Curso: ADMINISTRAÇÃO
2009
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 5
3 AMBIENTE DE MARKETING................................................................................. 13
3.1 ANÁLISE DO AMBIENTE E SUAS VARIÁVEIS.................................................. 13
3.1.1 Variáveis econômicas.............................................................................................. 13
3.1.2 Variáveis demográficas ......................................................................................... 13
3.1.3 Variáveis culturais.................................................................................................. 13
3.1.4 Variáveis tecnológicas............................................................................................. 14
3.1.5 Variáveis político-legais.......................................................................................... 14
3.1.5 Variáveis competitivas............................................................................................ 14
3.1.5.1 Forças Competitivas.............................................................................................. 14
8 MARKETIG DE SERVIÇOS..................................................................................... 42
8.1 CONCEITOS..............................................................................................................
8.2 CARACTERÍSTICAS E IMPLICAÇÕES DO SERVIÇO PARA A PRÁTICA DA 42
ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING......................................................................... 42
8.2.1 Inseparabilidade...................................................................................................... 43
4
8.2.2 Variabilidade........................................................................................................... 43
8.2.3 Intangibilidade........................................................................................................ 43
8.2.3.1 Marca em serviços................................................................................................. 43
8.2.4 Perecibilidade.......................................................................................................... 44
8.3 MARKETING MIX PARA O SETOR DE SERVIÇOS............................................ 44
8.3.1 Produto.................................................................................................................... 44
8.3.2 Preço......................................................................................................................... 44
8.3.3 Distribuição (praça)................................................................................................ 44
8.3.4 Promoção................................................................................................................. 45
8.3.5 Tipos de Serviços................................................................................................... 45
8.3.5.1 Serviço de Consumo.............................................................................................. 45
8.3.5.2 Serviços Industriais................................................................................................ 45
8.3.6 Contato com o cliente............................................................................................. 45
8.3.7 Qualidade total em serviços................................................................................... 46
10 ESTRATÉGIAS DE PREÇOS................................................................................. 52
10.1 FORMAÇÃO DOS PREÇOS – O CONCEITO DE VALOR PERCEBIDO.......... 52
10.2 ESTRATÉGIAS PARA A EMPRESA PASSAR A SER FORMADORA DE
PREÇOS............................................................................................................................. 52
10.3 A IMPORTANCIA DO PREÇO NO RESULTADO............................................... 52
10.4 ADEQUANDO PREÇOS – PREÇOS DIFERENTES PARA CLIENTES
DIFERENTES................................................................................................................... 53
10.5 AÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE PREÇOS..................................................... 53
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 54
REFERENCIAS ............................................................................................................. 55
5
INTRODUÇÃO
Sua ocorrência dá-se no início do século XX, final do século XIX, com o advento da
Mecanização da Indústria. O processo de produção em série, marcado por Henry Ford e seu
automóvel Modelo “t”, que se caracterizava, por produzir carros de qualquer cor, desde que
fosse preto. Algumas características marcantes:
- Demanda era maior que a oferta;
- Consumidor ávido por novos produtos duráveis;
- Produção passando de artesanal para em série;
- Foco central na linha de produção;
- Desponta a invenção de máquinas mecanizadas.
Com conceitos de produzir e produzir, ofertar produtos duráveis, apenas com tradição
de marca e sem muitas variedades e atrativos, detecta-se a necessidade de aumento de
consumo na sociedade. Essa mesma sofre no final dos anos 30, com a grande Depressão, seu
cerceamento de poder consumir em maior escala. Explode a carência de consumo de lotes
maiores. Diante desse quadro, surge a necessidade do “homem de Vendas”, alguém que
poderia desovar estoques altos.
- O Homem de venda é o principal elemento da empresa;
- Vender, tirar pedidos passa a ser o principal objetivo da empresa;
- A quantidade de compra dos consumidores deve ser estimulada ao aumento;
- A continuidade da venda era mero detalhe, o foco não era o cliente.
Marketing é uma via de duas mãos entre o mercado e as organizações, em que estas
buscam no mercado informações sobre seus desejos e necessidades, recebendo como retorno,
nesta primeira fase, as informações.
Como passo seguinte, as organizações passam a oferecer ao mercado os produtos e
serviços de acordo com os desejos e necessidades dos clientes, tendo como retorno recursos
financeiros e clientes satisfeitos.
1
KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2001.
8
“Marketing é visto como tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes
sejam estes pessoas físicas ou jurídicas”2.
“Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm
aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e
serviços de valor com outros”3.
Marketing4, “é o processo de planejar a concepção, o preço, a promoção e a
distribuição de bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e
organizacionais”.
Componentes e resultados do conceito de Marketing:
CONCEITO DE MARKETING
Orientação ao +
Cliente Atividades
Coordenadas Satisfação Sucesso da
de marketing do cliente organização
Objetivos de desem- +
penho da organização
2
KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2001.
3
Idem 2.
4
SANDHUSES, R. L.. Marketing Básico. São Paulo: Saraiva, 1999.
9
principalmente para aqueles diretamente relacionados com o mercado. Neste sentido, Raimar
Richers, define sua função como sendo “simplesmente a intenção de entender e atender o
mercado”.
Assim, todas as atividades relacionadas com a busca de satisfação dos clientes,
internos ou externos, tem uma relação direta com a existência das empresas, tendo nas
influencias positivas ou negativas, os executivos de marketing seus responsáveis.
Sob esta perspectiva, o marketing é muito mais do que uma ferramenta de promoção
de vendas; trata-se de uma filosofia dentro da organização, que tem no cliente a principal
razão de sua existência.
11
Cada empresa dota uma estratégia para conseguir vender produtos e serviços. A
orientação estratégica norteará todos os negócios da empresa e a sua forma de agir diante do
mercado e dos clientes.
A seguir, temos um panorama de como pode ser esta diferenciação.
Estas empresas têm a visão de que os clientes darão preferência aos produtos que
sejam encontrados em qualquer lugar e com preço baixo. Desse modo, a empresa procura
produzir cada vez mais, visando baixar seus preços e colocar seus produtos ou serviços no
maior número possível de pontos de venda, para que os clientes os encontrem com facilidade.
As necessidades e desejos individuais e o fato de que nem sempre o produto mais
barato satisfará a todos, não são levados em consideração. Como exemplo, alguns médicos
acreditam que o simples fato de oferecerem seus serviços por um preço acessível (via serviço
público), farão com que eles fiquem satisfeitos mesmo com longas esperas para serem
atendidos. Na realidade, os clientes estão totalmente insatisfeitos, e tendo qualquer condição
migrarão para uma consulta particular com um concorrente.
Portanto, nesta abordagem, percebe-se que não há uma preocupação maior com o
cliente, seus desejos e necessidades.
Estas empresas consideram que os clientes darão preferência aos produtos que
oferecem maior qualidade, desempenho e benefícios, direcionando a produção para produtos
que apresentem esses atributos ou características inovadoras.
Nesta orientação, as empresas idolatram seus produtos e de forma alguma pretendem
alterá-lo, mesmo que seus clientes demandem um produto diferente.
Por exemplo, algumas fábricas de máquinas de escrever preferiram continuar
fabricando máquinas de escrever ao invés de computadores, achando que seus clientes iriam
dar preferência a elas por sua simplicidade de manuseio.
Esqueceram que as pessoas são perceptíveis a mudanças tecnológicas e se adaptam a
elas com facilidade.
Esta orientação adota o pensamento de que os clientes não decidem, por si só,
comprar. Desta forma, a empresa precisa induzi-los a tomar a decisão, caso contrário não
haverá compra.
Diversas empresas adotam esta orientação e com sucesso. O que ocorre é que elas não
estão preocupadas com a satisfação das necessidades dos clientes, e sim com a satisfação de
suas próprias necessidades.
Muitas vezes, os clientes para quem foi vendido o produto não o desejavam e somente
o adquiriram devido a chamada “venda pro pressão”, o que pode, fatalmente, gerar um cliente
insatisfeito.
Segundo diversos autores de Marketing, um cliente insatisfeito é um inimigo em
potencial. Por exemplo, empresas que vendem enciclopédias, produtos para emagrecer e
outros, que procuram os clientes em casa, a noite, e insistentemente procuram convence-los a
adquirir seus produtos.
12
Estas empresas guiam-se pela seguinte forma de agir e pensar: procuram inteirar-se do
que os seus clientes desejam e oferecer exatamente o que eles querem. Fazem isto antes dos
seus concorrentes e de forma que os seus produtos se tornem diferentes e atrativos para os
clientes. Assim tem clientes satisfeitos, e tento estes, tem clientes fiéis.
Assim, 5 as empresas orientadas para o marketing tem uma preocupação constante
com os desejos dos clientes. Quando esses desejos mudam, as empresas procuram evoluir,
orientando-se pelo que os clientes querem, buscando formas que possam atendê-los.
A competitividade dos mercados, sejam eles globais ou regionais, faz com que as
empresas precisem estar constantemente preocupadas com os clientes. Se não puderem
atendê-los, um concorrente irá fazê-lo, e então, os competidores serão os vencedores.
3 AMBIENTE DE MARKETING
5
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice Hall, 2000.
13
Em uma análise é importante considerar uma série de variáveis, todas com o mesmo
nível de importância, dependendo somente das características do mercado e do produto ou
serviço em questão, pois pode variar de um levantamento para outro, de acordo com suas
características.
A análise ambiental é composta de diversas etapas. A Análise Macroambiente de
Marketing envolve variáveis incontroláveis. A Análise Microambiente de Marketing envolve
variáveis controláveis, como fornecedores, consumidores, concorrentes e intermediários de
marketing.
As principais variáveis a serem consideradas são: 6
São considerados os fatores econômicos que envolvem o mercado em estudo. Deve ser
levantado até que ponto as variações da economia podem comprometer positiva ou
negativamente o mercado onde a organização atua ou pretende atuar, levando em
consideração os ciclos de negócios. Estes podem ser apontados como etapas de prosperidade,
recessão e recuperação.
a) Prosperidade – Níveis de emprego e produção são altos, consumidores demandam
bens e serviços, gastam livremente não produtos básicos, mais artigos de luxo, mais
sofisticados, férias, roupas de grife, laser entre outros. Melhora seus níveis de casa e
carros, estão dispostos a pagar mais pelo melhor.
b) Recessão – Durante essa, os consumidores, “trancam suas carteiras”, isto é, cuidam de
reservas financeiras, grande cautela para o consumo. Diminuem e cortam gastos,
compras básicas e buscar sempre o melhor negócio. Geralmente diminui a produção,
cai o nível de empregos.
c) Recuperação – Progressão da etapa anterior, níveis de produção e emprego
aumentam. Os consumidores podem apresentar mais dinheiro e vontade de gastar, mas
agem com cautela. Ainda, poupam dinheiro, compra a crédito moderado.
6
KOTLER, , Philip. Princípios de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice Hall, 2000
14
Principalmente nos dias atuais, quando a tecnologia evolui constantemente e quase que
diariamente, este setor deve ser considerado em qualquer análise ambiental. As mudanças e as
facilidades de acesso a tecnologia fazem com que um produto se torne obsoleto rapidamente.
a) Internet – rede mundial de computadores ligada a órgãos do governo, universidades,
empresas e provedores de acesso.
b) World Wide Web – sistema que permite que os usuários recebam textos, imagens
gráficas, visão e som clicando em determinadas palavras ou imagens.
Este sistema constitui-se dos relatórios de pedidos, vendas, preços, nível de estoque,
contas a receber, contas a pagar, fluxo de caixa líquido e projetado, além de outros.
7
KOTLER, , Philip. Princípios de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice Hall, 2000.
16
O marketing não cria necessidades mas apenas as identifica, para que possam ser
satisfeitas, como soluções adequadas.
Em primeiro lugar, é importante salientar a diferença que existe entre necessidade e
desejo. Enquanto necessidade é um estado de privação de alguma satisfação básica, desejo é
algo que as pessoas buscam satisfazer embora o objeto de desejo não vise suprir uma
necessidade básica. Por exemplo: temos necessidade de tomar água e desejo de tomar um
suco de laranja ou um bom vinho.
Assim, necessidade é tudo aquilo que deve ser satisfeito, caso contrário causaria algum
tipo de indisposição naquele que a está sentindo.
Todos nós, enquanto consumidores, somos influenciados por uma série de fatores que
nos levam a decisão sobre o que comprar. Os quatro principais fatores são: 8
8
KOTLER, , Philip. Princípios de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice Hall, 2000.
18
Muitas vezes as pessoas são motivadas a comprar, ou não, por fatores que não são
externos, e sim internos, ou seja, por desejos vindos do seu subconsciente. São os chamados
fatores psicológicos.
Os homens preferem carros com motores possantes, por estes sugerirem
masculinidade. Os adolescentes vestem-se diferente que os adultos pela necessidade de auto-
afirmação e preparação para a vida adulta.
O público-alvo é o foco das ações de marketing da empresa. São as pessoas a que são
dirigidas as estratégias, buscando atender seus desejos e necessidades. As primeiras visões de
marketing vislumbram o que se chama de marketing de massa, ou seja, considerava-se uma
grande população ou uma parte dela, porém sem diferenciar os vários segmentos que a
compõem. Pensava-se unicamente em procurar atender a maioria das pessoas, já que agradar a
todos é humanamente impossível.
As pessoas são diferentes e pensam diferente no que diz respeito a sua forma de
comprar e aos produtos e serviços que costumam adquirir.
Ao mesmo tempo percebe-se também que é possível, em muitos momentos, agrupar
esses consumidores. Por exemplo: as mulheres são completamente diferentes dos homens
quando compram roupas. Enquanto os homens costumam observar e comprar o que lhes
parece mais bonito, as mulheres preferem provar e tocar ns produtos.
Neste sentido, chama-se segmentação de mercado a uma parte do mercado com
características semelhantes entre si. Par isso são usados dois grupos amplos de variáveis para
segmentar mercados consumidores. Geralmente são analisadas as características e
comportamentos do consumidor.
As características dos consumidores apresentam algumas variáveis para a segmentação
de mercado de consumidores:
a) Geográfica – propõe dividir o mercado em unidades geográficas diferentes, como
países, estados, regiões, cidades ou bairros;
b) Demográfica – ocorre quando o mercado é dividido em grupos baseados em variáveis
demográficas, como idade, tamanho da família, ciclo de vida da família, sexo, renda,
ocupação, formação educacional, religião, raça, geração, nacionalidade ou classe
social;
c) Psicográfica – ocorre quando os compradores são divididos em grupos diferentes,
baseados em estilo de vida e/ou personalidade.
O comportamento dos consumidores apresenta as seguintes variáveis para
Segmentação de Mercado de Consumidores:
a) Ocasiões – os consumidores podem ser diferenciados de acordo com as ocasiões em
que sentem uma necessidade, compram ou usam um produto (por exemplo quando
viajam de férias);
20
MIX DE MARKETING
PRAÇA
PRODUTOS
- Canais
- Variedade MERCADO-ALVO - Cobertura
- Qualidade
- Variedades
- Design
- Locais
- Características PREÇO PROMOÇÃO - Estoque
- Nome da marca
- Transporte
- Embalagem - Preço de lista - De vendas
- Tamanhos - Descontos - Publicidade
- Serviços - Concessões - Força de vendas
- Garantias - Prazo de pgto. - Relação pública
- Devoluções - Condições pgto. - Marketing direto
6.1.3.1 O produto
Muitos produtos são testados centenas de vezes até apresentarem versão final ou
protótipo adequado para comercialização.
Nesta etapa se utiliza o Teste de Marketing que consiste em descobrir clientes que de
fato comprarão o produto, só que sem os custos de uma introdução em grande escala.
a) Teste de Marketing Padrão – prática de oferecer um novo produto pelos canais de
distribuições normais em uma área limitada.
b) Teste de Marketing Controlado – prática de oferecer-se um novo produto por meio
de uma séria de varejistas que foram pagos para destinar-se espaço de prateleira para o
produto numa área privilegiada da loja.
23
6.1.3.2 O preço
6.1.3.4 Promoção
“... a promoção é o elemento, no mix de marketing de uma empresa, que serve para
informar, persuadir e lembrar o mercado de um produto e/ou da organização que o vende,
tendo em vista influenciar os sentimentos, crenças ou comportamento do público” 9
PROMOÇÃO
Relações
Promoção de Públicas
vendas
Publicidade
9
(ETZEL et all., 2001, p. 446).
26
6.1.3.4.2 Propaganda
12
CHURCHILl, G. A.; PETER, J. P., Marketing: Criando Valor Para os Clientes, São Paulo, Saraiva, 2003.
28
6.1.3.4.5 Publicidade
Tipo Definição
Press-releases Artigo escrito por membros da companhia distribuído para diferentes tipos de
mídia.
Entrevistas coletivas Convocação da imprensa para que um porta-voz da empresa disponibilize
informações sobre a empresa e tire dúvidas quanto a serviços e produtos.
Atividades e Eventos Elaboração de eventos e disponibilização de cotas de patrocínio de modo a
atrair a atenção da mídia de forma diferenciada.
Quadro de Vantagens e Desvantagens
Elemento Vantagens Desvantagens
Propaganda
Alcança muitos clientes potenciais. Alcança muitas pessoas que não são
compradores potenciais
É uma maneira eficaz para criar Os anúncios estão sujeitos a muitas
imagens. críticas.
É flexível em termos de tempo e O tempo de veiculação normalmente é
mercados. curto.
Possui multiplicidade de opiniões As pessoas tendem a desconsiderar os
de mídia. anúncios.
Apresenta custo relativamente O investimento total pode ser elevado.
baixo por pessoa exposta à
mensagem.
29
Venda Pessoal
Os vendedores podem ser Pode ser difícil recrutar e motivar os
persuasivos e influentes. vendedores.
Comunicação de mão dupla: As habilidades de apresentação
permite as perguntas e o feedback. variam entre os vendedores.
A mensagem pode ser direcionada. Apresentações pobres ou malfeitas
podem prejudicar a imagem e as
vendas.
Alguns compradores esperam
vendas pessoais em função das
negociações
Promoção de Vendas
Favorece reduções de preço de Pode-se influenciar clientes a estocar
curto prazo projetadas para produtos e não atrair clientes
estimular a demanda. potenciais.
Oferece multiplicidade de Impacto pode limitar-se em curto
instrumentos para promoções. prazo.
Eficaz na mudança de A associação de preços pode
comportamento. prejudicar a marca.
Vincula-se facilmente a outras Facilidade de cópia pelos
comunicações. concorrentes.
Publicidade
Custo total pode ser baixo. A mídia pode não cooperar.
Mensagens geradas pela mídia Existe muita competição para a
recebem mais credibilidade do que atração da mídia.
as patrocinadas.
Pouco controle sobre a mensagem.
As mensagens tendem a não se
repetir.
(Fonte: Adaptação de CHURCHILL; PETER 2005, p. 455).
Vantagens e desvantagens do composto de comunicação
Quadro – Vantagens e desvantagens do composto de comunicação
Elemento Vantagens Desvantagens
Propaganda Alcança muitos clientes potenciais. Alcança muitas pessoas que não são
É uma maneira eficaz para criar imagens. compradores potenciais.
É flexível em Termos de tempo e Os anúncios estão sujeitos a muitas
mercados. críticas.
Possui multiplicidade de opções de mídia. O tempo de veiculação normalmente é
Apresenta custos relativamente baixo por curto.
pessoa exposta à mensagem. As pessoas tendem a desconsiderar os
É adequada para alcançar diversos tipos de anúncios.
objetivos de comunicação. O investimento total pode ser elevado.
O custo por contato é alto.
Venda pessoal Os vendedores podem ser persuasivos e Pode ser difícil recrutar e motivar os
influentes. vendedores.
Comunicação de mão dupla permite As habilidades de apresentação variam
perguntas e feedback da outra pessoa. entre os vendedores.
A mensagem pode ser direcionada a Apresentações pobres ou malfeitas
indivíduos específicos. podem prejudicar a imagem e também as
Em algumas situações, como as relativas a vendas.
produtos complexos, os compradores
30
Publicidade O custo total pode ser muito baixo. A mídia pode não cooperar
As mensagens geradas pela mídia recebem A competição pela atenção da mídia é
mais credibilidade do que as patrocinadas pesada
pelos profissionais de marketing. Pouco controle sobre a mensagem
As mensagens tendem a não se repetir
Fonte: CHURCHILL JR., & PETER. 2000, p. 455.
6.1.3.4.6 Merchandising
O merchandising é definido pela American Marketing Association (Programa Prático
de Marketing Rayovac, n. 4, s.p.) como “operação ou serviço certo, no lugar certo, no tempo
certo, em quantidades certas e a preço certo”. Quer dizer, planificar e controlar as etapas do
marketing para garantir bons resultados nas vendas ao consumidor.
As técnicas do merchandising alcançam bons resultados nos pontos de vendas: a
correta aplicação de logomarcas e logotipos, disposição apropriada dos produtos, criação e
controle de ações que facilitem o processo de comercialização dentro da uma loja.
Algumas formas mais comuns de merchandising:
- Trabalho de comunicação e arranjo de lay-out, para facilitar a exposição do produto,
realizado no ponto de venda;
• Patrocínio de equipes esportivas, com o nome da empresa ou marcas dos seus
produtos visíveis nos uniformes ou outros materiais da equipe patrocinada;
• Aproveitamento de espaços em locais esportivos para fixação de placas ou cartazes
com o intuito de capitalizar a imagem nas transmissões esportivas;
• Veiculação, em material usado como brinde, camiseta, uniforme, etc., de símbolos
que identifiquem a empresa e os seus produtos.
13
KOTLER, P. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2001.
31
14
DIAS, S. R. (Coordenador) e Colaboradores – Professores da FGV - EAESP. Gestão de
Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.
32
6.2.5 Portfólio
Muitas vezes as grandes organizações estão envolvidas em diferentes segmentos de
atividades de seus negócios. Por exemplo o grupo Votorantin, que produz cimento, indústria
química, agrobusiness e financeira.
O Portfólio, procurar estruturara a níveis mercadológicos a performance, das
diferentes unidades de negócio que a empresa pode possuir. Na verdade Portfólio é um plano
elaborado pela organização para analisar/avaliar as unidades estratégicas de negócio da
empresa. Ainda pode avaliar o crescimento participação das atividades e respectiva UNE.
33
Boston Consulting Group (BCG), desenvolveu uma matriz que classifica as UEN´s, de
produtos, marcas, de acordo com duas medidas: taxa de crescimento do mercado (baixa-alta)
e participação relativa no mercado (baixa-alta):
Participação relativa no mercado
Alta Baixa
Estrelas ?
Estrelas – alta participação no mercado com alta taxa crescimento. Mercados com
crescimento rápido tendem a atrair muita concorrência, fazendo com que a empresas tenha
gastado para proteger e ampliar seu share de mercado.
Vacas Leiteiras – alta participação num mercado de crescimento mais lento. A concorrência
menos intensa associada a uma liderança no mercado geram as vacas leiteiras, ou seja,
unidades cujas receitas podem ir para outros negócios.
Abacaxis – baixa participação no mercado de crescimento lento. As vezes os abacaxis servem
um grupo leal de clientes e são lucrativos. Porém tendem a não ser uma fonte importante de
receita para a empresa.
Pontos de interrogação – baixa participação no mercado, de alto crescimento. Conseguir
uma participação no mercado pode ser dispendiosa, porém se pontos de interrogação tiverem
potencial de longo prazo para tornarem-se estrelas ou vacas leiteiras vale a pena o
investimento.
As empresas realizam pesquisas de Marketing por que com elas podem identificar
oportunidades de mercado. Com os resultados da pesquisa, pode mensurar e prever o
tamanho, o crescimento e o potencial de lucros de cada oportunidade de mercado.
As empresas podem preparar até 90 tipos de estimativas de demanda. A demanda pode
ser mensurada em seis diferentes níveis de produto, cinco diferentes níveis espaciais e três
diferentes níveis de tempo.
O tamanho do mercado a mensurar depende do número de compradores que possa
existir para uma determinada oferta ao produto.
Mercado potencial: conjunto de consumidores que demonstram um nível de interesse
suficiente por uma oferta ao mercado.
Mercado Disponível: conjunto de consumidores que possuem renda, interesse e
acesso a uma determinada oferta.
Mercado-alvo: parte do mercado disponível que a empresa decide buscar.
Mercado penetrado: conjunto de consumidores que estão comprando o produto da
empresa.
15
KOTLER, , Philip. Princípios de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice Hall, 2000. P.
140 A 150.
34
Demanda de mercado: “para um produto é o volume total que seria comprado por
um grupo de clientes definido, em uma área geográfica definida, em um período definido, em
um ambiente de Marketing definido e sob um programa de Marketing definido.” 16
Previsão de mercado: é o nível de gasto setorial que ocorrer correspondente a
demanda de mercado.
Potencial de mercado: é o limite que se aproxima da demanda de mercado, à medida
que os gastos setoriais em Marketing chegam perto de se tornarem infinitos em um
determinado ambiente de Marketing.
Cálculo do Potencial do mercado: QT= n x q x p
QT = Potencial Total do mercado
n = Número de compradores do produto
q = Quantidade média comprada
p = Preço médio unitário
Potencial do Mercado do Produto: QT= n x q x p
QT = Potencial Total do mercado
n = Número de compradores do produto
q = Quantidade média comprada
p = Preço médio unitário
Demanda da empresa: é a participação estimada da empresa na demanda de mercado
em níveis alternativos de esforço de marketing da empresa em um determinado produto.
Previsão de vendas da empresa: é o nível esperado de vendas com base em um
planejamento de Marketing selecionado. A quota de vendas é a meta estabelecida para uma
linha de produtos, uma divisão da empresa ou um representante de vendas.
Potencial de vendas da empresa: é o limite de vendas que a demanda da empresa
pode chegar.
Potencial total do mercado: é o volume máximo de vendas que pode estar ao alcance
de todas as empresas em um setor em um determinado período, em um determinado nível de
esforço de marketing do setor e sob determinadas condições ambientes.
Estimativa do potencial do mercado: (nº de compradores potenciais estimados x
quantidade média adquirida por um comprador) x preço médio.
Método de proporção em cadeia: multiplicação de um número-base por vários
percentuais de ajuste. Ex.; lançamento de cerveja light.
Demanda = população x renda pessoal discricionária per capita x % médio renda
discricionária gasta em alimentação x % médio do montante gasto com alimentação que é
gasto em bebidas x % médio do montante gasto em bebidas que é gasto em bebidas alcoólicas
x % médio do montante gasto em bebidas alcoólicas que é gasto em cerveja x % esperado do
montante gasto em cerveja que será gasto com cerveja light.
Potencial de mercado da área: utilizando-se de dois métodos principais:
Método de desenvolvimento de mercado: identificação de todos os compradores
potenciais em cada mercado e uma boa estimativa de suas compras.
Método de indexação multifatorial: mais utilizado em mercados de produtos de
consumo, devido a sua extensão, utilizando portanto, o método de cálculo de proporção. Um
único fator raramente é um indicador completo de oportunidades de vendas. Por isso , deve-
se desenvolver uma indexação multifatorial, atribuindo pesos específicos a cada fator.
Considere, por exemplo, uma região que tenha 2% da renda do país, 2% da vendas no varejo
16
Idem, p. 142.
35
do país e 3% da população do país e atribuindo pesos de 0,5, 0,3, 0,2, o índice de poder de
compra da região seria: 0,5(2) + 0,3(2) + 0,2(3) = 1,70 das vendas poderiam ser nesta região.
Vendas setoriais e participações de mercado: a empresa precisa identificar os
concorrentes e estimar suas vendas.
As associações setoriais frequentemente publicam as vendas totais do setor, embora
não separadamente por empresas. Com essas informações, as empresas podem avaliar seu
desempenho em relação ao setor. Também pode comprar relatórios de Institutos de pesquisa
de Marketing que fazem levantamento de vendas totais e vendas de marcas.
6.2.6 Marcas
a) Marca Nominal – Aquela que designa um produto ou pode ser expressa em palavras
Ex Nescafé, Yopa, Passatempo etc.
b) Marca de Familia – Uso da mesma Marca nominal para toda uma linha de produtos.
Ex Nescau e derivados de chocolate.
c) Extensão de Marca – prática de usar uma marca existente para um novo produto Ex
Sabonete e Xampu Vinólia ou leite de Rosas.
d) Marca do fabricante - Nome legal da empresa que alguns fabricantes utilizam para
seus produtos. Ex - Arisco.
e) Marca Própria – estratégia de Marca utilizada pelas empresas distribuidoras ou
varejistas para vender produtos fabricados por terceiros visando diferenciação,
fidelização de clientes. Ex – Carrefour, Extra, Big.
f) Marca Registrada – Marca registrada legalmente – Ex Nestlé.
g) Símbolo de Marca – parte de uma marca que não pode ser expressa em palavras Ex
Arco dourados Mc Donald´s ou Nike.
h) Marca de Terceiros ou licenciada – estratégia de marca que é utilizada pelos
varejistas ou distribuidores para vender produtos, por meio de contrato de
licenciamento com nome de artistas ou personalidades famosas Ex Xuxa, Sândi &
Junior, Mickey, Mônica etc.
6.2.7 Embalagem
Um dos componentes finais de um produto é sua Garantia que é uma declaração que
indica a responsabilidade legal do fabricante por eventuais deficiências no produto. Existem
vários graus de garantia do produto com diferentes implicações para fabricantes e clientes.
Algumas empresas oferecem garantias expressas, que são declarações escritas de
responsabilidade legal.
Garanta de cobertura limitada – declara especificamente os limites de cobertura e mais
importante as áreas de não cobertura.
Garantia total – não tem limite de não cobertura.
Garantia Magnuson-Moss da FTC (comissão Federal de Comércio), de1975 regula os
conteúdos de garantias do consumidor.
Garantias implícitas –designam a responsabilidade do fabricante por deficiências no
produto.
Várias pesquisas mostram que as garantias afetam a avaliação de um produto pelo
consumidor.Marcas que possuem garantias limitadas tendem a receber avaliações menos
positivas em comparação a itens com garantia total.
Aqui se efetua uma analise das oportunidades e ameaças. Também para identificá-las
nada melhor que responder perguntas.
38
- Que variáveis demográficas podem interferir (para melhor ou pior) no sucesso de seu
produto? Quais as regiões geográficas mais propícias para vender o seu produto?
- Como estão as condições econômicas da empresa que você pretende visitar? Há um meio de
mostrar o produto de maneira que ele contribua para a sua melhora, em caso de crise? Quais
os principais argumentos que os potenciais clientes poderiam utilizar para não efetuar a
compra do produto? Como estes poderia ser rebatidos?
- O produto produz algum impacto no meio ambiente? Se negativo como minimizá-lo? Se
positivo como valorizá-lo?
- Atualizações tecnológicas impactam sobre o produto? De que maneira? Como tirar partido
disso?
- Leis poderiam influenciar a predisposição do cliente a comprar seu produto?
- Há alguma resistência cultural no aceite do produto? Ou no aceite do consultor?
- Há algum produto concorrente? Você pesquisou bem?
- Quem são realmente seus consumidores (público-alvo)? Qual é o tamanho dele (em número,
em faturamento, em consumo, etc)
dos produtos encontrados no supermercado não são produzidos por eles. Agem como
intermediários entre fabricante e consumidor.
7.3.1 Propaganda
7.3.3.1 Publicidade
É toda a comunicação em que não se paga por sua veiculação. Por exemplo, quando
um artigo sobre um produto é publicado em um jornal ou revista, as características do produto
são comunicadas ao público sem ônus para a empresa.
É por motivos assim, que o marketing direto vem tomando força no Brasil e no
mundo, nos últimos anos. Ele identifica quem deve atingir e direciona a estratégia de
marketing até essas pessoas.
As ferramentas de marketing direto são:
a) Mala direta – principal representante do marketing direto. É uma forma de
comunicação direta dirigida a quem pretendemos informar sobre um produto ou
serviço. Quanto mais personalizada a mensagem, maior será o impacto do destinatário
ao recebê-la.
b) Telemarketing – trata-se da utilização do telefone como ferramenta de marketing. Ele
pode ser usado como forma de vender, comunicar, pesquisar ou prospectar clientes.
c) Catálogo – ao mesmo tempo que comunica a existência e os atributos de um produto,
o catálogo também é uma forma de distribuição direta.
d) Caponagem – estratégia muito comum em outros países e ainda incipiente no Brasil,
consiste em distribuir a pessoas específicas promoções especiais de compra de alguns
produtos em determinados pontos de venda.
e) Internet – utilização da rede mundial de computadores para comunicação e
interligação virtual entre fornecedores e consumidores. Até agora não foi utilizado
tudo o potencial dessa ferramenta, pois há desconhecimento, por parte dos
consumidores, sobre o conjunto de recursos que ela pode oferecer. Vem-se utilizando
e-mails como forma de comunicação, havendo alguns casos de sucesso.
8 MARKETIG DE SERVIÇOS
42
O Setor de Serviços é bastante variado, áreas como governo, por meio de tribunais,
hospitais, agências de financiamento, departamento de policia, corpos de bombeiros, correios
e escolas são prestadores de serviço, talvez os primeiro, dentro de uma economia de empresas
estatais que predominaram nas sociedades do século XX. Detém a maior participação no PIB
dos países desenvolvidos e em muitos dos países em desenvolvimento, além de ser o setor que
mais emprega mão-de-obra. No Brasil, representam mais de 55% da economia brasileira.
Dentro das organizações Não – Governamentais - OnG´s, como museus, instituições
filantrópicas, igrejas, universidades, fundações, hospitais, também fizeram e fortificaram o
setor de serviços em vários países do mundo, com especial ascensão para a década de 90.
Destacamos ainda, companhias áreas, bancos, hotéis, motéis, seguradoras, escritórios
de profissionais liberais, empresas de consultoria, empresas de manutenção, empresas
cinematográficas entre tantas outras são prestadoras de serviços.
8.1 CONCEITOS
Serviços são desempenhos no tempo e espaço que geram valor para o cliente por meio
de uma transformação, uma experiência de serviço.
Um serviço também precisa ser entendido por suas características: inseparabilidade,
variabilidade, intangibilidade e perecibilidade.
8.2.1 Inseparabilidade
18
KOTLER, , Philip. Princípios de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice Hall, 2000.
19
CHURCHILl, G. A.; PETER, J. P., Marketing: Criando Valor Para os Clientes, São Paulo, Saraiva, 2003.
43
Inseparabilidade expressa a noção de que um serviço não pode ser separado do seu
provedor. A produção e o consumo dos serviços se dão no mesmo momento. A evidência
física, ou os elementos do 'composto de marketing' que os clientes realmente podem ver ou
experimentar, quando eles usam um serviço, e que contribuem para a qualidade percebida do
mesmo, são um bom exemplo.
Todo serviço tem um momento em que sua produção e consumo são simultâneos,
inseparáveis. Ao mesmo tempo que o professor produz a sua aula, esta é consumida pelos
alunos.
A importância desta característica para o marketing está em várias razões:
a) Fábrica do serviço – prestador do serviço diante do cliente, assim será julgado por
tudo o que fizer ou deixar de fazer;
b) Co-produção do cliente – o cliente interfere na produção com sua participação, pois o
ambiente de produção do serviço não é controlado e depende e precisa da interação do
cliente, e para isso este precisa saber que: Momento único – não há uma segunda
chance para o prestador, pois o serviço tem que ser adequado no momento em que o
cliente necessita. Como numa viagem aérea, precisa acontecer de forma satisfatória na
primeira vez, do contrário só restará a empresa pedir desculpas e tentar reparar seu
erro.
8.2.2 Variabilidade
8.2.3 Intangibilidade
8.2.4 Perecibilidade
44
Perecibilidade expressa a noção de que um serviço não pode ser feito com
antecedência e armazenado. A produção do serviço e seu consumo se dão no mesmo
momento.
São temporários, prestados num tempo e local precisos, gerando uma pressão e uma
necessidade de encontro de um ponto ótimo entre a oferta e a demanda do serviço. A
dificuldade está em administrar a demanda do serviço.
Imaginemos uma viagem aérea com 100 lugares. Se houver apenas 1 ou 100
passageiros, o custo do vôo será praticamente o mesmo. Na verdade, os lugares que a empresa
aérea não conseguir negociar ela jamais conseguirá recuperar novamente.
8.3.1 Produto
8.3.2 Preço
primeiro construir uma estrutura para atender uma possível demanda. Seu crescimento atual
está nos canais eletrônicos, notadamente nos call centers e a internet.
8.3.4 Promoção
20
BUZZELL e GALE, apud, GRÖNROOS, 1995, p. 47.
46
ativamente ações para mantê-lo no controle da situação e para encontrar uma nova e aceitável
solução (critérios relacionados a processo).
- Reputação e Credibilidade – os clientes devem aceitar que as operações do prestador de
serviços merecem sua confiança, valem o dinheiro pago e representam bom nível de
desempenho e valores que podem ser perfeitamente compartilhados entre os clientes e o
prestador de serviço (critérios a imagem).
Um estudo muito citado do Rockefelter Center
expõe os motivos por que os clientes deixam de manter relacionamento com as empresas,
conforme a tabela a seguir:
1% De todos os clientes param de comprar porque morrem
3% Param de comprar porque a empresa ou o contato mudam.
5% Param de comprar porque criam um relacionamento comercial com outros fornecedores.
9% Param de comprar por motivos de concorrência, como o preço.
14% Param de comprar devido a insatisfação como produto. Por exemplo, tomaram uma
decisão errada ao comprar e puseram a culpa no vendedor.
68% Param de comprar devido a uma atitude negativa ou de indiferença por parte do
vendedor ou em outro funcionário da empresa.
9.1.1 Desafios
Deve-se buscar aqueles mais eficientes para sua veiculação. Para isso é necessário
seguir alguns critérios de análise:
- Índice de audiência: percentual de audiência potencial total exposto em algum veículo de
mídia, medido por institutos de pesquisa.
- Abrangência, cobertura e alcance: número de pessoas ou domicípios expostos pelo menos
uma vez a um determinado veículo de comunicação.
- Custo por mil: trata-se do custo relativo para atingir mil domicílios ou pessoas.
- GRP (Gross Rating Point – Pontuação Bruta Total) somatório da audiência-alvo em um
espaço de tempo específico.
Em relação ao orçamento, este deve ser de 2 a 3% do faturamento anual.
A evolução das agencias de propaganda pressupõe a utilização integrada do composto
de comunicação e está relacionada a valorização e comunicação dos atributos e benefícios
ligados à marca.
- Propaganda: trata-se de qualquer forma paga de divulgação que tenha como objetivo
apresentar e promover idéias, produtos ou serviços, de caráter não pessoal, subsidiada por um
patrocinador.
- Tipos de propaganda: há propaganda de produto, serviço, marca, institucional,
comparativa, corretiva, subliminar e documentário.
- Promoção de vendas: são estratégias de marketing, efetivadas dentro e fora da mídia, em
um período limitado, oferecendo suporte e incentivos a ação de venda pessoal (utiliza
ferramentas de merchandising).
- Tipos de promoção: amostragem, cupons de venda, brindes, descontos, bonificações,
reembolsos, concursos, sorteios, garantias, promoção cruzada e material no ponto-de-venda.
- Relações públicas: variedade de esforços para criar e manter uma imagem positiva da
organização com seus diversos públicos (trabalha também com a geração de publicidade).
- Táticas mais usadas: press-release, kits de mídia, marketing de eventos, exibições e
endomarketing.
- Publicidade: comunicação gratuita de informações sobre a organização, produto ou serviço
(muito utilizada nas pequenas empresas que geram notícias e inovação).
- Venda pessoal: é a venda em si: busca a interação e o relacionamento pessoal com o cliente,
visando apresentar soluções com base em benefícios percebidos e valores agregados.
- Marketing direto: sistema interativo de comunicação que usa um ou mais meios de
propaganda para obter uma resposta ou transação mensurável sem uso de intermediários.
50
Para mensurar os resultados é bom criar indicadores tendo como base pesquisas ou
testes periódicos.
10 ESTRATÉGIAS DE PREÇOS
Você sabia que cerca de 5% de seus clientes estão dispostos a pagar mais pelo seu
produto ou serviço? Sabia que estes 5% percebem um valor maior do que aquele que você
esta oferecendo?
Você tem um belo potencial de lucro, identificando esses clientes.
Uma vez identificados esses clientes, as empresas utilizam algumas estratégias para
personalizá-los, tais como:
a) Criar acessórios ou modelos, com pequenas variações de custos, que permitam um
substancial aumento nos preços, como fazem as montadores de veículos;
b) Disponibilizar o produto somente em alguns pontos de venda, de acordo com o
público-alvo;
c) Selecionar a forma como será comunicado o produto, com os catálogos de vendas dos
produtos enviados pelos bancos, a preços mais altos do que aqueles encontrados no
mercado, para os clientes de maior poder aquisitivo;
d) Criar tabelas de preços para uso exclusivo em determinadas regiões;
e) Não informar descontos, deixando que os clientes mais sensíveis ao preço peçam.
O esforço para compreender o que diferencia esses clientes é compensado pelos
ganhos advindos desta estratégia.
Algumas dicas para a administração dos preços no dia-a-dia, podem ser listadas:
- Redução de preços: aparentemente é fácil de ser feita, mas se alguns cuidados não forem
tomados os clientes que pagaram um preço mais elevado poderão sentir-se prejudicados;
- Aumento de Preços: na maioria das vezes, tem-se grande dificuldade em fazer com que os
consumidores aceitem o aumento de preços.
- Preços para novos produtos: antes de lançar um novo produto, procure conhecer o “valor
percebido” pelos clientes. Identifique os pontos de diferenciação com relação aos
concorrentes e pergunte a seus clientes se estes atributos os motivariam a comprar a um preço
maior.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
passaram até que as empresas deixassem de pensar de dentro para fora para pensar de fora
para dentro.
Mesmo com a intensidade das mudanças até agora registradas da concepção que se
tem de marketing, as transformações futuras serão ainda maiores no pensamento e na pratica
do marketing.
Com relação ao marketing de serviços, este se apresenta hoje como uma disciplina
fundamental da empresa moderna. Seja no segmento Business to business (negócio para
negócio), seja no varejo de serviços, ou por meio da ampla gama de serviços diariamente
prestados a inúmeros clientes, as empresas são obrigadas a repensar continuamente sua forma
de atuação. Pensar em marketing de serviços é pensar em valor através do desempenho. É
entender e atender as expectativas dos clientes e parceiros, por meio da transformação
proporcionada pelo serviço.
Por outro lado, formar preços dos produtos é uma tarefa de importância singular. Para
sua correta execução, o administrador da empresa deve procurar contar com um dos insumos
mais importantes na gestão de uma empresa: a informação. Manter-se profundamente
informado sobre os preços e estratégias da concorrência, sua capacidade de reagir a certas
ações, sobre as características, necessidades e percepções dos clientes, torna-se no caminho
ideal para a boa administração dos preços e conseqüente sucesso da organização.
REFERENCIAS
CHURCHILl, G. A.; PETER, J. P., Marketing: Criando Valor Para os Clientes, São
Paulo, Saraiva, 2003.
COBRA, M., Administração de Marketing no Brasil, São Paulo, Ed. Cobra, 2003. Aput
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KOTLER, , Philip. Princípios de Marketing: a edição do novo milênio, São Paulo: Prentice
Hall, 2000