Você está na página 1de 84
cea OAT COR Peete ec Armadilhas podem dificultar estabelecimento fea e (el) LeU Transplante de f folcel-foe-anl rete lo) pela industria do Trabalho Lele Tolan ico iceice} wus oso oe Tl) FV ess iiale-[oy da Portaria OU cel ny aNYA-) 7x01 VA se roc) com a protecao de dados nas (reefer Ig lanipulacao eleitoral e.a responsabilidade legal sobre a dissemina¢ao de noticias falsas PARA ESTUDAR BLOCKCHAIN DUE DILIGENCE ae Apolicia secreta de Hitler wy Imagens legais TREDAGNO | IMAGENS SHUTTERSTOCK FATOS, CONTEXTOS © MOMENTOS DO BRASIL Brasil tem mais de 86 mil pedidos de refugio em tramitacao a® Brasil tem mais de 86 mil pedidos de reconhecimento de refiigio acumulados (dados de abril), se gundo dados do relatério Refi gio em Nimeros, do Comité Nacional para 6 Refugiados (Conare). Em todo © mundo, existem mais de 2,8 milhdes de solicitagoes semelhantes e 22,5 milhdes de pessoas jé con- sideradas refugiadas. No Brasil, a nacionalidade com 0 maior aimero de solicitagdes em tramite ¢ a vere zuelana (3%). Até agora, apenas 18 venezue- AT eer) Prec) er rcs lanos foram reconhecidos nesta condigao, sendo quatro em 2015 ¢ 14m 2016. Em geral, essa populacdo ¢ tratada como imigeante, Isto porque, segundo a legislacio brasileira, sio refugiados apenas aquelas pessoas que tem «que sair de seu pais de origem devido a perse- guigao politica ou religiosa. (© Ministério da Justiga explica que 0 cres- cimento de pedidos deve-se a crise naquele pais € que a abordagem dada aos cidaddos venezuelanos ainda ndo foi definida pelo go- verno federal. Wi Minuta aa mors CAPA Especialistas refletem sobre o papel da disseminacao de noticias falsas na realidade empresarial e politica brasileira ESPECIAL As prin ceracter NEGOcIOS S motives para contratar sagultoria juriica 26 socrEDADE elinterpretacSo extensiva Dy oy Ue Destaque Senha de celular durante abordagem policial Recentemente, os ministros da 52 Turma do ST} (Superior Tribunal de Justiga), decidiram, por unani- midade, em julgamento do Habeas Corpus 89.981, que 0 acesso a con- versa do WhatsApp nao autorizado pela justiga, para obtengao de pro- va, éilegal. © caso deste HC teve inicio, quando uma mulher chamou a po- licia, pois desconfiou da atitude sus- peita de um individuo, que estacio- nara um veiculo em frente a sua re- sidéncia. Com a chegada da policia, esta moradora informou a placa do cart0, que foi localizado pelos poli- ciais, em um posto de gasolina, Na abordagem, os individuos que estavam no veiculo, foram conduzi- dos até a delegacia. La chegando, os policiais tiveram acesso as mensagens do celular de um deles, nas quais, feram passadas informagdes. sobre imveis que seriam furtados. ‘Ao analisar 0 acesso a estas men- sagens, sem previa autorizagéo ju dicial, 0 Ministro relator Reynaldo Soares da Fonseca, decidiu que, hou ve efetivamente a violagao dos da- dos armazenados no celular, 0 que & vedado pelo inciso X do artigo $* da Constituigio Federal. Assim, de- terminou o desentranhamento das conversas pelo WhatsApp dos autos, © advogado criminalista, Dr Luiz Augusto Filizzola D'Urso, que é Presidente da Comissio de Estudos de Cibercrimes da ABRACRIM (As- sociagio Brasileira dos Advogados Criminalistas), pondera que “esta PROFISSIONAIS BRASILEIROS [in QUEREM TRABALHAR FORA DO PAIS De acordo com dados da 3° adig50 do Indice de Confianca Robert Half (ICRH), 32% dos profissionais empre: ‘gados tém buscado oportunidades de tWabalho fora do Pals. Entre os desem- pregados, © percentual cai para 30%. as chances de emprego aumentam consideravelmente quando os pro- fissionais se mostiam abertos a ouvir (© que 0 mercado tem a oferecer, seja com relagdo ao modelo de trabalho ~ permanente ou temporério -, com a Cidade ou pals de atuag30 cu quanto 20 pacote de beneficios. Aos que atu ‘am em multinacionais, @ orientacso 6 aprender o idioma do pals sede da Companhia e verficar com a rea de Re cursos Humanos a existencia de planos de intercimbio e quais 0s crtérios para perticipacao’ explica Isis Borge, gerer re de recrutamento da Robert Half, A terceira edicio do Indice de Con: fianca Robert Half entrevistou 387 pro fissionais empregados e 387 desempre: sgados qualificados (com idade igual ou superior 2.25 anos de idade e nivel su perior completo}, de diferentes regioes do Brasil. A sondagem aconteceu entre 05 dias 9 de janeiro e 9 de fevereiro de 2018, O estudo esté disponivel para download gratulto no site da empresa (link: httosy/mwwisoberthalfcom.br/ Indice-confianca). decisio deve servir de parametro, para todos os casos nos quais tenha ocortido 0 acesso, nao autorizado ju- dicialmente, aos celulares’. O advogado sustenta que “0 aces- s0 indevido a0 contetido do celular para a colheita de provas, néo pode ocorrer sem ordem judicial, todavia, caso ocorra, essa prova colhida deve ser tratada como ilegal” Dr. Luiz Augusto D’Urso escla- rece ainda que “antigamente, todos nossos documentos € informagtes estavam arquivados em nossas resi- déncias, sendo estas protegidas pela inviolabilidade do lar (inciso XI do artigo 5° da Constituigo Federal). Hoje, quase todas as informagoes documentos migraram para os ce- lulares, assim, devemos ter a mesma protegio constitucional em relagio as informagdes armazenadas em ‘nossos smartphones, também consi- derando-os inviolveis’ OMS Ex Visdo do cliente J sanaruaxxporeomansosa Pagamento sem contato Um mercado em transforma¢ao para gerar mais conveniéncia e seguranca mercado de meios de pagamen- to esté aquecido e promete uma série de transformagies nos pré- ximos anos, impulsionado pelos dispositivos conectados que devem chegar, se- sgundo o Gartner, a 20 bilhies até 2020. Neste cenétio de oportunidades, as tecnologias sem contato (contactless) devem crescer para ofe- recer mais conveniéncia, seguranga e agilida- de nas transagoes. Atualmente, encontramos cartes com NEC (Near Field Communication), tecnolo- sia que permite a troca de informacoes entre dispositivos sem a necessidade de cabos ou fios, apenas com 2 aproximacio fisica, 0 que torna a compra muito mais rpida, além de acabar com as filas nos pontos de venda. ‘A gigante Apple langou essa semana, no Brasil, seu servigo de pagamento, 0 Ap- ple Pay. O Pais ¢ o primeiro na América La- tina e 0 21° no mundo a receber a funcio- nalidade langada ha trés anos nos Estados Unidos. Com 0 Apple Pay, 0 consumidor pode realizar pagamentos no varejo fisico usando 0 celular ou 0 Apple Watch no Iu gar do cartio, Pode-se, também, pagar com- ras em lojas e aplicativos, nos moldes de carteiras virtuais como PayPal ¢ PagSeguro. SOLUGGES Com o aumento dos terminais sem conta: to, dispositivos méveis e roupas inteligentes poderdo ser utilizados, cada vez mais, como meios de pagamento, 0 que certamente pro- vyocard uma revolucdo no varejo, que precisa se adaptar a essa nova forma de se relacionar com o cliente final Hoje, algumas redes que trabalham com © modelo de venda direta jé realizam parce- rias com as empresas de pagamento. Para os Iojistas de pequeno e médio porte, as fintechs estdo fornecendo solugdes independentes e mais econdmicas para simplifcar e integrar processos de ponta a ponta. Nos Estados Uni dos, a expectativa de algumas consultorias & de que mais da metade das empresas accita- rio meios de pagamento sem contato até 0 final deste ano. Outro setor que tende a se beneficiar com as solugses contactless € transporte pili co. A Visa, por exemplo, pretende langar no Brasil, ainda este ano, o sistema que permite pagar as passagens com cartdo de crédito, dé- bito e até com celular. Conhecida como Mass ‘Transport Transaction (MTT), a tecnologia consiste em colocar chips nos leitores de bi Ihetes de Onibus, metrOs e trens para que os cartdes Visa também sejam aceitos. A leitura dos dados realizada simplesmente com a aproximago. Em operagio no metré de Lon- dres desde 2014, o pagamento sem contato jé superou a utilizagio do cartdo de transporte local, segundo a empresa TECNO ‘A Mastercard também oferece este tipo de tecnologia implementada, no final do ano passado, em frotas inteiras de Jundiai (SP), considerada a primeira cidade a oferecer esse meio de pagamento em todos os Onibus da cidade. A parceria permite que os usuérios dos transportes piblicos utilizem os cartées Mastercard sem contato ¢ carteiras digitais de celulares para pagarem suas passagens diaria- mente nas catracas. A transformacio digital tao presente nesta rea de meios de pagamento coloca o setor ‘num momento privilegiado, em que solugdes contactless tendem a ocupar um espaco de destaque, além de incentivar 0 surgimento de novas tecnologias para complementar este ecossistema dinamico de inovagto. As transa- ‘0es digitais vieram para ficar ¢ impulsionar as relagbes de compra ¢ venda de uma forma mais amigavel e transparente. VI Due Diligence: a importancia de ir além das tradicionais analises financeiras Al Ss esde 0 inicio do ano, com a reto- mada da economia e de investi- ‘mentos, estamos percebendo que muitas empresas estao realizando ou planejando realizar iniciativas de exesci- mento dos seus negécios, por meio de reestru- turagdes ou por fusdes & aquisigdes (M&A). Quando uma empresa opta por iniciar um. processo de fustio ou aquisicao como estraté= gia de expanséo, uma etapa imprescindivel do Pré-M&A é 0 due diligence (do ingles, di- ligencia prévia). Esse processo & um conjunto de atos investigativos financeiros e operac nais que deve set realizado pelo interessado em adquirir uma empresa, mas que também pode ser feito por quem esta interessado em vender o negocio. No nosso pais pratica-se muito o due di- ligence financeiro, razio pela qual a maioria dos emptesarios tem 0 equivoco de que esse processo s6 € aplicivel dentro dessa esfera. O foco deste texto € ampliar seu campo de visio € mostrar © quanto o due diligence opera~ ional é importante e traz a possibilidade de ‘maior assertividade nas negociabes de M&A. Uma série de questoes devem ser anali- sadas antes da conclusao do negécio, como por exemplo: + Qual o nivel de servigo e eficiéncia da opera- ‘do logistica das empresas envolvidas? Quais ‘os ganhos com a integracio dos modelos? + Qual a estratégia comercial (modelo de abastecimento, cobertura de estoque, po- liticas de pricing, politicas de comissiona- mento, etc.) que melhor atende a operagio futura? Quais os ganhos com a padroniza- do dos modelos? + Qual a arquitetura de TI das partes, os siste- mas core e satélites? Quais os mais adequa- dos para a operagao Futura, quais custos € ganhos temos em uma eventual padroniza- ‘20 dos sistemas em ambas as operagses? + Quanto tempo pararealizaressasintegragées? Assim, & importante dizer que a essén- cia de um due diligence operacional é a de conhecer, em detalhes, a real situasao que muitas vezes nao sio aparentes, da atuagio da empresa para que as partes envolvidas te- ‘nham capacidade de avaliar e mensurar os ris cos atrelados ao negécio. Neste caso, 0s levan- tamentos e anilises normalmente sao focados nas engrenagens das éreas de OperagOes, Lo- sgistica, TI, Administrativa, Comercial e Recur- sos Humanos, ou seja, tudo aquilo que move a empresa, Da para imaginar um processo de fusio e aquisigao com alta possibilidade de sucesso, sem ter clareza das oportunidades necessidades dessas nuances para a integra- ‘io das organizagoes? Impossivel! ‘© momento da due diligence é 0 perio- do onde sao confirmadas ¢ refinadas algunas premissas adotadas na fase de prospeccao, a partir de uma anélise mais profunda dos da- dos de cada uma das partes. Transagies como essa sempre envolvem estimativas de ganhos cde margem relacionadas a oportunidades de sganho de escala e eficiéncia na operagio do negécio que sao determinantes parao dimen- sionamento mais adequado do retorno do investimento e, consequentemente, para 0 su- Lei 8.078/1990), o que, além de vir em muito boa hora (basta conferir, por exemplo, o vertiginoso crescimento do niimero das reclama- es de pessoas irritadas com tais ligagdes no site Reclame Aqui ou no Procon-SP), certamente trara mais seguranga juridica para os consumidores ¢ até mesmo para as proprias empresas que praticam 0 telemarketing ativo. Para os consumidores, porque poderdo exigir dessas empresas perante suas centrais de atendi- ‘mento ou mesmo em sede administrativa ou judi- s adquirentes de um novo imé- vel costumam ouvir uma palavra quando chega 0 momento do re- cebimento da unidade adquirida, denominada Habite-se, que é concedido pela prefeitura da cidade onde o empreendimen- to imobilidrio encontrase localizado. Esse documento, que ¢ emitido tanto para prédios recém-construidos como para aqueles que ppassam por reformas, atestando que o edificio. esté pronto para receber seus ocupantes, ou seja, é uma certiddo que autoriza o imével re- ccém-construido ou reformado a ser ocupado. O documento habite-se dé uma seguranga, que 0 imével foi construido dentro das nor- ‘mas que foram estabelecidas pela prefeitura Ea prefeitura que aprova ou nao a construgio de qualquer imével. Habite-se nao garante a qualidade. Este documento nao pode ser considerado um certificado de garantia de que a construcio foi feita seguindo as normas de engenharia e arquitetura, e também nao atesta a seguranca ea qualidade. Importante informar, que quando se ini cia a obra, é de responsabilidade do constru- tor levar seu projeto a prefeitura, através de requerimento padrio, com a conclusio das fundagoes e do projeto da obra. A vistoria do imével somente podera ser requerida em edi- ficagées totalmente concluidas (incluem-se os acabamentos) e seu agendamento dependeré da disponibilizagao de horério da prefeitura Durante o processo de vistoria, alguns do- ‘cumentos precisam estar disponiveis, a saber: (a) Requerimento padrao; (b) comprovan- te de pagamento da taxa de vistoria; (c) ART de execusio; (d) indicagao da area de cada io das éreas de uso co- mum construidas; (Q) NBR 12721 = QUI; (g) alvaré PCCI (caso exista prevengao de incén- dio); comunicacio de instalacdo de elevado- res (se for 0 caso); comunicagdo de instalacao de elevadores; declaragao do RT (Art, 5° Dec, 14994/08). Apésa vistoria, o proprietério ou o respor save ird ser informado dos itens a serem aten- didos através do Boletim de Vistoria, Ato con- tinuo, apds 0 atendimento de todos os itens, inclusive liberagdo através de recurso, poderé ser solictado 0 agendamento de nova vistoria. Com a aprovacio inicial, poderi dar inicio A construgao, € ao término da obra a prefeitu- ra deverd secertificar de que o projeto previa- mente aprovado foi seguido. Caso 0 projeto para construgdo de um imével seja aprovado pela prefeitura, € por- que © mesmo obedeceu a legislagéo local € apés a liberacdo do alvara a construgto pode ser iniciada Ressalta-se, que se o plano inicial for modi- ficado, nos casos em que as obras foram cons- truidas em desacordo com o projeto inicial, ever’ ser apresentada novo projeto,contendo ascaracteristicas exatas da obra final,eaconse- ‘quéncia sera a morosidade na obra. ANALISE Em algumas situagdes o requerente tera ‘que apresentar recursos e/ou esclarecimentos, far-se-d necessario que o recurso seja elabo- rado com clareza e citando todos os itens re- ferentes ao resultado do boletim de vistoria. Os documentos deverdo ser assinados pelo responsavel da obra. Neste caso, dependera de uma nova aprova- ‘0 do projeto, tendo em vista que a carta nao serd concedida e haverd nevessidade de realizar ‘orequerimento de regularizagio novamente. esse sentido, ao ser concedido o Habite- se, 0 proprietério tem a garantia que a cons- trugao seguiu corretamente tudo 0 que estava previsto no projeto aprovado, tendo cumprido a legislagio que regula 0 uso e ocupagio do solo urbano, tespeitando os parimetros legais ‘quanto a érea de construgdo eocupagao doter- reno, Sea construgio atingiu o nivel para emis- so do habite-se,o proprietério tera que iraté o ‘rgio competente da prefeitura e providenciar uma vistoria € constatarse 0 que foi construido retrata 0 projeto aprovado inicialmente, ‘Além de cometer um equivoco, o proprie- tario que muda para um imével que nao re- cebeu a devida autorizagdo da prefeitura, ele ainda esté sujeito & multa, em fungao do Ha- bite-se nao ter sido liberado, Insta salientar, por oportuno, que sem a liberagio do habite-se, nao ha garantia do término da obta pela construtora ¢ nem sem- pre 0 dinheiro investido € recuperado. Além disso, frisa-se, que iméveis que ndo possuer 0 Habite-se sto considerados irregulares. Parecer Relevante esclarecer, que 0 IPTU nao si- naliza a regularidade do imével. No caso de pretensio em adquirir o imével, importante exigir o memorial da obra e a liberagio do habite-se, tendo em vista que a falta desses documentos provavelmente trata-se de uma construgdo irregular. Se o imével jé esta pronto, o Habite-se € condigao indispenséivel para @ concessio de financiamento pelo SFH (sistema financeiro da habitagao), e também para averbacio da construgio junto ao Cartério de Registro de Iméveis, sem ele a construgio nao existe no mundo jurfdico, sendo imposstvel ao proprie- trio exercer os seus direitos de forma plena. Sendo impossivel ou incluir a propriedade tem heranga, nao ser possivel a constituigao de condominio legal, além de desvalorizar 0 valor do bem. No caso de estabelecimentos comerciais, a falta dessa certidéo impede que o proprie- tario consiga perante os Srgios publicos 0 alvaré de funcionamento. REQUISITOS Da parte do constrator, este tem que cum- prir uma série de requisitos para obtencéo do Habite-se, antes de dar entrada no pedido de concessdo, como os atestados das concessio- narias de agua e energia elétrica e do Corpo de Bombeiros, que comprovam a correta fun- cionalidade das instalagGes hidréulicas, sani- tirias, elétricas ¢ de combate a incéndio. ‘Apés a solicitacio, devera aguardar a vis- toria, onde sera checado se 0 prédio foi cons- truido segundo o projeto inicialmente apro- vado, © que pode resultar no indeferimento, caso nao tenha sido executado corretamente. Ou seja, 0 Habitese mio € mais uma exigéncia da burocracia brasileira, o documento relacionase diretamente 4 seguranga dos futuros moradores, uma vez que instalagdes elétricas inadequadas ou instalagdes de combate a incéndio insuficientes podem resul- tar em futuros incicentes, que resultarao em ameaca a integridade dos ocupantes. Segundo 0 Presidente da Associagao Bra- sileira dos Mutuérios da Habitagio, para aqueles que adquiriram o imével na planta, co comreto é aguardar a expedigio do habite-se para receber as chaves, nesse caso, a recusa, & plenamente justificivel, e também um dever do comprador. Até li, se houver atraso na data prometida, a responsabilidade & do cons- trutor, “que deverd - inclusive ~ indenizar 0 adquiremte em valor que corresponda, no mi nimo, a 1% da avaliagdo atual do imével, por cada mes de atraso na entrega. © prazo comumente acordado entra as partes é de 180 dias. Sabemos que para tal de- longa se faz necesséria a ocorréncia de casos fortuitos ou de forca maior e, naquele caso em questi 0 julgador sabiamente disp6s que si tuagdes inerentes @ rotina de construgio, tais como perfodos de chuva e atraso na entrega de materia, ndo justificam a delonga para entregar a moradia ao consumidor, uma vez que por serem recorrentes, 0 planejamento administrative da empresa jé deveria contar com tais situagoes, Vale lembrar que estamos tratando de uma relago de consumo (construtora ¢ comprador do imével), ¢ dessa forma, 0 fornecedor do servigo responde objetiva- ‘mente pelos danos causados aos consumi- dores, por defeitos relativos & prestagio dos servigos bem como por informagoes insufi- cientes ou inadequadas sobre sua fruigao e riscos, independentemente da existéncia de culpa, nos termos do art. 14 do Cédigo de Defesa do Consumidor. COMO POSSO SABER SE UMA CONSTRUGAO TEM HABITE-SE? Toda construgao é considerada regulariza- da quando possui o Registro de Iméveis atua- lizado no nome do atual proprietétio.. De posse da certidio de onus reais atualiza- dada escritura e com 0 carné do IPTU na mao, deve se dirigir a Geréncia de Licenciamento € Fiscalizagao mais préxima da residéncia e solictar no balcao a consulta sobre a situagao do habite-se do imével. O servigo é gratuito € pode ser obtido pelo proprietario ou qualquer interessado em saber a situagao do imovel. ‘Um dos casos muito comuns ¢ 0 atraso na centrega do Habite-se onde ocorrem muitas ir- regularidades e até mesmo priticas abusivas por parte das construtoras No mercado de iméveis nos dias de hoje se vé de tudo, até mesmo cobranga de valores sem a entrega do imével adquirido. Isto é, as construtoras que ndo tém recurso para con- tinuar a obra utilizam de praticas abusivas até mesmo ileg Alguns julgados jé entendem, tanto que em suas decisdes estao adotando algumas alternativas, como: A paralisagao do saldo devedor até a data efetiva da entrega do imével; encontramos alguns julgados com in- denizagio por lucros cessantes do valor que 0 consumidor deixou de auferir por ndo poder usufruir economicamente do imével, paga- ‘mento de alugueres e indenizagao por danos morais, tendo em vista, que problemas no imével adquiridos podem gerar abalos ao psi col6gico, moral e ainda perda de tempo iii ais para “honrar” como contrato. ‘Uma destas praticas € a cobranga de atua- lizagdo monetéria e outros encargos do con- trato mesmo antes da entrega do “habite-se”. ‘Ou seja, a obra esta atrasada e a construtora jd esta cobrando atualizagSes como se 0 com- pradoriconsumidor estivesse em atraso. Tal pratica abusiva, vez que o atraso da obra é de responsabilidade da propria cons- trutora, ensejando responsabilidade objetiva, conforme se verifica no artigo 14 do Codigo de Defesa cdo Gonsumidor da lei: “0 fornecedor de servigos responde, independentemente da existéncia decul- ‘pa, pela reparacao dos danos causados «aos consumidores por defitosrelativos & prestagéo dos servigos, bem como por in- formagées insufcientes ou inadequadas sobre sua fraigio €riscos” Alguns julgados jé entendem, tanto que ‘em suas decisoes estdo adotando algumas al- ternativas, como: A paralisacio do saldo de- vedor até a data efetiva da entrega do imével; cencontramos alguns julgados com. indeniza~ ‘20 por hucros cessantes do valor que 0 con- sumidor deixou de auferir por nao poder usu- fruir economicamente do imével, pagamento de alugueres ¢indenizacto par danos morais, tendo em vista, que problemas no imével ad- quiridos podem gerar abalos ao psicoldgico, moral e ainda perda de tempo util. WI CONSIDERACOES. Sendo assim, € importante, a0 firmar instrumento de promessa de comprae venda, verificar atentarante todas as elhusuias, pois além de poder ‘acionar 0 Judicisrio por cesta pratica abusive, também pode haver a previsdo de clausula de penslidade pecuniavia por eventual atraso na fentrega da cbra em que ‘© consumidor poder solictar 0 pagamento ou até mesmo o abatimento do salto devedor. (CATIA VITA @ Gragundn Srabaste ‘lam de sdvogodo, apateenada ‘Sinconsével em sua proisab xtin formd tamoem er ‘Taoainor derenvoior erisedo do quo ctuern hs ‘mois 10 tso8 no mercado da ‘Cidade de Deus desde 2014 SOCIEDADE MM HATE tia er lei ey CARREIRA MELCHEDS ANUNCIA NOVO SOCIO PARA INOVAGAO EM DIREITO AMBIENTAL E IMOBILIARIO No ano em que completa uma década de atvidades no meio ur ridico,a Melloe Rached Advogados (Melcheds) amresenta Marcos Tiraboschi como novo sécio. Aentrada de Traboschi vern corn 0. ‘objetivo de intensticar 05 processas de aprimorarnento @ Inova: Gono Direito Empresarial Com 15 anos de experiéncia no mercado, Marcos Traboschi & Bacharel em Direto pela Fundagao Armando Alvares Penteado. Possul especializago em Direito Imobilisio na Faculdade Aut6- noma de Direito (FADISP) e passagens nos escritérios De Luca Derenusson, Schuttoffe Azevedo Advogados; Fleury Malheicos, Gasparini, De Creci e Nogueira de Lima; 2 Velrano Advogados. “Achegada do Marcos na Meicheds é motivo de enorme orgulho para o nosso escitério. um profissional de renomada reputag 1a drea imobiliia e ambiental. Ele vem pera somar, com uma atuagdo de destaque queagfege muitovalor2o clientes coments © sécio Rodrigo Mell, complementandos "Estamos muito felizes do Marcos ter aceito.o nosso desafio de inovar na adwocacia Nos tltimas anes, a Melcheds ver se consolldancone mercado de servgos legals, investindo na sua expanséo de fora intensa para aprimorara gama de consuitoria prestadas. Atvalmente, escité- tio conta com aproximadamente 30 profisionals da ére juridca, assessorando clientes estrangsitos e internacional fundos de in mentos@investores institucionals ou mutinacionais ‘THOMSON REUTERS DISPONIBILIZA 0 ACESSO DA PLATAFORMA PROVIEW™ PARA IPHONE® A Thomson Reuters provedora lider mundial de informacao estratS= {cae solucdes em tecnologia para os principals seamentos da eco- ‘nomia, disponiblizacontedidos juricos de sua biblioteca digital por meio do aplicativo Proview™ para usuirios do sistema operacional 10S nstlado em Phones. Desenvolvida pela Thomson Reuters, 0 ProView™ é uma platafor ma eBook com caractersticas especialmente deserwolvidas para o uso profission de recursos em bibliotecas¢ titulos digitals Os eBooks do Proview 0 publicados em sete idiomas que englobam cinco continentes Estes matetiais estao dlsponivels para iPads, sistema operacional AndcoidTM, tablets tablets SurfaceTM, computadores Windows® Mac*, através dos navegadores com aplicativoinstalado. Agora acessiveis nos Phones 0 ProView™ passaaatingirumoutropd- bbicode profisionaisno ambito juridico, que tém a opgiode debar os los fsicos podem acessar todas as publicagées digits ferecidas pela Thomson Reuters a qualquer momento, com a possibildade de fazer as devidas anotagSes outa “Por setmos uma provedora de informagdes confidvels a Thomson Reuters tem buscado diversificara maneira como entregamosas in fommacoes. Eo Proview” para iPhone segue essa diretiz’ coment Jlina Ono, Ditetora de Contetdo e Operaces Editorials da Thom- son Reuters come navegagao, antago e compartilhamento sm arquivo particularno celulac KASZNAR LEONARDOS REFORCA AREA DE BIOTECNOLOGIA (© exertéria Kasznar Leonardos, especia- anos, principalmente com patentes bio- lista em Propriedade Intelectual, contra- _tecnalégicas e na protegao de cultivares toua biéloga Marisa Momoli para eforgar A bidloga tem passagens pelos escrité- a rea de biotecnologia. Doutora ern Bo- _rios Momsen Leonardos e Di Blasi & P tanica pela USP. professora de cursos de rente, participou de vérios congressos pos-graduagao e Agente da Propriedade e conferénclas relativos @ propriedade Intelectual, Marisa atua na area ha dez intelectual no Brasil e no exterior @ pu: ACONTECEU tii STARTUP VALUATION CHALLENGES blicou diversos artigos em renomados periédicos. Sua contratagao tem como principais objetivos ampliar a atuagSo @ reforcar a estratégia de cresciment do escritrlo Kasznar Leonardos em pa: tentes biotecnologicas e proteg3o de cultivares, TE TO A cidade de So Paulo recebeu 0 even Startup Valuation Chal- damental para que uma startup valide um modelo de negéc lenges. Promovido pelo esaitorio TozzniFrere em parceria com fezendo um plano financeio e captando investimentos a consultoria financeita Legacy Partners, de Curitiba (PR),0 en- Durante 0 Startup Valuation Challenges foram tratados temas contro gratuito realzado no dia 5 de abil, bord ios temas ligados 20 valuation, ente eles O que é Valuation 16921 20 valuation (avaliagao de empresas) de uma startup. equal sua importéncia?, Abordagens: reciicagao vs Valuation, Muito recente no universo corporative, o valuation de startups Desafios e solucdes técnicas, Compliant mento est se transformou em um tema polémico para empreendedores, _rado, Dono Investidore Desafios na captacdo: Lessons Learned Investidores e, até mesmo, profissionais de avaliaca. Noentan- As athidades, divididas em palestas e painéis, foram comanda to, valuation a resposta de uma das questées mais importan- das por grandes nomes do segmento, entre eles Adam Patterson, tes no mundo dos negécios (0 que € 0 valor agregado?) efun- Carlos Sviontek e Henrique Taras Big Data ja € essencial | também para o setor juridico 0 é segredo que escritérios de advo- cacia e departamentos juridicos pre- cisam armazenar uma imensa quan- tidade de dados, como processos, ar- quivos internos, documentagao de clientes, entre outros, especialmente no que se refere & questo de recuperagio judicial. A pressio e a cobranga que existem na dea sio as mesmas de um de- partamento de call center, pois seja recuperando 0 carro ou o devedor pagando 0 acordo, a meta precisa ser alcangada. Questdes como entradas de contrato pré-juri dico, ages de cobranga e andamento processual, acordo de apreensio ¢ até honorarios dos profis: sionais do escritério permeiam a rotina forense. No entanto, 0 que muitos desconhecem é que ferramentas de Big Data podem ajudar, € muito, no andamento desses pontos, por meio da criagio de um dashboard que possibilite aim plementagao de filtros e combinagoes de temas como carteira, cartério, comarca, tipo de acio, advogado, andamento processual, regio, data de ajuizamento, entre outros. Assim, torna-se possivel fazer um compa- rativo de assessorias ou carteiras, controle de mandatos e liminares de apreensdes, desem- penho por safta, Service Level Agreement (SLA) de ajuizamento, defasagem de follow up, produtividade por advogado com mais ra pidez e eficiéncia, Davos © Big Data ¢ definido por SVs: valor, veraci- dade, variedade, volume e velocidade. Seu con- ceito étransformar dados brutos em informagoes liteis e estratégicas. Segundo um levantamento realizado pela Economist Intelligence Unity em conjunto com a Teradata ¢ mais 362 lideres de negécios, o esforgo deve comegar no topo. Uma posigdo firme e dinamica é essencial para a cria- io de uma cultura que realmente use os dados e 6s fatos como a base priméria para a tomada de decisoes no negécio. Diante dessa realidade, as empresas de quis quer segmentos, inclusive as juridicas, precisam pensar em ages que otimizem o tempo, ajudem na tomada de medidas assertivas e, principal- ‘mente, que otimizem ¢ reduzam seus custos. quem resistir ao Big Data esté fadado a perder a corrida perante seus concorrentes. WS ‘CEO de Deep Center, omprese de gestdo da normasto para entre de cobrance | Sociedade | Uma analise sobre o tema em face da substituicao da Portaria 1129/2017 - O Liberdade presente na Decl: dos Direitos Humanos (DUDT), oficializada pela Oreanizagdo das Nacdes Unidas (ONU) em 10 de forma mais razoavel de se promover bate? Que instrumentos o poder piblico pode utilizar para coibir a pratica de regim 7 10 de uma questio tic combate uma obtigagio de qual ciedade civil de modo direto, gos a escravidao, sem que hi condigdes an Apés suscitar uma ber criticas da soci Ihista mundial, a Org balho (O17), suspensa pela ministra Ros no Tribunal Federal e foi, por fim, subs. pela Portaria MTB N° 1.293, de 28 ¢ 2017, representando um verda do Ministério do Tr © novo texto derrul deiro “voltar at Tho, uma vez qu tamente, alguns dos pontos mais polémicos da Portaria MTB N° 1129. Comentaremos alguns destes pontos 20 longo deste artigo e, com o intuito de ampliar 0 debate sobre regimes andlogos a escravidao, trazemos para o artigo, duas normas munici- pais (Rio de Janeiro e Sdo Paulo) que tratam de utras sangdes a empresas por trabalho escra- vo, além daquelas administradas pelo Ministé- rio do Trabalho. Por fim, encerramos com uma anilise de punigao a M.Officer baseada em na legislagdo estadual do Estado de Sto Paulo. AS MUDANGAS ENTRE AS PORTARIAS Dentre os pontos basais que foram alvos de criticas e sofreram mudangas dentre a Por- taria MTB Ne 1129 €a nova Portaria MTB N° 1.293, merecem destaque duas questoes. A primeira delas diz respeito a0 fato de que, para que empresas autuadas por man- terem trabalhadores em regimes anilogos 20 da escravidao sejam divulgadas nas chamadas “listas sujas’, seria necesséria a autorizagio do Ministro do Trabalho. No novo diploma, a portaria MTB Ne 1293, consagrando o direito 0 contraditério e ampla defesa, a empresa in- dependente de convalidacio do Ministro do ‘Trabalho, apés ter sido condenada adminis- trativamente em decisio irrecorrivel reconhe- cendo a ocorréncia da submissio de traba- Ihadores em condigdes andlogas. de escravo, devers ser inscrita no Cadastro de Emprega- dores com regime andlogos a eseravidao, ral mudanga, traz, a0 que parece, pontos positives e negativos. A exigéncia de mais etapas no processo de autuagio de empresas {presentes na MTB N° 1125), poderia cont buir para que companhias que nao comete- ram ilegalidades, nao tivessem sua reputagaio imagem marcados por dentincias de escravi- dao improcedentes - que, no fim, chegam até 290% dos processos segundo o Ministerio Pa- blico do Trabalho. Por outro lado, este anda- mento com maioresexigencias poderia tornar moroso ¢ politico 0 processo de condenagio de uma empresa culpada. Outta questio importante, ¢ talvez a principal, diz respeito a propria defini¢do de trabalho escravo. Se antes, s6 seriam enqua- dradas como empresas que praticam a escra- CC com a nova Portaria MTB Ne 1.293, seque-se o conceito moderno de que nao é necessaria a coercao direta para identificac¢do de trabalho em condi¢ées andlogas ao escravo... 9) vidio, companhias que privassem, propria- mente, os empregados de seus direitos de ir vir, seja sob ameaca de punicéo, seguranca armada ou em virtude de dividas adquiridas com o empregador, agora, com a nova Porta- ria MTB N° 1.293, segue-se o conceito moder- no de que nao é necesséria a coergio direta para identificagio de trabalho em condigoes andlogas ao escravo, tomando a possibil de reconhecimento mais ampla, visdo esta, alids, compartilhada pela Ministra Rosa We- ber, que diz: idade a0 restringir indevidamente o concei- to de “redugio a condigdo andloga a escravo", vulnera principios basilares da Constituigto, sonega protesdo adequada e suficiente a di- reitos fundamentais nela assegurados e pro- move desalinho em relagio a compromissos internacionais de carater supralegal assumi- dos pelo Brasil € que moldaram 0 conteiido desses direitos.” (BRASIL. Supremo Tribunal Federal, Medida Cautelar na Arguigao de Des- cumprimento de Preceito Fundamental 489 Distrito Federal. Relator: WEBER, Rosa.) Com a mudanga, a definicao de jomada cexaustiva e degradante ficou definida da se- sguinte forma: *[..] toda forma de trabalho, de natureza fisica ou mental, que, por sua exten- sto ou por sua intensidade, acarrete violagio de direito fundamental do trabalhador, nota- damente os relacionados & seguranga, saiide, descanso e convivio familiar e social” Sociedade Se, por um lado, & mais abrangente e sen- sivel as necessicades de ambiente contempo- riineo de trabalho, por outro lado, a norma pode nao resolver um importante impasse, que envolve casos, por exemplo, de empresas que jd foram denunciadas por questées como 4 proximidade de camas em um alojamento ou a presenga de fios desencapados no local de trabalho. Tais companhias, a nosso ver, podem, certamente, serem denunciadas por irregularidades trabalhistas, mas, nao neces- sariamente por praticar regime andlogo a es- cravidao em seus espagos. © necessitio agora, é verificarmos como sera aaplicabilidade real da nova Portatia MTB NP 1.293, econtar com uma fiscalizagio de pro- cessos que nao permitam a propagacio de reg ‘mes degradantes contra a dignidade humana. Seguindo no tema, vale @ pena olharmos ‘um pouco, para o plano de leis municipais e estaduais sobre a questio da escravidio. LEIS MUNICIPAIS TRATANDO E REGIMES. ANALOGOS AO DA ESCRAVIDAO No plano das leis rmunicipais, convém ci- tarmos brevemente os casos do Rio de Janeiro € de Sao Paulo. No caso da capital fluminense, temos a lei N° 6000 de 21/10/2015, aqual, dentre as puni- bes estabelecidas para empresas que explo- ram 0 trabalho escravo, anélogo ao escravo ou infantil temos, por exemplo, a cassagio do alvard de funcionamento do negocio. Por sua vez, em Sio Paulo, através da Lei 16606 de 29/12/2016, temos as seguintes pu- nigdes para empresas que "direta ou indire- tamente, sejam responsabilizados pelas con- dutas que configurem redugao de pessoa & condigao andloga de escravo": + Multa que pode variar de RS100 mil a RS 100 milh6es de reais a depender do grau de punigio; -NOTADOEDITOR MINISTERIO DO TRABALHO ATUALIZA “LISTA SUJA” DO TRABALHO ESCRAVO © Ministério do Trabalho atualizou em abril o cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condigSes andlogas &s de escravo, a chamada “lista suja”. A atualizacdo traz 34 novos nomes de pessoas fisicas e juridicas que foram responsaveis por 269 trabalhadores em situagso andloga a de escravo. A lista tem 166 nomes. ‘A publicacse ocorreu apés deciso judicial proferida pela N#* Vara do O necessario agora, é verificarmos como sera a aplicabilidade real da nova Portaria MTB Ne 1.293... + Cassagdo da licenga de fancionamento em caso de ndo pagamento das multas estabe- Iecidas ou reincidéncia, PUNIGOES A EMPRESAS: © CASO M.OFFICER Antes de concluirmos, vale a pena ana- lisarmos 0 caso da punigio a MS Indistria € Comércio, dona da marca M.Offcer, baseada na Lei Ne 14.946, de 28/01/2013, que deter mina a “cassagio da inscrigo no cadastro de contribuintes do ICMS, de qualquer empresa que faga uso direto ou indireto de trabalho es- cravo ou em condigies anailogas” Embora seja uma indistria na qual ié fo- ram noticiadas uma série de possiveis casos de trabalho anilogo a escravidao, a punigio a tais empresas é de carter um tanto comple x0, sobretudo pelo uso de subterfiigios como a nao costura de etiquetas que comprovem a vinculagao de oficinas ilegais as marcas ou a dificuldade na localizagao de ordens de servi- ¢0, conforme relatado em coluna de novem- brode Pedro Muniz para a Folha de S, Paulo, Neste sentido, a punigdo a M.Officer, con- denada em 1* instancia e com dentincia man- 4) tida pela 42 Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Sio Paulo, pode ser exemplar para o setor no Estado de Sio Paulo. Segundo a condenagao, a empresa terd que pagar R$ 6 milhdes em multas (RS 4 milhées por danos morais coletivos e RS 2 milhdes por dumping social ~ aproveitamento de custos baixos de produgio mediante precarizagio do trabalho © concorréncia desleal) ¢ pode ficar fora do mercado paulista por até 10 anos, ‘A deniincia, que fora movida por Pro- curadores do Trabalho apés investigagio, abrange também sécios da empresa, que f- cam impedidos de requerer nova inscrigio no ICMS durante o periodo a ser estabeleci- do em decisdo colegiada, segundo o Ministé- tio Publico do Trabalho. De todo modo, a investigagio demonstra que, para além de ser uma pritica que fere a onstituigao brasileira, punilo para impo- sigdo de regimes analogos a escravidio - seja em Ambitos municipais, estaduais ou federais, ~ é severa e, quando comprovada, inviabiliza negécios para empresas que escolheram um. caminho to contrério a qualquer nogio de liberdade e de dignidade no trabalho. V3 Trabalho de Brasilia em aco do Ministério Pubblico do Trabalho. A Unido tinha até 0 dia 27 de abril pare publicar ¢ lista atuaizada. © descumprimento implicaria multa didria de R$ 10 mil FONTE AGENCIA BRASIL CONSIDERAGGES: ‘Que fiove claro’ que a amplitude da terminologia ao termo escravid8o e situacdes ‘analogas pode resultar 1a sua aplicaro na mesma medida. Os administradores € ‘executivos procisam entender que pode cocorrer com qualquer um, recusando a visa de que somente corre ‘com emoreiteiras, fazendeiras, ete, Pode cocorrer com qualquer lm. Os executives nde podem deixar de revisar seus procedimentos ¢, realmente conhecer (0 “chBo Ge Fabrica’ inclusive dos seus fornecedores diretos eindiretos, para se certificar de que. pelo menos, tentou revisar a cadeia produtiva, Detectando fraudes patrimoniais por melo da investiga¢ao de ativos 1m tempos de inadimpléncia elevada tanto entre consumidores como nas empresas, compreender melhor as formas pelos quais devedores mal- -intencionados atuam para “blindar” seu pa- triménio contra os eredores ganha importin- cia cada vez maior para aqueles que buscam a recuperagdo de seu crédito, ‘Ainda que, juridicamente, costuma-se fa- Jar em dois tipos gerais de fraude (ao crédi- to €8 execugdo), estas quis estio ligadas a0 ‘momento em que ocorrem (respectivamente, antes ou depois do inicio de um processo de cobranca do débito),existem na pritica diver- sas maneiras pelas quais um devedor pode esvaziar ou ocultar seu patrimdnio. Conhecer essas formas tem relevncia substancial para 0 credor posto que, quanto mais elementos & ——————— indicios da ocorréncia de uma fraude cometi- da por seu devedor, mais facil serd ataca-la e desfazé-la via procedimento judicial A fraude patrimonial mais comum & aquela que consiste no escamoteamento do real proprietério de um bem ou direi to. B a esséncia da fraude contra credores. Em linhas gerais, 0 devedor ou nao coloca oficialmente em’ seu nome um ativo que comprou ou recebeu por doagio ou he- ranga; ou simplesmente transfere a venda também por doagao com pregos geralmen- te incompativeis com 0 valor de mercado; ou integralizacao de capital de sociedades empresariais (estas quais podem pertencer majoritariamente, no papel ao menos, a fa- miliares ou amigos e parceitos de negécios), parte significativa do seu patrimonio. ELEMENTOS GRAVES Em regra, o resultado final dessas medi- das verdadeiramente “anticredores’ é tornar o devedor virtualmente insolvente. Citamos alguns elementos indicatérios de um negé- cio simulado, cometido pelo devedor com 0 intento de fraude patrimonial: O fato do pes- quisado continuar a administrar ou usufruir do bem ou direito mesmo apés este nao per~ tencer mais ao seu patriménio; ter vinculos familiares, comerciais ou afetivos com pes- quisado (casos em que o terceiro éseu parente até quarto grau, sécio ou amigo); nao ter cor dices patrimoniais aparentes de ter obtido © bem ou direito objeto do negécio de forma licita ou regular (caso de alguém que compra uum ativo pelo valor de RS 1 milhdo, mas que se quer declara imposto de renda); ser menor de idade na data do negécio ou ser juridica- mente incapaz Observa-se assim a necessidade, por meio de um processo investigative, do credor ma- pear quem sio os parentes proximos, parcei- 10s de negocios e, em alguns casos, até mes- mo 0s amigos intimos do seu devedor. Essas informagdes ajudardo a detectar, quando do momento de descoberta sobre quem sao os proprietérios reais dos bens utilizados pelo devedor como se dele o fossem, quem efetiv mente esti colaborando com 0 cometimento de uma possivel fraude, Dado que diversos tribunais exigem evidéncias da intengio da ma-fé pelas partes envolvidas em um negocio dito fraudulento, a demonstragio de relagées parentais ou comerciais prévias ajuda e muito nessa caracterizagio. Ser cauteloso e agir com o maximo de prevengao em busca da satisfagao do crédito no se compara aos diversos custos e dores de cabegz que se tera caso 0 credor limite-se aos meios tradicionais, como consulta a drgtos de protegio 20 crédito e protestos em cart6rios. Monitorar e apurar negécios estranhos que envolvam seus devedores é uma decisio que pode, io fim das contas, significar até mesmo ‘sucesso ou fracasso de uma eventual cobran- ‘judicial, além de uma enorme poupanga do tempo do credor. Ws CONSIDERACOES Sela por meio de trabalho pe advogado ou ainda por de consultorias espacializadas nesse tipo de servigo, a investigacao patrimonial, que incu invaravelmente a ager de ms-f& Carreira Marketing Juridico é Marketing Digital? m algum momento da sua carreira juridica alguém jé deve ter tentando incutir em sua cabesa que marketing juridico énada mais do queo marke- ting digital voltado para érea juridica. Voce pode até ter pensado que o marketing digital © © marketing juridico trariam o mesmo r. sultado para 0 seu escritério, ou até mesmo, achou que ambos trabalhassem com a mesma metodologia, certo? Pois neste artigo iremos fique consciente do que cada atu aextensio de cada possibilidade. Muito se fala em marketing digital hoje em dia obviamente essa € uma ideia que chama muita atengdo na hora que falamosem divulgar o escrit6rio: trazer mais clientes, tor- nar-se um profissional reconhecido no merca- do, entre outras promessas. Porém, volto com, 2 pergunta que da titulo ao artigo: marketing juridico é marketing di No dia a dia de nossa empresa, nos depa- ramos com muitos advogados reclamando que investiram no marketing ¢ nao tiveram © retomno esperado. Porém, quando vamos investigar a fundo 0 que ocorreu, vemos que CC Certamente o marketing digital tem sua importancia e 6 uma ferramenta forte no marketing juridico completo, mas para que ele dé resultado efetivo, é preciso fazer uma analise completa do escritorio.. eles trabalharam com apenas uma das mais de 50 ferramentas possiveis para se trabalhar no marketing juridico. Entao aqui fica muito clara a resposta: infelizmente voce apostou seu folego financeiro apenas no marketing digital, uma entre as 50 possibilidades de atu- aco no marketing juridico, Muitas vezeso marketing digital acaba sen- do escolhido pelos escritérios, por falta de pes- quisa e conhecimento sobre o assunto "Marke ting Juridico” ¢ ai que mora 0 “X” da questio e onde faco esse alerta. Marketing digital nao 6 marketing juridico completo e essas escolhas crradas refletem diretamente no resultado de «um trabalho voltado ao resultado. REFLEXAO Investir exclusivamente no marketing di- gital € como olhar pelo buraco de uma fecha- dura ¢ enxergar apenas parte de seu potencial estrutural e prospectivo, sem ver 0 cenério completo. Ainda fazendo uma outra analo- gia: sabe quando temos um torcicolo e 86 c seguimos olhar para um lado, sem mexer 0 pescogo? Isso seria o marketing digital, onde 86 conseguimos olhar com uma perspectiva ‘inica, sem conseguir visualizar 360° 0 que acontece na totalidade, 9) ‘Agora pare para pensar. Vocé realmen- te acredita que s6 investir em redes sociais (impulsionar postagens, ganhar seguidores, etc.) vai mesmo trazer novos clientes? Voce acha que “funil de venda’ se encaixa com a advocacia? Que sair distribuindo e-books é © tinico caminho possivel para gerar novos negécios? Advocacia sempre foi e sempre vai ser uma profissio de olho no olho, ad- vogado e cliente, Certamente o marketing digital tem sua importincia © é uma ferramenta forte no marketingjuridico completo, maspara queum projeto de marketing dé resultado efetivo, preciso fazer uma anélise completa do escrité- rio em cima de sua atuagio, objetivos, dreas de atuagao e perfil no mercado, trazendo solugces, ‘que envolvam 0 “on” €o “offline” e nao apenas olhar digitalmente para qualquer solugao. Feito o alerta, se certifique bem da sua escolha, © marketing juridico bem traba- Ihado atua de forma precisa e completa, com as ferramentas adequadas e amplas ¢ trabalha com pontos essenciais para atingir © objetivo que os eseritérios buscam. Um método poderoso que auxilia a alavancar milhares de profissionais da area juridica de forma concretaWy Agravo de instrumento O rol taxativo das hipdteses de cabimento e interpretacdo extensiva om 0 advento do novo Cédigo de Processo Civil, lei n.° 13.105 de 16 de margo de 2015, houve diversas alteragdes nas regras do agravo. Dentre as alteragdes, houve a supressio do agravo retido ea enumeragio das hipote- ses em que é cabivel o agravo de instramento, sendo que, as matérias no abrangidas pelo ‘mencionado dispositivo legal deverdo ser ob- jeto de impugnacio em preliminar quando da interposigio de apelacao. O dispositivo legal que enumera as hip6- teses de cabimento do agravo de instrumento € oart. 1.015, que assim dispoe: “Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisOes interlocut6rias que versa- rem sobre: 1 -tutelas provisérias; I1-mérito do processo; II - rejeigao da alegagio de con- vengio de arbitragem; IV - incidente de desconsideragao da personalidade juridica; 'V-rejeigio do pedido de gratuida- de da justisa ou acolhimento do pedi- do de sua revogagio; VI- exibigio ou posse de documen- to ou coisa; VIl-exclusio de litisconsorte; VIIL-tejeigdo do pedido de limita- «io do litisconsércio; 1X- admissao ou inadmissao de in- tervengao de terceiros, X - concessio, madificagao ou re- vwogacio do efeito suspensivo aos em- bargos a execucio; XI -redistribuigdo do dus da pro- ‘va nos termos do art. 373, § 1°; XII-(VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei Pardgrafo tinico. Também caberd agravo de instrumento contra deci bes interlocut6rias proferidas na fase de liquidacao de sentenca ou de cum- primento de sentenca, no processo de ‘execugio e no processo de inventéri Portanto de acordo com a dicgio do ete ido dispositivo legal, sera cabivel o agravo de instrumento quando tratar-se de decisio inter- locutéria ¢ esta versar sobre alguma das maté- rias elencadas nos incisos do dispositivo legal. Referido rol das hipoteses de cabimento do agravo de instrumento tem natureza ta- xativa, ou seja, nao sera cabivel o agravo de instrumento em hipdtese nao elencada neste dispositivo legal ou expressamente em algum outro diploma legal, conforme consta de seu parigrafo tinico. Resta a questio, referida taxatividade é ab- soluta? Nao é possivel a ampliagio do rol sob nenhuma circunstancia? Superior Tribunal de Justiga enfientou esta questao no julgamento do Resp 1.694.667 = PR, ocasido em que decidiu que, apesar de tratar-se de um rol taxativo, tal fato nao im- pede que seja realizada uma interpretagdo ex tensiva, conforme ementa abaixo transcrita “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECI SAO QUE INDEFERIU PEDIDO DE CONCESSAO DE EFEITO SUSPEN- SIVO AOS EMBARGOS A EXEC CAO. POSSIBILIDADE. ART. 1.015, X, DO CPC/2015. INTERPRETAGAO. EXTENSIVA. ISONOMIA ENTRE AS PARTES. PARALELISMO COM O ART. 1.015, 1, DO CPC/2015, NATU- REZA DETUTELA PROVISORIA. 1A questao objeto da controvérsia, € eminentemente juridica e cinge-se A verificagao da possibilidade de i terpor Agravo de Instrumento contra decisdes que nao concedem efeito sus- pensivo aos Embargos & Execucio. 2. Na hipdtese dos autos, a Corte Regional entendeu que no é impugna- vel pormeio de Agravo de Instrumento a decisio que deixou de atribuir efeito suspensivo aos Embargos & Execugio, pois 0 rol do art. 1.015 do Cédigo de Processo Civil de 2015 & taxativo. 3. Em uma interpretagdo literal € isolada do art. 1.015, X, do CPC, nota -se que o legislador previu ser cabivel o Agravo de Instrumento contra as de bes interlocutérias que concederem, modificarem ou revogarem o efeito sus- pensivo aos Embargos & Execuclo, dei- xando davidas sobre qual seria o meio de impugnagao adequado para atacar 0 decisum que indefere 0 pedido de efeito suspensivo aos Embargos & Execusio. 4, A situagio dos autos reclama a utilizagio de interpretagdo extensiva do art. 1.015, X, do CPC/2015. 5. Em que pese o entendimento do Sodalicio a quo de que o rol do citado art. da nova lei processual é taxativo, nao sendo, portanto, possivel a inter- posigio de Agravo de Instrumento, nada obsta a utilizagio da interpreta- sao extensiva, 6.*Ashipoteses de agravo de instru- ‘mento esta previstas em rol taxativo. A taxatividade nao é, porém, incom- pativel com a interpretagio extensiva, Embora taxativas as hipdteses de de- cisdes agraviveis, & possivel interpre- tagdo extensiva de cada um dos seus tipos’. (Curso de Direito Processual Ci- vil, vol. 3. Fredie Didie Jr. e Leonardo Carneiro da Cunha. ed. JusPodivm, 13° edigao, p. 209) 7,De acordo com ligdo apresentada por Luis Guilherme Aidar Bondioli,"“o embargante que nao tem a execugto contra si paralisada fica exposto aos danos préprios da continuidade das atividades executivas, 0 que reforga 0 cabimento do agravo de instrumento no caso”. (Comentarios ao Cédigo de Processo Civil, vol. XX. Luis Guilher me Aidar Bondioli, ed. Saraiva, p. 126). 8, Ademais, 0 pedido de concessao de efeito suspensivo aos Embargos & Execusio poderia perfeitamente ser subsumido ao que preconiza o inciso Ido art. 1.015 do CPC/2015, por ter natureza de tutela proviséria de ur- sgéncia, Dessa forma, por paralelismo com o referido inciso do art. 1015 do CPC/2015, qualquer deliberagao so- bre efeito suspensivo das Embargos & Execugio € agravavel. 9. Dessa forma, deve ser dada in- terpretagio extensiva a0 comando contido no inciso X do art. 1.015 do CPC/2015, para que se reconhega a possibilidade de interposigdo de Agra- vo de Instrumento nos casos de deci- sao que indefere 0 pedido de efeito suspensivo aos Embargos 4 Execugio. 10, Recurso Especial provido” (Resp 1694667/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, Dle 18/12/2017) (grifei. AGRAVO DE INSTRUMENTO No caso concreto analisado pelo Superior Tribunal de Justiga, analisava-se a possibilida- de de interposigao de agravo de instrumento em face da decisaio que nao concedeu o efeito suspensivo aos Embargos a Execugio. Consoante dispde 0 art. 1.015, inciso X, acima transcrito, é passivel de interposigio de agravo de instrumento da decisao interlo cut6ria que versar sobre “concessio, modifi cago ou revogagio do efeito suspensivo aos embargos a execucio’ Portanto, por uma interpretacio literal das hipdteses previstas no inciso X, nfo en- contramos correspondente para a decisfo in- terlocutéria que indefira 0 efeito suspensivo aos embargos a execugao de plano. Sendo assim, considerando tratar-se de rol taxativo e fazendo-se uma interpretagio literal das hipéteses, chegariamos a conclu sto de que nao é cabivel o agravo de instru- mento a decistio que nega efeito suspensivo 20s embargos a execugdo e assim sendo, tal decisio somente se afiguraria impugndvel por meio de preliminar a ser apontada em eventual apelacéo da sentenca proferida nos embargos i execugio. Contudo, como reconheceu 0 Ministro ‘Herman Benjamin em seu voto, tal impugna- ‘20 mostrar-se-ia totalmente ineficaz, pois jé teria se esgotado toda a utilidade de tal pro- vimento judicial com a sentenga judicial que pe firs ao procedimento dos embargos & exe cugio em 1? instincia, Entdo, como compatibilizar a disciplina do agravo de instrument no novo Codigo de Processo Civil com inclusio de hipétese nao prevista expressamente no rol do di- ploma legal? Com a utilizagao da interpre- tagdo extensiva. A interpretagao extensiva nada mais € que uma das modalidades da técnica hermeni tica relacionada ao resultado, conforme ligio do Professor Flavio Tartuce: a) Interpretagao declarativa ~ & 2 interpretacio nos exatos termos do «que consta da lei, sem ampliar ou res- tringir 0 contetido do texto legal b) Interpretagdo extensiva - am- plia-se 0 sentido do texto legal, sob 0 argumento de que o legislador disse ‘menos do que pretendia, sendo inte- ressante deixar claro que as normas {que restringem a liberdade, caso da autonomia privada (liberdade con- tratual) e as normas de excesdo, em regra, nao admitem essa forma de in- terpretacio. ©) Interpretagao restritiva - res- tringe-se o texto legal, eis que o le- gislador disse mais do que preten- dia? (p. 48, Direito Civil - Lei de In- trodugao e Parte Geral 1, 5* ed., Fd. Método). Desta forma, na interpretacio extensiva, érprete amplia o sentido do texto legal para que possa abranger situagio que nao consta expressamente no dispositivo legal. Contudo, tal interpretagao no deve ser feito de maneira despropositada ¢ leviana pelo intérprete, mas sim para incluir situ- ago que mostre-se compativel com a di ciplina do instituto jurfdico interpretado e ainda que represente um complemento de situagao ou situacées ja prevista(s) no diploma legal, cuja auséncia mostre-se to- talmente desarrazoada. Desta forma, nio hd inovagio propria- ‘mente dita, mas sim a complementacdo das demais que ja constam do dispositivo legal E foi exatamente 0 que deurse no caso jul- gado pelo STI, pois a auséncia da hipétese de indeferimento da concessio de efeito suspen- sivo nos embargos & execugo mostrava-se to- talmente desarrazoada, pois 0 inciso prevé a possibilidade de interposigo do recurso em caso de revogacio, concessio ou modificagao. Ora, por que é possivel interpor agravo de instrumento da decisio que revoga 0 efeito suspensivo mas nao daquela que o indefere de plano? Qual a distingio das situagdes que justifique tal ratamento diferenciado? Portanto, neste caso julgado pelo Superior ‘Tribunal de Justica a interpretacio extensiva representa verdadeira complementagao 16 ca para dar completude ao instituto juridico. Além disso, conforme consta do voto do relator, a manutengio da lacuna legal impli- caria em ofensa ao principio da isonomia, conforme trecho abaixo transcrito do voto do Ministro Herman Benjamin: “Sendo assim, como forma de preservar a isonomia entre os suites do processo exe- cutivo, deve ser dada interpretagao extensiva 20 comando contido no inciso X do art. 1.015, do CPC/2015, para que se reconhega a pos- sibilidade de interposigo de Agravo de Ins- trumento nos casos de decisdo que indefere 0 pedido de efeito suspensivo aos Embargos & Execusio”(grifei) Mencionada ofensa se daria pois, enquan- to o Embargado poderia interpor recurso de agravo em qualquer hipstese de deferimento do efeito suspensivo, o mesmo nao poderia se dizer em relagao ao Embargante, pois a este somente seria possivel interpor agravo de ins- trumento para o caso de revogagao ou modi- ficagao, portanto, somente para decisoes que sobreviessem no curso do procedimento, mas no quando esta ocorresse logo no inicio com o indeferimento, ra, a conjugacao do Principio da Isono- mia com o Principio do Devido Processo Legal, tornam inequivoca a necessidade de que seja garantido aos litigantes a paridade de instru- mentos processuais, nao admitindo-se desi- sgualdade desarrazoada (ou desproporcional) Inclusive, o novo Cédigo de Processo Civil confirma a obrigatoriedade da “paridade de armas” entre litigantes em seu art. 7° “Art. 7°. E assegurada as partes paridade de tratamento em relacio a0 exercicio de direitos ¢ faculdades processuais, aos meios de defesa, aos mus, aos deveres e &aplicagto de san- ses processuais, competindo 20 juz, zelar pelo efetivo contraditério” Poreesta linha de raciocinio, verifica-se que 4 interpretagio extensiva em casos como 0 enfrentado pelo Superior Tribunal de Justiga representa em verdade uma interpretagio da norma processual de acordo com a Constitui- ‘io Federal, diretriz esta que consta inclusive dort, 1° do novo diploma processual: “Art. 18. O processo civil ser or denado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fun- damentais estabelecidos na Constitui- so da Repiblica Federativa do Brasil, observando-se as disposigoes. deste Codigo” (grifei. Wa CONSIDERACOES: Por tudo iss0, tentendemos que agiu 20m acerto © Superior Tribunal de Justica ac) possiblitar a utlizacso da interpretardo extersiva, masmo estando dante de rol taxativo previsto pelo legislador, tal como no caso das hipoteces do agravo de instrumento, 1s esta deciséo mostra: se harménica com os Principios Corstitucionais de sonora e do Devide Proceso Legal, além de gerantir que o diploma leaal nossa atingir seu objetivo.em plenitude pet gredundo.em res A alteracao das Sumulas do Tribunal Superior do Trabalho ‘TST marcou sessio do Tribunal Pleno em 06 de fevereiro de 2018 para apreciar propostas da Co- do de Jurisprudéncia ¢ Pre- cedentes Normativos de alteragio de urispru- déncia do proprio TST. Em cumprimento a0 novo texto da CLT instituido pela reforma trabalhista publicou ainda um edital para que houvesse manifesta- fo das entidades de classe de nivel nacional, sellio Federal da OAB e Confederagbes Sindicais no prazo de 10 dias. ‘A sessdo foi cancelada para aguardar os julgamentos das diversas agdes que visam a inconstitucionalidade tanto da lei toda como de alguns de seus aspectos. ‘Nao vamos analisar neste artigo o teor das alteragdese cancelamentos de simulasindica- das pelo TST, que, grosso modo, se aprovadas, gerariam a “reforma da reforma’, mas sim, se OTST, apés a reforma passou a ter um poder normativo que legalmente nao tinha antes, ou sea decisio do TST em alterar as stimulas foi precipitada por nao cumprir o disposto no ar- tigo 702 da CLT em sua nova redagio. AAs simulas dos diferentes Tribunais, em qualquer area de especializagao, devem refle tira unificagio de jurisprudéncia decorrente de reiteradas decisdes que reflitam um mes mo entendimento, considerando ainda as situagées féticas dos precedentes utilizados. Dessa forma, Tribunais estaduais ou regionais também devem unificar suas jurisprudéncias. O Cédigo de Processo Civil, anterior a lei 13476 (reforma trabalhista)estabelece: Art, 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudénciae manté-la estivel, integra € coerente. § 1°, Na forma estabelecida ¢ segun- do os pressupostos fixados no regi mento interno, 0s tribunais editarao CC As sumulas dos diferentes Tribunais, em qualquer area de especializacao, devem refletir a unificacao de jurisprudéncia.... 4) enunciados de stimula corresponden- tes a sua jurisprudéncia dominan § 2. Ao editar enunciados de stimu- la, 0s tribunais devem ater-se As. cir- cunstancias fiticas dos precedentes que motivaram sua criagio” Ao analisarmos a lei processual civil, verificamos que ha dois elementos para edi- ao das simulas sa a. elas devem refletrjurisprudéncia dominante b. devem se ater as circunstnciasfiticas dosjub gados anteriores utilzaco como precedentes. Portanto, ocaminho temporal de uma st- mula, segue 0s seguintes passos: 1», Existe uma lel 20. Essa lei é aplicada a varios casos con. eretos, quando 0 judiciario é mavimentado pelas partes, 3°, Visios Tribunais, ou virias Turmas ou Camaras de um ‘Tribunal comecam a proferir decisdes sobre tais casos, E, como tempo, 4. As decisoes comegam a refletir resolu: ces num mesmo sentido E, 52, Num determinado momento a maioria, dasdecisoesreflete um mesmoentendimento da aplicagao da lei A situagies fiticas semelhantes. Apésesses passos, chega-se ao procedimen- to de unificagdo de jurisprudéncia ~ simula, enunciados, precedentes ~ de acordo com 0 fixado em regimento intemo de cada Tribunal Na esfera trabalhista, a lei 13.4 beleceu no artigo 702 da CLT o procedimento dessa unificacdo, indicando ao Regimento in- terno como regular a matéria, © Artigo est no Capitulo que trata do TST regulando a competéncia do tribunal Pleno, dizna letra f do item I: “estabelecer ou alterar siimulas € 0 enunciados de jurisprudéncia uniforme, pelo voto de pelo menos dois tergos de seus mem- bros, caso a mesma matéria ja tenba sido dec Debate |samcuncane c¢ dida de forma idéntica por unanimidade em, no minimo, dois tergos das turmas em pelo Na esfera trabalhista, a ‘menos dez sess6es diferentes em cada uma de tas pedendo, ands, por maioia dedois egos lei 13.476/17 estabeleceu de seus membros, restringir os efeitos daquela no artigo 702 da CLT declaragio ou decidir que ela sé tenha efici a partir de sua publicagao no Diario Oficial” 0 procedimento dessa O legislador preocupou'se com 0 quorum Be te para a fxagdo de uniicagéo jurisprudencial unifica¢ao, indicando ao ee ae Regiment interno como como “jurisprudéncia num mesmo sentido’, regular a matéria. os ditos precedentes. ‘A nova lei indica que para que haia uma uniformizagdo de jurisprudéncia através de uma stimula, as decisées usadas como basem devem ser fruto de decisdes undnimes e idénti- casde no minimo2/3 dasdiferentes Turmasdo TST, em, pelo menos, dez sessoes diferentes. Assim, as simulas obedecem os requisitos da lei processual civil de existéncia de deci- sbes anteriores no mesmo sentido, deixando de ser emitidas com poucos ou nenhum pre- cedente que as justifique. 4 { ‘Um exemplo pritico de que as siimulas \ nem sempre refletiam as decisbes em maioria, anterior a lei atual, foi a edicao da stimula 331 com cancelamento da stimula 256, que proi- bia a terceirizagio. A nova stimula pratica- mente regulou a terceitizagio até a alteracio da lei 6019/74, mas contrariando reiterada e repetitiva jurisprudéncia da época que segui a na stimula 256, Assim, visando retirardo TST o poder fico, porque nao legal, de editar normas que contra ravam a lei o artigo 702 da CLT foi aterado. Portanto, o TST nao pode mais editar si mulas que nao reflitam o entendimento de jurispruclencia anterior, contida em decisdes de “forma idéntica por unanimidade em, no :inimo, dois tergos das turmas em pelo me- nos dez sessbes diferentes em cada uma delas” Sendo assim, seu "poder normative’, se no eatinto foi "controlado” A grande questio que resta €: Poderia oTST, face as alteragdes do artigo 702 sequer analisar as simulas atuais para modificétas, sendo para cancelars que contrariassem a lei nova? Meu entendimento é de que ao efetuar 0 lexame e marcar a sesso para votar taisalte- rages, que nao os cancelamentos, puro esim- ples das que contrariassem a lei, o TST agiu contraa lei. Sendo vejamos a anilise gramatical da lei no trecho que trata das decisoes que serviriam de base & nova simula, No trecho a seguir: caso a mesma matéria jd tenha sido decidida de forma idéntica por ‘unanimidade em, no minimo, dois tergos das turmas em pelo menos dez sessbes diferentes em cada uma delas. © que temos € que a mesma materia ja tenha sido decidida de forma idéntica, ou seja, foi decidia no passado, em momento temporal anterior ao da alteragio ou criagio de simula. E as decisdes devem ter sido proferidas ‘em situagdes fatica julgadas com base na let nova, néo na lei revogada. Nao fosse assim, 0 TST teria o poder nor mativo de anular um diploma legal votado aprovado pelo Congresso Nacional. As decisoes que servirdo (no futuro) de base para uma alteragio ou criagto de simu las devem considerar situagbes faticas julga- das com base no novo diploma legal. As stimulas atuais refletem decisdes ante- riores baseadas na lei anterior. Toda matéria regulada na nova lei que era regulada de ma- neira diversa por stimula existente se sobre- pés a essa stimula, que perde sua eficécia. Ora, a jurisprudéncia anterior ndo pode contrariar lei nova, Portanto, nao cabe ao TST alterar sti- mulas alterando. entendimentos legais atuais, mas sim, meramente, se quiser ofi- cializar sua ineficécia pritica ¢ legal, cai celar as emitidas anteriormente & nova lei e que a contrariem AVALIAGAO Ao nao agir assim, 0 TST ferird a regra contida no artigo 702, [letra f, a0 nao emi- tir ou alterar stimulas baseando-se em de- cisdes de uma mesma matéria jé tenha sido decidida de forma idéntica por unanimida- de em, no minimo, dois tergos das turmas em pelo menos dez sess0es diferentes em cada uma delas. Portanto, 0 TST, apés a reforma nao passou a ter um poder normativo que le- galmente ndo tinha antes, mas sua decisto em alterar as siimulas foi precipitada por ndo cumprir 0 disposto no artigo 702 da CLT em sua nova redagao, W CONSIDERACOES Cabe a sociedade adefesa da legalidade das rovas stmulas, Mais, cabe a0 préprio TST zelar pela legalidade de seus atos. Agir de outra forma, é ferir alei ea separacao dos poderes. ‘cia fundadoreca bance, avopodos:cradunds tm Soar Corccesrode abel. FalSo anon advopad © Cindvidual ecole Sines implemenacso Mercado Blockchain para advogados Iniciativa pretende oferecer capacitacao de alto nivel sobre as aplicacdes da tecnologia "a chamada era da disrupgio, 0 mercado juridico nao fica de fora Desta forma, intimeras bancas € escritérios estéo se preparando para entender e aplicar as novas ferramentas tecnologicas que surgem dia apés a dia, entre elas 0 Blockchain, também conhecido como “o protocolo da confianga’, um conceito que promove a criagao de registros e dados com- partilhados de forma universal. O Blockchain 6 considerado a grande mola propulsora do bitcoin, j4 que com o sistema ¢ possivel obter todas as transagBes na rede. Seu projeto origi- nal tem servido de inspiragdo para osurgimen- tode novascriptomoedase de bancosde dados distribuidos” © Blockchain esta transforman- do diversas indiistrias e acreditamos que, em ;pouco tempo, todos sero afetados, de alguma forma, por essa tecnologia. Por iso, decidimos fundar a Mosaico University, nascendo com 0 propésito de prepararlideres, empresas ¢ uni- versitirios para as mudangas em seus respect vvos setores’, explica Ythalo Silva, CEO e fun- dador da Mosaico Digital Assets, iniciativa do grupo Mosaico Digital Assets, que nasce como objetivo de preparar € capacitar profissionais acerca dos assuntos € transformagoes vividas pela atuacdo do Blockchain nos mais diferen- tes segmentos de negécios. 0 setor juridico jé enfienta desafios rela cionados, por exemplo, & regulacao de ativos digitais (como criptomoedas) ou, ainda, no desenvolvimento de “contratos inteligentes’, Essas so algumas das transformagées pelas quais 0 segmento passa, 0 que indica que, ‘muito em breve, advogados e profissionais do setor deverdo se adaptara uma novaindiistria legal. Confira alguns pontos relacionados a0 mercado juridico e esclarecidos pelo advoge- do Alexandre Garcia, facilitador da Mosaico socio da MAR ventures, atuando como Le- gal Mind & Blockchain Initiatives, no desen- volvimento de novos negécios baseados em blockchain, Al e quantum computing, EM QUE MOMENTO voces PERCEBERAM QUE © BLOCKCHAIN PODERIA IMPACTAR DE FORMA DEFINITIVA © MERCADO JURIDICO? ‘A esmagadora maioria dos sistemas juri- dlicos parece ter sido inspirada no medo, a0 invés de na confianga entre os seres humanos. Assim, logo que compreendemos o potencial do Blockchain para instaurar a confianga nas relagdes entre duas pessoas que se desconhe- em, reconhecemos nele a possibilidade de terum papel central na transformagio nao s6 do mercado juridico, mas da forma como 0 direito em siesta posto. ‘Ao reconhecer-se a existéncia dessa nova fenomenologia social emergindo a partir da confianga, deverd surgir uma nova sociologia juridica e, entdo, um novo direito posto. Cla- ro que 0 avanco do mercado juridico nio esta sujeito a linearidade do tempo e muito menos A existencia desse novo direito posto. Em todos os aspectos em que o paradig. ma da lei traz apenas uma sugesto ou um standard minimo de conduta, jé existe es- ago para criagdes juridicas valendo-se do Blockchain para inovar ¢ tornar as relagGes juridicas melhores, muito acima dos pa- droes ménimos da lei e de qualquer relacto juridica fundamentada no medo, na des- jade ou na culpabilidade/respon- ou penal. QUAIS SAO AS PRINCIPAIS DUVIDAS DOs ADVOGADOS BANCAS DE DIREITO? No Brasil, as diividas que parecem ser as, ais recorrentes referem-se ao fancionamen- to do Blockchain em si, & possibilidade de utilizac2o dos chamados Smart Contracts € & regulacao das denominadas Initial Coin Offe- rings, ou ICOs, Sao todas diividas importantes. A primet- 1a, porque, ao ser esclarecida, vai possibilitar a0s advogados desenvolver uma pritica no sentido de auxiliar 0 desenvolvimento do proprio ecossistema criptogréfico em torno do Blockchain, ‘A segunda, porque aprofundar o conheci- ‘mento sobre eles, pode levar& criagdo de con- tratos auto-executiveis sobre o Blockchain, sendo que tais contratos podem ser utilizados como a base, por exemplo, para formas com- pletamente inovadoras de tesolugio de con- flitos ¢ para a formagio de um novo sistema de justica distribuida com base no Blockch: Eaterceira, porque os ICOsja representam ‘uma relevante forma de acesso a capital, que requer muitos cuidados para nio incorrer em nenhuma violagao as leis e normas sobre valores mobilidrios, mas que jé pode ser considerada uma alternativa viével para o financiamento de muitos projetos. CITE ALGUNS EXEMPLOS DE SERVICOS POSSIVEIS UTILIZANDO BLOCKCHAIN E SMART CONTRATS. E SEU IMPACTO NA VIDA DO ADVOGADO. ‘Os Smart Contracts aliados ao uso do Blo- cckchain, em que tais contratos podem ser regis- trados de forma imutivel, tem potencial para impactar praticamente todo. tipo de prestagao de servigos setores produtivos conhecidos. No Direito Eleitoral, por exemplo, ja esto sendo utilizadas plataformas com smart con- tracts rodando sobre o Blockchain, em que se climina qualquer possibilidade de assimetria informacional em pesquisas eleitorais, uma ‘vez queas opinides de intengdo de votos ficam sendo de conhecimento apenas da “rede” de smart contracts existente no Blockchain até a divulgagto do resultado final de tal pesquisa, sem que a interferéncia humana possa adul- terar o resultado de tais pesquisas eleitorais. No Direito Publico, 0 Blockchain pode- ria ser utilizado para validar e “carimbar” 0 dinheiro a ser destinado a cada rubrica pre- vista nos orgamentos piiblicos, de maneira que montante alocado a uma certa rubrica somente pudesse ser gasto com aquela rubri- a para a qual foi alocado. Parece dbvio, mas znem sempre é possivel confirmar que os mon- tantes previstos ou, em alguns casos, vincula- dosa determinadas rubricas sio de fato gastos exclusivamente com elas. Iso seria itil em si- tuagdes como a vivida no pais com a CPMF ‘ou mesmo no caso de cobranga de taxas, cujo valor é vinculado a uma destinagto specifica. No Societirio, nao se pode ignorar aque parecem estar surgindo os primeiros in cios da possibilidade de criar uma nova forma organizativa, mais uida, colaborativa, em que (0 sécios ou participantes no sio previamente conhecidos (ainda que possam vir a ser desco- bertos por meio dos seus pseudénimos alfanu- ‘meéricos), com uma forma de governanga parti- cular, de preferéncia on-chain (Le. por dentro do Blockchain) eum nivel de autonomia em relagao ‘ages humanas que s6 um oédigo de compu- tador pode prover, seriam as chamadas Distri- buted Autonomous Organizations, porém, com ‘um ajuste muito importante que nenhum Blo- ckchain langado até o presente momento parece permit, que seria a aplicagdo do principio Code isLaw as avessas, ou sea, Law is Code, Wi VisAO JURIDICAL 73, Direito&Arte sonmonconnmmannan: stamos vivendo a Era da tecnolo- gia e isso € uma situagao inevitivel Nao temos como claudicar diante da realidade em que vivemos onde qualquer pessoa no meio da rua é um poten cial difusor de noticias, informagoes, imagens € videos. Estamos sendo vigiacos por tudo por todos, O Big Brother, futo da imaginagio de um novelista, € real, presente e sentido. E quase impossivel encontrar um residente cita dino que nunca tenha visto a famigerada fra- se: “Sorria, voce esté sendo filmado!". Estamos sendo monitorados 24 horas por dia. A pelicula Show de ‘Truman retrata um enredo envolvente e emotivo. Raro encontrar uum telespectador que nao se sensibilize com a vida de Truman Burbank, um homem que tem sua vida devassada em todos os momen- tos de sua existéncia, desde o nascimento até avida adulta, e nemimagina queesté vivendo O Show de Trumaneé a invasao de privacidade ‘uma vida simulada e interpretada por atores € airizes, todos contratados por um progra- ma da televisio, transmitido 24 horas por dia para bilhdes de pessoas ao redor do mundo, um verdadeiro Reality Show. Em certa oca- sifo, Truman comega a suspeitar de tudo 0 que ocorre ao seu redor e passa atentar desco briro que esté ocorrendo com sua vida Acidade em que Truman vive € Seahaven, que em tradusio literal quer dizer paraiso do mar. Esta cidade € cenografica, constituindo- -se em um cenério completo com um enorme domo (galpio) ¢ habitada por atores, dreto res € a equipe do programa, permitindo que 0 diretor-geral do programa, o Se. Christof qualquer semelhanga com 0 nome de Cristo ino é mera coincidéncia - controle todos os aspectos da vida de Truman, até mesmo 0 lima, Os obsticulos que surgem para atrapa- Ihar‘Trumana descobrira realidade sa mani: rc 4 Diante das premissas do filme e as garantias juridicas do cidadao 0 que Kolel<-1aV- ane RMU IAA) cenario totalmente desrespeitoso com as licdes do direito vigente... TITULO: The Truman Show DIREGAO: Peter Weir ELENCO: Jim Cortey, Laura Linney Natasha Mfhon COR EUA, 1998 CATEGORIA: Diane DVD: 1o4mir pulados por Christof que usa como artificios para conduzir Truman e sua personalidade. Para moldar 0 comportamento de Truman, Christof encena “matar’ o pai de Truman em uma tempestade no mar, criando, dessa for- ma, um medo de agua na personagem prin- pal. Entretanto, apesar do controle, Truman comega a reparar coisas entranhas e passa a se comportar de maneiras inesperadas, em particular se apaixonando por uma figurante, Sylvia, em vez.de Meryl, a atriz que deveria ser sua esposa, RIGHT BE ALONE ( juiz americano Cooly, em 1873, defini privacidade como o direito de nao ser inco- modado de ficar em paz, de estar sozinho sem ser importunado, Os americanos chamam de right be alone. Faz-se mister também relacionar os nomes de Samuel D. Warren e Louis D. Brandeis como. verdadeiros estudiosos do assunto, inclusive, desempenhando um estudo que exclamava surgir dos adventos comerciais uma nova for- made violar o ser humano e seus direitos Nossa Carta Magna de 1988 assegura os mesmos direitos preconizados pelo juiz Co- ‘oly em seu dispositivo 5%, inciso X. Diante das premissas do filme as garan- tias juridicas do cidadao 0 que observamos é uum cendrio totalmente desrespeitoso com as ligdes do direito vigente, uma vez.que Truman nio tem direito a ficar sozinho, a viver uma vida tranquila e por ter seu nome ¢ sua historia envolta em uma complexa rede de informa- goes pessoais, do qual ele sequer tem ciéncia dessas atividades. F uma verdadeira devassa com ares de vitupério a vida de um ser huma- no, violando principios e regras. Vale a pena assistir Show de Truman como meio de alerta a0 momento em que estamos vivendo, rodea- do por smartphones, cameras e lashes. WI Sigamersa de Socrates soba Outros Temas /“iassonisnsr Minirreforma do PIS/COFINS: mais do mesmo to no interior de S40 Paulo, 0 Ministro da Fazenda Henrique Meirelles apresentow uma lista de propriedades do governo. Dentre as quais, ele citou a minirreforma do PISICOFINS, Segun- doo Ministro, na ocasido, a minirreforma seria apresentada ao congresso até final de marco, e entio, nada de mais concreto ocor mo se sabe, a legislacso dessas contribuigdes & complexa e as lacunas existentes tém dado espago para interpreta- ¢6es diversas, contribuindo para a inseguranga juridica, uma vez.que decisdes administrativas ¢ jurisprudéncias tém servido muitas vezes de base de orientagio para as empresas Atualmente, 80% dos litigios tributarios em discussao no CARF se referem 20 PIS COFINS. Assim, diante dos cenérios politico € econémico 0 que devemos esperar dessa re- forma ou minirreforma? Recentemente, Jorge Rachid, Secretério da Receita Federal, teceu com um pouco mais de detalles de como seria essa reforma, Segundo 0 S. reforma do PIS/CO- FINS seria feita em duas etapas, com o ob- jetivo final de unificar as duas contribuigdes © cronograma esperado para uma reforma completa, no entanto, pode chegar a dois anos. Se considerarmos, ainda, 0 atual cené rio politico eleitoral, esse prazo pode ainda ser maior. Por isso, 0 governo decidiu fazer retario, .888a urgéncia do governo parece ser muito mais para evitar uma sangria de caixa a facilitar a vida das empresas, sangria essa causada por boa parte das decisées do CARF favoraveis aos contribuintes... essa reforma em duas etapas, chamando o primeiro passo de minirreforma, No entanto, essa urgencia do govemo parece ser muito mais para evitar uma san- gria de caixa a facilitar a vida das empresas, sangria essa causada por boa parte das deci- soes do CARF favoraveis aos contribuintes 6, principalmente, pelo recente veredito da ¥ seqdo do STJ sobre a matéria permitindo que as empresas tomem créditos de insumos com base na essencialidade para as atividades econdmicas. Essa decisdo, de cardter repeti vo, € que, portanto, deve ser aplicada a todos 6s processos em julgamento sobre o assunto, pode gerar uma perda de RS50 bilhdesa0sco- fires da Unio. Nesse sentido, Rachid, apesar de propor ‘uma minirreforma com fins de simplificagio, permitindo que as empresas tomem crédi- to de todos os insumos, indica também um aumento de aliquota tributéria, na mesma proporgio do aumento da base dos créditos para nio perder a arrecadagio. Hoje, esses dois tributos representam a maior fatia da ar- recadagao tributaria federal. Cerca de 30% da arrecadagao com tributos federais (excetuan- do-se a receita previdenciéria) vem do PIS e da COFINS. Portanto, sio tributos muito re~ levantes para Unido, No entanto, o Secretario nao detalhou até 0 momento de quanto seria esse aumento, ‘SEM PERSPECTIVAS Se, além do exposto, adicionarmos 0 es- friamento da reforma de previdéncia na equa- ‘40, 0 que devemos esperar, de fato, ¢ uma repetigdo do que ocorreu quando da criagio do sistema nao cumulativo do PIS ¢ da CO- FINS. Em 2003, 0 entdo Ministro da Fazenda Antonio Palocci, com o pretexto de criar um sistema nao cumulativo, segundo ele mais justo, propés 20 Congresso a elevacio das ali- ‘quotas combinadas desses tributos de 3,65% para 9,25% aumentando demasiadamente a carga tributiria das empresas optantes pelo Lucro Real, principalmente as prestadoras de servigos as quais os custos de mao-de-obrasio Enfim, mesmo sob o pretexto da simplifi- cago, é bem provivel infelizmente, que qual- {quer alteragao na sistematica de apuragio do PIS ¢ da COFINS provocara novamente um aumento da carga tributéria desses tributos {que incidem diretamente sobre as receitas da pessoa juridica, 0 que nos tornara cada vez mais caros e menos competitivos. WI Faculdade de &2opomia fm ctncie ContSboie Pentoude (FECAP) © ‘tora, Coneuora€ teil oe ea NOVO MUNDO DO TRABALHO Disrupcdo, think tank transhumanisma, rob atores sociodigitals, teste de Turing e singularidade roborrevolugéo, uberizagao, danwinismo digital, gig economic, quantas novidades e oportunidades. O presente trabalho tem a intengao de provocar e instigar vocé, leitor(),a fazer parte deste mundo digital, deste novo e distuptivo universo, de comunidades virtual, sora d8 Hamsncsce ‘empresas virtuals, democracia virtual, proprios de um. = Direlto do Trabalho 2.0 AUTOR: YssINooh PAGINAS: EDITORASLsH! TITULO: eo do HUMANISMO. tbat 20 © autor repassa.a histéria da humanidade, ou do homo. Daruodv0 sapiens, desde o surgimento da espécie durante a AUTOR: Amino pré-historia até 0 presente, mas em ver de apenas Se “inventariar" 0s fatos historicos ele os relaciona com PAGINAS: quest6es do presentee os questiona de manelra surpreendente, Alem disso, para cada fato ou crenga que temos como certa hoje em dia, o autor apresenta as diversas interpretagoes existentes a partirde diferentes pontos de vista, inclusive as muito atuais, val akim, sugerindo Interpretacdes muftas vezes desconcertantes, EDITORA‘LIr TMM FILOSOFIA True: Feo ac Tragédia grega emblematica, apresentada pela primeira bobeite lane vez provavelmente em 430 aC em Atenas, Edipo rei é Pines Junto com Fomewe Jule e Hamlet\deShakespeare,a ‘TRABUCO: soca ‘pega mals conhecida da literature acidental, Apos deci ‘enigma da Esfinge, Edipo toma-se rei de se com Jocasta, a rainha viva, Anos mais tarde ele é EDITORA: 21 confrontado com a desafio de desvendara assassinato de Laio, seu antecessor no trona, Ao investigaro crime, contudo, surgem duividas sobre sua propria identidade,e ele faz descobertas que o levardo nsagrada traducao deta do ‘grego pelo renomadio helenista Mario da Gama Kury, que preservou a versficacio original lenriquecida por uma apresentacao esclarecedora da especiaista em lingua e literatura ‘gregas Adriane de Silva Duarte, PAGINAS:128 a mals dolorosa das catarses..Estaedigdo conta coma Momento do Livro a “Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica”, Sao palavras de Jane Austen para a per sonagem-titulo de seu iltimo livro publicado em vida, em 1815. Emma € uma jovem de 20 anos cheia de si, observadora e perspicaz, que se diverte bancando 0 cupido. Para arranjar casamen- tos, manipula pessoas ¢ alimenta seu ego, pois, se considera a moga mais culta e elegante da regio. Fazem parte de seu circulo Jane Fair- faz e Harriet Smith, jovens que em sua apa rente simplicidade a surpreendem e intrigam, Emma, que vive com o pai vitivo e hipocon- driaco, também se apaixona. S6 que esta tio preocupada coma vida dosoutros, que demo- raa perceber os proprios sentimentos. Mistérios, enigmas e reviravoltas sao mar- cas deste romance ambientado na ficticia vila interiorana de Highbury, na Inglaterra, movi- mentada por bailes, jantares e visitas sociais Reflete 0 universo em que Jane cresceu, como fitha de pastor, observadora da sociedade. Numero de paginas: 478 Editora: Lafonte Ja nas bancas e livrarias Ree Cnc CCCon rnc www.escala.com.br Defesa pessoal Saude brasileira: menos leitos, Menos esperanca saiide no Brasil tem surpreendido pelo lado negativo e pela crise que se aprofunda a cada ano. A dimi :nuigao de leitos nos hospitais bra triste e que agrava o cendrio sanitirio do pais. Redes piblicas e privadas estio mergulhadas em problemas estruturais € de atendimento ao paciente Em outras palavras, a satide vem sendo tra tada como grande parte de seus pacien: tes, no corredor e correndo risco grave de padecer. De acordo com um levantamento reali- zado pela Federacao Brasileira de Hospitais (EBH) de 2010 a 2017 os hospitais priva dos perderam 10% de seus leitos - 31,4 mil unidades. Com isso, eles tém hoje 264 mil leitos hospitalares. Nesse perfodo, encerra ram suas atividades 1.797 hospitais e foram inaugurados 1.367, ou seja, a rede perdeu 430 unidades. Por regido, a perda maior foi no Nordeste (19,2%), seguindo-se a Norte (13,3%), a Sudeste (12,9%), a Centro-Oeste (490) «Sul (258), A crise hospitalar acende mais uma luz vermelha no setor. A diminuigao de leitos & reflexo de uma série de fatores que envolvem gestio administrativa, financeira ¢ também questdes como a onda de faléncia e proble ‘mas dos planos, operadoras e seguradoras de satide, Segundo a FBH, entre as varias causas que explicam uma perda to grande esti 0 fato de, no Brasil, mais da metade dos hos pitais privados ter até 50 leitos, a maior parte concentrada em cidades do interior. Unide- des de pequeno porte nio conseguem ter eco- nomia de escala ¢ produtividade capazes de tomié-las economicamente viéveis cusTos Outra causa é a remuneragio paga pelo Sistema Unico de Satide (SUS) aos hospitais privados e filantrépicos para atender pacien- tes da rede piiblica. A tabela de procedimen: tos do SUS cobre apenas 60% dos custos médi: cos. E isso refletiu no fechamento de 53% dos hospitais entre 2010 e 2017, pois atendiam pa- cientes do SUS. Nao é pouco comum o uso da chamada dupla porta de entrada, Na pratica, trata-se de um mecanismo em que leitos em hospitais com credenciamento pelo SUS sio reservados para a rede privada (Ou seja, leitos ja escassos na rede pablica, so repartidos com o sistema privado, pela neces- sidade de as instituigdes receberem um pouco mais pelos seus servicos. Aparentementeissoséserviria paradaraos clientes dos planos a tinica coisa que eles ndo tem nosservigos piblicos de saide: distingao, privilégio, prioridade, facilidade, conforto adicional, mordomias ou outras coisas do ge nero, o que custa caro em hospitais privados € pode ser “mais em conta” quando o plano de saiide negocia com hospitais piiblicos. No entanto, hd prejuizo de quem nao tem como pagar por tais servigos, af o dircito se consi- dera lesado em principios como igualdad dignidade da pessoa humana, sadde, mora- lidade pablica, legalidade, impessoalidade e A Judicializagao também interfere na ad- ministragio dos leitos. Tanto que ha varias ordens judiciais mandando internar na UT, mesmo nio havendo vagas. Os médicos que trabalham nos hospitais e acabam tendo que fazer escolhas dificeis sobre quem vai ser in- temado e quem nio vai ser. Em um pais melhor, bom seria que nto houvesse tantos doentes que necessitassem de internagbes. Bom seria que houvesse mais di nnheiro para investir em prevencio ¢ em medi- das basicas envestia saneamento no pais. Mas, essa nao € a realidade. A satide sera um dos temas mais debati- dos e explorados pelos candidatos nas pr6- ximas eleigdes - 0 que seria positivo se as promessas nao passassem somente de pala- vras ao vento. O pais precisa de agdes con- cretas € urgentes para estancar os proble- mas, sem paliativos. WI An 1 ie - anunclar@escala.com.br Espaco CAASP CAASP socorre | advogados em situa¢ao de caréncia comprovada A concessio de auxilio pecuniério aos advogados em comprovada situagao de caréncia, sobretudo aqueles impossibilitados de trabalhar devido a problema de sati- de, € principal atribuigdo da CAASP. A condigao minima exigida para que o pedido seja deferido é que o solicitante seja inscrito ha pelo menos um ano na Segio Sio Paulo da OAB e comprove exerci- cio regular da advocacia. Cabe a assistentes sociais da CAASP fazer visitas aos advogados que solicitam auxilio e, a partir de entrevis- tas ¢ ajuntamento de documentos, emitir os respectivos laudos sociais, os quais sio analisados em processos em Cimaras de Beneficios conduzidas por um corpo de relatores, todos advogados que realizam essa tarefa vo- luntariamente. Cada uma das Camaras de Beneficios é presidida por um diretorda Caixa. Os beneficios da Caixa de Assisténcia dos Advo- gados de Sao Paulo estio contemplados nas seguin- tes modalidades: AUXILIO-CRECHE - Visa atender criangas matri- culadas em instituigdes de ensino credenciadas pela CAASP. AUXiLIO-EDUCAGAO - Destinado a atender advo- ‘gados que se encontrem em dificuldade financeira para custear material ¢ uniforme escolar dos filhos menores que estudem em escolas publicas. AUXILIO EXTRAORDINARIO - Visa a atendersitua- s6es especiais ou deemergéncia, decariter imprevisivel, devidamente comprovadas, AUXILIO-FAMILIA MENSAL - Destinado a atender as necessidades vitais da familia do advogado falecido, que em razao do ocorrido, esteja pasando por dificul- dades financeiras. AUXILIO-FUNERAL ~ Visa a dar apoio financeiro & familia do advogado falecido, para custeio de despesas com os procedimentos funerérios. AUXILIO HOSPITALAR — Destinado « cobrir, total ou parcialmente, despesas hospitalares AUXILIO-MATERNIDADE- Destinado as advogadas mies que tenham o sustento do lar comprometido pela interrupgio da atividade profissional. AUXiLIO-MEDICAMENTO - Destinado a portadores de doengas graves, crénicas ou incuriveis, que necessi- tem de medicamentos de uso continuo. © beneficio & concedido em género (remédios). AUXILIO MENSAL - Concedido a advogados que, por motivo de incapacidade laborativa total ou parcial, tran- sitéria ou permanente, nao tenham renda para garantir sua subsisténcia, E concedido por periodo determinado € passivel de renovagio. AUXILIO-NATALIDADE - Visa a atender 0 advogado nas despesasiniciais decorrentes do nascimento da crianca. AUXILIO ODONTOLOGICO - Destinado a cobrir to- ‘al ou parcialmente as despesas com tratamentos adon- tolégicos, realizados preferencialmente nas clinicas odontolégicas da CAASP ou na rede credenciada. Para saber como proceder para solicitar beneficio pecunid- rio d Caixa de Asssténcia, acesse www.caasp.org.br A variedade de produtos saudaveis no cardépio pode representar mais qualidade de vida. Por meio dos alimentos, é sees B Kren Cte tM ce reLeol oy do organismo e até mesmo salvar 0 seu corpo de algumas doengas. PEE) Ja nas bancas 3 an SZ he 7 a iyeteeny Ou acesse www.escala.com.br eerie) SPevroyntcc) Anne Frank registrou em seu diario 0 que acontecia no esconderijo onde viveu com a familia durante a Segunda Guerra Mundial. Nele, escrevia cartas a sua melhor amiga, Kitty. Anne relata nao somente os momentos de tensao e estresse, mas também de solidariedade e ternura. jA NAS BANCAS E LIVRARIAS! Ou acesse www.escala.com.br EE editoraescalaoficial

Você também pode gostar