Você está na página 1de 34
Wiliam €. Paden roe INTERPRETANDO 0 SAGRADO | Modo de conceber a religiao. Se eee eee SS SSS SSS SSS SSeS Si commer. ap Para Natasha ‘ipos religisos transcultaras(capitao 5), Cada um desses exquemas desenvolveu sua prépri terminologia para des- cerever 0 que é a religio, e cada qual tem sua prépria aplieabiidadee org, ‘Mas também os fis interpretam a religi (capitulo 6), Examinaremos como difeentesfilosofasreligiosas — quer ‘em termos resrts, quer em terms amplos euniversalistas —explicam a diversidade da religitoe fazer suas proprias isingdes etre nveis de entendiment religioo, Como si0 parte do fentmeno da interpretagéo, as visbesinternas da ‘eligio foram incluidas 20 lado ds de extcose centistas soci, sem se conferr nenhuna delas uma posigaoprivi- legiads ou desprvieginds, 0s stimos captulos (7-8) apresentam modes de en- tener varedade de interpretagko, basicamente mostrando sua naturezanevitavelmente contextual. Elesadvogam urna capacidade plraistia que poder negociar diferentes fn sulosa respeit da eligfo, Surge agui ume nogioposiivae dinimica de relativdade que reconbece & conexoineviti- vel entre a postura do intepretee as facets da eigito que Ho focalizadas 2 0 DESAFIO: INTERPRETAGOES Rin A 0 que a religito interprets como Deus, seus erticos interpretam como ilusfo. © que a regio interpreta coma esritura sagrade, os crlicos interpretam coma invengia humana. O que areligito interpreta como tradigbesdivina- mente ordenadss, 0s crticos interpretam como sistemas de repressio edominaclo, O que a religifo interpreta como berdade, 05 elicos interpretam como fsa seguran, ‘A questo da interpretago assume uma forma aguds dramitica nas vooes dos eis. Eles mostram como € incisiva a forga da lene interpetativa quando aqilo que por stoulos foi tomado como verdade eter pode, em in 56 di, tansformar-se em fied insidiosa. Ao piscat de un ‘tho interpretative, o sagrado se tna comum, autoridede sivina se transforma em despotism e o absoito se toma relative. Um nverso desaparece, e outro 0 substi. Os ‘deuss sto desmasearados, $ termos do rind s toal= mente revertdos. ‘A fim de sentir um pouco a amplitude do que esté em Jogo na interpreta, comesaremos com as princi vi ses erties sobre a rligito. -Embora toda nova teoria sea, por sue propria nature ‘2a, uma contrateora para uma visio dominant, desafiando 4s froneias que maninham algum dominio prévio, no caso ‘a eligi as fonteiras eram especialmente sacrorsatan ‘5 iscos especialmente alto. Em tempos de forte auton, e religion, leita inceitéveis da esriture no eram tm !ssunto trivial. Os ateus fildsofosherticos no erm ape, as fontes de ero — eram horrores © ebominagbes, Em ‘ites casos, as instiugdes roligiosas resstram a subver, ‘to ideoldgica de seu mundo com ferocidade por meio 4e excomunhdes inguisigSes, torturasesentengas de mor, 'e-Por conceber Deus como um “efével Ung” enifo como ‘Trindade, Miguel Servet fi queimado na fogucia, na Ge, nebra de Jodo Calvino. ums marca da profunds natureea ‘ectitril eautoritria das interpretagdestradicionas © dog. miétices da religido que a histéria das contra-interpresagtes 40 eligifotenha sido reratada com tanto sangue. ‘No final do'século XVIN, contudo, «cultura europa sta, ela mesma, comegando@ fazer a transigdo pare tna ‘modernidade secular e para alguns dos conseqientes valo. res da investigagtociatifieaedatolerinca social, cs ques, {8es de religito passaram a ser resolvdas menos em foguet ‘as que em livros, Masui yenero diferente de nio-confae, mistas esta emergindo; nfo apenas tedlogos divenenten, ‘mas toda uma sucesso de clticos do prdprio concelto de religido, Uma era moderna de interpretagto nf-tliiose ‘nstaurou-se para desfiarareligifo em varias linhas de ate, «¥e. Os deuses, que cram a base das civliagbes,eram ago. ' desmistficados por atacado; ¢ veligito era vista, na ‘melhor das hipétess, como toicee erro, ena pion, cove ‘uma forma maligna de opresso, a rllgio com pensamento primitvo Desde seo XVI, ks comm dos esuemas sfovelipoton par expla eligito tm sd od co tallono!O meio &o ero crsteistc dere Sa nia ot “Ea nine”, nq, uposumese, tins vivene, Ein tata de sto prs ‘cbr pl pesaest aati, stead go ‘aol nin fote lide conhesincat do mundo De ‘tot modos, iso se tomas ua mderna vio Gear (6, erga nos stan cduaconns pio, At fio — som sun astocies de cae eines ferebia como algo ford exfradnsesten de coahe Eien, contentment, elegade ts demic spe ado aidnomos das Iriel rita indians ‘stim amo atelier nes inn ocr de xos ‘enn opel setae gor tania ensino de lio das esc pbs avis rains, acre sbrnatui oa center nts poo dem pene prin Spr ken Alig au represent inlaid per tat, um eapei de contd nas nano, ‘on pita da anda de concer expla de onto asta at smn fg ae a avide en more, Neste eaquen, alii na en lide asta por etsion inns, gen coabe "Rs at iin on dice, ne ce Frontera entre fato imaginagdo, © racionalismo vé @ ‘xplcardoreligiosa como seu proprio anipode, ara 0 racionalista, © mundo parece subsist muito ‘bem sozinho, sem nenhuma necessidade da hipStese dey deus eriador ou agentes espirituas. Todos 08 eventos sia explisveis como stos da natureze, sem a necessidade do apelar par o mito ou para ainervengi divine. As ciencing fisicas primero desmantelaram a visio bible do munde © acionalismo teve vias encarnagées, ependendo 0s conterts e necesidaes hiséricas. Por exemple: aa Frangae na lnlatera dos séculos XVI! ¢ XVIII, o leona ‘stava na mods, Essa filosofin era uma espécie de meio co, ‘minho entre a religido € a eiéncia, Os deistas desafinnen auilo que tomavam por crengs tacanhas em mulagies xplicagdes sobrenatras, embora ainda mantivessom scene fang em um principio mais levad de ordem no uivena, ov sei, Deus (dao nome deisma) — porque, afina, see, ‘msi, er uma afiemagio razobvelyaraclen © filsofo escoeés David Hume (1711-1776) fo ta ‘ez figura pivé do rationalism, pela natuteza sistemneg de seus arguments contra as alegagbeselgioss de elas tevelago, pela sua visio de que a religito supe devite {nferéacis obscurantista ¢equivocadas sobre as verdades, 128 causas, © por sua defesa de uma completa “tiésea a bomen”. Sua infugnciafilosfic,recusundo-e exci ‘mente privilegiar qualquer parte do pensament eliioss ‘eve longo aleancee se estendeu ato presente F nn: No inal do século XIX, o evolucionismo se transfor: ‘mou em mals um esquema racionalista para interpetar 9 desenvolvimento do pensamentoreligioso, Depois de dor _gem das espécies de Darwin (1859), a dias relgioss po- diam se, agora confianc eexplicitamente, resteadas et a5 primeira sociededes primiivas”.Aantopologa, entfo una nova citncia baseada no estudo das culturas tba ¢ na reconstiuigo dos primérdios humanos, frmeceainimeras tworaseexpecilagies sobre as igen da eligio no funciona mento ds mentalidade araiea. Por exemplo, famoseteoia do snimismo proposte por Edward B Tylor em 1871 levan. toa a hipdtese de que a religgo comega com a ereaga em almase espirios uma erenga que surgi da nevessidade de cexplicaro parecimento de figuras animads em extados de sonho. a diferenga entre o corpo vivo eo caver. A eren ‘em deuses nada mais € sento uma elaboruso posterior essa premisss, Outrasteoras explicaram ainda a origem do seatimento religioso nas sensagdes de magnificéncia da natureza — como na atividade dos corposceestias ou nos rocessos celios de vida e morte da terra — mostrndo ‘que os primeiros humenos ignorantementeatibuiam eti- vide espirinat a essas forgas, A teoria de James G. Frazer tipica do perlodo, era # de que as pestoas se rele cionavam com o mundo primeiro por intermédio do pen- samento mégico, depois mediante propiciagio reigiasa (quando a magia nto conseguia ser confivel) ¢, final mente, pela ciéncia? "Umaorcpnt ence mode a(n Oa « r i © i c ‘ « « c < ce « « te t ( c « “ « < “ ‘ « c 2 © positivism, outra forma de tacionalismo, era um ‘movimento filosfico que enfatizava que somente o vetfi- cdvel pelo método cietifico, ito 6, refitvel, pode prod ir conbecimento verdadero. Como a presenga do sobrene tral nfo pode ser provada nem refutada por nenhuora forma de observagio, ela nfo pode pretender ser verdedera, Por ‘exempl, se alguém alege que Deus 60 crador emantenedor slo mundo, mas nto existe eviddacia que possa desconfirmat essa aflemagéo, a cenga deve servizi endo-coguitive Origens humanas versus origens divinas da religiio Se cca coat vi eligi como uma fo ee eee tava como are comport te needle © pe ses tumans una ven cntate par de nce brépissinolo expen, piel ¢ wc Expl algo sss erm operas nes poe slag um ero dh mete; ane eo ere stage ada nes." do 0 sent am er, rss sino day der ¢ do sentimento humanos, one ‘No se trata aqui de insist em uma forma mais clevie de © mais razoivel de Deus: o propria conceta de oréem plo,o que casouadivisio do Mar Vermello para Masts nlo foi am ato interveiente de Deus, mas um fendmeno de ma- 1). Para ruts, apresencan Biblia deestilose voeabuliios canflitamtes, de repetigdes e acéstimos editors, uso de mes diferentes para Deus e reerdncashitrieas inex, fyontavam para o trabalho de mos humana, e no divinas [A descoberta de mitologias bubilnicas ¢eseitos de outs fubitantes de Palestina durante operodo biblic também de ronstrou que 08 relatos escriturstics foram influnciados prides religiosasdaquelesambientesespecificos. [Nessa abordagem erica, os importantisimos primei- ros cingo livros de Biblia, os esos wadicionalmenteatribu- ths a Moisés no aparecem como outorgades pr inspiragio ‘ving, mas ants como o resultado do trabalho de mats au- tures eserevendo s parti de pontos de vista de séouos dif reales, com diferentes tpos de religides interestes politicos, De acordo com ess “hipétse documenta” por exe Ho, pouca cosa nquels livros (ness, Exodo, Levitin, "Nimero eDeuterodimio que podera ter sid eseritano ver- ‘ei tempo de Molsts(stculo XIN 3.C). Muss Ua eis fram escrias por uma clase saerdotal bem apéso exo {abilbnio (586..C emir pate do Deateronémio (com- sto basicamente de dscuros tribuidos a Mois) também ‘rece evidénca de er ido esorita centenas de anos depos ‘éeMoistsepiedasamenteinserid em seu tempo fim dee roporcion mais autoridade saad, = ec pa aan 491, eee e cee emineera-liiianncn Osevangelhos do Novo Testamento também passaram 8 ser lidos por etic histérieas™ nfo como relatos teste. ‘munhais, mas como expresso desidesis eda ds prime as comunidades criss — num certo sentido, como pied. ‘sapropaganda engentrada par prova aos litres e conver. 808 a dvindade © a messianidade de Jesus. Os eventos da Vida de Jesus eram vistos como “erados na forma de qua Aros liters, afm de correspond is profecias hebricas —a0passo que odevoto cristo sempre os lera como o cum primento milagroso daquito que fora predito séculos ante, O evangelio de Foto foi concebido nila como o elato dito ‘de um discipulocontemporineo, mas como uma interpret 0 espiritual de Cristo muito posterior, ngpirendo-se nas imagens de mitologia redentorashelentstica epondo ad ios mistcos ma boca de Jesus — como os cradores doo hetticosevangelhos gndstcos também ram fazer no secu. lomtdc. O historicismo, a visto de que as tradigese valores ‘ultras dever ser estudados como produlos a hitia © 4 contexto histrico, continua sendo uma referénca pes. ‘manente nos estuos religiosos biblieos, a despito dos repiiios fundamentalists, e sua infuéncia néo se resin si as radighes ocidentais, ‘Siosner gsr hw Strain As fungGes megativas da reli Alguns desafis a religito ilo so baseados em to sias de origom, masa critica de suas consoqiéncis para Sociedede. Os efeitos distancionas da regi, portant, {mplicam 0 auto-evidente fim de suas revindicagbes de vertade, Se os frutos so runs, a drvore é rim. Nenhurm sapirato teérico — por exemplo, © materialism histrico ‘oe psicologia do inconsciente —& sequer necessiio,& «qe areligifo € paletemente condenada por seu proprio comportamento, No mundo greco-romano, os filgsofs fre ‘qenlementecriticavam e ridiculrizavam a reigito com ‘bueno comportamentoimora,caprichoso cvingative dos préprios deutes, Os “crimes conta vida" foram wm pons {o forte dos ataques marxistas,nietzschianos e feudianos 4 rligio. Para muitos observadores comuns, os elemen- tos corritivese auortirios da religido sio suas caracte- isis dominante, JH vimos como, pata Mary, @religido uma forga de comput socal repressio © opressBo. A religigo é part {a laa autordade das classes dominanes, qu asia se0 préprio poder e slate e mantém sua estrutua e hierarqui Socal contra madanga socil a justgs. B um encanta- ‘mento langado sobre a sociedade para manter es pessoas na servidto a seus préprios valores politicos, codificando ‘statficagées sociisarcaicas em doutinas de uma supos ta yerdade césmica. Os marxists apontam para 0 papel ea- cionrio que a sligifo tem desempenhado histarieamente rnamanutengio das divisbes em clases e casias ena legiti= mayo da superioidade racial e nacionalista edo imperi- limo. Durante a Guera Civil dos Estados Unidos, porexem- ple, os sulists citsam piedosamente passagens da Bblia como evidéncia de que Deus ordenaraainstituigdo da escra- vidio negra, ‘Ua variane de inerpretago da religio como ta ia social camuflad é ctica feminist sescituras eto Jogiaspatriareaisesexsts.” Onde o mundo ¢rettatado ern 'ermos da supremacia dos papéis masculinos, herbs mas: calinos, deuses maseulinose valores masculinos de poder, Inierarquia, teritério,violEneiae dominagio, a tligiao ce. ‘tamente perpetua valores unilaterns. Ela subordina as mu Terese de modo xenofbbico diminai ow excl suas fangdes ‘airtuais © modos de expeiéncia espirtual A religit, afirma outro arpumento cortelato,& tam ‘bém intelectualmenterepressiva. Ela impede inibe eer i a verdade o pensament, subordinndo-os ao dope. Desautorza tudo na ciéacia ena histia que nose encaine em sues doutrinas © leis, recusando-se, como no caso de Galle, othr pelo telescépio.Atendo-s a visbes de mun. do antigas, a religto fecha os olhos para novas formas de pensamentoe vide Por fim, hi agueles para quem a religio simplesmente ‘fo sigs. Ao tnvés de ncerporar pz e amor, la promo. vea divisio a intolerincia eo fenatismo, O term “rligito” ‘qui conjurs catatrfies crazadase guerra santas passadas {presents conflits em que as pessoas pdem "a vontade de Deus” do seu proprio lad e Saif do outro. religito,portan. {o, produz uma infume fisto de sacraidadee interes pe ro, uma alana demonica de mitologiae preconosito stil i ay ted ee: pny fer esta forms polo eririo de que nfo exit difere- e_ente quem se eo qua fiz, a valde daria € ilgada por acu tos nnsociedadeeconsierada de a pte. Parallment, alguns pesaram gue ans elogen te efit daenistencia de un des Dondoso erdo-p- Aeros a cxintncia de un mundo de brtaldae ep tersidade, Aqui o argumento cont reli € psp ‘sstaia do mundo, Avaliagto A regio, nrprete acon, ag tomo i- vecpetda, © qu anes extaa acim de eri agi eos thjete de singe tt Nesta eu de supe rama a en eng vores eto pena ox procsts de etoquestionamenoe merc du Sm modern, eligi, ao ie parece, fina nS 60 qv Sizer la € uma labora mana mascara A sce dace foxes matém 1 clramentum eter de ving emits des sus een!" Tas srgem om sno sso perio. Sho respastash ores eis, Mus dla masta qe ‘Sbaimen esas arate Apostarenncoet ‘ise cheno au ns Asin ean cm aa "Quantic ae ‘Lum fin Sel bruger wwe ceerewereesenataan necro necccene : ‘© undo do iterpetate fj atingdo elas injungdes dua er relgioss, que requer um severo conrwataque, Repro, Seatam um especto de conta-acusagées eorespondenine¢ lum espectro de ameagas religions, Catia crtca fcalica um aspect da seligigo que ameaga 08 valores © posit do critica. Assim, oracionalismo at, a0 que parece ser iracional, crite social focalin 0 quo Parece ser anti-social, cca freudianaé dirgida no cos atece sr psicologicamenteobstrutvo a ertca histires a Biblia € disigida ao que patece ser flsiticagbes histor ‘as que conradizem a evidéncia, Os ertcos de diverse i os véem que es desagrada na religitoetpicamonte ‘mam aquelascaractersticas como base para denis toda @ natureza da eligi. Contudo, as erica &retigio acima citadas sto em ‘ua maior parte pontos de vista que em si mesmos const {em reagdes historicamente situadas «cette formas his. foricamente situadas de religto ocdentl. Muitos oman ‘eligido como equivalente i religto da sciedade ociden, {al com a qual os extcos esti failiarizados. De fate, pelos padrées transculturals modernos, algumas delas ne ‘ealidade, nio so de todo terias de reigito, mas reagdes fmt-sstoma e certs foxes de monotelsmo biblice Ge ‘eralizagbes com qualquer pretensio de ser inclusividade ‘ecessitarim considerarfodas as formas de religito, Por ops. Alt do, oa alegntn de qu ligioe peas” buna tem cet sentido ne const dos dhalanos reigns ocentis qu preoninin una di So eae a fea do sobrenutira edo nana eto hunaao” eeu anlogs (soci, plcolginat sale) team at aero # Rlosteamesteenbiges Goins sent soins inves eecontata com “o serena” Pos oy final € humana? Os lites deamethinn reeds doen Engr etiza da elif apres para explcar © descseido em tence do carheeidonlomiveros (6 bumano), em iitima anise 0 coahecida se transforma ‘emmais um desconhecido.Além dso, se algo se origina na pique, oun sociedad, ou na histra, significa que esse algo €ficcional? Os conceitoseientificos so Ficcionais 36 porque so elaborados por humanos"? © que ndo¢ luséo? (Que ideologia nfo ext relacionada com modelos cambi 183 de autoidade social? Mesmo sem a énfase denunciatria das visbes crite «as, 0 conceito da matrz humana e explicagio da religito continuou sendo um postulado das ciciassocais moder. ‘nas, € muitos eruitos de estados religions hoje também sgeralmente reconhecem o importante papel de fatores£0- Cioldgicos e psicoldgicos na formagio de sua diseipling ‘A questo, portanto, & menos se as formas religioas se ‘cortelacionam com formas de cantexto cultural ehstérico,© ‘mais como interprear isto. Conterto, como veremos, & um ‘terme que pode ser usado de modos diferentes eprominciado ‘com diferentes inflexdes — cada qual comandando uma dis- osigo de fimo e um esquema interpretative diferentes, ‘Um importante esquema de interpretaio 60 sociol6- ‘ico. Além de seu papel de derafiaro pesament rligiono, ‘Omodelo sociocultural de explicagio da religifo tema do préximo capitulo — se torou extenso,profundo e podero- 50 em sun eplicego,e merece um foro proprio, Neshuma teoria de religifo,eneahum tratamento de interpretages da religio, pode deconsiderar seu abrangente onto de vist. a 6 INTERPRETACOES RELIGIOSAS —PARELIGIAO: VISOES INTERNAS A roligito nfo & apenas inaticulada, passiva,incons- Cieate de si mesma, ou dsponivel s6 para a interpretagao ‘extema. A religito tem uma voz propria. Els tambem én terete da relipio, As vores de fii esti inludas asl ‘fo porque nlesfinalmente chegamos a verdade ited, el, mas porque nels encontramos mais um tipo de lets focalizadore, Indo ado com as outa. O diseurso religions ‘ssi aqui seu lugar em meio a uma gama de manciies do fala sobre o mundo, e nfo simplesmente como modo “nie, clenifico”, de ceria forma exluido de todas a outa exp

Você também pode gostar