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Se fosse.... podia...

: Pretérito imperfeito

1. E se fosse...

Talvez
(Clarice Falcão)
Talvez
Se eu fosse menos louca
Se eu não fosse quem soca
Desesperadamente sem parar
Um travesseiro branco
Se eu seguisse em frente
Se eu não fosse propícia
A visualizar gente rolando do barranco
Quem sabe
Você não chamasse
A polícia
Talvez
Se eu não tivesse um troço
Lá dentro da barriga
Que eu sinto que está dançando a dança da garrafa
E que nunca se cansa, e que é uma girafa
Se esse bicho imundo não subisse até o pescoço
Quem sabe
Eu não estivesse
Num fundo do poço
Talvez
Se o mundo desfocasse
E só se visse a gente
E todas as pessoas que sobrassem fossem meros figurantes
Se a vida decidisse mudar de roteirista
E o gênero trocasse de repente num instante
Quem sabe
A gente
Podia
Ser
Protagonista
Talvez

Clarice de Abreu Falcão (Recife, 23 de outubro de 1989) é


uma atriz, cantora, compositora, roteirista e humorista[3]brasileira. Pernambucana
indicada ao Grammy Latino na categoria Artista Revelação, em 2013. Participa em
alguns episódios do programa humorístico “Porta dos Fundos”.
A história da música de Clarice Falcão nos fala de uma pessoa que no imagina uma
situação possível no passado. (Explicar um pouco melhor, ressaltar possíveis palavras
desconhecidas e as palavras ressaltadas em negrito e sublinhadas) (5 min)

Tendo isso em mente, responde:

- Qual situação é essa?

- como é possível identificar essa hipótese?

2. Gramaticando (5 min) – retomando a música de Clarice Falcão

O pretérito imperfeito do subjuntivo se refere a um fato que pode ter ocorrido ou não,
expressa um desejo no passado, neste caso podemos utilizar o pronome “Se”, ou o
advérbio “Talvez”:

Se a vida decidisse mudar de roteirista/ E o gênero trocasse de repente num instante/


Quem sabe/ A gente/ Podia/ Ser/Protagonista/ Talvez.

Neste caso, geralmente combinamos dois pretéritos imperfeitos que indicam ações
hipotéticas, imaginativas ou possíveis: podia (indicativo) trocasse (subjuntivo).

é expresso pelas desinências –sse, -sses, -ssemos, -sseis, -ssem. Frequentemente, ele
remete aos desejos, vontades, imaginação ou sentimentos do falante.

Vejamos alguns exemplos de empregos do pretérito imperfeito do subjuntivo:

a) Dona Maria esperava que o neto chegasse em casa com segurança.


b) Nenhum dos filhos tinha segredos que não contassem à mãe.
c) Para uma mulher naquela época, Joana era bastante livre, e a família temia
que buscasse permanecer assim.
d) Embora desejasse ficar na cidade, ele retornaria à convivência familiar.

3. Algumas formas verbais

Verbo andar (-ar, 1ª conjugação)


1ª pessoa – singular Se eu andasse
2ª pessoa – singular Se tu andasses
3ª pessoa – singular Se ele/ ela andasse
1ª pessoa – plural Se nós andássemos
2ª pessoa – plural Se vós andásseis
3ª pessoa – plural Se eles andassem

Verbo comer (-er, 2ª conjugação)


1ª pessoa – singular Se eu comesse
2ª pessoa – singular Se tu comesses
3ª pessoa – singular Se ele/ ela comesse
1ª pessoa – plural Se nós comêssemos
2ª pessoa – plural Se vós comêsseis
3ª pessoa – plural Se eles comessem

Verbo partir (-ir, 3ª conjugação)


1ª pessoa – singular Se eu partisse
2ª pessoa – singular Se tu partisses
3ª pessoa – singular Se ele/ ela partisse
1ª pessoa – plural Se nós partíssemos
2ª pessoa – plural Se vós partísseis
3ª pessoa – plural Se eles partissem

4. Exercícios para casa (explicar a tarefa): (2 min)


Escreve um texto dirigido a algum amigo que não vê há muito tempo em que
imagina uma situação possível utilizando o verbo em pretérito imperfeito do
subjuntivo.

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