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(CESPE-DPE-Adaptado) Em 19/12/2012, Elias, divorciado, e sua irmã, por parte de pai, Joana,
solteira, procuraram a DP para saber o que poderia ser feito a respeito da venda de um imóvel
urbano, realizada pelo pai de ambos, Aldair, a seu neto, Miguel, filho de Cláudio, irmão dos
assistidos, o qual havia passado a residir no imóvel com o pai alienante após a morte da
companheira deste, Vilma. Afirmaram que não haviam consentido com a venda, muito embora
dela tivessem sido notificados previamente, sem que, contudo, apresentassem qualquer
impugnação. A alienação consumou-se em escritura pública datada de 18/10/2002 e
registrada no dia 11/11/2002. Considerando aspectos relativos a defeitos, validade, invalidade
e nulidade do negócio jurídico, com referência à situação hipotética acima descrita, que é
necessário para sua anulação?.
R. Elias e Joana devem pleitear a anulação da venda feita pelo seu pai ao neto Aldair. Dispõe o
artigo 496 do Código Civil que: “É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os
outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.”. Não
obstante terem sido previamente notificados da venda, não houve o consentimento expresso
dos descendentes, como determina o mandamento legal.