas), defasamento de transformadores, “tap” dos
transformadores fora da posição nominal, mútuas entre trechos de linhas etc;
 Execução de estudos macro (conjunto de casos gerados automaticamente),
especificados pelo usuário;
 Solução orientada a ponto-de-falta ou a ponto-de-monitoração, onde o usuário
define as grandezas a serem observadas;
 Outros serviços auxiliares como: cálculo de equivalentes de curto-circuito, estudo
de superação de disjuntores, diversos tipos de relatórios de dados, comparação de
configurações e evolução de nível de curto-circuito;
 Possibilidade de gerar casos em XML para elaboração de relatórios no programa
FORMCEPEL;
 Possibilidade de processamento “batch” através de arquivo de comandos;
 Possibilidade de conversão de arquivos de dados de fluxo de potência através do
utilitário ANAANA;
 Baixos requisitos de “hardware” e “software”.

5.2.1 Interface gráfica

O SAPRE utiliza uma interface gráfica sensível ao modo de execução corrente do


programa. Isto significa que, dependendo do modo de execução selecionado pelo Usuário (no
caso presente, Fluxo de Potência ou Curto-Circuito), barras de menus, representação de
elementos da rede elétrica e diálogos de dados se adequarão automaticamente. A interface
gráfica do SAPRE é dividida em três partes principais. São elas:
93

5.2.1.1 Janela Principal

A Janela Principal permite o acesso aos diversos menus que efetuam o controle de execução e
possibilitam o gerenciamento dos dados armazenados na base de dados do SAPRE. Nela estão
contidos:

 Uma barra de menus textual, que permite o acesso aos diversos menus do programa;
 Uma barra de ferramentas, que permite rápido acesso a funções de gerenciamento de
dados, desenho de diagramas e acesso às janelas de Filtro e Modelo Reduzido;
 Uma linha de mensagens, no canto inferior esquerdo da tela, que fornece
continuamente informações que auxiliam o Usuário na execução de tarefas;
 Três campos no canto inferior direito da tela que informam ao Usuário o Caso
corrente, a Tela corrente e a Rede Elétrica corrente;
 A Área de Trabalho.

Na Área de Trabalho é possível construir diagramas do sistema elétrico em estudo.


Também é possível carregar diagramas já construídos (denominado telas) para esta Área de
Trabalho. Além de ser possível criar diagramas para a rede elétrica corrente, também é
possível criar novas Redes Elétricas ou acrescentar elementos a Redes Elétricas já existentes
através de interação direta com a Área de Trabalho, tudo isso controlado pela relação de
propriedade existente entre um Usuário e suas redes, Casos e Telas.

Figura 5.1 – Janela principal do SAPRE


94

5.2.1.2 Área de Filtro

A Área de Filtros permite ao Usuário selecionar os elementos da rede elétrica que


serão visualizados, as grandezas associadas a cada elemento e a unidade em que cada uma
destas grandezas será visualizada.

Figura 5.2 – Janela de filtro

5.2.1.3 Modelo Reduzido

O Modelo Reduzido permite ao Usuário delimitar a porção da rede elétrica


representada graficamente que será visualizada na Área de Trabalho. Atuando diretamente
sobre o Modelo Reduzido o Usuário pode delimitar uma área clicando o botão esquerdo do
mouse, deslocando o mouse mantendo o botão esquerdo pressionado e, finalmente, liberando
o botão esquerdo do mouse. A porção da rede elétrica representada graficamente interna à
área delimitada será imediatamente espelhada na Área de Trabalho. Para que o Modelo
Reduzido seja realmente útil para o Usuário é necessário observar a codificação de cores
associada ao Grupo Base de Tensão e conhecer a topologia das diversas telas associadas à
Rede Elétrica utilizada pela empresa.

5.2.2 Modelagem do sistema


95

O sistema elétrico é modelado por redes de sequência positiva e zero, através de 6 grupos
de dados:

 Dados de barra: identificação, tensão-base e pré-falta (opcionais) etc;


 Dados de circuito: identificação (nº de barras terminais e nº do circuito), tipo de
circuito, resistência e reatância de sequência positiva e zero (em %), tipos de conexão
etc;
 Dados de mútua: identificação dos trechos de linha acoplados, resistência e reatância
de acoplamento (em %);
 Dados de shunts de linha: identificação do circuito com shunts de linha, potência
reativa gerada por cada shunt etc;
 Dados de Metal-Oxide Varistor - MOV: identificação do circuito protegido, corrente
de proteção etc (o circuito protegido precisa ser um capacitor série);
 Dados de geradores eólicos síncronos com conversor de frequência: identificação da
barra, corrente máxima, tensão mínima, fator de potência de curto etc.

O ANAFAS permite a classificação dos ramos de circuito em 6 tipos:

 Linha de transmissão;
 Transformador (ramo série e ramo “shunt”);
 Gerador;
 Capacitor / reator série;
 Capacitor / reator “shunt” (ligados a uma barra);
 Carga (impedância constante);
 Transformador de aterramento.

Essa classificação pode ser definida pelo usuário ou deduzida pelo ANAFAS, em função
do tipo de ligação e da impedância do ramo de circuito, e serve para análise de consistência
dos dados e para apresentação em relatórios.

Notas:
96

 A especificação da tensão-base das barras possibilita a expressão dos resultados em


unidades físicas (kV, A, etc.). O ANAFAS verifica a consistência da tensão-base, ou
seja, se cada conjunto de barras interligadas possui a mesma tensão-base;
 A especificação da tensão pré-falta permite a modelagem de ramos de circuito “shunt”
que não sejam “geradores”, bem como da capacitância das linhas (“line charging”) e
de transformadores com “tap” fora da posição nominal.
 O ANAFAS permite a especificação da base de potência trifásica (MVA) do sistema,
e a especificação da tensão-base dos diversos subsistemas. A especificação da base de
potência possibilita o escalamento (%) mais adequado dos dados (impedância) do
sistema, o que é especialmente útil para o estudo de sistemas de menor potência de
curto-circuito;
 Os “avisos” se referem a situações que podem ser resolvidas pelo ANAFAS e que não
impedem o prosseguimento da execução do programa. Apesar de não impedirem a
execução, estes avisos muitas vezes se referem a situações que não são ideais.
Portanto, é recomendável buscar a causa de cada um e solucioná-la, de maneira que o
programa execute se possível, sem emitir nenhuma mensagem;
 Os “erros” invalidam a modelagem do sistema, como por exemplo, a ultrapassagem da
capacidade do programa. Nesses casos o ANAFAS cancela a leitura do caso e todos os
dados são perdidos.

5.2.3 Algoritmo de solução

A metodologia utilizada combina a representação em componentes de sequência para o


sistema balanceado com a representação trifásica para a parte desbalanceada do sistema
(defeito). Esta combinação permite a representação acurada de faltas assimétricas simultâneas
e MOVs em um algoritmo de solução geral, sem comprometimento da eficiência
computacional.
A rede elétrica é modelada por duas matrizes de admitâncias de barra esparsas, uma
assimétrica com estrutura simétrica para a sequência positiva (a de sequência negativa é a
transposta desta) e uma simétrica para a sequência zero. O algoritmo geral de solução, para
qualquer situação de falta, segue os seguintes passos:
97

1. Construção de equivalentes em coordenadas de sequência referentes às barras


envolvidas na falta;
2. Alterações balanceadas nos equivalentes (criação das barras fictícias devido às
aberturas e às faltas intermediárias);
3. Construção de equivalente trifásico contendo somente as barras afetadas pela falta
(barras terminais de proteções MOV em condução– passo 8 – são incluídas neste
equivalente);
4. Alteração do equivalente trifásico para representar as alterações desbalanceadas
referentes às faltas;
5. Solução do sistema equivalente trifásico (caso haja MOVs em condução – passo 8 – é
feito um processo iterativo);
6. Transformação novamente para os equivalentes em componentes de sequência,
obtendo injeções correspondentes às correntes de curto;
7. Obtenção, a partir das injeções de corrente, das tensões pós-falta em todas as barras do
sistema desejadas;
8. Comparação das correntes nos capacitores série com proteção MOV com seus níveis
protetivos (retorna-se ao passo 3 caso haja MOVs em condução). Os equivalentes do passo 1
do algoritmo de solução são modelados por duas matrizes cheias de dimensões reduzidas,
uma assimétrica para a sequência positiva e uma simétrica para a sequência zero. Na
construção dos equivalentes (passo 1 do algoritmo de solução) e para obtenção das tensões
pós-falta (passo 6 do algoritmo de solução), são utilizadas técnicas de vetores esparsos, que
garantem a eficiência computacional do algoritmo de solução. Como consequência da
utilização de equivalentes de dimensões reduzidas e de técnicas de esparsidade, o tempo total
gasto na simulação de uma falta é quase independente do porte do sistema, dependendo
basicamente do número de barras em que se deseja calcular grandezas pós-falta.
As transformações fase-sequência e sequência-fase que são feitas pelo programa,
seguem a metodologia do teorema de Fortescue, descritas na seção 4.6.1 do presente trabalho.
98

6. ANÁLISE DE CONTINGÊNCIA NO SISTEMA DE POTÊNCIA

6.1 Considerações iniciais

O sistema de potencia esta sujeita a sofrer alterações em seu estado operativo devido a
surtos, curtos-circuitos e sobrecargas. Esses problemas podem ocasionar interrupção do
fornecimento de energia elétrica prejudicando os consumidores, onde a energia elétrica é um
insumo para cada um dele, sua falta pode provocar diversos transtornos como, por exemplo:
perda de produção, perda de matéria prima, ociosidade das instalações e mão-de-obra, perda
de lazer.
A operação do sistema é feita para garantir a continuidade, confiabilidade e permitindo
a interligação do sistema de potencia. A pesar dos esforços envolvidos o sistema estará
sempre sujeito a problemas que podem levar interrupção do fornecimento. Essas interrupções
são causadas por falha em equipamentos do sistema. Como não podem prever no momento
exato de uma falha, os equipamentos são projetados para operarem em determinados limites e
são protegidos por dispositivos automáticos que podem retirá-los do sistema caso haja a
violação desses limites. Umas retiradas em cascata de uma série de equipamentos podem
ocasionar um colapso no sistema.
Desligamento ou saída repentina de componentes do sistema elétricos é chamado de
contingência, como foi mencionado acima à contingência pode ser ocasionada por curtos
circuitos, sobrecargas ou ate mesmo por atuação indevida de equipamentos de proteção por
razão de desgaste, envelhecimento entre outros. As contingências mais comuns são: saídas de
linhas de transmissão ou transformadores, desligamento de unidades geradoras, saídas de
componentes shunts e saída de carga [8].
O sistema de potencia deve ser projetado e operado dentro de critério que atenda a
continuidade de suprimento de todos os consumidores para a ocorrência da maioria das
contingências, no caso do Sistema Interligado Nacional – SIN deve-se atender a um critério
chamado N-1, onde o sistema deve suportar contingência simples sem que prejudique outros
elementos do sistema. Esse critério adotado busca o equilíbrio entre custo e segurança, pois a
mudança para um critério N-2, que permitiria o sistema suportar contingências múltiplas
aumentaria muito o custo da instalação o que significaria aumento da tarifa de energia
99

elétrica. Mas isso não seria suficiente independente do critério de planejamento para que o
sistema esteja imune a contingências múltiplas que evoluem para blecautes.

6.2 Introdução aos centros de controle

Os centros de controle têm a função de manter a operação do sistema em tempo real


com o objetivo de controlá-lo adequadamente mantendo a operação de acordo com a
estratégia de mínimo numero de interrupções no fornecimento de energia e buscando a
solução mais econômica possível.
As funções desses centros de controle podem ser divididas em três grupos:
- Controle de geração – Regulação da frequência e intercambio entre áreas e o
despacho econômico (fluxo de potencia ótimo entre as unidades geradoras disponíveis
obedecendo aos critérios de confiabilidade).
- Sistema supervisório (Supervisory Control and Data Acquisition – SCADA) – Dados
de grandezas elétricas, estados de chaves e disjuntores o que permite o operador monitorarem
os dispositivos remotos por transmissão de dados e comandar chaveamentos de equipamentos
que possa manter o sistema em condições de segurança.
- Operação em tempo real – Essa função é proveniente do sistema supervisório
(SCADA), que tem a finalidade de monitoramento e do aumentando da segurança através de
funções sofisticadas de diagnostico, análise e aconselhamento na tomada de decisão do
operador chamada de função de análise de rede que permite a execução relacionada a
segurança do sistema como, estimador de estado, análise de contingência, monitoramento de
segurança, equivalentes de redes, análise de sensibilidade de tensão, etc.

6.3 Estados do Sistema

O sistema de potencia operando em regime permanente está sujeito a três tipos de


restrições: de carga, operação e segurança. As restrições de carga consistem no balanço entre
a carga e a geração, e é expressa nas equações estática de fluxo de potencia visto
100

anteriormente nesse trabalho. As restrições de operação são o conjunto de restrições


operativas dos equipamentos do sistema, dentre eles encontra-se os limites de tensão, limites
de estabilidade, limites de injeção de fluxo de potencia ativo e reativo em linhas e
transformadores e injeção de potencia reativo nas barras de geração. As restrições de
segurança estão envolvidas um conjunto preestabelecido de contingências mais prováveis de
ocorrer como, por exemplo, contingências de linhas, transformadores, geradores e capacitores
reatores shunt. Nesse conjunto estão contingências simples e contingências múltiplas.
A partir do conceito de restrições de carga, operação e segurança, é descrita a seguir
quatro estado operativo do sistema: Seguro, Alerta, Emergência e Restaurativo.

6.3.1 Estado seguro

O sistema está integro, atendendo todas as restrições de carga, operação e segurança.


Suprindo toda a demanda de carga e respeitando todos os limites de operação. Para restrições
de segurança o conjunto de contingências listadas como possíveis não faz que o sistema deixe
de atender a carga e sofra alguma violação de operativa. Caso ocorra alguma contingência não
estabelecida pode fazer com que o sistema mude de estado operativo.

6.3.2 Estado alerta

Nesse estado o sistema está atendendo a duas restrições, a de carga e a de operação,


nesse caso suprindo toda a demanda de carga e sem violar os limites de operação, mas nesse
estado não está obedecendo a restrição de segurança, pois no caso de qualquer contingência
estabelecida como provável pode levar o sistema ao estado de emergência.
101

6.3.3 Estado de emergência

O estado de emergência consiste na violação das restrições de operação, provocado


por perturbações ocorridas no sistema, atuando a proteção para desligamento de um ou mais
equipamentos que tenha violado seu limite de operação.

6.3.4 Estado restaurativo

Esse estado ocorre quando após a situação de emergência é eliminada por


desligamento manual ou automático de parte do sistema por ação do centro de controle ou
dispositivos locais. Fazendo com que a restrição de carga não seja mais atendida deixando de
algumas cargas em situação de ilhamento (falta de atendimento), apesar das restrições de
operação esteja sendo obedecida.

6.3.5 Transição entre os estados

Na seção anterior foram definidos os estados de operação do sistema, esses estados


podem variar de um pra outros na ocorrência de contingências previstas e não previstas, e na
ação de controle locais ou remoto.

 Seguro para Alerta – Quando ocorre alguma contingência ou há evolução da demanda,


que faça com que deixe de obedecer algumas restrições de segurança.

 Alerta para Seguro – Quando há ação da função de controle de segurança de modo


corretivo que é realizado pelo centro de controle. Essa ação deve ser determinada por
estratégia de controle de segurança baseada em simulação de fluxo de potência, onde se
procura a melhor solução viável.
102

 Seguro para Seguro – A partir de uma previsão de demanda feita por simulação, muda-se
o ponto de operação para que o sistema não entre em estado de alerta, para que depois seja
tomada alguma decisão para entrar em estado seguro novamente.

 Alerta para Emergência – Quando uma contingência prevista ocorre antes que se tome
uma decisão para o sistema sair do estado alerta para o estado seguro.

 Emergência para Alerta – Essa transição acontece quando há atuação do controle de


emergência de modo corretivo com a finalidade de eliminar a violação de limite continuando
o atendimento da carga. A ação de controle de emergência pode ser a redistribuição de
geração, a mudança de taps de transformadores ou a variações de tensões controladas,
chaveamento de bancos de capacitores ou indutores, e entre outras ações de controle.

 Emergência para Restaurativo – Quando não é possível eliminar a violação de limite por
ação do controle de tensão ou remanejamento de geração, em alguns casos, o corte de carga é
a solução, em que é feito pelo centro de controle por meio da função de controle de
emergência ou por decisão do operador.

 Alerta para Alerta – Se no estado alerta houver a previsão de carga futura que leve o
sistema para o estado de emergência o operador deve tomar decisão para mudar o ponto de
operação visando eliminar o estado de emergência previsto.

 Restaurativo para Alerta – Visando eliminar o estado de emergência a função do controle


restaurativo é desligar as cargas e os circuitos do sistema, tentando colocar o sistema no
estado seguro ou pelo menos, no estado alerta.

Figura 6.1 – Estados de operação do sistema elétrico


103

6.4 Análise de contingência

A análise de contingencia consiste na simulação do sistema em regime permanente sob


condições de perda de um ou mais elementos da rede elétrica, com o objetivo de fornecer uma
previsão do estado do sistema.
É impraticável solucionar todas as contingências possíveis então é necessário
selecionar as contingências que apresentam evidências estatísticas de ocorrência, regiões
geográficas com alto nível de interrupção, possibilidade de danos ao sistema e que apresente
um alto índice de severidade.
A análise de contingência tem aplicação no planejamento da expansão e da operação
da transmissão. No planejamento de expansão como mostra o fluxograma da Figura (5.1),
onde simula as contingências e verifica a necessidade de reforços e/ou ampliação do sistema.
Já no planejamento da operação simula as contingências e verifica o estado do sistema, para
tomar medidas operativas para manter a segurança da rede.
O processo para realização da análise de contingência consiste na execução de uma
solução de fluxo de potência para cada contingência de uma lista predeterminada, essa
ordenada de forma decrescente para indicar os casos mais severos.
104

7. SIMULAÇÕES: ESTUDO DE CASOS

O desempenho do SIN deve ser analisado considerando o cenário previsto para entrada
em operação dos empreendimentos.
Utilizando as bases de dados para simulações relacionando o horizonte a ser avaliado e
apresentado no estudo, têm-se duas fontes:

 Base de dados do ONS – PAR (horizonte de três anos)

 Base de dados da EPE – PDE (horizonte de dez anos)

Nesse trabalho a base de dados foi obtida do ONS através do endereço eletrônico
(www.ons.org.br) no horizonte de estudo de 2015. Como foi visto no capítulo 5, para o
planejamento do sistema elétrico devem ser realizados alguns estudos, onde no presente
trabalho será feito o estudo de fluxo de potencia que vai abranger as condições operativas
normais, e análise de contingência de linha, transformadores, shunts, e outros tipos de
contingências. Outro estudo que será realizado nesse trabalho é o de curto-circuito visando
verificar a evolução dos níveis de curto-circuito do SIN.
Com a finalidade de garantir a reprodutividade as ferramentas de simulação de uso
oficial do SIN foi utilizada nesse trabalho o ANAREDE para a simulação de fluxo de potencia
e o ANAFAS, para simular curto-circuito, ambos os programas desenvolvido pelo CEPEL.
Foram estudados no presente trabalho, um total de 134 casos, 44 para os estudos em
regime permanente e 90 para os estudos de curto, abrangendo as configurações de carga
leve e pesada para o estudo de fluxo de potência.

7.1 Estudos de Fluxo de potencia: Análise de contingência

A partir do caso base obtido pelo ONS no cenário de 2015, foi simulado utilizando o
ANAREDE alguns casos de contingências na área de Furnas de 500 kV, com ênfase nas
interligações e na região sudeste. Essa área foi escolhida com a finalidade de verificar se o
sistema apresenta um bom desempenho para critério de planejamento (N-1), já que a região
sudeste está sempre acontecendo eventos de repercussão internacional.
105

Para estudo de análise de contingência com a finalidade de ampliação e reforço, são


verificados os seguintes itens abaixo conforme o procedimento de rede:

 Avalição dos limites de tensão das barras do SIN em condição operativa normal
conforme Tabela (7.1);

 Avaliação dos limites de tensão das barras do SIN em condição de emergência


conforme Tabela (7.1).

Tensão Nominal de Condição Operativa Condição Operativa de


Operação * Normal Emergência
(kV) (kV) (p.u.)** (kV) (p.u.)**
500 500 a 550 1,00 a 1,10 475 a 550 0,95 a 1,05
* Valor eficaz de tensão pelo qual o sistema é designado.
**Valor em p.u. tendo como base a tensão nominal de operação

Tabela 7.1 - Tensões entre Fases Admissíveis a 60Hz (Fonte: ONS, 2010)

Em seguida são apresentados as Tabela (7.2) e a Tabela (7.3) com os casos simulados
em carga pesada, e em carga leve respectivamente. Na coluna dois dessas tabelas são
descritos sumariamente as contingências listadas para análise a ser realizada.
106

CONTINGÊNCIAS ESTUDADAS NO ANAREDE (CARGA PESADA)

Barra de Barra para


No.
Identifi
Descrição Circ.
c.
No. Nome No. Nome ou Un.

1 Abrir circuito Angra - Nova Iguaçu 105 ANGRA----500 9608 N.IGUACU-500 1


2 Abrir circuito Angra - Bypass Adrianópolis 107 GRAJAU---500 109 BY-PASS-ADR 1
3 Abrir circuito Adrianópolis - São José 106 ADRIANO--500 108 S.JOSE---500 1
4 Abrir Reator C. Paulista 104 C.PAULIS-500 - - 2
5 Abrir STATCOM Itatiba 6609 ITATIBA--500 - - 1
6 Abrir Ckt Campinas - Araraquara 101 ARARAQUA-500 103 CAMPINAS-500 1
7 Abrir TCSC Interlig. Gurupi - S. da Mesa 235 S.MESA---500 7236 SMA-GUR--500 1
8 Abrir Circ. Interlig. Samambaia - S. Mesa 233 SAMAMBAI-500 93 SMB-SM-2-500 1
9 Abrir Trafo Gerador Serra da Mesa 36 S.MESA---3GR 235 S.MESA---500 1
10 Abrir Reator Samambaia 233 SAMAMBAI-500 - - 10
11 Abrir Gerador Angra 2 11 ANGRA-2--1GR - - 1
12 Abrir Gerador Angra 1 10 ANGRA-1--1GR - - 1
13 Abrir Reator Foz 50 Hz 85 FOZ-500-50HZ - - 20
14 Aumento de carga barra grajau em 300 MW 178 GRAJAU---138 107 GRAJAU---500 1

15 Abrir Trafo Foz 500/765 kV 60 Hz 61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 1

16 Desligar Barra Itatiba 6609 ITATIBA--500 - - -


17 Desligar Barra Itumbiara 210 ITUMBIAR-500 - - -
18 Desligar Barra Adrianópolis 106 ADRIANO--500 - - -
19 Ligar Barra Grajaú 107 GRAJAU---500 - - -
20 Teste Critério n-2: Perda 2 Circ. Grajaú 107 GRAJAU---500 178 GRAJAU---138 ½

S.MESA---500 / SMB-SM-2-500 /
Teste Critério n-3: Perda S.Mesa/Aumento carga 235/106/ 93/108/
21 ADRIANO--500 / S.JOSE---500 / 1/1/1
Grajau/Perda Circ 1 Foz 61 60
FOZ-500-60HZ F.IGUACU-765

22 Teste Critério n-3: Perda 3 Circ. Itaipú 61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 1/2/3


Aquivo utilizado nas simulações: ONS * PAR 13-16 * 15/10/12 * ABR15-SET15-PES (Carga Pesada) e ONS * PAR 13-16 * 15/10/12 *
JUN15-LEV (Carga Leve)
Tabela 7.2 – Lista de contingências em carga pesada
107

CONTINGÊNCIAS ESTUDADAS NO ANAREDE (CARGA LEVE)

Barra de Barra para No.


Identifi
Descrição Circ.
c. No. Nome No. Nome ou Un.
23 Abrir circuito Angra - Nova Iguaçu 105 ANGRA----500 9608 N.IGUACU-500 1
24 Abrir circuito Angra - Bypass Adrianópolis 107 GRAJAU---500 109 BY-PASS-ADR 1
25 Abrir circuito Adrianópolis - São José 106 ADRIANO--500 108 S.JOSE---500 1
26 Abrir Reator C. Paulista 104 C.PAULIS-500 - - 2
27 Abrir STATCOM Itatiba 6609 ITATIBA--500 - - 1
28 Abrir Ckt Campinas - Araraquara 101 ARARAQUA-500 103 CAMPINAS-500 1
29 Abrir TCSC Interlig. Gurupi - S. da Mesa 235 S.MESA---500 7236 SMA-GUR--500 1
30 Abrir Circ. Interlig. Samambaia - S. Mesa 233 SAMAMBAI-500 93 SMB-SM-2-500 1
31 Abrir Trafo Gerador Serra da Mesa 36 S.MESA---3GR 235 S.MESA---500 1
32 Abrir Reator Samambaia 233 SAMAMBAI-500 - - 10
33 Abrir Gerador Angra 2 11 ANGRA-2--1GR - - 1
34 Abrir Gerador Angra 1 10 ANGRA-1--1GR - - 1
35 Abrir Reator Foz 50 Hz 85 FOZ-500-50HZ - - 20
36 Abrir Carga Paraguai 1103 MARGEMDIR500 - - 1
37 Abrir Trafo Foz 500/765 kV 60 Hz 61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 1

38 Desligar Barra Itatiba 6609 ITATIBA--500 - - -


39 Desligar Barra Itumbiara 210 ITUMBIAR-500 - - -
40 Desligar Barra Adrianópolis 106 ADRIANO--500 - - -
41 Ligar Barra Grajaú 107 GRAJAU---500 - - -
42 Teste Critério n-2: Perda 2 Circ. Grajaú 107 GRAJAU---500 178 GRAJAU---138 1/2

S.MESA---500 / SMB-SM-2-500 /
Teste Critério n-3: Perda S.Mesa/Aumento carga 235/106/ 93/108/
43 ADRIANO--500 / S.JOSE---500 / 1/1/1
Grajau/Perda Circ 1 Foz 61 60
FOZ-500-60HZ F.IGUACU-765

44 Teste Critério n-3: Perda 3 Circ. Itaipú 61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 1/2/3


Aquivo utilizado nas simulações: ONS * PAR 13-16 * 15/10/12 * ABR15-SET15-PES (Carga Pesada) e ONS * PAR 13-16 * 15/10/12 *
JUN15-LEV (Carga Leve)
Tabela 7.3 – Lista de contingências em carga leve
108

Os resultados das simulações são apresentados em forma de tabela, das duas


configurações do sistema em carga pesada e carga leve, onde serão abordados os casos que
apresentaram algum tipo de violação ou estado de emergência.
As projeções de mercado para os cenários de carga pesada e leve para o ano de 2015
foram informadas pelas empresas e consolidadas, no decorrer das análises, com os estudos de
mercado da EPE. As projeções de carga totais para o SIN consideradas, para os dois
patamares são: 89.497 MW para carga pesada e 56.915 MW para carga leve [14]. Valores
estes utilizados no caso base para cada configuração (leve e pesada) abordada no presente
trabalho
As tabelas 7.4 e 7.5 são exibidas as tensões de barra para as todas as contingências
simuladas, de acordo com a tabela 7.2 e 7.3 e para as condições de carga leve e pesada. Os
carregamentos dos circuitos conectados as barras estudadas (a lista das barras está na tabela
A.1 do anexo) está na tabela do anexo A.4 e A.5, devido a extensão dos dados, sendo
comentado no presente trabalho somente os valores, que causaram alguma elevação
significativa de carregamento em algum circuito do sistema.
109

Comparação de Dados de barra - 20 casos - Magnitude da tensão na barra [p.u.] – Carga Pesada
Número da Caso CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG
barra Base 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 12 13 14 15 18 19 20 21 22
61 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02
77 1,08 1,07 1,08 1,08 1,08 1,07 1,07 1,08 1,08 1,07 1,08 1,06 1,08 1,08 1,08 1,07 1,08 1,08 1,08 1,08
85 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,01 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04
92 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,08 1,07 1,05 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,07 1,06
93 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,09 1,08 1,06 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,08 1,07
94 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,09 1,08 1,06 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,08 1,07
100 1,04 1,04 1,04 1,04 1,05 1,04 1,03 1,04 1,04 1,04 1,04 1,02 1,04 1,05 1,04 1,04 1,04 1,04 1,05 1,04
101 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,98 0,96 1,00 1,00 0,98 1,00 0,95 1,00 1,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,01 1,00
102 1,04 1,03 1,04 1,04 1,04 1,03 1,01 1,04 1,04 1,03 1,04 1,00 1,04 1,05 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04
103 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,00 1,01 1,03 1,03 1,01 1,03 0,99 1,03 1,04 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03
104 1,08 1,07 1,07 1,08 1,08 1,07 1,06 1,08 1,08 1,07 1,08 1,05 1,08 1,08 1,08 1,07 1,08 1,07 1,08 1,08
105 1,08 1,07 1,07 1,07 1,08 1,07 1,07 1,08 1,08 1,07 1,08 1,06 1,08 1,08 1,08 1,07 1,08 1,08 1,08 1,08
106 1,07 1,06 1,07 1,07 1,08 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,08 1,07 1,07 1,07 1,07 1,08 1,07
107 1,07 1,06 1,06 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,07 1,07
108 1,07 1,06 1,07 1,06 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,07 1,07 1,05 1,07 1,07 1,07 1,07
109 1,07 1,07 1,07 1,07 1,08 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,07 1,08 1,07 1,07 1,07 1,07 1,08 1,07
122 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,06 1,06 1,07 1,07 1,06 1,07 1,06 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07 1,07
125 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03
130 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03
210 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,07 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,07 1,06
233 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,05 1,08 1,07 1,05 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,07 1,06
235 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,08 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,07 1,06
4598 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,03 1,04 1,04 1,04 1,04 1,02 1,04 1,05 1,04 1,04 1,04 1,04 1,05 1,04
5645 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08
6609 1,04 1,03 1,04 1,04 1,04 1,01 1,01 1,04 1,04 1,02 1,04 1,00 1,04 1,04 1,04 1,03 1,04 1,04 1,04 1,03
9626 1,08 1,07 1,08 1,08 1,08 1,07 1,07 1,08 1,08 1,07 1,08 1,06 1,08 1,08 1,08 1,07 1,08 1,08 1,08 1,08
Tabela 7.4 – Resultados das contingências em carga pesada
110

Comparação de Dados de barra - 23 casos - Magnitude da tensão na barra [p.u.] – Carga Leve

Número da Caso CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG
barra 1 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
61 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02
77 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,06 1,05 1,04 1,03 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06
85 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,01 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03
92 1,01 1,01 1,01 1,01 1,01 1,01 1,01 1,01 0,99 1,00 1,02 1,01 1,00 1,01 1,01 1,01 1,00 0,96 1,01 1,01 1,01 0,99 1,01
93 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,07 1,02 1,04 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,02 0,98 1,02 1,03 1,03 1,01 1,03
94 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,01 1,02 1,04 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,02 0,98 1,02 1,03 1,03 1,01 1,03
100 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,05 1,05 1,03 0,98 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05
101 1,03 1,03 1,03 1,03 1,04 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,00 1,03 1,04 1,03 0,99 0,95 1,03 1,03 1,03 1,02 1,03
102 1,04 1,04 1,04 1,04 1,05 1,04 1,03 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,02 1,04 1,05 1,04 1,02 0,97 1,04 1,04 1,04 1,03 1,04
103 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,05 1,05 1,01 1,01 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05
104 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,05 1,05 1,03 1,01 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05
105 1,05 1,04 1,04 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,05 1,05 1,04 1,02 1,04 1,05 1,04 1,05 1,05
106 1,05 1,05 1,04 1,05 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,06 1,05 1,04 1,02 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05
107 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,05 1,06 1,06 1,06 1,05 1,04 1,06 1,06 1,05 1,06 1,06
108 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,06 1,05 1,04 1,02 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05
109 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,06 1,05 1,04 1,02 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05
122 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06 1,05 1,06 1,06 1,06 1,06 1,06
125 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04
130 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04 1,04
210 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05
233 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,04 1,06 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,01 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05
235 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,06 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05
4598 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,05 1,05 1,03 0,98 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05
5645 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,08 1,07 1,08 1,08 1,07 1,08 1,08 1,08 1,07 1,07 1,08 1,08 1,08 1,07 1,08
6609 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05 1,02 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05
9626 1,05 1,05 1,05 1,05 1,07 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,03 1,05 1,06 1,05 1,04 1,01 1,04 1,05 1,05 1,05 1,05
Tabela 7.5 – Resultados das contingências em carga leve
111

Dos resultados obtidos em carga pesada, pode ser verificado que a barra que sofreu
com a maioria das contingências listadas, chegando a alguns casos em estado de emergência,
foi à barra de Araraquara 500 kV, localizada na região central de São Paulo. Em que a
abertura de circuitos de barras adjacentes ou circuitos na área de influência, faz com que esta
barra sofra alteração de estado normal para o de emergência, como nas contingências 01, 05,
06, e 09, mostrado na Figura 7.1. Nessa barra deve ser realizado estudo detalhado para que
seja corrigido esse modo de operação.
Na barra de Campinas, na contingência nº 12 observou-se que a tensão foi para o
estado de emergência com a saída do gerador de Angra 1. Nesse caso pode ser necessário
atuação de controle quando Angra 1 entrar em manutenção ou desligamento para manter a
tensão da barra de Campinas em estado normal de operação. Esta contingência causou
reflexos na maioria das barras de 500 kV estudadas no presente trabalho, conforme mostrado
na figura 7.2
Na contingência nº 11, para carga pesada o sistema não convergiu, pois a saída do
gerador de Angra 2 é uma perda significativa para rede, sendo necessário o corte de carga em
alguns regiões do rio de janeiro.
Para carga leve, na contingência de nº 39, o desligamento de Itumbiara fez com que as
barras adjacentes tivessem seu estado alterado para emergência. Como no caso de Araraquara
deve ser realizado estudo detalhado para corrigir esse problema. Este tipo de contingência não
é muito frequente, sendo de ordem maior que o adotado no procedimento de redes (maior que
o critério n-1, devido ao número de circuitos ligados à barra), não sendo considerada a
viabilidade técnica-econômica de tal modificação.
Para carga pesada, nas contingências de nos 16 e 17, o sistema não convergiu devido à
severidade da contingência, pois as barras de Itatiba e Itumbiara possuem diversos circuitos
conectados e uma contingência de barra provoca contingência de ordem superior a n-1, no
qual o sistema não foi projetado para operar.
Para as demais contingências, o sistema suporta as contingências de ordem n-1 sem
violação de tensão ou carregamento.
Quando avaliado os carregamento nas configurações do sistema em carga pesada e em
carga leve, os resultados são apresentados em forma de tabela inseridos no anexo, nas tabelas
(A.4) e (A.5);
O Carregamento para carga leve, o sistema converge para todas as contingências
analisadas, ressaltando que na contingência 44 o circuito 4 de Itaipu 500/765 kV absorve todo
112

o fluxo de potência enviado para a região sudeste, devido ao desligamento dos outros 3
circuitos. Violando o limite normal e de emergência de carregamento, totalizando 213,8 % de
carregamento, sendo necessário o desligamento deste circuito pelos relés de sobrecorrente.
Para a contingência 39 em carga leve, o desligamento da barra de Itumbiara provoca
um aumento de 52% no carregamento do transformador do circuito 1 de Marimbondo 500 kV,
sendo necessário a entrada da ventilação forçada neste equipamento.
Para as outras contingências em carga leve, o carregamento fica abaixo dos 90%.
Para o carregamento em carga pesada, na contingência 22, há uma elevação de
carregamento em aproximadamente 177% fazendo com que os relés de sobrecorrente atue no
desligamento da linha.
Para a contingência 20, a retirada de 2 circuitos de 500 kV na SE de Grajaú, provoca
um aumento de 40 % nos circuitos 52 e 54 dos transformadores de 500 kV da SE de Grajaú,
levando estes circuitos ao limite da capacidade normal de carga.

Barra 101 (Araraquara 500) - Tensão (pu)


1,04

Tensão (pu)
1,02

1,00

0,98

0,96

0,94

0,92

0,90
Caso CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG
Base 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 12 13 14 15 18 19 20 21 22

Figura 7.1 – Tensão na barra Araraquara 500 kV para as contingências em carga


pesada
113

Comparação Caso Base x Contingência 12


1,10
Caso Base CTG 12

1,05

1,00
Tensão (pu)

0,95

0,90

0,85
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
122
125
130
210
233
235
4598
5645
6609
9626
61
77
85
92
93
94

Número da barra

Figura 7.2 – Tensão das barras 500 kV entre o caso base e a contingência nº 12

7.2 Estudos de curto-circuito

Os estudos de curto-circuito servem para a especificação e o dimensionamento de


equipamentos, ajuste da proteção, verificação de ocorrências (localizar faltas), cálculo de
afundamentos momentâneos de tensão, e da base para a realização do equivalente de rede e os
estudos de transitórios eletromecânicos e eletromagnéticos.
Nesse trabalho será avaliado a evolução dos níveis de curtos-circuitos bem como a
relação X/R, para o horizonte de 2015 da área de Furnas, com o objetivo de verificar a
necessidade de candidato a adequação dos disjuntores para horizonte estudado.
A partir dos dados obtidos do ONS, como nos estudos de fluxo de potência. São
apresentados em seguida os resultados obtidos com a simulação no ANAFAS, nas Figuras 7.3
a 7.6.
Foi realizada o estudo da magnitude da corrente de curto nas barras para o ano base de
2015, para 3 tipos de faltas (Trifásico, Bifásico-Terra e Monofásico), conforme a Figura 7.3, a
fim de se investigar qual é a maior corrente para cada tipo de falta. Concluiu-se que nem
sempre a maior corrente de falta na barra é a trifásica.
114

Para a barra F.IGUACU 500, a maior corrente de defeito é monofásica, motivada


pelos baixos valores de componentes de sequência zero desta barra.
O curto bifásico terra mostrou-se o mais elevado nas barras de Tijuco Preto 500,
possivelmente pelo forte acoplamento mútuo das 3 linhas de 765 kV que chegam nesta
subestação.
Existe uma diversidade de valores de corrente de curto para as barras de 500 kV
estudadas (vão desde 5 kA até 40 kA), por isso é importante um estudo mais detalhado de
curto-circuito para o correto ajuste da proteção nos defeitos mais comuns que irão atingir a
subestação a ser protegida.
A expansão do sistema no intervalo dos anos de 2013 a 2015, conforme a Figura 7.4,
mostra um aumento da capacidade instalada de curto nas barras do sistema de 500 kV na área
SP/RJ, motivada pelo aumento do numero de linhas que chegam nesta área. Para as
subestações já existentes, é recomendado um estudo de superação de disjuntor, a fim de
investigar se é necessária a troca dos disjuntores de capacidade de interrupção mais elevada,
pois as constantes expansões no sistema elevam a potência de curto nestas barras.
O valor da relação X/R monofásica e trifásica para o período de expansão 2013-2015,
conforme as Figuras (7.5) e (7.6), não se altera, ou seja, não serve como o único indicativo
para os estudos de superação de disjuntores necessitando um estudo mais detalhado, além de
manter fixa a contribuição da componente continua da corrente de curto.
Variação Nível Curto (%)
Corrente de curto barras 500kV (kA)

0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00

0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
Z. OESTE 500 VIANA 2 500
C.S.A. 500 PARACA.4 500
ITATIBA 500 RESENDE 500
S.JOSE 500
CSN 500
UHE P.ANG500
CAMPINAS500
P.CALDAS500
MARIMB. 500
3F(kA)

R.PRETO 500
IBIUNA---500
C.S.A. 500
P.CALDAS500
GRAJAU 500
ARARAQ. 500
Z. OESTE 500
ADRIANO.500
ANGRA 500
AD BYPASS500
2F-T(kA)

PEIXE 2 500
GRAJAU 500 CAMPINAS500
GURUPI 500 S.MESA 2 500
SAMAMB. 500 IBIUNA---500
S.MESA 2 500 ITATIBA 500
FT(kA)

C.PAULI.500 SAMAMB. 500


PARACA.4 500 ESTREITO 500
S.MESA 500 GURUPI 500
PEIXE 2 500 S.MESA 500
ANGRA 500 T.PRETO 500A
Nível de curto-circuito Ano Base 2015

ESTREITO 500 AD BYPASS500


F.IGUACU 500 S.JOSE 500
UHE P.ANG500 ADRIANO.500
CSN 500 T.PRETO 500B

Evolução do Curto Trifásico


ITUMB. 500 C.PAULI.500

Evolução do Curto Monofásico


ARARAQ. 500

Evolução do Curto Bifásico Terra


RESENDE 500
T.PRETO 500A MARIMB. 500
R.PRETO 500 ITUMB. 500

Figura 7.4 – Evolução dos níveis de curto-circuito entre os anos 2013 e 2015
Evolução dos Níveis de Curto-Circuito nas Barras 500kV Furnas (Ano base: 13-15)

F.IGUACU 500
Figura 7.3 – Nível de curto-circuito das barras de Furnas 500 kV para ano 2015

T.PRETO 500B
VIANA 2 500
115
0,00
5,00
0,00

10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
IguacuDC500 IguacuDC500
ANGRA 500 F.IGUACU 500
F.IGUACU 500 ANGRA 500
ITUMB. 500 T.PRETO 500B
MARIMB. 500 T.PRETO 500A
IBIUNA---500 Z. OESTE 500
T.PRETO 500B ITUMB. 500
T.PRETO 500A C.S.A. 500
VIANA 2 500 MARIMB. 500
GRAJAU 500 AD BYPASS500
P.CALDAS500 ADRIANO.500
S.MESA 500 S.JOSE 500
AD BYPASS500 GRAJAU 500
ARARAQ. 500 ESTREITO 500
ADRIANO.500 P.CALDAS500
CSN 500 C.PAULI.500
CAMPINAS500 CSN 500
ESTREITO 500 ARARAQ. 500
S.JOSE 500 RESENDE 500
C.PAULI.500 R.PRETO 500
UHE P.ANG500 IBIUNA---500
ITATIBA 500 VIANA 2 500
SAMAMB. 500 CAMPINAS500
X/R Trifásico Barras 500 kV Furnas (Ano Base: 13-15)

X/R Monofásico Barras 50kV Furnas (Ano Base: 13-15)


PARACA.4 500 ITATIBA 500
R.PRETO 500 PARACA.4 500
RESENDE 500 SAMAMB. 500
Figura 7.5 – Relação X/R trifásico para os anos de 2013 e 2015

Z. OESTE 500 S.MESA 500


2015
2013

Figura 7.6 – Relação X/R monofásico para os anos de 2013 e 2015


2015
2013
C.S.A. 500 S.MESA 2 500
S.MESA 2 500 UHE P.ANG500
PEIXE 2 500 GURUPI 500
GURUPI 500 PEIXE 2 500
116
117

8. CONCLUSÕES

O sistema de Furnas 500 kV com todos os seus equipamentos em pleno funcionando e


sem nenhuma restrição operacional, atende dentro dos padrões descritos no procedimento de
redes do ONS ao critério n-1, no que tange aos estudos de regime permanente e de curto-
circuito. Sendo necessária ainda a complementação dos estudos de transitórios
eletromecânicos e eletromagnéticos para saber se realmente o sistema responde perfeitamente
às contingências impostas a ele.
Foi verificado que o SIN se comporta de forma aceitável, dentro dos limites de tensão e
carregamento, para as contingências n-1. Sob a ótica da análise de fluxo de potência.
Contingências de linha e shunt, pouco influenciaram na magnitude da tensão e no
carregamento de circuitos. Não houve violações de tensão e nem de carregamento para tais
contingências.
A barra de Araraquara 500 necessitará de estudos mais detalhados, pois foi a barra com
pior desempenho referente ao controle da tensão. Possivelmente será necessário expandir a
potências dos elementos Shunts para controle da tensão de barra.
Para os casos mais severos de contingências estudadas neste trabalho, com o objetivo de
investigar o desempenho do sistema a solicitações mais severas, não foi satisfatório para carga
pesada, motivado pela operação do sistema em carga máxima e pelas contingências múltiplas
operando no sistema. Para carga leve o sistema operou satisfatoriamente para contingências
múltiplas, devido a baixa carga no sistema.
A usina de Angra 2 é vital para o abastecimento de energia no RJ em carga pesada, pois a
sua saída nesta configuração, acarretará em corte de carga nesta área, para manter íntegra a
frequência do sistema. Sua parada para manutenção deverá ocorrer em período de carga leve,
conforme simulado na contingência de carga leve, no presente trabalho.
As sucessivas ampliações no sistema faz com que ocorram grandes variações na
capacidade instalada de curto-circuito nas barras do sistema, necessitando entre os períodos de
planejamento, um estudo de superação de disjuntores para verificar se há necessidade ou não
da troca dos disjuntores superados.
Nem sempre a maior corrente de curto de barra será a trifásica, estudos que comtemplam
somente corrente de curto trifásico, como uma estimativa para a máxima corrente de curto,
poderá gerar erros na determinação de tais correntes e sendo que este tipo de defeito é de
menor ocorrência no sistema. Foi verificado em diversas barras de 500 kV que as maiores
correntes de curto são para os tipos de defeitos monofásicos e bifásico-terra.
118

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] O. I. Elgerd, Introdução à teoria de sistema de energia elétrica, São Paulo: McGRAW-
Hill, Ltda, 1978.
[2] A. J. Monticelli, Fluxo de carga em redes de energia elétrica, São Paulo: Edgard Blücher
Ltda, 1983.
[3] J. William D. Stevenson, Elementos de análise de sistemas de potência, São Paulo:
McGraw-Hill, Ltda, 1986.
[4] H. E. Brown, Grandes sistemas elétricos métodos matriciais, Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A., 1977.
[5] B. Weedy, Sistemas elétricos de potência, São Paulo: Polígono, 1973.
[6] R. Gomes e et al, Gestão do sistema de transmissão do Brasil, Rio de Janeiro: FGV,
2012.
[7] J. A. P. Filho, Representação e avaliação do desempenho de despositivos de controle no
problema de fluxo de potência, Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, D.Sc., 2005.
[8] C. L. T. Borges e J. M. T. Alves, Notas de aula: Análise de segurança estática em sistema
de potência, Rio de Janeiro: UFRJ, 2010.
[9] IEC, TR 60909-1 Short-circuit currents in threee-phase A.C systems, IEC, 2002.
[10] ONS, Diretrizes para a elaboração de projetos básicos para empreendimentos de
transmissão, Rio de Janeiro: www.ons.org.br, 2013.
[11] ONS, Procedimento de Redes, www.ons.org.br, 2010.
[12] CEPEL, Programa de Análise de Rede - ANAREDE - Manual do Usuário, 2011.
[13] CEPEL, Sistema de Análise e Projeto de Redes Elétricas - SAPRE - Manual do Usuário,
2011.
[14] EPE, Balanço Energético Nacional 2012: Ano base 2011. Rio de Janeiro: EPE.
119

ANEXOS

Dados elétricos do sistema 500 kV FURNAS

BARRAS FURNAS 500 kV

Número Tipo Nome Barra Grupo Limite Estado Operativo Visualização Tensão (p.u.) Tensão (kV) Ângulo (graus) Carga Ativa (MW) VDef (p.u.)

61 0 - PQ FOZ-500-60HZ 3 Ligado 0 - Normal 1.020 510.0 -31. 1.000


77 0 - PQ T.PRETO--500 3 Ligado 0 - Normal 1.082 541.0 -71. 1.000
85 0 - PQ FOZ-500-50HZ 3 Ligado 0 - Normal 1.026 513.0 -8.3 60. 1.000
92 0 - PQ SMB-SM-1-500 3 Ligado 0 - Normal 1.057 528.5 -51. 1.000
93 0 - PQ SMB-SM-2-500 3 Ligado 0 - Normal 1.069 534.5 -50. 1.000
94 0 - PQ SMB-SM-3-500 3 Ligado 0 - Normal 1.069 534.5 -50. 1.000
100 0 - PQ MARIMBON-500 3 Ligado 0 - Normal 1.073 536.5 -46. 1.000
101 0 - PQ ARARAQUA-500 3 Ligado 0 - Normal 1.076 538.0 -57. 1.000
102 0 - PQ POCOS----500 3 Ligado 0 - Normal 1.074 537.0 -66. 1.000
103 0 - PQ CAMPINAS-500 3 Ligado 0 - Normal 1.071 535.5 -69. 1.000
104 0 - PQ C.PAULIS-500 3 Ligado 0 - Normal 1.084 542.0 -78. 1.000
105 0 - PQ ANGRA----500 3 Ligado 0 - Normal 1.079 539.5 -83. 1.000
106 0 - PQ ADRIANO--500 3 Ligado 0 - Normal 1.066 533.0 -86. 1.000
107 0 - PQ GRAJAU---500 3 Ligado 0 - Normal 1.068 534.0 -89. 1.000
108 0 - PQ S.JOSE---500 3 Ligado 0 - Normal 1.060 530.0 -88. 1.000
109 0 - PQ BY-PASS-ADR 3 Ligado 0 - Normal 1.068 534.0 -86. 1.000
120

122 0 - PQ IBIUNA---500 3 Ligado 0 - Normal 1.079 539.5 -68. 1.000


125 0 - PQ IB-BAT-1-500 3 Ligado 0 - Normal 1.091 545.5 -72. 1.000
130 0 - PQ IB-BAT-2-500 3 Ligado 0 - Normal 1.091 545.5 -72. 1.000
210 0 - PQ ITUMBIAR-500 3 Ligado 0 - Normal 1.082 541.0 -44. 1.000
233 0 - PQ SAMAMBAI-500 3 Ligado 0 - Normal 1.070 535.0 -47. 1.000
235 0 - PQ S.MESA---500 3 Ligado 0 - Normal 1.065 532.5 -44. 1.000
6609 0 - PQ ITATIBA--500 3 Ligado 0 - Normal 1.072 536.0 -68. 1.000
4598 0 - PQ MARIMBII-500 3 Ligado 0 - Normal 1.073 536.5 -46. 1.000
5645 0 - PQ SA.LOPES-500 3 Ligado 0 - Normal 1.073 536.5 -48. 1.000
9626 0 - PQ UTE_BF--500 3 Ligado 0 - Normal 1.084 542.0 -78. 1.000

Tabela A.1 – Barras 500kV FURNAS


121

LINHAS 500 kV FURNAS

Capac. Capac. Capac.


Barra Barra Estado Resistência Reatância Susceptância
Nome DE Nome PARA Circuito Proprietário Área Normal Emergência Equipamento
DE PARA Operativo (%) (%) (Mvar)
(MVA) (MVA) (MVA)

61 FOZ-500-60HZ 1106 ITAIPU60-500 1 Ligado 1106 .00517 .10727 17 11.032 2728 3223 2728
61 FOZ-500-60HZ 1106 ITAIPU60-500 2 Ligado 1106 .00509 .10569 17 10.871 2728 3223 2728
61 FOZ-500-60HZ 1106 ITAIPU60-500 3 Ligado 1106 .00501 .10381 17 10.687 2728 3223 2728
61 FOZ-500-60HZ 1106 ITAIPU60-500 4 Ligado 1106 .00494 .10238 17 10.537 2728 3223 2728
77 T.PRETO--500 598 TAUBATE--500 1 Ligado 598 .106 1.441 5 133.32 1855 2252 1855
85 FOZ-500-50HZ 1101 ITAIPU50-500 1 Ligado 1101 .00691 .11987 17 12.279 2858 3377 2858
85 FOZ-500-50HZ 1101 ITAIPU50-500 2 Ligado 1101 .00672 .11661 17 11.929 2858 3377 2858
85 FOZ-500-50HZ 1103 MARGEMDIR500 1 Ligado 1103 .00581 .10014 17 10.405 2858 3377 2858
85 FOZ-500-50HZ 1103 MARGEMDIR500 2 Ligado 1103 .00569 .09817 17 10.207 2858 3377 2858
87 RESENDE--500 106 ADRIANO--500 2 Ligado 87 .101 1.607 41 136.6 1855 2337 39
100 MARIMBON-500 210 ITUMBIAR-500 1 Ligado 100 .2 2.95 1 238.36 1732 1732 2400
100 MARIMBON-500 535 AVERMELH-500 1 Ligado 535 .15 2.4 5 203.8 1732 1732 1732
100 MARIMBON-500 4598 MARIMBII-500 2 Ligado 100 .001 .011 1 1.5 1855 2337 1855
100 MARIMBON-500 4598 MARIMBII-500 1 Ligado 100 .001 .011 1 1.5 1855 2337 1855
101 ARARAQUA-500 102 POCOS----500 1 Ligado 101 .16 2.46 1 208.5 1855 2337 1855
101 ARARAQUA-500 103 CAMPINAS-500 1 Ligado 101 .15 2.39 1 202.6 1855 2337 1855
102 POCOS----500 1503 ITAJUBA3-500 1 Ligado 102 .11 1.91 1 161.85 1855 2337 1855
103 CAMPINAS-500 609 F.DIAS---500 1 Ligado 103 .076 1.193 1 100.26 1855 2337 1855
103 CAMPINAS-500 6609 ITATIBA--500 1 Ligado 103 .025 .405 1 34.087 1855 2337 97
104 C.PAULIS-500 77 T.PRETO--500 1 Ligado 104 .165 2.521 1 214.77 1855 2165 1855
104 C.PAULIS-500 77 T.PRETO--500 2 Ligado 104 .162 2.5 1 216.6 2728 2728 150
104 C.PAULIS-500 87 RESENDE--500 2 Ligado 104 .049 .783 1 66.5 1855 2337 39
104 C.PAULIS-500 105 ANGRA----500 1 Ligado 104 .09 1.48 1 119.6 1855 2337 1855
104 C.PAULIS-500 598 TAUBATE--500 1 Ligado 598 .076 1.179 5 99.91 1855 2252 1855
122

104 C.PAULIS-500 609 F.DIAS---500 1 Ligado 104 .154 2.43 1 206.2 1855 2337 1855
104 C.PAULIS-500 1503 ITAJUBA3-500 1 Ligado 104 .05 .82 1 69.36 1855 2337 1855
104 C.PAULIS-500 9604 CSN------500 1 Ligado 104 .089 1.426 1 121.14 1855 2337 300
104 C.PAULIS-500 9626 UTE_BF--500 3 Ligado 104 .01283 .19991 1 29.9 2473 2590 72
105 ANGRA----500 9601 Z.OESTE--500 1 Ligado 105 .08 1.29 1 119.58 1855 2337 6
105 ANGRA----500 9608 N.IGUACU-500 1 Ligado 9608 .1 1.56 43 131.2 1855 2337 1855
106 ADRIANO--500 108 S.JOSE---500 1 Ligado 106 .02 .41 1 44.3 2598 2598 2598
106 ADRIANO--500 109 BY-PASS-ADR 1 Ligado 106 .1 1 9999 9999 15
107 GRAJAU---500 109 BY-PASS-ADR 1 Ligado 107 .03 .68 1 73.8 2598 2598 137
109 BY-PASS-ADR 9626 UTE_BF--500 3 Ligado 109 .10778 16.796 1 251.18 2473 2590 72
115 BAT-BCS--500 6609 ITATIBA--500 1 Ligado 115 .31 4.85 43 508.32 2616 3715 2616
122 IBIUNA---500 125 IB-BAT-1-500 1 Ligado 122 -2.051 1 1931 2251 532
122 IBIUNA---500 130 IB-BAT-2-500 1 Ligado 122 -2.051 1 1931 2251 172
125 IB-BAT-1-500 112 Bateias500-1 1 Ligado 125 .308 3.958 1 444.84 1299 2251 172
130 IB-BAT-2-500 113 Bateias500-2 1 Ligado 130 .308 3.958 1 444.84 1299 2251 167
210 ITUMBIAR-500 360 NPONTE---500 1 Ligado 210 .156 2.262 1 181.15 2533 2837 500
210 ITUMBIAR-500 370 SSIMAO---500 1 Ligado 210 .15 2.32 1 196.6 1732 1732 1732
210 ITUMBIAR-500 4531 RVNORTE--500 1 Ligado 210 .18 2.77 1 243.9 2460 2460 300
233 SAMAMBAI-500 92 SMB-SM-1-500 1 Ligado 233 -1.83 1 1204 1396 80
233 SAMAMBAI-500 93 SMB-SM-2-500 1 Ligado 233 -1.248 1 1410 1635 185
233 SAMAMBAI-500 94 SMB-SM-3-500 1 Ligado 233 -1.248 1 1410 1635 150
233 SAMAMBAI-500 210 ITUMBIAR-500 1 Ligado 210 .26 4.08 1 361.6 1700 2598 1700
233 SAMAMBAI-500 320 EMBORCAC-500 1 Ligado 320 .2736 38.674 2 344.03 1299 2598 100
235 S.MESA---500 92 SMB-SM-1-500 1 Ligado 235 .22 3.39 1 298.03 1732 1732 600
235 S.MESA---500 93 SMB-SM-2-500 1 Ligado 235 .17 2.6 1 383.91 1732 1732 803
235 S.MESA---500 94 SMB-SM-3-500 1 Ligado 235 .17 2.6 1 383.91 2728 2728 2030
299 S.MESA-2-500 235 S.MESA---500 1 Ligado 299 .0273 .4658 63 65.349 2728 2728 47
320 EMBORCAC-500 210 ITUMBIAR-500 1 Ligado 320 .125 1.937 2 149.96 2078 2078 2442
370 SSIMAO---500 100 MARIMBON-500 1 Ligado 370 .184 2.678 2 215.42 1992 2390 118
123

580 ASSIS-FIC500 4598 MARIMBII-500 1 Ligado 580 .206 3.21 43 441.3 2400 3600 2400
3007 LUZIANIA-500 233 SAMAMBAI-500 1 Ligado 3007 .046 .72 73 103.57 2598 2598 288
3011 RIBPRETO-500 100 MARIMBON-500 1 Ligado 3011 .181 2.794 71 234.21 1992 2390 1992
3011 RIBPRETO-500 102 POCOS----500 1 Ligado 3011 .125 1.888 71 163.74 1992 2390 150
4598 MARIMBII-500 101 ARARAQUA-500 2 Ligado 4598 .171 2.716 1 231.2 1855 2337 1855
4598 MARIMBII-500 101 ARARAQUA-500 1 Ligado 4598 .171 2.716 1 231.2 1855 2337 1855
4598 MARIMBII-500 4531 RVNORTE--500 1 Ligado 4598 .216 3.742 1 523. 2716 3395 2716
4598 MARIMBII-500 4531 RVNORTE--500 2 Ligado 4598 .22 3.74 1 .523 2716 3395 2716
5540 MIRANDAII500 5645 SA.LOPES-500 1 Ligado 5540 .137 1.754 58 174.27 2030 2557 2030
5580 P.DUTRA--500 5645 SA.LOPES-500 1 Ligado 5580 .06 .768 58 76.325 2030 2557 2030
5645 SA.LOPES-500 5649 UTE_MARAN500 1 Ligado 5645 .01 1 9999 9999 9999
6609 ITATIBA--500 122 IBIUNA---500 1 Ligado 6609 .075 1.215 1 102.26 1855 2337 66
7057 ARARAQU2-500 101 ARARAQUA-500 1 Ligado 7057 .003 .062 81 6.71 1255 3204 13
7057 ARARAQU2-500 101 ARARAQUA-500 2 Ligado 7057 .003 .062 81 6.71 1255 3204 40
7057 ARARAQU2-500 6609 ITATIBA--500 1 Ligado 7057 .132 2.274 81 283. 2398 3100 2398
9604 CSN------500 106 ADRIANO--500 1 Ligado 9604 .061 .964 41 81.95 1855 2337 300
9608 N.IGUACU-500 107 GRAJAU---500 1 Ligado 9608 .031 .548 43 64.14 1855 2337 1855
9608 N.IGUACU-500 108 S.JOSE---500 1 Ligado 9608 .019 .319 43 32.48 1855 2337 1855

Tabela A.2 – Linhas 500kV FURNAS


124

TRAFOS 500 kV FURNAS

Tensão Capac. Capac. Capac.


Barra Barra Reatância Tap Tap Barra
Nome DE Nome PARA Circuito Tap Especificada Normal Emergência Equipamento Steps
DE PARA (%) Mínimo Máximo Controlada
(pu*1000) (MVA) (MVA) (MVA)
61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 1 .623 1.05 1650 1650 1650
61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 2 .642 1.05 1650 1650 1650
61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 3 .623 1.05 1650 1650 1650
61 FOZ-500-60HZ 60 F.IGUACU-765 4 .623 1.05 1650 1650 1650
77 T.PRETO--500 76 T.PRETO--765 1 .666 1.088 1650 1650 1650
77 T.PRETO--500 76 T.PRETO--765 2 .67 1.088 1650 1650 300
77 T.PRETO--500 80 TP500AT3-FIC 3 -.03 1.088 1650 1815 150
86 IBIUNA---345 122 IBIUNA---500 1 1.33 .98 750 802 33
86 IBIUNA---345 122 IBIUNA---500 2 1.33 .98 750 802 103
86 IBIUNA---345 122 IBIUNA---500 3 1.33 .98 750 802 103
99 ARARAQUA-525 101 ARARAQUA-500 1 .01 .952 9999 9999 83
100 MARIMBON-500 20 MARIMBON-8GR 1 .79 1. 1520 1520 1520
100 MARIMBON-500 214 MARIMBON-FIC 1 2.978 1.05 560 717 560
102 POCOS----500 121 PC-AT51--FIC 1 2.929 1.05 560 728 560
103 CAMPINAS-500 124 CAMPINA1-FIC 1 2.94 1.05 560 717 560
103 CAMPINAS-500 176 CAMPINA2-FIC 1 2.988 1.05 560 728 75
105 ANGRA----500 10 ANGRA-1--1GR 1 1.97 1.075 759 759 759
105 ANGRA----500 11 ANGRA-2--1GR 1 .95 1.1 1450 1450 1450
106 ADRIANO--500 139 ADR-T51--FIC 1 2.163 1.05 560 644 2598
106 ADRIANO--500 141 ADR-T53--FIC 1 2.922 1.05 560 717 560
106 ADRIANO--500 142 ADR-T55--FIC 1 3.228 1.05 560 717 560
107 GRAJAU---500 110 GR1-T52--FIC 52 2.23 1.05 600 690 75
107 GRAJAU---500 179 GR2-T54--FIC 54 2.263 1.05 600 690 150
169 S.JOSE1--138 108 S.JOSE---500 13 2.622 .926 .857 1.048 1017 169 600 600 250 32
169 S.JOSE1--138 108 S.JOSE---500 14 2.501 .926 .857 1.048 1017 169 600 600 250 32
178 GRAJAU---138 107 GRAJAU---500 56 2.411 .952 600 690 83
178 GRAJAU---138 107 GRAJAU---500 58 2.437 .952 600 690 83
181 ANGRA-DEF138 105 ANGRA----500 1 3.66 .942 .857 1.048 1018 181 400 400 210 32
125

183 C.PAULIS-138 104 C.PAULIS-500 57 5.34 .9728 .905 1.048 1044 183 250 263 150 32
183 C.PAULIS-138 104 C.PAULIS-500 59 5.34 .9728 .905 1.048 1044 183 250 270 150 32
210 ITUMBIAR-500 18 ITUMBIAR-6GR 1 .66667 1.05 2400 2400 225
210 ITUMBIAR-500 19 ITUMBIAR-000 1 4. 1.05 2000 2000 100
210 ITUMBIAR-500 217 ITUMBIAR-345 49 1.66 1.05 560 627 57
210 ITUMBIAR-500 217 ITUMBIAR-345 50 1.72 1.05 560 621 354
210 ITUMBIAR-500 217 ITUMBIAR-345 53 1.72 1.05 560 621 560
230 S.MESA---230 235 S.MESA---500 1 3.091 .99 400 452 284
230 S.MESA---230 235 S.MESA---500 2 3.207 .99 400 400 43
234 SAMAMBAI-345 233 SAMAMBAI-500 1 1.254 .962 1050 1155 225
234 SAMAMBAI-345 233 SAMAMBAI-500 2 1.196 .962 1050 1050 1299
234 SAMAMBAI-345 233 SAMAMBAI-500 3 1.167 .962 1050 1050 398
235 S.MESA---500 36 S.MESA---3GR 1 .83567 1.05 1418 1418 1299
235 S.MESA---500 37 S.MESA---000 1 2.51 1.05 1418 1418 1418
4200 S.JOSE2--138 108 S.JOSE---500 11 2.641 .9744 .857 1.048 1020 4200 600 600 558 32
4200 S.JOSE2--138 108 S.JOSE---500 12 2.662 .9744 .857 1.048 1020 4200 600 660 558 32
6610 ITATIBA--138 6609 ITATIBA--500 1 3.32 1.008 .86 1.188 1025 6610 400 480 103 32
6610 ITATIBA--138 6609 ITATIBA--500 2 3.32 1.008 .86 1.188 1025 6610 400 480 103 32
6610 ITATIBA--138 6609 ITATIBA--500 3 3.32 1.008 .86 1.188 1025 6610 400 480 103 32
9435 FIguac-F-525 61 FOZ-500-60HZ 1 .01 .9524 3455 3637 11
9626 UTE_BF--500 9628 UTBFLUV-1GR 1 5.435 1.05 230 230 230
9626 UTE_BF--500 9627 UTBFLUG-2GR 1 2.717 1.05 460 460 460
OBS: TODOS OS TRAFOS ESTÃO LIGADOS NO CASO BASE

Tabela A.3 – Transformadores 500kV FURNAS


126

Diagramas unifilares do sistema 500 kV FURNAS

Figura A.1 – Subsistema 500kV FURNAS ITAIPÚ 50 Hz


127

Figura A.2 – Subsistema 500kV FURNAS ITAIPÚ 60 Hz


128

Figura A.3 – Subsistema 500kV São Paulo – Rio de Janeiro


129

Figura A.4 – Subsistema 500kV FURNAS São Paulo


130

Figura A.5 – Subsistema 500kV FURNAS Interligação Norte - Sudeste


131

Figura A.6 – Subsistema 500kV FURNAS Maranhão


132

Comparação de Dados de circuito - 20 casos de contingências

Variação Percentual do carregamento normal em relação ao CASO BASE [%] - Carga Pesada - Abril-Setembro 2015

Número Número Número Caso Base O.N.S -


CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG
da barra da barra do Carregamento
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 12 13 14 15 18 19 20 21 22
'DA' 'PARA' circuito (%)

61 60 1 72,08 -0,05 -0,01 -0,01 0,04 -0,20 -0,32 0,00 0,00 -0,11 0,00 -0,20 0,00 0,07 -72,08 -0,09 0,00 -0,01 -72,08 -72,08
61 60 2 69,95 -0,05 -0,01 -0,01 0,04 -0,19 -0,31 0,00 0,00 -0,10 0,00 -0,19 0,00 0,07 21,99 -0,09 0,00 -0,01 21,95 -69,95
61 60 3 72,08 -0,05 -0,01 -0,01 0,04 -0,20 -0,32 0,00 0,00 -0,11 0,00 -0,20 0,00 0,07 22,66 -0,09 0,00 -0,01 22,62 -72,08
61 60 4 72,08 -0,05 -0,01 -0,01 0,04 -0,20 -0,32 0,00 0,00 -0,11 0,00 -0,20 0,00 0,07 22,66 -0,09 0,00 -0,01 22,62 176,98
61 1106 1 53,82 -0,01 0,00 0,00 0,01 -0,05 -0,08 0,00 0,00 -0,06 0,00 -0,11 0,00 0,04 -0,08 -0,02 0,00 0,00 -0,09 -0,13
61 1106 2 54,63 -0,01 0,00 0,00 0,01 -0,05 -0,08 0,00 0,00 -0,06 0,00 -0,11 0,00 0,05 -0,08 -0,02 0,00 0,00 -0,09 -0,13
61 1106 3 55,61 -0,01 0,00 0,00 0,01 -0,05 -0,08 0,00 0,00 -0,06 0,00 -0,11 0,00 0,05 -0,08 -0,02 0,00 0,00 -0,09 -0,13
61 1106 4 56,39 -0,01 0,00 0,00 0,01 -0,05 -0,08 0,00 0,00 -0,06 0,00 -0,11 0,00 0,05 -0,08 -0,02 0,00 0,00 -0,09 -0,13
77 76 1 11,10 -0,50 -0,09 -0,08 0,29 -0,17 -1,31 0,04 0,02 0,85 0,00 3,37 0,00 -1,47 -0,11 -1,50 0,00 -0,09 -0,59 -0,74
77 76 2 11,03 -0,50 -0,09 -0,08 0,29 -0,17 -1,30 0,04 0,02 0,85 0,00 3,35 0,00 -1,46 -0,11 -1,49 0,00 -0,09 -0,58 -0,74
77 80 3 11,09 -0,50 -0,09 -0,08 0,29 -0,17 -1,31 0,04 0,02 0,85 0,00 3,36 0,00 -1,47 -0,11 -1,50 0,00 -0,09 -0,59 -0,74
77 598 1 13,08 1,57 0,74 0,85 -0,18 0,64 1,31 0,03 0,01 1,18 -0,01 5,01 0,00 -2,02 0,03 2,91 0,00 0,00 -0,13 -0,10
85 1101 1 36,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
85 1101 2 37,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
85 1103 1 28,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
85 1103 2 28,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
86 122 1 10,91 -0,49 -0,09 -0,11 0,30 -0,26 4,73 -10,91 -0,02 -1,55 0,03 -0,57 0,00 1,63 -0,16 -0,36 0,00 -0,03 0,07 -1,67
86 122 2 10,91 -0,49 -0,09 -0,11 0,30 -0,26 4,73 3,93 -0,02 -1,55 0,03 -0,57 0,00 1,63 -0,16 -0,36 0,00 -0,03 0,07 -1,67
87 106 2 28,65 4,13 -1,99 -2,70 0,03 -0,06 -0,36 0,00 0,01 0,59 -0,01 1,72 0,00 -1,96 0,00 -28,65 0,00 -0,17 -0,90 -0,05
99 101 1 2,65 0,05 0,01 0,01 -0,02 0,38 0,52 0,00 0,00 0,34 0,00 0,53 0,00 -0,28 0,01 0,04 0,00 0,00 0,15 0,03
100 20 1 90,47 0,10 0,01 0,02 -0,05 0,84 2,22 -0,01 0,01 0,17 -0,03 3,47 0,00 -0,33 0,00 0,05 0,00 0,00 -0,26 0,05
100 210 1 43,00 -0,22 -0,04 -0,03 0,05 -0,49 -1,98 0,02 -0,21 -10,50 -0,04 -1,69 0,00 0,68 0,00 -0,73 0,00 -0,05 -7,22 -0,09
100 214 1 22,87 0,36 0,06 0,05 -0,11 1,51 4,37 -0,04 0,02 7,52 0,04 4,90 0,00 -1,45 0,01 0,76 0,00 0,05 3,67 0,18
133

100 535 1 19,57 0,06 0,02 0,01 -0,03 -1,51 -2,51 0,00 0,11 3,85 -0,01 0,03 0,00 -1,54 0,00 0,10 0,00 0,01 2,33 0,07
101 102 1 33,14 -0,14 -0,07 -0,07 0,09 0,61 5,66 -0,04 0,04 3,61 -0,01 2,93 0,00 -1,20 0,02 -0,26 0,00 0,01 1,73 0,21
101 103 1 62,93 -0,09 -0,02 -0,02 0,01 -1,35 -62,93 0,11 0,00 -0,13 -0,01 0,94 0,00 -0,35 -0,02 -0,23 0,00 -0,01 -0,58 -0,07
102 121 1 67,12 1,27 0,39 0,29 -0,29 0,47 10,85 -0,09 0,05 5,48 -0,02 2,01 0,00 0,31 -0,01 4,24 0,00 0,22 3,53 0,05
102 1503 1 54,64 -0,97 -0,33 -0,29 0,27 0,21 3,04 -0,02 -0,01 -1,00 -0,01 5,25 0,00 -2,24 0,04 -3,11 0,00 -0,12 -2,27 0,37
103 124 1 46,15 0,03 0,04 0,00 0,03 -1,11 -19,83 -0,22 0,02 0,65 0,00 -1,42 0,00 0,87 0,02 0,74 0,00 0,04 0,59 0,20
103 176 1 45,66 0,03 0,03 0,00 0,03 -1,09 -19,62 -0,21 0,02 0,65 0,00 -1,40 0,00 0,86 0,02 0,73 0,00 0,04 0,58 0,20
103 6609 1 34,85 0,26 0,07 0,07 -0,12 -2,15 -26,48 0,44 -0,01 0,17 -0,01 1,31 0,00 -0,29 -0,08 0,35 0,00 0,02 -0,34 -0,60
104 77 1 10,64 -0,54 -0,36 -0,32 0,45 -0,15 0,00 0,02 0,02 0,65 0,00 3,67 0,00 -1,09 -0,09 -1,53 0,00 -0,08 -0,43 -0,40
104 77 2 7,30 -0,37 -0,24 -0,22 0,31 -0,10 0,01 0,01 0,01 0,44 0,00 2,52 0,00 -0,75 -0,06 -1,05 0,00 -0,06 -0,30 -0,27
104 87 2 31,74 4,03 -1,96 -2,63 -0,04 -0,03 -0,30 0,00 0,01 0,61 -0,01 1,73 0,00 -2,00 -0,01 -27,29 0,00 -0,18 -0,90 -0,05
104 105 1 4,41 15,74 2,79 2,53 0,78 1,42 2,67 -0,04 0,02 1,67 -0,02 14,71 0,00 0,71 -0,04 13,72 0,00 0,18 -0,60 -0,03
104 598 1 10,42 -1,51 -0,54 -0,31 0,95 0,35 1,74 -0,02 0,02 0,84 -0,01 3,49 0,00 -1,31 -0,03 -0,56 0,00 -0,06 -0,02 -0,05
104 1503 1 43,83 -1,15 -0,37 -0,30 0,32 0,36 3,45 -0,02 -0,02 -1,17 -0,01 5,66 0,00 -2,33 0,04 -3,81 0,00 -0,17 -2,53 0,40
104 9604 1 34,93 4,12 -1,91 -2,66 0,17 -0,24 -0,60 0,01 0,01 0,40 0,00 1,47 0,00 -1,81 0,00 -16,66 0,00 -0,14 -0,84 -0,04
105 10 1 83,40 0,77 0,20 0,26 -0,24 0,34 0,74 -0,01 0,00 0,35 0,00 -83,40 0,00 -0,42 -0,01 1,24 0,00 0,09 0,20 0,00
105 11 1 88,91 0,33 0,08 0,10 -0,09 0,14 0,32 0,00 0,00 0,14 0,00 1,01 0,00 -0,06 0,00 0,56 0,00 0,04 0,08 0,00
105 9601 1 44,41 24,27 2,04 1,41 0,01 -0,03 -0,18 0,00 0,01 0,29 0,00 -7,87 0,00 -1,39 0,00 7,22 0,00 0,99 -0,64 -0,02
105 9608 1 45,90 -45,90 2,12 2,55 -0,02 -0,02 -0,19 0,00 0,01 0,29 0,00 -9,81 0,00 -1,17 0,00 8,38 0,00 -0,61 -0,52 -0,02
106 108 1 20,44 6,05 14,25 -20,44 0,14 -0,14 -0,28 0,00 0,00 -0,09 0,00 2,69 0,00 -0,49 0,00 -20,44 0,00 0,05 -0,37 0,00
106 109 1 0,88 0,36 5,80 1,39 -0,01 0,04 0,10 0,00 0,00 0,10 0,00 0,34 0,00 0,40 0,00 -0,88 0,00 0,63 0,31 0,00
106 139 1 27,66 0,63 9,91 9,02 0,12 -0,39 -1,41 0,01 0,04 1,90 -0,02 -1,98 0,00 -0,18 -0,01 -27,66 0,00 4,48 1,35 -0,15
106 141 1 25,45 0,57 9,13 8,30 0,10 -0,35 -1,30 0,01 0,04 1,76 -0,02 -1,83 0,00 -0,17 -0,01 -25,45 0,00 4,12 1,24 -0,13
106 142 1 25,14 0,56 9,00 8,18 0,10 -0,35 -1,28 0,01 0,04 1,74 -0,02 -1,80 0,00 -0,17 -0,01 -25,14 0,00 4,06 1,23 -0,13
107 109 1 26,34 3,11 -26,34 8,93 0,09 -0,09 -0,19 0,00 0,00 -0,02 0,00 1,99 0,00 -3,74 0,00 10,37 0,00 -3,23 -2,43 -0,01
107 110 52 57,07 -0,99 -5,46 0,21 -0,07 0,11 0,21 0,00 0,01 0,38 0,00 0,95 0,00 -8,97 0,00 4,75 0,00 39,82 -5,67 -0,02
107 179 54 55,72 -0,95 -5,31 0,21 -0,07 0,12 0,22 0,00 0,01 0,38 0,00 0,96 0,00 -8,77 0,00 4,66 0,00 38,87 -5,55 -0,02
122 125 1 23,03 -0,08 -0,02 -0,02 0,05 -0,38 -0,81 -0,23 -0,01 -0,45 0,00 -0,84 0,00 0,21 -0,11 -0,11 0,00 -0,01 -0,13 -1,01
134

122 130 1 23,03 -0,08 -0,02 -0,02 0,05 -0,38 -0,81 -0,23 -0,01 -0,45 0,00 -0,84 0,00 0,21 -0,11 -0,11 0,00 -0,01 -0,13 -1,01
125 112 1 33,11 -0,10 -0,02 -0,02 0,06 -0,46 -1,09 -0,31 -0,01 -0,60 0,01 -1,09 0,00 0,28 -0,17 -0,15 0,00 -0,01 -0,21 -1,44
130 113 1 33,11 -0,10 -0,02 -0,02 0,06 -0,46 -1,09 -0,31 -0,01 -0,60 0,01 -1,09 0,00 0,28 -0,17 -0,15 0,00 -0,01 -0,21 -1,44
169 108 13 38,91 -1,31 0,62 -4,10 -0,10 0,11 -1,05 0,00 0,02 0,55 -0,01 -1,91 0,00 0,15 -0,01 -1,49 0,00 0,63 0,64 -0,05
169 108 14 40,80 -1,38 0,65 -4,30 -0,10 0,12 -1,10 0,00 0,02 0,58 -0,01 -2,00 0,00 0,16 -0,01 -1,56 0,00 0,66 0,67 -0,06
178 107 56 56,67 -0,91 -5,34 0,23 -0,09 0,14 0,27 0,00 0,01 0,40 0,00 1,07 0,00 -8,97 0,00 4,81 0,00 -56,67 -5,67 -0,02
178 107 58 56,07 -0,90 -5,28 0,22 -0,09 0,14 0,27 0,00 0,01 0,40 0,00 1,06 0,00 -8,87 0,00 4,75 0,00 -56,07 -5,61 -0,02
181 105 1 67,82 -0,11 -0,01 -0,01 0,00 -0,01 -0,12 0,00 0,00 -0,01 0,00 -0,11 0,00 0,01 0,00 -0,12 0,00 -0,01 -0,44 0,00
183 104 57 23,22 3,11 1,60 2,07 0,12 0,33 0,32 0,00 0,00 0,54 0,00 1,68 0,00 -0,77 0,00 7,10 0,00 0,22 -0,30 0,00
183 104 59 23,22 3,11 1,60 2,07 0,12 0,33 0,32 0,00 0,00 0,54 0,00 1,68 0,00 -0,77 0,00 7,10 0,00 0,22 -0,30 0,00
210 18 1 90,74 -0,06 -0,01 -0,01 0,02 -0,25 -0,59 0,00 -0,13 1,03 0,14 -0,80 0,00 0,19 0,00 -0,09 0,00 -0,01 0,47 -0,02
210 19 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,27 0,00
210 217 49 10,68 0,05 0,01 0,01 -0,02 0,25 0,57 0,00 -0,12 3,06 0,13 0,84 0,00 -0,14 0,00 0,09 0,00 0,01 1,20 0,02
210 217 50 10,31 0,05 0,01 0,01 -0,02 0,24 0,55 0,00 -0,11 2,95 0,13 0,81 0,00 -0,14 0,00 0,09 0,00 0,01 1,15 0,02
210 217 53 10,31 0,05 0,01 0,01 -0,02 0,24 0,55 0,00 -0,11 2,95 0,13 0,81 0,00 -0,14 0,00 0,09 0,00 0,01 1,15 0,02
210 360 1 42,29 0,12 0,03 0,02 -0,03 0,21 1,01 -0,01 -0,22 0,16 0,00 1,25 0,00 -0,47 0,00 0,42 0,00 0,03 -0,35 0,06
210 370 1 13,52 -0,15 -0,03 -0,02 0,04 -0,55 -1,48 0,01 -0,11 -8,58 -0,16 -3,24 0,00 0,73 -0,01 -0,46 0,00 -0,03 -6,08 -0,09
210 4531 1 6,86 0,06 0,01 0,01 -0,01 0,15 0,59 -0,01 -0,04 2,70 0,05 0,48 0,00 -0,19 0,00 0,19 0,00 0,01 1,69 0,02
230 235 1 17,54 -0,04 -0,01 -0,01 0,01 -0,09 -0,27 0,00 -0,80 3,78 0,82 -0,39 0,00 0,10 0,00 -0,08 0,00 -0,01 1,81 -0,01
230 235 2 16,90 -0,03 -0,01 -0,01 0,01 -0,09 -0,26 0,00 -0,77 3,65 0,79 -0,38 0,00 0,09 0,00 -0,08 0,00 0,00 1,75 -0,01
233 92 1 65,48 -0,02 0,00 0,00 0,00 -0,03 -0,12 0,00 24,51 -20,13 0,14 -0,16 0,00 0,05 0,00 -0,05 0,00 0,00 -14,23 -0,01
233 93 1 65,64 -0,02 0,00 0,00 0,01 -0,05 -0,16 0,00 -65,64 -20,56 0,27 -0,21 0,00 0,06 0,00 -0,06 0,00 0,00 -14,46 -0,01
233 94 1 65,64 -0,02 0,00 0,00 0,01 -0,05 -0,16 0,00 24,62 -20,56 0,27 -0,21 0,00 0,06 0,00 -0,06 0,00 0,00 -14,46 -0,01
233 210 1 20,68 -0,05 -0,01 -0,01 0,01 -0,04 -0,25 0,00 -0,54 -6,27 0,38 -0,35 0,00 0,15 0,00 -0,17 0,00 -0,01 -6,33 -0,02
233 320 1 48,99 0,03 0,01 0,00 -0,01 0,07 0,33 0,00 -1,39 -16,78 -0,09 0,36 0,00 -0,14 0,00 0,11 0,00 0,01 -11,80 0,02
234 233 1 51,68 -0,05 -0,01 -0,01 0,01 -0,08 -0,36 0,00 -1,32 -9,00 0,10 -0,42 0,00 0,15 0,00 -0,16 0,00 -0,01 -6,10 -0,02
234 233 2 54,19 -0,05 -0,01 -0,01 0,01 -0,09 -0,37 0,00 -1,39 -9,43 0,11 -0,44 0,00 0,16 0,00 -0,17 0,00 -0,01 -6,40 -0,02
234 233 3 55,54 -0,05 -0,01 -0,01 0,01 -0,09 -0,38 0,00 -1,42 -9,67 0,11 -0,45 0,00 0,16 0,00 -0,17 0,00 -0,01 -6,56 -0,02
135

235 36 1 86,47 0,01 0,00 0,00 0,00 0,02 0,06 0,00 0,09 -86,47 0,22 0,09 0,00 0,02 0,00 0,02 0,00 0,00 -62,85 0,00
235 37 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,36 0,00
235 92 1 46,61 -0,02 0,00 0,00 0,00 -0,03 -0,11 0,00 16,54 -13,65 0,21 -0,15 0,00 0,05 0,00 -0,04 0,00 0,00 -9,61 -0,01
235 93 1 53,81 -0,01 0,00 0,00 0,00 -0,03 -0,10 0,00 -46,51 -16,53 0,12 -0,13 0,00 0,04 0,00 -0,04 0,00 0,00 -11,64 -0,01
235 94 1 34,16 -0,01 0,00 0,00 0,00 -0,02 -0,06 0,00 12,53 -10,50 0,07 -0,08 0,00 0,03 0,00 -0,03 0,00 0,00 -7,39 0,00
299 235 1 2,51 0,02 0,00 0,00 0,00 0,04 0,15 0,00 6,50 4,78 0,09 0,21 0,00 -0,07 0,00 0,07 0,00 0,00 2,57 0,01
320 210 1 28,57 0,17 0,04 0,02 -0,04 0,28 1,29 -0,01 -0,34 4,88 0,02 1,66 0,00 -0,61 0,00 0,59 0,00 0,04 2,77 0,07
370 100 1 32,95 -0,06 -0,01 -0,01 0,01 -0,29 -1,02 0,01 -0,01 -1,30 -0,01 0,23 0,00 -0,04 0,00 -0,27 0,00 -0,02 -1,02 0,00
9608 108 1 22,85 -8,12 -14,06 23,75 0,09 -0,17 -0,41 0,00 0,01 0,20 0,00 -5,48 0,00 1,24 0,00 25,30 0,00 0,22 1,18 -0,03
9608 107 1 36,69 -5,34 29,14 -11,34 -0,11 0,16 0,38 0,00 0,01 0,39 0,00 -1,72 0,00 -6,00 0,00 -7,00 0,00 -6,49 -3,65 -0,01
9604 106 1 22,19 3,70 -1,89 -2,46 -0,14 0,06 -0,14 0,00 0,01 0,67 -0,01 1,78 0,00 -1,93 -0,01 -22,19 0,00 -0,21 -0,91 -0,05
3007 233 1 8,25 -0,04 -0,01 -0,01 0,01 -0,05 -0,22 0,00 3,81 0,90 -1,26 -0,31 0,00 0,11 0,00 -0,14 0,00 -0,01 1,08 -0,01
3011 100 1 58,10 0,00 0,00 -0,01 0,01 0,13 1,48 -0,01 -0,05 -0,45 -0,01 1,01 0,00 -0,50 0,01 0,06 0,00 0,01 -0,40 0,09
3011 102 1 39,80 -0,40 -0,12 -0,10 0,09 -0,02 -0,40 0,00 -0,04 -2,46 0,00 1,52 0,00 -0,71 0,02 -1,40 0,00 -0,07 -2,25 0,13
4200 108 11 46,27 -0,56 0,69 -2,45 0,14 -0,07 -0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,67 0,00 0,31 0,01 -1,38 0,00 -0,06 0,11 0,02
4200 108 12 45,91 -0,55 0,69 -2,43 0,14 -0,07 -0,41 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,66 0,00 0,31 0,01 -1,37 0,00 -0,06 0,11 0,02
6609 122 1 36,50 0,40 0,07 0,08 -0,23 4,24 -3,04 0,71 0,01 1,83 -0,02 5,97 0,00 -1,09 -0,04 0,19 0,00 0,02 -0,31 -0,03
6610 6609 1 62,42 0,01 0,02 0,00 0,01 -1,04 -7,03 -0,15 0,01 -1,08 0,00 -1,46 0,00 0,59 0,04 0,26 0,00 0,01 -0,01 0,29
6610 6609 2 62,42 0,01 0,02 0,00 0,01 -1,04 -7,03 -0,15 0,01 -1,08 0,00 -1,46 0,00 0,59 0,04 0,26 0,00 0,01 -0,01 0,29
7057 101 1 27,34 0,53 0,14 0,22 -0,09 4,17 32,41 -0,04 -0,11 5,32 0,01 6,84 0,00 -2,07 0,05 0,18 0,00 -0,01 0,84 0,38
7057 101 2 27,34 0,53 0,14 0,22 -0,09 4,17 32,41 -0,04 -0,11 5,32 0,01 6,84 0,00 -2,07 0,05 0,18 0,00 -0,01 0,84 0,38
9435 61 1 38,72 0,02 0,00 0,00 -0,01 0,09 0,14 0,02 0,00 -0,11 0,00 -0,24 0,00 0,10 2,20 0,07 0,00 0,00 2,22 17,65
235 7236 1 7,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,00 -0,50 0,74 0,01 -0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,61 0,00
235 7237 1 6,97 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,00 -0,47 0,69 0,01 -0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00
7057 6609 1 55,52 -0,03 -0,01 -0,01 -0,02 -1,47 12,77 0,16 0,01 0,11 -0,01 1,11 0,00 -0,38 -0,03 -0,13 0,00 -0,01 -0,43 -0,14
6610 6609 3 62,42 0,01 0,02 0,00 0,01 -1,04 -7,03 -0,15 0,01 -1,08 0,00 -1,46 0,00 0,59 0,04 0,26 0,00 0,01 -0,01 0,29
4598 4531 1 25,81 -0,06 -0,01 -0,01 0,01 -0,14 -0,56 0,01 -0,10 -4,10 -0,01 -0,50 0,00 0,20 0,00 -0,22 0,00 -0,01 -2,61 -0,02
4598 101 2 61,40 -0,19 -0,03 -0,02 0,04 -0,81 -4,33 0,03 -0,12 -6,38 -0,01 -0,59 0,00 0,23 0,00 -0,69 0,00 -0,05 -4,37 -0,01
136

4598 101 1 61,40 -0,19 -0,03 -0,02 0,04 -0,81 -4,33 0,03 -0,12 -6,38 -0,01 -0,59 0,00 0,23 0,00 -0,69 0,00 -0,05 -4,37 -0,01
100 4598 2 50,63 -0,08 -0,01 0,01 -0,02 -0,17 -2,08 0,01 -0,04 -3,53 -0,01 0,78 0,00 -0,38 0,00 -0,65 0,00 -0,05 -2,74 -0,03
100 4598 1 50,63 -0,08 -0,01 0,01 -0,02 -0,17 -2,08 0,01 -0,04 -3,53 -0,01 0,78 0,00 -0,38 0,00 -0,65 0,00 -0,05 -2,74 -0,03
5645 5649 1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,71 0,00
5540 5645 1 21,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,03 0,09 0,01 -0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,37 0,00
5580 5645 1 20,47 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,02 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,02 0,00
86 122 3 10,91 -0,49 -0,09 -0,11 0,30 -0,26 4,73 3,93 -0,02 -1,55 0,03 -0,57 0,00 1,63 -0,16 -0,36 0,00 -0,03 0,07 -1,67
9626 9628 1 78,54 0,55 0,02 0,00 -0,16 0,49 1,23 -0,01 0,00 0,50 0,00 2,67 0,00 -0,09 -0,01 0,73 0,00 0,04 0,05 0,00
9626 9627 1 74,17 0,56 0,02 0,00 -0,16 0,50 1,25 -0,01 0,00 0,51 0,00 2,74 0,00 -0,08 -0,01 0,74 0,00 0,04 0,05 0,00
109 9626 3 30,55 3,83 -3,13 -1,94 -0,04 -0,03 -0,28 0,00 0,01 0,56 -0,01 1,69 0,00 -2,01 -0,01 8,62 0,00 -0,34 -0,95 -0,04
104 9626 3 11,13 3,61 -2,28 -1,41 -0,76 0,95 1,82 -0,03 0,02 1,39 -0,02 4,35 0,00 -2,49 -0,03 8,25 0,00 -0,26 -0,75 -0,05
4598 4531 2 28,06 -0,03 -0,01 0,00 0,00 0,07 -0,13 0,00 -0,10 -3,86 -0,01 0,07 0,00 0,05 0,00 -0,21 0,00 -0,01 -2,67 -0,01
115 6609 1 22,67 -0,04 0,00 0,00 0,03 -0,34 -3,12 0,07 0,00 -0,42 0,00 -0,24 0,00 0,29 -0,08 -0,07 0,00 -0,01 -0,33 -0,57
104 609 1 28,91 -1,00 -0,32 -0,26 0,46 1,52 -0,23 -0,08 0,02 2,72 -0,01 6,87 0,00 -2,46 0,05 -3,00 0,00 -0,10 -0,12 0,46
103 609 1 3,67 0,44 0,01 0,02 -0,33 0,40 16,47 0,03 0,00 3,68 0,00 6,62 0,00 0,42 0,03 -0,16 0,00 0,03 0,62 0,26
580 4598 1 38,94 -0,06 -0,01 0,00 -0,01 0,18 1,11 0,00 -0,09 -4,71 -0,02 0,01 0,00 0,02 -0,01 -0,43 0,00 -0,03 -3,17 -0,13

Tabela A.4 – Variação Percentual do carregamento para carga pesada


137

Comparação de Dados de circuito - 23 casos


Variação percentual do carregamento normal [%] em relação ao CASO BASE [%] – Carga Leve - Junho 2015
Número Número Número Caso
CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG CTG
da barra da barra do Base
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
'DA' 'PARA' circuito O.N.S
61 60 1 61,9 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 -61,9 -0,1 -0,4 -0,1 0,0 0,0 -61,9 -61,9
61 60 2 60,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 18,9 -0,1 -0,4 -0,1 0,0 0,0 18,8 -60,1
61 60 3 61,9 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 19,5 -0,1 -0,4 -0,1 0,0 0,0 19,4 -61,9
61 60 4 61,9 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 19,5 -0,1 -0,4 -0,1 0,0 0,0 19,4 152,0
61 1106 1 39,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 -0,1 -0,1 -0,3 0,0 0,0 0,0 -0,1 -0,5
61 1106 2 40,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 -0,1 -0,1 -0,3 0,0 0,0 0,0 -0,2 -0,5
61 1106 3 41,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 -0,1 -0,1 -0,3 0,0 0,0 0,0 -0,2 -0,5
61 1106 4 41,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 -0,1 -0,1 -0,3 0,0 0,0 0,0 -0,2 -0,5
77 76 1 42,7 -0,2 -0,2 -0,1 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 4,1 0,0 -1,8 0,0 2,1 4,1 -1,6 0,0 -0,1 -0,4 -0,4
77 76 2 42,4 -0,2 -0,2 -0,1 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 4,1 0,0 -1,8 0,0 2,1 4,1 -1,6 0,0 -0,1 -0,4 -0,4
77 80 3 42,6 -0,2 -0,2 -0,1 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 4,0 0,0 -1,8 0,0 2,0 3,9 -1,6 0,0 -0,1 -0,4 -0,4
77 598 1 42,7 0,6 0,4 0,7 0,0 0,0 -0,4 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 3,4 0,0 -1,5 0,0 2,1 3,5 2,2 0,0 0,0 -0,3 -0,4
85 1101 1 30,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
85 1101 2 31,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
85 1103 1 26,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
85 1103 2 26,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
86 122 1 15,2 0,1 0,1 0,1 -0,1 0,0 -2,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 -0,2 0,2 19,1 5,0 0,4 0,0 0,0 0,2 1,4
86 122 2 15,2 0,1 0,1 0,1 -0,1 0,0 -2,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 -0,2 0,2 19,1 5,0 0,4 0,0 0,0 0,2 1,4
87 106 2 26,6 2,0 -1,2 -2,4 -0,2 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,1 0,0 -2,1 0,0 0,0 3,3 -26,6 0,0 -0,2 -0,8 0,0
99 101 1 4,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0
100 20 1 46,5 -0,1 -0,1 0,0 0,1 0,0 -0,6 0,0 -0,1 -0,2 0,1 0,0 -1,8 0,0 0,3 0,0 -1,7 1,3 -0,3 0,0 -0,1 -1,3 0,0
100 210 1 33,1 0,1 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,5 0,0 0,0 0,9 0,1 0,0 0,7 0,0 -0,3 0,0 0,5 -33,1 0,9 0,0 0,0 4,4 0,0
138

100 214 1 50,0 0,2 0,1 0,0 -0,1 0,0 1,3 0,0 0,1 0,7 0,0 0,0 2,0 0,0 -0,9 0,0 1,3 52,0 1,7 0,0 0,1 2,9 0,1
100 535 1 21,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 3,0 0,0 -1,4 0,0 -0,3 9,5 0,2 0,0 0,0 2,5 0,1
101 102 1 39,0 -0,1 -0,1 -0,1 0,1 0,0 2,4 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 1,8 0,0 -1,1 0,0 1,4 7,5 -0,4 0,0 0,0 0,6 0,1
101 103 1 26,7 -0,1 -0,1 -0,1 0,1 0,0 -26,7 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,5 0,0 -1,0 0,0 10,2 6,4 -0,8 0,0 0,0 -0,3 0,0
102 121 1 52,4 0,3 0,0 0,1 0,6 0,0 2,5 0,0 0,1 0,2 0,0 0,0 -4,7 0,0 1,0 0,0 0,1 15,5 4,3 0,0 -0,1 1,2 0,0
102 1503 1 20,9 -0,4 -0,2 -0,3 0,1 0,0 1,6 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 5,0 0,0 -2,3 0,0 0,7 -0,1 -3,5 0,0 -0,1 -2,3 0,2
103 124 1 34,0 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 -9,8 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 -1,9 0,0 0,4 0,0 -6,4 4,0 1,5 0,0 0,0 0,6 0,1
103 176 1 34,0 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 -9,5 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 -2,1 0,0 0,5 0,0 -6,6 3,6 1,5 0,0 0,0 0,5 0,1
103 6609 1 21,5 -0,1 0,0 -0,1 -0,2 0,0 15,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 3,2 0,0 -1,2 0,0 -21,5 6,5 -0,9 0,0 0,0 0,3 0,3
104 77 1 35,6 -0,6 -0,4 -0,4 0,5 0,0 0,3 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 3,7 0,0 -1,6 0,0 1,8 3,6 -3,1 0,0 -0,1 -0,3 -0,3
104 77 2 24,4 -0,4 -0,3 -0,3 0,3 0,0 0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,6 0,0 -1,1 0,0 1,2 2,4 -2,1 0,0 -0,1 -0,2 -0,2
104 87 2 33,2 2,0 -1,0 -2,3 0,3 0,0 -0,3 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 1,9 0,0 -2,0 0,0 -0,2 3,0 -24,3 0,0 -0,1 -0,9 0,0
104 103 1 27,2 -0,3 -0,1 -0,2 0,2 0,0 -4,5 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 4,9 0,0 -2,2 0,0 -6,7 4,3 -2,4 0,0 0,0 -0,9 0,3
104 105 1 24,0 -9,8 2,1 3,2 0,3 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 15,4 0,0 -2,6 0,0 0,2 4,3 15,2 0,0 0,2 -1,1 -0,1
104 598 1 24,5 -1,6 -1,0 -1,3 1,4 0,0 1,6 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 4,5 0,0 -1,5 0,0 2,3 4,8 -7,8 0,0 0,0 0,0 0,0
104 1503 1 13,1 -0,3 0,0 -0,2 -0,3 0,0 1,2 0,0 0,0 -0,2 0,0 0,0 4,5 0,0 -2,1 0,0 0,2 -0,7 -3,5 0,0 0,0 -2,7 0,2
104 9604 1 33,9 1,9 -0,9 -2,1 0,4 0,0 -0,3 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 1,6 0,0 -1,9 0,0 -0,5 2,7 -13,1 0,0 -0,1 -0,9 0,0
105 10 1 81,9 0,9 0,2 0,2 -0,3 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 -81,9 0,0 -0,2 0,0 0,7 3,2 0,6 0,0 0,2 0,1 0,0
105 11 1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
105 9601 1 21,1 11,1 0,9 1,1 0,3 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -8,4 0,0 -1,3 0,0 -0,3 1,3 6,8 0,0 0,4 -0,7 0,0
105 9608 1 23,1 -23,1 0,9 2,0 -0,1 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -8,7 0,0 -1,1 0,0 -0,2 1,2 7,8 0,0 -0,4 -0,5 0,0
106 108 1 16,9 2,9 7,1 -16,9 0,0 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,0 0,0 -0,6 0,0 -0,2 0,4 -16,9 0,0 0,0 -0,4 0,0
106 109 1 3,7 0,1 2,4 -1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,1 0,9 -3,7 0,0 0,2 0,4 0,0
106 139 1 47,0 0,4 5,0 7,5 -0,1 0,0 -0,5 0,0 0,1 0,3 0,0 0,0 -0,9 0,0 -0,6 0,0 -0,4 9,2 -47,0 0,0 2,0 1,3 -0,1
106 141 1 43,7 0,4 4,7 6,9 -0,1 0,0 -0,4 0,0 0,1 0,3 0,0 0,0 -0,8 0,0 -0,5 0,0 -0,3 8,4 -43,7 0,0 1,8 1,1 -0,1
106 142 1 43,9 0,4 4,7 6,8 -0,2 0,0 -0,4 0,0 0,1 0,3 0,0 0,0 -0,7 0,0 -0,6 0,0 -0,3 8,1 -43,9 0,0 1,8 1,1 -0,1
139

107 109 1 13,8 1,8 -13,8 7,1 -0,5 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,9 0,0 -3,8 0,0 0,9 3,2 15,8 0,0 -1,7 -2,0 -0,1
107 110 52 26,4 0,2 -2,5 0,6 -0,8 0,0 0,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 2,5 0,0 -9,0 0,0 1,7 6,2 7,0 0,0 18,1 -5,1 -0,1
107 179 54 25,8 0,2 -2,4 0,6 -0,8 0,0 0,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 2,5 0,0 -8,8 0,0 1,8 6,2 6,9 0,0 17,7 -5,0 -0,1
122 125 1 22,9 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,6 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,3 0,0 -0,1 0,1 -1,9 1,6 0,2 0,0 0,0 0,4 0,8
122 130 1 22,9 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,6 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,3 0,0 -0,1 0,1 -1,9 1,6 0,2 0,0 0,0 0,4 0,8
125 112 1 34,1 0,1 0,1 0,0 -0,1 0,0 1,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,5 0,0 -0,2 0,2 -3,4 2,4 0,3 0,0 0,0 0,6 1,6
130 113 1 34,1 0,1 0,1 0,0 -0,1 0,0 1,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,5 0,0 -0,2 0,2 -3,4 2,4 0,3 0,0 0,0 0,6 1,6
169 108 13 44,3 0,2 0,6 -0,9 0,5 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,4 0,0 0,4 2,9 0,0 0,0 0,5 0,2 0,0
169 108 14 46,4 0,3 0,7 -1,0 0,6 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 0,4 3,1 -0,1 0,0 0,6 0,2 0,0
178 107 56 26,4 0,3 -2,4 0,6 -0,9 0,0 0,4 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 2,8 0,0 -9,0 0,0 1,9 6,7 7,0 0,0 -26,4 -5,0 -0,1
178 107 58 26,1 0,3 -2,4 0,6 -0,9 0,0 0,4 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 2,7 0,0 -8,9 0,0 1,9 6,6 6,9 0,0 -26,1 -5,0 -0,1
181 105 1 68,5 0,2 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,1 0,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0
183 104 57 21,7 1,5 0,9 1,8 -0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 0,0 -0,8 0,0 0,2 2,3 6,7 0,0 0,2 -0,3 0,0
183 104 59 21,7 1,5 0,9 1,8 -0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 0,0 -0,8 0,0 0,2 2,3 6,7 0,0 0,2 -0,3 0,0
210 18 1 44,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 -0,1 -0,2 0,1 0,0 -0,6 0,0 0,1 0,0 -0,4 -44,8 -0,2 0,0 0,0 -0,9 0,0
210 19 1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
210 217 49 26,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 -0,1 0,8 0,0 0,0 0,9 0,0 -0,2 0,0 0,5 -26,9 0,3 0,0 0,0 3,3 0,0
210 217 50 26,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,8 0,0 0,0 0,8 0,0 -0,2 0,0 0,5 -26,0 0,2 0,0 0,0 3,1 0,0
210 217 53 26,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,1 0,8 0,0 0,0 0,8 0,0 -0,2 0,0 0,5 -26,0 0,2 0,0 0,0 3,1 0,0
210 360 1 25,4 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,1 -0,1 0,0 0,0 0,6 0,0 -0,3 0,0 0,3 -25,4 0,5 0,0 0,0 -0,6 0,0
210 370 1 46,6 0,1 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,3 0,0 0,0 1,1 0,1 0,0 1,6 0,0 -0,8 0,0 0,4 -46,6 0,8 0,0 0,0 4,8 0,0
210 4531 1 18,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 -0,1 0,0 0,2 -18,9 0,3 0,0 0,0 0,9 0,0
230 235 1 18,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 -0,3 1,1 -0,6 0,7 0,0 -0,3 0,0 0,0 0,0 -0,2 -0,5 -0,1 0,0 0,0 -0,5 0,0
230 235 2 18,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 -0,3 1,0 -0,6 0,7 0,0 -0,3 0,0 0,0 0,0 -0,2 -0,4 -0,1 0,0 0,0 -0,5 0,0
233 92 1 38,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,6 12,4 1,2 -0,4 0,0 0,2 0,0 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,1 0,0 0,0 7,6 0,0
233 93 1 37,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,6 -37,3 1,4 -0,4 0,0 0,2 0,0 -0,1 0,0 0,2 0,2 0,1 0,0 0,0 8,4 0,0
140

233 94 1 37,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,6 13,6 1,4 -0,4 0,0 0,2 0,0 -0,1 0,0 0,2 0,2 0,1 0,0 0,0 8,4 0,0
233 210 1 58,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,3 1,3 0,1 0,0 0,2 0,0 -0,1 0,0 0,1 -58,3 0,3 0,0 0,0 6,6 0,0
233 320 1 48,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 -0,1 -0,7 1,5 0,2 0,0 -0,3 0,0 0,1 0,0 -0,1 13,6 -0,2 0,0 0,0 8,1 0,0
234 233 1 21,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,1 -0,8 0,4 0,7 0,0 0,3 0,0 -0,1 0,0 0,2 16,5 0,2 0,0 0,0 3,0 0,0
234 233 2 22,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,1 -0,8 0,4 0,8 0,0 0,3 0,0 -0,1 0,0 0,2 17,3 0,2 0,0 0,0 3,2 0,0
234 233 3 22,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,1 -0,9 0,4 0,8 0,0 0,4 0,0 -0,1 0,0 0,2 17,8 0,2 0,0 0,0 3,2 0,0
235 36 1 7,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,2 -0,1 -7,8 -0,5 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,2 4,9 0,1 0,0 0,0 21,9 0,0
235 37 1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
235 92 1 26,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,4 8,6 0,9 -0,3 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 5,3 0,0
235 93 1 29,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 -22,5 1,1 -0,3 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,1 0,1 0,0 0,0 6,7 0,0
235 94 1 18,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,3 6,7 0,7 -0,2 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1 -0,1 0,1 0,0 0,0 4,2 0,0
299 235 1 16,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,3 -3,3 -0,6 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,9 0,1 0,0 0,0 -3,6 0,0
320 210 1 41,8 0,1 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,4 0,0 0,2 0,3 0,0 0,0 0,8 0,0 -0,4 0,0 0,4 -41,8 0,8 0,0 0,0 1,3 0,0
370 100 1 7,6 -0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 -0,8 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 -0,3 0,0 -0,1 0,0 -1,4 8,0 -0,3 0,0 0,0 -0,2 0,0
9608 108 1 22,7 -4,2 -8,6 20,7 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 -4,7 0,0 1,2 0,0 0,3 3,0 23,1 0,0 0,1 1,1 0,0
9608 107 1 17,5 -1,3 14,2 -6,0 -0,7 0,0 0,5 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,3 0,0 -4,9 0,0 1,7 4,3 -3,6 0,0 -3,3 -2,5 -0,1
9604 106 1 22,7 1,8 -1,3 -2,1 -0,6 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,1 0,0 -1,9 0,0 0,3 2,8 -22,7 0,0 -0,2 -0,6 -0,1
3007 233 1 27,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,7 4,9 0,0 -0,3 0,0 0,3 0,0 -0,1 0,0 0,1 -6,5 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0
3011 100 1 23,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 -0,4 0,0 0,3 10,4 -0,3 0,0 0,0 -1,4 0,0
3011 102 1 5,5 0,3 0,2 0,1 -0,4 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,3 0,0 1,2 5,7 0,6 0,0 0,1 0,7 -0,1
4200 108 11 49,6 -0,9 -0,5 -2,5 -0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,5 0,0 0,2 0,0 -1,1 -0,5 -1,4 0,0 -0,7 0,3 0,0
4200 108 12 49,2 -0,9 -0,5 -2,5 -0,1 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,5 0,0 0,2 0,0 -1,1 -0,5 -1,4 0,0 -0,7 0,3 0,0
6609 122 1 28,1 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 4,9 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 1,1 0,0 -0,1 0,0 -28,1 2,9 0,0 0,0 0,1 0,9 0,3
6610 6609 1 48,3 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 -3,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,1 0,0 0,3 0,0 -48,3 0,8 0,6 0,0 0,0 0,0 0,1
6610 6609 2 48,3 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 -3,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,1 0,0 0,3 0,0 -48,3 0,8 0,6 0,0 0,0 0,0 0,1
7057 101 1 49,7 0,1 0,1 0,0 -0,1 0,0 -11,7 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 7,0 0,0 -1,3 0,0 16,2 10,2 0,3 0,0 0,1 5,2 -0,1
141

7057 101 2 49,7 0,1 0,1 0,0 -0,1 0,0 -11,7 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 7,0 0,0 -1,3 0,0 16,2 10,2 0,3 0,0 0,1 5,2 -0,1
9435 61 1 14,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,3 0,0 0,1 1,6 -0,3 -0,2 0,1 0,0 0,0 1,6 13,6
235 7236 1 6,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,7 -0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 -0,2 0,0
235 7237 1 5,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 -0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 -0,2 0,0
7057 6609 1 19,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,5 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,2 0,0 -0,7 0,0 -19,5 6,2 -0,5 0,0 0,0 -0,1 0,0
6610 6609 3 48,3 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 -3,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -1,1 0,0 0,3 0,0 -48,3 0,8 0,6 0,0 0,0 0,0 0,1
4598 4531 1 5,5 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,9 0,0 -0,2 0,0 0,9 5,5 0,3 0,0 0,0 1,5 0,0
4598 101 2 13,2 0,2 0,1 0,1 -0,2 0,0 2,2 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 1,6 0,0 -0,1 0,0 4,0 -1,1 1,0 0,0 0,1 3,3 0,0
4598 101 1 13,2 0,2 0,1 0,1 -0,2 0,0 2,2 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 1,6 0,0 -0,1 0,0 4,0 -1,1 1,0 0,0 0,1 3,3 0,0
100 4598 2 5,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 -0,3 0,0 0,3 0,0 2,1 -0,1 0,7 0,0 0,0 1,0 0,0
100 4598 1 5,7 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 1,3 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 -0,3 0,0 0,3 0,0 2,1 -0,1 0,7 0,0 0,0 1,0 0,0
5645 5649 1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
5540 5645 1 18,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
5580 5645 1 17,9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
86 122 3 15,2 0,1 0,1 0,1 -0,1 0,0 -2,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,9 0,0 -0,2 0,2 19,1 5,0 0,4 0,0 0,0 0,2 1,4
9626 9628 1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
9626 9627 1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
109 9626 3 27,1 1,8 -1,8 -1,7 -0,2 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,0 0,0 -2,0 0,0 0,0 2,9 5,6 0,0 -0,3 -0,8 0,0
104 9626 3 27,4 1,8 -1,8 -1,7 -0,2 0,0 -0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 2,0 0,0 -2,0 0,0 0,0 2,8 5,6 0,0 -0,3 -0,8 0,0
4598 4531 2 9,6 0,1 0,0 0,0 -0,1 0,0 0,4 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 1,1 0,0 -0,2 0,0 1,1 4,6 0,2 0,0 0,0 1,1 0,0

Tabela A.5 – Variação Percentual do carregamento em relação ao caso base para carga leve

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