Você está na página 1de 8

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas

Campus – Barbacena/Minas Gerais

Ivair Marcio Mendes

Ricardo Pedro de Magalhães

Marisa Aparecida Leonel

Tulio José dos Santos

Lidinalva Mônica dos Reis

André Lopes

Seminário sobre a Tuberculose

Barbacena, 12 de Junho de 2018


Introdução

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que acompanha o homem há muito


tempo. E causada por um micróbio chamado bacilo de Koch. Seu agente etiológico
primário é o Mycobacterium Tuberculosis. O qual se propaga através do ar por meio
de gotículas contendo bacilos expelidos por uma pessoa doente com tuberculose
pulmonar ativa.

Este trabalho tem como objetivo apresentar a doença, seus sintomas, às formas de
transmissão, como é feito o diagnóstico, a prevenção e também o tratamento.
Tuberculose

A Tuberculose é uma doença infecciosa predominantemente pulmonar causada


pela bactéria do tipo bacilo chamada Mycobacterium Tuberculosis (Bacilo de Koch).

A bactéria foi descoberta por Robert Koch em 1882. É transmissível de pessoa a


pessoa e ainda hoje é um grave problema de saúde, principalmente em países
menos desenvolvidos, onde possui alta mortalidade. As variedades do M.
tuberculosis podem provocar tuberculose no gado bovino (M. tuberculosis bovis),
aves (M. tuberculosis avis) e humanos (M. tuberculosis hominis)

A tuberculose bovina pode contagiar o homem e vice versa. Quando o homem


adquire a tuberculose bovina, esta se apresenta sob forma extrapulmonar
(tuberculose intestinal, óssea ou ganglionar). Mais raramente pode ocorrer
tuberculose nas meninges (membrana que recobre o cérebro). Os grupos mais
vulneráveis a contrair a tuberculose são os portadores do HIV, diabéticos, fumantes,
indivíduos que fazem uso de álcool e drogas e as pessoas privadas de liberdade.

No Brasil, a doença é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes


sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e
ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.

Globalmente, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, levando


mais de um milhão de pessoas a óbito, anualmente. O surgimento da AIDS e o
aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda
mais esse cenário. O principal reservatório da tuberculose é o ser humano. Outros
possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos.

Sintomas

Principais sintomas da Tuberculose:


 Tosse persistente por pelo menos três semanas;
 Expectoração;
 Dor torácica;
 Falta de apetite;
 Fadiga constante;
 Emagrecimento;
 Suor noturno;
 Febre baixa ao anoitecer;
 Catarro esverdeado, amarelado ou com sangue;

Diagnóstico

Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames:

 Baciloscopia;
 Teste rápido molecular para tuberculose;
 Cultura para microbactéria;
 Além da investigação complementar por exames de imagem.

O diagnóstico clínico pode ser considerado, na impossibilidade de se comprovar a


suspeita de tuberculose por meio de exames laboratoriais. Nesses casos, deve ser
associado aos sinais e sintomas, o resultado de outros exames complementares,
como imagem e histológicos.

Os elementos chave para o diagnóstico são:

 Contexto epidemiológico positivo (isto é, o contato com pessoas infetadas);


 Presença de sintomas sugestivos de tuberculose;
 Radiografia pulmonar suspeita.

O diagnóstico é bacteriológico, e obriga à identificação do agente Mycobacterium


tuberculosis, através da colheita de líquido biológico (expetoração, urina, etc.),
sua análise direta (na hora, pode dar a presença dos bacilos). E confirmação com
o exame cultura, cujo resultado pode ser muito demorado.

A prova tuberculínica, também chamada de prova de Mantoux, é também utilizada


para ajudar no diagnóstico da doença, apesar de não o confirmar.

Transmissão

É uma doença extremamente contagiosa. A transmissão pode acontecer de várias


formas:

 Através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada;


 Uso de objetos, roupas e utensílios contaminados;
 Ingestão de leite, carne bovina e derivados contaminados;
 Convivência com a pessoa infectada.

Em domicílios pouco ventilados e arejados a possibilidade de transmissão da


doença é maior porque os bacilos sobrevivem por até 8 horas no ambiente.

Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha


Baciloscopia Positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se
depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em
aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da
doença. Embora o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos, uma
vez infectada, a pessoa pode adoecer em qualquer momento de sua vida.

A transmissão da tuberculose é plena enquanto o indivíduo estiver eliminando


bacilos. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a
diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis
insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção sejam
implantadas até que haja a negativação da Baciloscopia. Crianças com tuberculose
pulmonar geralmente são negativas à Baciloscopia.
Prevenção

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG


(Bacillus Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde
(SUS). Essa vacina não é eficaz na tuberculose pulmonar, mas diminui as chances
de desenvolvimento das formas graves da doença. Apesar disso, a forma mais
eficaz é o tratamento das pessoas doentes para que seja evitado o aparecimento de
novos casos.

A tuberculose é uma doença de notificação obrigatória. Os casos de doença ativa


devem ser comunicados às autoridades sanitárias que procederão às medidas
necessárias para tratar os casos de doença. Bem como identificar os contatos que
possam estar infetados e orientá-los, se necessário, no sentido de interromper da
transmissão na comunidade.

Sendo uma doença de transmissão inalatória, devemos evitar contatos respiratórios


próximos não protegidos com pessoas que têm tuberculose em fase ativa. De uma
forma geral são úteis medidas de prevenção como:

 Boa exposição à luz solar: As bactérias da tuberculose são sensíveis à luz


ultravioleta, pelo que a exposição à luz solar diminui o risco de transmissão;

 Manter uma boa ventilação do ambiente: A ventilação suficiente é a medida


ambiental mais eficaz na redução do contágio.

Como a transmissão não ocorre por via digestiva, genital ou cutânea, não existem
especiais cuidados a ter com o toque ou a partilha de objetos.

Tratamento

A tuberculose tem cura e tratamento, que dura no mínimo seis meses, é gratuito e
disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No tratamento, é preciso obedecer aos princípios básicos da terapia


medicamentosa. A esses princípios, soma-se o Tratamento Diretamente
Observado (TDO) da tuberculose, que consiste na ingestão diária dos
medicamentos da tuberculose pelo paciente, sob a observação de um profissional
da equipe de saúde. Nos primeiros dois meses, utiliza-se uma combinação de
quatro drogas: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

Após esse período inicial e durante mais quatro meses o paciente utiliza somente a
rifampicina e a isoniazida. Se o paciente seguir o tratamento durante esses seis
meses, ele fica curado da infecção. Caso o tratamento seja interrompido, ocorre uma
recaída e o paciente tem que começar o tratamento todo novamente. Os casos
complexos e graves necessitam de internação hospitalar.

O estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental


para que haja adesão do paciente ao tratamento e assim as chances de abandono
sejam reduzidas.

O paciente deve ser orientado, de forma clara, quanto às características da


tuberculose e do tratamento a que será submetido:

 Medicamentos, duração e regime de tratamento;

 Benefícios do uso regular dos medicamentos;

 Possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos.

Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso,
precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final,
independente da melhora dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento
irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas
resistentes aos medicamentos.
Conclusão

A tuberculose é uma doença infeciosa, transmissível, no entanto curável em mais de


95% dos casos se o diagnóstico for antecipado.

Atinge sobretudo os pulmões, sendo os sintomas mais comuns o cansaço, o


emagrecimento, a febre baixa, a tosse persistente e a expetoração com ou sem
sangue.

Dada à natureza infeciosa da tuberculose pulmonar, o diagnóstico rápido e preciso é


um elemento importante para o tratamento e controlo da infeção.

Bibliografia:

 http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose
 https://www.infoescola.com/doencas/tuberculose/
 http://www.metis.med.up.pt/index.php/Tuberculose

Você também pode gostar