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Desigual Distribuição da Riqueza

(Norte/PD VS. Sul/PED)


Introdução

A distribuição desigual de riqueza é um problema que aflige cada vez mais a


nossa sociedade, tendo em conta o divergente contraste entre países do Norte
ou Países Desenvolvidos e os Países do Sul ou Países em Desenvolvimento.
Segundo um relatório da Oxfam há cada vez mais multi-milionários, que
representam 1% da população, os mesmos ficam com 80% da riqueza, ou seja,
deduz-se que 99% da população apenas têm 20% da riqueza mundial.

Uma das formas de medir a riqueza de um país é através do PIB (Produto


Interno Bruto), este representa a soma total do valor monetário acumulado
produzido de um país durante um ano. Outra forma é através do IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano), este indicador é mais abrangente tendo em
conta que avalia não só a economia do país, mas também a qualidade de vida
da população.

Portanto, um país que apresenta um PIB ou IDH elevado pode ser enquadrado
dentro dos países desenvolvidos, em contrapartida, o país que apresenta um
valor reduzido de PIB ou IDH pode ser enquadrado dentro dos países em
desenvolvimento.
Em relação aos países desenvolvidos estes representam na sua maioria, a
região norte do hemisfério, à exceção da Austrália e da Nova Zelândia. São
caracterizados pelo predomínio do setor terciário e secundário, têm acesso a
bons serviços de educação, saúde, segurança social e o nível médio de
rendimento é elevado. Já os países em desenvolvimento representam a região
sul do hemisfério, porém alguns destes países encontram-se numa fase de
emergência (BRICS). Estes são caracterizados pelo predomínio do setor
primário, nestes países a maioria da população apresenta um rendimento
baixo, não têm acesso a bens e a serviços essenciais, por consequência, a
educação e os cuidados médicos não são de “qualidade”.

Exemplificação da Desigualdade
de Distribuição da Riqueza
(EUA VS. Brasil)

De um modo geral o Brasil e os EUA são em termos de tamanho, recursos e de


população similares. Ambos passaram por uma fase histórica colonial, mas de
uma maneira diferente, que alterou o rumo de como ambas as nações se iriam
desenvolver. Por um lado, o Brasil foi colonizado com o intuito de servir de
meio à exploração dos recursos naturais. Por outro lado, os EUA foram
também colonizados, porém estes serviram de região para os colonos se
estabelecerem e fazerem vida lá.

Em termos concretos, os EUA possui aproximadamente 312 milhões de


habitantes, contra 196 milhões de habitantes do Brasil. A economia
americana (PIB – 15,4 Trilhões) é considerada a mais importante do mundo, os
americanos têm orgulho de se considerarem um lugar multicultural, vasto em
oportunidades. Já a economia brasileira (PIB – 2,08 Trilhões) revelou uma
melhoria, e é atualmente considerado um país estável, é caracterizado pela
diversidade étnica que contrasta as regiões ricas com algumas regiões
extremamente pobres.

Em relação aos cuidados de saúde, os EUA têm o seu sistema de saúde


baseado em seguros privados e públicos (Medicare/Medicaid). Apesar de
serem caracterizados como um país rico e gastarem muito capital nessa área,
esta aparenta não ter os melhores cuidados de saúde.
O Brasil tem um sistema único de saúde, dividido em privado e público, no
entanto, graças ao elevado nível de corrupção, à medidas dos anos este (setor)
foi cada vez mais “esquecido” pelo o estado. Daí encontrar-se com fracas
condições médicas/saúde e consequentemente ser um dos países com
tendência para doenças contagiosas por exemplo.

Em termos de educação, os EUA apresentam uma taxa de alfabetização de


maiores de 15 anos de 99%, em alternativa, o Brasil apresenta uma taxa
próxima com o valor de 88%. Porém, nem sempre quantidade e qualidade
andam de mãos dadas e é exatamente o que se passa em ambos os países.
Isto reflecte-se nos EUA como um estado, de ensino e infraestruturas
educacionais muito mais avançadas face ao Brasil.

A taxa de desemprego era de


5,50% (2008) nos EUA e de
8,50% (2008) no Brasil. Pode-se
concluir apartir disto diversas
coisas, apesar dos valores serem
similares. Tendo o Brasil uma
população mais reduzida face
aos EUA, torna o desemprego
“mais concentrado”.
Este desemprego deve-se,
sobretudo à expressão
“Favelização”, onde o cenário
habitacional é um forte indício
da condição de desigualdade.
Inúmeros aglomerado de casas,
em grande parte construídas nos
morros, contrasta com as
mansões e casas em
condomínios fechados, nos EUA
por exemplo. Outros fatores
explicativos são a desigualdade
alimentar, a falta de saneamento
básico e a educação (já
mencionada).
E Portugal?

Contrariamente ao que se pensa Portugal também faz parte da lista de países


onde existem níveis de desigualdade elevados. Inclusive, estando no segundo
lugar dos países da União Europeia onde a desigualdade da distribuição de
riqueza é maior. Que se traduz na precariedade laboral e na pobreza.

Creio que apesar, dos valores apresentados, Portugal graças à contribuição do


FMI (Fundo Monetário Internacional) e à boa gestão do atual governo,
conseguirá reduzir os valores de desigualdade. Travando os rendimentos dos
mais ricos trava-se gradualmente o aumento do desequilíbrio.

http://www.tvi24.iol.pt/pobres/desigualdades/portugal-e-dos-paises-
onde-a-distribuicao-de-riqueza-e-mais-desigual
João Luzio - Nº10 - 12º3 - 25/04/18

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