Os Estados devem 430 bilhões para o Governo Federal e conseguiram
negociar carência.
Falta de caixa e má administração se reflete na qualidade dos serviços
públicos.
Às vésperas de sediar uma Ólimpíada o Rio de Janeiro declarou
"Estado de Calamidade Pública no âmbito da administração financeira", uma maneira de conseguir linha de crédito mais rapidamente e desafogar as contas públicas - que tem um rombo de 19 bilhões de reais.
O caso dramático do Rio trouxe uma vez de volta o debate sobre o
endividamento dos Estados com a União que se arrasta desde o ano passado.
Quais os Estados mais afestados?
1. Rio de Janeiro;
2. São Paulo;
3. Minas Gerais;
4. Rio Grande do Sul.
Em março, o IPEA (INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA
APLICADA) divulgou o mais recente ranking das dívidas, que vai de A+, o mais bem posicionado, até D-. O Pará, com conceito B+, lidera a lista.
Ao todo, 13 Estados receberam notas C ou D. Minas foi considerado em
"desequilibrio". A nota leva em conta investimento, comprometimento da receita com dívidas, gasto com pessoa e déficit da Previdência. De quanto é a dívida dos Estados com a União?
Algumas estimativas giram em torno de 430 bilhões de reais.
A maior recessão em décadas contribui para o panorama, mas a crise é
estrutural.
Causas:
--> Guerra fiscal desmesurada com incentivos fiscais;
--> Gastos elevados com benesses para os ocupantes do poder como:
carros oficiais, deslocamentos de jatinho e helicópteros, vaga de garagem, etc.;
--> Gestão tributária ineficiente e incompetente para cobrar os grandes
devedores;
--> Corrupção;
--> Descontrole administrativo/gerencial e financeiro;
--> Gastos elevados com publicidade;
--> Queda de arrecadação com a crise econômica;
--> Recursos com a União pactuada com juros elevados;
--> Elevação dos gastos previdenciários;
--> Pacto federativo ineficiente.
No que a dívida dos Estados prejudica a vida da população?
--> Baixos investimentos em infraestrutura básica e produtiva;
--> Precariedade de atendimento da população em educação, saúde,
segurança pública, saneamento básico, moradia popular, etc.
--> Atrasos de pagamento do funcionalismo, resultando em greves e