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ARGAMASSAS E CONCRETOS

ARGAMASSAS
HISTÓRICO

Acredita-se que a argamassa surgiu na Pérsia antiga, onde


usava-se alvenaria de tijolos secos ao sol, com
assentamento de argamassas de cal.

Seu desenvolvimento como sistema construtivo,


entretanto, ocorreu em Roma.
HISTÓRICO

Durante o Império Romano os homens tiveram a idéia de


misturar um material aglomerante, a pozolana (cinzas
vulcânicas), com materiais inertes, dando origem às
primeiras argamassas.

No Brasil, a argamassa passou a ser utilizada no primeiro


século de nossa colonização, para assentamento de
alvenaria de pedra (largamente utilizada na época). A cal
que constituía tal argamassa era obtida através da queima
de conchas e mariscos. O óleo de baleia era também muito
utilizado como aglomerante, no preparo de argamassas
para assentamento.
DEFINIÇÃO

Argamassa é um material constituído pela mistura de


aglomerantes, agregados miúdos e água, podendo
também conter aditivos com a finalidade de melhorar suas
propriedades, que após tratamento de cura endurece
atendendo às propriedades e desempenhos especificados.
DEFINIÇÃO

Quando recém misturadas, possuem boa plasticidade;


enquanto que, quando endurecidas, possuem rigidez,
resistência e aderência.

As argamassas são normalmente constituídas por cal ou


cimento, areia e água.
DEFINIÇÃO

A areia funciona como material inerte, para dar solidez.


Nas argamassas de cimento, sua aplicação reduz a menos
de 1/3 a quantidade de aglomerante reduzindo custo e
variação volumétrica.

Nas argamassas de cal, a areia facilita a passagem de


anidrido carbônico do ar, que produz a recarbonatação do
hidróxido de cálcio, com conseqüente solidificação do
conjunto.
DEFINIÇÃO

Conforme a necessidade, pode-se adicionar outros


componentes para melhorar ou dar outra propriedade ao
material.

 Aditivos para argamassas:


 Plastificantes - aumentam a resistência com menos água no
preparo;
 Fluidificantes - mesmo efeito do plastificante, porém mais efetivo;
 Incorporadores de ar - incorporam bolhas de ar, aumentando a
impermeabilidade;
 Impermeablizantes - repelem a água;
 Retardadores - retardam a pega;
 Aceleradores - aceleram a pega.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

1- Argamassas comuns

2- Argamassas refratárias
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

1- Argamassas comuns

 Assentamento de pedras, tijolos e blocos em alvenarias, onde


favorecem a distribuição dos esforços.

 Revestimentos argamasssados como chapisco, camada única,


emboço e reboco.

 Assentamentos de placas de revestimento para paredes e pisos.

 Reparos de obras de concreto.

 Injeções.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

1.1 - Argamassas de assentamento


Propriedades
•Trabalhabilidade: uma argamassa tem boa trabalhabilidade quando
distribui-se com facilidade ao ser assentada, preenchendo todos os
vazios. Não separa-se ao ser transportada, agarra a colher do pedreiro,
não endurece quando toca blocos de sucção alta, e permanece
plástica por um bom tempo.
•Retentividade de água: está relacionada com a manutenção da
consistência da argamassa. É a propriedade da argamassa de não
perder a água que possui para o elemento onde foi assentada.
•Aderência: não é uma característica própria da argamassa. Depende
das condições da mesma, e da unidade da alvenaria. A aderência é um
processo mecânico; a argamassa se ancora na alvenaria pela
penetração nas suas reentrâncias.
•Resistência mecânica: o principal esforço que a argamassa de
assentamento sofre é o de compressão. Também sofre flexão e
cisalhamento por esforços laterais nas paredes, porém em menor
quantidade.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

1.2 - Argamassas de revestimento


Revestimento é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com
uma ou mais camadas superpostas de argamassa em espessura via
de regra uniforme, apta a receber, sem danos, uma decoração final.
Aderência é a propriedade do revestimento de resistir a tensões
normais ou tangenciais nas superfícies de interface com o substrato.
Entre outros usos importantes dos revestimentos argamassados,
podemos citar:
• estanqueidade à água;
• conforto térmico;
• isolamento acústico;
• resistência ao fogo;
• regularização da base;
• aparência e decoração;
• proteção da base.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

1.2 - Argamassas de revestimento


Propriedades da argamassa de revestimento
Quando fresca
• Adesão inicial: é a propriedade que a argamassa fresca de
revestimento possui de permanecer adequadamente unida à base de
aplicação, após o seu lançamento.
• Consistência e plasticidade: são os principais fatores
condicionantes da trabalhabilidade das argamassas, a qual pode
garantir que o revestimento fique adequadamente aderido ao substrato
e dar o acabamento superficial conforme prescrito.
• Retenção de água de consistência: define-se retenção de água de
uma argamassa como a propriedade que a mesma possui de reter
mais ou menos água de amassamento ao entrar em contato com uma
superfície de maior nível de absorção.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

1.2 - Argamassas de revestimento


Propriedades da argamassa de revestimento
Quando endurecida
• Resistência mecânica (capacidade de absorver deformações): É a
propriedade das argamassas endurecidas de acompanhar a
deformação gerada por esforços internos ou externos e de retornar à
dimensão original quando cessam esse esforços sem se romperem.
As solicitações às quais encontram-se submetidas as argamassas de
revestimento são:
Movimentação volumétrica da base;
Deformação da base;
Movimentação do revestimento;
Retração do revestimento.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO EMPREGO

2- Argamassas refratárias

Possuem a característica de resistir à elevadas


temperaturas e são feitas com agregados especiais e
cimento aluminoso.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE
AGLOMERANTE

 Argamassas aéreas: compostas por cal aérea ou gesso.


A cal dá à argamassa uma boa trabalhabilidade e capacidade
de reter água, entretanto, quando está endurecida, apresenta baixa
resistência.

 Argamassas hidráulicas: compostas de cal hidráulica


ou cimento portland.
As argamassas de cimento e areia são indicadas para
suportar maiores cargas, pois possuem alta resistência.

 Argamassas mistas: compostas por um aglomerante


aéreo e um hidráulico (cal e cimento).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO
DE ELEMENTOS ATIVOS

 Argamassas simples: possuem apenas um elemento


ativo.

 Argamassas compostas: possuem mais de um


elemento ativo.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
DOSAGEM

 Argamassas pobres ou magras: O volume de


aglomerante é insuficiente para preencher os vazios
entre os grãos do agregado.

 Argamassas cheias: Os vazios são preenchidos


perfeitamente pela pasta.

 Argamassas ricas ou gordas: Quando há excesso de


pasta.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
CONSISTÊNCIA

Secas - A pasta aglomerante somente preenche os vazios


entre os agregados, deixando-os ainda em contato. Existe o
atrito entre as partículas que resulta em uma massa áspera.

Plásticas - Uma fina camada de pasta aglomerante “molha” a


superfície dos agregados, dando uma boa adesão entre eles
com uma estrutura pseudo-sólida.

Fluidas - As partículas de agregado estão imersas no interior


da pasta aglomerante, sem coesão interna e com tendência de
depositar-se por gravidade (segregação). Os grãos de areia não
oferecem nenhuma resistência ao deslizamento, mas a
argamassa é tão líquida que se espalha sobre a base, sem
permitir a execução adequada do trabalho.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
CONSISTÊNCIA
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

 Argamassas produzidas no canteiro de obras

 Argamassas produzidas em centrais

 Argamassas industrializadas
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Argamassas colantes:

A argamassa colante industrializada e composta por cimento,


areia e aditivos que retém agua e promovem aderência. Quando
misturados com agua, esses itens formam uma massa viscosa,
plástica e adesiva. As argamassas colantes são diferenciadas pela
quantidade e tipos de aditivos e também pelo consumo de
cimento.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 AC-l (INTERIOR):

Argamassa com características de resistência às


solicitações mecânicas e termohigrométricas típicas de
revestimentos internos, com exceção daqueles aplicados
em saunas, churrasqueiras, estufas e outros revestimentos
especiais.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 AC-II (EXTERIOR):

Argamassas com características de adesividade que


permitem absorver os esforços existentes em
revestimentos de pisos e paredes externas decorrentes de
ciclos de flutuação térmica e higrométrica, da ação da
chuva e/ou vento, da ação de cargas como as decorrentes
do movimento de pedestres em áreas públicas e de
máquinas ou equipamentos leves sobre rodízios não
metálicos.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 AC- III (ALTA RESISTÊNCIA):

Argamassa que apresenta propriedades de modo a resistir


a altas tensões de cisalhamento nas interfaces
substrato/adesivo e placa cerâmica/adesivo, juntamente
com uma aderência superior entre as interfaces em relação
às argamassas dos tipos I e II: é especialmente indicada
para uso em fachadas que durante o assentamento não
estejam submetidas à insolação direta, em saunas, em
piscinas e em ambientes similares.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 AC-III-E (ESPECIAL):

Argamassa que atende aos requisitos dos tipos I e II, com


tempo em aberto estendido.
Especialmente indicada para fachadas que durante o
assentamento estejam submetidas à insolação direta.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Rejuntamento:

Rejuntamento Tipo I: Uso em ambientes internos e


externos, desde que observados as seguintes informações:
a) Aplicação restrita a locais de trânsito de pedestres / transeuntes,
não intenso;
b) Aplicação restrita a placas cerâmicas com absorção de água acima
de 3%;
c) Aplicação em ambientes externos, piso ou parede, desde que não
excedam 20 m² e 18m², respectivamente.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Rejuntamento:

Rejuntamento Tipo II: Uso em ambientes internos e


externos, desde que observados as seguintes informações:
a) Todas as condições do tipo I;
b) Aplicação em locais de trânsito intenso de pedestres / transeuntes;
c) Aplicação em placas cerâmicas com absorção de água inferior a
de 3%;
d) Aplicação em ambientes externos, piso ou parede, de qualquer
dimensão, ou sempre que se exijam as juntas de movimentação;
e) Ambientes internos ou externos com presença de água estancada.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Assentamento:

- Argamassa indicada para ligação de componentes de


vedação no assentamento em alvenaria, com função de
vedação.
- Argamassa indicada para ligação de componentes de
vedação no assentamento em alvenaria, com função
estrutural.
- Argamassa para complementação da alvenaria
(encunhamento).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Revestimento:

- Argamassa para revestimento interno: indicada para


revestimento de ambientes internos da edificação,
caracterizando-se como camada de regularização.
- Argamassa para revestimento externo: indicada para
revestimento de fachadas, muros e outros elementos da
edificação em contato com o meio externo, caracterizando-
se como camada de regularização.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Revestimento:

- Argamassa para revestimento interno monocamada:


indicada para revestimento de ambientes internos de
edificação, aplicada em camadas únicas ou sobre emboço,
proporcionando uma superfície extralisa pronta para
pintura.
- Argamassa de uso geral: indicada para assentamento de
alvenaria sem função estrutural e revestimento de paredes
e tetos internos e externos.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Revestimento:

- Argamassa para reboco: indicada para cobrimento de


emboço, proporcionando uma superfície fina que permita
receber o acabamento, também denominada massa fina.
- Argamassa decorativa bicamada pigmentada: indicada
para revestimento com fins decorativos, pigmentada, que
permite variados acabamentos em camada fina.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas

 Revestimento:

- Argamassa decorativa monocamada pigmentada:


indicada para revestimento de fachadas, muros e outros
elementos de edificação em contato com o meio externo,
com fins decorativos, pigmentada, hidrofugada e que
permite variados acabamentos em camada úmida.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA
PRODUÇÃO

Argamassas industrializadas
Atualmente dispõe-se de uma infinidade de opções de argamassas
texturizadas. Muitas são encontradas prontas para a aplicação, algumas
necessitam de preparo.
• Resina Acrílica: Assemelha-se às massas corridas, seu uso é
indispensável. É diluída em água.
• Hidrorrepelente: Tem função de repelir a água, funcionando como uma
espécie de impermeabilizante.
• Biocida: Usados em misturas onde não há cal. Evitam o surgimento de
fungos e bactérias que causam mofo.
• Minerais: São os agregados da argamassa, as texturas são formadas
conforme as dimensões dos grânulos.
• Pigmento: É o que confere cor à argamassa, conforme a resina acrílica
utilizada, dispõe-se de um certo número de cores oferecidas pelo
fabricante.
QUALIDADE DAS ARGAMASSAS

 Propriedades reológicas – estado fresco


 Resistência mecânica
 Compacidade /massa específica
 Impermeabilidade / Permeabilidade / Isolação
 Aderência

 Constância de volume
 Durabilidade
QUALIDADE DAS ARGAMASSAS

 Qualidade e quantidade do aglomerante.

 Qualidade e quantidade do agregado.

 Quantidade de água.
QUALIDADE DAS ARGAMASSAS

 Osgrãos do agregado miúdo devem estar totalmente


envolvidos e aderidos à pasta.

 Os vazios entre os grãos do agregado devem ser


inteiramente completados pela pasta. Caso contrário,
sua resistência à tração será baixa e apresentará grande
permeabilidade.

 Dosagem adequada.
CONDIÇÕES PARA UMA BOA
ADERÊNCIA

a)Os grãos dos agregados devem ser hidrófilos (que


absorvem bem a água).

b)Os grãos devem ser molhados pela água diretamente, ou


pela pasta, permitindo a aderência entre os grãos de
aglomerante e os grãos do agregado em fase de
endurecimento.
CONDIÇÕES PARA UMA BOA
ADERÊNCIA

c) A relação de aderência entre aglomerante e agregado


deve ser de afinidade (ações moleculares individuais).

Estas ações necessitam de deslocamentos de moléculas


(íons) que são diferentes dependendo da quantidade de
água próxima aos grãos.
CONDIÇÕES PARA UMA BOA
ADERÊNCIA

d) A limpeza dos grãos do agregado é fundamental para a


aderência entre eles e o aglomerante.

 As interposições sob a forma de película, de argila e


matérias orgânicas, caulinização ou alteração superficial
de alguns agregados torna o contato dos grãos inertes
com os elementos ativos do aglomerante aleatório ou
ilusório prejudicando a aderência.
FUNÇÕES DAS ARGAMASSAS

a) Unir os elementos construtivos e resistir aos esforços.


b) Distribuir os esforços.
c) Absorver as deformações.
d) Selar as juntas.
e) Regularizar superfícies de vedação.
f) Servir de base para acabamentos (pintura, cerâmica, pedras).
g) Proteger os elementos portantes dos edifícios contra ação do
intemperismo e agentes agressivos ambientais.
FUNÇÕES DAS ARGAMASSAS

h) Integrar o sistema de vedação dos edifícios.


 Isolamento acústico.
 Isolamento térmico.
 Resistência ao fogo.
 Estanqueidade de águas e gases,e resistência ao
desgaste.
 Abalos superficiais.
 Fixação e chumbamento de peças.
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

O estado fresco da argamassa é o período decorrido entre


a mistura de aglomerantes e agregado miúdo com a
água e o início das reações de pega. Entende-se como a
condição na qual a argamassa ainda é trabalhável ou
deformável plasticamente sob a ação de pequenas
solicitações (ABCI, 1990).
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

1- Consistência
É a propriedade de uma argamassa ter maior ou
menor facilidade de opor resistência a uma dada
deformação. As argamassas são classificadas
segundo sua consistência em secas, plásticas ou
fluidas, porém os limites destas consistências não
são bem definidos.
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

2- Retenção da Consistência
É a propriedade da argamassa de manter sua
consistência após entrar em contato com um
substrato. Esta propriedade é importante para
argamassas de assentamento das alvenarias e
peças cerâmicas de revestimento e dependem de
outra propriedade, a retenção de água.
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

3- Coesão
É a propriedade da argamassa de manter seus
constituintes homogêneos, sem segregação. As
argamassas de assentamento e revestimento de
alvenaria devem possuir uma boa coesão.
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

4- Tixotropia
Esta propriedade está relacionada com a coesão,
numa escala bem acentuada. As argamassas
tixotrópicas exigem uma baixa energia para
alterarem sua forma, que uma vez alterada,
consegue mantê-la mesmo sob ação da
gravidade. A tixotropia é exigida nas argamassas
de assentamento de peças cerâmicas e
argamassas de recuperação.
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

5- Plasticidade
É a propriedade que permite à argamassa deformar-
se e reter certas deformações após a redução das
tensões que lhe foram impostas. Esta propriedade
está ligada diretamente a sua coesão, consistência
e retenção de água.
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

6- Retenção de água
Define-se retenção de água como a capacidade da
argamassa fresca de manter sua consistência ou
trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que
provoquem perda de água (evaporação ou
sucção do substrato).
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

7- Adesão inicial
É a propriedade que a argamassa possui de
permanecer adequadamente unida ao substrato
após seu lançamento. Esta propriedade é
fortemente influenciada pela plasticidade e coesão
da argamassa e pelas propriedades do substrato
onde é aplicada (absorção inicial e rugosidade).
ARGAMASSA NO ESTADO FRESCO

PROPRIEDADES:

8- Tempo em aberto
É o período de tempo após o espalhamento da argamassa
sobre o substrato, em que é possível o assentamento da
cerâmica obtendo-se a resistência de aderência
adequada, definida pela NBR 14083 (ABNT, 1998) como
maior ou igual a 0,5 MPa.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

A argamassa no estado endurecido já ultrapassou a


idade necessária para lhe conferir resistência
mecânica suficiente para resistir a esforços (ABCI,
1990).
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

1- Resistência mecânica
Seja qual for a aplicação de uma argamassa, após
seu endurecimento sempre será submetida a algum
tipo de esforço mecânico. As argamassas de
assentamento são solicitadas à compressão, as de
revestimento à abrasão superficial, impacto,
tensões de cisalhamento decorrentes de
movimentações do substrato ou variações
térmicas/higrométricas.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

1- Resistência mecânica
A resistência mecânica depende do tipo e teor de
aglomerante. Em misturas convencionais, o cimento
Portland é o principal responsável pela garantia
desta propriedade. Entretanto misturas muito ricas
em cimento provocam uma alta retração
volumétrica e também diminuem a capacidade do
material absorver pequenas deformações sem
fissurar.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

2- Deformabilidade
Na maioria das aplicações das argamassas, é
interessante que possuam a capacidade de se
deformarem sem que isto possa gerar tensões
importantes no material. Isto é de vital importância
no caso de revestimentos e assentamentos de
unidades de alvenaria.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

2- Deformabilidade
A deformabilidade de uma argamassa pode ser
aumentada pelo uso da cal hidratada. Atualmente
os fabricantes de argamassas prontas têm
formulado seus produtos baseando-se não apenas
na resistência mecânica, mas também em
deformabilidades máximas.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

3- Permeabilidade
É a propriedade de um material de se deixar atravessar
por líquidos e gases. A permeabilidade de uma
argamassa pode ser controlada pela quantidade e tipo
de aglomerante empregado. O cimento Portland usado
em proporções adequadas pode diminuir bastante a
permeabilidade de um revestimento argamassado.
Porém se o cimento for utilizado em teores excessivos
podem levar à fissuração por retração hidráulica o que
compromete esta propriedade.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

4- Retração volumétrica
Após seu endurecimento, as argamassas sofrem um
processo de retração resultante da reação química
dos aglomerantes e remoção da água adsorvida
nos produtos de hidratação, durante o processo de
secagem.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

4- Retração volumétrica
a) Teor de aglomerante: O aumento do teor de
cimento eleva o potencial de retração da
argamassa

b) Volume de água: Quanto maior o volume de água


empregado na confecção de uma argamassa,
maior será sua retração final devido ao aumento do
volume de pasta.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

4- Retração volumétrica
c) Granulometria dos agregados: O agregado tem
um papel importante no controle de retração uma
vez que o fenômeno ocorre na pasta.

d) Condições ambientais: A temperatura e a


umidade do ambiente onde uma argamassa é
aplicada influenciam sua retração.
ARGAMASSA NO ESTADO ENDURECIDO

PROPRIEDADES:

5- Aderência
É a capacidade de uma argamassa se fixar no
substrato onde é aplicada. A aderência é
basicamente um fenômeno físico. Logo que a
argamassa entra em contato com o substrato,
existe uma migração de água de um material para
outro, carreando materiais cimentícios. Este material
ao se hidratar se fixa nos poros superficiais do
substrato promove a aderência da argamassa.
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO FRESCO:
Consistência
Flow-Table

Squzeeze Flow
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO FRESCO:
Densidade de massa e Teor de ar incorporado
Densidade

Ar incorporado
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO FRESCO:
Retenção de água
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO ENDURECIDO:
1 – Densidade de massa aparente
Densidade
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO ENDURECIDO:
1 – Resistência à tração na flexão e compressão
Tração na flexão

Compressão
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO ENDURECIDO:
1 – Resistência de aderência
ENSAIOS EM ARGAMASSAS

ESTADO ENDURECIDO:
1 – Resistência de aderência

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