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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 100º VARA

DO TRABALHO DE GOIANIA-GO.

RTord.9876

EDITORA LEGAL, já devidamente qualificada nos autos da Reclamação


Trabalhista em epígrafe, que lhe move MARIA DAS GRAÇAS, vem a presença
de Vossa Excelência por intermédio de seu procurador que a esta subscreve,
procuração anexo, não se conformando, data vênia, com a decisão que
“PROCEDE EM PARTE”, DA reclamação trabalhista em epígrafe, com fulcro
nos artigos 893, II, e 895 da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO pelos fatos
e fundamentos que nas razões passa expor:

Ainda em tempo, nos termos do artigo 899 da CLT, requer a juntada de


comprovante de depósito recursal das custas judiciais e das razões que
seguem, bem como pugna pela notificação do recorrido para que apresente
contrarrazões no prazo legal.

Termos em que, espera deferimento.

Goiania/GO XX,XX,XXXX.

ADVOGADO/OAB
EXCELENTISSIMO SR. DOUTOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL
DO TRABALHO DA XX REGIÃO

Razões de Recurso Ordinário

Colenda Câmara

Eméritos Julgadores

DOS FATOS:

Na 100 ª Vara de Goiânia/GO, foi proposta a reclamação trabalhista culminada


com sentença de procedência parcial do pedido, condenando o
reclamado/recorrente ao pagamento de horas de sobreaviso, ao recolhimento
do INSS do período trabalhado, ao pagamento de adicional noturno, bem como
a integração ao salário do valor do plano dental concedido gratuitamente.
A sentença de procedência parcial, data vênia, deve ser reformada, porque
prolatada de forma contrária a lei, a jurisprudência e prova dos autos. Vejamos:

1 - PRELIMINARMENTE:

1.1 – INCOMPETENCIA:

Na inicial a Reclamante/Recorrida requer ao juízo a condenação do


Reclamado/Recorrente ao pagamento das contribuições referente ao período
trabalhado, o que restou deferido. Acontece que tal pedido não merece
prosperar, uma vez que cabe a Justiça do trabalho somente o conhecimento de
tais créditos, cabendo o recolhimento somente à fase de execução????. Para
corroborar com tal argumento cita-se a Súmula 368 do TST, visto isso requer o
conhecimento da incompetência do juízo. ??????/

2- DO MÉRITO:

2.2 - DA REINTEGRAÇÃO NO TRABALHO:

Na inicial a requerente/recorrida requer a sua reintegração no emprego. Ocorre


que sua saída foi voluntaria, portanto não é assegurada por nenhum tipo de
proteção. Sendo assim a requerida/ exequente, não violou, desta forma, o
artigo 10, b, da ADCT. Requer o conhecimento de que a requerente/ executada
não faz jus a reintegração no trabalho.

2.3 - DAS HORAS EXTRAS:

A requerente pede pelo pagamento de hora extra pelo intervalo intrajornada,


uma vez que esta desfrutava somente de 30 minutos. Acontece que a
exequente só passou a conceder o período de intervalo reduzido por que
houve autorização do Ministério do Trabalho. O artigo 71, § 3º da CLT traz
expressamente a possibilidade de reduzi-lo, se preenchidos os requisitos do
mesmo artigo. Requer pela improcedência do período de hora extra, portanto,
se assim Vossa Excelência não entender, requer que seja reduzida em 30% o
adicional, ficando este em 50 %, conforme prevê o artigo 7, XVI, da CF/88.

2.4 - PERÍODO DE SOBREAVISO:

A obreira requereu o abono das horas sobreaviso, fundamentou que


permanecia com o Celular da empresa ligado, tanto no trabalho como em
períodos de descanso. Acontece que o simples fato de manter consigo o
telefone celular da empresa, ainda que ligado, por si só não caracteriza horas
sobreaviso, mas tem que estar o empregado, controlado pelo regime patronal,
aguardando a ser chamado. A redação dada pela Sumula 428 do TST vem
confirmar o que foi exposto acima. Requer, portanto, a improcedência do
pedido de sobreaviso.

2.5 – DAS HORAS NOTURNAS:

A demandante pleiteou o adicional noturno. Afirma que trabalhava das 16:00h


às 23:00h. Requereu o benefício na razão de 25%, razão pelo qual tal pedido
não deve prosperar pois o artigo 73 da CLT traz, como acréscimo o valor de
20%. Sendo assim requer que seja conhecido a redução do adicional conforme
o artigo mencionado.
2.6 - DA REINTEGRAÇÃO DO PLANO ODONTOLÓGICO;

À operária era concedido, gratuitamente, plano odontológico. Na inicial


requereu a integração de tal benefício a sua remuneração. Ocorre que tal
pedido é descabido e não merece prosperar, uma vez que está elencado como
verba não integrante ao salário, como é claramente demonstrado pelo artigo
458, § 2º, inciso IV, da CLT. Diante do relato, requer que seja julgado
improcedente o pedido realizado em cede inicial.

2.7 – REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE INSALUBRIDADE:

Como parte integrante do pedido da demandante na inicial, foi relacionado o


adicional de insalubridade, tal pedido foi fundamentado no fato de que a
requerente trabalhava e estava exposta a produtos químicos. Tal adicional foi
rogado a razão de 30%, pois tratava-se de grau médio. No artigo 192 da CLT é
clara a definição dos graus e a porcentagem de acréscimo definidos a eles,
sendo a do grau médio um aumento de 20%. Desta forma reque o
conhecimento do que foi exposto reduzindo o adicional de 30% para 20%.

3 – REQUERIMENTOS:

Diante das argumentações acima expostas, requer o conhecimento e o


provimento do presente Recurso Ordinário, com os respectivos acolhimentos
de preliminar e de mérito, com a consequente reforma da decisão, acolhendo
na integralidade os pleitos acima mencionados e julgando improcedentes os
pedidos da inicial.

Nestes termos, Pede deferimento.

Goiás/GO,XXX/XXX/XXX????.

Advogado OAB

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