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PADI JOLIO MARIA Mislonirla de Nossa Senhora do SS. Sacramento LUZ NAS TREVAS RESPOSTAS IRREFUTAVEIS AS OBJECOES PROTESTANTES “ 1955 EDIORS VOzES tela, ERODES J: mando-he, com a licenca ecida, meus ‘sinceros. bins pela feliz idéia de reunir em voltime uma st postas séo, de fato, inrcfutévels, porque so todas | " radas da sagrada escritura; e negilas seria negar a pria Bibli oO dundo de sua argumentacio é Soutzinal, comunicativa. Tenho a cerleza que as suas polémicas continuaro a fazer o bem ais almas: aos catélicos, dan- do-thes armas sélidas para combaterem a impiedade 6 6 erfo} 208 protestantes, mostrando-thes ¢ sentido — exato da Biblia, os erros da interpretacdo individual ea seguranga da interpretagao eclesidstica. Pega ao bom Deus abengoar 9 seu zelo de apdstolo do bem ¢ da verdade. Sou com toda estima de V. Revma, humilde serve PROLOQUIO da iterceira edigio As duas primeitas edighes deste livro esgotaram-se ripidamente, apesar do niimero avultado dos exem- plares de cada edigéo. E’ sinal de que 9 livro responde a uma exigéncia da ‘epoca ¢ da disposicio dos espiritos, Os protestantes, de todos os lados, fazem uma propa- ganda frenética de seus erros, procurando arrastar pa- Tao mel e a perdicdo os eatdlicos fitis; é, pois, neces- Sario opor-thes uma refutacio clara, simples, doutrinal © popular de suas objeodes, mil vezes pulverizadas, mas sempre novas para eles, porque sfio o fruto da igno- incia ¢ do fanatismo. Nao quis fazer mudangas nesta terceira edicio, para ndo anmentar o volume, e evitar repctigdo de doutri- mas jd expostas em outros volumes. Peco a Deus servir-se deste livro pare orientar os cax télicos, firmé-los em sua 8 © darelhes uma resposta positiva ¢ clara, para responder aos que ataquem a sia religifo, a tiniea verdadcira, O presente livro tem sido um instrumento eficaz pa- fa a converstio de muitos, jA caidos nas garras do erro protestante, e a confirmacda de muitos vacilantes em ‘suas convicgdes religiosa 43. Possa ele continuar este mesmo apostolado, P, Jiilio Maria. INTRODUGAO NECESSARIA Durante as estas marianas de 1928, os protestantes Aistribuiram um desafio, eaigindo (note-se bern: nilo pe- dindo), um texto da biblia que provasse diversas ver- dades professadas pelos catélicos e megadas por cles. Respondi de chofre; porém, dispondo apenas das co- Tunas de um pequeno Semanitio, foi-me impossfvel” pu- blicar todas as respostas; e as que foram Publicadas, em consequéncia do pouco espago, foram de tal mode cortadas ie, muitas vezes, perderam a forga de uma argumentagio cerrada e irrefutivel, Eis a razio por que resolvi enfeixar em yolume as tais Fespostas, qe no receio intitular de irrefutiveis, pas Ta quem procitra sinceramente a luz ea verdade, Ha outra razio ainda, Uma das tais x EY utta ‘polémica documentada, uma atgumentagio Segura, mostrando © comparanda 0 erro ¢ a verdade — a para que do contraste saia a luz, que permite distin- guir aqueles que, fonentes tenebras Iucem, et Meee e- nebras (Is, 8, 20), “faze da escuridio tus, 0 da lus escuridéo”, como fazem os pobres protestantes, tinica- mente com o intuito de contradizer a Igreja Catélica. Possam estas respostas fazer conhecer e amar a re- ligito verdadeira, a nica religifo divina, que é a de Jesus Gristo, perpetuada e representada no mundo pela Tgreja eatélica, apostilica, romans, Possam estas respostas trazer ainda um pouco de [uz aos pobres protestantes, nossos irmfos separados da ver- dade, enganades ¢ seduridos por mercendrios e explora dores que se chamam pastores, mas que, na pelavra de Cristo, sao labos deworadores vestides como ovelhas (Mt 7, 15). Possam eles, a luz da verdade, distinguir as caliinias eo fanatismo, com que tais pastores procuram inspi- rarthes’ édio & Igreja verdadeira, afastando-os, deste modo, do caminho iinico da salvacio, Sao bem eles que tinha em vista o divino’ Mestre quando disse: di de vés: fariseus hipéoritas, que fe- chais o edu aos homens, porque nem uds entrais, nem deixais entrar os outros que querem entrar (Mt 13, 13). ee Pode thaver, sem diivida, protestantes sinceros, con- vencidos, pela ignoriincia em que vivem, dos prineipios da religiio, como pelas caliinias e acusagdes através das quais apreciam a Igreja catdlica. Siio ignorantes: e a ignordncia é a mae de todos os erros, Mas, se & perdodvel a ignorfincia num homem do povo, sem instrugo, ela ¢ inescusfyel em homens que pretemdem ser os gitias dos seus irmaos, os pas- tores do rebanho; neles a ignorancia € um crime, uma perfidia. 8 Se, pelo menos, estudassem e examinassem a ria, os falos @ as excrituras, para neles enxergarem o que brilta com tamanho fulgor: a verdade dniea anun- ciada e figurada mo antigo testamento, exposta e pro- vada pelos evangelhos « pelas epistolas.., Mas ni limitam-se em resumir toda a sua crenca em duias dti- zias de objecGes ridiculas ¢ mil veres pulverizadas, con- tra a Tgreja Catdlica, copiando dos outras uma lenga- lenga bolorenta de caltinias, e nfo se dando ao traba- Tho de examinar o valor, 0 fundado, a falsidade ou re diculo destas mentiras. Mtnear a erenca dps outros néo & provar a autentici- dacle da sua propria crenga, Por que os tais pastores, em vez de formularem obje- gGes, nfo provam a legitimidade do protestantismo? vex de alacarem a douteina catélica, que & a do gelho, por que eles nao demonstram e provam que © protestantismo é a religido verdadeira, — que Lute- vo fora enviado por Deus para reformar a religigo — que a biblia 6 0 Deus do mundo, que cada um pode interpretar como entender — que tais pastores sfo mi- nistros legitimos do Cristo — que as mil seitas pro- tostantes sfio todas religiées verdadeiras, etc.? Khis os fatos que eles deviam estabelecer, sobre a ites teses, nfio sémnente respanderei as obje- ‘aos catélicos, mas estabelecerei a verda- que, pelo confrento, brilhe a plena luz, luz yerdadeira, que deve iluminar todo mi que vem ¢ vive neste mundo (Jo 1, 9). iilwim 08 protestantes sinceros a coragem de Jer WilNk respostns @ eles serio obrigados a tirar uma eoneliiig que eu deixe ao alvitre deles, porque sera ditada pel a consciéncia, Quasto aos eatblicos, 5e3 a exposico sucints fempo uma arma para refutar atiradas © reeb0 jar os inimigos eles encontrarao nestas: discus- ‘e clara da sua [6 a0. mesmo as caltinias que thes $20 mer as objegies que costunat, form ‘da nossa santa religiao. CAPITULO 1 O QUE & UM PROTESTANTE A definigio ni & feil, porque o protestantismo, pe- Ia stia divisdio ¢ sua adaptacio a todos os erros; € uma heresia que muda de forma e de fundo, conforme a aitungiio ¢ os paises onde sé implanta. © sibio Webster define-o, dizendo que um protes- tante & um eristio que protesta contra as doutrings e prdticas da lgreja catdlicn Querendo definir a seita de latter, 0 grande dicionarista no encontrou uma de- finigio doutrinal positiva; earacteriza-a por thma aver- slo comum, i’ que, como salientou o P. Leonel Franea, os des- ntes de Lutera nfo so irmaos, sio conjurados. A sin unidade € o avesso da unidade catélica, € a uni- Wide catélica hostilizada. A religiio verdadeira € necessiriamente uma coisa positiva, tendo dogma, morale culto, determinados ¢ positives, It a nota distintiva da Igreja catélica o ter os seus ifogmas positivos e divinos, o ter o seu eulfo majestoso © expressivo, Ag oulras seitas religiosas, embora falsas ¢ de origem nd, posstiem entretanto certo niimero de ensina- abr quer outra seita e nfo poseui mada de positive: é uma Tegagio de fudo 0 que alirma @ Tpreja sathlics Quando « Igreja catélica diz: sim! @ proteatantisma diz: nfo, — Quando Eia diz: nfo, o protestantisme cla- ma: sim; de modo que 0 protestantismo & @ negagio da doutrina catélica, (© protestante, como bem diz © nome por que ¢ <0: nhecido, € um homem que protesta, =~ Nao ge deve mais dizer? € sm crisido; porque BA pro- testantes que nem acroditam no batisme ¢ nao siio batt: qados vakdamente, ficando simplesmente pagaos. TE! um homem que protesta conira a Tereja eatblica, cautraco ensino de Jesus Cristo, e; por cunilld, Drosess ta contra a palavra divina, servindo-se desta mesma palayra, ‘Nao acredite mais om Desi issn na_biblia que ou ad cont 08 le force, interpreta, THSka, ON EOE See ele a Biblia’ nfo & mai um livro divino, eujo conteiado € a expressdo da palavra divinaj = um idolo, que éle consulta como: os antigos agoureiros romanos, ‘consullavam o woo dos passatos para conhecer a voit tade divina, ou o5- astrologos consultayam os astros: para confiecerem © destino. © nome mudou; a coisa ficou. Em ver de consullarem as aves, como os romans, ft ed astron, como os @regot, 0 protestante, comatia a Biblia, dando ele mesmo, ao teto, 9 sentido de que isa € mais SC a set - Ol SU intere: "Fodo livro precisa de uma jnterpretagio auténtica, teks a poe ns ula a senfio € wma letra Torta e a letra morta s6 pode dar a morte, enquanto 0 fapisito da interprotagio auténtica dé vide. F’ 6 que clara ¢ entrgicamente exprime S. Paulo: 12 @ Ira mata ¢ o espivita vivifica (2 Cor 3, 6). B sine jai Para que siramos cm novidade de espirtio, 2 20 a welhice da letra (Rom 7, 9). Os judeus estavam ae da letra; Cristo trouxe a novidade de e:- me e a rejeitam este espirito. m0 08 protestantes nfo tém dogma, tornand. se deaticte ecl yas eeleurte seeds ces fide prin eee eee el contida na sa- oe a ¢ declarada auténtica pela autoridade © protestante tem a Biblia (embor; tc f iniads) geist oe geen ree perior, iddnea para declarar uma palavra ter tal sen Hig ie cece eee i a oro one giiserem, como diz Lutero, ett so ‘como diz Lutero, o que exclu Nig tem. lio, ull da_c a :eerieaat ae ie ga Fis'o protests Goleds, aeparado. de tudo, sets seni ioral, sem cult, sem autoridade, ‘sem Bes Fie, Noda de postive nde... tudo € nog é um estante: uin_tevoltoso, ith 2 tone tat RRR se TSE —————— negacso, Tada Toe eo eo eee ae em pé? Tem um du- ‘a zevoltp. Nos pastores tem S_gamincia, ft plo apoio: a ignorincia ¢ outro apoio: .@ interesse, ancia, da pastor & um aventureiro, um verdadeiro. explo- rudor, que procura viver ¢ enrique ceusta ignhorantes. 2 aa Ge \ 13 Ele mesmo nfo acredita naquilo que ensina, porém um meio Iucrative de cavar a yida, de garantir a futuro e deixar um pectilio aos filhos. Os protestantes dividem-se em duas ecategorias, Ir Os ignorantes, iludidos e enganados pelos find- tios que se intitulam pastores. 2? Os pastores, enganadores, por intercsse, verdadei- Tes mercendrios que enganam pata ganhar a vida, Os primeiros sfo vitimas, dignos de compaixio, Os segundos so uns tralantes sem consciéncia, que, para ganharem a vida, perdem as almas dos, incautos, Dos primeiros, Deus teri talvez miseriedrdia: para os segundos sO pode ter anitemas, como os qie ditigiu aos fariscus de seu tempo: 4i de vss; hipderitas, gue percorreis o mar ¢ a terra para fazer wn prosélito, .. e depois... 0, faseis filo do inferno, duas veses piais” do gue vés (Mt 12, 15). CAPITULO IT Por gue elés_protestans? Porque ¢ da esséncia_mesma dla_seita, No dia em’ i rotestar, deixarig_d te + deisando de behor. deixa de sor bébedo, como o brleg 20 deixar as gia de ser brigador, ou com drfo, deixando de tirar i i Proiesigr & a prdpri éncia_do nisto est a sti razao de ser, No dia em que os protestantes deixassem de refor- mar, de protestar, diz Sabatier, professor na facul rotestanticmo 14 dade protestante de Paris, no dia em que reconheces- sem 2 autotidade exterior, como régra © prova de fe, nese din deixariam de ser protestantes, nesse momen-_ to se suicidariam, Por isso que se diz hoje, nos cireulos adiantados da seit, que os protestantes que-ainda esto com Lue tere, no o compreendem, q Lutero conquistow-lhes o direito de protestar, Seus verdadeiros discipules, os herdeiros genuinos do esp{- ita de fal pai, serfio os que usarem de igual direito pae ta protestar contra ele, como eles protestam contra Roma. Os que yierem depois reivindicario, com igual cnergia, a prerrogativa de protestar contra a geragio presente,’ assim e s6 assim que se pode conservar © protestantismo: protestanda e protestando sempre, © célebre Maistre tem uma frase profunda neste mese mo sentido; 20 puotesiantismo, diz cle, conserva ape. Has _o_mesmo i ru pOrqUS seu_nome sendo. merament i cic acvedite, sues el es & sirelhioy protestante ele (Do Papa, 1 IV, &. 5). Para compreender o protestantisma é preciso ter diane te dos olhos este princfpia basics: que a sua esstn- sin dn negasdo, do protiso, é a serslarecnte Tear Divide-se o protestantismo em centenas, devia-se div zer milhares de seitas, em desacordo entre elas, comba- tendo-se mituamente... nenhtin ponto doutrinal thes é mum, @ tinico lago que os liga todos & a ddio 3 lere- tlica, € 0 protestg contr; we esta Tgreja Siste em fazer objecées contra a Tereia catdlicn, .. Objegies!... sempre ¢ 86 objegdes, sem quererem ¢3- flilar a resposta. 15 Um bispo protestante — pols, para melhor macas quear a Tgreja verdadeira, certas scitas tém ainda bis. Pos — 0 bispo de 8, David definiu a sua religito: o Eis o que @ um protestante, e cis a rao por que ele ‘protesta, I’ a sua esséncia, a sua razio de ser... Protesta Protestar..., € no dia em que nfo Protestar mais deixa de ser protestante para ser de novo catdlico, Para dar a este protesto uma capa ou aparéneia de tizHo, © protestante vem ¢om a bibliq, que o condena a cada passo, porém: ele nfo quer ver a condenacdo, quer profestar, ¢ ci-lo a formular as objegdes mais absurdas ¢ mais extravagantes, Pouco importa que a propria biblia refute as suas objecies; ele nfo quer ver, e nio vé, pela razio mui to simples que ndo dé pior cego que aguele que pGo quer wer, : Nia Drotesta nei contra o_espiritismo, fem contra | go budismo, mem contra itivisind, nein contya oO bole Gokee, Sop gee cars Sige aa : ‘Porque sb ela possut av e ‘ver 0 ale Yo do seu protesto © a mira das suas objecées, Protestam pois contra a Igveja, contra a_autoridade 4 eau arlatine ices ate 5 me € seus Sitcessorcs, — Guerra pois ao papa e a toda autoridade! A Tgreja possui dogmas revelados, que formam a | base do seu ensino, Guerra pois a estes dogmas! A Tgzeja possui uma moral pura, santa, um sacer ddécio virgen. Guerra pois ao celibato e a tudo 6 que & puro! 16 | 3 + A Tgreja posstti um culo majestosa, atraente, manix festagio da sua f& e de seu amor, Guerra pois ao cule to da Igreja! A Tgreja honra de um culto de adoragéo 4 pessoa de Cristo; de tm cullo de superveneragio a imaculada Mie de Detis, e de um culto de veneracio aos santos, Guerra pois a Cristo, guerra & Virgem santa, guerra 403 santos! © protestantismo nfo possi santo nenhuml.., a Tgreja cat6liea os conta por milhares... Entio gritas se! "So idolos.., adoram as imagens... io idé- Jatras |...” Coitaheaes ' Jos_dos_quajs o profeta dizin: Fam Shoe emis er Li Ai caidas 2 na auton; iém Unga es Es Salam, (Ez 12, 2). Tis por que o protestante protesta ¢ Bi elo _orgulho ; protesta, rgulho ; i lo no, ) “uma corservando 85 a®capa, sendo el meshio ‘9 texto da biblia, isso é, sua_prépria_vontade, Oh! eu sei, o povo ignorante em suia_simplicidada mem pensa isso; ele se deixa seduzir pelos mercend- tlos gananciosos, pelos tais pastores, que vivem A cus- ta da sua simplicidade. Os culpados so estes vendidos que, para ganharem dinheiro, yendem e perdem as al- ‘as dos outros, depois de terem yendido a propria alma, Pobres protestantes iludidos, eseutai este aviso do Espirito Santo, tirado de um dos fivros da bibliz, que ‘arrancaram Vvostos: Senhor Deus; Por gue hor, 9 que vos no seré de proveito, e por que aban- contra que cle Ba capa tus has Trevas — 2 U7, donastes vés 0 Senhor, para ele tanibém vos abandonar? (2 Par 24, 20). f cs : Deixai de protestar e voltai & religiio dos ae pals, A religifo de Jesus Cristo, ensinada pela sth catdlica, Ela & 2 tnica que posssi dogmas imittive's ¢ {oz praticar uma moral santa ¢ santifieante, @ dniea que possui tim culio interior, exterior, digno de fe dos homens, a tnica, enfim, que fof fumdada por Je- sus Cristo, © atravessou os séctilos, sempre a mesma, sempre idéntica, sempre divina, porque com cla sik ° Espirito de Deus, His que cw estarei conosco até ao fim dos séeulos (Mt 28, 20). CAPITULO IIT CONTRA QUE OS PROTESTANTES PROTESTAM Contra quem? Contra qué? Protesta-se contra aquilo que & injusto. ou mos ineomoda; ¢ nfo sendo assim, Hei nia. rotestasse por vicio ow por ma! : 4 (Os protestantes protestam contra a Tgreja catdlica e contra os ensinamentos da mesma. i woe Por qué? Teri a Igreja catélica cometido qualque injustiga contra cles? Nunea! A Igreja ae conte mie carinhosa ¢ como pai vigilante, ensina a doutrina recebida de Jesus Cristo... Exorta os homens a pre tiear a viriude, a afastar-se do mal, a respeitar as pes- sons que nfo partifham o seu credo, embora refutem os erros por elas ensinados. : : F’ a sua tarefa em tempo de paz, E em vee ss guerra, quando 6 atacada pelos inlinigos, del andes @ defende o seu chefe Cristo, como o soldado, ataca- 18 do pelos inimigos da pAtria, defende a sua honra, a sua bandeira @ 0 seu chefe, “ E o seu direito. To seu dever. Atacada, ela se de- fende; perseguida, ela reza e sofre; levada ao patibitlo — © eatélico morre; porém a Igreja nfo pode motrer; ~ cla se Jevanta mais radiante do melo do sangue dos seus filhos, para cantar o seu hino de triunfo em ch ma_do ttimulo dos seus perseguidores, Quanto 20s seus inimigos, ela perdoa, reza por cles © procuira converter seus prdprios algozes, Tudo isto nobre, & leal, € brioso, ¢ deve exeitar a admiracio © nin 0 édio, Nao podendo protestar contra qualqtier injustica da parte da Igreja catdlica, deve-se concluir que os pro- testantes protestam, porque tla os incomoda, Isso po- de ser. A pordade incomoda a mentira; a viride in- Somotda_o vieio} a Honestidade incomoda a paninein Deus income deménio. Estamos de acordo neste panto, A Igreja catélica, Delo seu ensino,. sempre idéntico ¢ sempre invaridvel pela sua organizacio admirdyel; pela stia autori- ale sempre respeitada e obedecida; pela santida- de que realiza na pessoa de scus filhos; pelas 5 intelectualidades que a professam, defendem ¢ exallam, forma com tudo isso um astro uminoso, que incomoda a retina visual da miopia protestante, Assi comeda go. Jihertino a purcza de uma donzela, como. comarla 20 ladrip a presenca da_policia, como. inco- moda ao_bébedo”a_temperanca dos_sensatas, Tate logico, A imag cota onde Haveacklra, diz o die tudo, Assim explicado, compreende-se a razéo intima lo protesto dos protestantes e a mira desse protesto Nilo protestam nem contra a barbaridade de um Cal- los, no México; nem contra a titania de tm Lenine, na Ris nem contra a perversidade do espiritismo, r 19

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