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Por que os estudos da commedia dell’arte interessam ao teatro contemporâneo?

Sobre o livro
de Roberto Tessari La Commedia dell’Arte: genesi d’una società dello spettacolo
DOI: 10.11606/issn.2238-3867.v16i2p407-414
sala preta
O que voc~e está lendo?

Por que os estudos da commedia dell’arte


interessam ao teatro contemporâneo?
Sobre o livro de Roberto Tessari La
Commedia dell’Arte: genesi d’una società
dello spettacolo
Why does commedia dell’arte studies matter to contemporary
theatre? On La Commedia dell’Arte: genesi d’una società dello
spettacolo, by Roberto Tessari

Maria de Lourdes Rabetti


Maria de Lourdes Rabetti
Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisadora do CNPq. Historiadora do teatro
Stefanie Liz Polidoro

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Maria de Lourdes Rabetti

Resumo
Apresentação e análise do último livro de Roberto Tessari, historiador
do teatro, sobre commedia dell’arte, expandindo-se para considerações
sobre a experiência cênica singular do teatro ocidental em suas “rela-
ções” com a cena contemporânea.
Palavras-chave: Roberto Tessari, Commedia dell’arte, Sociedade do
espetáculo.

Abstract
Presentation and analysis of theatre historian Roberto Tessari’s latest
book about commedia dell’arte, including considerations about the sin-
gular performing arts experience of western theatre in its “relations” with
the contemporary scene.
Keywords: Roberto Tessari, Commedia dell’arte, Society of the spectacle.

A experiência cênica (e comportamental) do fenômeno global euro-


peu da commedia dell’arte, fenômeno de longa duração e historicamente
datado, é de extrema importância para uma verificação da abordagem his-
tórica que, ao reafirmar a relevância de um tempo passado, nele percebe
emergências que se compreendem pelas correlações imediatas em que
se inserem, mas que, pelo extraordinário modo de produção e recepção
de que se compõem, emitem configurações conceituais que parecem se
estender, em similaridades, a outros tempos. Uma abordagem histórica e
historiográfica que, sem investimento exclusivo em temporalidades simul-
tâneas, labora também com linhas sucessivas de tempos, sem se envolver
em buscas deterministas de causa e efeito e em ilusórios encontros das
origens dos fenômenos teatrais.
La commedia dell’arte: genesi d’una società dello spettacolo [A com-
media dell’arte: gênese de uma sociedade do espetáculo] é título do último
livro sobre o tema publicado pelo historiador do teatro Roberto Tessari,1

1 Roberto Tessari, nascido em Pinerolo, Itália, atualmente é professor de literatura com-


parada do Dipartimento di Arte, Musica e Spettacolo da Università di Torino. Visitou o
Brasil pela primeira vez em 1989, quando compôs banca de tese de meu doutoramen-
to pela Universidade de São Paulo. Dentre os vários trabalhos que conosco realizou,

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Por que os estudos da commedia dell’arte interessam ao teatro contemporâneo? Sobre o livro
de Roberto Tessari La Commedia dell’Arte: genesi d’una società dello spettacolo

escrito durante 2012 e trazido a público em 2013 pela Editora Laterza. Com
mais de 260 páginas, a obra inclui, à guisa de introdução ou premissa, em
paginação destacada, uma espécie de libelo teórico questionador de ver-
tentes de estudos de um dos fenômenos teatrais mais significativos do tea-
tro do início da era moderna, que, ao propor discutir a commedia dell’arte
com certa vaguidão, em análises que, tudo somado, tendem a desprendê-
-la dos concretos processos históricos no seio dos quais se foi constituindo
ao longo de dois séculos, podem concluir por uma determinante impossibi-
lidade de alcançá-la, quando não por sua inexistência:

Quattro anni or sono, un intero annuario accademico dedicato e intitola-


to a questo singolare fenomeno si inaugurava recitando con piglio tanto
perentorio quanto (in apparenza) autolesionista: “La ‘Commedia dell’Arte’
non esiste”. (TESSARI, 2013a, p. V)2

Sempre no libelo introdutório, não polêmico e, reitero, de sofisticado


cunho histórico e historiográfico, e que leva o provocativo título “É esistita la
Commedia dell’Arte?” [A commedia dell’arte terá existido?], prossegue Tes-
sari, portanto, apontando problemas e desdobramentos a partir dos quais
apresenta e discute farta documentação, que coloca em jogo com sabedoria,
e a partir da qual elabora suas reflexões:

La Commedia dell’Arte non avrebbe tra le sue componenti distintive


né uno stile scenotecnico-recitativo più o meno straordinario né delle
forme (le maschere, per specificare) più o meno portentose quanto
ad impatto estetico. Essa va considerata, se si vuol essere autentici
materialisti immuni da miti e mistificazioni, un mero “territorio della

destaca-se sua conferência de abertura do IV Congresso Nacional da Abrace, em


2006, na UniRio. De sua vasta obra dedicada ao tema, destacam-se os livros La Com-
media dell’Arte nel Seicento: ‘Industria’ e ‘arte giocosa’ della civiltà barocca (1969);
Commedia dell’Arte: la maschera e l’ombra: problemi di storia dello spettacolo (1981);
e seu ensaio definitivo “Máscaras barrocas”, de que temos tradução publicada no Brasil
(2013b).
2 “Há quatro anos era lançado um anuário acadêmico inteiramente dedicado a esse fenô-
meno singular, levando no título também o seu nome, afirmando em tom tão peremptó-
rio quanto (aparentemente) autodestrutivo: ‘A commedia dell’ arte não existe’.” (TESSARI,
2013a, p. V, tradução nossa). Trata-se do primeiro número do Commedia dell’Arte: annuario
internazionale (2008). A passagem citada encontra-se na Apresentação daquele primeiro
número, à página VII, escrita por Siro Ferrone (Universidade de Florença) e Anna Maria
Testaverde (Universidade de Bergamo), que dirigem o Anuário, publicado pela Olschki.
Outros dados sobre o Anuário podem ser encontrados na web.

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storia del teatro che va dal primo Cinquecento all’inizio dell’Ottocento”.


(TESSARI, 2013, p. VI)3

Devotado e exímio estudioso do fenômeno teatral em questão, o autor


não deixa de mencionar − desde logo e ainda nos limites de uma introdução
– os principais aspectos e problemas que envolvem aquele teatro, com os
quais já trabalhou em obras anteriores, como se viu, desde sua tesi di laurea
(monografia de conclusão de curso), publicada em livro (1969), até inúmeros
artigos e outros tantos livros, bem como em palestras proferidas em congres-
sos nacionais e internacionais, assim como, especialmente, em atuações na
universidade, marcando, junto a uma geração de estudiosos ligados funda-
mentalmente à universidade italiana, uma verdadeira estação de revisão dos
estudos da commedia dell’arte, da qual já tratei em pelo menos duas outras
ocasiões (RABETTI, 2013; 2014).
E não deixa de apontar problemas decorrentes de tal compreensão ou
afirmação:

Dire “La ‘Commedia dell’Arte’ non esiste”, insomma, è un modo come un


altro per imporre come unica norma ragionevole – facendola scivolare
lungo un filo oscillante tra autoritarismo e paradosso – l’idea che la stra-
na specie di teatralità così nominata sia consistita esclusivamente non
tanto in un quid estetico particolare che gli attori avrebbero realizzato
sulla scena quanto nella loro specifica comportamentistica individuale
e/o collettiva: a livello di singole fenomenologie biografiche, oppure sul
piano delle inter-relazioni professionali tra specialisti della recitazione.
(TESSARI, 2013a, p. VII)4

3 “A commedia dell’arte não teria entre seus componentes característicos nem um estilo
cenotécnico-interpretativo mais ou menos excepcional nem formas (as máscaras, especi-
ficando) mais ou menos portentosas em relação a um impacto estético. Deverá ser com-
preendida, se pretendemos ser autênticos materialistas imunes a mitos e mitificações,
como um mero “território da história do teatro que vai dos primórdios do Quinhentos ao
início do Oitocentos.” (TESSARI, 2013, p. VI, tradução nossa).
4 “Dizer que ‘A commedia dell’arte não existe’, em suma, é um modo como qualquer ou-
tro de impor como única norma razoável – fazendo deslizar sobre um fio oscilante entre
autoritarismo e paradoxo – a ideia de que a estranha espécie de uma assim chamada
teatralidade tenha consistido exclusivamente não tanto em um quid estético particular que
os atores teriam realizado em cena quanto em um seu comportamento individual e/ou
coletivo específico: no nível de fenomenologias biográficas singulares ou ainda no plano
das inter-relações profissionais entre especialistas da interpretação.” (TESSARI, 2013a, p.
VII, tradução nossa).

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De modo a rebater teoricamente, ainda de modo sintético, mas sempre


consistente:

Ciò che, senza ombra di dubbio, non è mai esistito è un astratto concet-
to di Commedia dell’Arte monoliticamente intesa: sempre eguale a se
stessa attraverso qualsiasi mutamento di tempo e di spazio (proprio alla
stregua dell’oggetto misterioso di 2001: Odissea nello spazio; e, come
quello, dotata dello stesso potere di fascinazione che appartiene solo agli
enti mitologici). (TESSARI, 2013a, p.VIII)5

E a reafirmar a embasada concepção histórica, de essência marcada-


mente econômica, que sempre o norteou e que continuará norteando sua
compreensão da commedia dell’arte, e que se faz guia também do livro que
aqui se apresenta:

Lungo i due secoli di storia in questione, è esistito – ed ha costituito parte


importante del complessivo contesto europeo cui appartenne – un tipo di
performance dalle molte varianti, ma in ogni caso fondato sulla scelta di
una prospettiva teatrologica ben riconoscibile, e sulla continua presenza
delle stesse componenti strutturali (sempre interconnesse tra di loro se-
condo uno schema collaudato). Non si tratta tanto di un “territorio”, quanto
di un modo di concepire (e vendere) il teatro. Un modo che privilegia con
scelta radicale l’economia del fare e del distribuire spettacolo in regime
di libero mercato, rispetto ai valori aristocratico-culturali tradizionalmente
attribuiti alla stesura letteraria su pagina dell’inventio e della compositio
d’un testo drammaturgico d’autore. (TESSARI, 2013a, p. IX)6

O livro se estende por sete capítulos – In principio erat verbum (davan-


ti a notaio) [diante de notário]; Un’ etichetta ambigua, molte fenomenologie

5 “O que jamais existiu, sem sombra de dúvida, é um abstrato conceito de commedia dell’ar-
te monoliticamente compreendida: sempre igual a si mesma ao longo de toda mudança
de tempo e de espaço (tal como o objeto misterioso de 2001: uma odisseia no espaço, e,
como ele, dotada daquele poder de fascinação que pertence exclusivamente aos entes
mitológicos).” (TESSARI, 2013a, p. VIII, tradução nossa).
6 “Ao longo dos dois séculos de história em questão, existiu – e constituiu parte importante
do contexto global europeu a que pertence – um tipo de performance de muitas variáveis,
mas sempre fundado na escolha de uma perspectiva teatrológica bastante identificável e
na contínua presença dos mesmos componentes estruturais (sempre interconectados se-
gundo um esquema consagrado). Não se trata tanto de um ‘território’, mas de um modo de
conceber (e vender) o teatro. Um modo que privilegia com escolha radical a economia do
fazer e do distribuir espetáculo em regime de livre mercado, em relação aos valores aris-
tocrático-culturais tradicionalmente atribuídos à escrita literária sobre a página da inventio e
da compositio de um texto dramatúrgico de autor.” (TESSARI, 2013a, p. IX, tradução nossa).

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chiare [Uma etiqueta ambígua, muitas fenomenologias claras]; Tre sguardi


su spettacoli di magia e prostituzione [Três olhares7 sobre espetáculos de
magia e de prostituição]; Messinscene a stampa d’un pensiero8 di attore
[Encenações publicadas de um pensamento/dom/presente de ator]; Con-
trabbandi e provocazioni: tracce di repertorio [Contrabandos e provocações:
pistas de repertório]; Segreti di uno spettacolo in bilico tra arte e mestiere
[Segredos de um espetáculo em equilíbrio entre arte e ofício]; e, por fim, Lo
spettro della Commedia dell’Arte: mitologie, restauri e re-invenzioni [O es-
pectro da commedia dell’arte: mitologias, restauros e reinvenções] – cujos
títulos reportamos, fundamentalmente, de modo a sugerir tópicos, cami-
nhos acuradamente desenvolvidos por Roberto Tessari, em mais essa mui-
to bem sucedida empreitada de fôlego.
Trata-se, para dizer em poucas linhas, de trabalho em que o autor co-
locou, sem medir esforços, sua erudição e sua compacidade de análise his-
tórica para articular obras de referência, entre elas seus próprios estudos
anteriores, depoimentos de várias ordens e documentação acuradamente tra-
balhada e disponibilizada em modo mais que academicamente correto, verda-
deiramente generoso; documentação trabalhada e retrabalhada ao longo dos
anos, como se, ao fim e ao cabo, fossem substancialmente pistas (tais como
aquelas que o fenômeno nos deixou) para altíssimo grau de especulação his-
tórica; documentação elaborada e traduzida em escrita de traços marcados
pela minúcia de tantos conteúdos esmiuçados, filigranada. E, deve-se afinal
destacar, ao mesmo tempo didaticamente empenhada, como atestam suas

7 Talvez se devesse mesmo optar por “espiadas”, tendo em conta o fascinante conteúdo do
capítulo, subdividido em 1. Il principe: spiando da una camera con grata [O príncipe: es-
piando de uma câmara/de um aposento gradeado], em que retoma o estudo de Ludovico
Zorzi sobre “lo stanzino con grata entro cui, invisibile ad attori e pubblico, il granduca di
Toscana si fa spettatore di performances ‘di gente sordida e mercenaria’” [a saleta grade-
ada na qual, invisível a atores e público, o grão-duque da Toscana se faz espectador de
performances ‘de gente sórdida e mercenária’] (TESSARI, 2013ª, p. 67) – trata-se de uma
referência concreta à saleta reservada do teatro de Baldracca, de Florença; 2. Il prete: tra
porte chiuse e porte socchiuse [O padre: entre portas fechadas e semiabertas]; 3. L’intellet-
tuale: riflessi fascinosi d’uno specchio sparso di impurità [O intelectual: reflexos fascinantes
de um espelho salpicado de impuridade].
8 O uso da palavra ‘pensiero’ não é casual: o termo pode abarcar os significados que a
tradução quis manter; fato que convém ao problema em pauta, mais uma vez bem demar-
cado no subtítulo.

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passagens de início de capítulo, quase prólogos a resumir os antecedentes e


a anunciar o eixo do que se irá desenvolver.
Percorrida a obra admirável, é possível, ao fim, dar razão total a seu
título. Com abordagem histórica não linear, em traçado de genealogias sem
causalidades determinantes ou ortodoxas, o autor nos convence de que:

In effetti, se la Commedia dell’Arte ha marcato un segno indelebile ed ha


impresso una svolta significativa nella storia del teatro, questo segno e
questa svolta non vanno ricondotti – come sognava Maurice Sand – al
fatto che i suoi protagonisti avrebbero saputo realizzare “la commedia
perfetta, il nec plus ultra dell’arte”, ma riguardano il primo profilarsi (at-
traverso un nuovo modulo di allestimento imperniato sulla ri-combina-
zione seriale di forme e meccanismi audiovisivi d’un immaginario tutto
concepito e fisicamente inscenato in funzione del massimo impatto co-
mico-sensuale e del più largo consumo) d’una massiccia produzione di
messinscene atte ad instaurare con i loro spettatori un interscambio cul-
turale che presenta tutte le caratteristiche d’una moderna società dello
spettacolo, e ne prefigura non pochi aspetti tipici degli esiti futuri. (TES-
SARI, 2013a, p. X)9

Referências bibliográficas
FERRONE, S.; TESTAVERDE, A. M. Presentazione. In: ______. Commedia dell’Arte:
annuario internazionale. Florença: Olschki, 2008. v. 1, p. VI-VIII.
RABETTI, M. L. A commedia dell’arte: mito, profissão e arte. ArtCultura, v. 16, n.
29, p. 7-17, 2014. Disponível em: <http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF29/4_pa-
lestra_a_comedia_dellarte.pdf>. Acesso em: 6 set. 2016.
______. Apresentação: traduzir A Arte Mágica. In: ALBERTI, C.; PIIZZI, P. (Orgs.). A
Arte Mágica de Amleto e Donato Sartori. São Paulo: É Realizações, 2013. p. 15-17.
TESSARI, R. Commedia dell’arte: la maschera e l’ombra: problemi di storia dello
spettacolo. Milano: Mursia, 1981.

9 “Com efeito, se a commedia dell’arte marcou sinal indelével e imprimiu virada significativa
na história do teatro, esse sinal e essa virada não devem ser reconduzidos – como sonha-
va Maurice Sand – ao fato de que seus protagonistas teriam sabido realizar “a comédia
perfeita, o nec plus ultra da arte”, mas referem-se ao primeiro delineamento (mediante
novo módulo de montagem com base na recombinação seriada de formas e mecanismos
audiovisuais de um imaginário todo concebido e fisicamente encenado em função do má-
ximo impacto cômico-sensual e do mais amplo consumo) de uma massiva produção de
encenações aptas a instaurar com seus espectadores um intercâmbio cultural que detém
todas as características de uma moderna sociedade do espetáculo e dele prefiguram não
poucos aspectos típicos de futuros êxitos.” (TESSARI, 2013a, p. X, tradução nossa).

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Maria de Lourdes Rabetti

______. La commedia dell’arte: genesi d’una società dello spettacolo. Bari: Laterza,
2013a.
______. La commedia dell’arte nel Seicento: “industria” e “arte giocosa” della civil-
tà barocca. Florença: Olschki, 1969.
______. Máscaras barrocas. In: ALBERTI, C.; PIIZZI, P. (Orgs.). A Arte Mágica de
Amleto e Donato Sartori. Tradução de Maria de Lourdes Rabetti. São Paulo:
É-Realizações, 2013b. p. 83-111.

Recebido em 07/09/2016
Aprovado em 05/11/2016
Publicado em 21/12/2016

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