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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 15961-2 Primeira edigéo 18.07.2011 Valida a partir de 18.08.2011 Alvenaria estrutural — Blocos de concreto Parte 2: Execugao e controle de obras Structural masonry — Concrete blocks Part 2: Execution and site control ICS 91.080.30 ISBN 978-85-07-02915-1 associa Numero de referéncia BRASILEIRA Yt DE NORMAS ABNT NBR 15961-2:2011 / TECNICAS 35 paginas © ABNT 2011 ABNT NBR 15961-2:2011 @ABNT 2011 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser reproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletrénico ou macanico, incluindo folocépia e microfilme, sem permissao por ‘escrito da ABNT, ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28° andar 20031-8901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 85 21 3974-2300 Fax: + 55 21 974-2346 abnt@ abnt.org.br wwew.abnt.org.br © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-2:2011 Sumario Pagina Prefacio 1 Escopo 2 Referéncias normativas. 3 Termos e definigées.. 4 Requisitos do sistema de controle... a4 Plano de controle da qualidade 42 Projeto executivo. 43 Procedimentos do plano de controle . 5 Materiais. 51 Especificacao prévia do bloco de concreto.. 5.2 Definicao prévia da argamassa de assentamento 5.3 Especificacao prévia do graute .. 6 Recebimento dos materiais.. 61 Disposigdes gerais. 62 Recebimento dos blocos. 6.2.1 Controle da qualidade. 62.2 — Estocagem 63 Recebimento da argamassa e graute. 6.3.1 Argamassa e graute ndo industrializados 6.3.2 Argamassas e grautes industrializados. 64 Recebimento de armaduras 65 Aditivos 66 Concreto estrutural 7 Produgo da argamassa de assentamento e do graute 77 Argamassa de assentament 74.4 Disposigées gerais. 7.1.2 Dosagem 74.3 Mistura. 72 Graut 7.2.1 Disposigées gerais 7.22 Dosagem 72.3 Mistura. 8 Controle da resisténcia dos materiais e das alvenarias 4 compressao axial at Caracterizacao prévia dos materiais e da alvenaria 8.2 Resisténcia caracteristica 8.3 Controle dos materiais e alvenaria em obra 8.3.1 Determinagao da forma de controle 8.3.2 Para obras de menor exigéncia estrutural 8.3.3 Para obras de maior exigéncia estrutural. 8.4 Condigées especiais. 9 Produgao da alvenaria @ABNT 2011 -Todos os diretos reservados iii ABNT NBR 15961-2:2011 Requisitos.. Locagaio das paredes de alvenaria Eixos referenciais planimétricos Tolerancias da variagdo do nivel da superficie dos pavimentos. Espessura da junta horizontal da primeira fiada Elevacao e respaldo das paredes de alvenaria Assentamento dos blocos. Espessura das juntas horizontais e verticai Tipos de juntas de argamassa Prumo, nivel e alinhamento dos elementos de alvenai Vigas, contravergas e cintas Armaduras Grauteamento, 10 Aceitagao da alvenari Anexo A (normativo) Ensaio para a determinagao da resisténcia a compressa de prisma: AA Principio. A2 Aparethagem e instrumentagao.. AS Procedimentos A311 Preparacdo do corpo-de-prova 3.2 Assentamento. A33 — Grauteamento. 3.4 — Capeament Nounona ABS Cura. A.3.6 — Transporte. A4 Execugo dos ensaios. AS Expressao dos resultados e relatério de ensai Anexo B (normativo) Ensaio para a determinagao da resisténcia a compressao de pequenas paredes. BA Principio. B2 Aparethagem e instrumentagao.. B3 Procedimentos B.3.1 Generalidade: B.3.2 Construgao das paredes B.3.2.1 Assentamento dos blocos nas paredes.. B.3.2.2 Grauteamento B.3.2.3 B3.2.4 B.3.2.5 Transporte.. B4 Execugao dos ensaios. Bs Expressao dos resultados e relatério de ensaio. Anexo C (normative) Ensaio para a determinagao da resisténcia a tragéo na flexao de prismas. ca Principio. iv © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-2:2011 c2 Aparelhagem e instrumentagao.. c3 Preparacdo do corpo de prova. C4 Execugao dos ensaios cs Expressao dos resultados ce Relatério de ensaios Anexo D (normativo) Ensaio para a determinagao da resisténcia & compressao da argamassa DA Objetivo D2 Aparelhagem e instrumentagao.. D3 Procedimentos D.3.1 Preparacdo do corpo-de-prova D4 Execugao dos ensaios. DS Expressao dos resultados .. Ds Relatério de ensaio Figuras Figura 1 —Variagao do nivel da superficie dos pavimentos.. Figura 2 -Variacdes maximas da espessura das juntas de argamassa Figura 3 — Chanfro das juntas de alvenaria aparente Figura 4 - Limites maximos para o desaprumo e desalinhamento das paredes. Figura 5 - Descontinuidade maxima das paredes e pilares entre os andares. Figura 6 - Desobstrucao dos furos Figura A.1 — Esquema para o ensaio de determinagao da resisténcia do prisma (f,) com a instrumentacdo para a determinagao do médulo de deformacao (E,) . Figura B.1 — Esquema para o ensaio de determinagao da resisténcia de pequenas paredes (fpa), com a instrumentagao para a determina do coeficiente de Poisson (vpa) Figura C.1 — Prisma de cinco blocos com dois blocos de sobrecarga posicionados no topo 29 Figura C.2 — Desenho esquemitico do ensaio .. Figura C.3 — Detalhamento esquematico do ensaio Figura D.1 — Detalhe do molde.. do médulo de deformagao (Epa) & Tabelas Tabela 1 — Numero minimo de corpos de prova por tipo de elemento de alvenai Tabela 2 - Valores de @ em funcao da quantidade de elementos de alvenari Tabela 3 - Numero minimo de prismas a serem ensaiados (redugao de acordo com a probal Tabela 4 — Varidveis de controle geométrico na produgao da alven: jade relativa de ruina) @ABNT 2011 -Todos os diretos reservados v ABNT NBR 15961-2:2011 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas. Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT so elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15961-2 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgao Civil (ABNT/CB-02), pela Comissao de Estudo de Alvenaria estrutural com blocos de concreto (CE-02:123.04). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 11, de 25.11.2011 a 24.01.2011, com o ntimero, de Projeto 02:123.04-015/2. A ABNT NBR 15961, sob o titulo geral “Alvenaria estrutural— Blocos de concreto’, tem previsao de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto; — Parte 2: Execugao e controle de obras. Esta Norma cancela e substitu! as ABNT NBR 8215:1983, ABNT NBR 8798:1985 @ ABNT NBR 10837:1989, © Escopo desta Norma Brasileira em inglés é 0 seguinte Scope This Part of ABNT NBR 15961 provides minimum requirements for the site execution and quality control of structural concrete block masonry. vi {© ABNT 2011 - Todos 0s direitos reservacios NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15961-2:2011 Alvenaria estrutural — Blocos de concreto Parte 2: Execuc¢ao e controle de obras 1 Escopo Esta Parte da ABNT NBR 15961 estabelece os requisitos minimos exigiveis para a execugao © 0 controle de obras com estruturas de alvenaria de blocos de concreto. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir sdo indispensdveis a aplicagdo deste documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edig6es citadas, Para referéncias nao datadas, aplicam- se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5738, Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova ABNT NBR 5739, Conereto — Ensaios de compressao de corpos de provacilindricos ABNT NBR 6136, Blocos vazados de conereto simples para alvenaria — Requisitos ABNT NBR 7211, Agregados para concreto — Especificagao ABNT NBR 7480, Ago destinado a armaduras para estruturas de concreto armado ~ Especificagao ABNT NBR 8949, Paredes de alvenaria estrutural — Ensaio & compressdo simples — Método de ensaio ABNT NBR 12118, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Métodos de ensaio ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland — Preparo, controle e recebimento — Procedimento ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Determinagao daa resisténcia a tragao na flexao e a compressao ABNT NBR 15961-1, Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 1: Projeto ABNT NBR NM ISO 7500-1; Materiais metélicos — Calibracdo de maquinas de ensaio estatico uniaxial ~ Parte 1: Maquinas de ensaio de tragdo/compressao — Calibragao do sistema de medigao da forga 3 Termos e definicdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definigdes da ABNT NBR 15961-1. tos do sistema de controle 4 Requi 4.1 Plano de controle da qualidade O executor deve estabelecer um plano de controle da qualidade, onde devem estar explicitos: — 08 responsaveis pela execugao do controle ¢ circulagao das informagées; ABNT NBR 15961-2:2011 — 08 responsaveis pelo tratamento e resolugao das nao conformidades; — a forma de registro e arquivamento das informagées. 4.2 Projeto executivo A-execugao da alvenaria estrutural sé pode ser realizada com base em um projeto estrutural, conforme descritona ABNT NBR 15961-1, devidamente compatibilizado com os demais projetos complementares. 4.3 Procedimentos do plano de controle Devem constar no plano de controle da obra procedimentos especificos para os seguintes itens: a) bloc de conereto; b)_argamassa de assentamento; cc) graute; d) prisma; e) recebimento e armazenamento dos materiais; f) controle de produgao da argamassa e do graute; 9) controle sistemético da resisténcia do bloco ou certificagses de qualidade acreditados pelo INMETRO; h) controle sistemdtico da argamassa e do graute; i) controle sistematico da resisténcia do prisma, quando for o caso, conforme especificagao em 8.3.2; i) controle dos demais materiais; k) controle da locagdo das paredes; ) controle de elevagao das paredes; m) controle de execugao dos grauteamentos; n) controle de aceitagao da alvenaria, 5 Materiais 5.1. Especificagao prévia do bloco de concreto Os blocos devem atender integralmente as especificagdes da ABNT NBR 6136, além das resisténcias e outras especificagdes do projeto estrutural. Os blocos devem ser ensaiados conforme especificado na ABNT NBR 12118. 2 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 011 5.2 Defini¢do prévia da argamassa de assentamento Para definigéo da argamassa de assentamento devem ser realizados ensaios com antecedéncia adequada com os materiais dos mesmos fornecedores selecionados para a obra, comprovando atendimento dos requisitos estabelecidos no projeto estrutural através de ensaios realizados de acordo com o Anexo D, no caso de controle na obra, ou conforme a ABNT NBR 13279 e demais normas pertinentes. Esses procedimentos devem ser atendidos tanto pelas argamassas preparadas em obra quanto pelas industrializadas. 5.3. Especificagao prévia do graute graute deve ter resisténcia 4 compressdo de modo que a resisténcia do prisma grauteado atinja aresisténcia especificada pelo projetista. O graute deve ser ensaiado quanto resisténcia a compressdo conforme a ABNT NBR 5739. O graute deve ter caracteristicas no estado fresco que garantam 0 completo preenchimento dos furos @ ndo pode apresentar retragdo que provoque o descolamento do graute das paredes dos blocos. Quando o graute for produzido em obra, devem ser realizados ensaios com antecedéncia adequada, comprovando o atendimento das caracteristicas descritas acima A critério do projetista, pode-se empregar argamassa de assentamento utilizada na obra para preenchimento dos vazados, apenas em elementos de alvenaria ndo armados e sem qualquer tipo de armadura, seja construtiva ou dimensionada, desde que os ensaios do prisma apresentem 05 resultados especificados pelo projetista. 6 Recebimento dos materiais 6.1 Disposigées gerais Todos os materiais devem ser inspecionados no recebimento e antes do uso, de forma a detectar no conformidades. Os materiais devem ser armazenados na ordem do recebimento e de forma que permitam inspecdo geral e sejam identificados conforme o controle a ser realizado. 6.2 Recebimento dos blocos 6.2.1 Controle da qualidade O recebimento dos blocos deve obedecer as prescrigses da ABNT NBR 6136. 62.2 Estocagem a) osblocos devem ser descarregados em uma superficie plana e nivelada, que garanta a estabilidade da pilha; b) 08 blocos devem ser empregados preferencialmente na ordem do recebimento; ¢) deve haver indicagao das resisténcias, identificando 0 ntimero do lote de obra e o local de sua aplicagao; @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 3 ABNT NBR 15961-2:2011 os blocos devem ser armazenados sobre lajes devidamente cimbradas ou sobre 0 solo, desde que seja evitada a contaminagao direta ou indireta por agao da capilaridade da agua; 0s blocos devem ser protegidos da chuva e outros elementos que venham a prejudicar o desempenho da alvenaria 6.3 Recebimento da argamassa e graute 6.3.1 Argamassa e graute néo industrializados No momento do recebimento dos materiais, o executor deve tomar as seguintes medidas: a) b) verificar na embalagem se 0 cimento e a cal tam selo de conformidade com as Normas Brasileiras, se esto dentro do prazo de validade e acondicionados em sacos secos ¢ integros. Caso contrario, deve solicitar ensaios do fornecedor ou devolver o produto; armazenar o cimento ¢ a cal em espagos cobertos, de preferéncia com piso argamassado ou de concreto. Os produtos devem ser mantidos secos @ protegidos da umidade do solo © nao podem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos as suas qualidades. Devem ser armazenados sobre superficies impermedveis e protegidos da ago do tempo Devem obtigatoriamente ser descartados se estiverem timidos; evitar © empilhamento de mais de 10 sacos de cimento ou de cal. No caso especifico de tempo de estocagem de até 15 dias, as pilhas podem ser de até 15 sacos; assegurar que os agregados obedegam as prescrigdes da ABNT NBR 7211; armazenar os agregados sobre superficie dura, provida de drenagem e que evite contato com © solo, As baias devem ser individualizadas de acordo com seu tipo, sem que haja possibilidade de contaminagao; misturas de areia e cal devem estar dispostas sobre superficies firmes, sem contato com 0 solo e protegidas da agao da chuva. Caso seja usada cal hidratada em pasta, esta deve ser mantida saturada até 0 seu uso. 6.3.2 Argamassas e grautes industrializados a) b) c) d) verificar na embalagem se a argamassa e o graute recebidos estéo dentro do prazo de validade em sacos secos e integros; armazenar a argamassa e 0 graute em espagos cobertos, de preferéncia em piso argamassado ou de conereto. Os produtos devem ser mantidos secos e protegidos da umidade do solo ndo podem estar em contato com paredes, tetos e outros agentes nocivos as suas qualidades. Devem ser armazenados sobre superficies impermedveis @ protegidos da agdo do tempo Devem obrigatoriamente ser descartados se estiverem timidos; em qualquer caso, produtos diferentes devem ser armazenados separadamente por lote € por tipo, impedindo misturas acidentais. A sequéncia de uso deve ser a mesma do recebimento, ou seja, produtos mais antigos devem ser utilizados em primeiro lugar; pilhas de sacos de argamassa industrializada devem ter a altura recomendada pelo fabricante, desde que nao ultrapassem 10 sacos. © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-; 011 6.4 Recel ento de armaduras Os fios e barras de ago devem atender as especificagdes da ABNT NBR 7480. ‘As armaduras e outras pegas metélicas devem ser armazenadas sobre suportes que impegam contato com 0 solo, de modo a evitar placas de oxidagao e deposigao de sujeiras que prejudiquem a aderéncia do graute. Também devem ser colocadas em locais que impecam a ocorréncia de danos e deformagées que possam prejudicar seu uso no local especificado. 6.5 Aditivos Os aditivos devem ser armazenados nas embalagens fornecidas pelos fabricantes em locais secos, frescos e ao abrigo das intempéries. Instrugdes especificas de armazenagem devem ser obedecidas rigorosamente. Diferentes lotes devem ser identificados, armazenados isoladamente e empregados na ordem do recebimento. 6.6 Concreto estrutural © controle de recebimento de concretos de uso estrutural (utilizados em lajes, fundagdes, pilares @ vigas etc.) deve ser feito de acorde com os procedimentos descritos na ABNT NBR 12655, inclusive a definigao de lotes, Nao ¢ estabelecida, para a construgao de edificios em alvenaria estrutural, exigéncia adicional alguma para este controle de recebimento. 7 Produgao da argamassa de assentamento e do graute 7.1 Argamassa de assentamento A produgao da argamassa deve ser feita de modo a garantir um coeficiente de variagao inferior a 20 % nos ensaios de controle de obra especificados em 8.3.3.1. 711 Disposigées gerais Atrabalhabilidade da argamassa deve ser compativel com as caracteristicas dos materiais constituintes da alvenaria e com os equipamentos a serem empregados na mistura, transporte e aplicagao. A argamassa deve ser acondicionada em uma argamasseira metélica ou plastica que garanta a estanqueidade. O volume da argamasseira deve ser tal que toda a argamassa seja consumida no prazo maximo de 2h30min. Durante o periodo de uso, a argamassa pode ter a consisténcia ajustada mediante a adigao de agua no maximo duas vezes. Em climas quentes ou com ventos acentuados, é recomendavel que a perda de dgua seja amenizada cobrindo-se o recipiente da argamassa. Os aditivos devem obedecer as Normas Brasileiras ou, na falta destas, suas propriedades devem ser verificadas experimentalmente. Sao permitidos éxidos puros de origem mineral utilizados como pigmentos. 7.1.2 Dosagem A proporgao dos materiais deve ser conforme especificado a seguir — _ cimento e cal hidratada: medidos em massa com tolerancia de 3 % quando usados a granel; quando ensacados, pode ser considerado o peso nominal do saco; @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 5 011 — agregados mitidos: medidos em massa ou volume, ambos com tolerancia de 3 % @ sempre levando em conta o inchamento por influéncia da umidade; — Agua: medida em volume ou massa com tolerancia de 3 % — _ aditivo liquido: medido em volume ou massa com tolerdncia de 5 %, seguindo as instrugdes do fabricante e dissolvendo-o em agua antes da mistura com os demais materiais; —_ aditivo em pé: medido em massa com tolerancia de 5 %; — produtos a granel: medidos em massa ou volume com tolerancia de 3 %. No caso de produtos Umidos, deve-se levar em conta a 4gua presente neles. IMPORTANTE — 0 teor de umidade e inchamento dos agregados deve ser levado em consideragao na dosagem. 7.1.3 Mistura A argamassa deve ser misturada, com auxilio de misturador mecanico, O misturador deve garantir a mistura homogénea de todos os materiais. E proibida mistura manual. A argamassa deve ser armazenada durante suas etapas de produgao em locais limpos e secos. © tempo recomendado de mistura (dado em segundos) é de 240 Vd, 120 Vd, 60 Vd, conforme ‘a posigao do eixo do misturador (inclinado, horizontal e vertical, respectivamente), sendo d o diametro maximo em metros do misturador. Nos misturadores continuos, as primeiras partes da produgao devem ser descartadas até que se obtenha um produto continuamente homogéneo. Para manter a trabalhabilidade, podem ser adicionadas pequenas porgées de agua a argamassa. Qualquer mistura nao utilizada no period de 2h30min apés 0 preparo deve ser obrigatoriamente descartada. Durante © transporte, a argamassa no pode sofrer perda de elementos ou segregagao. Recomenda-se que seja remisturada manualmente no local de aplicagao. 7.2 Graute 7.2.1 Disposigées gerais A produgao do graute deve ser feita de modo a garantir o valor caracteristico especificado no projeto @ de acordo com os ensaios de controle de obra especificados em 8.3.3.1 Aconsisténcia do graute deve ser adequada para preencher todos os vazios sem que haja segregagao. Caso seja utilizada cal, 0 teor ndo pode ser superior a 10 % em volume em relacdo ao cimento. Adimenséoméaximadoagregado deve serde 10mm ou20mm, conformeocobrimentodaarmadura, sefor 15 mm (cobrimento minimo) ou 25 mm, respectivamente, Os agregados devem ter dimensao inferior a 1/3 da menor dimensao dos vazados a serem preenchidos. 6 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-2:2011 7.2.2 Dosagem A medida dos materiais deve ser feita conforme especificado a seguir — cimento e cal hidratada: medidos em massa com tolerancia de 3 %, quando usados a granel; quando ensacados, pode ser considerado 0 peso nominal do saco; — agregados mitidos: medidos em massa ou volume, ambos com tolerdncia de 3 % e sempre levando em conta o inchamento por influéncia da umidade; —_ agregados gratidos: medidos em massa ou volume, ambos com tolerdncia de 8 % — Agua: medida em volume ou massa com tolerancia de 3 % — additive Ifquido: medido em volume ou massa com tolerancia de 5 %, seguindo as instrugses do fabricante e dissolvendo-o em agua antes da mistura com os demais materiais; —_ aditivo em pé: medido em massa com tolerancia de 5 %; — produtos a granel: medidos em massa ou volume com tolerdncia de 3 %. No caso de produtos Umidos, deve-se levar em conta a agua contida neles; —_ osaditivos devem obedecer as Normas Brasileiras ou, nafalta destas, apenas se suas propriedades tiverem sido verificadas experimentalmente; — a dosagem deve levar em conta a absorgao dos blocos e das juntas de argamassa, o que pode proporcionar uma redugdo na quantidade de dgua; — caso seja utilizada cal, 0 teor nao pode ser superior a 10 % em volume em relagao ao cimento; — _parablocoscom vazadosde dimenséominima50mm,os agregados devem terdimensao maximade 10 mm ou 20 mm, conforme o cobrimento da armadura, se for 15 mm (cobrimento minimo) 0u 25 mm, respectivamente. Os agregados devem ter dimensao inferior a 1/3 da menor dimenso dos furos a serem preenchidos. 7.2.3 Mistura — ogtaute deve ser deve produzido, obrigatoriamente, com misturador mecanico; — 0 tempo recomendado de mistura é de (dado em segundos) 240 Vd, 120 Vd, 60 Vd, conforme a posicdo do eixo do misturador (inclinado, horizontal e vertical, respectivamente), sendo d © diémetro maximo em metros; — ogtaute deve ser utilizado dentro de 2h30min, contadas a partir da adigao de gua, Em hipstese alguma, é permitido utilizar um produto com prazo de uso vencido, a nao ser que seja utilizado um aditivo retardador de pega. Neste caso, devem ser seguidas as instrugdes do fabricante do aditivo; — © graute deve ser transportado sem que haja segregagéo e perda de componentes, sendo desaconselhavel o uso de depdsitos intermediarios. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 7 011 8 Controle da resisténcia dos materiais e das alvenarias 4 compressao axial 8.1 Caracterizagao prévia dos materiais e da alvenaria Antes do inicio da obra, deve ser feita a caracterizagao da resisténcia a compressao dos materiais, componentes e da alvenaria a serem usados na construgéo. Os componentes blocos, argamassa e graute devem ser ensaiados conforme Segao 5. A caracterizacao da alvenaria deve ser feita através de ensaios de prisma, ou pequena parede ou parede, executados com blocos, argamassas e grautes de mesma origem e caracteristicas dos que serdo efetivamente utilizados na estrutura, ¢ nos ntimeros minimos estipulados na Tabela 1 Tabela 1 — Ntimero minimo de corpos de prova por tipo de elemento de alvenaria 10 de elemento de alvenaria Numero de corpos de prova Prisma 12 Pequena parede 6 Parede 3 Os ensaios de prisma e de pequena parede devem ser realizados de acordo com os métodos de ensaio descritos nos Anexos A e B, respectivamente. O ensaio de parede deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 8949. No caso do fornecedor dos materiais ja ter realizado a caracterizagao da alvenaria com os materiais a serem usados dentro do prazo de 180 dias que antecedem o inicio da obra, este procedimento torna-se desnecessario, podendo ser utilizados os resultados desta caracterizacao anterior. 8.2 Resisténcia caracteristica A tesisténcia caracteristica do elemento de alvenaria obtida nos ensaios deve ser igual ou superior a resisténcia caracteristica especificada pelo projetista estrutural Para amostragem menor do que 20 e maior do que 6 corpos de prova, a resisténcia caracteristica 6 0 valor calculado da seguinte forma: (Fe(1) + fora) + -fotit)) if feka = 2 fetiy onde fok,2 = @ X fo(1), Sendo 0 valor de @ indicado na Tabela 2; fek3 € © maior valor entre fok.1 © fek,25 fora = 0,85 X fom fox 6 0 menor valor entre fok:3 & fok,.4- 8 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-2:2011 sendo i= n/2, se n for par; i= (-1)/2, se n for impar. onde fek.est 6 a resisténcia caracteristica estimada da amostra, expressa em megapascals (MPa); fet), fo(2}n fei S80 0S valores de resisténcia A compressdo individual dos corpos de prova da amostra, ordenados crescentemente; form 6 amédia de todos os resultados da amostra; n 6 ontimero de corpos de prova da amostra. Tabela 2 — Valores de @ em funcao da quantidade de elementos de alvenaria Nede tee | 186 s|4a]s]e]7]a]o] wf] wz] w] 4 | ts elementos v | @ | 080 | 084 | 087 | 089 | 091 | 093 | 0.94 | 096 | 097 | 098 | 099 | 1.00 | 1.01 | 1.02 | 1.04 Para ensaios de parede com n menor do que 6, a resisténcia caracteristica deve ser calculada por: @ -fpair) foal Para ensaios com n maior ou igual a 20, a resisténcia caracteristica deve ser calculada por: fox = fom-1,65 Sp onde fem 6a resisténcia média dos exemplares; Sp 60 desvio-padréo da amostra. 8.3 Controle dos materiais e alvenaria em obra 8.3.1 Determinagéo da forma de controle A forma de controle das resisténcias depende da probabilidade relativa de ruptura da alvenaria em fungao da razao entre a resisténcia caracteristica especificada em projeto e a resisténcia caracteristica obtida nos ensaios de caracterizagao descritos em 8.1. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 9 011 8.3.2 Para obras de menor exigéncia estrutural Em obras com menor exigéncia estrutural, aceitam-se somente os ensaios de caracterizagao, descritos em 8.1, e de recebimento dos blocos, desde que atendidas as duas condigées a seguir: — a maior resisténcia caracteristica especificada para o prisma no projeto seja menor ou igual 4.35 % da resisténcia caracteristica do bloco ou menor do que 50 % da resisténcia caracteristica do prisma obtida em 8.2; — nao seja prescrito o preenchimento dos furos dos blocos para aumentara resisténcia a compressao da alvenaria. 8.3.3 Para obras de maior exigéncia estrutural Quando a obra néo se enquadra conforme descrito em 8.3.2, deve-se controlar o recebimento dos blocos e a produgao da argamassa, graute e alvenaria. Aalvenaria deve ter resist@ncia a compresso controlada pelo ensaio de prisma, que pode ser padrao ou otimizado conforme 8.3.3.2. Os prismas devem ser moldados, armazenados e transportados de acordo com os procedimentos especificados no Anexo A. O controle deve ser feito separadamente para paredes nao grauteadas e paredes grauteadas, com objetivo de aumentar a resisténcia A compressao. 8.3.3.1 Controle da produ de argamassa e graute controle da argamassa e do graute 6 sempre padrao, independentemente do tipo de controle de prisma. 8.3.3.1.1 Definigao do lote E considerado lote para efeito do controle da qualidade da argamassa e do graute o menor dos seguintes limites: — 500 m? de area construida em planta (por pavimento); — dois pavimentos; — argamassa ou graute fabricado com matéria-prima de mesma procedéncia, mesma dosagem e mesmo processo de preparo. 8.3.3.1.2 Amostra ‘A amostra de argamassa ¢ de seis exemplares. A moldagem e 0 ensaio devem ser realizados de acordo com o Anexo D. Aamostra de graute é de seis exemplares. A moldagem dos corpos de prova deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 5738. 0 ensaio é realizado de acordo com a ABNT NBR 5739. 8.3.3.1.3 Aceitagao ‘Aamostra de argamassa é aceita se 0 coeficiente de variagao desta for inferior a 20 % ¢ o valor médio for maior ou igual ao especificado no projeto. A amostra de graute é aceita se seu valor caracterfstico for maior ou igual ao especificado no projeto. 10 {© ABNT 2011 - Todos 0s direitos reservacios ABNT NBR 15961-2:2011 8.3.3.2 Controle da resisténcia da alvenaria através de ensaio de prisma 8,3,3.2.1 Controle-padrao No controle-padrao, cada pavimento de cada edificagao constitui um lote para coleta de amostras. O ntimero de amostras de cada lote é sempre constituido de no minimo 12 prismas, sendo seis para ensaio e seis para eventual contraprova, 8.3.3.2.2 Controle otimizado O controle otimizado deve ser feito em fungao do tipo de empreendimento, Os tipos de empreendimentos dividem-se em: a) edificagao isolada; b) conjunto de edificagées iguais. Sao consideradas edificagées iguais aquelas que atendem as seguintes condigées: —_fazem parte de um Unico empreendimento; — témo mesmo projetista estrutural; —_ témas mesmas resisténcias de projeto especificadas; —_utilizam os mesmos materiais ¢ procedimentos para a execugao. 8.3.3.2.2.1 Controle otimizado para edificagao isolada Para coleta de amostras, cada pavimento representa um lote. © nimero de amostras do primeiro lote 6 sempre constituido de no minimo 12 prismas, dos quais seis sdo para eventual contraprova. Para feito de controle, considerar como primeiro lote © primeiro pavimento do edificio e aqueles em que ocorram mudangas de materiais ou procedimentos de execugao. Apés 0s ensaios do primeiro lote de alvenaria, deve ser calculado o coeficiente de variagao dos prismas. Este coeficiente de variagao é utilizado para definir o numero de amostras do lote subsequente. A cada novo lote ensaiado deve-se recalcular 0 coeficiente de variagao e a resisténcia caracteristica estimada, adicionando-se os resultados dos lotes anteriores que tenham sido executados com os mesmos materiais e procedimentos © niimero de prismas a serem ensaiados para os pavimentos subsequentes deve ser extraido da Tabela 3 usando 0 coeficiente de variacao atualizado ¢ a razéo entre a resisténcia caracteristica especificada em projeto para o pavimento e a resisténcia caracteristica estimada, conforme 8.2. Deve ser moldado ntimero adicional de prismas igual ao que serd ensaiado para eventual contraprova. Na eventual indisponibilidade dos resultados dos prismas do lote anterior, o pavimento deve ser considerado como primeiro lote. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados " 011 Tabela 3 — Numero minimo de prismas a serem ensaiados (redugao de acordo com a probabilidade relativa de ruina) Coeficiente de foysProjeto/fyj, estimado Condigéo | variagéo dos prismas (CV) <0,35 > 0,35 < 0,50 >0,50<0,75 | >0,75 > 15 % 6 6 6 6 <10%e>15% 0 2 4 6 c < 10% oO oO oO oO IMPORTANTE — Para pavimentos com especificagao de resisténcia caracteristica de bloco maior ou igual a 12 MPa, deve-se sempre considerar no minimo a condi¢ao B. 8.3.3.2.2.2 Controle otimizado para conjunto de edificagées iguais Pelo menos uma das edificagdes deve seguir o controle prescrito para edificagao isolada, Cada pavimento das demais edificagées construidas simultaneamente com os mesmos materiais e procedimentos daquela que seguir o controle prescrito para edificacao isolada constitui um lote. Neste caso, o nimero de ensaios é definido conforme Tabela 3. Todos os resultados dos pavimentos e das edificagdes que forem construidos com os mesmos materiais e procedimentos devem ser usados para atualizar o valor do coeficiente de variagao e 0 fpx calculado. 8.4 Condigées especiais Sempre que houver mudanga de fornecedores ou de tipos de materiais na obra, ou ainda mudanga significativa na mao de obra, deve ser feita nova caracterizacao dos materiais e da alvenaria, conforme determinado em 8.1 9 Producao da alvenaria Para assegurar que a alvenaria seja construida conforme projetada, devem ser observados os procedimentos determinados em 9.1 a 9.3. 9.1 Requisitos Antes do inicio da elevagao, deve-se verificar 0 seguinte: — a locagao, esquadros nivelamento da base de assentamento da alvenaria conforme tolerancias descritas na Segao 10 e especificadas no projeto; — oposicionamento dos reforgos metalices ¢ das tubulagdes de acordo com o projeto; — a limpeza do pavimento onde a alvenaria sera executada, quanto a materiais que possam prejudicar a aderéncia da argamassa entre o bloco e o pavimento; — _alimpeza dos componentes blocos e pegas pré-fabricadas, que devem estar isentos de materiais que prejudiquem sua aplicagao e desempenho. 42 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 011 Durante a elevagao, deve-se garantir que: — os blocos depois de assentados nao sejam movidos da sua posigao para nao perder a aderéncia com a argamassa; — as paredes de alvenaria sejam executadas apenas com blocos inteiros e seus complementos. Para serem utilizadas pegas cortadas, pré-fabricadas ou pré-moldadas, estas devem estar previstas no projeto de producao e obtidas mediante condigées controladas; —paredes estruturais nao possuam amarragao direta com as paredes néo estruturais. 9.2 Locagao das paredes de alvenaria 9.2.1 Eixos referenciais planimétricos ‘A marcagao da alvenaria influencia na preciséo geométrica do conjunto de paredes que serao elevadas. Os eixos de referéncia das medidas que localizam as paredes, a cada pavimento, devem estar indicados no projeto, 9.2.2 Tolerancias da variacao do nivel da superficie dos pavimentos A variagao do nivel da superficie do pavimento nao pode ultrapassar + 10 mm em relagao ao plano especificado, conforme Figura 1. Plano de _elevagao especificado / Topo da laje conforme ‘construido Dimensées em milimetros 410mm Plano de elevagao especificado Figura 1 — Variagao do nivel da superficie dos pavimentos 9.2.3. Espessura da junta horizontal da primeira fiada © valor minimo da espessura da junta horizontal de argamassa de assentamento dos blocos da primeira fiada 6 de 5 mm e o valor maximo nao pode ultrapassar 20 mm, conforme Figura 2, admitindo-se espessuras de no maximo 30 mm em trechos de comprimento inferiores a 50 cm. Caso a espessura da junta horizontal de argamassa de assentamento dos blocos da primeira fiada ultrapasse o valor maximo, deve ser feito um nivelamento com material com a mesma resisténcia da laje. 9.3 Elevagdo e respaldo das paredes de alvenaria Sao considerados essenciais para o desempenho da parede, o cumprimento das tolerancias de prumo (alinhamento da parede vertical), de nivel (alinhamento da parede horizontal), a execucdo correta das espessuras das juntas de argamassas de assentamento dos blocos e dos reforgos na alvenaria especificados. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 13 ABNT NBR 15961-2:2011 9.3.1 Assentamento dos blocos Durante a elevacao das paredes, os blocos devem ser assentados e alinhados segundo especificado em projeto e de forma a exigir o minimo de ajuste possivel. Devem ser posicionados enquanto a argamassa estiver trabalhavel ¢ plastica e, em caso de necessidade de reacomodagao do bloco, a argamassa deve ser removida e o componente deve ser assentado novamente de forma correta. Os cordées de argamassa devem ser aplicados sobre os blocos em uma extensao tal que sua trabathabilidade nao seja prejudicada por exposigao prolongada ao tempo e evitando-se a queda nos vazados dos bloces. 9.3.2 Espessura das juntas horizontais e verticais As juntas horizontais devem ter espessuras de 10 mm, exceto as juntas horizontais da primeira fiada, conforme 9.2.3. A variagéo maxima da espessura das juntas de argamassa deve ser de + 3 mm, em relacao a especificada no projeto. Espessura da junta vertical = 10 mm (+ 3) aie a ih ; Espessura da junta 7} de assentamento | = 10mm (23) Espessura da primeira ra 7} _ junta de assentamento: minimo = 5 mm, maximo 0 mm Pavimento Figura 2 — Variages maximas da espessura das juntas de argamassa 9.3.3 Tipos de juntas de argamassa As juntas devem ter 0 acabamento especificado em projeto @ aspecto uniforme. Para alvenarias ndo revestidas, a junta deve ter seu acabamento na forma céncava conforme Figura 3, sendo para isso utilizado frisador que pressione e compacte a argamassa ainda fresca, sem arrasté-la para fora da junta, o que potencializa um acabamento durdvel e favorece a eliminagao da agua da chuva. A profundidade maxima do friso deve ser 3 mm. Para alvenarias revestidas, a argamassa deve ser rasada logo apés 0 assentamento dos blocos, de maneira a compor o plano da parede e sem apresentar rebarbas ou saliéncias. 14 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-2:2011 Junta eéneava Figura 3 — Chanfro das juntas de alvenaria aparente ‘A menos que especificado 0 contrario no projeto de produgao das alvenarias: — as juntas horizontais devem ser feitas com a colocagéo de argamassa sobre as paredes longitudinais e transversais dos blocos; — as juntas verticais devem ser preenchidas mediante a aplicagao de dois filetes de argamassa na parede lateral dos blocos, garantindo-se que cada um dos filetes tenha largura nao inferior a 30 mm. E vedado o uso de qualquer tipo de calgo no assentamento dos blocos. A argamassa nao pode obstruir os vazios dos blocos e aquela retirada em excesso das juntas pode ser misturada novamente a argamassa fresca. Entretanto, argamassa em contato com o chao ou andaime deve ser descartada e nao pode ser reaproveitada. Alvenatias recém- elevadas devem ser protegidas da chuva, evitando remogao da argamassa das juntas. Deve-se prever escoramento lateral de alvenarias recém-elevadas e nao travadas. Qualquer parede que ficar com a fiada de respaldo exposta ao tempo deve ser protegida da chuva, seja por meio de concretagem ou protecao de topo, evitando-se que o excesso de umidade se acumule nos vazados dos blocos. 9.3.4 Prumo, nivel e alinhamento dos elementos de alvenaria O desaprumo e o desalinhamento maximo das paredes e pilares do pavimento nao podem superar 10 mm, além de atender ao limite de 2 mm/m, conforme Figura 4. Na altura total do prédio o maximo desaprumo admitido 6 de 25 mm. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 15 011 Fiada das canaletas a Fiada das canaletas 5 £ olE Linha de prumada po bee ge { gle | BIE (+/-)5mmacadasm. | ale (+/-) 10mm acada 6m. | Is (4/13 mm, mm max _ | ++2.mma cada metro de comprimento alinhamento +10 mm no maximo (eee eoeqoe[csl Figura 4 - Li 5 maximos para o desaprumo e desalinhamento das paredes Adescontinuidade vertical de pilares e paredes de um pavimento para outro pode sernomaximode 5 mm, conforme Figura 5. No caso das alvenarias periféricas, a tolerancia do desalinhamento em relagao a laje é de 5 mm. +5 mm para paredes estruturais LT Paree superior Parede superior Parede inferior Co Parode inferior Fo = 5 mmpara paredes estruturais Figura 5 - Descontinuidade maxima das paredes e pilares entre os andares A Tabela 4 apresenta o resumo das variéveis de controle geométrico que devem ser respeitadas na produgao da alvenaria. 16 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-2:2011 Tabela 4 — Varidveis de controle geométrico na produgao da alvenaria Fator Tolerancia Espessura +3mm Junta horizontal 2mmim Nivel 7 10 mm no maximo Espessura £3mm Junta vertical 2mmim Alinhamento vertical F 10 mm no maximo 42mm/m Vertical (desaprumo) +10 mm no maximo por piso Alinhamento da +25 mm na altura total do edificio parede +2mm/m Horizontal (desalinhamento) SOT Nivel superior das paredes Nivelamento da fiada de respaldo +10mm 9.3.5 Vigas, contravergas e cintas, As contravergas em vaos de janela e as vergas sobre vaos de porta e janela podem ser executadas com canaletas preenchidas com graute e armadura, peas moldadas no local ou pegas pré-fabricadas, conforme especificado no projeto. Em cada pavimento, preferencialmente na fiada de respaldo, deve ser executada uma cinta continua, solidarizando todas as paredes. Esta cinta pode ser executada com blocos especiais, tipo canaleta, ou com férmas. O grauteamento dessa cinta deve preceder a montagem das formas de laje. 9.3.6 Armaduras ‘As armaduras devem ser colocadas de tal forma que se mantenham na posigao especificada durante © grauteamento e, para tal finalidade, devem ser utilizados espagadores adequados para garantir 0 cobrimento especificado em projeto. E admitido um erro maximo no posicionamento das armaduras igual a 1 cm para segées fletidas com dimenséo inferior a 20 cm, no plano de flexdo, Para segdes comprimidas ou de dimensao superior a 20 cm, o erro maximo admitido para posicionamento da armadura é igual a 2 cm. Em caso de ocorréncia de erros maiores, deve-se informar o projetista da estrutura e fazer revisdo dos calculos. Em nenhum caso é permitido o contato de metais de naturezas diferentes. Os fios, barras e telas de reforgo imersos em juntas de argamassa devem ser de ago galvanizado ou de metal resistente a corrosao. 9.3.7 Grauteamento Quanto a operagao de grauteamento, deve ser observado o seguinte: — antes de verter o graute, os furos devem estar alinhados e desobstruidos, conforme Figura 6. Para tal, recomenda-se a limpeza das rebarbas de argamassa; @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 15961-2:2011 — altura maxima de langamento do graute deve ser de 1,6 m, exceto se o graute for devidamente aditivado, garantida a coesdo sem segregagao, situagdo em que a altura de langamento maximo permitido é de 2,8 m; — antes do langamento do graute, devem-se molhar os vazados a serem grauteados; — no adensamento manual deve-se empregar haste entre 10 mm e 15 mm de didmetro, devendo a haste ter comprimento suficiente para atingir toda a extensao do vazado, nao sendo permitido utilizar a propria armadura da parede para esse adensamento; — devem ser ctiadas janelas de visita nos pontos a serem grauteados para proceder-se a limpeza destes e a inspecao da operagao de grauteamento. Argamassa = Argamassa Argamassa © exceaente e argamassa no pede euperar13.mm Figura 6 — Desobstrugao dos furos 10 Aceitagao da alvenaria Para a alvenatia do pavimento ser aceita, 6 suficiente que a resisténcia caracteristica estimada de prisma seja maior ou igual a resisténcia especificada de projeto. Caso a condigao de controle da resisténcia da alvenaria nao preveja o ensaio de prisma, deve-se atender: — obra de menor exigéncia estrutural: a aceitagao deve ser feita através da aprovagao dos ensaios de caracterizagao e recebimento dos blocos; — obra de maior exigéncia estrutural: nos pavimentos onde o ensaio de prisma pode ser prescindido, deve-se atender ao descrito acima e também ao descrito em 8.3.3.1.3. Ainda para a alvenaria ser aceita, todos os requisitos prescritos na Se¢ao 9 devem ser verificados. Toda a alvenaria estrutural deve passar por controle e atender as exigéncias da Tabela 4 para aceitagao. No caso de nao atendimento aos critérios acima, devem ser adotadas as seguintes agdes corretivas: — revisar 0 projeto para determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, considerando os valores obtidos nos ensaios; — determinar as restrigbes de uso da estrutura; — providenciar o projeto de reforgo; — decidir pela demoligao parcial ou total. 18 {© ABNT 2011 - Todos 0s direitos reservacios ABNT NBR 15961-2:2011 Anexo A (normativo) Ensaio para a determinagao da resisténcia 4 compressao de prismas A.1 Principio Este Anexo prescreve o método para determinagao da resisténcia a compressao de prismas. A.2 Aparelhagem e instrumenta¢ao Aprensa usada para a aplicacao dos carregamentos deve permitir a acomodagao dos corpos de provae das chapas de distribuigao de carga, quando elas foremnecessérias, e deve atenderas especificagdes da ABNT NBR 12118 Aaltura minima util disponivel na prensa deve ser igual ao dobro da altura dos blocos, mais a espessura da argamassa de assentamento e dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm. Nos casos em que seja necessério avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos — por meio da determinagao do médulo de deformagao (Ep) - podem ser instaladas bases de extensémetros mecAnicos em duas faces dos prismas. Alternativamente, a determinagao do médulo de deformagao (Ep) pode ser feita com dois defletmetros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura A.1. Neste caso o tempo de permanéncia de cada carregamento nao pode ser inferior a 3 min. A3 Procedimentos 3.1 Preparagao do corpo de prova Cada corpo de prova é um prisma oco ou cheio, constituido de dois blocos principais sobrepostos, integros e isentos de defeitos. Os prismas podem ser recebidos ou moldados no laboratério nas seguintes situagées: a) para caracterizagéo prévia da alvenaria; b) para controle de obras com especificagao de resisténcia caracteristica de bloco inferior a 12 MPa. Para controle de outras obras (com especificagao de resisténcia caracteristica de bloco maior ou igual a 12 MPa), os prismas devem ser moldados na obra e recebidos integros no laboratério. Os prismas devem ser identificados, limpos e colocados em ambiente protegido que preserve suas caracteristicas originais. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 19 ABNT NBR 15961-2:2011 Devem ser obedecidas as seguintes condigées na preparacao dos prismas: — ocapeamento deve ser total (disposto em toda a superficie dos blocos) e apresentar-se plano uniforme no momento do ensaio, nao sendo permitidos remendos; — cargamassamento deve ser em toda a area liquida do bloco. A.3.2 Assentamento Para o preparo dos prismas devem ser usados niveis, prumo e colher de pedreiro. Qs prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformavel e limpa; a base deve ser impermedvel para o caso de prismas cheios. Esta base, firme e continuamente apoiada, deve ter no minimo as dimensées dos blocos. Inicialmente deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. O outro bloco do mesmo lote deve ser assentado sobre a argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um martelo de borracha e 0 auxilio de um nivel de prumo, colocar o bloco em sua posigao final, resultando uma junta com (10 + 3) mm. No assentamento, a argamassa deve ser disposta sobre toda a face do bloco, incluindo todos os septos laterais e transversais. A3.3. Grauteamento Deve ser removido o eventual aciimulo de argamassa no fundo dos furos que sero preenchidos. O grauteamento deve ser efetuado apds no minimo 16 h do assentamento. O graute deve ser vertido dentro dos furos dos blocos ¢ adensado em duas camadas de 12 golpes/camada, com a haste de socamento descrita na ABNT NBR 5738. A superficie superior do graute deve ser rasada e alisada por meio de colher de pedreiro, e imediatamente coberta por um filme impermeavel. A.3.4 Capeamento © capeamento deve cumprir as seguintes prescrigées: — as faces do prisma em contato com as placas da prensa devem ser regularizadas através de capeamento com pastas de cimento ou argamassas com resisténcias superiores as resisténcias dos blocos na area Ifquida; — a superficie onde o capeamento seré executado néo pode se afastar do plano mais que 0,08 mm para cada 400 mm; — _ ocapeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio; — aespessura média do capeamento nao pode exceder 3 mm A35 Cura Os prismas devem permanecer na temperatura e umidade do assentamento, ao abrigo do sol e vento, durante o tempo estipulado para a cura pelo ensaio. Apés a moldagem, os prismas devem ser mantidos iméveis durante pelo menos sete dias. 20 {© ABNT 2011 - Todos 0s direitos reservacios 011 3.6 Transporte Apés pelo menos sete dias, para serem transportades, os prismas devem ser solidarizados por meio de chapas de madeira, colocadas nos topos e amarradas por meio de arames ou outro dispositivo, de modo a garantir a integridade do conjunto. O transporte é proibido antes dessa operacdo ser completada. A4_ Execugao dos ensaios Os procedimentos para a execugao dos ensaios sdo os sequintes: — ensaiar todos os corpos de prova de modo que a carga seja aplicada na diregao do esforgo que 0 bloco deve suportar durante o seu emprego na alvenaria; — colocar 0 corpo de prova na prensa de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de carga dos pratos da prensa; — executaro ensaio de compressdo, regulando os comandos da prensa, de forma que ocarregamento seja aplicado a velocidade especificada na ABNT NBR 12118; — quando os corpos de prova estiverem instrumentados, as cargas devem ser aplicadas segundo um ntimero de vezes que permita o tragado dos gréficos carga x encurtamentos dos prismas. Sugere-se que o valor de cada incremento de carga seja 10 % da carga de ruptura provavel, com ‘© tempo de permanéncia de cada carregamento nao inferior a3 min, até 50 % da carga de ruptura prevista. Apés isto, deve-se aplicar o carregamento a uma velocidade que permita que a ruptura acontega entre 1 min e 2 min (nao incluindo o tempo necessério para carregamento até 50 % da carga de ruptura). Opcionalmente podem ser efetuadas duas descargas, desde que a carga no tenha atingido 50 % da carga de ruptura; — nos casos em que for necessdrio determinar o médulo de deformagao (Ep), este deve ser calculado no intervalo correspondente a curva secante entre 5 % e 30 % da tensao de ruptura de cada corpo de prova. — © ensaio a compressdo da argamassa de assentamento deve seguir as diretrizes contidas no Anexo D; — censaio a compressao do graute deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 5739; — censaio a compressao do blocos deve seguir as diretrizes da ABNT NBR 12118. @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados a1 011 Sentido de aplicagao da carga Base para See Extensémetros mecdnicos Defltémetros oo Prisma de dois blocos o UME: Figura A.1 — Esquema para o ensaio de determina¢ao da resisténcia do prisma (f,) com a instrumentagao para a determinagao do médulo de deformacao (E) A.5 Expressao dos resultados e relatério de ensaio relatério do ensaio deve conter no minimo as seguintes informagées: a) b) c) 22 identificagao do solicitante; identificagéo da amostra e de todos os corpos de prova; data do recebimento da amostra; data do assentamento; data do grauteamento; condigées de cura; data do ensaio; tipo do prisma, oco ou cheio; registros das especificagdes ¢ resultados de ensaio de resisténcia a compressao dos componentes (blocos, argamassa e graute); se moldados na obra, identificar pavimento representado pelo prisma; valores da area bruta nominal dos prismas, em milimetros quadrados; cargas de ruptura individuais, expressas em newtons; resisténcias individuais, caracteristica e média dos prismas, determinadas na drea bruta, expressas em megapascals, com aproximagao decimal e valor do coeficiente de variagao; © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados °) P) 9) 011 nos ensaios com solicitagao da determinagao do médulo de deformagao (E>) © coeficiente de Poison (Vpa), apresentagao dos valores individuais e médios obtidos, bem como gréficos carga x encurtamento de cada ensaio; desenho esquematico de como os corpos de provaforam ensaiados, ressaltando a posigéo dos furos; descrigao do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos; registros sobre eventos nao previstos no decorrer dos ensaios; referéncia a esta parte da ABNT NBR 15961 @ABNT 2011 - Todos os direitos reservados 23 ABNT NBR 15961-2:2011 Anexo B (normativo) Ensaio para a determinagao da resisténcia 4 compressao de pequenas paredes B.1_ Principio Este Anexo prescreve o método para determinagao da resisténcia & compressao de pequenas paredes. B.2 Aparelhagem e instrumentacao A aparelhagem necessaria usada para a aplicagao dos carregamentos deve satisfazer as seguintes condigées: a) aprensa, ou pértico de reagao, deve permitir a acomodagao dos corpos de prova e das chapas @ perfis de distribuicao de carga. A altura minima util disponivel na prensa deve ser igual a do corpo de prova, mais a espessura dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm; b) nos casos em que seja necessdrio avaliar a deformabilidade das pequenas paredes — por meio da determinagao do médulo de deformagao (Epa) € do coeficiente de Poisson (vpa) - devem ser instaladas bases de extensémetros mecanicos nas duas faces maiores das pequenas paredes. Alternativamente, a determinagao do médulo de deformagao (Epa) pode ser feita com dois defletémetros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura B.1. Sentido de aplicagao de carga Base para " aplicagao da carga tu Extensémetros mecdnicos. Defletémetros =| BCP | 1s re Figura B.1 — Esquema para o ensaio de determinacao da resisténcia de pequenas paredes (fp), com a instrumentagéo para a determinagdo do médulo de deforma¢ao (Epa) e do coeficiente de Poisson (vpa) 24 © ABNT 2011 - Todos os direitos reservados

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