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É com grande satisfação que vimos dar nossa contribuição nessa sua
caminhada rumo ao Tribunal de Contas da União, para concorrer ao cargo de
analista de controle externo. Com certeza, um dos melhores e mais cobiçados
cargos da administração pública.
Esse curso de Auditoria de Obras Hídricas será ministrado por dois professores,
tendo em vista o amplo escopo do Edital de 2007 para o concurso do TCU. De
fato, é praticamente impossível encontrarmos um profissional no mercado que
detenha tão vasto conhecimento, que vai desde obras conceitualmente mais
simples, como microdrenagem e irrigação, até obras de maior complexidade,
como portos e hidrelétricas.
Meu nome é Frederico Dias, sou engenheiro civil, formado pela Universidade
Federal de Minas Gerais. Entre os anos de 2004 e 2007, trabalhei na iniciativa
privada, tendo atuado em consultoria e projetos na área de recursos hídricos,
principalmente para grandes mineradoras.
Após esse período, resolvi dar novo rumo à minha vida, visando prestar
concursos públicos. Em 2008, tive a grata satisfação de ter sido aprovado em 1º
lugar nacional no concurso para Analista de Finanças e Controle da
Controladoria Geral da União, área Controle Interno. Ainda no mesmo ano, fui
aprovado em 9º lugar no concurso para Analista de Controle Externo do Tribunal
de Contas da União, cargo que ocupo hoje.
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Inventários daquela estatal até 2003, quando fui aprovado no Concurso Público
da Agência Nacional de Águas (ANA) para o cargo de Especialista em Recursos
Hídricos (28º colocado), organizado pelo NCE/UFRJ. Mudei definitivamente para
Brasília no final de 2003.
Como concurseiro que se preza não pode ficar parado, resolvi me inscrever no
Concurso Público de 2007 do Tribunal de Contas da União para o cargo de
Analista de Controle Externo, orientação Auditoria de Obras Públicas. Mesmo
bastante motivado, não apenas por se tratar de uma das melhores carreiras da
Administração Pública, mas também por ser a oportunidade que eu esperava
para ingressar no Tribunal fazendo o que eu mais gosto (fiscalizar obras), não
tive muito tempo para me dedicar aos estudos (o ritmo de trabalho na ANEEL
era alucinante). Portanto, Foi com um misto de surpresa e felicidade que recebi
a notícia de que tinha sido o 1º colocado da turma de Obras Públicas.
Nesse ano, serão preenchidas 109 vagas para ACE e 21 para TCE, todas com
lotação em Brasília (DF). As vagas para ACE serão distribuídas da seguinte
forma: 90 vagas para Auditoria de Obras Públicas, 18 vagas para Tecnologia da
Informação e 1 vaga para Medicina – Clínica Médica.
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Com essa decisão, o Tribunal evidencia a necessidade de, nesse momento, se
priorizar o acompanhamento das obras públicas, devido à sua relevância e
materialidade envolvida. Assim, os colegas aprovados serão lotados na Secob e
exercerão uma das atividades mais nobres e relevantes da administração
pública, qual seja, o controle da gestão dos recursos públicos federais.
Vamos ao que interessa: nosso curso versará sobre parte relevante dos últimos
editais do concurso do TCU, área de controle externo: auditoria de obras
hídricas. Analisemos o conteúdo programático:
2 - Aproveitamento hidrelétrico:
A - avaliação de potencial hidráulico;
B - estruturas componentes;
C - turbinas (tipos e aplicação) e geradores;
D - aspectos construtivos;
E - vantagens e desvantagens em relação a outras formas de geração de
energia.
3 - Irrigação e drenagem:
A – conceito;
B – finalidade;
C - aspectos construtivos;
D – principais condicionantes de um projeto de irrigação;
E - operação e manutenção de um perímetro de irrigação.
5 - Obras portuárias:
A - tipos de portos (genéricos e especializados);
B - obras de implantação e de manutenção;
C - principais equipamentos de operação;
D - estruturas de proteção e atracamento;
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E - canal de acesso;
F - aspectos construtivos;
G - operação e manutenção.
Para abordar todos esses assuntos, nosso curso será formado de 8 aulas,
distribuídas da seguinte forma:
Chamamos atenção também para o fato de que o Edital pode cobrar um pouco
além das obras “hídricas” propriamente ditas (que envolvam “água”). Na
realidade, se atentarmos para o item nº 2 do programa de obras hídricas,
“Aproveitamento hidrelétrico: (...) vantagens e desvantagens em relação a outras
formas de geração de energia”, concluímos que outras obras de geração de
energia também se enquadram neste tópico do Edital. Neste sentido, a prova de
2007 trouxe três questões (nos 162, 163 e 164), exigindo conhecimentos de
geração térmica, eólica e até mesmo solar! Quem sabe nesta prova de 2009 não
será cobrada uma questão sobre energia nuclear? Tal hipótese não parece nada
remota se levarmos em consideração que o governo pretende retomar em breve
a Usina Termonuclear de Angra 3 (outra grande obra do PAC) e que o Plano
Decenal de Expansão do setro Elétrico indica a necessidade de construção pelo
menos outras duas unidades nucleares de grande porte até 2016.
Durante o curso tentaremos tornar a matéria mais fácil de ser assimilada pelos
alunos. Como concurseiros, entendemos que o curso online deve ter uma
qualidade e objetividade superiores à de um livro, ou mesmo de apostilas
(muitas delas são cópias de livros). Com efeito, lembramos que um curso
preparatório para concursos, seja online ou presencial, não objetiva
profundidade do conteúdo ou a abrangência excessiva do tema, como um livro.
Mas é imbatível no que diz respeito ao caráter estratégico e objetivo de auxílio
ao aluno que, apesar do pouco tempo disponível, tem como meta seguir trajeto
rumo à Administração Pública.
Por isso, faremos o possível para tornar o tema claro para o entendimento,
sempre trazendo o enfoque que as bancas têm dado para cada assunto. Assim,
não se pretende aqui esgotar o tema, mas ir exatamente até a medida que as
questões anteriores de concurso nos indicam.
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Deve-se ressaltar que assuntos aprofundados não serão abordados caso não
tenham sido até então cobrados em provas de concurso. Isso se faz necessário,
dada a heterogeneidade da turma, composta em grande parte de não-
engenheiros. Em outras palavras, como forma de alocar o tempo de estudo com
foco nos resultados práticos, evitaremos “perder tempo” em temas por demais
detalhados e que exigem “decoreba”, os quais talvez façam a diferença em uma
única questão de toda a prova, centrando esforços em conceitos fundamentais
que serão úteis para resolver diversas questões. Essa foi a fórmula utilizada por
mim e por outros colegas que tiveram sucesso no concurso do TCU.
Essa parte trata do tema drenagem urbana, sendo que esse assunto foi objeto
de questões tanto no concurso de 2005 quanto no de 2007. Além disso, como
em outros temas de engenharia civil, este está muito próximo de todos nós, pois
trata basicamente das formas de conduzir as águas de chuva em uma cidade,
sem causar transtornos à sociedade. E justamente por ser um tema de grande
relevância para a sociedade é que a probabilidade de ser cobrado na prova é
bastante grande.
I - INTRODUÇÃO
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superfície de forma gradual. O hidrograma1 produzido tem lentas variações de
vazão e os picos de enchentes são moderados.
Fonte:Baptista (2007)
Figura 1 – Representação dos leitos menor e maior de um curso de água
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Hidrograma – gráfico que demonstra a variação de vazão (em geral em m³/s) ao longo do tempo (em geral
em horas, ou frações desta).
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hidrográfica até a sua seção exutória, ou seja, o ponto de “saída” do escoamento
captado naquela bacia, ponto este onde todo o volume de água é “despejado”
em outro rio de maior porte ou diretamente no mar.)
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2 – Essas águas vão ser conduzidas pelas vias e sarjetas até encontrar
estruturas (veremos adiante quais são!) que as direcionem para tubulações
subterrâneas.
3 – Então, são escoadas pelas tubulações que alimentam os condutos
secundários, a partir dos quais são lançadas em fundos de vale, cursos d’água
naturais, no oceano, em lagos ou, no caso de solos bastante permeáveis,
esparramadas sobre o terreno por onde infiltram no subsolo.
Além disso, é conveniente que esta água seja escoada por gravidade. Porém, se
não houver possibilidade, pode-se projetar estações de bombeamento para esta
finalidade, registrando-se o inconveniente dos custos de operação e
manutenção constantes que esta solução exige.
II - MICRODRENAGEM
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Em um sistema de microdrenagem, é possível identificar as seguintes
estruturas:
- Sarjetas: faixas da via paralelas ao meio-fio que com ele formam uma calha.
São destinadas a conduzir a água pluvial. Pode-se calcular a capacidade
máxima da sarjeta de condução considerando a água escoando apenas por sua
seção ou por toda calha da rua;
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determinada seção de uma calha condutora de água NÃO é aleatória e pode ser
determinada em função de uma série de parâmetros, tais como: precipitação
que no mesmo instante de tempo da vazão, precipitação em tempos
antecedentes (chuvas nos dias anteriores), geologia, topografia, cobertura
vegetal, estação do ano, contribuição subterrânea, obras no curso d’água,
dentre outros.
Q=0,278.C.I.A, onde:
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médio de anos, dentro do qual, um evento hidrológico (por exemplo, uma cheia de
magnitude Q0) é igualado ou superado em média uma vez, em um ano qualquer. Se
P é a probabilidade desse evento ocorrer ou ser superado em um ano qualquer,
tem-se a relação T = 1 / P.
Algumas pessoas acham que se uma vazão com tempo de retorno de 10 anos (TR
10 anos) ocorre HOJE, isto significa dizer que outra vazão igual ou maior
SOMENTE ocorrerá daqui a mais 10 anos... Isto NÃO é verdade pessoal!!!
Por exemplo, em projetos do setor elétrico, temos que as vazões medidas mais
antigas (e confiáveis) datam do final da década de 20. Ou seja, nosso histórico de
vazões no país possui extensão máxima inferior a 90 anos. Então como é possível
que o vertedouro de uma usina hidrelétrica seja projetado para vazões de TR
10.000 anos se nenhum ser humano registrou uma vazão medida há 10.000 anos
atrás? Ora, porque a vazão é determinada com base em uma fórmula que considera
a probabilidade de ocorrência da vazão, mas que não dá certeza nenhuma de que
ela de fato irá ocorrer.
E se, por exemplo, tivéssemos uma amostra limitada de 1.000 vazões diárias
medidas e quiséssemos saber qual seria o tempo de retorno associado a uma
vazão de, digamos, 10 m³/s ? Para termos uma estimativa VÁLIDA APENAS
PARA A AMOSTRA SELECIONADA bastaria contarmos quantos elementos são
iguais ou superiores aos 10 m³/s e dividirmos pelo tamanho total da amostra
(1.000) teríamos uma “frequência” (F) com que esse evento excepcional
ocorreu. Por exemplo, se 25 vazões foram superiores a 10 m³/s, F= 25/1.000 =
0,025, ou 2,5%. Dessa forma, teríamos que TR = 1/F = 1/0,025 = 40 anos.
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É muito mais fácil convencer um tomador de decisão (um Secretário de Obras,
um Prefeito, um Governador, um Ministro de Estado) de que um determinado
sistema de drenagem projetado irá resistir a cheias que ocorrerão, em média, a
cada 5 anos, mas que a cada 10 anos, por exemplo, o sistema pode falhar e
então haverá inundações que trarão prejuízos à população. Bem, perfeito...
Então porque não projetar e construir logo todo o sistema de drenagem para
resistir uma vazão de tempo de retorno de 100 anos, 1.000 anos, 10.000 anos,
1.000.000.000 de anos???
III - MACRODRENAGEM
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- retificação e ampliação das seções de canais naturais;
- construção de canais artificiais;
- galerias de grandes dimensões;
- estruturas para controle, dissipação de energia; amortecimento de picos,
proteção contra erosões e assoreamento etc.
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aplicados da melhor e mais escorreita forma. Mais do que simplesmente verificar
se o recurso está sendo gasto com a obra, devemos avaliar a economicidade do
projeto, ou seja, devemos verificar se (1) as especificações técnicas dos
serviços, previstas no edital de licitação, estão sendo rigorosamente seguidas e
(2) se tais especificações são adequadas para que a obra atingir o objetivo
proposto de reduzir os transtornos da população, conforme prometido pelo
prefeito em sua campanha...
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As vantagens desse tipo de ação são: o aumento da recarga, preservação da
vegetação, redução das vazões máximas a jusante e redução do tamanho dos
condutos. Além disso, contribui para a melhoria da qualidade das águas
escoadas, já que diminui a concentração dos poluentes presentes nelas.
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Figura 7 – Bacias de Percolação (Tucci, 1995)
2 - Armazenamento
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que faça parte de uma área pública ou de um condomínio. Completa ainda que
mesmo com um volume pequeno, uma bacia dessas é capaz de reduzir as
vazões de pico significativamente. Deve-se ressaltar ainda a possibilidade da
construção de bacias de detenção subterrâneas.
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O aumento na eficiência do escoamento se dá por meio de condutos e canais,
drenando áreas inundadas. Esse tipo de solução tende a transferir enchentes de
uma área para outra, localizada mais a jusante (rio abaixo).
Entretanto, como exposto, este tipo de solução tende a não resolver o problema
em toda sua magnitude. Além disso, devido aos impactos no desenvolvimento
ambiental, a tendência é reduzir ao máximo o uso dessa medida, procurando-se
aumentar a convivência harmoniosa da população com o seu meio natural.
O dique permite proteção localizada para uma região ribeirinha contra a água
que, naturalmente, extravasaria do rio em situações de vazões elevadas.
Ressalte-se que é necessário planejar-se o bombeamento das áreas laterais
contribuintes ao dique, já que as águas pluviais que deveriam chegar ao rio
naturalmente acabam ficando represadas. As regiões protegidas pelos muros
laterais (diques) também é chamada de Polderes pela literatura especializada.
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No estado do Rio de Janeiro, o antigo DNOS e a SERLA construíram diversos
pôlderes para proteção de áreas urbanas na Baixada Fluminense e para áreas
rurais, como em Papucaia, o pôlder de São José da Boa Morte.
Nesta mesma Lei, em seu artigo 16º, a Reserva Legal corresponde à cobertura
florestal de qualquer natureza, compreendida de no mínimo 20% da área de
cada propriedade, onde não é permitido o corte raso. Nas propriedades rurais
com área entre 20 a 50 hectares, neste limite percentual também podem ser
incluídos os maciços de porte arbóreo, sejam frutíferos, ornamentais ou
industriais.
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Pessoal, a partir de agora resolveremos questões de concursos anteriores para,
por um lado, fixar a matéria tratada na aula, por outro, fazer comentários sobre
alguns detalhes que restam para fechar a matéria. Em algumas questões vocês
irão reparar que fizemos alguns destaques (sublinhados) no enunciado, que não
existem no original. A idéia e chamar atenção de vocês para informações
importantes no julgamento do item, principalmente quando o item é classificado
como “errado”.
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medidas (administrativas, institucionais e educativas) que objetivem diminuir
riscos e prejuízos causados por enchentes.
Nesse caso, vejam como o trecho acima trata exatamente do que comentamos
no início da aula.
Vimos que as bacias não precisam ter grandes dimensões para surtirem efeito
na microdrenagem (regiões urbanas). Além disso, a canalização dos cursos
d’água geralmente é a última opção recomendável, devido ao seu impacto no
ambiente, pois, como vimos, apenas transfere o problema para jusante (rio
abaixo). Por fim, dá-se preferência aos canais abertos, de escoamento livre, não
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só pelo menor custo de construção (não é necessário construir uma laje para
fechamento do canal), como pelas facilidades de manutenção. Um canal ao ar
livre é muito mais simples de ser limpo com equipamentos de grande porte e
maior produtividade, ao contrário do canal fechado, onde os operários trabalham
confinados.
O alargamento das calhas resolve o problema imediato das cheias no local onde
as obras ocorrem, mas passa a conduzir uma vazão maior, podendo provocar
enchentes a jusante caso as águas encontrem algum “gargalo” no sistema, ou
seja, um trecho que não sofreu o mesmo tipo de obras de alargamento da calha.
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tempo curto, concentrando grande volume, resulta em uma grande vazão de
água (m³/s). Quando há um reservatório, o volume de água que vai passar pelo
canal é o mesmo, mas num período longo, pois o reservatório “libera” a água
aos poucos. Assim, as vazões são menores, mas o volume total, ressaltemos, é
sempre o mesmo.
O erro está em dizer que a seção deve ser única e, pior, dimensionada para o
valor máximo. Os canais de drenagem a superfície livre recebem escoamento
durante todo seu trajeto. Assim, conduzem vazões pequenas no seu início, mas
elas vão sendo incrementadas por novas contribuições durante todo o trajeto.
Seguindo este raciocínio, em um determinado ponto a jusante (rio abaixo) é
necessário um canal com maior capacidade (portanto, maior seção) do que a
montante (rio acima). Um dimensionamento único com base na maior vazão
implicaria em um “superdimensionamento” (as seções mais a montante ficariam
“ociosas”) e, consequentemente, teríamos uma obra com um custo maior do que
o necessário. Lembrem-se de que em breve vocês serão parte do TCU e
desperdício de recursos públicos é o que devemos combater!
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Sempre que possível deve-se preferir canais abertos e que possam ser
integrados ao ambiente que o cerca. Além de motivos ambientais, há motivos
técnico-construtivos para que assim seja. Como dissemos, eventualmente, de
acordo com a chuva, os canais transbordarão. As conseqüências dessa
excepcionalidade em canais fechados são mais problemáticas do que ocorre em
canais abertos.
Correto. Vejam que nas questões anteriores o erro era afirmar que haveria
redução do volume escoado. Agora, está correto: há redução das vazões de
pico devido ao efeito de amortecimento das cheias pelo reservatório.
Pessoal, o erro principal está no fato de que, como vimos no texto teórico, esses
pavimentos “vazados” possuem baixa capacidade de suporte (inclusive na sua
sub-base, que não deve ser compactada, justamente para permitir a passagem
da água). Portanto, nada mais inadequado para um local onde os veículos que
trafegam são de grande porte e carregam muito peso (caminhões de
transportadoras), não é mesmo? Conforme o enunciado destaca, são blocos
“intertravados”. O que significa que um único bloco que se rompa (quebre)
acaba por “desestabilizar” os blocos adjacentes que são “travados” nele.
Portanto, para regiões com tráfego de veículos pesados, nada como o bom e
velho pavimento convencional, com a base devidamente compactada para
suportar grandes cargas.
Além disso, outro fator restritivo para o uso dos blocos impermeáveis neste caso
é que esses estacionamentos costumam ficar com muito óleo no piso devido ao
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fato de que são comuns vazamentos em caminhões antigos. Assim, haveria o
risco de contaminação do aqüífero, pela infiltração da água contaminada.
As bocas de lobo são padronizadas (L=1m), como pode ser observado no dia-a-
dia. No caso de ser necessário um comprimento maior, opta-se pela utilização
de duas, uma seguida da outra (múltipla).
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(MPOG/2008)78 Todo o sistema de galerias de águas pluviais deve ser
dimensionado para trabalhar à superfície livre, isto é, à pressão
atmosférica.
GABA: C
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GABA: E
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Correto. Se o lençol freático for pouco profundo, há o risco de que o aumento de
seu nível atinja construções em subsolo.
Pessoal,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Borges, Maurício et. al., publicado em Scientia Forestalis n. 69, p.93-103, dez.
2005, disponível em http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr69/cap08.pdf).
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N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o
Tucci. Carlos E. M., et. al., Drenagem Urbana. UFRGS: ABRH, 1995.
Tucci, Carlos E. M., et. al., Hidrologia: Ciência e Aplicação, 2ª Ed. UFRGS:
ABRH, 2000.
Tucci, Carlos E. M., et. al., Avaliação e Controle da Drenagem Urbana, UFRGS,
2000.
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