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Também protelei muito pra escrever isso daqui por medo de ser
hostilizada, mas se tem algo que eu tenho como certeza é que a
concepção de gênero do radical é a única que nos contempla
inteiramente e pode conduzir à libertação. Comecemos por ela, então.
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12/11/2017 Como é que eu me tornei feminista radical? – Ísis Leocádio Ruiz – Medium
“Eu não sei explicar porque sou mulher, mas nunca questionei o fato de
que sou uma, então eu devo ser o que eles chamam de cis. Pessoas cis
são privilegiadas em relação às trans, então o mínimo que eu posso
fazer é respeitar o lugar de fala dessas pessoas e não questionar o
gênero de ninguém.”
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12/11/2017 Como é que eu me tornei feminista radical? – Ísis Leocádio Ruiz – Medium
Eu adoraria terminar meu texto com essa frase, mas sei que para além
da teorização a galera curte cobrar uma “proposta de ação pra vida
real”, ou criticar a teoria por causa da ação de alguns militantes rs. Com
frequência a galera diz “ah, mas radfem é nociva, é hostil com pessoas
trans, conheço uma que enchia o saco de uma travesti por nada,
chamava ela de piroco, macho de saia, etc”.
Mano, eu nego que essas coisas acontecem? Não, até porque eu já vi.
Atacar o indivíduo não faz sentido pois o problema não é ele, são as
concepções divergentes de gênero que jogam pra baixo do tapete o
debate de hierarquia entre os sexos, fazendo a gente acreditar que ser
mulher é um sentimento, e não uma condição histórica de opressão da
qual não é possível fugir. Eu não sou desonesta, eu sei que pessoas trans
sofrem pra caralho, e por isso é sem sentido car atacando
gratuitamente desse jeito. Mas tem rad que faz isso? Tem. Existe muita
menina nociva e imatura no radfem? Com certeza.
Mas sabe de uma coisa? Assim como existe gente nociva no rad, existe
gente nociva no feminismo interseccional. E no feminismo liberal. E
fora do feminismo. E na esquerda, e na direita, e em todas as direções
possíveis…
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12/11/2017 Como é que eu me tornei feminista radical? – Ísis Leocádio Ruiz – Medium
Sei que muita gente não tem contato com o rad por puro preconceito ou
receio, e é por isso que eu escrevi esse texto: são informações que eu
queria ter tido antes. Tentei ser didática sem ser condescendente, e
espero que tenha conseguido. Obrigada pra quem leu até aqui. :)
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12/11/2017 Como é que eu me tornei feminista radical? – Ísis Leocádio Ruiz – Medium
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