Você está na página 1de 1

para a fundamentação da teoria moral durkheimiana, e que tem no processo de efervescência

sua instância criadora. A premissa que sustenta essa afirmação geral é a de que o elemento
mais nuclear do fenômeno moral é aquilo definido por Durkheim como sendo “o bem”, que é
aquilo que faz com que a moral seja não apenas uma regra coercitiva mas, sobretudo, um ideal
que se deseja realizar (cf. Durkheim, 1887, 1890, 1901, 1909, 1911, 2008; Weiss, 2011, 2012a)
p. 396

Esse processo de efervescência não é pensado apenas como um elemento necessário para a
criação do ideal, mas é fundamental para sustentar a própria sociedade real, na medida em
que oferece o suprimento de energia necessário para que os indivíduos dêem continuidade à
sua existência como seres sociais, que agem moralmente no seu cotidiano, que interagem e
que fazem de sua vida algo além da simples persecução de seus interesses inteiramente
pessoais p. 398

Essas forças não chegam até ele apenas nos momentos de efervescência, elas estão nele de
forma permanente, porque estão encarnadas em certas representações que constituem a sua
vida psíquica, que são as próprias representações coletivas, que dizem respeito tanto à sua vida
intelectual quanto moral. É desse modo que os ideais passam a ser constitutivos das
representações internas que orientam o pensamento e a volição dos indivíduos p. 409

Você também pode gostar