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FAÇO SABER – Em cumprimento ao disposto no artigo 67, item IV, da Lei Orgânica
do Município, que a Câmara aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte:
LEI
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1.º Esta lei tem como objeto institucionalizar e organizar a Guarda Municipal e
normatizar seu funcionamento.
Seção I
Dos Princípios
Seção II
Das Finalidades
Art. 4.º A Guarda Municipal de Cachoeirinha, em consonância com o art. 144, § 8.º, da
Constituição Federal, art. 128 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, art. 9.°, XVII, art.
133 da Lei Orgânica do Município combinado com a Lei Municipal n° 2075, de 16 de agosto de
2002, Lei Federal no 10.826, de 22 de dezembro de 2003 e Decreto Federal nº 5.123, de 1.º de
julho de 2004, será composta por efetivo definido no âmbito desta Lei, com as seguintes
finalidades:
I – proteger os bens, serviços e instalações municipais;
II – atuar em conjunto com a Comissão Municipal de Defesa Civil, nos casos de
calamidade pública;
III – interagir com os agentes de proteção ao meio ambiente;
IV – apoiar os agentes municipais no exercício do poder de polícia administrativa;
V - garantir o funcionamento dos serviços de responsabilidade do Município;
VI – acionar os órgãos de Segurança Pública;
VII – atuar em colaboração com órgãos estaduais e federais, mediante solicitação,
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assim como atender situações excepcionais;
VIII – participar de maneira ativa nas atividades programadas pelo Município, tais como
comemorações cívicas, eventos culturais e esportivos;
IX – exercer atividades afins que lhe venham a ser confiadas por legislação própria.
Seção III
Das Atribuições da Guarda Municipal
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CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA
Seção I
Da Estrutura Administrativa e Competência
§ 4.º Em caso de violação do sigilo exigido no § 3.º por qualquer dos servidores
integrantes do Quadro, poderá o infrator receber a pena de responsabilidade e/ou disciplinar
cabível, na forma da legislação vigente, após sindicância interna que comprove a falta.
§ 5.º A Corregedoria da Guarda Municipal deverá elaborar um regimento interno, no
prazo de 120 (cento e vinte) dias da entrada em vigor desta lei, e baixar provimentos, no intuito de
organizar os seus atos e procedimentos administrativos e processuais referentes a sua atividade,
de forma suplementar aos ditames da legislação vigente.
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Art. 21. A Guarda Municipal será administrada pelo Coordenador da Guarda Municipal,
cargo que será exercido por servidor de carreira, detentor do cargo de Guarda Municipal desse
Município.
Parágrafo único. Excepcionalmente, durante os dois primeiros anos, contados a partir
da publicação desta Lei, o cargo referido no caput poderá ser ocupado sem a exigência
mencionada, desde que comprove experiência na área de segurança pública.
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Seção II
Dos Recursos Humanos
Subseção I
Dos Servidores
Art. 24. O efetivo da Guarda Municipal de Cachoeirinha é o fixado na Lei Municipal que
regula o Plano de Cargos e Salários do Município e composto por servidores detentores do Cargo
de Guarda Municipal criado pela Lei n.º 1159, de 23 de janeiro de 1991, podendo ser alterado
segundo as necessidades, a critério do Poder Executivo.
Art. 25. A estrutura da Guarda Municipal será constituída por Coordenador, Inspetor-
Chefe, Inspetor e Guarda Municipal, com as respectivas quantidades, denominação, exigência de
escolaridade e vencimento-base definido na Lei do Plano de Cargos e Salários.
Art. 27. Para o desempenho das funções previstas nos incisos IV a XVIII do Art. 7.º da
presente Lei, o membro da Guarda Municipal deverá ser aprovado em Curso de Formação em
Segurança Pública, de acordo com a Matriz Curricular da Secretaria Nacional de Segurança
Pública, oferecido pela Administração Municipal, por órgão próprio ou mediante convênio com
outro órgão público ou faculdade com ementa curricular prevista em Lei especifica.
§ 1.º Após avaliação de aptidão técnica e psicológica, aos integrantes da Guarda
Municipal aprovados no curso previsto no caput será autorizado porte de arma de fogo, quando
em serviço, conforme previsão na Lei Federal n.º 10.826, de 22 de dezembro de 2003.
§ 2.º A autorização para o porte de arma de fogo da Guarda Municipal está
condicionada à formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de
atividade policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições
estabelecidas no regulamento da Lei nº 10.826 de 22 de dezembro de 2003, observada a
supervisão do Ministério da Justiça.
§ 3.º O uso de arma de fogo não está condicionado à vontade do servidor e sim à
aptidão técnica, e psicológica, definida após os cursos e avaliações, atendendo o interesse
público.
Seção III
Dos Recursos e Equipamentos Materiais
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 29. Os atuais Guardas Municipais aprovados em concurso realizado sob a égide
da Lei n.º 1159, de 23 de janeiro de 1991, executarão as atribuições nela previstas, bem como as
previstas no art. 7.°, incisos I a III, da presente Lei.
Parágrafo único. Para o desempenho das funções previstas no art. 7.º, incisos IV a
XIX, desta Lei, o Guarda Municipal descrito deverá ser aprovado no Curso de Formação em
Segurança Pública, previsto no artigo 27 desta Lei.
Art. 30. O Guarda Municipal que não obtiver conceito favorável no Curso de Formação,
desempenhará apenas as funções previstas nos incisos I a III do Art. 7.º.
Art. 31. No prazo máximo de nove meses após a aprovação desta Lei, deverá ser dado
início ao Curso de Formação para, no mínimo, 30 (trinta) Guardas Municipais.
Parágrafo único. Para definição da ordem de participação dos atuais servidores da
Guarda Municipal no Curso de Formação referido, serão obedecidos os seguintes critérios, em
ordem de importância:
I – inscrever-se junto à Secretaria Municipal de Segurança para participar do referido
curso;
II – ter concluído o estágio probatório;
III – comprovar escolaridade mínima de ensino fundamental completo;
IV – não ter sido condenado em Processo Administrativo Disciplinar;
V – menor número de faltas injustificadas nos último 5 (cinco) anos;
VI – antiguidade no cargo;
VII – maior idade.
Art. 32. Os Guardas Municipais que estiverem no efetivo exercício das funções
previstas nos incisos I a XVIII do art. 7.º desta Lei, farão jus a adicional de risco de vida de 80%
(oitenta por cento), calculado sobre o valor de seu vencimento básico.
§ 1.º O adicional previsto no caput será concedido ao guarda municipal que:
I - tiver sido aprovado no Curso de Formação previsto no art. 27;
II - comprovar escolaridade mínima de Ensino Fundamental Completo;
III - exercer as funções referidas nos incisos I a XIX do artigo 7.º desta Lei.
§ 2.º A percepção do adicional de 80% (oitenta por cento) previsto no caput exclui a
percepção do adicional de 30% (trinta por cento) previsto no art. 33.
§ 3.º O adicional previsto no caput será concedido 30 (trinta) dias após a formatura de
conclusão do curso previsto no art. 27.
§ 4.º Aos guardas municipais que trabalharem armados será concedido adicional pelo
uso da arma, em valor e condições que serão fixadas em Lei específica.
Art. 33. Os Guardas Municipais que exercerem somente as funções previstas nos
incisos I a III do art. 7.º desta Lei perceberão o adicional de risco de vida de 30% (trinta por cento)
sobre o vencimento básico, conforme previsto no Regime Jurídico dos Servidores Municipais.
Art. 35. O Chefe do Executivo Municipal enviará à Câmara Municipal, no prazo de 120
(cento e vinte) dias, a contar da data de publicação da presente Lei, projeto de lei dispondo sobre
o Regimento Interno Disciplinar da Guarda Municipal.
Art. 37. Fica o Poder Executivo autorizado a contratar seguro contra acidentes
pessoais ocorridos durante o exercício das funções dos servidores da Guarda Municipal, em razão
da natureza específica de suas atividades.
Art. 39. As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações
orçamentárias próprias.
Art. 40. Esta Lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a sua publicação.
REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE
Nelson Postaÿ
Secretário de Governo