Você está na página 1de 244

Serviço Público Federal

Universidade Federal do Pará - UFPA


Campus Universitário de Tucuruí – CAMTUC
Faculdade de Engenharia Elétrica – FEE

Sistemas de Energia Elétrica

Prof. M.Sc. Bernard Carvalho Bernardes

bernardcbernardes@gmail.com
bernardbernardes@outlook.com

(94) 9 8169-7558

Tucuruí – PA, Junho/2017


Apresentação do curso
➢ Curso em 60 Horas;

➢ 2 avaliações: UMA prova e UM trabalho final (fluxo de carga);

➢ A participação do discente é bem-vinda e incentivada.

➢ Ementa:

➢ Características e requisitos de um sistema de energia elétrica. Conceitos


fundamentais. Sistemas por unidade. Máquinas síncronas, Linhas de transmissão,
Transformadores e cargas. Desempenho do sistema em estado estacionário (fluxo de
carga). Aspectos dinâmicos do sistema.

2
Apresentação do curso
➢ Programa:
Capítulo 1 - Características e requisitos de um sistema de energia elétrica
1.1 Definição
1.2 Início e Evolução
1.3 Estrutura
1.4 Sistema Elétrico Brasileiro
1.6 Representação do Sistema Elétrico

3
Apresentação do curso
➢ Programa:
Capítulo 2 – Circuitos de Corrente Alternada
2.1 Corrente Alternada
2.2 Elementos do Circuito
2.3 Forma polar e forma retangular
2.4 Fator de Potência, Consequências e Correção
2.5 Potência complexa e Potência aparente
2.6 Circuitos trifásicos
2.7 Sequência de Fases
2.8 Conexão ∆, Y
2.9 Tensão de linha e potência trifásica
4
Apresentação do curso
➢ Programa:
Capítulo 3 – Representação do Sistema em p.u.
3.1 Vantagem
3.2 Definição
3.3 Escolha da base
3.4 Mudança de base
3.5 Representação de transformadores em p.u.
3.6 Sistemas p.u. em Circuitos trifásicos

5
Apresentação do curso
➢ Programa:
Capítulo 4 – Modelagem de Componentes
4.1 Máquina Síncrona
4.2 Transformador
4.3 Linha de Transmissão
4.4 Carga
Capítulo 5. Fluxo de Carga
5.1 Objetivo
5.2. Matriz 𝑌𝐵𝑈𝑆 , 𝑍𝐵𝑈𝑆
5.3 Método de Newton
5.4 Fluxo de Carga DC
6
Apresentação do curso
➢ Bibliografia:
[1] Alcir Monticelli, Ariovaldo Garcia, “Introdução a Sistemas de Energia Elétrica”, Editora
UNICAMP, 2011.
[2] Stevenson Jr., William D., Elementos de Análise de Sistemas de Potência, 2a. Edição,
Editora MCGRAW-HILL LTDA., São Paulo, 1986.
[3] I.L. Kosow, “Máquinas elétricas e transformadores”, Globo, 1972.
[4] O.I. Elgerd, “Introdução a teoria de sistemas de energia elétrica”, Mc-Graw-Hill, 1981.
[5] N. Kagan, C.C.B. de Oliveira, E.J. Robba, Introdução aos sistemas de distribuição de
energia elétrica, Edgard Blucher, 2005.
[6] Circuitos Polifásicos, Wilson Almeida e Francisco Freitas, Finatec, 1995.
[7] Alcir Monticelli, “Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica”, Editora Edgard
Blucher Ltda

7
Capítulo 01 - Características e requisitos de
um sistema de energia elétrica

8
Capítulo 01
➢ Sistema Elétrico de Potência – Clássico

9
Capítulo 01
➢ Sistema Elétrico de Potência – Tendência Atual

10
Capítulo 01
➢ O Sistema Interligado Nacional

11
Capítulo 01
➢ O Sistema Interligado Nacional
Algumas Vantagens: Desvantagens:
• Aumento da estabilidade – sistema torna-se mais • Distúrbio em um sistema afeta os outros sistemas
robusto podendo absorver, sem perda de sincronismo, interligados;
maiores impactos elétricos;
• A operação e proteção tornam-se mais complexas.
• Aumento da confiabilidade – permite a continuidade No Brasil, a interligação do sistema elétrico liga as
do serviço em decorrência da falha ou manutenção de diferentes regiões do país;
equipamento, ou ainda devido às alternativas de rotas
para fluxo da energia; • Sistema interligado sudeste – centro-oeste →
concentra pelo menos 60% da demanda de energia no
• Aumento da disponibilidade do sistema – Brasil;
capacidade de uma unidade de um sistema de realizar
a função requerida em qualquer momento de sua
operação;

• Mais econômico – permite a troca de reservas que


pode resultar em economia na capacidade de reservas
dos sistemas. A demanda máxima dos sistemas
12
envolvidos acontece em horários diferentes.
Capítulo 01
ESTRUTURA TRADICIONAL DE UM SEE:

1)Geração de Energia

oUsinas Hidrelétricas;

oUsinas Térmicas;

oGrandes blocos de
energia transportados a
longa distância.
Capítulo 01
ESTRUTURA TRADICIONAL DE UM SEE:

2) Transmissão de Energia
o Em Alta e Extra Alta Tensão
Tensões Tipicas:

138 kV
230 kV
500 kV
760 kV

oGrandes Consumidores
Industriais.
Capítulo 01

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

PRIMÁRIA ( 13,8 kV)

SECUNDÁRIA (220 V /127 V )


Capítulo 01
Estrutura de um SEE (Tendência Atual)
✓Vários fatores têm levado a uma visão diferente do sistema de energia, destacando-se:

1- A desregulamentação da indústria de eletricidade faz com que não haja mais um


único grande sistema gerador, porém vários sistemas de geração independentes;

2- A geração de eletricidade está se deslocando de grandes estações geradoras


conectadas aos sistemas de transmissão em direção a pequenas unidades conectadas a
níveis de baixa tensão, como sistemas combinados de geração convencional com
fontes renováveis de energia como solar e eólica (Geração distribuída).
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO NOVO MODELO

C/G
EE C/G
EE

EE Rede de
Rede de EE EE
C/G Distribuição de
Transmissão C/G
Energia
de Energia
EE EE

C/G
GERAÇÃO DISTRIBUIDA
C/G
C/G – Consumidor/Gerador
EE – Energia Elétrica
Principais Estudos em SEE
• Estudos de Fluxo de Carga
• Estudos de Defeitos (Curto-circuito)
• Estabilidade Dinâmica e Transitória
• Controle de tensão
• Controle de Geração
• Controle de freqüência

• Surtos e Sobretensões (descargas atmosféricas e manobras)


• Proteção dos Sistemas Elétricos
• Despacho de Carga
• Controle Tensão x Reativo
Principais Componentes de um SEE
Vg , Pe , Qe ,

Fonte
primária
de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

Pm
 Transformadores, Carga, Linhas de
transmissão, Compensadores de Reativo
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primária
de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Reservatório
•Combustível fóssil
•Vento.
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Hidráulica
•Térmica
•Eólica
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Controla a velocidade do eixo da turbina


• Se Pm > Pe,  cresce
•Se Pm < Pe,  decresce.
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Máquinas Síncronas
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Mantém a tensão de saída do gerador, dentro dos limites


especificados, através do controle da excitação da máquina
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Equipamentos de compensação de reativos: Fornecer/absorver a


potência reativa no local de instalação, de modo a manter a tensão,
neste ponto, dentro da faixa permitida para a operação.
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

•Exemplos: Banco de Capacitores; Reatores Shunt; Compensadores


Síncronos; Equipamentos Estáticos a Tiristores.
Principais Componentes de um SEE

Fonte
primári
a de
Energia

Usina
Geradora
Rede Elétrica

Carga Elétrica
(Consumidores)
O problema da representação
•Diagrama trifilar
O problema da representação

•Considerando condições equilibradas de


geração e carga, é suficiente uma
representação unifilar para o sistema.
O problema da representação
•Representação Unifilar
O problema da representação
•Diagrama Unifilar

Gerador LT
Trafo

Carga
O problema da representação
•Exemplos de Diagrama Unifilares
Radial
O problema da representação
•Exemplos de Diagrama Unifilares
Malha (Anel)
O problema da representação
•Exemplos de Diagrama Unifilares
Radial
Modelos Utilizados nos Estudos Estáticos

•Regime Permanente – Comportamento


Quase-estacionário

•Condição Permanente de Defeito, p.ex. Curto-


circuito
Capítulo 01
➢ O Sistema Elétrico Brasileiro:
➢ Histórico
➢ 1879: Concessão de D. Pedro II a Thomas Alva Edison para implantação de serviço
de iluminação pública (ELETROBRÁS, 2006);
➢ 1883: Inauguração por D. Pedro II, primeiro serviço público municipal de
Iluminação Pública do Brasil e da América do Sul, na cidade de Campos, norte do
Estado do Rio de Janeiro, com 39 lâmpadas, alimentadas pela primeira usina
termelétrica, com capacidade de 52 kW, movida a vapor proveniente de caldeira
a lenha (ELETROBRÁS, 2006);
➢ 1889: Início de operação da Usina Hidrelétrica Marmelos-Zero, a primeira de
maior porte do Brasil com 250 kW de potência (ou 0,25 MW), que iniciou
operação em 1889, sendo expandida para 375 kW (0,375 MW) em 1892, usina
esta da Companhia Mineira de Eletricidade, de propriedade do industrial
Bernardo Mascarenhas (ELETROBRÁS, 2006); 36
Capítulo 01
➢ O Sistema Elétrico Brasileiro:

FONTE: ANEEL, 2015 37


Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 0 à 10−3 segundos: Transitórios Eletromagnéticos: Nessa faixa de tempo, a energia


suprida à carga adicional vem do próprio circuito elétricos próximo à carga. Este efeito
pode ser perceptível ou não, dependendo do tamanho da carga: um motor elétrico
com potência relativamente elevada pode provocar uma queda de tensão observável
em outros equipamentos ligados nas proximidades. De qualquer forma, mesmo
quando a carga adicional é pequena, sempre haverá um efeito transitório local, por
menos que seja. Isto é, nessa faixa de tempo, pode-se dizer que a nova carga toma
parte da energia armazenada (por exemplo, em circuitos magnéticos) no circuito
adjacente. 38
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 10−3 à 10−1 segundos: Transitório Eletromecânico: Após o impacto inicial, há uma


resposta mecânica do sistema. A energia adicional passa a ser provida pelos rotores
dos geradores (e turbinas) que funcionam como volantes armazenadores de energia
cinética. A consequência imediata da perda de energia cinética nas parte girantes é
uma queda correspondente na frequência da rede de energia elétrica. E é dessa
maneira que as usinas “ficam sabendo” que uma carga adicional foi conectada à rede.
Essa queda de frequência, em principio, é sentida por toda a rede interligada. A
vantagem, e a desvantagem, de sistemas interligados reside na globalização dos
problemas locais. 39
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 10−1 à 1 segundo: Atuação do regulador de velocidade: Quando cai a frequência,


aumenta a potência gerada. Isto ilustra o fato de a abertura das válvulas das turbinas
pode ser comandada pela queda na frequência, que é a forma pela qual o gerador é
informado da necessidade de se gerar mais energia. No caso de turbinas hidráulicas,
isto se reflete em um maior fluxo de água através da turbina (considerando que a
altura da queda permanece inalterada, a pressão permanece a mesma e assim há um
aumento na potência gerada). No caso de turbinas a vapor, há uma maior admissão
de vapor na turbina. Assim, o problema de suprimento da potência é resolvido com o
a criação de um novo problema: queda da frequência. 40
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 10−1 à 1 segundo: Atuação do regulador de velocidade: Regulador Isócrono

41
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 10−1 à 1 segundo: Atuação do regulador de velocidade: Regulador Isócrono

42
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 10−1 à 1 segundo: Atuação do regulador de velocidade: Regulador com queda de


velocidade

43
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 10−1 à 1 segundo: Atuação do regulador de velocidade: Regulador com queda de


velocidade

44
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 101 à 102 segundos: Controle carga-frequência-intercâmbio: Além do erro de


frequência, pelo fato de o sistema ser interligado, os intercâmbios entre as várias
áreas nas quais a rede é dividida também podem ser afetados pelo acréscimo de
carga em uma das áreas. Normalmente, as correções nos erros introduzidos na
frequência e nos intercâmbios são feitos de maneira coordenada. Por exemplo, um
esquema muito utilizado consiste em uma das empresas (da área) se responsabilizar
pelo controle de frequência da rede como um todo (ajustando alguns de seus
geradores), enquanto as demais empresas tomam conta de seus intercâmbios
líquidos com as empresas adjacentes. 45
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ De 101 à 102 segundos: Controle carga-frequência-intercâmbio: Dessa forma, após


um certo tempo, a frequência voltará a seu nível desejado e os intercâmbios voltarão
aos seus valores contratados entre as empresas que formam a rede interligada. Nesse
esquema, cada membro do sistema interligado aloca parte de seus geradores para
exercer funções de controle de intercâmbio e frequência (também chamado de
controle 𝑃𝑓 ).

46
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ 104 segundos: Redespacho econômico/seguro: A atuação do controle 𝑃𝑓 nem


sempre leva o sistema a um ponto de operação ótimo do ponto de vista econômico
ou em relação à segurança da operação. Assim, uma última etapa ainda pode ocorrer
com uma resposta relativamente mais lenta que as anteriores: trata-se do despacho
econômico de carga (ou de potência) levando em conta as restrições de segurança
operativa (minimização dos riscos de blackouts). Aqui ocorre uma diferença
fundamental entre sistemas predominantemente hidráulicos de sistemas
predominantemente térmicos. Nos hidráulicos, o objetivo é otimizar-se o uso de água
armazenada nos reservatórios e indiretamente reduzir a necessidade de
complementação térmica (queima de combustível). 47
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ 104 segundos: Redespacho econômico/seguro: Esses problemas de otimização são


extremamente complexos apesar de existirem algumas ideias simples que podem
ilustrar a importância do gerenciamento da utilização da água, como, por exemplo, a
tendência em se utilizar primeiro a água dos reservatório a montante, pois, neste
caso, um metro cúbico de água desse reservatório vai tirar vantagem de quedas
maiores (maiores pressões) nos reservatórios a jusante. Já nos sistemas térmicos, o
despacho deve levar em conta os custo de combustíveis e os rendimentos das
unidades geradoras

48
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ 1 semana ou 1 mês: Planejamento da Operação do Sistema: Além da definição dos


níveis mais econômicos de geração de cada gerador do sistema, é necessário definir
quais geradores estarão em operação e quando estarão. Este problema é está ligado
diretamente à escala ótima de manutenção preventiva/periódica, e é também
limitado pela disponibilidade das máquinas, que pode ser afetada por paradas para
manutenção corretiva. Enquanto na fase anterior, despacho econômico, trabalha-se
com um modelo matemático com variáveis contínuas (ou pelo menos contínuas em
por partes), na determinação da escala ótima de geração, temos, em geral um
problema com variáveis inteiras (problema de otimização combinatorial). 49
Capítulo 01
➢ De onde vem a energia elétrica

➢ 5 a 20 anos: Planejamento da expansão do sistema: Acréscimos sucessivos dos níveis


de carga acabam levando à necessidade de se adicionarem novas unidades geradoras
e novas linhas de transmissão. A longo prazo, essa é a única maneira de se atender à
demanda crescente.

50
Capítulo 02 – Circuitos de Corrente
Alternada

51
CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS DE UM SEE
Fundamentos para a Solução de Circuitos Elétricos
Capítulo 03 – Representação do Sistema
em p.u.

67
Representação do Sistema em p.u.
➢ O Diagrama Unifilar:
➢ Um sistema trifásico equilibrado pode sempre ser resolvido por meio de
um circuito monofásico composto por uma das três linhas e pelo neutro;
nessas condições, raramente, é preciso representar no esquema do
circuito mais do que uma fase e o neutro. Frequentemente, o diagrama é
ainda mais simplificado, suprimindo-se o neutro e indicando as partes
componentes por símbolos padronizados, ao invés de fazê-lo pelos
respectivos circuitos equivalentes. Ao diagrama resultante dessa
simplificação chamamos de diagrama unifilar; ele indica, por uma única
linha e símbolos apropriados, uma linha de transmissão com os
dispositivos a ela associados.

68
Representação do Sistema em p.u.
➢ O Diagrama Unifilar:
➢ Alguns dos símbolos utilizados nesta representação foram normalizados
pela American National Standards Institute (ANSI) e pelo Institute of
Electrical and Electronic Engineers (IEEE), conforme:

69
70
Representação do Sistema em p.u.
➢ O Diagrama Unifilar:

Gerador/Trafo LT Carga 71
Representação do Sistema em p.u.
➢ A figura mostra um exemplo de sistema de potência onde as informações apresentadas no diagrama
unifilar são interpretadas com maior simplicidade.
➢ O sistema de potência trifásico consiste de:
Gerador nº 1, nº 2 e nº 3  conectado em estrela (Y) aterrado
T1  conectado em Y aterrado dos dois lados
T2  conectado em Y e aterrado no alta de baixa tensão e conectado em delta no lado de baixa
tensão
Reatância da linha de transmissão
Carga 1
Carga 2

72
Representação do Sistema em p.u.
➢A Figura abaixo mostra um pequeno trecho de um diagrama unifilar de
um equipamento elétrico (disjuntor) com mais detalhes.

73
Representação do Sistema em p.u.
➢ Diagramas de Impedâncias e Reatâncias:

➢ Quando se deseja analisar o comportamento de um sistema em


condições de carga ou durante a ocorrência de um curto-circuito, o
diagrama unifilar deve ser transformado num diagrama de impedâncias,
mostrando o circuito equivalente de cada componente do sistema,
referido ao mesmo lado de um dos transformadores. As figuras a seguir
mostram o diagrama unifilar e sua representação em diagrama de
impedâncias:
74
Representação do Sistema em p.u.
➢ Diagramas de Impedâncias e Reatâncias:

Diagrama Unifilar

Diagrama de Impedâncias 75
Representação do Sistema em p.u.
➢ Grandezas por unidade:

➢ Tensões, correntes, potências e impedâncias de um circuito muitas vezes


são expressas em percentagem ou em valores por unidade, em relação a
um valor base ou de referência escolhido para cada grandeza. Por
exemplo, se a base da tensão for 120 kV, tensão de 108, 120 e 126 kV se
transformam em 0,9, 1,00 e 1,05 por unidade (chamado abreviadamente
de p.u.) ou 90%, 100% e 105%, respectivamente.

76
Representação do Sistema em p.u.
➢ Grandezas por unidade:

➢ O valor p.u. de qualquer grandeza é definido como a relação entre o


valor da grandeza e a base; o valor em percentagem será 100 vezes o
valor em p.u.

➢ Dentre as vantagens estão que o uso de valores por unidade proporciona


cálculos bem mais simples do que valores reais em ampères, ohms ou
volts.
Valor absoluto
Valor pu 
Valor base 77
Representação do Sistema em p.u.
➢ Valores bases das grandezas:
➢ Cada ponto do sistema elétrico fica caracterizado por quatro grandezas:
➢ Tensão (V);
➢ Corrente (I);
➢ Potência Aparente (S);
➢ Impedância (Z).

➢ Conhecendo-se apenas duas destas grandezas, é possível determinar as grandezas


restantes.
➢ Escolhe-se como base, apenas duas dessas grandezas. É comum, em Sistema de
Potência escolher como bases a Tensão (Vbase) e a Potência Aparente (Sbase),
ficando, consequentemente, fixadas as bases de corrente e de impedância para o
nível de tensão correspondente

78
Representação do Sistema em p.u.
➢ Valores bases das grandezas:
➢ Sistemas Monofásicos:
Sbase
Sbase  Vbase  I base  I base 
Vbase

Vbase  Tensão base da fase no nível de tensão considerado

I base  Corrente base no nível de tensão da Vbase .

2
Vbase Vbase Vbase
Z base    ... 
I base S base S base
Vbase

79
Representação do Sistema em p.u.
➢ Valores bases das grandezas:
➢ Sistemas Trifásicos:
S
BASES ADOTADAS  base
Vbase

S b ( 3 )  3  S b (1 )
Sbase Potência aparente base do sistema
Vbase  3  Vbf trifásico é a soma das potências aparentes de
cada fase.
S base  3  Vbase  I base Vbase tensão base fase-fase, ou 3 vezes a
S base tensão base de fase do Y equivalente
I base 
3  Vbase

80
Representação do Sistema em p.u.
➢ Valores bases das grandezas:
➢ Sistemas Trifásicos:
➢ Impedância base:

Vbf
Z base 
I bf 2
V
I base  I bf Z base  base

S base
Vbase  3  Vbf
Vbase
Z base 
3  I base
IGUAL AO SISTEMA MONOFÁSICO

81
Representação do Sistema em p.u.
➢ Exemplo:

➢ Exemplo:

82
Representação do Sistema em p.u.
➢ Exemplo:
As três partes de um sistema monofásico são designadas por A, B e C e estão
interligadas por meio de transformadores, como mostra a Figura abaixo. As
características dos trafos são:
AB - 10.000 kVA; 13,8 kV – 138 kV; reatância de dispersão 10%
BC - 10.000 kVA; 69 kV – 138 kV; reatância de dispersão 8%

Se as bases no circuito B forem 10.000 kVA, 138 kV, determine a impedância


em pu da carga resistiva de 300 ohms, localizada no circuito C, referida aos
circuitos C, B e A . Faça o diagrama de impedâncias desprezando corrente de
magnetização, resistências dos transformadores e a impedância da linha.
83
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Em muitas situações faz-se necessário realizar mudança de base de uma grandeza,
para tornar a representação uniforme para o sistema;
➢ Isso ocorre porque todos os equipamentos elétricos tem suas impedâncias
expressas em pu ou %, tomando como base os valores nominais de potência e
tensão do equipamento;

➢ Então, quando se conectam vários equipamentos (geradores, transformadores,


linhas, cargas, etc), formando um único sistema elétrico, é necessário escolher
uma base única para este sistema, e então, transformar todas as impedâncias pu
dos equipamentos para esta base comum.
84
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Mudança de bases para a tensão:
➢ Conhecido o valor absoluto de uma tensão V, seu valor em p.u. na base 1 será
obtido por:
V
V pu _ 1 
Vb1
➢ A mesma tensão V terá seu valor em p.u. na base 2 obtido por: V
V pu _ 2 
Vb 2
➢ Dividindo-se membro a membro:

V pu _1 Vb1

Vb 2
V pu _ 2  V pu _ 1 
V pu _ 2 Vb1 Vb 2
85
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Mudança de bases para a potência:
➢ Sendo conhecido o valor absoluto de determinada potência, S, seu valor em p.u.
na base 1 será obtido por: S
S pu _ 1 
S b1
➢ A mesma potência S terá seu valor em p.u. na base 2 obtido: S
S pu _ 2 
Sb 2
➢ Dividindo-se membro a membro:

S pu _1 Sb 2 S b1
 S pu _ 2  S pu _ 1 
S pu _ 2 Sb1 Sb 2
86
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Mudança de bases para a corrente:
Sb1 Sb 2
➢ Sejam duas correntes bases, definidas por: I pu _ b1  I pu _ b 2 
3  Vb1 3  Vb 2
➢ O valor absoluto de determinada corrente I será expresso nas bases de corrente 1
e 2 por: I I I I
I pu _ b1   I pu _ b 2  
I b1 Sb1 Ib2 Sb 2
3  Vb1 3  Vb 2

➢ Dividindo-se membro a membro:


I pu _ b1 Vb1 Sb 2 Vb 2 S b1
  I pu _ b 2  I pu _ b1  
I pu _ b 2 Vb 2 Sb1 Vb1 S b 2 87
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Mudança de bases para a impedância:
➢ Tendo uma impedância cujo valor absoluto é Z, seu valor em p.u. nas bases 𝑉𝑏1 e
𝑆𝑏1 Será obtido por: Z Z
Z pu _ b1  
Z b1 Vb1 2
Sb1
➢ A mesma impedância Z terá seu valor em p.u. nas bases 𝑉𝑏2 e 𝑆𝑏2 obtido por:
Z Z
Z pu _ b 2  
Z b 2 Vb 2 2
Sb 2 2
Sb 2  Vb1 
➢ Dividindo-se membro a membro, obtém-se: Z pu _ b 2  Z pu _ b1    
2 Sb1  Vb 2 
Z pu _ b1 Sb1  Vb 2 
   
Z pu _ b 2 Sb 2  Vb1  88
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Exemplo:
➢ Certa máquina trifásica tem em cada fase reatância igual a 1,5 pu, com potência e
tensão bases iguais a, respectivamente, 300 MVA e 25 kV.
a) O valor ôhmico da reatância;
b) O valor em p.u da reatância, nas bases de 100 MVA e 20 kV.

89
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Exemplo:
➢ Seja o sistema de potência com o seguinte diagrama unifilar:

➢ Escolhe-se como bases para o sistema 𝑉𝑏 = 34,5 𝑘𝑉 (na carga) e 𝑆𝑏 =


100 𝑀𝑉𝐴 . Coloque todas as impedâncias nessa nova base. Depois,
desenhe o diagrama de impedâncias para o sistema na nova base

90
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Exemplo:

2 2
(8,5 kV ) 100 (34,5 kV ) 100
X g ( pu ) bn  0,20 2
 0,08 pu X t ( pu ) bn  0,18 2
 0,06 pu
(8,5 kV ) 250 (34,5 kV ) 300
100 MVA 200  j 50
Z L ( pu)  (1,2  j15) 2
 (0,1008  j1,2602) pu SCARGA ( pu)   (2  j 0,5) pu
(34,5 kV ) 100

Diagrama de impedâncias em pu 91
Representação do Sistema em p.u.
➢ Mudança de base:
➢ Exemplo:
Seja o sistema:

Com:
Gerador  300 MVA; 20 kV; 𝑋 ′′ = 20%;
Motor 𝑀1  200 MVA; 13,2 kV; 𝑋 ′′ = 20%;
Motor 𝑀2  100 MVA; 13,2 kV; 𝑋 ′′ = 20%;
Trafo 𝑇1  350 MVA; 230/20 kV; 𝑋 = 10%;
Trafo 𝑇2  3 transformadores monofásicos de 100 MVA cada; 127/13,2 kV; 𝑋 = 10%;
Linha de Transmissão  X = 0,5 ohm/km; com 64 km de comprimento.
Trace o diagrama de reatâncias com todas as reatâncias assinaladas em p.u. Escolha os
valores nominais do gerador como base no circuito deste. 92
Representação do Sistema em p.u.
➢ Base em Termos de Valores Trifásicos:
➢ Em sistemas trifásicos, os valores base são expressos geralmente em termos de
quantidades trifásicas, isto é, potência trifásica, tensão de linha e corrente de
linha. Além disso, as impedâncias conectadas em ∆ são convertidas para a
conexão Y equivalente. Denotando:
➢ 𝑆𝑏1∅ : a potência base do circuito monofásico;
➢ 𝑉𝑏𝑓 : a tensão base do circuito monofásico (fase-neutro);
➢ 𝑆𝑏3∅ : a potência base do circuito trifásico;
➢ 𝑉𝑏𝐿 : a tensão base do circuito trifásico (fase-fase ou de linha);
e lembrando que em sistemas trifásicos equilibrados

93
Representação do Sistema em p.u.
➢ Base em Termos de Valores Trifásicos:
➢ as seguintes relações podem ser estabelecidas:

94
Representação do Sistema em p.u.
➢ Base em Termos de Valores Trifásicos:
➢ Num sistema de potência trifásico, as seguintes regras são adotadas para
a especificação das quantidades base:

1. O valor de potência aparente trifásica base 𝑺𝒃𝟑∅ é o mesmo ao longo


de todo o sistema;
2. A relação entre as tensões de linha base nos lados do transformador é
igual aquela entre os valores nominais da tensão do transformador, ou
seja, a tensão de linha base passa através do transformador trifásico
segundo a sua relação nominal de tensões de linha.

95
Representação do Sistema em p.u.
➢ Base em Termos de Valores Trifásicos:
➢ Exemplo:
Considere o sistema trifásico representado no diagrama unifilar da figura a seguir.
Os valores das cargas conectadas às barras 2 e 3 são mostrados na tabela 1. A
impedância da linha de transmissão entre o gerador 1 e a carga ´e 1,4 +j1,6
Ω/fase, e da linha de transmissão entre o gerador 2 e a carga ´e 0,8 +j1,0 Ω/fase.
O gerador 1 supre 20 kW a um fator de potência 0,8 atrasado, numa tensão
terminal de 460 V. Suponha que a potência das três cargas seja independente da
tensão de alimentação. Empregando o sistema por unidade e tomando como
valores base 25 kVA e 460 V no gerador 1, determinar: 96
Representação do Sistema em p.u.
➢ Base em Termos de Valores Trifásicos:
➢ Exemplo:
1) O diagrama de impedâncias no sistema por unidade na base
mencionada;
2) A corrente da carga 1, em pu e em ampères;
3) A tensão nos terminais do gerador 2, em pu e em volts;
4) A potência aparente suprida pelo gerador 2, em pu e em kVA;
5) O valor da reatâncias em pu e em Ω/fase de uma carga de compensação
reativa necessária para tornar unitário o fator de potência do
equivalente das cargas 1 e 2.

97
Representação do Sistema em p.u.
➢ Base em Termos de Valores Trifásicos:
➢ Exemplo:

98
Modelagem de Componentes

99
➢ Introdução:

✓ Em estudos de redes elétricas em regime permanente, os sistemas


trifásicos equilibrados são modelados analiticamente pelo diagrama de
impedâncias de uma fase do circuito Y equivalente. Cada elemento
constituinte do diagrama unifilar é representado por um circuito
monofásico de sequencia positiva, com os parâmetros e variáveis da rede
elétrica expressos no sistema por unidade.

✓ Para esta finalidade, três aspectos fundamentais são necessários:


1. O primeiro é o diagrama unifilar, que fornece uma ideia sobre a estrutura e a
conexão dos componentes do sistema, e à partir do qual é possível determinar
o diagrama de impedâncias;

2. O segundo é a representação do diagrama de impedâncias no sistema por


unidade, o qual tem por objetivo facilitar os cálculos de correntes e tensões no
circuito elétrico; e

3. O terceiro é a modelagem analítica dos componentes da rede elétrica em


termos de elementos de circuitos. Isto permite obter um modelo do sistema
de potência em termos de equações obtidas aplicando-se as leis de circuitos
elétricos, cuja solução fornece os subsídios para a análise da rede elétrica.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Gerador síncrono:

➢ Estes equipamentos podem absorver ou gerar potência reativa,


funcionando como geradores (Pg > 0), motores (Pg < 0) ou compensadores
(Pg ≈ 0), superexcitados (Qg > 0) ou subexcitados (Qg < O). Os limites de
geração e absorção de potência reativa são determinados com auxílio da
curva de capabilidade da máquina.

➢ A capacidade de suprir potência reativa é determinada através da razão de


curto-circuito do equipamento (igual ao inverso da reatância síncrona).
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Gerador síncrono:
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Gerador síncrono
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Gerador síncrono
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Motor síncrono
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Motor síncrono
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Compensador Síncrono:

✓ Quando a máquina síncrona opera como um Compensador Síncrono, a potência


ativa suprida é aproximadamente zero (em razão das perdas internas), sendo
fornecida apenas potência reativa (capacitiva ou indutiva).

✓ Este modo de funcionamento é o mesmo de um motor síncrono operando sem


carga mecânica.

✓ Dependendo da corrente de excitação, o dispositivo pode gerar ou absorver


potência reativa.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Compensador Síncrono:

✓ Desde que as perdas neste tipo de dispositivo são consideráveis, se


comparadas às dos Capacitores Estáticos, o fator de potência com que
operam os compensadores síncronos não é exatamente igual a zero.

✓ No caso da operação em conjunto com os reguladores de tensão, os


compensadores síncronos podem automaticamente funcionar
superexcitados (sob condição de carga pesada) ou subexcitados (sob
condições de carga leve).
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Compensador Síncrono:
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Compensador Síncrono:

✓ A principal vantagem do compensador síncrono é a sua flexibilidade de


operação. A geração de potência reativa pode variar continuamente de
uma maneira simples (porém mais lenta do que a dos Compensadores
Estáticos), modificando-se a tensão de excitação da máquina síncrona.

✓ A desvantagem deste tipo de operação é que em geral o equipamento está


situado longe dos pontos de consumo e necessita de elementos de
transporte para atingir a demanda, ocasionando perda de potência.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Potência da Máquina Síncrona:

✓ Sistemas de controle automático são frequentemente utilizados na


monitoração da operação das redes elétricas;

✓ A figura a seguir mostra os dois controles básicos de um gerador com


turbina a vapor, isto é, o regulador de tensão e o governador (controlador)
de velocidade.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Potência da Máquina Síncrona:


➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Potência da Máquina Síncrona:

✓ O governador de velocidade da turbina ajusta a posição da válvula de vapor


para controlar a potência mecânica de saída da turbina (Pm).

✓ Quando o nível da potência de referência (Pref ) aumenta (ou diminui) o


governador de velocidade abre (ou fecha) mais a válvula que controla a
injeção de potência mecânica no eixo da turbina.

✓ O governador de velocidade também monitora a velocidade angular do


rotor ωm, a qual é utilizada como sinal de realimentação para controlar a
potência mecânica de entrada e elétrica de saída.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Potência da Máquina Síncrona:

✓ Considerando-se as perdas desprezíveis:

▪ Se Pm > Pe, a velocidade angular ωm aumenta e o governador de


velocidade fecha mais a válvula para reduzir a potência mecânica de
entrada;

▪ Se Pm < Pe, a velocidade angular ωm decresce e o governador de


velocidade abre mais a válvula para aumentar a potência mecânica de
entrada;
➢ Máquinas Síncronas:
➢ Controle de Potência da Máquina Síncrona:
✓ O regulador de tensão ajusta a potência elétrica de saída do sistema de
excitação, visando controlar a magnitude da tensão terminal do gerador (Vt);
✓ Quando a tensão de referência (Vref ) aumenta (ou diminui), a tensão de saída
do gerador deve se elevar (ou decrescer) por efeito da tensão de excitação (Efd)
aplicada nas bobinas de campo do gerador síncrono;
✓ Um transformador de potencial e um retificador monitoram a tensão terminal
(Vt), a qual é utilizada como sinal de realimentação no regulador de tensão.
✓ Se a tensão terminal decresce, o regulador de tensão aumenta a sua tensão (Vr),
de forma a elevar a tensão de excitação (Efd) e a tensão terminal (Vt).
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:

✓ Numa unidade geradora, a excitatriz é o dispositivo que libera potência em

corrente contínua para as bobinas de campo do rotor da máquina síncrona.

✓ Nos geradores antigos a excitatriz consistia de um gerador de corrente

contínua, tal que a potência em corrente contínua era transferida ao rotor

através de anéis de escorregamento e escovas coletoras.


➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:

✓ Nos geradores modernos, excitatrizes estáticas ou sem escova são

geralmente utilizadas.

✓ Neste caso, a potência em corrente alternada é obtida diretamente dos

terminais do gerador ou de uma estação de serviço externa. Esta potência é

então retificada via tiristores e transferida ao rotor via anéis de

escorregamento e escovas coletoras.


➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:

✓ No caso dos sistemas de excitação sem escova, a potência é obtida de um


gerador síncrono invertido, cujas bobinas trifásicas da armadura estão
localizadas no rotor do gerador principal e cujas bobinas de campo estão
localizadas no estator.

✓ A potência em corrente alternada das bobinas da armadura é retificada


através de diodos acoplados no rotor e é transferida diretamente às
bobinas de campo, sem a necessidade de anéis ou escovas coletoras.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:


➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:

✓ A Figura abaixo apresenta um diagrama de blocos simplificado do controle


de tensão do gerador. As não linearidades devidas a saturação e os limites
na saída da excitatriz não são considerados.
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:

✓ A tensão terminal do gerador (Vt) é comparada com a tensão de referência


(Vref ) para fornecer o sinal de erro de magnitude da tensão (ΔV), o qual é
convenientemente aplicado no regulador.

1
✓ O bloco representa o retardo de tempo, sendo 𝑇𝑟 a sua constante
1+𝑠𝑇𝑟
de tempo.

✓ Se um degrau unitário é aplicado na entrada deste bloco, a saída tende


exponencialmente à unidade com uma constante de tempo 𝑇𝑟 .
➢ Máquinas Síncronas:

➢ Controle de Tensão do Gerador:

✓ Desprezando o efeito do estabilizador, a tensão de saída do regulador de


𝐾𝑒
tensão (Vr) é aplicada na excitatriz, representada pelo bloco ;
1+𝑠𝑇𝑒

✓ A saída da excitatriz é a tensão de campo (Efd), aplicada nas bobinas de


campo do gerador e atuando no sentido de ajustar a sua tensão terminal;

✓ As equações que representam o gerador, relacionando a sua tensão


terminal (Vt) às variações na tensão do enrolamento de campo (Efd),
podem ser derivadas das equações gerais das máquinas síncronas.
➢ Transformadores:

➢ Circuito Equivalente do Transformador Monofásico:


➢ Transformadores:

➢ Circuito Equivalente do Transformador Monofásico:


➢ Transformadores:

➢ Circuito Equivalente do Transformador Monofásico:

✓ No que diz respeito aos transformadores utilizados em sistemas de potência, observa-se


que:

✓ Em geral a corrente de excitação é aproximadamente 5 % da corrente nominal tal que, a


menos que a corrente de excitação seja de particular interesse, costuma-se desprezar
Iϕ;

✓ Transformadores de grande porte, com potência aparente nominal maior do que 500
kVA, possuem enrolamentos com as resistências desprezíveis quando comparadas com
as reatâncias de dispersão, e portanto essas resistências podem ser desprezadas.
➢ Transformadores:

➢ Circuito Equivalente do Transformador Monofásico:


➢ Transformadores:

➢ Circuito Equivalente do Transformador Monofásico:

✓ Os valores base de tensão e corrente nos dois lados do transformador monofásico

estão relacionadas da mesma forma que os valores nominais dessas quantidades.

Por esta razão, o sistema por unidade apresenta as seguintes vantagens:

1. As impedâncias e admitâncias do transformador expressas em pu não se

modificam quando referidas aos lados de alta tensão ou de baixa tensão, evitando-

se desta forma os erros de cálculos provenientes de se referir as grandezas a um

lado ou ao outro do transformador;


➢ Transformadores:

➢ Circuito Equivalente do Transformador Monofásico:

2. Os fabricantes de equipamentos especificam as impedâncias das

máquinas e transformadores nos sistemas por unidade ou percentual,

adotando como base os valores nominais do equipamento.


➢ Transformadores:

➢ Transformadores Trifásicos:

✓ Um banco trifásico de transformadores é constituído alternativamente

1. Pela conexão de três transformadores monofásicos idênticos;

2. Pela conexão adequada de um mínimo de seis bobinas iguais disposta


num mesmo núcleo.
➢ Transformadores:

➢ Transformadores Trifásicos:
➢ Transformadores:

➢ Transformadores Trifásicos:

✓ A placa do banco trifásico deve apresentar os valores nominais de:

1. Potência aparente trifásica;

2. Valores numéricos das tensões de linha com os correspondentes tipos de


ligação (Y ou Δ);

3. Valor da impedância (no sistema por unidade ou no sistema percentual).


➢ Transformadores:

➢ Transformadores Trifásicos:

✓ O circuito equivalente de um transformador trifásico apresenta as


seguintes características:

1. Nas conexões ΔΔ e YY, as bobinas são rotuladas de tal maneira que não há
defasagem angular entre as grandezas dos lados de AT e BT. O circuito
equivalente é portanto semelhante ao do transformador monofásico
convencional.
➢ Transformadores:

➢ Transformadores Trifásicos:

✓ O circuito equivalente, ou de sequencia positiva, dos transformadores


trifásicos com conexão Y-Δ, é:
➢ Transformadores:

➢ Transformadores Trifásicos:

✓ A seleção de quantidades base para transformadores trifásicos é feita


através do seguinte procedimento:

1. Uma potência aparente trifásica base é selecionada para ambos os lados


(alta tensão e baixa tensão) do transformador;

2. A relação entre as tensões-base nos dois lados do transformador é igual a


relação entre as tensões nominais de linha.
➢ Transformadores:

➢ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ O transformador monofásico de três enrolamentos consiste em três


bobinas dispostas sobre um mesmo núcleo. Os terminais dessas bobinas
são denotados por BT, MT e AT (ou 1, 2 e 3 (primário, secundário e
terciário)), de acordo com os seus valores nominais.

✓ Sua principal vantagem é a opção de dois valores de tensão na sua saída.


➢ Transformadores:

➢ Transformadores de Três Enrolamentos:


➢ Transformadores:

➢ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ Supondo ideal este transformador, as seguintes relações são estabelecidas:


➢ Transformadores:

➢ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ Como as bobinas estão dispostas sobre um mesmo núcleo, apenas um


ramo de magnetização é incluído na representação do circuito monofásico.

✓ Os parâmetros do ramo de magnetização são determinados via ensaio de


circuito aberto.
➢ Transformadores:

➢ Transformadores de Três Enrolamentos:


➢ Transformadores:

✓ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ No circuito do slide anterior, são incluídos apenas os ramos


correspondentes às impedâncias dos enrolamentos.

✓ Os parâmetros correspondentes são calculados através do ensaio de curto-


circuito, efetuando-se as seguintes medidas:
➢ Transformadores:

✓ Transformadores de Três Enrolamentos:

• Z12: impedância de dispersão medida do enrolamento 1 com a bobina 2


curto-circuitada e a bobina 3 em circuito aberto:

Z12 = Z1 + Z2

• Z13: impedância de dispersão medida do enrolamento 1 com a bobina 3


curto-circuitada e a bobina 2 em circuito aberto:

Z13 = Z1 + Z3
➢ Transformadores:

✓ Transformadores de Três Enrolamentos:

• Z23: impedância de dispersão medida do enrolamento 2 com a bobina 3


curto-circuitada e a bobina 1 em circuito aberto:

Z23 = Z2 + Z3
➢ Transformadores:

✓ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ Dessa forma, podemos calcular as impedâncias dos enrolamentos por:

✓ Para efetuar a soma indicada nessas equações, Z12, Z13, e Z23 devem estar
referidas ao mesmo lado do transformador.
➢ Transformadores:

➢ Transformadores de Três Enrolamentos:


➢ Transformadores:

✓ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ Transformadores monofásicos idênticos de três enrolamentos também


podem ser conectados para formar um banco trifásico. O circuito
equivalente do bando trifásico é semelhante ao do transformador
monofásico de três enrolamentos.

✓ No caso das conexões Y−Δ, o deslocamento de fase (de 30°) deve ser
incluído no modelo.
➢ Transformadores:

✓ Transformadores de Três Enrolamentos:

✓ A seleção das quantidades base para o transformador monofásico de três


enrolamentos é feita através do seguinte procedimento:

1. Uma base comum de potência aparente Sb é selecionada para todos os


terminais;

2. As tensões VbAT , VbMT e VbBT são selecionadas de acordo com as relações


nominais de tensão do transformador.
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ Os transformadores reguladores (ou com tap variável) são geralmente


utilizados para controlar a magnitude (ajustes de ±10% e a fase (ajustes de
±3 graus) da tensão;

✓ Sob certas condições, esses transformadores também são utilizados para


controlar os fluxos de potência ativa e reativa.
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ Para controlar a magnitude da tensão, são utilizados basicamente os taps


do transformador;

✓ Enquanto que para monitorar o fluxo de potência ativa é necessário que


conexões adicionais sejam feitas, de forma a modificar a defasagem entre
os fasores tensão nos terminais do equipamento.
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ No caso do controle da magnitude da tensão, um dos lados do


transformador possui uma bobina com taps, utilizados para variar o
número de espiras, o que permite modificar a relação de transformação
das tensões.
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:


➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ Os Transformadores com Comutação sob Carga (Load Tap Changing (LTC)


ou Tap Changing Under Load (TCUL)) permitem o ajuste do tap enquanto o
transformador está energizado;

✓ A variação do tap é operada por servo-motores comandados por relés


ajustados de forma a manter a tensão num determinado nível;

✓ Circuitos eletrônicos especiais permitem esta mudança sem interrupção


de corrente.
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

Vídeo – Como os LTC’s Funcionam


➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:


➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ Sob o ponto de vista da Teoria dos Quadripolos, o modelo analítico do


transformador com tap variável é dado pela equação:

✓ A qual pode ser estabelecida a partir da figura do slide anterior,


observando-se que no transformador ideal:
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ A combinação dessas equações fornece:


➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável:

✓ As equações passadas modelam analiticamente o transformador com tap


variável para um LTC;

✓ Se o parâmetro “a” é um ´e um número complexo, 𝑌𝑖𝑗 ≠ 𝑌𝑗𝑖 e portanto a


matriz dos coeficientes não é simétrica. Por outro lado, se o parâmetro “a”
é um número real, a matriz dos coeficientes é simétrica, tal que:
➢ Transformadores:

✓ Transformadores Com Tap Variável


➢ Linhas de Transmissão:

✓ Uma linha de transmissão é caracterizada pelos seguintes parâmetros:

• Resistência série: Que representa as perdas por efeito Joule, causadas


pela corrente que flui através do condutor;

• Indutância série: Que representa o campo magnético criado pela corrente


que percorre o condutor;
➢ Linhas de Transmissão:

✓ Uma linha de transmissão é caracterizada pelos seguintes parâmetros:

• Condutância shunt: Que representa as perdas por efeito Joule, causadas


pela diferença de potencial no meio que circunda os condutores;

• Capacitância shunt: Que representa o campo elétrico resultante da


diferença de potencial entre os condutores.
➢ Linhas de Transmissão:

✓ Com base no comprimento 𝑙, três tipos de linhas de transmissão são


distinguidos:

• Linhas de transmissão curtas: 𝑙 ≤ 80 km.

• Linhas de transmissão médias: 80 km < 𝑙 ≤ 240 km;

• Linhas de transmissão longas: 𝑙 > 240 km;


➢ Linhas de Transmissão:

✓ Em geral, as linhas de transmissão são representadas por um circuito π;

✓ Apesar de menos frequentemente, o circuito T também pode ser utilizado


para esta finalidade.

✓ Tomando como referência o comprimento da linha de transmissão, as


seguintes considerações podem ser feitas:

• Linhas curtas: Apenas os parâmetros série da linha são levados em conta,


com a impedância série da linha de transmissão sendo expressa por
𝑍𝑠𝑒𝑟 = 𝑅𝑠𝑒𝑟 + 𝑗𝑋𝑠𝑒𝑟 . Os parâmetros shunt da linha são desprezados.
➢ Linhas de Transmissão:

• Linhas médias: Neste caso, a linha de transmissão é representada por um


circuito denominado π-nominal, no qual:

𝒁𝑠𝑒𝑟 = 𝑅𝑠𝑒𝑟 + 𝑗𝑋𝑠𝑒𝑟 Ω


𝒀𝑠ℎ = 𝑗𝐵𝑠ℎ 𝑆
➢ Linhas de Transmissão:

• Linhas médias: Linhas longas: neste caso, a linha é representada por um


circuito denominado π-equivalente , no qual:

Sendo 𝛾 a constante de propagação (Np/m), 𝛼 a constante de atenuação


(Np/m) e 𝛽 a constante de fase (rad/m).
➢ Cargas:

✓ Em estudos de sistemas de potência em regime permanente, é necessário


modelar adequadamente a carga, tanto em termos quantitativos como em
termos qualitativos.

✓ Numa barra típica, a demanda consiste em geral de:

• Motores de indução;

• Aquecimento e iluminação;

• Motores síncronos.
➢ Cargas:

✓ Individuais:
➢ Formada pelos equipamentos consumidores de energia elétrica:
Lâmpadas, motores, eletrodomésticos, etc;
✓ Agregada:
➢ Formada por um conjunto diverso de equipamentos consumidores

Carga Residencial Todas em conjunto


Carga Comercial representam uma
Carga Industrial região de consumo
➢ Cargas:

✓ A carga individual tem comportamento bastante aleatório, porém a carga


agregada apresenta padrões estatísticos bem definidos.

Ciclos de Consumo = Hábitos da Sociedade


➢ Cargas:

✓ A carga individual tem comportamento bastante aleatório, porém a carga


agregada apresenta padrões estatísticos bem definidos.
➢ Cargas:

✓ A carga individual tem comportamento bastante aleatório, porém a carga


agregada apresenta padrões estatísticos bem definidos.
➢ Cargas:
➢ Cargas:

✓ A potência absorvida pela demanda depende da natureza da carga e


permite os três tipos de representação descritos a seguir:

1. Representação em termos de potência constante, onde os MW e MVar


especificados são supostos constantes, sendo a carga representada
analiticamente por 𝑆 = 𝑃 + 𝑗𝑄. Onde P e Q são as potências ativa e
reativa demandadas.
➢ Cargas:

✓ Esta forma, geralmente utilizada nos estudos de Fluxo de Potência,


requer valores de corrente e tensão que resultem no valor de potência
especificado. Portanto, se a tensão na carga tem valor baixo, um alto valor
de corrente é necessário para que o requisito de potência especificada
seja satisfeito.

Característica de motores
➢ Cargas:

2. Representação em termos de corrente constante, onde a corrente na


carga é expressa como:
P0
P  VI I0 
V0

 P0  V 
P  V   P  P0  
 V0   V0 

Característica de fornos de indução


➢ Cargas:

3. Representação em termos de impedância constante, a qual é a forma


mais frequentemente utilizada nos estudos de estabilidade:
V
P  VI I
Z

V2 V02
P P0 
Z Z0

2
V 
P  P0  
Mais exato para
grandes variações
 V0 
➢ Cargas:

✓ Os estudos da operação das redes elétricas em regime permanente


fornecem resultados consideravelmente dependentes da modelagem da
carga.

✓ A determinação de um modelo matemático que represente


adequadamente a demanda é uma tarefa complexa, pois geralmente as
cargas de um sistema de potência são resultado da agregação de
dispositivos de diferentes características de operação. Os dois aspectos
principais desta representação são a identificação da composição da carga
em um dado momento e a modelagem analítica das parcelas agregadas.
➢ Cargas:

✓ Uma grande parte da demanda doméstica e alguma parte da demanda


industrial consistem de aquecimento e iluminação, tal que os primeiros
modelos de carga representavam estas demandas como impedâncias
constantes.

✓ Equipamentos rotativos costumavam ser modelados na forma simples de


máquinas síncronas em regime permanente e cargas compostas eram
modeladas como uma combinação das cargas anteriormente descritas;
➢ Cargas:
➢ Cargas:

✓ Modelo ZIP:
➢ Cargas:

✓ Modelo Exponencial:
Fluxo de Carga

180
➢ Aspectos Gerais:

➢ O cálculo do Fluxo de Carga (ou fluxo de potência) consiste


essencialmente na determinação do estado da rede, da distribuição dos
fluxos e de algumas outras grandezas de interesse;

➢ Variações no tempo são suficientemente lentas para que se possa ignorar


os efeitos transitórios;

➢ O cálculo do fluxo de carga é realizado utilizando-se métodos


computacionais desenvolvidos especificamente para a resolução do
sistema de equações e inequações algébricas;
➢ Aspectos Gerais:

➢ Os componentes de um SEE podem são classificados em:


➢ Os que estão ligados entre um nó qualquer e o nó terra. Ex.: Geradores,
cargas, reatores e capacitores;
➢ Os que estão ligados entre dois nós quaisquer da rede. Ex.: Linhas de
transmissão, transformadores e defasadores.
➢ Geradores e cargas são considerados a parte externa do sistema e são
modelados pelas injeções de potência nos nós da rede;
➢ A parte interna são os demais componentes.
➢ Aspectos Gerais:

➢ Cada barra da rede está associada a 4 variáveis, sendo que duas delas
entram no problema como dados e duas como incógnitas:

𝑽𝒌 - Magnitude da tensão nodal na barra 𝒌;

𝜽𝒌 - Ângulo da tensão nodal na barra 𝒌;

𝑷𝒌 - Injeção líquida (geração – carga) de potência ativa na barra 𝒌;

𝑸𝒌 - Injeção líquida (geração – carga) de potência reativa na barra 𝒌;


➢ Aspectos Gerais:

➢ Tipos de barras:
Tipo da Barra Dados Incógnitas

Barras PQ (Carga) 𝑃𝑘 e 𝑄𝑘 𝑉𝑘 e 𝜃𝑘

Barras PV (Geração) 𝑃𝑘 e 𝑉𝑘 𝑄𝑘 e 𝜃𝑘

V𝜃 (Barra de Referência) 𝑉𝑘 e 𝜃𝑘 𝑃𝑘 e 𝑄𝑘
➢ Aspectos Gerais:

➢ Conjunto de equações (Primeira Lei de Kirchhoff):


➢ 𝑃𝑘 = σ 𝑃𝑘𝑚 𝑉𝑘 , 𝑉𝑚 , 𝜃𝑘 𝜃𝑚

➢ 𝑄𝑘 + 𝑄𝑘𝑠ℎ 𝑉𝑘 = σ 𝑄𝑘𝑚 𝑉𝑘 , 𝑉𝑚 , 𝜃𝑘 𝜃𝑚

➢ Sinais de 𝑃𝑘 e 𝑄𝑘 : São positivos quando “entram” na barra (caso dos


geradores) e negativos quando saem da barra (caso das cargas);
➢ Os sinais de 𝑃𝑘𝑚 e 𝑄𝑘𝑚 são positivos quando saem da barra e negativos
quando entram nela;
➢ Para os elementos shunt são adotados a mesma convenção que para as injeções.
➢ Equação de Fluxo de Potência em Linhas de transmissão:

➢ Na representação por modelo equivalente 

1
Ykm  Gkm  jBkm  Z km
YkmSh  G  jB Rkm X km
Ykm  2 j 2
Rkm  X km
2
Rkm  X km
2

Rkm X km
Gkm  2 ; Bkm  2
Rkm  X km
2
Rkm  X km
2
➢ Equação de Fluxo de Potência em Linhas de transmissão:

➢ Na representação por modelo equivalente 

 I km  ykm Ek  Em   jbkm


Sh
Ek

 I mk  ykm Em  Ek   jbkm Em
Sh

j k ,m ,...
Ek ,m ,...  Vk ,m ,...e
➢ Equação de Fluxo de Potência em Linhas de transmissão:
j k ,m ,...
➢ Na representação por modelo equivalente  Ek ,m ,...  Vk ,m ,...e
 I km  ykm Ek  Em   jbkm
Sh
Ek
Skm  E I *
 Pkm  jQkm 
k km  I mk  ykm Em  Ek   jbkm
Sh
Em

 E
Skm  Ek y *
km
*
k
*
m 
 E b E Sh
km
*
k 
Pkm  V gkm  VkVm gkm coskm  VkVmbkm senkm
k
2

Qkm  V bkm  b
k
2
 Sh
km  V V b
k m km coskm  VkVm gkm senkm
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

➢ Transformador em fase

• Transformador em fase: t a
• Transformador defasador puro: t  e j
• Transformador defasador: t  ae j
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

➢ Transformador em fase

j p
Ep Vpe Ep Vp
 j k
 p  k  a
Ek Vk e Ek Vk
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

EI *
k km E I *
p mk 0
I km
 a
*
I km Ep
I mk *
 Correntes
I mk Ek defasadas
de 180º
𝐼𝑘𝑚 = −𝑎𝐼𝑚𝑘
𝐼𝑚𝑘 = (𝐸𝑚 − 𝑎𝐸𝑘 )𝑌𝑘𝑚
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

I km
 a
I mk

𝐼𝑘𝑚 = −𝑎𝐼𝑚𝑘
Skm  E I *
k km  Pkm  jQkm 𝐼𝑚𝑘 = (𝐸𝑚 − 𝑎𝐸𝑘 )𝑌𝑘𝑚

𝑆𝑘𝑚 = 𝐸ത𝑘 (𝐸ത𝑚 − 𝑎𝐸ത𝑘 )𝑌𝑘𝑚 ∗


𝑆𝑘𝑚 = 𝐸ത𝑘∗ (𝐸ത𝑚 − 𝑎𝐸ത𝑘 )𝑌𝑘𝑚

𝑆𝑘𝑚 = 𝑉𝑘 𝑒 −𝑗𝜃𝑘 (𝑉𝑚 𝑒 −𝑗𝜃𝑚 − 𝑎𝑉𝑘 𝑒 −𝑗𝜃𝑘 ) 𝑔𝑘𝑚 + 𝑗𝑏𝑘𝑚
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:


𝑆𝑘𝑚 = 𝑉𝑘 𝑒 −𝑗𝜃𝑘 (𝑉𝑚 𝑒 −𝑗𝜃𝑚 − 𝑎𝑉𝑘 𝑒 −𝑗𝜃𝑘 ) 𝑔𝑘𝑚 + 𝑗𝑏𝑘𝑚

𝑃𝑘𝑚 = 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 2 𝑔𝑘𝑚 − 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 + 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sin 𝜃𝑘𝑚

𝑄𝑘𝑚
𝑠ℎ
= − 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 2 (𝑏𝑘𝑚 +𝑏𝑘𝑚 ) − 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 − 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 sin 𝜃𝑘𝑚
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

➢ Transformador defasador puro

Ep I km
t e j
 p  k    t  e
*  j

Ek I mk
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

I km  t Ykm Em  E p 
*
I km  t Ykm Em  tEk 
*

 
I km  Ykm Ek   t Ykm Em
*

I mk  Ykm Em  E p  I mk  Ykm Em  tEk 

I mk   tYkm Ek  Ykm Em


➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

I km  t Ykm Em  E p 
*
I km  t Ykm Em  tEk 
*

 
I km  Ykm Ek   t Ykm Em
*

I mk  Ykm Em  E p  I mk  Ykm Em  tEk 

I mk   tYkm Ek  Ykm Em


➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

𝑃𝑘𝑚
= 𝑉𝑘 2 𝑔𝑘𝑚 − 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚 + 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sin 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚

𝑄𝑘𝑚
𝑠ℎ
= − 𝑉𝑘 2 (𝑏𝑘𝑚 +𝑏𝑘𝑚 )
− 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚 − 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 sin 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚
➢ Equação de Fluxo de Potência em Transformadores:

➢ Expressões Gerais dos Fluxos:


➢ Potência Ativa:
𝑃𝑘𝑚
= 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 2 𝑔𝑘𝑚
− 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚 + 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sin 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚
➢ Potência Reativa:
𝑄𝑘𝑚
𝑠ℎ
= − 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 2 (𝑏𝑘𝑚 +𝑏𝑘𝑚 )
− 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚 − 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 sin 𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Seja o sistema elétrico com o seguinte diagrama de admitâncias:

yij  g ij  jbij
-são as admitâncias dos ramos i-j
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Seja o sistema elétrico com o seguinte diagrama de admitâncias:

Ei (i  1,2,3,...,5)
- são as tensões de cada nó elétrico, em
relação a referência comum (terra)
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Seja o sistema elétrico com o seguinte diagrama de admitâncias:

I i (i  1,2,3,..., 5)

- são as correntes injetadas (injeção de corrente) nos nós 1, 2, 3, 4 e 5.


➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Seja o sistema elétrico com o seguinte diagrama de admitâncias:

iij
- são as correntes que circulam nos ramos i-j
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Para cada ramo i-j, pode-se escrever a lei de Ohm como:


1
Eij  Ei  E j  iij
yij
➢ Logo:
i12  ( E1  E2 ) y12
i23  ( E2  E3 ) y23
i24  ( E2  E4 ) y24
i25  ( E2  E5 ) y25
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Pode-se relacionar as injeções de corrente com as correntes nos ramos,


utilizando a lei de Kirchoff para as correntes:

I1  i12
I 2  i23  i24  i25  i12
I 3  i23
I 4  i24
I 5  i25
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Substituindo-se os valores calculados para as correntes iij,tem-se:

I1  ( E1  E2 ) y12
I 2  ( E2  E3 ) y23  ( E2  E4 ) y24  ( E2  E5 ) y25  ( E1  E2 ) y12
I 3  ( E2  E3 ) y23
I 4  ( E2  E4 ) y24
I 5  ( E2  E5 ) y25
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Arrumando estas expressões resulta em:

I1  y12 E1  y12 E2
I 2   y12 E1  ( y12  y23  y24  y25 ) E2  y23 E3  y24 E4  y25 E5
I 3   y23 E2  y23 E3
I 4   y24 E2  y24 E4
I 5   y25 E2  y25 E5
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Colocando-se esses resultados na forma matricial, obtém-se:


 I1   y12  y12 0 0 0   E1 
     
I
   12
2
 y ( y12  y23  y24  y25 )  y23  y24  y25   E2 
I3    0  y23 y23 0 0   E3 
    
I 4   0  y24 0 y24 0   E4 
 I   0  y25 y25   E5 
 5 0 0
I Y E
➢ Onde: 𝑌ത matriz de admitâncias nodais, de dimensão nxn, onde n é o
número de nós elétricos da rede elétrica.
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Montagem da Matriz de Admitâncias por inspeção:

✓ Elementos da Diagonal Principal: São dados pela soma de todas as


admitâncias conectadas ao nó em questão;

✓ Elementos fora da Diagonal Principal: São dados pela admitância ( ou pela


admitância equivalente, no caso de existir mais de uma) conectada entre
os nós em questão, com o sinal negativo.
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Montagem da Matriz de Admitâncias por inspeção:

 y12  y12 0 0 0 
 y ( y  y  y  y )  y  y  y 
 12 12 23 24 25 23 24 25 

 0  y23 y23 0 0 
 
 0  y24 0 y24 0 
 0  y25 0 0 y25 
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Características da Matriz de Admitâncias:


1. É simétrica. Perde a simetria quando a rede elétrica a ser representada
tem transformador defasador;
2. É esparsa, ou seja, apresenta um elevado número de elementos nulos.
Para grandes sistemas elétricos, valores típicos de esparsidade são em
torno de 99%;

3. Técnicas de armazenamento esparso são empregadas quando se trabalha


com a matriz Y, para grandes sistemas elétricos Por exemplo, a matriz A
pode ser representada de forma esparsa como:
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Características da Matriz de Admitâncias:

➢ Técnica de esparsidade:

0 0 1 0 VAL IL IC
3 
1 0 0 1 1 3
A 3 2 1
0 0 3 0 1 2 2
 
0 0 0 0 3 3 3
➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Grau de esparsidade: Porcentagem de elementos nulos de uma matriz:

𝑁𝐵2 − (𝑁𝐵 + 2 × 𝑁𝑅)


𝐺𝐸 = 2
× 100%
𝑁𝐵

➢ NB: Número de Barras;

➢ NR: Número de Ramos (Linhas de Transmissão e Transformadores).


➢ Matriz de Admitâncias Nodais

➢ Por exemplo: Considere uma rede com 1663 barras e 2349 ramos
(baseada no sistema Sul/Sudeste/Centro-Oeste brasileiro). A matriz de
admitâncias Y terá a seguinte estrutura:

𝑁𝐵2 − (𝑁𝐵 + 2 × 𝑁𝑅)


𝐺𝐸 = 2
× 100% = 99,77%
𝑁𝐵
Fluxo de Carga – Método de Newton

214
Método de Newton-Raphson
➢ Tem como objetivo estimar as raízes de uma função.
𝑓(𝑥𝑛 )
➢ De uma maneira geral: 𝑥𝑛+1 = 𝑥𝑛 − 𝑓′ (𝑥 )
𝑛

𝑓(𝑥𝑛 )
➢ Ou ainda: 𝐷 = − 𝑓′(𝑥 )
𝑛

➢ Com: 𝐷 = 𝑥𝑛+1 − 𝑥𝑛
➢ Quando o valor absoluto de 𝐷 é menor do que um erro desejado, a
solução do problema é encontrada. Caso contrário, fazer 𝑥𝑛+1 = 𝐷 +
𝑓(𝑥𝑛 )
𝑥𝑛 e recalcular 𝐷 através da equação 𝐷 = − 𝑓′ (𝑥 )
𝑛
Método de Newton Newton-Raphson

➢ Exemplo 41: Calcular as raízes de 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 19, com 𝑥1 = 3 e


𝑒𝑟𝑟𝑜 = 0,001.
𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 19
𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 2

𝑓(𝑥𝑛 )
𝐷=− ′
𝑓 (𝑥𝑛 )

𝑥𝑛3 − 19
𝐷=−
3𝑥𝑛2
Método de Newton Newton-Raphson – Múltiplas
Variáveis
➢ O Método de Newton-Raphson é uma poderosa ferramenta para
resolvermos problemas com mais de uma variável, com equações do
tipo 𝐴𝑥 = 𝑏, em que 𝑥 e 𝑏 são vetores e 𝐴 é uma matriz. Dessa
maneira:
𝑓1 𝑥1 , … , 𝑖 = 0

𝑓𝑖 𝑥1 , … , 𝑥𝑖 = 0

➢ Podemos analisar esse sistema de equações de na forma vetorial,


definindo o vetor 𝐹(𝑥), tal que:
Método de Newton Newton-Raphson – Múltiplas
Variáveis
➢ Podemos analisar esse sistema de equações de na forma vetorial,
definindo o vetor 𝐹(𝑥), tal que:
𝑓1 𝑥1 , … , 𝑥𝑖
𝐹 𝑥 = ⋮
𝑓𝑖 𝑥1 , … , 𝑥𝑖

➢ Assim, a formulação geral do método fica:


𝐹 𝑥 𝜕𝑓1 𝜕𝑓1
𝐷=− ′  𝐷 = −𝐹 ′ 𝑥 −1 𝐹 𝑥
𝐹 𝑥 …
𝜕𝑥1 𝜕𝑥𝑖
1 1
➢ Com: 𝑥𝑛 𝑥𝑛−1 𝐹′ 𝑥 = ⋮ ⋱ ⋮
D= ⋮ − ⋮ 𝜕𝑓𝑖 𝜕𝑓𝑖
𝑖 …
𝑥𝑛𝑖 𝑥𝑛−1 𝜕𝑥1 𝜕𝑥𝑖
Método de Newton Newton-Raphson – Múltiplas
Variáveis
➢ Exemplo 42: Determine as raízes para o sistema, com uma tolerância
de 0,001:

𝑥 2 + 𝑦2 = 4
൝ 2
𝑥 − 𝑦2 = 1

➢ 1º Colocar o sistema na forma 𝑓 𝑥1 , … , 𝑖 = 0:


𝑓1 𝑥, 𝑦 = 0 𝑥 2
+ 𝑦 2
−4
 𝐹 𝑥 = 2
𝑓2 𝑥, 𝑦 = 0
𝑥 − 𝑦2 − 1
➢ 2ª Determinar o vetor de derivadas
𝜕𝑓1 𝜕𝑓1
′ 𝜕𝑥 𝜕𝑦 2𝑥 2𝑦
𝐹 𝑥, 𝑦 = =
𝜕𝑓2 𝜕𝑓2 2𝑥 −2𝑦
𝜕𝑥 𝜕𝑦
Método de Newton Newton-Raphson – Múltiplas
Variáveis
➢ Exemplo 43: Determine as raízes para o sistema, com uma tolerância
de 0,001:
𝑥 2 + 𝑦2 = 4
൝ 2
𝑥 − 𝑦2 = 1

➢ 3º Desenvolver o algoritmo no MatLab, considerando 𝑥1 = 𝑦1 = 1

𝑥 2 + 𝑦2 − 4 2𝑥 2𝑦
𝐹 𝑥 = 2 𝐹′ 𝑥, 𝑦 =
𝑥 − 𝑦2 − 1 2𝑥 −2𝑦
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ O método de Newton-Raphson é aplicado para a resolução do
Subsistema 1 (S1) sendo dado por:

➢ De acordo com o algoritmo de Newton-Raphson deseja-se


determinar o vetor das correções ∆𝑥 , o que exige a resolução do
sistema linear dado por:
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga

➢ Onde:
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Como 𝑃𝑒𝑠𝑝 e 𝑄 𝑒𝑠𝑝 são constantes:
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Método de Newton para fluxo de carga:

➢ Considerando que 𝑃𝑘 e 𝑄𝑘 são dadas pelas equações abaixo,


podemos definir as matrizes H, N, M e L conforme segue:
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Algoritmo:
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Algoritmo:
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Exemplo 44: Utilizando o método Newton, determinar a solução do
problema do fluxo de carga correspondente ao sistema elétrico de
duas barras da abaixo, considerando uma tolerância 𝜀𝑃 = 𝜀𝑄 =
0,001.
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Exemplo 45: Utilizando o Método de Newton-Raphson, determinar a
solução do fluxo de carga da rede elétrica da figura abaixo. Utilizar
uma tolerância 𝜀 = 0,001 e as condições iniciais 𝜃10 = 𝜃30 = 0 rad e
𝑉10 = 1 pu.
Método de Newton Newton-Raphson – Fluxo de Carga
➢ Exemplo 45: Dados de barras e de ramos
Método de Newton Desacoplado

➢ Baseiam-se no desacoplamento 𝑃𝜃 - 𝑄𝑉 , ou seja, são obtidos


𝜕𝑃Τ 𝜕𝑄
considerando-se o fato de as sensibilidades 𝜕𝜃 e ൗ𝜕𝑉 serem mais

intensas que as sensibilidades 𝜕𝑃Τ𝜕𝑉 e 𝜕𝑄ൗ𝜕𝜃.

➢ É verificado para linhas de EAT e UAT;

➢ O desacoplamento possibilita a adoção de um esquema de resolução


segundo o qual os subproblemas 𝑃𝜃 e 𝑄𝑉 são resolvidos alternadamente:
na resolução do 𝑃𝜃 são utilizados os valores atualizados de 𝑉 ; na
resolução de 𝑄𝑉 são utilizados os valores atulizados de 𝜃.
Método de Newton Desacoplado

➢ O algoritmo básico do método de Newton, pode ser colocado na forma:

➢ Ignorando os termos 𝑁∆𝑉 e M∆𝜃 (Primeira etapa)


Método de Newton Desacoplado

➢ A recorrência dada pelas equações ainda está colocada na forma


simultânea, isto é 𝜃 e 𝑉 são atulizados ao mesmo tempo. A segunda
etapa da obtensão do método desacoplado consistem em se aplicar o
esquema de reolução alternado, ou seja:
Fluxo de Carga CC

➢ O fluxo de potência ativa em uma linha de transmissão é


aproximadamente proporcional à abertura angular na linha e se desloca
no sentido dos ângulos maiores para os ângulos menores;

➢ A relação entre os fluxos de potência ativa e as aberturas angulares é do


mesmo tipo da existente entre os fluxos de corrente e as quedas de
tensão em um circuito de corrente contínua, para a qual é válida a Lei de
Ohm;

➢ Essa propriedade possibilita o desenvolvimento de um modelo


aproximado, chamado de fluxo de carga CC
Fluxo de Carga CC

➢ O fluxo de carga CC é baseado no acoplamento entre as variáveis 𝑃 e 𝜃 e


apresenta resultados tanto melhores quanto mais elevado o nível de
tensão;

➢ Além disso, o mesmo tipo de relação válida para linhas de trasmissão


pode ser estendido tambpem para transformadores em fase e
defasadores;

➢ O modelo CC não é aplicável para sistemas de distribuição em baixa


tensão.
Fluxo de Carga CC

➢ O modelo CC não leva em conta as magnitudes das tensões nodais, as


potências reativas e os taps dos transformadores. Por essa razão, ele não
pode substituir por completo os métodos não-lineares de fluxo de carga,;

➢ Contudo, esse método tem grande utilidade em fases preliminares de


estudos que exigem a análise de um grande número de casos, em
estudos de planejamento, dentre outros.
Fluxo de Carga CC

➢ Linearização:
𝑃𝑘𝑚 = 𝑉𝑘2 𝑔𝑘𝑚 − 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 − 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sen 𝜃𝑘𝑚
𝑃𝑚𝑘 = 𝑉𝑚2 𝑔𝑘𝑚 − 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 + 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sen 𝜃𝑘𝑚

➢ Se consideramos que 𝑔𝑘𝑚 = 0 (desprezar as perdas). Então:


𝑃𝑘𝑚 = −𝑃𝑚𝑘 = −𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sen 𝜃𝑘𝑚

➢ Outras considerações ainda podem ser introduzidas:

−1
𝑉𝑘 ≅ 𝑉𝑚 ≅ 1 𝑝𝑢; sen 𝜃𝑘𝑚 ≅ 𝜃𝑘𝑚 ; 𝑏𝑘𝑚 ≅
𝑥𝑘𝑚
Fluxo de Carga CC

➢ O fluxo 𝑃𝑘𝑚 pode, então, ser aproximado por:

−1 𝜃𝑘 − 𝜃𝑚
𝑃𝑘𝑚 = 𝑥𝑘𝑚 𝜃𝑘𝑚 =
𝑥𝑘𝑚

Para transformadores em-fase:


𝑃𝑘𝑚 = (𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 )2 𝑔𝑘𝑚 +

− 𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 𝑉𝑚 𝑔𝑘𝑚 cos 𝜃𝑘𝑚 +

−(𝑎𝑘𝑚 𝑉𝑘 )𝑉𝑚 𝑏𝑘𝑚 sen 𝜃𝑘𝑚


Fluxo de Carga CC

➢ Desprezando as perdas e introduzindo as aproximações, temos:


−1
𝑃𝑘𝑚 = 𝑎𝑘𝑚 𝑥𝑘𝑚 𝜃𝑘𝑚

➢ 𝑎𝑘𝑚 pode ser aproximado por 𝑎𝑘𝑚 ≅ 1, com isso a expressão do fluxo de
potência ativa no transformador se reduz à expressão válida para linhas
de transmissão:

−1 𝜃𝑘 − 𝜃𝑚
𝑃𝑘𝑚 = 𝑥𝑘𝑚 𝜃𝑘𝑚 =
𝑥𝑘𝑚
−1
Para um defasador puro: 𝑃𝑘𝑚 = 𝑥𝑘𝑚 (𝜃𝑘𝑚 + 𝜑𝑘𝑚 )
Fluxo de Carga CC

➢ Formulação matricial (𝑃 = 𝐵′ 𝜃)

−1
𝑃𝑘 = ෍ 𝑃𝑘𝑚 = ෍ 𝑥𝑘𝑚 𝜃𝑘𝑚 (𝑘 = 1. . . 𝑁𝐵)
𝑚𝜖Ω𝑘

−1 −1
𝑃𝑘𝑚 = ෍ 𝑥𝑘𝑚 𝜃𝑘 + ෍ −𝑥𝑘𝑚 𝜃𝑚

➢ Que, por sua vez, pode ser colocada em uma representação matricial do
tipo: 𝑃 = 𝐵 ′ 𝜃
Fluxo de Carga CC

➢ 𝑃 = 𝐵 ′ 𝜃:

➢ Em que:

𝜃 - vetor dos ângulos das tensões nodais 𝜃𝑘 ;

𝑃 - vetor das injeções líquidas de potência ativa;

𝐵 ′ - matriz do tipo admitância nodal e cujos elementos são:


−1
𝐵′𝑘𝑚 = −𝑥𝑘𝑚

−1
𝐵′𝑘𝑘 = ෍ 𝑥𝑘𝑚
𝑚𝜖Ω𝑘
Fluxo de Carga CC

➢ A matriz 𝐵′ é singular, pois, como as perdas de transmissão foram


desprezadas, a soma dos componentes de 𝑃 é nula, ou seja, a injeção de
potência em uma barra qualquer pode ser obtida a partir da soma
algébrica das demais. Para resolver esse problema, elimina-se uma das
equações do sistema 𝑃 = 𝐵′ 𝜃 e adota-se a barra correspondente como
referência angular (𝜃𝑘 = 0).

➢ Dessa forma, o sistema passa a ser não-singular com dimensão NB-1 e os


ângulos das NB-1 barras pode ser determinados a partir das injeções de
potência especificadas nessas NB-1 barras.
Fluxo de Carga CC

➢ Exemplo: Calcular os ângulos das barras e os fluxo de potência ativa nas


linhas do sistema (a barra 1 é a barra de referência):

Você também pode gostar