Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autores
VITÓRIA - ES
Junho de 2011
2
APRESENTAÇÃO
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
2. NÍVEL DE ATIVIDADE E EMPREGO ....................................................................... 10
2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
2.2 INDICADOR DE RENDA: O PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) ......................... 10
2.3 INDICADOR DE EMPREGO: A TAXA DE DESEMPREGO .................................... 12
2.4 INCENTIVOS AO INVESTIMENTO ......................................................................... 15
3. INFLAÇÃO ................................................................................................................ 17
3.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 17
3.2 INDICADORES ........................................................................................................ 18
3.3 PREÇO RELATIVO X PREÇO NOMINAL ............................................................... 18
3.4 CONFLITO DISTRIBUTIVO .................................................................................... 18
3.5 TIPOS DE INFLAÇÃO ............................................................................................. 19
3.6 PRINCIPAIS EFEITOS DA INFLAÇÃO ................................................................... 20
Em cada uma das formas sociais de vida constituídas ao longo da história nos mais
variados espaços – sejam eles uma aldeia romana do séc. II a.C., um feudo na Europa
Ocidental da Alta Idade Média ou uma nação moderna – há uma determinada
estrutura econômica, um sistema de relações sociais de produção, distribuição e
acumulação de bens úteis à vida humana. Ao apenas mencionar essas diferentes
formas sociais históricas se pode intuir que, com o passar do tempo, ocorrem
importantes transformações na forma de se produzir, distribuir e acumular a riqueza
econômica e, além disso, que a forma econômica sob a qual a maior parte das
sociedades está organizada atualmente – o capitalismo – é resultante de inúmeros
processos de transformação social.
E ainda outro aspecto singular desse modo de produção deve ser destacado. Embora
estejam registrados conhecimentos econômicos desde os livros bíblicos do Antigo
Testamento ou na obra de Aristóteles e na produção da Escolástica, é somente com a
emergência do capitalismo que uma ciência econômica propriamente dita pode ser
assim designada. A rigor, compreende-se como ciência um conjunto de conhecimentos
organizados sobre um aspecto da realidade e, de fato, o desenvolvimento das
economias capitalistas em muitos casos foi acompanhado da especulação teórica
sobre seu funcionamento.
1
Ainda, segundo Hunt (2005, p. 37), “Smith se distingue de todos os economistas que o antecederam,
não só por sua formação acadêmica e pela vastidão de seus conhecimentos, como também foi o
primeiro a elaborar um modelo abstrato completo e relativamente coerente da natureza, da estrutura e
do funcionamento do sistema capitalista.”
6
Entrementes, estava em curso outra ruptura com a Economia Política. Pouco tempo
depois da crítica de Marx, quase simultaneamente o austríaco Carl Menger publicaria
Princípios de Economia Política (1870); o inglês William Stanley Jevons, A Teoria da
Economia Política (1871); e o francês León Walras, Elementos de Economia Política
Pura (1874). A Revolução Marginalista, como ficou conhecida, foi a mudança teórica
resultante dos esforços paralelos dos três autores. Nesse ponto da história do
pensamento econômico, o objeto de estudo da economia política acima referido dá
lugar à análise da administração de “recursos escassos” entre usos alternativos.
2
Conforme sugere Teixeira (2000), desde o surgimento da Economia Política uma série de autores, ao
publicar suas obras sobre o objeto de estudo dessa ciência, optaram por intitulá-las de acordo com uma
7
Do outro lado do Atlântico, uma década depois, a quebra da bolsa de Nova Iorque
marcaria o início da Crise de 1929 e por quase dez anos a maior parte das economias
ocidentais industrializadas apresentaria níveis de atividade econômica e desemprego
alarmantes. Deve se pontuar que, para os neoclássicos, o fenômeno do desemprego
era explicado principalmente como o resultado de atos individuais voluntários dos
trabalhadores que, não encontrando remuneração adequada a suas funções, optavam
por não se empregar.
tradição que, de certo modo, refletia o escopo e as intenções teóricas da obra. Alguns exemplos são os
autores clássicos Jean Baptiste de Say (1767-1832) e seu Tratado de Economia Política (1803), David
Ricardo e seus Princípios de Economia Política e Tributação (1817), Thomas Robert Malthus e seus
Princípios de Economia Política e considerações sobre sua aplicação prática (1820) e também John
Stuart Mill, com os seus próprios Princípios de Economia Política (1848). Mesmo os autores da
revolução marginalista, como explicitado acima, mantiveram a terminologia dos clássicos, mas por
economia (economics) Marshall demarcava claramente a mudança operada a partir deles.
3
Também chamada de mainstream (“corrente principal”, na tradução do inglês) ou pensamento único, é
a teoria dominante em um dado momento. O termo é formado pelos vocábulos gregos ortho (“correto,
normal”) e doxa (“opinião”). Em contraposição a ela estão as correntes da heterodoxia (hetero =
“diferente”), que contam com algum grau de distinção significativa para com suas noções.
8
Alguns dos procedimentos utilizados desde a época de Keynes são utilizados até hoje
para se verificar o comportamento da economia através de agregados. Mas embora
seu acompanhamento através de indicadores seja um momento necessário na análise
macroeconômica, ele sempre está baseado em uma interpretação própria sobre a
dinâmica do mercado e do Estado. Toda política econômica realizada, isto é, cada ato
econômico do governo está apoiado em uma determinada convicção teórica sobre o
funcionamento do capitalismo e, utilizando-se de certos procedimentos técnicos ou
operacionais, tem por objetivo promover metas políticas e sociais. Assim, a política
econômica correlaciona a interpretação da realidade pela ciência econômica, os
objetivos do Estado, a operação do mercado e a organização política da sociedade.
4
Em suma, a hipótese de Lucas sugere que as decisões econômicas privadas se antecipam aos
resultados futuros de uma decisão pública (política econômica) baseados nas experiências passadas, o
que desqualifica qualquer pretensão de um governo em corrigir os ciclos econômicos.
9
Diferente do que se pode pensar à primeira vista, a controvérsia que normalmente está
presente entre eles é muito saudável, pois o consenso sobre um objeto tão importante
quanto à política econômica pode acarretar em erros graves. Um exemplo das
consequências de um consenso equivocado sobre isso é a própria recessão da década
de 1930. A concepção então hegemônica foi uma das causas que contribuíram para
agravar a depressão e um dos principais motivos da demora na recuperação das
economias após a crise deflagrada com a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929.
Os efeitos da crise financeira propagaram-se no sistema econômico e, pela ausência
de políticas econômicas ativas e expansionistas (no âmbito fiscal e monetário),
acabaram gerando uma quebra generalizada nos setores industrial, bancário e
10
comercial dos EUA. Em seguida, esses efeitos se espalharam pelo mundo capitalista e
promoveram a conhecida Grande Depressão.
2.1 INTRODUÇÃO
O Nível de Atividade é composto por uma série de indicadores que expressam o ritmo
de crescimento de uma economia, seu caminhar, sua “saúde”. Os indicadores são um
conjunto de dados estatísticos, passíveis de mudança e oscilações, que fornecem a
base para se analisar a situação macroeconômica de um país ou região, seu
“diagnóstico” e, a partir de sua análise, subsidiar a implementação de políticas
econômicas, sejam elas no âmbito fiscal, monetário e/ou externo.
a) Consumo das Famílias: parte da renda total das famílias é gasta no consumo
de bens e serviços. Este consumo é importante, pois sustenta a produção,
aquecendo a economia e gerando mais empregos. No entanto, é importante que
as famílias não consumam a totalidade de suas rendas, guardando uma parte
para poupança (que é uma das formas de financiar os investimentos).
POPULAÇÃO TOTAL: é o
conjunto de todos os habitantes de
determinada sociedade.
POPULAÇÃO ECONOMICAMEN-
TE ATIVA (PEA): todos aqueles
que estão aptos e disponíveis a
exercer algum tipo de trabalho.
No Brasil, são dois os principais órgãos que fazem a análise do mercado de trabalho, o
IBGE, sendo o índice oficial do Governo Federal, e o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Ao serem analisados os dados
das duas instituições verifica-se que estes não são iguais. Isso acontece devido às
diferentes metodologias adotadas pelas duas instituições. A principal diferença entre
elas é o próprio entendimento do que seria desemprego.
TIPOS DE DESEMPREGO
Podemos ainda encontrar outras classificações de desemprego, que nos permitem compreender
melhor a dinâmica desse mercado.
A diminuição relativa do desemprego, por sua vez, foi acompanhada pelo aumento da
informalidade e da flexibilização das relações de trabalho. Por exemplo, de 1991 a 2002 o
setor informal absorveu mais de 2 milhões de trabalhadores que o mercado regular não foi
capaz de fazer, tendo dobrado em comparação com a segunda metade da década de 1980.
b) Crédito para investimento: por sua vez, quanto maior o volume de dinheiro
disponível para empréstimos, ou seja, quanto maior o volume de crédito, menor
será a taxa de juros. Como as empresas também investem baseadas em
expectativas de demanda, o crédito ainda pode ser utilizado pelas famílias para
aumentar seu consumo.
16
Outro fator relevante para registrar esse período da economia brasileira foi uma
recuperação da crise com sustentação do emprego, diferente de outras épocas. Foram
dados incentivos às empresas para continuarem produzindo, mantendo a geração de
renda e, dessa forma, o consumo, fundamental para a manutenção do ciclo dinâmico
da economia brasileira, uma vez baseado nesse tipo de modelo de crescimento. No
entanto, a situação dos empregos e o nível de informalidade configuram ainda uma
situação preocupante.
3. INFLAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
A inflação pode ser definida como o aumento contínuo e generalizado do nível geral
dos preços, que leva a uma progressiva perda do poder de compra da moeda. Em um
cenário inflacionário, há necessidade de uma quantidade cada vez maior de moeda
para se comprar uma mesma quantidade anterior de mercadorias.
18
3.2 INDICADORES
Para identificar ou medir a inflação faz-se uso de indicadores ou índices de preço que
agregam e representam os preços de uma determinada cesta de produtos. Esses
índices são baseados em uma Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), que geralmente
é feita num intervalo de dez anos e que indica a alocação de despesas familiares de
acordo com seus rendimentos. Os diversos indicadores da inflação podem ser
classificados em dois escopos principais:
tem-se então um aumento generalizado e contínuo dos preços, ou seja, inflação. Esse
fenômeno também é conhecido por conflito distributivo, que é uma disputa entre
agentes na busca de uma fatia maior da renda ou produto total.
Novo, o Cruzeiro e o Cruzeiro Real num intervalo de apenas setes anos. Esse
processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da
moeda para o Real (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo
Banco Central através da política monetária que segue o regime de metas de inflação.
Desde a sua implementação, em 1999, o sistema de metas como um todo tem tido
êxito. Nos últimos doze anos, em apenas três o regime foi descumprido. Dentre as
suas razões, a principal causa esteve sempre relacionada ao cenário externo
desfavorável, que levou a distúrbios na taxa de câmbio e a incertezas quanto à
evolução da economia brasileira.