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A semente da qual vieste, homem,

de furta-cor se comp�e, por ilus�o.


O �rduo processo na qual te submetem, bicho,
Deriva do que �s feito e te cega, � o neutro gr�o

De l� te lan�am cru
Aqui te tornas pronto

Por uma falha qu�mico-cient�fica dos deuses


te tornaram homens lapid�veis, bicho
Que confus�o experimental!
Que abalo mental!

�s escondidas, sei que tentas retirar a mosca presa na tua garganta, sapo-homem
Na escurid�o, sei que gritas repetidas vezes ru�dos sem sentido, grilo-homem
No luminoso verde, sei que te camuflas por instinto, camale�o-homem
No imenso mar, sei que nadas por liberta��o, lambari-homem
Ao c�u sereno, sei que tra�as rotas imposs�veis por fuga, �guia-homem

A subst�ncia de que eras feito


J� n�o te atinge nem �s canelas
A levidade do p� que te compunha
Transmutou-se na rocha que te prende

M�os ao peito, por respeito!


Face que expresse o mais sincero prazer!
Postura ereta!
Palavras cordiais!

Presen�a dos oficiais em 3, 2, 1.


Mec�nica precisa.
Raz�o controlada.
Eles com a palavra:
"Da nossa boca, regras n�o saem
O que lhe entrego � a liberdade
Por nossa inten��o o mal � ausente
O que lhe proporciono s�o oportunidades
Por nossa vis�o, a natureza � essencial
Da� lhe transmito o pensamento l�gico
Por nosso m�todo, desespero n�o h�
O que lhe lan�o � o tempo.
Ainda h� mais!
Lhe mando a serenidade m�tua entre corpo e alma
Como dever a ser rigorosamente cumprido
Por�m, lhe ofere�o a vida."
Sa�da dos oficiais em 3, 2, 1.

Homens ofegantes
Realidade mascarada
Discurso engolido, mastigado, digerido.

� assim que a estrada � rumada.


� assim que o neutro adquire cores.
Bicho, se por um descuido te atreves a pensar
Homem, sobre ti cais o mais amargo pesar

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