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DOS CONTRATOS

O QUE É UM CONTRATO?

É um acordo entre duas ou mais pessoas, pelo qual ao menos uma delas
se compromete a cumprir alguma obrigação em favor da outra
DOS CONTRATOS

O QUE É UM CONTRATO?

É um acordo entre DUAS OU MAIS PESSOAS, pelo qual ao menos uma


delas se compromete a cumprir alguma obrigação em favor da outra

Existem contratos

1. Bilaterais:
compra e venda (1 comprador e 1 vendedor)
prestação de serviço (e tomador e 1 prestador de serviço/engenheiro)

2. Plurilaterais:
contrato financiamento imobiliário (comprador + vendedor + ag. financeiro)
cartão de crédito (usuário + administradora + banco financiador)
DOS CONTRATOS

O QUE É UM CONTRATO?

É um acordo entre duas ou mais pessoas, pelo qual ao menos uma delas
se compromete a cumprir ALGUMA OBRIGAÇÃO em favor da outra

A OBRIGAÇÃO PODE SER:

1. DAR (pagar o engenheiro, dar dinheiro para a execução da obra)

2. FAZER (prestar um serviço de engenharia, por exemplo)

3. NÃO FAZER (não revelar – sigilo profissional; não trabalhar para outrem ou não
prestar o serviço em determinada região – cláusula de exclusividade)
CONTRATO TRADICIONAL X CONTRATO DE ADESÃO
• Contrato tradicional é aquele em que as partes discutem todas as
cláusulas contratuais, redigindo seus termos em conjunto,
discutindo sobre todos os aspectos.

• Contrato de adesão é aquele previamente escrito por uma só das


partes, onde a outra somente insere seus dados pessoais e as
características do objeto negociado ou da prestação de serviço. Uma
das partes simplesmente ‘adere’ ao que já lhe é apresentado pronto.
CONTRATO TRADICIONAL X CONTRATO DE ADESÃO
• Contrato tradicional é aquele em que as partes discutem todas as
cláusulas contratuais, redigindo seus termos em conjunto,
discutindo sobre todos os aspectos.

É O MAIS UTILIZADO ATUALMENTE

• Contrato de adesão é aquele previamente escrito por uma só das


partes, onde a outra somente insere seus dados pessoais e as
características do objeto negociado ou da prestação de serviço. Uma
das partes simplesmente ‘adere’ ao que já lhe é apresentado pronto.
OS PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM TODO O DIREITO CONTRATUAL

1. Função social dos contratos

2. Autonomia privada

3. Supremacia da ordem pública

4. Consensualismo

5. Relatividade

6. Obrigatoriedade dos contratos (“pacta sunt servanda”)

7. Revisão dos contratos por onerosidade excessiva

8. Boa-fé objetiva
O PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS

A principal função de qualquer contrato:

A) não é propriamente a segurança jurídica,

B) mas atender aos interesses da pessoa humana

C) e servir como meio desenvolvimento da sociedade

Art. 421, Código Civil. A liberdade de contratar será exercida em razão e


nos limites da função social do contrato.

Exemplos: juros abusivos, multas contratuais exorbitantes, cobrança de honorários


em valores exorbitantes diante da necessidade do cliente, cláusula prevendo a perda
de todas as parcelas pagas em caso de desistência do contrato etc.
O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

• Refere-se a:

Contratar o que quiser + Contratar com quem quiser


• A realidade demonstra, entretanto, que se for dada uma liberdade absoluta às partes
para celebrarem seus contratos, sem o auxílio das leis, isso resultará em meio de
dominação da parte mais forte sobre a mais fraca.

• Exemplos: a celebração de um contrato bancário se a Justiça não pudesse limitar os


juros; a celebração e a manutenção de contrato de locação se não houvesse uma lei
limitando o intuito lucrativo dos locadores; a celebração de contratos de construção se
não houvesse uma lei dando direitos aos adquirentes, como a devolução do valor pago
em caso de desistência ou a fixação de cláusulas de reajuste; a celebração dos
contratos pelo Poder Público se pudesse livremente escolher seu contratante, sem
fazer as licitações etc.

• Portanto HÁ LIMITAÇÕES NO QUE SE PODE CONTRATAR, limitações essas advindas


sobretudo dos Princípios da Função Social dos Contratos e da Supremacia da Ordem
Pública.
O PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA

• É o Estado fazendo leis ou emitindo decisões judiciais para interferir nos


contratos para garantir a igualdade das partes, a justiça e o bem social.

• Limita claramente o princípio da autonomia privada.

• Exemplos: contratos de telecomunicações, contratos bancários, contratos


no Código de Defesa do Consumidor, Lei do Inquilinato, Lei dos Planos de
Saúde etc.
O PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO

• O contrato, em regra, resulta do mero acordo verbal de vontades, do consenso,


independentemente de ser escrito ou ter formas especiais.

• Ou seja, a regra no Direito Brasileiro é que os contratos possam ser verbais, sem
ser necessário um documento ou testemunhas para que tenham validade.

• O documento existe somente para “provar” que o contrato existe, mas não é o
contrato em si. Pode existir contrato sem o documento escrito.

• Por exceção a lei exige a formalização de um documento para o contrato ter


validade – é o que ocorre, por exemplo, na compra e venda de imóvel, onde exige-
se a escritura pública registrada em Cartório para o contrato ter validade.
O PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO

Artigos de lei dispondo sobre os contratos verbais

Art. 107, Código Civil. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma
especial, senão quando a lei expressamente o exigir

Art. 427, Código Civil. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não
resultar dos termos dela, da natureza do negócio ou das circunstâncias do caso.

Art. 30, Código de Defesa do Consumidor. Toda informação ou publicidade, suficiente


precisa, veiculada por qualquer meio de comunicação com relação a produtos e
serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela
se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
OS CONTRATOS EM DÓLAR DO PLANO REAL

DÓLAR EM DÓLAR EM
JAN/1999 DEZ/2002

R$ 1,10 R$ 3,81
O PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA

• As partes devem agir com lealdade, transparência, honestidade, retidão,


consideração etc., com os interesses do outro contratante etc.

• É dever das partes desde antes de realizado o contrato, (daí a possibilidade de


condenação por propaganda enganosa ou abusiva) e perdura mesmo depois de
encerrado o contrato (daí a possibilidade de condenação por infração contratual de
um contratante que deprecia o outro, injustamente, mesmo após cumpridas todas
as obrigações).

• Exemplo 1: Caso Zeca Pagodinho x Cervejaria Nova Schin S/A (processos números
04.104.432-2 e 7.155.293-3, ambos do Tribunal de Justiça de São Paulo).
• Exemplo 2: O caso do vereador de Joinville e o terreno em montanha

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