Jorn Rus€fi
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^ u ensin o cie História
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r Jõrii Rüsen
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|nrn Rüsen c o Ensino dc História
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Jó rn R * en . . .
• sós não são su h aen tes como torma ae
0 Tradiçõe-' Por em seu conteúdo em pírica
orientação P ^ f ^ L e heterogêneas e e w m uma integra-
lé m ^ d a! S e° ou princípios. Estas regras e ponopjos sao
cão por * “ » de « e m uma vasca gam a de dcversas
abstratos porque sao em , portanto, uma telaçao com esta
csperiêndas do tempo^ eXque carregam est
AVersídade. Trata-se d ^ o j princípios abstratos, contando his-
Cão. Elas concretizam a * destas regras e princípios em casos
tórias que demonstram ‘ exemplos sobre a história das mulhe-
específicos. Utilizan o o periodo dos estudos sobre as
J pode-se oihar para.nas e m m n U e ^ ^ _
mulheres. Para demo .}u, tónas que contavam muiro sobre
lheres, as historiador. P ^ Z p ^ l a eficiência das mulheres
as realizações, as capa ^ Q efejto de fazer com que muitas
i X e s t o p ^ t e s e s L o b r a s de arte, artesanato ciência, religião,
" X g e m , a economia e a polírica fossem « h » do esqueonrento.
Para colocar do modo generalizante da teona no%amente, as
narrativas exemplares lembram os casos que demonstram a aphcaçao
de regras gerais de conduta; elas impõem a continuidade como a va
lidade supratemporal das normas que abrangem os sistemas de vida
temporalmente diferentes; e formam uma identidade ao generalizar as
experiências do tempo para as regras de conduta. Outros exemplos
deste tipo de narrativa histórica são as histórias que apresentam mo
delos de virtudes ou vícios. Nos jornais sempre podemos encontrar
alusões a acontecimentos históricos. E essas alusões seguem a lógica
da narrativa exemplar. Um exemplo é o seguinte fragmento de ardgo
no Cape Times de 17 de fevereiro de 1987:
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....... „ mipofUi' \mt» w i l o i w
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. .. imoim *& "" . „ , 1» cKpctwiiciíi temporal »\m<
...!.
CÍal (3) O 1erccifí; i’P; ^ rejrra^
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íi- r ;* :,::; s r * « * •— >“ rí“ i!fc * •
Z xça Paril noV,OS píf '°,™|heres este tipo de narrativa é abundante.
Na h,f >m histórias relacionadas ao sofrimento das m ulheres
Bem sei que sao as • patriarcal. Por meio dessas historias, as
„a longa historia d c d o m i n ç p ^ & dog padrões trad.c.o-
“ t s s r . — — *— p”
outras alternativas. _ naffativas críticas nos lembram dos
EW tCrm° ^ 2 m átÍas as presentes condições de vida; elas
S5a====? - S
drões de autocompteensao: e a identidade da obsttnaçao.
Outros exemplos deste tipo são as obras históricas que segue
o lema de Voltaire: “Quando se ler História, a única obrigaçao de uma
mente saudável é refutá-la”9. As narrativas críticas são anti histórias,
histórias convocam a experiência temporal perante o tribunal da men
humana: o ganho de tempo no sentido de ser um objeto de julgamento
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Jórn Rüsen e o Ensino de História
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Jõrn Rüsen
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Rüscn c o Rn sino cic i iisiorid
11 Peter ReilI iluminou a parte alemã deste começo: The German Enlightenmnt
andtheRise of Historicism. Berkeley, 1975. Cf. BLANK, H. W.; RÜSEN, J. (Ed.). ^
Aufklàrung yiirn Historismus. Xum Stnicturwandel des historischen Denkens. Paderborn, ^^
(Historisch-polidsche Diskurse, v. 1). [0 lluminismo alemão e a ascensão do histonasmo.
Berkeley, 1975. Cf. BLANK, H. W.; RÜSEN, J. (Org.). Do lluminismo ao histonasmo.
Era uma mudança estrutural do pensamento histórico. Paderborn,1984. (Discurso histórico
epolítico, v. 1)].
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Jôrn Rüsen
m .• '
Mas a tipologia nos fornece não só uma periodização gera] <ja
história do pensamento histórico; ela também fornece periodizações
especiais dentro de épocas particulares. Como eu já disse, os quatro
tipos estão sempre presentes em textos históricos; um é dominante, 0s
outros secundários. A forma dominante estabelece uma época geral- a
relação entre as secundárias, e entre elas e as dominantes, pode defini
os subperíodos.
Essas considerações teóricas podem levar às estruturas concei
tuais de pesquisa empírica e interpretação. A época do Iluminismo tar
dio, por exemplo, pode ser tipologicamente descrita como uma mudança
da estrutura exemplar para a narrativa genética como forma dominante
na estrutura profunda da narrativa histórica. Reinhart Koselleck descre
veu essa mudança como uma dissolução do topos vitae
no início do movimento em direção à história moderna12. Seria válido
procurar uma mudança análoga da narrativa tradicional para a exemplar
como uma forma fundadora do pensamento histórico. Suponho que
essa mudança ocorreu durante o despertar das civilizações antigas
Existe um outro uso da tipologia que quero apenas apontar
sem enfrenta-lo detalhadamente. E ainda muito hipotético. Pouco sa
- - — * ~
206Jo nesquisa
se diStl% isa emptóca
e u ^ ” teofl do aa estarpesqur
, cpr anlicado - * *•
«alizaçoesd p tt0 tipos pode s P as rguntas sao
I n o v o , um quinto npo? ^ ^ d e r n o s , no
temos de toscM ^ dos estudo ^ situa. se
5»ir^SSíSSS=2
de racionalizaçao e argume ^ , uma elaboração e msrituciona
tudos históricos nada mais sao q ão13 que a maioria dos histo-
lizacão desta racionalizaçao e argum ’ racionalidade metódica
dadores idendficam na sua disciplina como a racionaüd
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fi)tc, , d* memória histórica; ou, para dizer brevemente, da orientação
th , kh iium ana no curso do tempo. Se os historiadores profissionais
reconhecessem essa função como uma função de seu próprio trabalho,
talvez o seu ele fornecesse um pouco mais de racionalidade para a vida
praticía.
Enfatizar este aspecto da historiografia é um dos objetivos
principais da teoria da história em geral e da tipologia da narrativa his
tórica em particular14. Mas não é tarefa do teórico prescrever a histo
riografia. Ele ou ela só podem tentar elucidar a estrutura da narrativa
histórica e discutir os seus aspectos de racionalização e de argumenta
ção. Então, por fim, gostaria de levantar uma questão sobre a repre
sentação historiográfica da continuidade. Como já foi dito, a continui
dade é a ideia principal da ligação histórica da experiência do passado
com a expectativa do futuro, realizando, assim, a unidade do tempo.
Os historiadores têm apresentado esta ideia de modos diferentes. Nos
bons e velhos tempos da então chamada historiografia narrativa, eles
apresentaram-na como o fluxo de eventos visto por um quase-divino
autor onisciente. Nos tempos modernos da história estrutural e social,
os historiadores frequentemente apresentaram sua ideia de continui
dade na forma de uma teoria (teoria da modernização, por exemplo).
Isto significa um progresso na racionalização, pois em tais formas os
conceitos de continuidade são questões para debate; todavia, o leitor
está exposto a um processo já completo de constituição do sentido da
experiência temporal.
Posso imaginar um novo avanço na racionalização. Isso pode
acontecer se os historiadores apresentarem a história para os leitores
de tal forma que, ao lê-la, estes teriam que criar uma ideia do sentido
das decisões ligada à continuidade de si, usando sua própria razão. En
tão, a historiografia ganharia uma forma que se situaria nas vizinhanças
da literatura moderna. J
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