Índice
1. Introdução
2. Como identificar a qualidade de um Óleo Essencial?
- Fatores de qualidade
- Adulteração
- Dicas práticas: Escolher um Óleo Essencial de Qualidade
3. Por que composição química dos Óleos Essenciais é importante?
- Monoterpenos
- Sesquiterpenos
- Monoterpenóis
- Sesquiterpenóis
- Ésteres
- Fenóis
- Aldeídos
- Cetonas
- Éteres
- Dicas Práticas: Famílias Químicas e Segurança
4. De que maneira devo usar os Óleos Essenciais?
- Inalação e Uso oral
- Aplicação na pele
1. Irritação dérmica
- Dicas Práticas: Óleos a evitar
2. Sensibilização dérmica
- Dicas Práticas: Óleos a evitar
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3. Fotossensibilização
- Dicas Práticas: Óleos Fotossensitizadores
- Dicas Práticas: Óleos Cítricos não Foto-Tóxicos
4. Outras irritações
- Irritação ou sensibilização peculiar
- Irritante da membrana mucosa
- Dicas Práticas: Óleos Essenciais Irritantes da membrana mucosa
5. Que diluição devo usar?
- Guia prático para diluir óleos essenciais
6. Outras considerações
- Gravidez
- Dicas Práticas: Óleos essenciais para serem evitados durante a gradivez, trabalho
de parto e amamentação
- Integridade da Pele
- Idade do Cliente
7. Dicas Práticas: Os doze mandamentos da Aromaterapia com Segurança
8. Medidas Emergenciais de Segurança
9. Conclusão e Fontes
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- Kelly Holland Azzaro, gerente de relações públicas e ex-presidente da NAHA (Agência Nacional de
Aromaterapia Holística -EUA).
isso é fundamental conhecer as diretrizes básicas de seu uso seguro. Nesse ebook
o uso seguro dos óleos essenciais. Em cada um desses fatores você encontrará
parâmetros simples e práticos para o uso responsável dos Óleos Essenciais. Mas é
sempre importante lembrar que nenhuma informação poderá suplantar a autoridade
de um aromaterapeuta experiente e consciente de seu ofício. Por isso, se você
pode aprender as diretrizes da aromaterapia com segurança diretamente de um
Fatores de qualidade:
A qualidade de um Óleo Essencial começa em seu cultivo. Eis alguns fatores que
Cada planta terá condições ideias específicas, que permitirão que ela libere o
o máximo de seu potencial terapêutico, resultando em um óleo essencial de alta
qualidade.
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Adulteração:
Um óleo essencial adulterado aumenta o risco de haver algum tipo de efeito
colateral indesejado. Mesmo depois de destilados e “puros”, adulterações podem ser
feitas nos óleos essenciais. Por exemplo:
Monoterpenos:
Os componentes dessa família química evaporam rapidamente e são
considerados “notas de topo”, por serem os primeiros aromas que sentimos quando
inseridos em uma sinergia (blend). Em geral os Monoterpenos são:
Sesquiterpenos:
É difícil generalizar as propriedades terapêuticas desta família química. A seguir
enumeramos algumas características gerais pelas quais podemos conhecer algumas
das suas propriedades terapêuticas. Em geral os Sesquiterpenos são:
Monoterpenóis:
A estrutura dessa família química é semelhante à dos monoterpenos. O que os
diferencia? Apenas uma molécula de hidroxila. A localização desta molécula determina
a propriedade terapêutica do óleo (não é fascinante?). A gama das propriedades
terapêuticas dos Monoterpenóis é bem variada:
Sesquiterpenóis:
Os Óleos Essenciais desta família química são considerados notas de “base”.
isso, são as últimas notas que saem de um determinado recipiente, quando você está
cheirando uma sinergia (blend). O Óleo Essencial de Sândalo tem em sua composição
85% de sesquiterpenóis. Em geral, as propriedades terapêuticas dessa família são:
• Anti-inflamatórios.
• Apoio imune.
• Sedativo.
• Cura da pele.
• Antibacterianos.
• Antiespasmódicos.
• Excelentes tônicos para o sistema linfático, bem como para as veias.
Ésteres:
Esta família química é conhecida por suas potentes propriedades
antiespasmódicas. Mas além disso, muitas vezes também são:
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• Sedativos.
• Calmantes.
• Analgésicos.
• Anti-inflamatórios.
• Ajudam o corpo a lidar com o estresse.
Alguns dos óleos essenciais com altas porcentagens de ésteres são: Camomila
Romana (80%), Jasmim Absoluto (52%) e Helichrysum (49%).
Fenóis:
Essa família química é muito ativa e estimulante – uma excelente escolha
quando você quiser dar um safanão em uma infecção agressiva. O Óleo Essencial de
Cravo (Botão) é composto por 67% de fenóis, ele é a “menina dos olhos” dessa família
química. Excelente para combater infecções, mas deve ser evitado por pessoas sobre
diluidores de sangue devido a seu alto eugenol conteúdo.
Aldeídos:
Os aldeídos são excelentes para as questões fúngicas. O Óleo Essencial de
Melissa e seu quase gêmeo, o Óleo Essencial de Capim-Limão, são dois Óleos que
possuem em torno de 80% de aldeídos. O Neral e o geranial são dois aldeídos que
esses dois Óleos compartilham. Em geral, essa família química possui as seguintes
propriedades terapêuticas:
• Anti-fúngicos.
• Antibacterianos.
• Anti-inflamatórios.
• Antiespasmódicos.
• Sedativo.
• Podem também reduzir a febre.
Cetonas:
As principais razões para escolher os Óleos Essenciais da família química cetona são
suas propriedades expectorante e mucolítica, tornando-os excelentes aliados no
combate às infecções das vias respiratórias. O Óleo Essencial de Hortelã Pimenta
tem mais cetonas do que a maioria dos outros Óleos Essenciais, embora o Alecrim, o
Vetiver, e o Lavanda Spike tenham uma quantidade considerável também.
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• Analgésicos.
• Antiespasmódicos.
• Rubefacientes.
• Cicatrizantes.
• Eficazes na cicatrização de feridas.
Éteres:
Aldeídos Esta é outra família química em que a baixa diluição e o uso de curto prazo
são altamente aconselháveis. Diluições acima de 1% podem resultar em
irritações de pele. Os aldeídos definitivamente não são recomendados
para uso interno (Nunca!), mesmo que em doses baixas. As pessoas que
sofrem com glaucoma ou câncer relacionado ao estrogênio devem ser
particularmente cautelosas com essa família química. Aldeídos oxidam
facilmente e têm uma vida útil de cerca de 1 a 3 anos.
¹ Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
² National Association for Holistic Therapy – Associação Nacional de Aromaterapia Holística (EUA).
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Aplicação na pele
Quando o assunto é a aplicação do óleo essencial na pele, é preciso atenção
redobrada. As reações dérmicas ou cutâneas que podem ocorrer com óleos
essenciais incluem:
1 - Irritação.
2 - Sensibilização.
3 - Fototoxicidade/Fotosensibilização.
1. Irritação dérmica
Um irritante dérmico irá produzir um efeito imediato de irritação na pele. A reação
se apresentará na pele na forma de manchas ou vermelhidão, podendo ser doloroso para
algumas pessoas. A severidade da reação dependerá da concentração (diluição) aplicada.
Irritantes cutâneos
Cominho Capim-Limão
Cuminum cyminum Cymbopogon citratus
2. Sensibilização dérmica
A sensibilização dérmica é um tipo de reação alérgica. Ela ocorre na primeira
exposição a uma substância, mas nesta ocasião, o efeito perceptível sobre a pele é
leve ou ausente. No entanto, a exposição subsequente à mesma substância, ou a uma
substância semelhante produz uma reação inflamatória grave causada por células do
sistema imunológico (t-linfócitos)¹. A reação se apresentará na pele como manchas ou
vermelhidão, o que pode ser doloroso para algumas pessoas.
O problema com a sensibilização dérmica é que uma vez que ocorre com um óleo
essencial específico, é mais provável que a pessoa vá ser sensível a ele por muitos anos
e, talvez, para o resto de sua vida. A melhor maneira de evitar a sensibilização é evitar
sensibilizadores dérmicos conhecidos e evitar a aplicação dos mesmos óleos essenciais
diariamente, ou por longos períodos de tempo. A sensibilização é imprevisível, alguns
indivíduos serão sensíveis a um determinado óleo e alguns não².
² Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
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Sensibilizadores cutâneos
Bálsamo do Lúcia-Lima
Peru Lippia citriodora
Myroxylon pereirae
Absoluto de Terebintina
Chá Verde Pinus spp
Camellia sinensis
Murta-Limão Inula
Backhousia citriodora Inula graveolens
3. Fotossensibilização
Um óleo essencial que exiba essa qualidade causará alterações na pigmentação
da pele ou queimaduras, parecidas com bronzeamento, quando exposta ao sol ou
luz similar (raios ultravioletas). As reações podem variar de mudança suaves da cor
de pele à queimaduras profundas. Não use ou recomende o uso de óleos essenciais
fotossensibilizantes antes de entrar em uma cabine de bronzeamento solar ou expor-se
ao sol. Recomendamos que o cliente fique fora do sol pelo menos vinte e quatro horas
após a aplicação dos óleos essenciais fotossensibilizantes à pele. Certas drogas, como a
tetraciclina, aumentam a fotossensibilidade da pele, aumentando assim os efeitos nocivos
da Fotossensibilização dos óleos essenciais. A tabela 3 enumera alguns óleos essenciais
comuns considerados fotosensibilizadores.
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Fotossensitizadores
4. Outras irritações
Irritação ou sensibilização peculiar: irritação ou sensibilização peculiar é uma reação
incomum a um óleo essencial comumente utilizado. Este tipo de reação é difícil de
prever e raramente ocorre, mas é uma possibilidade.
Tomilho ct.
Timol
Thymus vulgaris
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Dosagem/diluição
a ser aplicada
1% de diluição (1 gota por colher de chá de óleo carreador ; 5-6 gotas por 30
ml) – para crianças com idade inferior a 6 anos, gestantes, idosos, aqueles
com pele sensível, sistemas imunológicos comprometidos, ou outros
problemas sérios de saúde. Esta é também uma boa diluição quando você está
massageando uma grande área do corpo.
2% de diluição (2 gotas por colher de chá de óleo carreador; 10-12 gotas por 30
ml ) – ideal para a maioria dos adultos e na maioria das situações. Esta é igual-
mente uma boa diluição para o cuidado diário da pele.
3% de diluição (3 gotas por colher de chá de óleo carreador; 15-18 gotas por30
ml )-melhor usado a curto prazo para uma questão de saúde temporária, como
uma lesão muscular ou congestão respiratória. Até 10% de diluição é bom,
dependendo da preocupação de saúde, a idade da pessoa, e os óleos que
estão sendo usados.
25% de diluição (25 gotas por colher de chá de óleo carredor; 125-150 gotas
por30 ml)- dependendo do caso, uma diluição assim elevada é necessária. Isso
pode ser bom para uma cãibra muscular, ou dor severa.
Mantendo o uso seguro de óleos essenciais em mente, use sempre a menor diluição
possível que lhe dê resultados eficazes.
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Outras considerações
Gravidez
A NAHA1 adota diretrizes semelhantes à Federação Internacional de Aromate-
rapia Profissional (em inglês IFPA). Aqui estão as suas diretrizes. Visite ifparoma.org
para obter mais informações sobre a IFPA.
1 National Association for Holistic Therapy – Associação Nacional de Aromaterapia Holística (EUA).
3 Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
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2 Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
3 Burfield, T. (2000). Safety of Essential Oils. International Journal of Aromatherapy, Vol 10.1/2
1 Wildwood, C. (2000). Of Cabbages & Kings Aromatherapy Myths, part II. Aromatherapy Today, 14, p. 12–14.
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Bétula Cânfora
Betula lenta Cinnamomum camphora
Hissopo Artemísia
Hyssopus officinalis Artemisia vulgaris
Salsa Poejo
Petroselinum sativum Mentha pulegium
Sálvia Tanaceto
Salvia officinalis Tanacetum vulgare
Estragão Tuia
Artemisia dracunculus Thuja occidentalis
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Integridade da pele:
A pele machucada, afetada por alguma doença, ou inflamada é frequentemente
mais permeável aos óleos essenciais e pode ser mais sensível às reações dérmicas.
É potencialmente perigoso colocar óleos essenciais nessas condições. Sob estas
circunstâncias a condição da pele pode ser agravada, e quantidades de óleo maiores
do que o normal serão absorvidas. Reações de sensibilização também são mais
prováveis de ocorrer¹.
Idade do cliente:
Recém-nascidos, bebês, e crianças novas são mais sensíveis à potência de óleos
essenciais e as diluições seguras incluem 0,5-2,5% dependendo da circunstância. Além
disso, alguns óleos essenciais devem simplesmente ser evitados para esta população,
por exemplo, Birch ou Wintergreen, que são ambos ricos em salicilato de metilo e
também o óleo essencial de hortelã-pimenta. Os clientes idosos também podem ter
mais sensibilidade na pele, sendo assim, uma concentração/diluição reduzida também
é indicada.
1 Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
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Medidas de segurança
1 Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
2 Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
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Conclusão
Compilamos essas informações com o intuito de tornar acessível o acesso as diretrizes
básicas da Aromaterapia com Segurança. Esperamos tê-lo auxiliado. Para dúvidas,
comentários ou sugestões, entre em contato conosco: editorial@oshadhi.com.br.
Fontes:
· Site do NAHA ( Associação Nacional para Aromaterapia Holística- EUA): https://naha.
org/explore-aromatherapy/safety/.
· Site da Aromaterapeuta Lea Harris: http://www.usingeossafely.com/.
· Tisserand, R., and Balacs, T. (1995). Essential Oil Safety. New York: Churchill Livingstone.
10.1/2.
· Buckle, J. (2003). Clinical Aromatherapy. Philadelphia: Elsevier Science.
· Wildwood, C. (2000). Of Cabbages & Kings Aromatherapy Myths, part II. Aromatherapy
Today.
· Hoare, J. (2010). Guia Completo de Aromaterapia. Pensamento.