Você está na página 1de 28
Aves em diferentes ambientes e sua importancia para a restauragao florestal Maria Alice dos Santos Alves ‘Mauricio Brandao Vecchi Liliane de Souza Seixas Christiano Pinheiro da Silva Victor Marcelo Fernandes Introdugao Informagées sobre aves podem geralmente ser obtidas com menor esforgo que as de outros grupos animais, jé que as aves so em sua grande maioria diurnas, relativamente ficeis de observar e tém classificagao e distribuigao bem conhecidas. Asaves ocupam diferentesambientes: algumas se ajustam mais facilmente as mudangas ambientais (espécies generalistas), enquanto outras sdo mais sensiveis a essas alteragdes (espécies especialistas) (ALVES; SILVA, 2000). Essas caracteristicas conferem ao grupo grande destaque quando se trata de indicar estratégias de conservacao da Diodiversidade (ALVES et al., 2009). Por isso, e também por constitufrem um grupo de elevada diversidade e de fungdes ecoldgicas relativamente bem conhecidas, as aves servem como eficientes indicadores da qualidade ambiental, Muitas espécies sao dispersoras de sementes, sendo portanto elementos decisivos para a manutengao dos ambientes em que vivem, 0 que inclui a promocao de regeneracio florestal (HOWE; SMALLWOOD, 1982). A area do Complexo Petroquimico do Rio de Janeiro (Comper), amostrada no presente estudo, encontra-se bastante alterada devido & pressdoantrépica (como descreve o Capftulo 3), tendo possivelmenteja perdido boa parcela de suas espécies endémicas de Mata Atlantica. A regeneragao florestal prevista pelo Projeto Corredor Ecolégico Comper, ao auxiliar 0 estabelecimento da conectividade entre os poucos fragmentos florestais existentes na rea do empreendimento, poder4 propiciar o retorno de espécies de aves (assim como de outros. grupos da fauna, como mamfferos ~ focalizados no Capitulo 17) provenientes de areas protegidas do entorno, com recolonizagao da rea de estudo, Essa ligacao entre fragmentos poderd ser importante para que diferentes populagdes animais, incluindo aves, se mantenham, na regido a longo prazo, especialmente as espécies que necessitam de grandes dreas conservadas, por nao conseguirem ocupar ou atravessar areas desmatadas. 0 objetivo deste primeiro ano de estudos foi realizar um levantamento das espécies de aves existentes no Comper), retratando a situagao inicial de localidades a serem monitoradas conjuntamente pelos demais grupos de pesquisa. Um objetivo adicional fot indicar as, espécies de aves mais relevantes, particularmente as dispersoras potenciais de sementes, que possam ser agentes ativos no processo de regeneragao florestal. Métodos Areadeestudo 0 presente estudo abrange dados sobre as aves presentes na Grea de interveng’io do Projeto Corredor Ecolégico Comper), compilados ao longo de quatro excursdes para amostragem sistematizada em campo, utilizando métodos complementares, em campanhas que ocorreram de outubro de 2009 a julho de 2010. Em visita de reconhecimento ao local do empreendimento, selecionaram-se seis 4reas a serem amostradas com método padronizado, constituindo duas réplicas de trés tipos de ambiente floresta, planicie e pastagem (conforme Figura2.5, Capitulo 2). Os locais de amostragem foram escolhidos em fungao do tipo de uso e cobertura do solo, uma vez que as aves so mais estritamente associadas a essas, caracteristicas do que as diferengas entre classes de solo. Além disso, as, aves respondem apenasagrandes diferencas dealtitude, o quedescarta a necessidade de considerar os tergos das encostas, levados em conta nas demaisanalises (como descrevem os demais capitulos), ‘As quatro areas de encosta amostradas foram designadas com base no tipo de vegetacdo (floresta ou pastagem) ¢ compartimento geolégico: Proterozoico Floresta 1 (PF1), Tercidrio Floresta 2 (TF2), Proterozoico Pastagem 2 (P12) e Proterozoico Pastagem 1 (PN1). As duas dreas de planicie (Q1 QN2), ambas com pastagem (incluindo bordas de algumas manchas de Tibouchina), situam-se no compartimento Quaternario, Visando padronizar os estudos de vertebrados, as areas de amostragem de aves foram selecionadas de modo a coincidir com as selecionadasparamamiferos (Capitulo 17). Em termos de cobertura vegetal, as areas de floresta representam fragmentos florestais secundarios (jé alterados pelo homem) de Mata Atlantica com extensdo maxima de cerca de 20 ha (descritos em detalhe no Capitulo 13). As areas de planicie também se apresentam perturbadas, estando na maior parte recobertas por herbaceas ¢ arbustos, além de poucas Arvores isoladas. Os estratos inferiores dessas areas de planicie sao ambientes alagadicos, cobertos por vegetacio caracteristica. As dreas de pastagem na planicie, por sua vez, abrangem nao sé descampados anteriormente utilizados para a pecuaria, como também outros trechos alterados antropicamente, como ruinas e construgdes de alvenaria, além das estradas de acesso e adjacéncias. Arvores relativamente isoladas em meio a matriz descampada foram também levadas em conta no levantamento de aves nas areas de pastagem. Ver Capitulo 13 para informagdes mais completas sobre a flora local Amostragem sistematizada das aves Em cada uma das seis areas de estudo, demarcou-se uma trilha que contemplasse adequadamente o tipo de ambiente amostrado. As amostragens ocorreram no inicio da manha e no fim da tarde, em dias alternados. Os registros visuais foram feitos com binéculo e, quando necessarlo, gravaram-se vozes de aves para posterior identificacao. Em cada turno de amostragem, procedeu-se a uma transecgio linear (percurso a pé em velocidade lenta € constante) (FRANZREB, 1981), além de uma amostragem por pontos fixos distantes 200 m entre si (HUTTO etal, 1986). Cada transecg4o durou cerca de 60 min. As aves observadas ou escutadas até 50 m a esquerda ow a direita da linha de percurso foram identificadas, sempre que possivel no nivel de espécie. Na amostragem por pontos fixos, 0 observador despendeu 10 min por ponto, registrando apenas as aves detectadas nesse intervalo de tempo emumraiode50m doobservador. Especificamente nos dois fragmentos de floresta, também se utilizaram métodos de captura com rede ornitolégica’, Para isso, em cada excursdo foram montadas 10 redes em cada trilha e outras cinco redes na borda de cada fragmento de floresta. As redes permaneceram abertas por 7 ha partir do amanhecer, durante dois dias consecutivos. Os individuos capturados foram acondicionados em sacos de algodao para contengao, identificados taxonomicamente e individualmente marcados com anilhas metélicas fornecidas pelo Centro Nacional de Pesquisa para a Conservacio das Aves Silvestres, vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservagao da Biodiversidade (Cemave-ICMBio).Fm seguida, os individuos foram soltos nos mesmos pontos de captura. No caso de espécies frugivoras, cuja alimentagao inclui frutos ou sementes. inteiras, coletaram-se, quando possivel, amostras de fezes espontaneamente expelidas nos sacos de contengao, pois a partir de sementes nelas contidas podem-se identificar espécies vegetais potencialmente dispersdveis pelas aves. As sementes assim encontradas foram submetidas a germinagao pela equipe da Embrapa Agrobiologia (CNPAB), coordenada pelo pesquisador Alexander Resende, visando nao s6 a identificagao de plantas cujos frutos sao consumidos pelas aves, como também das taxas de germinagao apés passagem das sementes pelo trato digestivo dessasaves. As aves frugivoras capturadas foram também marcadas com uma combinacao tinica de anilhas coloridas, o que possibilitard a identificagao visual dos individuos sem necessidade de recaptura. 0 método de anilhamento permitir obter dados sobre a dinamica populacional ¢ movimentago dos individuos na Area do empreendimento ao longo do perfodo de monitoramento. Além das amostragens por transecgdes e pontos fixos, registraram-se durante os deslocamentos da equipe na Area interna do empreendimento todas as espécies deaves ocasionalmente observadas, atrotura de malha fina também chamada rede quevoam apoucaalturado sole lina, pau de interceptareveteraves ou escutadas, bem como os tipos de ambientes ocupados por elas (floresta, planicie ou pastagem). Emalgumas ocasides, foram realizadas répidas visitas a um fragmento florestal de cerca de 100 ha situado no entorno do Comper}. Embora essas observagdes ocasionais nessa drea externa sejam relevantes para o conhecimento da comunidade de aves em dreas-fontes potenciais, as espécies ali registradas nao foram incluidasnaanilise. Anélise dos dados ‘As aves registradas no perfodo de estudo foram categorizadas em termos de dieta como frugivoras e nao-frugivoras. Essa categorizacao, baseada em Moojen et al, (1941), Schubart etal. (1965), Motta-Junior (1990), Sick (1997), Naka (2004) e Lopes et al. (2005), serviré para indicar as espécies potencialmente dispersoras de sementes, que constituem um grupo funcional (guilda) de especial relevancia para o restabelecimento e manutengao de ambientes florestals. Com o intuito de indicar outras eventuais espécies relevantes jemas da drea do Comper) allista de espécies registradas, para os eco: no presente estudo foi também confrontada com as listas oficiais de espécies ameagadas de extingao em nivel regional (ALVES et al, 2000), nacional (MACHADO et al. 2008) e global (IUCN, 2010). Adicionalmente, analisou-se a relagao de espécies consideradas endémicas da Mata Atlantica (BENCKE et al, 2006). As espécies endémicas e/ou ameagadas foram também consideradas indicadoras de boa qualidade ambiental, assim como as espécies categorizadas como medianamente ou altamente sensiveis a distirbios antrépicos (segundo PARKER etal,, 1996), Resultadose discussao Dadosgerais Somando-se os dados da amostragem sistematizada colhidos nas seis dreas selecionadas e os registros ocasionais obtidos na area do Comper, foram registradas 162 espécies de aves na area do estudo, a maioria delas (67%) ocupando mais de um ambiente (Anexo 16.1, que inclui também registros de captura com rede ornitolégica nas éreas de floresta). O total de espécies registrado neste estudo corresponde a 22% das 749 espécies de aves que ocorrem no estado do Rio de Janeiro (GAGLIARDI, 2011). Dario (2010), empreendendo amostragem por pontos fixos em fragmentos de Mata Atlantica isolados por pastagem no sul do Espirito Santo por sete meses ao longo de um ano (contemplando estagdes seca ¢ chuvosa), registrou 168 espécies de aves, mimero similar ao encontrado no presente estudo, Entretanto, diferentemente do procedimento adotado na area do Comper}, esse autor incluiu em sua pesquisa Fragmentos relativamente maiores (de 12 a 70 ha) em estdgio avangado de regeneragio. Anjos (2006), pesquisando em 14 fragmentos florestais (de 56 a 564 ha) em Area de Mata Atlantica no norte do Parand, ¢ também utilizando amostragem por pontos fixos durante quatro meses (setembro a dezembro), registrou 142 espécies de aves. Giraudo et al. (2008), por sua ver, investigaram por dois anos fragmentos de diferentes tamanhos em area de Mata Atlantica na Argentina e registraram 124 espécies de aves nos fragmentos considerados pequenos (de 3,5 a 99,3 ha). Em conjunto, esses resultados permitem considerar que a riqueza encontrada pelo presente estudo ¢ relativamente elevada, considerando-se que a riqueza de uma Area tende a ser reduzida no caso de fragmentos pequenose isolados (ANJOS, 2006; GIRAUDO etal, 2008). Das 162 espécies registradas no presente estudo, 14 nao constam na relago de aves conhecidas na regio da Serra dos Oreos (MALLET-RODRIGUES et al, 2007). De maneira geral, essas 14 estio associadas adreas abertas e incluem nao s6 espécies nativas associadas, a areas de Mata Atlantica de baixada e restinga (como Cairina moschata © Tangara peruviana), mas também espécies invasoras e/ou exdticas (como Ramphastos toco e Aratinga aurea). ‘Tendo-se em conta o registro cumulativo de espécies ao longo dos dias de amostragem (curva do coletor), constata-se que ndo houve tempo suficiente para pleno conhecimento da riqueza de aves na Area, Ainda assim, foram detectadas 47 espécies nao registradas em levantamentos prévios empreendidos para estudos de impacto ambiental (EIAs) do empreendimento. Tais acréscimos incluem a maior parte dasespécies consideradas importantes paraconservacao. Osambientes com maior numero de espécies (125) foram os de pastagem, seguidos pelos de planfcie (108) e de floresta (88). Considerando-se a dieta, houve pequena predominancia de espécies frugivoras, embora a literatura aponte que apenas 62 espécies locais (3896) incluem frutosem suadieta. Aclevada riqueza de espécies em ambientes de pastagem pode em parte ser atribuida a0 fato de que esse € 0 ambiente hoje predominante na rea do Comper, Além disso, os ambientes de pastagem incluem érvores isoladas, nas quais ocorrem espécies que no habitam os trechos de gramineas propriamente ditos. 0 ambiente mais rico em espécies também abrigou 0 maior miimero de espécies frugivoras: 52 em pastagens, 42 na planicie e39 em florestas (Figura 16.1), Essa ordem, no entanto, se altera quando se considera a proporcao de espécies frugtvoras.em relacao a riqueza total por ambiente: as espécies frugivoras representaram 44% da riqueza total nas lorestas, 42% na planiciee 39% nas pastagens. Registraram-se 45 espécies de aves distiirbios antrépicos, endémicas de Mata Atlantica e/ou ameagadas de ‘extingo). A floresta foi o ambiente com maior niimero de espécies (27) com ao menos um desses atributos, superando o ambiente de planicie (23) e 0 de pastagem (24) (Figura 16.2). A proporedo de espécies indicadoras foi consideravelmente maior em florestas (31%) do que na planicie (21%) e em pastagens (19%), o que evidenciaa importancia de ambientes florestados paraaconservagio deaves, relevantes para manutengao e regeneragao dos ecossistemas dicadoras (sensiveis a \luindo asespécies Mémero de eapécion esussgsussseee i i { Ambientes Pigura 16.1. Riqueza de espéces de aves frgivoras (Fe no-frugvoras (NF), por tipo de ‘amblente amostrado, sEspkcies ndkadores = Espkcies ndovndiadoras Pastagem Mo 220 100 Nienere de espicien % 6 40 20 a —— Ambientes Figura 16.2. Riqueza de espces de aves indicdoras¢niondleadoras, por tipo de ‘ambiente amostrado ‘Trés espécies ameacadas de extingao foram registradas na drea do Comper|: Cairina moschata (pato-do-mato), categorizada como vulnervel no estado do Rio de Janeiro e tinica espécie ameagada de extingsio regularmente registrada ao longo das quatro excursées, geralmente nas planicies alagaveis; Spizastur melanoleucus (gavido- pato), categorizada como vulneravel no estado do Rio de Janeiro ¢ associada as florestas de baixada e de encosta, tendo sido observada apenas em outubro de 2009, sobrevoando a area de estudo; e Tangara peruviana (saira-sapucaia) (Figura 16.3), observada apenas na excursao de jullio de 2010, categorizada globalmente como vulneravel, além de ser endémica de Mata Atlantica, Esta Gltima espécie ocorre na costa fluminense como migrante de inverno (ALVESetal, 2004). Além dessas trés, 10 espécies endémicas de Mata Atlantica foram detectadas (Anexo 16.1). Essas 13, porém, representam apenas 6% do total de espécies de aves endémicas de Mata Atlantica e ameagadas no estado do Rio de Janeiro (ALVES etal, 2009). Figura 163 Macho de Tangara peruviana (sira-sapucaa)espécie ameacada de cextingio em nivel regional ego oto: Mara lice . Ales, Amostragem sistematizada As amostragens sistematizadas por transecgdes, pontos fixos ¢ capturas com rede ornitolégica permitiram detectar 119 espécies de aves. A planicie alagivel foi o ambiente que apresentou maior riqueza (75 espécies), seguida das florestas (73) e das pastagens (68). Ressalte- se que, das 73 espécies registradas em florestas, 17 figuraram apenas nas capturas com rede, método empregado apenas nesseambiente. Em termos de espécies que incluem frutos em sua dieta (aqui denominadas aves frugivoras), os ambientes de floresta e de plantci alagavel apresentaram riquezas similares (31 e 29 espécies, respectivamente), enquanto nas pastagens registraram-se apenas 23. Os ambientes de floresta se destacam quando séo consideradas as abundancias (obtidas pelo nimero total de registros visuais © auditivos). Enquanto na planicie alagivel e nas pastagens os frugivoros perfizeram respectivamente 39% e 42% do total de registros iduais, nas florestas essa guilda representow mais da metade (59%) dos registros, como mostraa Figura 16.4 aul of Floresta (73) Plancie (75) Pastagem (68) Figura 164. Abundincia niimero total de contatos visuals e/ou auditves) de aves frupivoras(F) endo-frugvoras (NF), por tipo de ambiente amostrado (no ambiente de Moresta foram incluldas capcuras com redes oritolgicas). Valores entre parenteses Indicam riqueza de espéces. Abundincia SUES EES Os registros obtidos nas transecgdes © nas amostragens por pontos fixos (Tabela 16.1) revelam que as espécies tipicas de areas abertas ¢ de ampla distribuigao geogréfica foram as mais abundantes. Entre elas, figuram Patagioenas picazuro (pombao), Elaenia flavogaster (guaracava-de-barriga-amarela) e Crotophaga ani (anu-preto),espécies que sio favorecidas pela reducdo de ambientes florestais. Manacus manacus (rendeira) esteve entre as mais abundantes em ambientes de floresta. os eaves mais abundantes (com base no nero de contates vsuais ou auditves em transeecbese pontes fits), por ipo de ambiente amostrado. Prangus subhorat (19) Patogioenas pcacaro (52) Cotumbina ttpacot (53) Patagloanes pcazire (18) {rotaphaga ani (50) Cathars burovlans (AD) Manacus manacus (13) “loons Ravogaster (35) Prgechelion cyanoteuce (38) “Lepttiavereaux (12) Tyrannus melanchoteus (23) Eisenia lavogeste (37) Ceorsayps arabes (20) angus sulphuratis (25) Tyrannas melanchalcus (31) Efetuaram-se 132 capturas em ambientes de floresta, que permitiram detectar 37 espécies (Figura 16.5). Manacus manacus (rendeira, Figura 16.6) foi a espécie predominante, com 47 capturas (36% do total), seguida de Celeus flavescens (pica-pau-de-cabeca- amarela, Figura 16,7A), com 11 capturas, e Tolmomyias flaviventris (bico-chato-amarelo, Figura 16.7B), com seis. No entanto, amaioria das espécies (26) foi representada porapenas uma ouduas capturas. NILE BUSS Coleus fovescens: =n Tolmomyias feviventris == Remphocelus bresitus =a Turdus levcomelas == Troglodytes musculus == Pumnus ciratus == Myarchus ferox i= Phyliomyas fasciatus = Ventioris macultrons = Giaucidium brasitanum Lanio plestus Tangara sayaca Lanie melanops Hylophils thoracicus CChemotriccus fuscatus Certhiaxis cinnamomeus “Amaziia mbreta Glaucis hirsutus Columbine talpacoti Hemithraupis flavicolls Tachyphonus coronatus ‘Saltator maximus Coereba flaveola Turdus amaurochalinus Pheugopedius genibarbis Mylodynastes maculatus Biaenia flavogaster ‘Furnarius rufus Myrmotherula axileris Thamnophilus ambiguus CuversevererewEs 10 623048 Namero de captures Figura 16.5. Espécies de aves e niimero de capturas com redes ornitolégicas em ambientes florestai Figura 16.6, Macho (A) ¢fémea (de Manacus manacus (rendetra,expécie frugivora€ 3 ‘mais frequentementecaprurada nas areas de rest Fotos: Mauricio Brando Vecchi Figura 16,7. Fémea de Coleus flaescens (pica pau-de-cabesa-amarela) (A) ¢Tolmomyias ‘aviventrs(bieo-chato-amarel) (8), espéciesfrequentemente capturadas nos ambientes de Norest, Fotos: Mauricio Brando Veco Sete espécies foram registradas na area do Comper| exclusivamente por captura com redes ornitolégicas, néo tendo sido detectadas por nenhum outro método de amostragem durante o periodo de monitoramento. Essas espécies tampouco constavam na lista previamente elaborada durante 0 EIA ou no Relatério de Impactos 40 Meio Ambiente (RIMA) do empreendimento. Sao elas: Glaucis hirsutus (balanga-rabo-de-bico-torto), Veniliornis maculifrons (pica- pauzinho-de-testa-pintada), Phyllomyias fasciatus (piolhinho), Cnemotriccus fuscatus (guaracavucu), Saltator maximus (tempera~ viola), Lanfo melanops (tié-de-topete) e Tachyphonus coronatus (tié- preto). Das amostras de fezes coletadas de aves capturadas, 27 continham sementes. Em sete dessas amostras (25%) constatou-se germinagdo. Manacus manacus foi a espécie com maior niimero de amostras de fezes com sementes que germinaram (3). Em quatro outras espécies, houve germinagao de sementes de uma amostra: Ramphocelus bresiltus (tié-sangue) (Figura 16.8), Tachyphonus coronatus (tié-preto), Celeus flavescens (pica-pau-de-cabega-dourada) e Saltator maximus (tempera-viola). Embora as plintulas germinadas ndo tenham ainda sido identificadas em nivel de espécie, a maior parte é da familia Melastomataceae. Figura 16.8. Macho de Romphocelus resus (i@-sanue), expécte endémics| ‘apturada em borda de forest. Foto Lala roe Embora apenas alguns grupos indicadores estejam sendo monitorados, a restauragao da vegetacdo na area do Comper} favorecerd a conservagao de toda a biota associada. Quanto a isso, cabe destacar que ao longo da primeira excursao (outubro de 2009) houve diversos registros, em dreas de floresta (TF2) e de planicie (QN1), de Parides ascanius (borboleta-da-praia), lepidéptero endémico de florestas paludosas fluminenses e ameacado de extingao nos niveis regional (OTERO et al, 2000), na 2008) global (IUCN, 2009). Quinze espécies adicionais de aves foram registradas nas areas que ao longo desse primeiro ano de monitoramento foram ocasionalmente investigadas nas adjacéncias do Comper). Tais espécies Incluem as frugivoras especialistas Procnias nudicollis (araponga), globalmente ameacada de exting’o, e Chiroxiphia caudata (tangara). Registros como esses reforgam a possibilidade de que, no decorrer da restauracao florestal ¢ do aumento da conectividade com 0 entorno, a rea seja recolonizada por uma série de espécies de aves de maior relevancia paraa conservaeao, incluindo frugivoras especialistas. Consideragies finals Mesmo com elevado grau de degradacio ¢ apresentando poucas espécies essencialmente frugivoras, registrou-se na Area amostrada uma riqueza considerdvel de espécies de aves durante 0 primeiro ano de monitoramento, com uma curva do coletor ainda em ascenso. Das 162 espécies registradas na rea do Comperj, menos da metade inclui frutos em sua dieta. Foram detectadas 13 espécies de maior interesse para conservacao, incluindo 10 endémicas de Mata ‘Atlantica ¢ trés ameagadas de extingao, Nenhuma delas é estritamente frugivora, Merece destaque Tangara peruviana (saira-sapucaia), observada apenas uma vez no Comper} - espécie endémica de Mata Atlantica e ameagada, que também inclui frutos em sua dieta e é migrante de inverno na costa fluminense. Essas espécies endémicas ¢ ameagadas representam uma pequena fracao (6%) do total de espécies dessas categorias no estado do Rio de Janeiro (216) (ALVES etal, 2009). 0 mimero de espécies de aves registradas no presente estudo corresponde a 22% do total de espécies de aves do estado do Rio de Janeiro, Embora as 62 registradas na drea consumam frutos e possam atuar como dispersoras de sementes, a maioria delas possut dieta generalista. Assim, & provavel que nas etapas inicials da recuperacio florestal da area do Comper} nao haja entre as aves espécies de grande relevancia como dispersoras de sementes, Deve-se porém considerar que, entre as estritamente frugivoras, Manacus manacus (rendeira) foi a espé capturada nas redes ornitolégicas. Os resultados desta primeira fase indicam, portanto, que essa espécie deve estar entre as mais importantes paraa regeneracao emanutengao florestal. Epossivel quea médio prazo 0 processo de revegetacao torne a Grea do Comper} atrativa para aves estritamente frugivoras hoje presentes em fragmentos malores e em florestas contiguas ao empreendimento, especialmente aves das familias Pipridae & Cotingidae, de maior sensibilidade a perturbagdes ambientais. Espera- se que um aumento na representatividade desses grupos, tanto em. termos quantitativos como qualitativos, seja constatado ao longo do programa de monitoramento. A identificagao de sementes inteiras nas fezes de Manacus manacus e 0 fato de que essa fol a ave mais frequentemente capturada nos remanescentes florestais do Comperj sugerem que essa espécie possivelmente desempenha importante papel na dispersao vegetal na area do empreendimento. Essa espécte de Pipridae é estritamente frugivora e foi detectada exclusivamente em fragmentos de floresta (Anexo 16.1), neles figurando entre as espécies mais frequentemente registradas. Piprideos so conhecidos como importantes dispersores de sementes e tendem a ser um dos grupos mais prejudicados pela fragmentacao florestal (PIZ0, 2001) Agradecimentos Agradecemos & equipe da Embrapa Agrobiclogia, pela Identificagao das sementes coletadas nas fezes das aves capturadas; & lade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ¢ ao Instituto Biomas, pelo apoio logistico; ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), pela bolsa de Produtividade em Pesquisa (processo 308792/2009-2); ¢ a0 Centro Nacional de Pesquisa para a Conservacio das Aves Silvestres © Instituto Chico Mendes de Conservacao da Biodiversidade (Cemave- ICMBio), pelas licengas de pesquisa e anilhas para marcagao das aves. Agradecemos também a todos os integrantes do projeto pelas interagdes, e particularmente a Alexander Resende e Elaine Fidalgo, pelo inestimavel apoio € atencio ao longo de todas as etapas deste estudo, Univers Referéncias ALVES, M. A, Si; PACHECO, J. F; GONZAGA, L. A. P; CAVALCANTI, R. Bs RAPOSO, M. A; YAMASHITA, C.; MACIEL, N. C; CASTANHEIRA, M, Aves. In; BERGALLO, H. G.; ROCHA, C. FD; ALVES, M. A. S; VAN SLUYS, M. (Org). A fauna ameagada de extincao do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EdUer},2000.p. 113-124. ALVES, M.A. S; SILVA, J. M. C. A ornitologia no Brasil: desenvolvimento, tendéncias atuais e perspectivas. In: ALVES, M. A.S. SILVA, J. M. Cs VAN SLUYS, M.; BERGALLO, Ht. G.; ROCHA, C. FD. (Org). A ornitologia no Brasil: pesquisa atual e perspectivas. Rio de Janeiro: EdUer, 2000. p. 327-344. ALVES, M.A. STORNI, A ALMEIDA, E. M.; GOMES, V, S. M. OLIVEIRA, C.H.P; MARQUES, R. Vs, VECCHI, M. B.A comunidade deaves na restinga de Jurubatiba. In: ROCHA, C. F. D; ESTEVES, FA; SCARANO, FR. (Ed. Pesquisas de longa duracao na restinga de Jurubatiba: ecologia, historia natural e conservacao. Sa0 Carlos: RiMa, 2004, p. 199-214, ALVES, M.A. VECCHI, M. B; CORDEIRO, P; JENKINS, C.N, RAPOSO, M. As CHAVES, F. Gs ALMEIDA-SANTOS, P. Aves nos remanescentes florestais de Mata Atlantica e ecossistemas associados no Estado do Rio de Janeiro, In: BERGALLO, I, G. etal. (Ed.). Estratégias e acdes para a conservacdo da biodiversidade da Mata Atlantica no Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Instituto Biomas, 2009. p.193-208. ANJOS, L. Bird species sensitivity in a fragmented landscape of the Atlantic Forestin southern Brazill. Biotropica, v. 39, p.229-234, 2006. BENCKE, G. A; MAURICIO, G. N; DEVELEY, P.F; GOERCK, J. (Org). Areas importantes para a conservacao das aves no Brasil: estados do dominio da Mata Atlantica, S20 Paulo: SAVE Brasil, 2006. CBRO, Listas de Aves do Brasil. Sao Paulo: CBRO, 2009, Disponivel em: . Acessoem: 25 jan, 2011. DARIO, F.R. Avifauna em fragmentos florestais da Mata Atlantica no sul do Espirito Santo. Biotemas, v.23,p.105-115, 2010. FRANZREB, K. E. A comparative analysis of territorial mapping and variable-strip transect censusing methods. Studies in Av. Biol, v. 6, p. 164-169, 1981. FREITAS, A.V. BROWN JUNIOR, K. S. Parides ascantus. In: MACHADO, A.B.M. DRUMMOND, G. M, M.; PAGLIA, A. P.(Org,)- Livro vermetho da fauna brasileira ameagada de extingao, Belo Horizonte: Fundagao Biodiversitas,2008.p.433.1v. GAGLIARDI,R. Checklist Aves do Estado do Rio de Janeiro Disponivel em: chttp://ricardo-gagliardisites.uol.com.br/index.html>. Acesso em: 26 ago. 2011. GIRAUDO, A. R; MATTEUCCI, S. D; ALONSO, J.; HERRERA, J; ABRAMSON, R. R. Comparing bird assemblages in large and small fragments of the Atlantic Forest hotspots. Biodiversity and Conservation, v.17, p.1251-1265,2008. HOWE, H. F; SMALWOOD, |. Ecology of seed dispersal. Ann. Rev. Ecol. Syst. v.13, p.201-228, 1982. HUTTO, R. L; PLETSCHET, S. M.; HENDRICKS, PA fixed-radius point count method for non breeding and breeding season use. Auk, v. 103, 593-602, 1986, IUCN. IUCN red list of threatened species. Gland, 2010, Disponivel om . Acesso em: 30 jan 2011, LOPES, L. E.; FERNANDES, A. M.; MARINI, M. A. Diet of some Atlantic Forest birds. Ararajuba, v.13, p.95-103, 2005. MACHADO, A. B. M DRUMMOND, G. Mz PAGLIA, A. P. (Ed.). Livro vermelho da fauna brasileira ameagada de extingao. Brasilia Ministério do Meio Ambiente; Belo Horizonte: Fundagao Biodiversita 2008.2v.(Biodiversidade, 19) MALLET-RODRIGUES, F; PARRINI, R.; PACHECO, J.P. Birds of the Serra dos Orgaos, State of Rio de Janeiro, Brazil: a review. Revista Brasileira de Ornitologia, v.15, p.5-35, 2007. MOOJEN, | CARVALHO, J. C. Ms LOPES, H. S. Observagdes sobre o contetido gastrico das aves brasileiras. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, v. 36, p.405-444, 1941, MOTTA-JUNIOR, J. C. Estrutura tréfica e composigao das avifaunas de trés habitats terrestres na regio central do estado de Sao Paulo. Ararajuba, v1, p.65-71, 1990. NAKA, LN. Structure and organization of canopy bird assemblages in Central Amazonia. Auk, v.121, p.88-102, 2004, OTERO, L. S; BROWN, K.S,; MIELKE, 0. H. Hy; MONTEIRO, R.F; COSTA, J MACEDO, M. V; MACIEL, N. Cs BECKER, J; SALGADO, N.C; SANTOS, S.B.; MOYA, GE; ALMEIDA, J. M. SILVA, M. D. 2000. Invertebrados terrestres. In; BERGALLO, H. G.; ROCHA, C. F. Dy ALVES, M. A. Ss VAN SLUYS, M. (Org). A fauna ameagada de extingiio do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EdUer},2000.p.53-62, PARKER III, T. A; STOTZ, D. B; FITZPATRICK, J. W. Ecological and distributional databases. In: STOTZ, D. F; FITZPATRICK, J. W; PARKER Ill, T. A; MOSKOVITS, D. K. Neotropical Birds: ecology and conservation. Chicago: 0 Press; London: Museum of Natural History,1996. PIZO, M. A. A conservagao das aves frugivoras. In: ALBUQUERQUE, J. L. B; CANDIDO JUNIOR, J. F; STRAUBE, F.C; ROOS, A. L. (Ed). Ornitologia conservacao: da ciéncia as estratégias, Tubarao: Ed, Unisul, 2001. p 49-59, SCHUBART, 0; AGUIRRE, A. Cs SICK, H. Contribuigao para o conhecimento da alimentagao das aves brasileiras. Arq. Zool. Paulo, v.12, p.95-249, 1965 SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1997, ‘Anexo 16.1 ‘Anexo 16.1. Espécies de aves reistradas nas dreasc tipos de ambiente sistematicamente amostrados por transoegdes lineargs ¢ pontos fixes. Quanto a distirbios ambiontais, as tspcies foram ategorizadas como de sensibidade baa (B) média(M) aula (A) (segundo Parker e¢ a. 1996); quanto a deta, como frugtvoras (E) ou nio-frugtvoras (NF); quanto 20 status como ameacadas de extingio (Am), provavelmente ameacadas (Pa) ou endémicas (En). Foram considerados trés ambientes: loresta (FI), pastagem (Pt) e planicic alagavel (AD. ‘Taxonomiasogundo CBRO (2011), ‘Tinamidae Cypturelustataupa —__inhambuxints e oF Fe Amazonetis braslensle —_pé-wermelho ew Pt Penelope uperciirs _Secupomba MooF A Phalarocoraxbrasilonus bigus ow A Fregatidae Fregata magniicens __tesourbo ew Pe Tigrisoma linestum ——soch-bot mone A Iwyeteorax nycticorex —savacu ew utordes striata socoanho ene A, uuteus is garca-vaquera ewe re ‘Area coco} gare-moure ene " ‘Arsen ove g2tea-brenca-grande sone Ae yest tna garcavrance-pequens 8 n Pieroni plestus __garcareal mone A Cathartidae Ccanartes eure unbu-se-abese-vermee 6 AF Purl Cathartesburovionus —undbu-de-eabeca-amarda BNE Ptr Al Coraayes aratus unbuide-aberapretm BF PAL FI ‘Aceipitridae eterospzi mercionatis — gavito-abace eon Pal ‘Ruporms magnrosois——_gavito-caryé BN A Paraouteo uncinctus ——_gavibo-asa-ce-telna BNF ALA CGoranoaetus abicaudatus gavidordexcaudbranca BNF Pe CCerancaetus melenoleucus Sauia-evlena owe A Spizactus melaoleucos —_gavidopato AWE Am Pe Falconidae coracaraplancus cancers ne ‘mavago cnimacrima carapatero en Hespetothereseachinans aca BON Pm Foleo sparveas auinauint BN re ‘GRUIFORMES ‘Aras gvarauna carte BNF a Rallidee Aramices sorocura a Lareratus melanophaws sard-parda Bone alee Porzana albcois sana-caryé one alee Pararalus migncans saracura-sand et Porphyeo mortiniea trango-eSgun-a2ut BN AP senome owe re Jacana jacana sacar mow al ‘CHARADRIIFORHES CCharadriidse anol hone quero-quere ee ‘COLUNBIFORNES Columbidae Columbine minuta clithade-nsocane's BF PAA CCokumbing talpocot solithar0%a eooF PALA Patogioenas pescure——_pombio moor PALA Patagioenaseayennensis pomba-galege Moor 4 Leptot verenux! jurt-pupu Boor FRAN Leptati refit iurt-gemedera moor Fre Peittacidae ‘Aratingaleucophthaima ——_periquitio~maracen a oF oa rotogents tien erquto-reo BF eal ‘Amazone 5p aparato F i cucutidae Paya cayane atma-ce-gato SoM FA CCoceyzus melacoryphus papalagarta-acenelaéo © 8 NF ny Croconnaga mayer anu-coroea MN Pu Crotophoge ant anurpreto 5 NF PLALFI ure guia nubranco 8 NF PRALFI Tapers nacvia sea 8 NF PLALFI ‘STRIGIFORMES Tyteni Tyto abba coul-daigria Bon & strigidae egascops choo corujinna-do-mato 8 oN Be ‘ub0 viginanas sacurty 8 oN * CGouciium brastanum —eaburk 8 NF PLFLAL Athene euniculr corujrburaaueira Mone Asie cinmtor comuj-arthuss 8 NF FMA Hydropsalsabicotis——bacurau 8 oN Pri IHyaropeals maculcaude bacurau-de-rabo-maculado MNF Pal Chordeiee nacunca —_—_conueBo 5 oN & ‘APODIFORMES Streptoprooe zovaris taperuqude-olara-branca, NFPA FL CChactura mendlonalis _andorinnio-do-temporal «BNF Pal ‘rochit Gloucs hirsute belencarabodebicotete 8 NF Fi Practhorns 2p. ne n Euperomens macrours_bej-fer-tesours 8 NF PALF CCHorosibon ucius ——besotrnho-debic-vemeho NF > Thowrania glnuconis ——bey-fordefiont-voleta MNF En ylochanssapphiina—_bea-er-satra 8 oN Pe Polyomus quamumbs ——beaerde-beo-cuve = MNF n Amazed Deloforde-garganta-verde SNF Fi Megaceryletorquate —_martim-pescador-grande = 8 NF " CChorocerte amazone —mertim-pescador-verde BNF AP CChoracerte americana martim-pescador-pequeno 8 NF AvP Bucconkdae status chacura Jee-bebo mooN me IPICIFORMES ‘Ramphastidae Ramphastostoco ‘ucanuge Mone a Prunus dratus pea-paurando-barrado Mow Purl Metonerpes canes bie, eca-paurbroreo 5 oN ft Verviers maculirons _plespaucinhorde-testapintada MNF, Pe Coages campestris Pies-pau-co-campo 8 NF PALE Coleus avescens Pica-pau-ce-cabesa-amare's 8 FFP Al PASSERIFORMES ‘Tnamnophitieae Myrmotherua axilaris ——choguinharde-lanco-brarco MNF A Hemsiochmus rutmargmatus chorcanho-ée-asa-vemmelba MNF A Thamnophius pallatus —_chocelstrada BNF AL peel Tharnophius ambiowis _choca-de-sooretama BNF En LRA Furmarvs gules casacorde-coureda-tama BNF Pal Furmarus rates 180-de-barro 8 NF PALE Cortex cinnamomeus cure 8 NF ALP Pipridae Manacus manacus rendre BF APA Tityridae Pachyramphus polychopterus canelio-preto BF Aaa ynchocycliane Leptepagen amourocentalvs eabeguso Mone A Tolmomyias faviventrs —_bico-chate-amarelo a oF FL Todtrosrum palocephalum — teque-teque 8 NF En Fal Py Todrostrum cnereum ——_ferenho-rliglo. a NF HLA emnnccus orbtatus ———_thonsinheedoemata Moon om oA Hemtriccus idipendlus _ tachurveampainna SNe en fal Tyrannidae Campeestoma obsotetm ‘laena Ravogaster capstemps faveola Poylomyasrascitus Legatuslecootaus rporenus ferox yarchus tyrannulus ‘angus suphuratus achetoris rosa myoaynastes macuatus ogaryochus ptangua vocetetes cayanenss yocetetes sits Tyrannus melancholia Tyranrus savana yiophobus fasciatus Flyncola nengeta Arundincoa leucocephala Ccremonnecus cats Knipolegus cyairostris Satraps icterootrrs oii velatus vi reo olvaceue Hyiophius toracieus Hirundinidae Pygochelison cyanoieuca ‘Stelidoptayx uficalie Progne chavo Tachyemeta leveorno “Troglodytidae Trepodytes muscutus Phecpopadive genioatie ‘Turdiaae Turdue levcomelas conidae Turd amaurochatinus Mimidae Coerebidee acinha quarecave-de-barige-amarel captao-desaea berte-wpiata rmons-cavaea rmaria-cavalera-ce-rabo-enferuiado bem-t-wraiaco bem-te-visinne-de-asa-ernsines bern-te-vizio-de-penscho-vermelho tescurinha hpe lavedeie-mascarada freon suaracavucy rmaria-preta-de-bco-orlode nolvinharbronca andorinna-pequena-de-case andorinna-co-campo andornsa-demétca-sranse nfonnna-ce-sabraoranco andorinna-de-bando sabi-barranco sabis-poco ‘bd do-campo Ne Peale rae Puna nN Poaal Ponte ronal Pai POA Prial Pearl Pal ALP 1, ae Puri Pearl Pal Pal A a PA Px ral Paral Pera PN ‘Thraupidae Salator maxims Nemosia pleats Tachyphonus coronas Ramphocelus brestus ano pleats Tangara cayona Dens cayana ‘emivraups fac Conastrum speciosum ‘Ammo humerais Scots Hoveola mberirldesheytcol Vote jacana “Sporopnia cacrtescens ‘Sporopila eucoptera Gecehiyis squires basieuterus cueworae reteridae Feingtiaae Evphoniaentrotica stridor Passeridae: Passer domesoces tompersvils sairo-dechapéu-preto e-preto e-sangue sanhssurdo-coqueiro salr-sopucaia salraomerela satan salre-galege figuinha-de-rabo-costanho tico-tico Ueo-tico-do-cempo condro-do-terra-verdadero canirto-do-campo chert pla-cobra pulspula ‘orauina beo-de-ocre parca NF nr Pei al Purl a re Pali Perl ® real Aye Net A

Você também pode gostar