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WALDIR JORGE DE ARAUJO 201403307105

DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031

Título
SEMANA 4

Descrição

Caso Concreto Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e


notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA.
para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a
31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até
o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada
impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de
Contribuintes, em 20/06/2010. Em face da sobrecarga de processos na 2a.
instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem
petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente
ao contribuinte, em 10/10/2010. Publicada a decisão (e o aresto unânime) em
15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o
débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o
crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a
execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada
ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à
execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a
prescrição. Pergunta-se:
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu?
Resp: Não. Pois o fator gerador foi no período compreendido entre 01/06/2008 a
31/12/2008, sendo o 1º dia do exercício seguinte o prazo para efetuar o
lançamento, o qual, 1/1/2009. A contagem da decadência é de 5 anos, logo
teremos a decadência em 1/1/2014. No caso em tela a constituição do crédito, ou
seja, o lançamento do crédito que ocorreu de ofício foi em 10/05/2010. Desta
forma não temos que falar em decadência pois está dentro do prazo.

b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido?

Resp: Sim. Pois o lançamento definitivo ocorreu em 15/10/2015, que foi quando
foi publicada a decisão do recurso, ocorrendo, então, o trânsito em julgado em
15/10/10. O prazo da prescrição também é de 5 anos, conforme a inteligência do
art. 174 do CTN a prescrição é contada 5 anos da data da sua constituição
definitiva que seguindo corrente majoritária, quando o lançamento não pode ser
revisto na esfera administrativa e não ocorre impugnação no prazo de 30 dias.
b) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da
ação De cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais)
Resp: INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO, A Interrupção vem no bojo do
parágrafo único art. 174, do CTN. Já a Suspensão está no art. 152 do CTN,
nos arts. 2º, §3º da Lei 6.830/80( Lei de Execuções Fiscais) e nos §§
1º;2º;3º;4º;5º do art. 40 e no seu próprio caput todos da Lei 6.830/80( Lei de
Execuções Fiscais).

d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue?


Resposta: O pagamento de crédito prescrito, gera direito a repetição de
indébito, embasada no art. 156, V do CTN, que enuncia que a prescrição
extingue o crédito tributário.

e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo?

Resposta: A prescrição pode ser declarada de ofício , através do art. 40,


§4º da Lei 6.830/80.

Respostas fundamentadas. Questão objetiva

(FGV-2016) Em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da


declaração do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos
geradores ocorridos no mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal,
na sua integralidade. No entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do
IRPJ, vencido em dezembro de 2015.

Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá


A ( ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até julho de 2020.
B (X) constituir o crédito, por meio de lançamento, até janeiro de 2021.
C ( ) inscrever o crédito em dívida ativa, até julho de 2020.
D ( ) ajuizar execução fiscal, até julho de 2020.
E ( ) ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020.

Desenvolvimento

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